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Boletim Epidemiológico

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Academic year: 2021

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ISSN 1806-0463

Boletim Epidemiológico

v. 14 | Suplemento 1 | 2012

Secretaria da Saúde

Análise da Mortalidade por Doenças

Crônicas Não Transmissíveis no Rio

Grande do Sul

Luciana Sehn1

1 Estatística do Centro Estadual de Vigilância em Saúde – CEVS/SES-RS.

E-mail: luciana-sehn@saude.rs.gov.br

As informações e análises deste trabalho têm como obje-tivo subsidiar o plano de ação da Secretaria Estadual da Saúde para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Rio Grande do Sul.

A fim de conhecer o perfil epidemiológico de uma popula-ção, optou-se por utilizar as estatísticas de mortalidade, uma vez que elas continuam sendo a principal informa-ção disponível e confiável. Entretanto, existem críticas de que as doenças crônicas de baixa letalidade não apa-reciam nos bancos de dados de mortalidade (LAURENTI; MELLO JORGE; GOTLIEN, 2004). Assim, seria importan-te que dados de morbidade também fizessem parimportan-te do plano de ação de enfrentamento destas doenças.

A partir dessas considerações, este trabalho tratará so-mente dos dados de mortalidade e, posteriorso-mente, junto com as estatísticas de morbidade, serão parte do plano de ação propriamente dito.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (2012), em todo o mundo, dos 57 milhões de óbitos em 2008, 36 mi-lhões, ou seja, 63% foram decorrentes de doenças não transmissíveis. As principais causas de mortalidade fo-ram as doenças cardiovasculares (17 milhões ou 48% de todas as mortes não transmissíveis), as neoplasias (7,6 milhões ou 21%), as doenças pulmonares crônicas (4,2

enças está relacionado a muitos fatores, tais como, hiper-tensão arterial, tabagismo, consumo excessivo de álcool, inatividade física, sobrepeso e obesidade, consumo insu-ficiente de frutas e hortaliças e hiperglicemia (OLIVEI-RA CAMPOS; RODRIGUES NETO, 2009). Além disso, está relacionado, também, ao perfil de desenvolvimento das nações. Na Europa, por exemplo, as mortes por doenças não transmissíveis foram 13 vezes maiores do que as cau-sadas pelas doenças transmissíveis, as condições mater-nas, as perinatais e as nutricionais combinadas.

As justificativas aceitas para esta mudança são, dentre outras, o processo de industrialização e urbanização da população, a diminuição da mortalidade infantil, a redução das taxas de natalidade e o aumento da expec-tativa de vida, assim como mudanças de hábitos e estilo de vida com a consequente incorporação de fatores de risco comportamentais e ocupacionais. (RIO GRANDE DO SUL, 2006, p. 42)

Segundo Fischmann, Bandeira e Sehn (2005), conside-rando a heterogeneidade socioeconômica das regiões do Brasil, o perfil da saúde de uma população também apre-senta “polaridade epidemiológica”, ou seja, um perfil é caracterizado como “de subdesenvolvimento”, enquanto que outras regiões mostram um perfil denominado “da modernidade”.

METoDoloGiA

A população e os dados de mortalidade, no período de 1980 a 2010, foram obtidos a partir do endereço eletrôni-co do Departamento de Informática do Sistema Únieletrôni-co de Saúde (SUS) – DATASUS e, para o ano de 2011, do Siste-ma de InforSiste-mações sobre Mortalidade (SIM) e do ende-reço eletrônico da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul. Para a análise dos dados, utilizou-se o

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Ta-As variáveis escolhidas foram a faixa etária, o sexo, a cau-sa básica da morte e a Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), de residência. As análises descritivas e demográ-ficas foram realizadas a partir dos dados provenientes dos bancos de dados citados anteriormente. A variável causa básica da morte é apresentada segundo Classifica-ção Internacional de Doenças, versão 10 – CID10 (1996). RESulTADoS

No Rio Grande do Sul, em 2011, a mortalidade por grandes grupos de causa apresentou um perfil conforme a Tabela 1. Do total de óbitos, 29,7% foram decorrentes de doenças do aparelho circulatório, 20,9% de neoplasias, 12,6% de do-enças do aparelho respiratório, 8,8% de causas externas e 5,5% de doenças endócrinas e nutricionais. As doenças circulatórias e as neoplasias apresentaram coeficientes significativamente mais altos em relação a outros fatores, respectivamente, 217,5 e 153,2 por 100 mil habitantes. As causas externas mataram 64,2 pessoas para cada 100 mil habitantes, as doenças endócrinas 40,3 pessoas e doenças do aparelho digestivo 35,5 pessoas por 100 mil.

