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Sessão plenária. Destaques da sessão plenária de 10 a 13 de março de 2014, Estrasburgo :45

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Destaques da sessão plenária de 10 a 13 de março

de 2014, Estrasburgo

Parlamento Europeu avalia operações da troika em Portugal

O Parlamento Europeu vai debater e votar as conclusões sobre o papel da troika em Portugal, Grécia, Irlanda e Chipre. Os eurodeputados dizem que as consequências económicas e sociais poderiam ter sido piores sem a assistência financeira da UE e do FMI, mas apontam várias falhas na estrutura, métodos de trabalho, controlo democrático e responsabilização. A criação de um Fundo Monetário Europeu e de um plano de recuperação social são algumas das recomendações que vão ser votadas na quinta-feira.

Regras mais duras contra o branqueamento de capitais e a evasão

fiscal

O Parlamento Europeu vai votar a revisão da diretiva sobre o branqueamento de capitais. Os eurodeputados vão propor a criação de registos públicos que identifiquem os beneficiários efetivos de sociedades, trusts e fundações em todos os países da UE, com o objetivo de reforçar a luta contra a evasão fiscal. As regras propostas

fortalecem também os deveres de vigilância de bancos, auditores, advogados, contabilistas, agentes imobiliários e casinos sobre as transações suspeitas dos clientes.

Proteção dos dados pessoais dos cidadãos europeus

A reforma das regras europeias sobre a proteção dos dados pessoais, que ganhou ainda mais relevância após as revelações sobre os programas de vigilância dos Estados Unidos, vai ser votada na quarta-feira. Os eurodeputados querem garantir que os utilizadores da Internet tenham mais controlo sobre os seus dados e sujeitar as transferências para países fora da UE a requisitos mais apertados. As empresas que violem as regras poderão ter de pagar multas até 5% do seu volume de negócios anual.

Conclusões do inquérito sobre os programas de espionagem da

NSA

A aprovação pelo Parlamento Europeu do acordo de comércio e investimento com os Estados Unidos "está comprometida" enquanto não cessarem por completo as atividades de vigilância em larga escala, diz o relatório que conclui seis meses de trabalho do PE sobre os programas de espionagem da Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA). Os deputados propõem a suspensão do acordo sobre a transferência de dados bancários com os EUA e a criação de um programa europeu de proteção dos denunciantes.

Referência n.°: 20140304NEW37501

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PT

Serviço de Imprensa ,

Direção-Geral da Comunicação

Parlamento Europeu - Porta-voz: Jaume DUCH GUILLOT Número da central de imprensa (32-2) 28 33000

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Na quarta-feira, às 8h30, os eurodeputados vão debater com o presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, e a presidência grega do Conselho os assuntos na agenda da próxima cimeira europeia de 20 e 21 de março. O Semestre Europeu para a coordenação das políticas económicas, a competitividade industrial, o clima e energia e a preparação da cimeira UE-África vão ser alguns dos temas em análise.

Debate e resolução sobre a presença de tropas russas na Ucrânia

Na quarta-feira, após o debate sobre a cimeira europeia, os eurodeputados vão pronunciar-se sobre a presença de tropas russas na península ucraniana da Crimeia e votar uma resolução sobre este assunto. Em 27 de fevereiro, o Parlamento Europeu instou todas as partes e os países terceiros a respeitarem a unidade e a integridade territorial da Ucrânia.

Eleições para o Parlamento Europeu e escolha do Presidente da

Comissão

O Conselho Europeu, formado pelos chefes de Estado e de governo da UE, deve respeitar o resultado das eleições europeias e a escolha dos cidadãos ao propor um candidato a Presidente da Comissão, que será eleito pelo novo Parlamento Europeu de acordo com o Tratado de Lisboa, diz um relatório que vai ser votado em plenário na quarta-feira. O maior número possível de membros da próxima Comissão deve ser escolhido de entre os eurodeputados eleitos, defende o documento redigido por Paulo Rangel.

Persistência da desigualdade salarial entre homens e mulheres na

UE

A desigualdade salarial entre homens e mulheres na UE atinge ainda em média 16,2%, nota um relatório da eurodeputada portuguesa Inês Zuber que vai ser votado em plenário na terça-feira. O documento propõe uma série de medidas para reduzir as disparidades salariais, promover a participação das mulheres na tomada de decisão, melhorar a conciliação entre trabalho e família, erradicar os estereótipos sexistas e combater a violência contra as mulheres.

Sementes: Parlamento Europeu a um passo de rejeitar proposta da

Comissão

Na terça-feira, os eurodeputados vão decidir se rejeitam ou não a polémica proposta do executivo comunitário sobre a produção e a disponibilização no mercado de material de reprodução vegetal. A comissão parlamentar da Agricultura recomenda ao plenário que rejeite a chamada "lei das sementes", apontando deficiências na

avaliação de impacto da Comissão e a criação de encargos administrativos desnecessários para os Estados-Membros e os agricultores.

Medidas para promover o setor da horticultura na UE

O Parlamento Europeu vai votar um relatório que propõe várias medidas para promover o setor da horticultura na UE, viabilizar a sua competitividade no mercado global e melhorar a comercialização dos produtos. O setor das frutas e produtos hortícolas representa 18% do valor total da produção agrícola na UE.

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Promover a gastronomia europeia e uma alimentação saudável

Os países da UE devem incluir na educação escolar "conhecimentos e experiências sensoriais em matéria de alimentação, saúde nutricional e hábitos alimentares", diz um relatório não vinculativo que vai ser votado na quarta-feira. Os eurodeputados propõem também programas de educação sobre as consequências do consumo inapropriado de bebidas alcoólicas, a proibição nas escolas de qualquer publicidade de alimentos não saudáveis e a promoção da dieta mediterrânica.

