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DOENÇA DE CHAGAS LIGA ACADÊMICA DE CLÍNICA MÉDICA JOÃO LEANDRO E MARINA PALMA

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(1)

L I G A A C A D Ê M I C A D E C L Í N I C A M É D I C A J O Ã O L E A N D R O E M A R I N A PA L M A

(2)

DOENÇA DE CHAGAS

Doença infecciosa causada pelo protozoário

Trypanossoma cruzi.

Apresenta 2 fases clínicas:

•  Aguda

•  Crônica

Brasil: casos crônicos

•  Infecção por via vetorial

•  3 milhões de infectados

(3)

ETIOLOGIA

Protozoário flagelado Trypanossoma cruzi.

•  Sangue dos vertebrados – Tripomastigota

•  Tecidos dos vertebrados – Amastigota

•  Tubo digestivos dos vetores – Tripomastigota e Epimastigota

Tripomastigotas

Epimastigotas Amastigotas

(4)

VETOR

Inseto hematófago infectado – Triatomíneos

•  Barbeiros

(5)
(6)

EPIDEMIOLOGIA

Distribuição limitada primariamente ao continente

americano – Tripanossomíase Americana

Países com maiores incidências

•  Brasil, Argentina, Bolívia e Venezuela

Rachaduras e buracos em casebres servem de

abrigo para os vetores

(7)

TRANSMISSÃO

Vetorial –

contato do homem com excretas contaminadas dos triatomíneos.

Transfusional –

2ª via mais importante; principal em países não endêmicos

.

•  Anos 80: 7,03% dos candidatos

•  Anos 90: 3,18% dos candidatos

•  Atualmente: 0,6% rede pública;

(8)

TRANSMISSÃO

Vertical

•  Transplacentária

•  Ocorre em qualquer fase da doença da mãe ou da

gestação (último trimestre/parto)

Via Oral –

ingesta de alimentos contaminados com o parasito

(9)

TRANSMISSÃO

Leite materno –

leite ou fissura mamilar.

Acidentes laboratoriais –

exposição às fezes ou sangue contaminados.

Transplante de órgãos –

relevante nas últimas décadas.

•  Apresentação grave – imunodepressão

(10)

PATOLOGIA

Escape do sistema imunológico

Estimula a fusão fagolisossômica

Proteína

T. cruzi C3b

P

C3

convertase Via alternativa

ñ [Ca++] Criação de meio ácido Fusão FL Desenvolvimento de amastigotos Liberação do parasita na célula

(11)

PATOLOGIA

Parasitas na célula

Multiplicação Desenvolvemento

(12)

PATOLOGIA

Doença de Chagas Aguda

•  Dano tecidual – invasão direta das células e alterações

inflamatórias

•  Acomete com maior frequência, coração, tubo digestivo e

SN.

MIOCARDITE CHAGÁSICA AGUDA

http://anatpat.unicamp.br/lamcard12.html

MIOCARDITE CHAGÁSICA AGUDA

(13)

PATOLOGIA

Doença de Chagas Crônica

•  Reação imune cruzada – células nervosas e miocárdicas

•  Cardiomiopatia dilatada e arritmias

•  Megacólon

•  Megaesôfago

(14)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Doença de Chagas Aguda

Período de encubação – 4 a 10 dias

Estende-se por 2 a 4 meses

Caracteriza-se pela alta parasitemia

Geralmente assintomática ou oligossintomática

(15)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Doença de Chagas Aguda

Chagoma

Sinal de Romaña

CHAGOMA E SINAL DE ROMAÑA

CHAGOMA

ROMAÑA

http://www.frontbiosci.org/2003/v8/e/948/fulltext.php?bframe=figures.htm

Lenta involução 1 a 2 meses

(16)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Doença de Chagas Aguda

•  Mal-estar indefinido •  Cefaléia •  Astenia •  Febre •  Linfadenopatia generalizada •  Hepatoesplenomegalia •  Exantemas transitórios •  Meningoencefalite e miocardite

(17)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Doença de Chagas Aguda

Comprometimento cardíaco

(18)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Forma Latente ou Indeterminada

•  Assintomático

•  Sem sinais de comprometimento circulatório

•  Sem sinais de comprometimento digestivo

•  Pode perdurar por toda a vida ou evoluir para as outras

(19)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Doença de Chagas Crônica

Raros parasitos circulantes

•  Forma cardíaca

•  Forma digestiva

(20)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Doença de Chagas Crônica

“A história natural da CCC consite numa deterioração

progressiva do miocárdio, um caminhar inexorável

para a ICC.”