Tabela 1. Percentual e Coeficiente de Mortalidade, por Grupos de Causa, Todas as Idades, Ambos os Sexos, RS, 2011.

Grupos de Causas % Coef. (1)

Doenças do Aparelho Circulatório 29,7 217,5

Neoplasias 20,9 153,2

Doenças do Aparelho Respiratório 12,6 91,9

Causas Externas de Morbidade e Mortalidade 8,8 64,2

Doenças Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas 5,5 40,5

Doenças do Aparelho Digestivo 4,8 35,5

Sintomas, Sinais e Achados Anorm. Clín. e Lab., NCOP 4,6 33,7

Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias 4,0 29,0

Doenças do Sistema Nervoso 3,0 22,0

Doenças do Aparelho Geniturinário 1,9 14,1

Algumas Afecções Originárias no Período Perinatal 1,2 8,8

Transtornos Mentais e Comportamentais 1,0 7,4

Malformações Congênitas, Deform. e Anomalias

Cromossômicas 0,7 4,8

Doenças do Sangue e Órgãos Hermat. e Alguns Trans. Imunit. 0,5 3,5

Doenças dos Sistemas Osteomusculares e Tecido Conjuntivo 0,4 3,0

Doenças da Pele e Tecido Subcutâneo 0,2 1,5

Gravidez, Parto e Puerpério 0,1 0,7

Doenças do Ouvido e da Apófise Mastoide 0,01 0,1

Doenças dos Olhos e Anexos 0,0 0,0

Total 100,0 7,3

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

(1) Coeficiente por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador.

As principais doenças do aparelho circulatório que pro-vocaram morte no Estado são as cerebrovasculares e as doenças isquêmicas do coração, sendo que nesta última a principal causa foi o infarto agudo do miocárdio (Ta-bela 2).

Tabela 2. Percentual e Coeficiente de Mortalidade, por Causa (Lista CID-BR), Todas as Idades, Ambos os Sexos, RS, 2011.

Causa (CID 10 BR) Total % Coef. (1) 070 Doenças cerebrovasculares 7.968 10,0 73,0 068 Doenças isquêmicas do coração 7.873 9,9 72,1

068.1 Infarto agudo do miocárdio 5.720 7,2 52,4

076 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores 4.629 5,8 42,4 069 Outras doenças cardíacas 4.531 5,7 41,5 074 Pneumonia 3.753 4,7 34,4 055 Diabetes Mellitus 3.541 4,4 32,4 104 Rest. sint., sin. e ach. anorm. clín. e laborat. 3.290 4,1 30,1 039 Neopol. malig. da traqueia, brônquios e

pulmões 2.987 3,7 27,4 052 Restante de neoplasias malígnas 2.719 3,4 24,9 067 Doenças hipertensivas 2.220 2,8 20,3 105 Acidentes de transporte 2.022 2,5 18,5 111 Agressões 1.999 2,5 8,3

Demais causas 32.299 40,5 442,9

Total 79.831 100,0 730,0

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

(1) Coeficiente por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador, em 2011

MoRTAliDADE poR DoENçAS Do ApARElho CiRCulATóRio E NEoplASiAS

Observa-se na Figura 1 que os percentuais das doenças do aparelho circulatório (Cap. IX) e das neoplasias (Cap. II) têm cada vez mais se aproximado ao longo dos anos, principalmente no sexo masculino. A diferença percen-tual em 1996 era de 12,1 pontos e em 2011 baixou para 5,5 pontos percentuais. Quanto ao sexo feminino, esta di-ferença passou de 20,9 pontos percentuais em 1996 para 12,8 pontos. Portanto, está ocorrendo uma diminuição da proporção de mortes por doenças circulatórias em decor-rência do aumento da proporção das mortes por neoplasias em ambos os sexos. No entanto, ao analisarmos especifi-camente as mulheres em idade fértil (de 15 a 49 anos), a situação é inversa.

