• Nenhum resultado encontrado

Interview with former contract workers in Monte Belo, Benguela Province, Angola

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Interview with former contract workers in Monte Belo, Benguela Province, Angola"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

Interview with former contract workers in Monte Belo, Benguela Province, Angola

http://www.aluka.org/action/showMetadata?doi=10.5555/AL.SFF.DOCUMENT.BALLP1B10001

Use of the Aluka digital library is subject to Aluka’s Terms and Conditions, available at

http://www.aluka.org/page/about/termsConditions.jsp. By using Aluka, you agree that you have read and will abide by the Terms and Conditions. Among other things, the Terms and Conditions provide that the content in the Aluka digital library is only for personal, non-commercial use by authorized users of Aluka in connection with research, scholarship, and education.

The content in the Aluka digital library is subject to copyright, with the exception of certain governmental works and very old materials that may be in the public domain under applicable law. Permission must be sought from Aluka and/or the applicable copyright holder in connection with any duplication or distribution of these materials where required by applicable law.

Aluka is a not-for-profit initiative dedicated to creating and preserving a digital archive of materials about and from the developing world. For more information about Aluka, please seehttp://www.aluka.org

(2)

Interview with former contract workers in Monte Belo, Benguela

Province, Angola

Author/Creator Ball, Jeremy; Domingoes, Manuel

Date 2006-02-17

Resource type Interviews

Language Portuguese

Subject

Coverage (spatial) Angola

Coverage (temporal) 1940s, 1950s

Source Jeremy Ball

Description Questions focus on how the system of forced labor operated: recruitment, work regimen, payment, and memory. Interviewees discussed methods of

resistance-primarily fleeing-and the economic and psychological impacts of forced labor.

Format extent (length/size)

16 page(s)

http://www.aluka.org/action/showMetadata?doi=10.5555/AL.SFF.DOCUMENT.BALLP1B10001

(3)

Memories of Former Angolan Contratados, January–June 2006

Interview with former contract workers in Monte Belo, Benguela Province, Angola Interviewers:

Jeremy Ball, Ph.D./History Department/Dickinson College/Carlisle, PA 17013 & Manuel Domingoes, Lobito, Angola.

Note: Interviews were conducted in Umbundu and translated into Portuguese by Manuel Domingoes.

The transcript below includes interviews in Monte Belo, Benguela Province, Angola, on February 17, 2006.

Monte Belo, February 17, 2006 Entrevista com os mais antigos:

João Ndamba: Tenho 65 anos, e sou natural da aldeia da Tchavia (Monte Belo) Adriano Ndalesi: Tenho 71 anos, e nasci aqui no Monte Belo.

Alfredo Domingos: Nasci no Tchavaia e tenho 66 anos. José Inacio: Natural do Kautjoi. Tenho 78 anos.

Graciano Missão: 75 anos de idade. Natural do Monte Belo. Reg. Augsotinho Carvalho. Tenho 60 anos natural do Monte Belo.

João: Eu trabalhei como pedreiro na era colonial. E fiz parte na construcao desta escola a 1 da comuna do Monte Belo.

E eu pessoalmente e que fui pedir o emprego de pedreiro como ajudante, depois passei a ser o mestre, iste e na era colonial, desde então eu nuncu fui no contratado, se não no trabalho da estrada.

Adriano: Eu no mes de marco fui no trabalho esforçado, como contratado no porto do Lobito. Fiz parte de trabalho ao carregar o mineiro, o ferro, o maganezio etc. Tanto ao descarregar, assim ao carregar, trabalhar serce de 1 ano.

P: o seu salário: nos como contratados, não temos que revindicate pelo salário que era muito pouco. 20$00 a 30$00 por semana, e se não bastasse quando aqui chegares para receber o seu salário de miséria, aplicam-te uma dose de imposto por pagar.

Era uma desgraça. Aqui na nossa região todos trabalhamos no estrada, mas não fomos pago nem se quer um tostão [angolare] (little Money, very little, an insult), houve trabalho ardo (durro) sem comparacao possível, era nos escavar-mos a estrada as montanhas as réguas, e as mulheres e crianças a transportar a terra de um lado ao outro, e em pleno dia do sol, sem tempo se quer pare pelo menos beber um pouco de agua.

Se por a caso você demporar um pouco na troca de passo, era chicoteado, sim ceramente que os homens ficarem animais que vocês não imaginou e que anconteceu aqui na era colonial e não so.

(4)

As pessoas estávamos desaporecido no tumutu da poere (cloud of dust) que havia nas estradas, se você não trazer a sua merenda da casa você corre risco de morrer a fome se de chicote, que “horror.”

Alfredo Domingo: Nos que éramos jovens na altura o nosso sofrimento comessou também pela estrada a transportar pedra, e britos, enquanto outros silindravam a estrada com um instrumento manual. Este foi o meu trabalho obrigatório que não era preciso convite para la ir precisa mas e ser rusgado.

Depois fui contratado para o Cassequel da Catumbela na obrigacao dos portugueses, mais tarde e que foi um contrato voluntario. Também fui nas fazendas do café como contratado voluntario.

P: O sobas o seu papel?

R: Os sobas eram chamados pelos administradores português, e da que ele recebiam ordens para trazer homens para os serviços dos contratados. Era uma imposicao ao soba, noa era nenhum pedido.

Mas que os tinham que trabalhar com os cipaios para mostrar os homens, e serem rusgadas sem tréguas, alguns eram amarizados pelas cordas, e outros a chicotes.

Portanto quanto complitar o numero desejado, então eles envivam para as areas necessitados tanto no Cassquel , no porto, nas fazendas do café, etc.

E todo aquele que atrazer de pagar os seus impostos, era também aponhada e tenviada para mais longe, como em São Tome e e ali onde vais comprir os seus trabalho do contratado, e aquelos que faziam também (capuka) agua ardente tradicional, também era enviado para o S. Tome.

P: Os sobas são pagos?

R: Os sobas não eram pagos, e se por ventura não trazer ou não mostrar homens para serem contratados, e será castigado com huma chicotatas, porque se não também era enviado como contratado.

P: Em que área trabalho no Cassequel?

R: Eu estava no corte, assim como na plantacao da cana, que era um trabalho de tirar o chapéu.