Carlos Chagas

Forma Cardíaca

•  Ocorre em cerca de 30% dos casos crônicos

(21)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Fatores básicos para desenvolvimento da CCC

•  Ação direta do parasita

•  Fenômenos flogísticos

•  Consequências da dilatação dos miócitos

•  Fenômenos hipóxicos resultantes de alterações na

microcirculação

•  Desnervação autonômica

•  Desarticulação da estrutura celular do coração

(22)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Fases iniciais

•  Tamanho normal; pouca hipertrofia compensatória; mínima

dilatação

Fases intermediárias

•  Predominam manifestações de arritmia;

•  Hipertrofia; graus iniciais de dilatação; discinesias de

parede;

•  Início de redução da fração de ejeção

(23)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Fases avançadas

•  Franca dilatação e descompensação

•  Discinesias extensas; fibrose universal; trombos e

aneurismas;

•  ICC

Principais consequências clínicas

•  Arritmias;

•  ICC;

•  Tromboembolismo.

(24)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Arritmias

Palpitação

•  Precoce e comum

•  Extrassístoles e taquicardia ventricular

•  Síncope por baixo débito

Vertigem e tontura

•  Taquiarritmias, FA; bradarritmias dos bloqueios AV

avançados

Fenômeno de Adam-Stokes

(25)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

ICC

•  Hepatomegalia dolorosa •  Edemas •  Estase de jugular a 45º •  Refluxo hepatojugular

•  Pressão venosa periférica aumentada

Tromboembolismo

•  Trombos hemáticos – estase e alterações anatômicas

(26)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Lesão patognomônica -

Lesão da ponta

•  Afilamento da ponta onde há total ou parcial

desaparecimento do miocárdio que se encontra substituído por fibrose.

•  Patogenia: origem

isquêmica por disfunção do esfíncter arteriolar

(27)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

http://anatpat.unicamp.br/pecascard31.html

(28)
(29)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Doença de Chagas Crônica

Forma Digestiva

•  Ocorre em cerca de 10% dos casos

(30)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Forma Digestiva

Megaesôfago

:

•  Disfagia, sensação de fastio após comer/beber em

poucas quantidades, dor no peito, regurgitação, sialorreia, acalasia

•  Complicações: aspiração, perda de peso, caquexia,

hipertrofia de glândulas salivares, CA de esôfago.

Megacólon

:

•  Constipação intestinal crônica

•  Pode ocorrer: fecaloma, volvo, úlcera por estase fecal e

(31)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

A: megaesôfago e megaestômago; B: megaesôfago e megaduodeno; C: megabulbo e megajejuno; D: megacólon.

(32)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Hipertrofia das parótidas

Colecistomegalia e

(33)

DIAGNÓSTICO

Para ambas as formas da doença, associar história

de exposição ao T. cruzi.

Doença de Chagas Aguda

•  Exames parasitológicos

•  Busca de parasitos circulantes no exame direto do sangue

periférico

•  Exames sorológicos

(34)

DIAGNÓSTICO

Exames parasitológicos

Pesquisa a fresco de tripanossomatídeos

Primeira alternativa por ser rápida, simples,

custo-efetiva e mais sensível que o esfregaço corado.

Métodos de concentração

Maior sensibilidade; recomendado quanto o teste a

fresco for negativo

Esfregaço corado

Difícil visualização

Largamente utilizada na Amazônia Legal –

praticidade e disponibilidade nas ações de

diagnóstico da Malária

(35)

DIAGNÓSTICO

Xenodiagnóstico

•  Técnica para recuperação do parasito através do sangue

•  Insetos criados em laboratórios alimentam-se diretamente

no paciente ou no sangue do paciente através de uma membrana

•  Multiplicação de parasitas no inseto

(36)

DIAGNÓSTICO

Exames Sorológicos

•  Complementares aos exames parastológicos

•  Hemoaglutinação indireta (HAI), imunofluorescência

indireta (IFI), método imunoenzimático (ELISA).

•  IgM parasita-específicos não positivam até 20 a 40 dias

após início dos sintomas

•  Permite a demonstração da soroconversão

Anticorpos IgM Anticorpos IgG

(37)
(38)

DIAGNÓSTICO

Fase aguda por transmissão vertical

Confirmar diagnóstico sorológico da mãe Positivo Exame parasitológico do RN Positivo Negativo

Tratamento Sorologia após

6 a 9 meses Positivo Tratamento

(39)

DIAGNÓSTICO

Doença de Chagas Crônica

•  Exames parasitológicos - pouco valor diagnóstico

•  Exames sorológicos – HAI, IFI e ELISA

Considera-se o indivíduo infectado na fase crônica, aquele que apresenta anticorpos anti-T.cruzi, detectados por meio de dois testes sorológicos de princípios distintos ou com diferentes preparações antigênicas.