Observa-se na Figura 2 que, ao longo dos anos, as neopla-sias foram ultrapassando as doenças circulatórias como causa de morte, chegando a um percentual de 27% em 2011. Este percentual era 19,2% em 1980. As doenças cir-culatórias passaram de 28,1% em 1981 para 16% em 2011.

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Figura 1. Mortalidade proporcional por Doenças do Aparelho Circulatório (Cap. iX) e Neoplasias (Cap. ii), RS, 1996 a 2011.

Fonte dos dados brutos: DATASUS e NIS/DAT/CEVS/SES-RS

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 %

Neoplasias Masculino Circulatório Masculino Neoplasias Feminino Circulatório Feminino 38,2 29,0 17,3 16,9 33,4 26,7 21,2 20,6

Figura 2. Mortalidade proporcional por Doenças do Aparelho Circulatório e Neoplasias, 15 a 49 Anos, Sexo Feminino, RS, 1980 a 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS % 30 28 26 24 22 20 18 16 14 12 10

Neoplasias Aparelho Circulatório

80 85 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 20 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 38,1 19,2 24,9 24,9 23,8 24,4 16,0

Figura 3. Coeficiente de Mortalidade por Doenças

Cérebrovasculares (i60-i69), 30 a 59 Anos, Ambos os Sexos, por CRS, RS, 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador.

44,6 37,0 36,0 34,5 29,3 29,1 13,2 14,2 14,6 17,1 17,6 17,8 20,1 21,6 23,4 23,4 24,2 25,1 26,6 28,8 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 8ª 10ª 4ª 3ª 1ª 6ª 12ª RS 7ª 13ª 18ª 15ª 2ª 11ª 5ª 14ª 19ª 9ª 17ª 16ª CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS

Figura 4. Coeficiente de Mortalidade por Doenças

Cérebrovasculares (i60-i69), 60 Anos ou Mais, Ambos os Sexos, por CRS, RS, 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador.

605,1 561,9 544,1 508,3 477,1 471,5 366,5 368,3 371,0 386,6 394,4 397,3 420,0 426,7 449,7 435,5 450,1 463,3 467,5 468,3 700,0 600,0 500,0 400,0 300,0 200,0 100,0 0,0 4ª 13ª 3ª 8ª 1ª 2ª 9ª 10ª RS 12ª 7ª 19ª 6ª 15ª 11ª 17ª 16ª 14ª 5ª 18ª CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS

MoRTAliDADE poR NEoplASiAS (CâNCER)

O coeficiente de mortalidade por neoplasias no Rio Gran-de do Sul tem aumentado Gran-de forma permanente nas úl-timas décadas, tanto no sexo masculino como no sexo feminino. Esse coeficiente passou de 119,5 por 100 mil homens em 1990 para 172,1 em 2011. Em 1990, o coefi-ciente passou de 87,9 por 100 mil mulheres para 135,1 em 2011 (Figura 5).

Um dos fatores que influenciou neste crescimento foi o aumento do diagnóstico preciso e, consequentemente, a queda do número de causas mal definidas de morta-lidade.

Em 2011, dos 23.741 óbitos por doenças do aparelho circulatório, 7.968 (33,6%) ocorreram por doenças cere-brovasculares, 7.873 (33,2%) por doenças isquêmicas do coração, na sua maioria por infarto agudo do miocárdio (5.720 óbitos) e 2.220 (9,35%) por doenças hipertensivas. A distribuição da mortalidade por doenças cerebrovascu-lares em cada Coordenadoria Regional de Saúde pode ser observada nas Figuras 3 e 4. Em 2011, para o Rio Grande do Sul, o coeficiente ficou em 26,6 por 100 mil habitantes nas idades entre 30 e 49 anos. Na idade de 60 anos e mais, o coeficiente atingiu o valor de 463,3, demonstrando a importância dessa doença nesta faixa etária.