Não aprendi nenhuma proficao no primeiro contrato, so na segunda vez como contratado voluntario, que tentei aprender uma proficao, mas que fui bem sucedido. José Inácio: O meu pai foi cipaio ou um ajudante do soba. Ele que mandava as pessoas quando os portugueses mandase para recolher 10 contratados, ele so trazia 5 contratados. E o resto? Onde que estão?

Os portugueses não se contiam com aldrabices (mentiras)do negro, e era ja cubmeitod numa chicotada e deitado nas arenas do sal em pelno dia.

E então o meu pai disse-me que você não podia crescer aqui na aldeai tens que sair de aqui porque se não ... ter que sofrer bastante. Mas eu não queria.

Ate que um dia também fui rusgado para o contratado na açucareira, ou no Cassequel, sem que o meu pai soubesse.

(5)

Eu vi um grande tormento no Cassequel, um trabalho que eu nunco o fiz na minha vida, homens parecido com o lodo que esta sendo escavado, homens parecidos omo a cana que esta sendo quimado.

Meu caro ficho eu não consgui me conter diante daquele imenso sofrimento, ate que um dia arranjei maneira para fugir.

Mas quando voltei para o minha terra, ou na minha aldeia, o meu pai disse que eu não podia permanecar na aldeia nem mais um dia. Depois então fugi para Ganda nas fazendas Elisa, e depois na fazenda Caporteira. Depois voltei para aqui junto do meu pai. Mas que eu pagava imposto num valor de 210$00 e depois subio para 300$00.

E por ultimo, eu era um autentico fugitivo para o contratado, sempre que vieste os cipaios no minha aldeia, eu se metia em fuga ate hoje. So o meu irmão mais novo e que tinha ido ja como voluntario.

Mais tarde veio a guerra de 1960, aqui no Monte-Belo, quem vês matar os pastores e os professores, os missionários, e outros, foi o Senhor Júlio Basílio Nunes e o Sr. José Caliva. Foi o operador de maquina escavadora, depois de muita chassina (murder) das pessoas, eram atirados na vala comum, e serem enterradas ingloriamente.

Foi uma morte cruel sem igual o que eu lhe digo, e lamento o sucedido aos meus companheiros que jas nos sepulturas sem glria nesta terra, e se não bastasse, mais um guerra se assolta quando menos esperávamos uma liberdade total dos mãos dos colonialistas, ficamos sem entender o tipo de libertacao que nos queríamos.

O Sr. Graciano Missão: Eu nunca fui para contratados. Eu fui mas e na tropa colonial durante 4 anos. Eu fui também rusgado para tropo colonial em 1953, so trabalhei nas estradas, que foi um trabalho muito difícil para mim e não so para as mulheres e crianças.

Você não imagina. Não tínhamos comida ou agua, não éramos pagos e por cima éramos chicoteados como se fosse animais ou qualquer coisa assim, as pessoas estavam sem o norte para sobreviver, alguns ate foram obrigado abandonar as suas culturas nas lavras. Não havia hora do descanco se não no cair do noite que horror ver as crianças, e as mulheres grávidas desaparecidos no interior da poeira que se fazia.

Foi assim então que eu fui recolhido para a tropa colonial. Ali sim havia condicoes para se manter vivo.

Mas que na construcao da estrada era preciso fazer tipóia para transportar os pedras, se são bastasse a merenda tinha que vir, ou trazer da sua casa porque se não morrem de fome e sem tregues.

Na tropa colonial, o salário era de 3$00, e sem comentário nenhum, nos so cumpríamos os ordens do nosso comadonte, e não havia nenhum negro a mandar se não apenas os brancos. Quando eu sai do comando de Benguela, fiqui no Lobito no quartal la por cima da Camaraco prisional.

Em 1955, com uma nova politica militar colonial, foi assim que fomos posto em liberdade do serviço militar colonial. Mas que éramos portado de uma fixa que todos finais do mes tinha que ser assim por comando português.

Reg. Augostinho: Eu tenho agora 60 anos de idade. Quando eu estava atravessando uma taxa itaria de adolescente, e quando presenciei a esfaltagem desta estrada. Eu tinha ido para o contrato voluntario, que era o sistema de angariar pessoas na altura, e so trabalhei

(6)

1 ano nas fazendas do café do Cachiunjo, depois voltei aqui na minha aldeia, so que a coisas ja estavam a mudar para melhoria, sobre tudo na área dos contratados.

Agora quando a historia do imposicao colonial do trabalhos esforçados nos vimos, nos fomos chicoteados, nos fomos maltrados, nos fomos massacrados, em tudo e todos.

Eu refiro-me no trabalho da estrada o que mais me emprecionou, que os cipaios faziam filas ao longa da estrada com o chicote, para por a correr todos quanto traziam pedros, ou bacios, tipoios, e outros a carregarem nas mesmas recipientos de transportos, para tapar os buracos enfim. Aquilo era um serviço duro para todos, foi uma grande pena para as nossa crianças, e mulheres, porque na construcao da estrada também morreu gente, e nos homens, preferiam ir nos contratados que também não era fácil, de que ficar aqui a trabalhar na estrada.

Razão pelo qual que algumas pessoas tixeram que fugir para outros areas, caso por ex da nganda e alguns criaram as suas aldeias pelos matos fora.

Bento Barros: Eu nasci aqui no Monte Belo e tenho 68 anos. Eu nunca fui contratado. Trabalhei apenas como empregado de uma loja aqui ate que a guerra chegou.

Não trabalhei, na estrada muito menos nas fazendas, mas que eu presenciei o tipo de trabalho que se fazia.

Talvez porque eu não dava muito nas vistas das pessoas e não so porque ja na altura eu estava a trabalhar com um dos brancos com seu empregado.

Alfredo Domingos: O trabalho do Cassequel era o seguinte: estava dividido por areas muito dificios, outros na fabrica, outros nas plantacoes, outros na escavacas de xagos para escoar a agua nas plantacoes, e outros no corte da cana, e outros na cifa. Alguns no transporte de cana nos ombros para as carruagens, etc.

Agora na parte da plantacao era mais difícil, porque você eras obrigado a carregar um sexto nos ombros, com as bitolas da cana para espeitar no chão, ou nas réguas preparadas para enfeito. Algumas bitolas ate desapareciam, pelos valor de drenagem, e era um trabalho por tarefas que era muito longe. Os outros estávamos na parte de escavacao lagos, e valas de drenagem, e limpeza das aguas numa profundidade de quase 3 a 4 metros de altura, e alguns ate morria ai nos valor por causes de alguns bicho aquático que ali se encontravam caso dos cobras venenosas porque eles estavam quase nus sem roupa.