Viagens organizadas pela Internet

Os eurodeputados vão votar a revisão da diretiva sobre as viagens organizadas, que data de 1990, uma altura em que a maior parte dos europeus reservava as suas férias numa agência de viagens e não pela Internet. Esta atualização visa adaptar a diretiva à era digital e garantir direitos mais claros para o consumidor, como o direito de ser repatriado para o seu país no caso de o operador turístico abrir falência e de receber assistência se algo correr mal durante as férias.

Céu Único Europeu: reforma do sistema de controlo do tráfego

aéreo

O Parlamento Europeu vai votar propostas para acelerar a reforma do sistema de controlo do tráfego aéreo na UE e combater o congestionamento. As regras em discussão visam reforçar a independência das autoridades supervisoras nacionais e separar os serviços de apoio dos prestadores de serviços de navegação aérea. Os eurodeputados propõem que estes últimos tenham de considerar as ofertas de outros prestadores para desempenhar os serviços de apoio, mas sem terem a obrigação de separá-los.

Relações externas e comércio

Na terça-feira, o Parlamento Europeu vai votar um relatório de Ana Gomes sobre a Arábia Saudita, as relações deste país com a UE e o seu papel no Médio Oriente e no Norte de África. Na quarta-feira, vai também votar um relatório de Vital Moreira que visa alinhar o regulamento relativo às estatísticas comunitárias do comércio externo com países terceiros com as novas disposições do Tratado de Lisboa.

http://www.europarl.europa.eu//news/pt/agenda/briefing/2014-03-10 25 27 29 30 Mais informação

Agenda da sessão plenária

Pode assistir em directo à sessão plenária através do EP Live Conferências de imprensa e outros eventos

EuroparlTV

Material Audiovisual EP Newshub

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Parlamento Europeu - Porta-voz: Jaume DUCH GUILLOT Número da central de imprensa (32-2) 28 33000

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Isabel Teixeira NADKARNI

Assessora para a imprensa portuguesa Serviço de Imprensa

(+32) 2 28 32198 (BXL) (+33) 3 881 76758 (STR) (+32) 498 98 33 36

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Parlamento Europeu avalia operações da troika

em Portugal

O Parlamento Europeu vai debater e votar as conclusões

sobre o papel da troika em Portugal, Grécia, Irlanda e

Chipre. Os eurodeputados dizem que as consequências

económicas e sociais poderiam ter sido piores sem a

assistência financeira da UE e do FMI, mas apontam várias

falhas na estrutura, métodos de trabalho, controlo

democrático e responsabilização. A criação de um Fundo

Monetário Europeu e de um plano de recuperação social

são algumas das recomendações que vão ser votadas na

quinta-feira.

O relatório de investigação sobre o papel e as operações da troika (BCE, Comissão Europeia e FMI) nos países sob assistência financeira, elaborado por Othmar Karas (PPE, Áustria) e Liem Hoang Ngoc (S&D, França) analisa a situação económica de cada um dos países no início da crise, o conteúdo dos memorandos de entendimento e o impacto das políticas prosseguidas na evolução económica e social. O documento avalia também os aspetos institucionais, considerando o mandato da troika pouco claro e pouco transparente e com falhas a nível do controlo democrático.

O relatório da comissão parlamentar dos Assuntos Económicos centra-se mais nas questões macroeconómicas e institucionais, enquanto o relatório da comissão parlamentar do Emprego, redigido por Alejandro Cercas (S&D, Espanha), analisa em detalhe os aspetos sociais e de emprego.

A criação de um Fundo Monetário Europeu, baseado e sujeito a regras europeias, e a aprovação de um "plano de recuperação social" são algumas das recomendações feitas nos documentos que vão ser votados em plenário na quinta-feira.

Os eurodeputados afirmam que as consequências económicas e sociais poderiam ter sido piores sem a assistência financeira da UE e do FMI, mas apontam várias falhas na estrutura, métodos de trabalho, controlo democrático e responsabilização.

Apesar de reconhecer que o desafio enfrentado pela troika no início da crise foi "imenso", devido ao estado das finanças públicas e à necessidade de reformas estruturais em alguns Estados-Membros, a comissão parlamentar dos Assuntos Económicos refere uma série de deficiências nas operações da troika, como a falta de transparência, de legitimidade democrática e de responsabilização.

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Parlamento Europeu - Porta-voz: Jaume DUCH GUILLOT Número da central de imprensa (32-2) 28 33000

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relatório deplora que as instituições europeias estejam a ser retratadas como o bode expiatório pelos efeitos adversos do ajustamento macroeconómico nos Estados-Membros, quando são os ministros das finanças que devem assumir a "responsabilidade política" pela troika e pelas suas operações.

Emprego e aspetos sociais

A subida das taxas de desemprego, especialmente entre os jovens, o aumento da emigração, a destruição de pequenas e médias empresas e os elevados níveis de pobreza, incluindo na classe média, são algumas das consequências da crise económica e dos programas de ajustamento nos países sob assistência financeira, nota a comissão parlamentar do Emprego. Os eurodeputados lamentam o facto de ser entre os jovens que se registam os níveis de desemprego mais elevados, sendo a situação "particularmente grave" na Grécia (onde a taxa é superior a 50%), Portugal e Irlanda (superior a 30%) e Chipre (cerca de 26,4%).

A comissão parlamentar "congratula-se com o facto de os dados recentes mostrarem um pequeno aumento nos números do emprego para a Irlanda, Chipre e Portugal", mas nota que, mesmo quando conseguem um emprego, muitos jovens (em média 43%, face a 13% no caso dos trabalhadores adultos) trabalham frequentemente em condições precárias ou com contratos a tempo parcial, tornando-se difícil viverem de forma independente das suas famílias. O relatório salienta que "desde 2010 a Grécia, Irlanda e Portugal registaram as maiores diminuições da despesa social na UE" e lamenta que os programas destes países incluam "prescrições detalhadas em matéria de reformas do sistema de saúde e cortes da despesa que têm um impacto significativo na qualidade e no acesso universal aos serviços sociais, especialmente no caso dos cuidados de saúde e da proteção social".