Oito Coordenadorias apresentaram média acima da es-tadual para a faixa etária dos 30 a 59 anos. Entre as oito Coordenadorias, a 8ª CRS apresentou o coeficiente mais alto (44,6) e 16ª o mais baixo, 13,2, nesta faixa etária. Já na faixa etária dos 60 anos e mais, a 4ª CRS apresentou

o valor mais alto (605,1) e a 18ª CRS o coeficiente mais baixo (366,5).

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Figura 5. Coeficiente de Mortalidade por Neoplasia, por Sexo, RS, 1990 a 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficientes por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador, em 2011.

Coef./100.000 180 140 100 60 20 Feminino Masculino 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 172,1 135,1

O sexo masculino, especificamente, apresenta o mesmo padrão de mortalidade por câncer, desde 1996, ou seja, o câncer de pulmão está em primeiro lugar, seguido do cân-cer de próstata, do câncân-cer de esôfago e do câncân-cer de cólon/ reto. O coeficiente de mortalidade por câncer de pulmão apresenta uma leve tendência de aumento, pois passou de 28,2 em 1990 para 35,6, por 100 mil homens, em 2011. O câncer de pâncreas também apresentou um aumento nes-te período, passando de 9,4 para 19,3 (Figura 6).

Em relação ao sexo feminino, o câncer de mama é o res-ponsável pela maior mortalidade, apresentando um cres-cimento no período de 1990 a 2011, quando passou de 12,9 para 20,5 (por 100 mil mulheres). O coeficiente de mortalidade por câncer de pulmão em 1990 era de 7,1 por 100 mil mulheres e estava muito abaixo do valor do câncer de mama. Atualmente, o valor subiu para 19,5 em

relação ao câncer de pulmão, aproximando-se muito do câncer de mama, demonstrando a tendência de aumento para os próximos anos e com grandes chances de se tor-nar o primeiro lugar em mortalidade por câncer no sexo feminino. As outras neoplasias listadas como principais causas de morte feminina são cólon/reto, pâncreas e colo do útero (Figura 7).

MoRTAliDADE poR CâNCER DE MAMA

A variabilidade do coeficiente de mortalidade por cân-cer de mama no Rio Grande do Sul, em 2011, foi de 12,9 óbitos por 100.000 mulheres na 2ª CRS a 26,6 na 3ª CRS. A média estadual ficou em 20,8, sendo que sete Coorde-nadorias de Saúde ficaram acima deste valor, conforme Figuras 8 e 9.

Figura 8. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de Mama, Sexo Feminino, por CRS, RS, 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador

26,6 24,0 23.9 22,6 22.2 22.1 12,9 14,9 15,7 16,3 16,4 16,5 17,0 17,7 19,5 17,7 20,4 20,5 20,8 21.2 30 25 20 15 10 5 0 3ª 13ª 1ª 14ª 10ª 17ª 6ª RS 4ª 9ª 15ª 19ª 12ª 5ª 11ª 16ª 18ª 8ª 7ª 2ª CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS

Figura 6. Coeficiente de Mortalidade pelos principais Tipos de Câncer, Sexo Masculino, RS, 1990 a 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficientes por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador, em 2011.

Coef./100.000 hab . 40 35 30 25 20 15 10 5 0

Pulmão Próstata Esôfago Cólon/Reto

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

19,3 35,6 13,6 12,7

Figura 7. Coeficiente de Mortalidade pelos principais Tipos de Câncer, Sexo Feminino, RS, 1990 a 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador, em 2011.

Coef./100.000 hab . 25 20 15 10 5 0 Colo útero

Mama Pulmão Cólon/Reto Pâncreas

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 12,6 4,8 8,0 19,5 20,5

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Figura 11. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de Colo do Útero, por CRS, RS, 2011.

Figura 10. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de Colo do Útero, por CRS, RS, 2011.

Figura 12. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de próstata, por CRS, RS, 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 mulheres, população do Censo 2010 utilizada no denominador.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 mulheres, população do Censo 2010 utilizada no denominador.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 homens, população do Censo 2010 utilizada no denominador.