P: Como soube este trabalho de Cassequel?

R: Eu fui rusgado, por não pagar impostos, naquela altura nos jovens, tínhamos que pagar impostos, mas infelizmente ate que uma dia pela indicacao do soba, os cipaio capitirarm me e não tive ipotse (não tens chance/opportunidade).

Mas que o trabalho como era demias no Cassequel tive que fugir para aqui, sem acabar o meu contrato. Mais eu não podia estar aqui na aldeia, porque se não corrias o risco de seres apanhado e te enviar para mais longe.

Ate que um dia eu fui fazer o meu contrato voluntario e sem saber por onde aviam de me enviar.

E por asar dos pecados fui parar de novo para o Cassequel. So que nesta altura ja havia maquinas que carregavam nos carruaguos, e não so estávamos no corte da

(7)

cana, e na plantaco, o trabalho ja era mais ou menos pesados, ate que veio os Buatos de 1961.

P: Hora do almoço?

R: No nossa tempo nos so comíamos uma vez por dia. Ninguém sabia a hora do almoço ate a próprio a cana, que você plantou, não podiam mastigar ao olho nu tinhas que

mastigar nas escondidos, e enterrar as cascas do própria cana porque se te apanhou vão te limar os doentes você não acredito o que nos vimos no Cassequel voi horrível.

P: O seu primeiro salário?

R: No Cassequel não havia salário, havia sim o salário da escravatura. Se não um abono de 5$00 por mes, so depois de cumprir o seu contrato, recebias no regresso no seu poste de registo.

P: Contratado em Fugas?

R: Era de costume os homens a fugir do Cassequel, e eu fui um deles que se colocou em fuga.

Como havia pessoas que saiam daqui para Lobito a pe fazer a venda da mirra, e barracha, de regresso você que conseguiste fugia.

Alguns ate fugiam porque ja não tinham forcas para trabalhar, e outros porque acharam o trabalho muito difícil.

P: A reacao do soba com os fugitivos?

R: O soba tomava conhecimento atravez do posto do registo que um dos seus homens fugiu, então o soba fazia que questão de te localizar ser apanhado novamente. Por isso que muitos de nos que fugimos ja não parávamos aqui na nossa aldeia, tínhamos que radicar-mos nos outros aldeias. Agora exisito fugas que um homen abandonou a sua família, mulheres, filhos, pais, etc., para as fazendas de certoes brancos nas outras regiões.

P: Os homens em fuga de Balombo a Bacoio?

R: Primeiro era, ou e próximo do Lobito, ao Bocoio, a Balombo, portanto era de custume que esta região os homens colocavam-se em fuga, e não so os homens do Bailundo, e Bie, Huambo, não era tanto como os do Balombo, ou Bocoio, alguns fugitivos do Bailundo, Bie, Huambo, por ser muito longe, eles radicaram-se aqui no Bocoio, e outros no Balombo. Razão pelo qual aqui na nossa região existe mistura de raças e tribos provenientes de varias areas.

Agora os Nganguelas, e os Quitengues, não fugiam primeiro eram homens muito grandes e valentes, segundo porque também fica muita destente com as suas regiões. Nos aqui quando tiveras uma oportunidade, você da ja um tirosa, so que você deves esquecer de receber o seu salário do tempo que la estiveste.

P: O pagamento era por dinheiro ou por bens materiais?

R: Não havia bems materiais, somente o dinheiro que ja não chegava para nada. Alguns por azar durante o ano so recebia 60$00 a 70$00 depois de retirar o dinheiro do imposto,

(8)

e não havia maneira, de comprar pelo menos um pano para sua esposa, ou uma camisa para o seu filho.

JOAO NDAMBA: Eu sumpre fui pedreiro, entrei para construcao ainda muito jovem e ali aprendi a proficao de pedreiro, naquela altura se eu não fosse pedreiro de serteza absolutas eu teria ido para o contratado, ou na ngaria (type of contract voluntary). Ja na nosso aldeia vinha os cipaio a preguntar quem sabia fazer isto e aquilo com uma proficao. Foi ai que eu salvei a minha pele fazendo parte na construcao nas infrastruturas daqui do Monte-Belo.

Todos estas casa e escolas, hospitas de construcao definitiva eu fiz parte, e na construcao da estrada, no recrutamento das pessoas, para o trabalho esforçado na monte alguns aqui mesmo naquele campo o meu salário quando entrei era de 15$00 por dia, e os outros que, não eram mestre ganhou apenas 5$00 e pagou imposto de 230$00 a 380$00.

P: O trabalho do soba na recruta dos contratados?

R: Eu acompanhei tudo quando o soba e os cipaios recrutavam pessoas, eu tinha na altura um meu grande kabami (grand amigo) ter sido rusgada a purrinho e tivi que fugir de tanto ver as chicotatos que o meu amigo estava a levar pelas contas.

Este meu amigo de tanta surra que levou acabou por morrer, mas que os sobas tinha um trabalho muito especifico de amostrou as pessoas, a companhado pelos cipaios.

E se por acaso não sua aldeia não conseguirem de apanhar o numero pretendid, o soba será levado para apanhar umas chicotados e a mostrar por onde as pessoas se entiaram.

E havia um soba da aldeia do Chibungo que levou um soba da aledia do Chibungo que levou 200 palmatorios dividido pelos mãos e os pés, so sei que o soba ficou circa de 9 mesese deitado na cama por causa das pessoas que deviam ir para o contratado mas que não foram, eu vi com a minhas vistos aqui.

P: Quando foste contratado sabias que irias trabalhar no porto?

Adriano Ndalesi: Eu não sabia que havia de trabalhar no porto, porque eles so pediram pessoas para ir no contratado.

Depois de eu ter fugido do Cassequel, fui contratado de novo para o destino inserto, mas infelizmente fui logo para no porto do Lobito. E na aquela altura não havia ipotse de negar, era so cumprir as ordens dos brancos que destinavam a vida das pessoas contratados.