Os eurodeputados recomendam um "plano de recuperação social" e exortam a troika e os países em causa "a terminarem os programas o mais cedo possível e a criarem mecanismos de gestão em caso de crise" que tenham em conta objetivos e políticas sociais.

Contexto

Em novembro, a comissão parlamentar dos Assuntos Económicos e Monetários foi autorizada a elaborar um relatório de investigação sobre o papel e as operações da troika nos quatro países que foram submetidos a programas de ajustamento económico: Grécia, Irlanda, Portugal e Chipre. A comissão parlamentar do Emprego e dos Assuntos Sociais requereu também a elaboração de um relatório sobre as consequências sociais e de emprego destes programas.

Uma delegação de eurodeputados visitou os quatro países, tendo passado por Portugal a 6 e 7 de janeiro.

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Debate: 12/3/2014, às 15 horas

Votação: 13/3/2014

Processo: relatórios de iniciativa

Relatores: Othmar Karas (PPE, AT) e Liem Hoang Ngoc (S&D, FR), da comissão parlamentar dos Assuntos Económicos, e Alejandro Cercas (S&D, ES), da comissão parlamentar do Emprego

Mais informação

Relatório de investigação sobre o papel e as operações da troika nos países do programa da zona euro

Relatório sobre os aspetos relativos ao emprego e sociais do papel e das operações da troika

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Regras mais duras contra o branqueamento de

capitais e a evasão fiscal

O Parlamento Europeu vai votar a revisão da diretiva sobre

o branqueamento de capitais. Os eurodeputados vão

propor a criação de registos públicos que identifiquem os

beneficiários efetivos de sociedades, trusts e fundações

em todos os países da UE, com o objetivo de reforçar a

luta contra a evasão fiscal. As regras propostas fortalecem

também os deveres de vigilância de bancos, auditores,

advogados, contabilistas, agentes imobiliários e casinos

sobre as transações suspeitas dos clientes.

O pacote que vai ser votado em plenário na terça-feira inclui uma proposta de revisão da diretiva sobre o branqueamento de capitais e uma proposta de regulamento sobre as transferências de fundos. As comissões parlamentares dos Assuntos Económicos e das Liberdades Cívicas aprovaram várias alterações às propostas da Comissão Europeia com vista a aumentar a transparência e reforçar a luta contra a evasão fiscal.

Registos públicos para identificar as pessoas por trás das empresas

Os eurodeputados propõem a criação de registos públicos sobre os beneficiários efetivos de sociedades, trusts, fundações e outras entidades em todos os países da UE, de modo a que seja possível identificar as pessoas que, na realidade, se encontram por trás das empresas. Estes registos devem estar interligados e acessíveis ao público através da Internet. Os deputados inseriram também disposições sobre a informação que deve ser incluída nos registos, de modo a garantir a proteção dos dados pessoais.

Dever de vigilância da clientela

A revisão da diretiva reforça os deveres de vigilância dos bancos, instituições financeiras, advogados, contabilistas, auditores e agentes mobiliários, entre outros, sobre as transações suspeitas da respetiva clientela.

Os casinos e os serviços de jogo são também abrangidos pela proposta. No entanto, com exceção dos casinos, os Estados-Membros podem decidir isentar certos serviços de jogo se comprovarem que estes apresentam um risco reduzido de branqueamento de capitais. Pessoas politicamente expostas

A proposta sobre o branqueamento de capitais clarifica também as regras que têm por objeto "pessoas politicamente expostas", isto é, pessoas que podem representar um risco mais

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elevado pelo facto de serem titulares de cargos políticos. Com a revisão da diretiva, passam a ser também abrangidas as pessoas politicamente expostas "internamente" (residentes em países da UE), além das politicamente expostas "no estrangeiro" e as que trabalham em organizações internacionais. Este universo inclui, entre outros, chefes de Estado, membros de governos, parlamentares e juízes de tribunais supremos.

Transferências de fundos

A proposta sobre as transferências de fundos impõe aos prestadores de serviços de pagamento a obrigação de assegurarem que as transferências sejam acompanhadas de informações quer sobre o ordenante quer sobre o beneficiário do pagamento, de forma a prevenir mais eficazmente o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo. As propostas têm ainda de ser negociadas com o Conselho de Ministros da UE, o que deverá acontecer depois das eleições europeias, durante a presidência italiana do Conselho.

Estima-se que o branqueamento de capitais atinga anualmente entre 2% a 5% do PIB mundial.

Debate: 11/3/2014 Votação: 11/3/2014

Processo: codecisão (processo legislativo ordinário), primeira leitura

Relatores sobre o branqueamento de capitais: Krišjānis Kariņš (PPE, LV), da comissão parlamentar dos Assuntos Económicos, e Judith Sargentini (Verdes/ALE, NL), da comissão parlamentar das Liberdades Cívicas

Relatores sobre as transferências de fundos: Mojca Kleva Kekuš (S&D, SL), da comissão parlamentar dos Assuntos Económicos, e Timothy Kirkhope (ECR, UK), da comissão parlamentar das Liberdades Cívicas

Mais informação

Relatório sobre a proposta de diretiva relativa ao branqueamento de capitias Relatório sobre a proposta de regulamento relativo às transferências de fundos

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Proteção dos dados pessoais dos cidadãos

europeus

A reforma das regras europeias sobre a proteção dos

dados pessoais, que ganhou ainda mais relevância após as

revelações sobre os programas de vigilância dos Estados

Unidos, vai ser votada na quarta-feira. Os eurodeputados

querem garantir que os utilizadores da Internet tenham

mais controlo sobre os seus dados e sujeitar as

transferências para países fora da UE a requisitos mais

apertados. As empresas que violem as regras poderão ter

de pagar multas até 5% do seu volume de negócios anual.

As regras europeias sobre a proteção de dados pessoais - que datam de 1995, uma era em que menos de 1% dos europeus utilizavam a Internet - têm de ser atualizadas para responder aos progressos tecnológicos, à globalização e aos novos métodos de recolha, acesso e utilização dos dados.

