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Academic year: 2021

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TRIUNFO PARTICIPAÇÕES

EQUITY RESEARCH

ELEVEN FINANCIAL RESEARCH | 18-JUL-17 1

A mesa virou!

Dadas as mudanças recentes na característica de risco da companhia e o desinvestimento de Portonave revisamos nosso preço-alvo para R$ 13,00 seguindo com recomendação de compra.

São quase 12 meses de acompanhamento e relatórios em sequencia focados no desenvolvimento da tese de investimentos e análise de riscos sobre TPIS3. Os cenários que apontamos ao longo dos relatórios foram, um a um, se materializando e consolidando a evolução da companhia rumo à desalavancagem, mitigação de risco e construção de um novo caminho.

DESTAQUES

o Companhia definitivamente engajada nos desinvestimentos e reorganização

definitiva de sua estrutura de capital;

o Venda da Portonave muito bem negociada em com resultante muito próxima

de nossas estimativas. O número final, pode ficar na casa dos R$ 1,4 bilhão

o Repactuação do endividamento através de trabalho conjunto com Alvarez &

Marsal, deve proporcionar proteção ao caixa, alongamento e redução do endividamento, variando a solução conforme o credor e o contrato.

o Problema da companhia não é o nível do endividamento, mas a característica

dos vencimentos de curto prazo. Execução é cenário extremo e prejudicial a todos, principalmente os credores.

o Houve alteração material na realidade de risco do investimento. Assimetria ainda mais consolidada, com redução substancial das probabilidades de “default”.

o Flag de risco: Eventual atraso ou complicação na formalização das renegociações com credores. Este cenário, ainda que não mude a realidade patrimonial da empresa pode deixa-la exposta por mais tempo a um quadro de alavancagem que deteriore sua posição financeira.

Transporte Ticker: TPIS3 Recomendação: Compra Preço Alvo: R$ 13,00 Preço 18/07: R$ 3,86 Alvaro Frasson Analista, CNPI +55 11 4302-3340 Adeodato Netto Estrategista-Chefe +55 11 4302-3340

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Racional de investimento e risco

Atualmente já há maior clareza em relação ao futuro da companhia. Ainda que existam questionamentos em relação à manutenção ou não de Viracopos, não consideramos este desinvestimento no curto prazo, assim preferimos apresentar nossa visão de maior probabilidade para o momento da companhia e suas projeções consequentes.

Lembrando que, em nosso último relatório, apresentamos o capítulo abaixo:

Do Porto, a luz!

Único ativo capaz de transformar por si só a realidade financeira da companhia, na leitura da equipe da Eleven, será vendido (caso a operação seja concluída com sucesso) muito próximo do seu “pico de valor”. Em função da alta taxa de crescimento, aliada a capacidade ociosa que permite receber muito mais movimento sem necessidade de Capex relevante, está em nossa leitura no timing ideal de valuation.

A injeção dos recursos oriundos de uma eventual transação daria à TPI condição de equalizar suas finanças mais rapidamente e permitiria que o foco fosse efetivamente voltado aos ativos “core”, dando à companhia a característica de um operador de concessões rodoviárias, que são operações de alta previsibilidade de geração de receita de longo prazo.

Cenário base Eleven Financial: Tempo de desinvestimento: 3 a 6 meses. Valor Estimado líquido resultante para TPI: R$ 1,25 bilhão.

Como poderiam ser aplicados os recursos captados no desinvestimento da Portonave?

Figura 1 – Fluxo de Desinvestimento

Fonte: Triunfo e Eleven Financial

Análise Eleven de alocação de recursos

Venda Portonave

Entrada de Caixa:

R$ 1,25 bi

Quitação

Farallon

Saldo Estimado:

R$ 580 mi

Aportes nas

Controladas

Equilíbrio e

Replanejamento

de Futuro

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Do R$ 1,25 bilhão estimados em nosso último relatório, nesta revisão consideramos uma resultante de caixa da venda de Portonave na ordem de R$ 1,3 bilhão para efeito de projeções, ainda que o número possa chegar a um montante próximo a R$ 1,4 bilhão.

1. Pré-pagamento da dívida mais cara, realizada com o intuito de suportar os debenturistas ao final de 2016;

Quitação da operação de captação internacional feita com Farallon. Valor estimado: R$ 680 milhões.

2. Aplicação do saldo estimado em R$ 620 milhões em uma combinação de “caixa de segurança” e amortizações seletivas para formalização das renegociações das dívidas.

Cenário Projetado sem Portonave e Tijoá (novo cenário-base)

Figura 2 - Projeções Triunfo Participações R$ milhares

2017E

EBITDA Dívida Líquida EBITDA Dívida Líquida EBITDA

Concer 126.569 446.544 31.306 440.047 129.388 Concebra 154.131 899.147 29.005 945.814 135.798 Concepa 224.304 75.878 76.012 25.996 147.332 Portonave* 140.542 224.447 40.281 198.708 126.335 Tijoá* 6.108 - 11.310 1.967 - 12.195 5.912 Outros (energia) 1.813 - 486 - 486 Transbrasiliana 43.186 358.815 8.032 349.294 34.017 Econorte 125.615 211.636 33.930 210.075 133.559 Viracopos 35.406 619.205 8.038 617.831 34.301

Fonte: Triunfo. Elaborado por: Eleven Financial Research 747.128

2016 1T17

Esta realidade considera o desinvestimento de Portonave e Tijoá finalizado em 30/09 para efeito de projeções. O Ebitda computada tem esta linha de corte, ou seja, ao final do 3T17.