Pois então chegamos no porto, era so trabalhar dia e noite, o descanso, ja era aquilo e um grande trabalho, so havia a entrada, a saída seria uma questão inédita. P: O nosso salário?

Era apenas 15$00 por mes de abono, para puder insentivar apenas o trabalhador, mas que este trabalho todos os dias vocês tem que songrar, se não fores um pouco cuidadoso você podes partir um ou outro membro.

(9)

Os productos por descarregar minha pelo comboio, caso do mineiro, o lingote, o calieve, o maganezio, o ferro etc. E os navios trazia consigo as maquinas os motores etc. O sistema de descarregar era a manual, assim com ao carregar.

Você não imagina o que e carregar o ferro, ou o minério, no ..pelos ombros em pleno meio dia no sol ardente, em suma não havia o trabalho leve na era colonial.

P: Questões Logístico—o hora de almoço?

R: Nos no porto havia comida, e havia também a hora do almoço no grupo de 60 pessoas, podia houver 1 ou 2 a cozinhar para os outros.

E havia um capataz ou chefe do grupo que controlava as pessoas do mesmo grupo, e era ele que recebia mantimentos para serem cozinhados, se entrarem as 6 horas da manha, as 12 horas podem ter um intervalo para comer, mas um intervalo muito rápida e cronometrado, ai de quem se atrazar depois da hora do almoço, vão te enviar no trabalho de fornacha no fundo , e corres o risco de perderes a vida sem ser visto, porque vão te lançar no fogo ardente.

P: A saúde?

R: Na parte de saúde havia bom tratamento quando e uma doença de animo leve, mas que também deves manter muitos cuidados porque ainda podem de matarem mesmo no Hospital com uma ampola d’agua, portanto era preciso ter muita coragem com as próprios doenças.

P: Os sobas faziam parte do vosso salário?

R: Os sobas não faziam parte dos nossos salários, o pagamento de 15 meses quando chegares aqui no Monte-Belo era de 400$00, se substrair o valor dos impostos fica umas megalhos (crumbs) apenas que não dai salucoes para os seus problemas. Muitos menos para a esposa e filhos.

P: Havia preferência dos trabalhos?

R: Não havia preferência nenhum dos contratados porque cada empregador solicitava ao chefe do posto, neste caso aqui no Monte-Belo, de que preciso de tantos pessoas para a minha fazenda ou para as outras areas de trabalho esforçado.

Na altura dos contratos esforçados o caso era diferente, porque vocês primeiros eram preso, depois e que sou enviados para o serviço que o empregador pretende.

Agora na questão dos contratas voluntários não, apesar de que também não tomavas o conhecimento por onde seram enviados, mas que depois do seu registo, aguardavam apenas um tempo para completar o numeiro pretendido e depois vão para cruz preta.

Portanto não havia preferência. So que o sistema do empregador, era de contacto de villa para villas justo dos posto, e cordenacoa com os cipaios e sobas das aldeias, tanto nos contratados esforçados assim como os voluntários. E assim ele formava grupos de homens, 4 a 5 grupos depende do numero que ele quis. P: No posto do Lobito também houve homens que também fugiram?

(10)

R: No Porto havia um trabalho de morte, uma trabalho duro, um trabalho que não habitua, e não acustuma não e trabalho de brincadiera. Havia um bário que transportava o mineiro, para entrar naquele havia tinhas que entreraes pelo buraco que era muito difícil depois são fechado la dentro do Porão, e se não bastase o trabalho era atirar o carvão (charcoal) dentro do forno, porque os navios no outrora movia-se através do fogo, ou era a carvão.

Portanto nos tínhamos que parmanecar da durante todo o dia, e ao vezes a metade da noite a carregar o mineiro, vocês sabem que o mineiro, o maganezia, os tingoles, sãos pedras, que feriam qualquer um dos trabalhadores.

....more about working at port, in notebook. José Inácio:

P: os fugitivos da açucareira?

R: Houve um colega, meu que foi apanhado a mastigar a cana, este meu colega foi cerrado os dentes o teu coelga passou alimentar-se como se fosse uma galinha, de tanta dor que havia no Cassequel, ele preferio se suicidar, e o conselho dos brancos e o seguinte: antes você fugires do que se matar.

O tempo dos contratados aqui ninguém tinha vos de falar ou de questionar, nem os sobas, nem os cipaios, nos apenas cumpríamos os ordens dos colonos se ele agora dizer que deste e fica nu, você tens que lhe obedecer, se dizer que vai, alem, ou o cula, tens que cumprir porque se nao serias um alvo abater. Houve branco que pediam para lhe colocar nos ombros para transporta-lo de um todo para outro. Foi um autentico

escravidão, não so no Cassequel mas também para aqueles que permaneciam aqui na vila. Aquelas que na altura tinham de classe 3 ou 2 o sofrimento não era tanto porque era tido como um assimilado.

O Sr. Luís Sambo Canhama de Cabina e o que trouxe aqui o sistema de pagaio imposto, na altura os impostos eram pagos...depois e que foi subindo o valor dos impostos, mas que a sua família não pagava impostos ate hoje aqui existe festas do sr. Luís.

Os nossos sobas e mais velhos tentar conformar esta atitude do Sr. Luís, nos conseguimos havia um tropa do soba que chamavam-lhe de-me licenca; este era o portador do soba para recrutar as pessoas, se lhe mandaram trazer 20 pessoas tem que ser mesmo 20 ou mais; se for menos, ele será chicotendo junto com o soba.

Quando o sofrimento do Cassequel, e difícil de entenderes mas que e uma pura realidade, os homens cantovam, e choravam, e diziam ate quando; ate quando: esta vida tão dura vai terminar em olhos humanos; nos estávamos humilhado perante os brancos, quando você ve um branco a vir em direcao com un chicote, tens que dor as costas porque eram para ti que servia este chicote.

Razão pelo o qual eu tinha que fugia do Cassequel, mas fugir sem ninguém dar conta, nem um colega poderia saber do seu plana de fuga.

Mas quando cheguei aqui na minha aldeia, eu passei large para Ganda porque aqui eu não tinha espaço, esta vila era martilio (martyrdom,, suffering) de escravos e de sofrimento, nos vimos mulheres, crianças, e velhos na construcao da estrada, e chicoteado ao mesmo tempo, ninguém teria coragem de assistir tal situacao, eu

(11)

pus-me em fuga tanto no Cassequel, assim como aqui na minha aldeia, eu so regressei 1963, depois dos movimento da libertacao da Angola.