MoRTAliDADE poR CâNCER DE Colo Do ÚTERo

A mortalidade por câncer de colo do útero representou em 2011 a 5ª causa de morte por câncer no sexo feminino no RS. Até 2004, representava a 4ª causa e, a partir de então, foi ultrapassado pelo câncer de pâncreas. A va-riabilidade do coeficiente em 2011 foi de 7,1 na 3ª CRS para 2,1 na 10ª CRS (Figuras 10 e 11), sendo que o Estado apresentou um indicador de 4,9 por 100.000 mulheres.

MoRTAliDADE poR CâNCER DE pRóSTATA

A mortalidade por câncer de próstata no RS representa a 2ª causa de morte por câncer entre os homens. O coe-ficiente para este tipo de câncer, em 2011, variou signifi-cativamente entre as Regionais de Saúde. Na Figura 12, observa-se que a média estadual ficou em 19,8, sendo que a 2ª CRS apresentou um índice de 14,6. Já a 7ª CRS atingiu o coeficiente de 31,6 por 100.000 homens. Na figura 13, ve-rifica-se que a Região Oeste do Estado apresenta os maio-res coeficientes (7ª, 8ª, 10ª e 17ª CRS) para essa doença.

31,6 31,5 29,1 28,3 27.2 24,6 14,6 16,0 17,1 17,9 18,0 18,1 18,8 19,5 19,8 19,8 20,6 21,3 21,7 23,0 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 7ª 8ª 10ª 17ª 9ª 11ª 3ª 12ª 15ª 13ª RS 19ª 18ª 4ª 1ª 6ª 14ª 5ª 16ª 2ª CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS 7,1 5,8 5,7 5,3 5,0 4,9 2,1 2,6 2,6 2,7 2,9 3,0 3,9 3,9 4,3 4,2 4,4 4,7 4,8 4,9 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 4ª 13ª 3ª 8ª 1ª 2ª 9ª 10ª RS 12ª 7ª 19ª 6ª 15ª 11ª 17ª 16ª 14ª 5ª 18ª CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS

Figura 9. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de Mama, Sexo Feminino, por CRS, RS, 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador. até 15,6 15,6 -- | 18,4 18,4 -- | 21,1 21,1 -- | 23,9 23,9 -- | 26,6 até 3,1 3,1 -- | 4,1 4,1 -- | 5,1 5,1 -- | 6,1 6,1 -- | 7,1 10 Alegrete 07 Bage 08 Cachoeira do Sul 05 Caxias do Sul 09 Cruz Alta 11 Erechim 19 Frederico Westphalen 17 Ijui 16 Lajeado 18 Osorio 15 Palmeira das Missoes 06 Passo Fundo 03 Pelotas 01 Porto Alegre 02 Porto Alegre 2 13 Santa Cruz do Sul 04 Santa Maria 14 Santa Rosa 12 Santo Angelo 10 Alegrete 07 Bage 08 Cachoeira do Sul 05 Caxias do Sul 09 Cruz Alta 11 Erechim 19 Frederico Westphalen 17 Ijui 16 Lajeado 18 Osorio 15 Palmeira das Missoes 06 Passo Fundo 03 Pelotas 01 Porto Alegre 02 Porto Alegre 2 13 Santa Cruz do Sul 04 Santa Maria 14 Santa Rosa 12 Santo Angelo

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O câncer de pulmão no sexo feminino apresentou um aumento bastante acentuado nas últimas décadas, che-gando perto dos índices do câncer de mama. Entretanto, continua bastante aquém do coeficiente médio do Estado em relação ao sexo masculino. Entre os homens, como já foi citado, o valor foi de 36,4 e, entre as mulheres, o coeficiente foi de 19,7, em 2011. As Regionais de Saúde 7ª, 4ª, 12ª e 9ª apresentaram os piores coeficientes e estão localizadas a oeste no mapa (Figura 17).

Figura 14. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de pulmão, Sexo Masculino, por CRS, RS, 2011.