A comissão parlamentar das Liberdades Cívicas aprovou uma série de alterações às propostas do executivo comunitário com o objetivo de reforçar o controlo dos cidadãos sobre os seus dados. Os eurodeputados querem também sujeitar as transferências de dados para países fora da UE a requisitos mais apertados.

Transferência de dados para países fora da UE

Se um país terceiro solicitar a uma empresa (por exemplo, a um motor de busca, a uma rede social ou a um prestador de serviços na nuvem) que divulgue dados pessoais processados na UE, essa empresa terá de pedir autorização à autoridade nacional de proteção de dados antes de proceder a qualquer transferência, dizem os eurodeputados. A empresa terá também de informar o titular dos dados sobre esse pedido, acrescentam. Esta alteração foi introduzida pelos parlamentares em resposta aos programas de vigilância em larga escala dos Estados Unidos que foram revelados em junho do ano passado.

As empresas estrangeiras terão de respeitar as regras da UE sobre a proteção de dados se operarem no mercado da UE e oferecerem os seus serviços aos cidadãos europeus. Sanções avultadas para as empresas que violem as regras

Os eurodeputados querem que sejam aplicadas sanções mais duras às empresas que violem as regras, propondo multas até 100 milhões de euros ou até 5% do seu volume de negócios mundial anual, consoante o montante mais elevado (a Comissão Europeia propunha multas até um milhão de euros ou até 2% do volume de negócios da empresa).

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Direito de apagamento dos dados

Qualquer pessoa deverá ter o direito a que os dados que lhe digam respeito sejam retificados ou apagados. No entanto, deve ser permitido prolongar a conservação dos dados quando tal se revele necessário para efeitos de investigação histórica, estatística ou científica, bem como por motivos de interesse público.

Consentimento do titular

As empresas terão de obter o consentimento da pessoa antes de proceder ao processamento dos seus dados e de fornecer-lhe informações sobre a sua política de privacidade numa linguagem clara e simples. Os eurodeputados impõem também novos limites ao "profiling" (definição de perfis, ou seja, tratamento automatizado de dados pessoais destinado, por exemplo, a analisar ou prever o desempenho profissional de uma pessoa, a sua situação económica, localização, saúde, preferências pessoais, fiabilidade ou comportamento). Os dados pessoais compreendem quaisquer informações respeitantes a uma pessoa, quer digam respeito à sua vida privada, profissional ou pública. Pode tratar-se de um nome, uma fotografia, um endereço de correio eletrónico, informações bancárias, mensagens publicadas em redes sociais, informações médicas ou do endereço IP do seu computador.

Debate: 11/3/2014 Votação: 12/3/2014

Processo: codecisão (processo legislativo ordinário), primeira leitura Relatores: Jan Albrecht (Verdes/ALE, DE) e Dimitrios Droutsas (S&D, GR)

Mais informação

Relatório sobre a proposta de regulamento geral de proteção de dados

Relatório sobre a proposta de diretiva relativa ao tratamento de dados na área da investigação penal

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Conclusões do inquérito sobre os programas de

espionagem da NSA

A aprovação pelo Parlamento Europeu do acordo de

comércio e investimento com os Estados Unidos "está

comprometida" enquanto não cessarem por completo as

atividades de vigilância em larga escala, diz o relatório que

conclui seis meses de trabalho do PE sobre os programas

de espionagem da Agência Nacional de Segurança

norte-americana (NSA). Os deputados propõem a suspensão do

acordo sobre a transferência de dados bancários com os

EUA e a criação de um programa europeu de proteção dos

denunciantes.

O relatório com as conclusões dos eurodeputados sobre o programa de vigilância da NSA e o seu impacto nos direitos fundamentais dos cidadãos europeus e na cooperação transatlântica vai ser debatido em plenário na terça-feira à tarde e votado no dia seguinte.

"A luta contra o terrorismo nunca pode constituir uma justificação para programas de vigilância indiscriminada em larga escala, secretos ou mesmo ilegais", diz o relatório da comissão parlamentar das Liberdades Cívicas.

Apesar de reconhecerem que as negociações sobre o acordo de comércio entre a UE e os EUA serem de grande importância estratégica para um maior crescimento económico, os deputados avisam que a aprovação pelo Parlamento Europeu do acordo final "está comprometida enquanto não cessarem por completo as atividades de vigilância em larga escala, bem como a interceção de comunicações no seio das instituições e das representações diplomáticas da UE".

Os parlamentares propõem a suspensão do acordo sobre a transferência de dados bancários com os EUA e do acordo "Porto Seguro", o instrumento jurídico utilizado para a transferência de dados pessoais da UE para empresas nos EUA (por exemplo, Google, Microsoft, Yahoo!, Facebook, Apple e LinkedIn). As lacunas e as deficiências na aplicação deste acordo e "o acesso generalizado das agências de informação norte-americanas aos dados transferidos para os Estados Unidos por entidades que aderiram ao «Porto Seguro» coloca questões graves adicionais relativas à continuidade da proteção dos dados dos cidadãos da UE", explicam.

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A nível da UE, os eurodeputados propõem, entre outras medidas, a criação de um programa europeu para a proteção dos autores de denúncias e o desenvolvimento de sistemas de computação em nuvem europeus para assegurar um elevado nível de proteção dos dados pessoais.

O inquérito da comissão parlamentar das Liberdades Cívicas sobre os programas de vigilância da NSA e de alguns países europeus teve início em setembro do ano passado, tendo sido realizadas 16 audições públicas desde então.