Agora o sistema de pagamento dos impostos começou na Ganda, depois e que foi para o Balombo, e por ultimo aqui no Bocoio, mas era preciso transportar o caixote de moedas du um lada ao outro ate que se construio um Banco no Balombo.

Em 1957, foi quando se começou o sistema de angariar as pessoas ja de forma voluntaria. Quem fés tal proposta para que o sistema de angariar os homens foi o Sr. Lotes Pratas que estender este sistema ate no Dombe Grande. No Cassequel, no Chimboa, no Bailundo, e no Bie ate no norte.

Na área do norte que foi o angariador foi o Sr. Manuel Abraio no Balombo e o Sr. Traça, todos eles eram brancos.

As pessoas aderiram este sistema não so porque neccesitavam de pagar os seus impostos que vote imeia subiram para 400$00 a 700$00 so que neste trabalho do contrato voluntario, os abono eram de 40$, a 50$ por mes, e durante um ano de trabalho, pagavam-te quase 1.300$00 a 1.020$00 ate 2.800$00 este era apenas a pequena vantagem que havia como voluntario, isto e em 1957/58.

Certa vez um amigo meu, ao fazerem as suas contas, retirarm o valor dos impostos e uma percentagem do chefe do posto ficou muito furioso ao reclamar,

entiaram-lhe uma chapada, e cataram-lhe a boca, chamando-lhe de ordinário filho do negro burro. Se os outros não reclamaram você que tens que reclamara agora não recebes nenhum tostão. Foi esta historia que eu vi com as minhas vistas.

P: Mulheres no trabalho do Cassequel?

R: Havia sim mulheres no Cassequel mas o trabalho delas era muito diferentes aos dos homens. Elas trabalhavam na capinagem, na plantacao de algumas horticulas, mas essas mulheres não eram daqui, eram aquelas que viviam na Catumbela.

P: Havia um dia de descanso.

R: Havia sim um dia de descanso que era no domingo, mas antes tinham que fazer um trabalho de obrigacao aos domingos, depois então vão para o vosso fazer.

P: Havia cancoes?

R: Havia concoes para ensentivar os trabalhadores. As cancoes eram seguinte: “Vamos devagar, vamos devagar o Brandão era a morte dos jovens; o Brandão era a morte dos jovens.”

[Brandão was the name of a particular Portuguese driver of the trucks that brought contratados from Balombo/Bocoio to the plantations]

in Umbundu:

“tuendi levando momo bradao calunga kakuenje tuendi levando momo bradao kalunga kakuenje”

P: O que faziam aos Domingos?

R: Aos Domingos, aqueles que tinham saúde para dançar, brincar, podiam sem problemas nenhum. Depois do trabalho obrigatório aos domingos.

(12)

Mas que as brincadeiras estavam dividos por grupos; grupos de região do Bocoio, do Balombo, Quilengues, Bailundos, etc, e alguns iam parar os pequenas pecos de roupa, dar um passeio para fazer esquecer iam pouco do sofrimento.

P: Havia Quimbombo?

R: Não havia quimbobo no Cassequel. Um trabalhador se receber o seu abono, pode ir ao um sitio, ou a uma loga beber um copo de vinho ou jupica (quimbombo).

Agora quimbombo ha, ou existe sim. Mas e aqui na nossa região que podemos beber o nosso quimbombo. Depois de cumprir o seu contrato, quando voltares, eram recebidos com honras militares e depois vais para a sua aldeia, para beber o

quimbombo, junta com os seus parentes.

P: Era de abito que os fugitivos eram do Bocoio e Balombo?

R: Sim era o custume os fugitivos do Bocoio, Monte-Belo, Balombo, a retirarem-se de Cassequel, primeiro era próximo para aqui chegar; segundo não estávamos acustumdo com o tipo de trabalho que havia no Cassequel. Eu pessoalmente que estou a vos dizer, também, juji de la, numa noite de chuva que os cipaios, ou os capatazes estavam

escondidos para nos aponharem a chuva, .... num beco, e depois no outro, e odia seguinte coloqui-me num grupo de regresso aqui na minha aldeia. Quando aqui cheguei eu contrei muitos dos meus amigos rusgados para em parte incerta, pois então eu não podia estar viver aqui, passei a fugir os sobas, os cipaios, e os sobas, ate que então começou-se a fazer o contrato voluntario.

P: Tinhas amigos no Cassequel?

R: Eu tinha sim alguns amigos, sobretudo do nosso grupo, e bem verdade que todos os que estavam sofrendo no Cassequel, fornaram-se uma so família, por que o trabalho era o mesmo. O sofrimento era o mesmo so os planos da fuga de cada um era de facto

diferente.

P: Doenças no Cassequel?

R: Havia doença sim, mas que a doença mais frequente que havia era espécie de cólera que fés matar muito gente, nomeadamente, a diarrea, vómitos, dores de barriga, e dores de cabeça, etc. Por causa de trabalho muito pesado o muitos sofredora aos alhos humanos.

E os trabalhos de cortes de cana era de forma compassada com os seus colegos, porque se com dos seus colegas passar a frente de Ti Terá]s dificuldade de terminar o seu trabalho devido o embarado da cana que nos caindo na sua área. P: Tinhas uma horta?

R: Nao tinhas o direito de teres uma horta no Cassequel, porque primeiro não havia tempo para assim o fazer; segundo não havia espaço ou uma palma da terra para o fazer enfim não havia nada de hortas para ninguém, se não apenas o trabalho para do Cassequel para o fazer

P: O Cassequel dava comida?

(13)

As vezes dava-nos fuba, o feijão o peixe seco, o sal, e o peixe fresco. Mas era necessário vocês irem por baixo dos palmeiras recolher alguns bagos de dedem para fazer muamba, para fazer, ou para estrair o óleo de palma, para assim guizer os

atimentos, mas so aquelas bagos que caíram de palmeira pelos pássaros.

E assim que as pessoas viviam, no trabalho esforçado em que os homens não tinham solucoes, e os trabalhadores caiam num pesadelo infinito razão pelo qual, se com dor funcionário tinere uma oportunidade para fugir, ele foge sem deichar rastos. So no dia seguinte e que vocês daram conta que fugio um dos colega, e isto continuou ate que veio o sistema de angariar homens por contratas voluntários.