(40)

DIAGNÓSTICO

Exames complementares

•  Radiografia de tórax

•  DCA – normal em quase todos os casos; pode haver

cardiomegalia por miocardite ou derrame pericárdico

•  DCC – comum o aumento global da área cardíaca na dependência do grau de CCC

•  Campos pulmonares geralmente

limpos – pode ocorrer DP em casos de ICC e congestão vascular pulmonar

A: normal; B: cardiomegalia leve; C: cardiomegalia moderada; D: cardiomegalia severa

(41)

DIAGNÓSTICO

Exames

complementares

•  Eletrocardiografia •  Distúrbios do ritmo cardíaco – extrassístoles, FA •  Distúrbios de condução – bloqueio completo do ramo direito, bloqueios divisionais do ramo

esquerdo, bloqueios AV

•  Alterações de

repolarização ventricular – 50%

(42)

DIAGNÓSTICO

(43)
(44)

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Sinal de Romaña: picada de inseto, trauma, celulite

orbital

Fase aguda: toxoplasmose congênita, doença

citomegálica, sífilis, dengue

Doença crônica:

•  Cardiomiopatias pós-parto, alcoólica, fibrose

endomiocárdica

•  Megacólon – afastar causas obstrutivas

(45)

TRATAMENTO

Tratamento de Suporte

Afastamento das atividades –

critério médico

Dieta livre

Internação hospitalar –

maior comprometimento geral

•  Cardiopatia de moderada a grave

•  Quadros hemorrágicos

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TRATAMENTO

Tratamento específico

Benzonidazol – droga de escolha

Nifurtimox – alternativa

Eficaz na maioria dos casos agudos (>60%) e

congênitos (>95%)

Boa eficácia em casos crônicos recentes (50%-60%)

(47)

TRATAMENTO

Benzonidazol

comprimidos de 100mg;

2/3 X ao dia, VO, 60 dias

•  Adultos – 5mg/kg/dia;

•  Crianças – 5-10mg/kg/dia;

•  Lactentes – 10mg/kg/dia.

Dose máxima: 300mg/dia

Nifurtimox

comprimidos de 120mg;

2/3 X ao dia, VO, 60-90

dias

•  Adultos – 8-10mg/kg/dia; •  Crianças – 15mg/kg/dia;

(48)

TRATAMENTO

ICC

•  Digitálicos, diuréticos e inibidores da ECA

Tratamento cirúrgico

• 

Marca-passos

• 

Transplante cardíaco

Megacólon e Megaesôfago

(49)

CRITÉRIOS DE CURA

Não existem critérios clínicos que definam com

exatidão a cura da DCA

Critério sorológico – negativação em até 5 anos

após o tratamento

Realizar sorologia (IgG) a cada 6m/1a, por 5 anos

(50)

PREVENÇÃO

Controle químico

•  Uso de inseticidas

Melhoria habitacional

Controle transfusional

•  Triagem sorológica

Vacina em investigação

(51)

NOTIFICAÇÃO

A DCA é um agravo de notificação compulsória e

todos os casos devem ser imediatamente notificados

ao Sistema de Informação de Agravos de

Notificação (Sinan). Os casos de reativação da

d o e n ç a q u e o c o r r e m n o s q u a d r o s d e

imunodeficiência (HIV) e os casos crônicos não

devem ser notificados.

(52)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• 

Veronesi: Tratato de infectologia – 4ª ed. Rev. e atual –

São Paulo: Editora Atheneu, 2009.

• 

Goldman, Lee Cecil Medicina – 23ª ed. – Rio de Janeiro:

Editora Elsevier, 2009.

• 

Robbins e Cotran: Bases patológicas das Doenças – 8º

ed. – Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010.

• 

Tratado de Cardiologia SOCESP – 2ª ed. – Barueri, SP:

Editora Manole, 2009.

• 

Manual Doença de Chagas - Ministério da Saúde.

• 

Goldwasser, Gerson Paulo: Eletrocardiograma orientado

para o clínico- 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2009

• 

Bass, Linda S: Interpretação de ECG – Rio de Janeiro:

(53)

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