Debate: 11/3/2014 Votação: 12/3/2014

Processo: relatório de iniciativa Relator: Claude Moraes (S&D, UK)

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Relatório sobre o programa de vigilância da NSA

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Debate sobre o Conselho Europeu de 20-21 de

março

Na quarta-feira, às 8h30, os eurodeputados vão debater

com o presidente da Comissão, José Manuel Durão

Barroso, e a presidência grega do Conselho os assuntos

na agenda da próxima cimeira europeia de 20 e 21 de

março. O Semestre Europeu para a coordenação das

políticas económicas, a competitividade industrial, o clima

e energia e a preparação da cimeira UE-África vão ser

alguns dos temas em análise.

Debate: 12/3/2014

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Debate e resolução sobre a presença de tropas

russas na Ucrânia

Na quarta-feira, após o debate sobre a cimeira europeia, os

eurodeputados vão pronunciar-se sobre a presença de

tropas russas na península ucraniana da Crimeia e votar

uma resolução sobre este assunto. Em 27 de fevereiro, o

Parlamento Europeu instou todas as partes e os países

terceiros a respeitarem a unidade e a integridade territorial

da Ucrânia.

Numa resolução aprovada na passada sessão plenária, o PE sublinhou que as atuais fronteiras da Ucrânia foram garantidas pelos Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unido no memorando de Budapeste sobre garantias em matéria de segurança, quando a Ucrânia aderiu ao Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares. No memorando de Budapeste, a Rússia comprometeu-se também a não aplicar qualquer coerção económica destinada a subordinar aos seus interesses o exercício pela Ucrânia dos direitos inerentes à sua soberania.

Debate: 12/3/2014 Votação: 12/3/2014 Processo: resolução

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Resolução do Parlamento Europeu, de 27 de fevereiro de 2014, sobre a situação na Ucrânia Ucrânia: Parlamento Europeu apela a assistência financeira e ao respeito da unidade territorial

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Eleições para o Parlamento Europeu e escolha do

Presidente da Comissão

O Conselho Europeu, formado pelos chefes de Estado e de

governo da UE, deve respeitar o resultado das eleições

europeias e a escolha dos cidadãos ao propor um

candidato a Presidente da Comissão, que será eleito pelo

novo Parlamento Europeu de acordo com o Tratado de

Lisboa, diz um relatório que vai ser votado em plenário na

quarta-feira. O maior número possível de membros da

próxima Comissão deve ser escolhido de entre os

eurodeputados eleitos, defende o documento redigido por

Paulo Rangel.

"As propostas que faço no meu relatório têm três objetivos em mente: reforçar a legitimidade democrática da Comissão Europeia, reforçar a implementação do princípio da separação de poderes na União e aumentar a capacidade de escrutínio do Parlamento Europeu", disse Paulo Rangel (PPE), relator da comissão parlamentar dos Assuntos Constitucionais.

O novo procedimento previsto no Tratado de Lisboa pelo qual o Presidente da Comissão é eleito pelo Parlamento Europeu "tornará as eleições europeias mais importantes, estabelecendo uma relação mais direta entre a escolha dos eleitores nas eleições para o Parlamento Europeu e a eleição do Presidente da Comissão", salienta o relatório.

Conselho Europeu deve respeitar a escolha dos cidadãos

Os eurodeputados pedem ao Conselho Europeu, formado pelos chefes de Estado e de governo da UE, que clarifique oportunamente antes das eleições "a forma como terá em conta as eleições para o Parlamento Europeu e como pretende respeitar a escolha dos cidadãos europeus ao apresentar um candidato a Presidente da Comissão", no quadro das consultas a realizar entre o Parlamento e o Conselho Europeu nos termos da declaração n.º 11 anexada ao Tratado de Lisboa (texto no final da página).

Após ser proposto pelo Conselho Europeu, o candidato ao lugar de Presidente da Comissão deve apresentar ao PE as orientações políticas para o seu mandato, seguidas de uma extensa troca de pontos de vista, antes de o PE eleger o candidato proposto para o cargo, nota o relatório.

Comissários escolhidos de entre os eurodeputados

Os parlamentares consideram que o Presidente eleito da Comissão deve atuar de forma mais autónoma no processo de seleção dos demais comissários, exortando-o a insistir junto dos

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governos nacionais no sentido de que as listas de candidatos ao cargo de comissário lhe permitam "assegurar uma composição do colégio equilibrada em termos de género" e "rejeitar qualquer candidato proposto que não possa demonstrar competência geral, empenho europeu ou independência inquestionável".

A comissão parlamentar dos Assuntos Constitucionais solicita que "o maior número possível" de membros da próxima Comissão seja escolhido de entre os deputados eleitos ao Parlamento Europeu.

Eficiência e dimensão da futura Comissão

A redução da dimensão da Comissão prevista no Tratado de Lisboa já não produzirá efeitos este ano devido à decisão tomada pelo Conselho Europeu a pedido do governo irlandês. O relatório afirma que "devem ser previstas medidas adicionais, como a nomeação de comissários sem pasta ou a criação de um sistema de vice-presidentes da Comissão com responsabilidades sobre os principais núcleos temáticos e com competências para coordenar o trabalho da Comissão nas áreas correspondentes, tendo em vista um funcionamento mais eficaz da Comissão, sem prejuízo do direito de nomeação de um comissário por Estado-Membro e do direito de voto para todos os comissários".

Os eurodeputados exortam a próxima Convenção para a revisão dos Tratados a reexaminar a questão da dimensão da Comissão, assim como da sua organização e do seu funcionamento. Também numa futura revisão dos Tratados, a maioria atualmente exigida para uma moção de censura à Comissão deve ser reduzida, por forma a exigir apenas a maioria dos membros que compõem o PE, sem colocar em risco o funcionamento das instituições, acrescenta o relatório.

O que diz o Tratado

Artigo 17.°, n.° 7 do Tratado da União Europeia: "Tendo em conta as eleições para o Parlamento Europeu e depois de proceder às consultas adequadas, o Conselho Europeu, deliberando por maioria qualificada, propõe ao Parlamento Europeu um candidato ao cargo de Presidente da Comissão. O candidato é eleito pelo Parlamento Europeu por maioria dos membros que o compõem. Caso o candidato não obtenha a maioria dos votos, o Conselho Europeu, deliberando por maioria qualificada, proporá no prazo de um mês um novo candidato, que é eleito pelo Parlamento Europeu de acordo com o mesmo processo".