P: O trabalho era bom?

R: Não era bom nos aqueles trabalhos nem a pensar para ja você não conseguias comprar pelo menos um pano para sua esposa, pelo o dinheiro que lhe e pago, muito menos uma camizinha para o seu filho. Era um trabalho por obrigacao, porque fazíamos, noa porque nos queríamos fazer. Mais sim porque eles queriam que nos o fizesse. Portanto não eres bom.

P: Havia comissão sindicato?

R: A comissão de sindicato no nosso tempo não havia, porque este orgao apareceu ja na altura dos contratados voluntários em 1958.

Agora o contratado por obrigacao não tinha acesso a esta comissão se bem que existia apenas para os brancos. Mas havia algumas vezes que os contratados não conseguiam fazerem o trabalho pelo qual ele foi contratado, vão para o posto que represente o vosso grupo para reclamar. Mas nos eram sucesdidos e se não bastasse levarem uma suora (chicote) sem igual e regrassavam automaticamente para o trabalho sem contemplacao, e as vezes no vosso contrato de um ano, neste caso 12 meses, posso para 15 meses por castigo.

Agora os funcionários volunatrios e que tinham diretio a este orgao de sindicato para reajustar as suas reclamacoes, e os pagamentos que são com os seus chefes.

P: Relacoes administrativa?

R: Havia sim bom relacoes com os chefes sobretudo na questões de doenças, os

capatazes, ou os chefes dos grupos eram portadores dos nossos problemas, este por sua vez vai ate ao chefe que lhe presenta, e dai então vai ate a direccao da empresa para então resolver os seus problemas isto e no tempo ja dos angariamentos que havia cumunicaoes com a administracao do Cassequel e os chefes. Mas no nosso tempo da escravatura não havia relacoes nenhuma conosco era so trabalho que lhe entresava tanto os chefes e a própria administracao nada tinham a ver com os nossos preucupacoes.

[NOTE: choice of Word “slavery” to describe forced labor significant.]

Na questão de doença ou da saúde tem que ser aquela doença que tem a parencia de um doente porque se não terás que trabalhar com vontade sem ele.

E havia aquelas doenças que quando são graves eles despensavam-te para voltar na sua aldeia com uma despenca, e outros acabavam por morrer mesmo la e os outros traziam apenas o óbito na sua família.

(14)

P: As pectativa da inependencia?

R: Em 1956 nos houviamos um programa de Angola—combatente, pelo rádio, onde falava do políticos Lumumba, e do Agostinho Neto, e dos outros terroristas que estavam nos matos a criar uma revolucao, mais aqueles que tínhamos ou os que estavam nos trabalhos esforçadas e que houvia com muita freguencia as tais noticias.

Quando chegou em 1961, começou de facto a revolucao aqui em Angola, e os brancos quando se apreceberam que neste mesmo ano iriam de abandonar Angola, começou a nova monte no seio da populacao.

Foi uma monte sem trégua porque eles diziam que vocês tem afinal de contas um parente vosso que estudou e querem nos derrubar deste pais e para serem libertado da escravidão.

Entrei aqui um regime de caca homen, aqueles que vestiam calcas, eram matados, aquelos que falavam português eram matado, os pastores e professores, eram todos matados, e dai que os homens passaram a vestir-se de pano para que não seja descuberto como um homen de visão para encarar como as coisas não deserolando-se no seio das brancos que estavam aflitos por tudo e tudos.

Em 1962 esta revolucao parou por um tempo, e em 1974 seria uma assinatura de 25 de Abril acordos dos Alvores em Portugal e finalmente em 1975 a Bandeira português foi retirado neste pais.

P: Foste ativo na politica?

R: En não fui ativo na mobilizacao do povo e não participei, tenho apenas por lhe dizer que eu presenciei a chegada do patrício lumumba aqui em Angola no porto do Lobito em 1956 num submarino militar, e em 1960 aqui as noticias corriam que o Lumumba estava no Brazzaville, mas que falta poucos dias para ele chegar aqui em Angola, e dai que os cozinheiros, as empregados, os missionários, e todos aquelos que tinham ja uma classa mais ou menos, e aquelos que falavam mais ou menos o português foram todos

massacrados, porque alegavam serem eles os portadores das noticias que estavam em causa da revolucao em Angola.

Em 1966, eu depois fui para o contrato voluntario no Uige. Eu constatei que a situacao na aquela região não estava bem, porque os tropas coloniais entravam nas fazendas, e nas lavras em meia noite a destruir as culturas dos populares porque eram chamadas de terroristas, então tem que se destruir tudo aquilo que lhes podem serem úteis para guerrear contra nos.

Agora em 1968 a guerra contra os portugueses intencificou-se aqui na nossa região e não so, e queles que foram para o contratado alguns voltaram, mas outros ja mais voltaram ate aqui.

Foi im mrtilho o que se passou aqui cadáveres por tudos os todos homens mulheres foram enterrrados vivios. As pessoas eram postos deitados numa linha única, e o caterpilar passava por cima deles, e prosteriormente serem lançada numa vala comum que ainda existe ate hoje aqui.

Em 1969 aqui no Monte-Belo morreu muita gente, nem ja no Balombo, ou Bocoio morreu tanta gente assim como aqui. Dizia o propio colono que antes de eu ir na minha terra. Eu tenho que me revistir de pele de um homen morto custe o que custar, tudo isto nos vimos com as nossas vistas, era preciso ser prudente, e se manter parro e

(15)

humilhado acima de tudo, porque nos na altura não tínhamos armas para o combate contra os portugueses e eles usavam um tipo de arma canhangulo.

As pessoas ja não iam na loja comrar isto ou aquilo, qualquer pessoa que aparecer, eles perguntavam-lhe o nome do dedo superior, se responder que e omumba, eles entendiam que es do Lumumba, ai caiam meio campos consigo com um monte de chicotes.

Era preciso dizer que eu não sei do que se trata, e então eles ignoravam que este senhor não sabe nada nem falar português você não podiam, os seus vestes tinham que ser de panos, e são este que sobreviverem, e que alguns fugiram das guerras dos português.