Figura 15. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de pulmão, Sexo Feminino, por CRS, RS, 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 homens, população do Censo 2010 utilizada no denominador.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 mulheres, população do Censo 2010 utilizada no denominador.

Figura 16. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de pulmão, Sexo Feminino, por CRS, RS, 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 mulheres, população do Censo 2010 utilizada no denominador

28,7 26,0 25.9 25,5 23,6 23,4 9,5 12,8 13,4 14,1 14,2 14,8 15,7 16,7 19,2 16,7 19,7 20,7 22,7 22,8 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 7ª 4ª 12ª 9ª 8ª 3ª 13ª 10ª 1ª RS 6ª 19ª 5ª 18ª 2ª 16ª 17ª 15ª 11ª 14ª CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS 54,2 52,8 46,2 44,0 43,1 43,0 23,9 25,4 28,3 30,7 31,9 32,2 32,6 34,5 36,4 35,3 37,6 39,7 40,1 40,2 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 3ª 8ª 9ª 7ª 16ª 13ª 18ª 10ª 11ª 14ª RS 1ª 2ª 4ª 12ª 17ª 19ª 6ª 5ª 15ª CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS até 13,3 13,3 -- | 17,2 17,2 -- | 21,0 21,0 -- | 24,9 24,9 -- | 28,7

Figura 13. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de próstata, por CRS, RS, 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 homens, população do Censo 2010 utilizada no denominador

MoRTAliDADE poR CâNCER DE pulMão

O câncer de pulmão é uma doença que se destaca como importante causa de morte tanto em homens como em mulheres. O crescimento da mortalidade desta doença é evidenciado nas Figuras 14 e 15.

até 17,98 17.98 -- | 21,39 21,39 -- | 24,79 24,79 -- | 28,20 28,20 -- | 31,60

As Coordenadorias Regionais de Saúde, considerando a mortalidade por câncer de pulmão no sexo masculino, apresentaram uma variabilidade grande, em 2011. A 3ª CRS e a 8ª CRS apresentaram os maiores valores, 54,2 e 52,8 por 100.000 homens, respectivamente. Por outro

lado, a 5ª CRS e a 15ª CRS apresentaram os menores coe-ficientes. A média estadual foi de 36,4.

10 Alegrete 07 Bage 08 Cachoeira do Sul 05 Caxias do Sul 09 Cruz Alta 11 Erechim 19 Frederico Westphalen 17 Ijui 16 Lajeado 18 Osorio 15 Palmeira das Missoes 06 Passo Fundo 03 Pelotas 01 Porto Alegre 02 Porto Alegre 2 13 Santa Cruz do Sul 04 Santa Maria 14 Santa Rosa 12 Santo Angelo 10 Alegrete 07 Bage 08 Cachoeira do Sul 05 Caxias do Sul 09 Cruz Alta 11 Erechim 19 Frederico Westphalen 17 Ijui 16 Lajeado 18 Osorio 15 Palmeira das Missoes 06 Passo Fundo 03 Pelotas 01 Porto Alegre 02 Porto Alegre 2 13 Santa Cruz do Sul 04 Santa Maria 14 Santa Rosa 12 Santo Angelo

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Figura 18. Coeficiente de Mortalidade por Diabete Mellitus, 60 anos ou mais, por CRS, RS, 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador

Figura 17. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de pulmão, Sexo

Masculino, por CRS, RS, 2011. Figura 19. Coeficiente de Mortalidade por Diabete Mellitus, 60 anos ou mais, por CRS, RS, 2011.

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 homens, população do Censo 2010 utilizada no denominador

Fonte dos dados brutos: NIS/DAT/CEVS/SES-RS

Coeficiente por 100.000 habitantes, população do Censo 2010 utilizada no denominador

MoRTAliDADE poR DiABETE MElliTuS

A distribuição regional da mortalidade por diabetes, na idade de 60 anos ou mais, apresentou grande variabili-dade em 2011. O coeficiente mais baixo ocorreu na 4ª CRS, com 145,6 mortes por 100.000 habitantes. A CRS que apresentou o coeficiente mais alto foi a 7ª CRS, com 313,7, sendo que a média estadual ficou em 203,3 óbitos por 100.000 habitantes na faixa etária específica. A Fi-gura 18 e a FiFi-gura 19 mostram a distribuição no Estado.