Declaração n.º 11 anexada ao Tratado de Lisboa: "O Parlamento Europeu e o Conselho Europeu são conjuntamente responsáveis pelo bom desenrolar do processo conducente à eleição do Presidente da Comissão Europeia. Por conseguinte, os representantes do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu procederão, antes da decisão do Conselho Europeu, às consultas necessárias no quadro que se considere mais adequado. Em conformidade com o primeiro parágrafo do n.° 7 do artigo 17.°, essas consultas incidirão sobre o perfil dos candidatos às funções de Presidente da Comissão, tendo em conta as eleições

PT

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Direção-Geral da Comunicação

Parlamento Europeu - Porta-voz: Jaume DUCH GUILLOT Número da central de imprensa (32-2) 28 33000

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útil, de comum acordo entre o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu". Votação: 12/3/2014

Processo: relatório de iniciativa Relator: Paulo Rangel (PPE, PT)

Mais informação

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Persistência da desigualdade salarial entre

homens e mulheres na UE

A desigualdade salarial entre homens e mulheres na UE

atinge ainda em média 16,2%, nota um relatório da

eurodeputada portuguesa Inês Zuber que vai ser votado

em plenário na terça-feira. O documento propõe uma série

de medidas para reduzir as disparidades salariais,

promover a participação das mulheres na tomada de

decisão, melhorar a conciliação entre trabalho e família,

erradicar os estereótipos sexistas e combater a violência

contra as mulheres.

O relatório analisa a (des)igualdade entre homens e mulheres na UE em 2012, "um ano em que as políticas de austeridade decididas pela UE - nomeadamente as políticas da governação económica - estão em prática e em que três países da UE estão sob intervenção da troika (Grécia, Irlanda, Portugal)", nota Inês Zuber (CEUE/EVN).

A desigualdade salarial atinge em média 16,2% na UE, com fortes variações nos Estados-Membros, oscilando entre 10% e mais de 20% em alguns países.

"Os rendimentos das mulheres sofreram uma redução significativa devido a vários fatores, incluindo a persistência da desigualdade salarial entre homens e mulheres e as consequentes desigualdades nos respetivos níveis de subsídio de desemprego e de pensões de reforma, o crescimento do trabalho a tempo parcial por imposição e o aumento do número de empregos temporários ou a termo certo, em detrimento de empregos mais estáveis", salienta o relatório. Os eurodeputados instam a Comissão e os Estados-Membros a garantirem o respeito do princípio fundamental de «salário igual por trabalho igual» e chamam a atenção para a necessidade de reforçar os mecanismos públicos de inspeção do trabalho para identificar, por exemplo, a criação de categorias profissionais com remunerações baixas para as quais são essencialmente contratadas mulheres, o que configura uma situação de discriminação salarial indireta.

"A redução de apenas 1% nas disparidades salariais de género induzirá um aumento do crescimento económico de 0,1%, o que demonstra que a eliminação dessas disparidades se reveste de crucial importância no atual contexto de desaceleração económica", diz o relatório.

Debate: 10/3/2014 Votação: 11/3/2014

PT

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Relatora: Inês Zuber (CEUE/EVN, PT)

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Sementes: Parlamento Europeu a um passo de

rejeitar proposta da Comissão

Na terça-feira, os eurodeputados vão decidir se rejeitam ou

não a polémica proposta do executivo comunitário sobre a

produção e a disponibilização no mercado de material de

reprodução vegetal. A comissão parlamentar da

Agricultura recomenda ao plenário que rejeite a chamada

"lei das sementes", apontando deficiências na avaliação de

impacto da Comissão e a criação de encargos

administrativos desnecessários para os Estados-Membros

e os agricultores.

Devido à sua ampla variedade, o material de reprodução vegetal é atualmente regulamentado por 12 diretivas que permitem adaptar as regras a cada caso específico.

Entre os aspetos que suscitam maior apreensão para a comissão parlamentar da Agricultura, inclui-se a decisão de substituir as 12 diretivas atuais por um regulamento único e o não cumprimento de uma série de objetivos em matéria de simplificação, de inovação e de resolução de questões relacionadas com os recursos fitogenéticos.

Os eurodeputados manifestam também preocupações em relação ao material de propagação vegetal destinado à venda a horticultores particulares e aos encargos administrativos desnecessários impostos aos Estados-Membros e aos operadores (podendo conduzir à redução da escolha para os consumidores). Segundo eles, a legislação da UE sobre o material de reprodução vegetal deve facilitar e encorajar a preservação da biodiversidade na agricultura e na horticultura.

Os parlamentares consideram que a avaliação de impacto que acompanha a proposta da Comissão está desatualizada e não trata devidamente a questão das suas repercussões nas pequenas e microempresas da UE.

O que acontece se o Parlamento Europeu rejeitar a proposta da Comissão?

De acordo com o artigo 56.º do Regimento do PE, se uma proposta da Comissão não obtiver a maioria dos votos expressos ou se tiver sido aprovada uma proposta de rejeição da mesma, o presidente do PE solicitará à Comissão que a retire antes de o Parlamento votar o projeto de resolução legislativa.

Se a Comissão retirar a proposta, o presidente do PE declarará encerrado o processo e informará do facto o Conselho de Ministros da UE.

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parlamentar competente - neste caso, a comissão parlamentar da Agricultura - sem proceder à votação do projeto de resolução legislativa (a menos que o presidente ou o relator da comissão parlamentar, um grupo político ou um mínimo de 40 deputados peçam que este seja votado). No caso de devolução à comissão parlamentar da Agricultura, esta apenas deverá discutir de novo a proposta após as eleições europeias de maio.