E quando nos houvimos que no monte os terroristas estão a ganhar o terreno, aqui os portugueses comessaram a nos reguenhar ou nos sentivar com algumas prendas em dinheiro o aumento de alguns salários, fazer amizade com este ou com aquele enfim, em suma foi um grande escandola que se passou aqui.

REGEDOR: Eu gostaria de acrescentar dizer que quando mataram os professores e os alunos missionários foi por uma convocatira que se fez.

Pastor convocou todos os pastores filiais e aquelos que ja eram

missionários na igreja. Não sabiam que era um estratagia dos portugueses. Depois de todos concentrados, chegar os portugueses com um camionete e vou todos menos o Pastor Central.

E este por sua vez pedio para que também para que fosse pronto com eles, mas antes que passasem para minha casa para poder colocar a minha roupa especial.

Meu caro so o sapato do Sr. Pastor esta tão engrachado de formas que você podia ver a sua cara, ou o risco do seu cabelo.

Quando chegarem aqui todos foram na cadeia aqui naquela cazote. Não me recordo bem por onde enviarem, o nosso pastor, mas que alguns professores e alunos foram para S. Nicolau, e os mais azarados foram fuzibados.

Em 1972 tudo estava normal, e em 1974 apareceu então os membros da revolucao Angolana, que era o Sr. Agostinha Neto, e o Sr. Jonas Savimbi estes e que fazeram a historia da Libertacao do pova angolana no jugo colonial ate a independência.

Agora outros partidos, não os conhecemos aqui, o Sr. Holden Roberto so apareceu mais tarde, ele não tem historia aqui em Angola sobretudo aqui na nossa região.

Mais também não houve comprencao entre eles, assim que os portugueses retir raram-se de Angola. Entiamos de novo numa guerra fria entre irmãos ate que um deles teve que se retirar para as matos.

E esta guerra absurda sem gloria dos Angolanos durou 30 anos, so agora aos 3 anos para ca e que estamos bem, ja ha circulacao de pessoas e bens para tudo o territórios do nosso pais, ja conseguimos dormir em condicoes sem houvir nenhum rumor de tiros ou canhões.

P: Era bom na era colonial viver?

R: Depois de 1958, ja estava a notar-se algo de memoria, porque os contratos ja eram de forma voluntários e os volares de trabablho, ja estavam sendo pago de uma forma pouco abonatório, portanto tudo isto também estas melhoria vieram atravez das noticias que o corriam contra os portugueses ca em Angola, ja não havia muito oprecao, tinhamas tudo

(16)

as logos estavam abertos para tudos nos, embora com alguns problemas que deparava-se conosco eram normal.

Digo noram porque cada homen podia fazer o seu contrato em que quer empregador, para puder pagar os seus impostos e sustentar a sua família.

Agora depois da nossa independência o povo parecia estar arrependido, porque a situacao no pais estava dominado pela accao e de ambicao do puder, que levou também vidas humanos sobretudo na área da fome.

A guerra começou a ceifar (cortar, matar) o povo de uma tal formas que o pais entrou em pânico, devido a luta dos dos partidos a UNITA retomou as matos e as estradas, ninguém ia para as larvras porque ja não regressou o MPLA estava nas vilas mas recursos para assumir o povo que morria de fome, a situacao era tão dramática de formas que os populares comessaram a morrer de fome, sem roupas, sem abrigos, chuva por fima das crianças, e mulheres.

Dai o arrependimento do povo, que seria bom então viver sobre custodio dos portugueses, mas que tínhamos roupa, comida, as nossas lavras e pagávamos os nossa imposta.

P: Os confiscos?

R: Os donos dos emprendimentos sobretudo no Cassequel no Dombe Grande, e outros, foram abandonados devido as guerras, depois e que foi confiscado pelo partido no puder na altura, portanto não necessidade de seremos justificado, visto que nos examos apenas algun miservael que ali se encontravam a trabalhar.

P: Como fica a sua família quando for para o contratado?

R: A minha esposa fica com os meus pais. Eles e que tomam conta dela. Tudo o que ela precisou, e se acasa estiver a chuver, se faltar alguma coisa em cota, dão-lhe uma ajuda nas lavras ate que eu chegue do contratado.

P: Existe quimbombo?

R: Não quel tempo, depois das populacoes fazeram as suas culturas, passa um tempo, antes da colheita, e depois da colheita, então faz-se uma festa com todo o povo da aldeia, tanto aqueles que tiveram a boa colheita assim como aqueles que não tiveram a boa colheita; e dai que se fazia o quimbombo do mel, este ritual ainda existe ate hoje.

Nesta festa cantava-se, dançava-se tocavam Batuque enfim muitas brincadeiras de homens e mulhers.

P: Existe feiticieros?

R: claro que existe, não ha nenhuma região aqui em Angola que não tenham feiticeiros. Desde dos nossos antepassados, os feiticeiros sempre foram ereditarios dos seus avos, pais, tios, etc. Existe aqui na nossa terra bruxas, feiticeiros e quibandeiros, e outros. Claro que existir os cazumbos com maiorfrequencia nos anos de 1957/8.

REGEDOR: Deixe-me que lhe uma explicacoes sobre a existência do Cazumbi na nossa região: Aqui na nossa região, o soba e que tinha o puder de adminisstrar todos os tranesos do feiticismo. Logo, sempre que morra alguém na aldeia, esta pessoa era enterrado no tipo do chamado antitipo, em que depois de ser enterrado, na retirada das

(17)

pessoas do cemitério, para casa, tem que se fechar o caminho onde se passou com o cadever. E não se morria muito na altura porque a morte obedecia regras, dificilmente se morria por doença era so por feitiço.

Razão, puto qual que os cazumbis passeavam descontentes em plena noite, de durante o dia eles manifestavam-se atravez de alguns fenominos, por gritos, ou

remoinhos, e alguns ate pelos animais. No tempo colonial os cazumbis estavam em todos os lados talvez por maltrato que havia e as mortes sem destincao.

Mas agora ja não e tanto assim. Como antes agora ja não existe aquele mito cultural, devido as religiões que surgiram aqui na nossa aldeia, porque as

mentalidade das pessoas começou alterar-se para mais alem da religiao.

E quem trouxe aqui a doutrina Protestante e o pastor Jesse Chipenda, mas a doutrina Católica foi a primeira andementada aqui.