Em nosso último relatório, consideramos: “A geração de caixa potencial resultante desta combinação de negócios

para o acumulado de 2017 e 2018 na visão da Eleven é de aproximadamente R$ 1,57 bilhão. “

O Ebitda acima projetado, mostra uma realidade muito em linha com os números que apontamos no relatório anterior, que ainda não contava com os dados oficiais do 1T17. Ajustando com a renovação de Concepa nos termos já publicados e a inexistência de Portonave após 30/09/17, o número projetado pela equipe Eleven Financial é na ordem

de R$ 1,23 bilhão, ou aproximadamente duas vezes o atual valor de mercado da companhia.

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Nos últimos meses, observou-se uma pressão vendedora muito violenta sobre os papéis TPIS3, principalmente por conta da venda massiva do BNDES de sua participação acionária. Até o início do mês de julho, aproximadamente, o saldo de volume permanecia muito baixo, ou seja, havia mais vendedores do que compradores.

A inversão foi material e aguda, com o arrefecimento da pressão vendedora do BNDES combinado com a concretização da venda de Portonave e a consequente mudança completa nos cenários de risco para a Triunfo Participações.

Pouco importam as razões pelas quais o Banco público fez derreter sua própria participação, enquanto a sua outra divisão, lutava arduamente com a empresa nas negociações sobre as operações de crédito.

Já expressamos em relatórios anteriores nossa visão, apoiada pela visão de nosso jurídico, sobre a fragilidade do BNDES nas discussões de mérito, principalmente ligadas às execuções sobre o empréstimo ponte que deveria ter sido quitado após a liberação da operação de longo prazo que estava assinada e prevista para ocorrer em junho de 2016.

Cada vez mais os papéis TPIS3 têm sido procurados por investidores que compreenderam que o pior já passou e o preço está muito distante do valor. Sempre ressaltamos a distância existente entre preço e valor, porém, ressaltávamos os riscos potenciais pelas dificuldades de caixa da TPI.

A janela de oportunidade de investimento está em nossa visão, muito consolidada e os investidores que tiverem o timing correto e compreenderem os próximos passos para destravar o preço das ações podem alcançar resultados expressivos.

Múltiplos de Valuation e comparáveis

Figura 3 - Múltiplos Comparáveis TPIS3 ECOR3 CCRO3

Margem Ebitda 56,2% 58,2% 61,0%

Dívida Líquida / Ebitda 3,00* 2,39** 2,02**

P/VPA 0,77 12,6 4,4

Fonte: Economática. Elaborado por: Eleven Financial Research

* Considerando injeção de caixa da venda de Portonave e EBITDA projetado 2017 ** Considerando projeções da Eleven Financial para Ebitda 2017

A interpretação desta tabela é bastante direta. Considerando o indicador Preço / Valor Patrimonial por ação, os números de CCRO3 são 5,71x maiores e ECOR3 16x do que TPIS3.

Considerando que ainda haverá um percentual de risco inerente à realidade da companhia até que sejam concluídas as renegociações das dívidas, bem como devidamente normalizados os fluxos das operações e das concessões, optamos por arbitrar um “prêmio de risco” substancialmente maior para TPIS3.

Na visão da nossa equipe, os papéis podem ser negociados a um múltiplo 10% abaixo de CCR, o que implicaria em um preço por ação TPIS3 de R$ 13,00.

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ELEVEN FINANCIAL RESEARCH | 18-JUL-17 5 Fonte: Thomson Reuters Eikon. Elaborado por Eleven Financial

DISCLAIMER

Este documento foi elaborado e distribuído pela Eleven Financial Research unicamente para uso do destinatário original, e tem como objetivo somente informar os investidores, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário contido neste relatório. As decisões de investimentos e estratégias financeiras devem ser realizadas pelo próprio leitor.

Nossos analistas elaboraram o presente relatório de forma independente, e o conteúdo do mesmo não pode ser copiado, reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a terceiros, sem prévia e expressa autorização.

Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equívocas no momento de sua publicação, a Eleven Financial e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo.

Conforme o artigo 16, parágrafo único da ICVM 483/2010, Álvaro Salgado Frasson declara-se inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. De acordo com a exigência regulatória do artigo 17 previsto na ICVM 483, de 06 de julho de 2010, o analista de valores mobiliários, responsável principal por este relatório, declara:

(i) Que as recomendações contidas neste relatório refletem única e exclusivamente sua opinião pessoal sobre a companhia analisada e seus valores mobiliários e foram elaborados de forma independente e autônoma.

(ii) Que as informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas às mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança.

Para maiores informações, pode-se ler a Instrução CVM 483, de 2010, e também o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários.

Este relatório é destinado exclusivamente ao assinante da Eleven que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98 e de outras aplicáveis.

1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 OP 8,00 OP 11,00

Referências

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