Debate: 10/3/2014 Votação: 11/3/2014

Processo: codecisão (processo legislativo ordinário), primeira leitura, e pergunta oral

Relator: Sergio Silvestris (PPE, IT)

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Relatório sobre a proposta relativa ao material de reprodução vegetal Pergunta oral sobre a proposta da Comissão

(23)

Medidas para promover o setor da horticultura

na UE

O Parlamento Europeu vai votar um relatório que propõe

várias medidas para promover o setor da horticultura na

UE, viabilizar a sua competitividade no mercado global e

melhorar a comercialização dos produtos. O setor das

frutas e produtos hortícolas representa 18% do valor total

da produção agrícola na UE.

O relatório da comissão parlamentar da Agricultura realça a importância de promover o setor da horticultura na UE e de viabilizar a sua competitividade no mercado global, através da inovação, investigação e desenvolvimento, da eficiência e segurança energética, da adaptação às alterações climáticas e mitigação das mesmas e de medidas para melhorar a comercialização.

Encorajar os jovens a trabalhar no setor da horticultura

Os eurodeputados notam que, muitas vezes, os mercados locais e regionais são deficitários em produtos hortícolas aí produzidos, defendendo incentivos ao empreendedorismo jovem nestas regiões como oportunidade de emprego no setor agrícola e como garantia de abastecimento de produtos frescos de proximidade.

“Os esforços no sentido de encorajar os jovens a considerar a hipótese de trabalhar no setor da horticultura e de lhes proporcionar formação devem ser apoiados através de campanhas de sensibilização e informação que melhorem a imagem do setor”, diz o relatório.

Os eurodeputados instam a Comissão Europeia e os Estados-Membros a apoiar a criação de mercados locais de produtos frutícolas e hortícolas e circuitos de abastecimento curtos para assegurar a frescura dos produtos. Devem também facilitar o acesso a financiamentos a longo prazo para investimento em tecnologias modernas de produção hortícola, a fim de aumentar a competitividade destes produtos e serviços.

O setor agroalimentar e a comunidade científica devem, por sua vez, cooperar de forma sistemática para atrair e formar a próxima geração de investigadores nesta área e melhorar as competências da atual mão-de-obra.

Organizações de produtores

No âmbito da revisão do regime do setor das frutas e produtos hortícolas, a Comissão deve elaborar disposições claras sobre a conceção e os métodos de trabalho das organizações de produtores (OP) e adaptar o regime às estruturas de mercado já existentes nos

Estados-PT

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incentivados a aderir às mesmas, dizem os eurodeputados.

O relatório saúda o facto de a reforma da política agrícola comum (PAC) continuar a basear o sistema de apoio europeu às frutas e produtos hortícolas nas organizações de produtores. O instrumento da União para a gestão das crises graves que afetam vários Estados-Membros deve porém ser acessível a todos os produtores, façam ou não parte de uma OP, sublinha. Mais de metade dos produtores da UE ainda não pertence a uma OP, apesar do objetivo estabelecido pela Comissão de atingir uma taxa média de 60% de participação até 2013. Aparência estética não deve ser obstáculo à comercialização

Atualmente, entre um terço e metade dos produtos comestíveis são desperdiçados devido ao seu aspeto. Os eurodeputados exortam a Comissão a prever, com caráter de urgência, possibilidades de comercialização de um leque mais vasto de produtos com especificações de qualidade e instam os supermercados a terem em conta os estudos que demonstram que muitos consumidores não estão necessariamente preocupados com a aparência estética das frutas e dos produtos hortícolas.

Mercado de exportação

A Comissão deve intensificar os seus esforços para apoiar os exportadores de frutas, produtos hortícolas, flores e plantas ornamentais, a fim de superar o número crescente de obstáculos não pautais, tais como certas normas fitossanitárias de países terceiros que tornam a exportação da UE difícil, se não mesmo impossível.

O relatório aborda ainda assuntos relacionados com a gestão das pragas, os resíduos de pesticidas, a intensificação dos processos ecológicos, a utilização de técnicas de reprodução vegetal, entre outros.

O setor das frutas e produtos hortícolas recebe cerca de 3% das subvenções da PAC e, no entanto, representa 18% do valor total da produção agrícola na UE e 3% da superfície agrícola útil, tendo um valor superior a 50 mil milhões de euros. A horticultura inclui frutas, produtos hortícolas, batatas, saladas, ervas aromáticas e produtos ornamentais.

Apresentação: 10/3/2014 Votação: 11/3/2014

Processo: relatório de iniciativa Relatora: Anthea McIntyre (ECR, UK)

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Promover a gastronomia europeia e uma

alimentação saudável

Os países da UE devem incluir na educação escolar

"conhecimentos e experiências sensoriais em matéria de

alimentação, saúde nutricional e hábitos alimentares", diz

um relatório não vinculativo que vai ser votado na

quarta-feira. Os eurodeputados propõem também programas de

educação sobre as consequências do consumo

inapropriado de bebidas alcoólicas, a proibição nas

escolas de qualquer publicidade de alimentos não

saudáveis e a promoção da dieta mediterrânica.

O relatório da comissão parlamentar da Cultura e da Educação salienta que a dieta mediterrânica apresenta um padrão alimentar e um estilo de vida equilibrados e saudáveis, diretamente relacionados com a prevenção de doenças crónicas e a promoção da saúde. Os eurodeputados congratulam-se com a inscrição da dieta mediterrânica na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO, relembrando que esta iniciativa foi promovida por vários países europeus.

O relatório defende a preservação dos ritos e dos costumes relacionados com a gastronomia local e regional e o desenvolvimento da gastronomia europeia.

Programas de educação gastronómica nas escolas

A comissão parlamentar solicita aos Estados-Membros que incluam na educação escolar, desde a primeira infância, "conhecimentos e experiências sensoriais em matéria de alimentação, saúde nutricional e hábitos alimentares", incluindo aspetos históricos, geográficos e culturais, o que contribuiria para melhorar o estado de saúde e de bem-estar da população, a qualidade da alimentação e o respeito pelo ambiente.