Depois as coisas espirituais começaram a mudar, as pessoas ja morriam por ano, 5 a 6 pessoas, ja com se cerimonias religiosos.

Torna-se cazumbi se for feiticado, porque o mesmo feiticado não esta desconcado ha no cimiterio, razão pelo qual que ele onda a vangueando por ali a procura da vingança.

E so o soba se aprecebe que este pertancia a iram família humilde, e foi feiticada injustamente, faz alguns rituais para que o mesmo descansa em paz.

P: O trabalho do soba e similar ate hoje?

R: Os trabalhos dos sobas, nunca mudaram ate hoje. Na altura quando os portugueses houviram que o Patrice Lumumba iria de libertar Angola, foi dai aqui os sobas foram chamados pelos chefes dos postos das suas areas para lhes dar as roupas de sobado, caso, do capaste, cascão, e as patente, do sobado; para puder confundir a união publica

internacional que eles viviam assim.

Mais tarde e que comissarem a pagar um bocadinho por valores

monitarios. Depois da nossa independência, os sobas estavam sendo marginalizados, sem nenhuma indeminizacao, razão pelo qual que eles tiveram que reuinr com as

administracoes locais para ver se seria possível para compenssacao do trabalho que eles tem desenvolvidos nos comunidades.

So depois de tantos descacos que por fim hoje depois da paz temos como salário 10.000.000 aos sobas e 13.000.00 aos regedores, salários que so servem apenas para comprar talvez com trofim.

O Herói quem divia?

Para falar do heroísmo, tinha que falar em primeiro lugar do Patrice Lumumba 1957/58 que foi a primeiro nome que se houvia na Angola-combatanta, e foi o primeiro a chegar aqui em Angola em 1957 no ponto do Lobito através de um barco submarino.

Eu afirmo com tudo a certeza e absoluta porque eu vi comos meus olhos o Lumumba a chegou, ele e mais 17 homens colossos, porque recordo-me em ter nos feito uma pergunta de seguinte maneira: o que vocês estão a fazer? E nos respondem a ate que estávamos a trabalhar e dez-nos assim tenham paciência porque daqui a pouco o vosso pais estaria independente.

(18)

Portanto so mais tarde em 1959 que havimos que para alem do Lumumba havio outro que também estuou que o seu nome e Agostinho Neto, as noticia paraciam de uma forma inédita sem comprendermos afinal quem ... o tal herói.

Mais trade ja em 1960.61 e que podíamos entender que o Lumumba não era Angolano. Mas que tembem era um revolucionário do Congo, sim o Agostinho Neto era Angolano.

Este Agostinho Neto e mais outro caso do Senhor Jonas Savimbi, são os protaganistas deste revolucao, e que todos eles fizeram parte de fomas que os Portugueses se retiraser deste pais que e Angola.

Tão somente que os objectivos eram similar, mas que as ideias eram diferentes destes revolucionários. So mais tarde que o povo acha que ate hoje o nosso herói e o Sr. Agostinho Neto talvez pelo sua publica e a forma como trata o povo e faz nos entender que a sua ideai era ou e para que esta nacao estivesse paz que nos temos hoje.

P: Monumentos Históricos

R: Aqui no Monte Belo existe monumentos históricos que representa a nossa cultura. Mais que são monumentos feito em símbolos dos animais.

Por ex: esta cumunia e chamado como a cabeça do cão por causa dos caçadores, esta foi uma boa área para a caca.

Depois colocaram o símbolo de outro animal, que e do porco também representa outro tribo para alem do rio. Por ultimo e que veio o nome de Monte-Belo, devido a sua Beliza natural e a fama geográfica em como esta localizado esta cumuna. P: O que significa para vos o hino e a bandeira nacional?

R: Para nos sobas, a partir de altura em que a Bandeira português saio do pátrio, e subio a nossa, significa a liberdade total do nosso pais e nosso também para próprios Angolanos.

E quanto ao hino nacional, sempre nos cantamos, nas escravatura, no sofrimento, mas agora o nosso hino e cantado de uma maneira mais aforica de formas que o mundo inteiro saiba que nos estamos independente e coroado de paz.

P: Os efeitos de guerra na sua região?

R: Digo—lhe meu caro quie a guerra que se passou aqui na nossa região, foi uma guerra sem igual, nem se pode comparar com a de 1961, 1974, a dos anos 1980, mas do ano 1998-2000, seifoi (matou) pessoas aqui na nossa região a UNITA massacrou crianças, velhos, e mulheres, aqui, capturou tudo e todas, partio tudo, queimou tudo, ninguém podia estar nos aldeias, ou lavras, todos estávamos aqui na vila. Foi a mais terrível guerra que ja mais aconteceu aqui, não circulacao de pessoas e bens nas estradas as pessoas morriam de fome sobretudo as crianças.

Portanto a guerra so nos destruio isto porque não havia comprencao entre a UNITA e o MPLA. Cada tinha o seus objectivos, mas por fim entas depois da tanta gente morta chegou a paz, uma paz que estamos a desfrutar dela ao longo destes 3 anos.

Mesmo assim muita coisa ainda falta para que o nosso pais esteja de facto “uma união de irmadade entre os Angolanos.”

Referências

Documentos relacionados

Para o menino Momik, a constituição de sua própria memória, no que diz respeito ao trauma não vivido do holocausto e a constituição de si mesmo como judeu, se dará necessariamente

Embora cresça no país o número de pesquisas sobre educação ambiental em escolas e comunidades, patrocinadas por secretarias municipais ou estaduais e

Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto em face do acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul - TJRS, que denegou a impetração originária,

1 - Usa-se senão (junto), quando possui os seguintes significados: a não ser, exceto, mas, mas sim, mas também, caso contrário, do contrário.. Ex.: Não faz mais nada, senão

Portanto, todos os negócios devem ser informados de suas falhas, pois são manchas para a religião, pois não devemos ser assim neste ou naquele

O santo que não bate – aí tem os que não votam “de jeito nenhum” em determinados candidatos porque “detesto elel/a não vou com a cara.” E detesta

Seus filhos não apenas deveriam ouvir, mas contar e recontar o que Deus tinha feito por eles, de modo que não se esquecessem.. Haveria melhor maneira de preservar o conhecimento do

A cabeça estava com muita pressa para chegar a casa e nem olhou para Antónia?. Ele acenou-lhe com o pano