CoNSiDERAçõES FiNAiS

A maior parte das mortes, no RS, ocorreu por doenças não transmissíveis, sendo que as doenças do aparelho circulatório e as neoplasias estão entre as principais. A primeira apresenta tendência de queda e a segunda está em crescimento. A partir de 1995, a mortalidade por neo-plasias nas mulheres em idade fértil ultrapassou a morta-lidade por doenças do aparelho circulatório. Os maiores coeficientes de mortalidade pelas principais neoplasias e por diabetes mellitus se concentraram na Região Sudo-este do RS. Embora tenha ocorrido crescimento da mor-talidade por neoplasias e diminuição por doenças do apa-relho circulatório, esta última continua sendo a principal causa de morte no RS. Portanto, são necessários novos estudos, com o objetivo de aprofundar a análise situacio-nal deste grupo de causas de mortalidade.

REFERêNCiAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Datasus: base de dados. Disponível em: http://www.datasus.gov.br.

FISCHMANN, A.; Bandeira, C.A.; SEHN, L. Mortalidade por algumas doenças crônicas não transmissíveis: parte 1. Boletim Epidemiológico/RS, Porto Alegre, v.7, n. 4, p. 2-4, dez. 2005. 313,7 288,2 227,9 223,9 222,0217,6 145,6 166,7 172,9 180,4 183,8 189,1 192,2 201,6 206,1 203,3 208,3 208,5 209,7 210,0 350,0 300,0 250,00 200,0 150,00 100,00 50,0 0,0 7ª 8ª 13ª 2ª 17ª 10ª 15ª 14ª 18ª 3ª 1ª RS 12ª 6ª 9ª 11ª 5ª 19ª 16ª 4ª CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS CRS até 30,0 30,0 -- | 36.0 36,0 -- | 42,1 42,1 -- | 48,1 48,1 -- | 54,2 até 179,2 179,2 -- | 212,8 212,8 -- | 246,5 246,5 -- | 280,1 280,1 -- | 313,7 10 Alegrete 07 Bage 08 Cachoeira do Sul 05 Caxias do Sul 09 Cruz Alta 11 Erechim 19 Frederico Westphalen 17 Ijui 16 Lajeado 18 Osorio 15 Palmeira das Missoes 06 Passo Fundo 03 Pelotas 01 Porto Alegre 02 Porto Alegre 2 13 Santa Cruz do Sul 04 Santa Maria 14 Santa Rosa 12 Santo Angelo 10 Alegrete 07 Bage 08 Cachoeira do Sul 05 Caxias do Sul 09 Cruz Alta 11 Erechim 19 Frederico Westphalen 17 Ijui 16 Lajeado 18 Osorio 15 Palmeira das Missoes 06 Passo Fundo 03 Pelotas 01 Porto Alegre 02 Porto Alegre 2 13 Santa Cruz do Sul 04 Santa Maria 14 Santa Rosa 12 Santo Angelo

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EXpEDiENTE

Editor Jáder da Cruz Cardoso | Coeditora Ana Claudia Tedesco Zanchi | Conselho Editorial Bruno Arno Hoernig, Claudia Veras, Edmilson dos Santos, Ivone Menegolla, Luciana Nussbaumer e Luciana Sehn | Bibliotecária Responsável Geisa Costa Meirelles | projeto Gráfico Raquel Castedo e Carolina Pogliessi | Editoração Eletrônica Kike Borges | Tiragem 20 mil exemplares

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O Boletim Epidemiológico é um instrumento de informação técnica em saúde editado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, vinculado à Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, com periodicidade trimestral, disponível no endereço eletrônico www.saude.rs.gov.br. As opiniões emitidas nos trabalhos, bem como a exatidão, a adequação e a procedência das referências e das citações bibliográficas são de exclusiva responsabilidade dos autores.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Ges-tão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dispo-nível em: http://www.ibge.gov.br.

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Palavras-chave: Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Mortalidade. Epidemiologia. Rio Grande do Sul.

Referências

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