"Os hábitos alimentares das populações europeias são uma rica herança sociocultural que nos cabe transmitir de geração em geração", diz o relatório, acrescentando que "as escolas, em conjunto com as famílias, constituem o lugar adequado para a aquisição destes conhecimentos".

O documento sublinha também a importância de aliar a educação a hábitos alimentares saudáveis e ao combate aos estereótipos que podem provocar distúrbios alimentares e psicológicos graves como a anorexia ou a bulimia.

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consequências do consumo inapropriado de bebidas alcoólicas e a proibição nas escolas de qualquer publicidade ou patrocínio de alimentos não saudáveis.

Votação: 12/3/2014

Processo: relatório de iniciativa

Relator: Santiago Fisas Ayxela (PPE, ES)

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Viagens organizadas pela Internet

Os eurodeputados vão votar a revisão da diretiva sobre as

viagens organizadas, que data de 1990, uma altura em que

a maior parte dos europeus reservava as suas férias numa

agência de viagens e não pela Internet. Esta atualização

visa adaptar a diretiva à era digital e garantir direitos mais

claros para o consumidor, como o direito de ser repatriado

para o seu país no caso de o operador turístico abrir

falência e de receber assistência se algo correr mal

durante as férias.

Os cidadãos têm um papel cada vez mais ativo na adaptação das férias às suas necessidades específicas, recorrendo à Internet para combinar vários elementos em vez de escolherem viagens previamente organizadas em brochuras, como era habitual na década de 90. As viagens personalizadas não são abrangidas pelas normas em vigor ou são-no de forma ambígua, fazendo com que os consumidores não estejam seguros dos seus direitos e os operadores não saibam quais são exatamente as suas obrigações.

Esta atualização destina-se a adaptar a diretiva relativa às viagens organizadas à era digital. Isto significa que passarão a estar também protegidos mais 120 milhões de consumidores que compram estas fórmulas de viagem personalizadas, de acordo com dados da Comissão Europeia.

As viagens abrangidas são aquelas que consistem na combinação de diferentes elementos, como o voo, o alojamento e o aluguer de automóvel.

De acordo com as regras propostas, os compradores de fórmulas de viagem personalizadas terão direito a ser repatriados para o seu país no caso de o operador turístico abrir falência durante as férias.

No caso de não ser possível repatriar atempadamente o viajante devido a circunstâncias inevitáveis e excecionais, os eurodeputados dizem que o organizador deverá encontrar um alojamento que corresponda à categoria do hotel inicialmente reservado até cinco noites, podendo limitar os custos a 125 euros por noite e por viajante.

Se o viajante se encontrar em dificuldades durante a viagem ou as férias, o organizador deverá também prestar-lhe assistência, podendo esta consistir "na prestação das informações necessárias sobre aspetos como os serviços de saúde, as autoridades locais e a assistência consular, bem como ajuda prática, nomeadamente em matéria de comunicações à distância e para encontrar soluções alternativas de viagem".

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tendo depois de ser negociado com o Conselho de Ministros da UE após as eleições europeias de maio.

Debate: 11/3/2014 Votação: 12/3/2014

Processo: codecisão (processo legislativo ordinário), primeira leitura Relator: Hans-Peter Mayer (PPE, DE)

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Relatório sobre a proposta relativa às viagens organizadas e aos serviços combinados de viagem

(29)

Céu Único Europeu: reforma do sistema de

controlo do tráfego aéreo

O Parlamento Europeu vai votar propostas para acelerar a

reforma do sistema de controlo do tráfego aéreo na UE e

combater o congestionamento. As regras em discussão

visam reforçar a independência das autoridades

supervisoras nacionais e separar os serviços de apoio dos

prestadores de serviços de navegação aérea. Os

eurodeputados propõem que estes últimos tenham de

considerar as ofertas de outros prestadores para

desempenhar os serviços de apoio, mas sem terem a

obrigação de separá-los.

O pacote sobre o Céu Único Europeu ("SES2+"), apresentado pela Comissão em junho do ano passado, propunha a separação dos serviços de apoio (serviços de comunicação, navegação e vigilância, serviços meteorológicos e serviços de informação aeronáutica) dos prestadores de serviços de navegação aérea, o que foi amplamente contestado.

A comissão parlamentar dos Transportes propõe, em alternativa, que os prestadores de serviços de navegação aérea tenham de considerar as ofertas de outros prestadores para desempenhar estes serviços, mas sem terem a "obrigação" de separá-los.

Os prestadores de serviços de navegação aérea, ao elaborar os seus planos comerciais, deverão pedir propostas a diferentes fornecedores de serviços de apoio, com vista a escolher o mais vantajoso em termos financeiros e qualitativos. Os eurodeputados querem que a Comissão apresente um estudo pormenorizado sobre os impactos operacionais, económicos, a nível da segurança e sociais da introdução de princípios de mercado na prestação de serviços de apoio até 1 de janeiro de 2016.

Debate: 11/3/2014 Votação: 12/3/2014

Processo: codecisão (processo legislativo ordinário), primeira leitura

Relatores: Marian-Jean Marinescu (PPE, RO) e David-Maria Sassoli (S&D, IT)

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Relatório sobre a proposta relativa à implementação do Céu Único Europeu

Relatório sobre a proposta relativa a aeródromos, gestão do tráfego aéreo e serviços de navegação

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Relações externas e comércio

Na terça-feira, o Parlamento Europeu vai votar um relatório

de Ana Gomes sobre a Arábia Saudita, as relações deste

país com a UE e o seu papel no Médio Oriente e no Norte

de África. Na quarta-feira, vai também votar um relatório de

Vital Moreira que visa alinhar o regulamento relativo às

estatísticas comunitárias do comércio externo com países

terceiros com as novas disposições do Tratado de Lisboa.

-Mais informação

Relatório sobre a Arábia Saudita

Referências

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