• Nenhum resultado encontrado

I SEMINÁRIO INTERNO DO LABORATÓRIO DE MUSICOLOGIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "I SEMINÁRIO INTERNO DO LABORATÓRIO DE MUSICOLOGIA"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

Caderno de Resumos

Realização

I SEMINÁRIO INTERNO DO

(2)

Programação

Horário Apresentação

9:00 - 9:30 Abertura: Prof Dr. Diósnio Machado Neto 09:30 - 10:00 Mesa

Teoria Musical: Partimento

Ozório Christovam: O estudo dos Partimenti e suas

possibilidades teórico-pedagógicas no ambiente Luso-brasileiro: o caso de Solfejos de Acompanhar de José Joaquim dos Santos 10:00 - 10:30 Mítia D’Acol: Teoria dos esquemas e estilo eclesiástico: um estudo de caso 10:30 - 10:45 Coffee-Break

10:45 - 11:15

Mesa Música e Sociedade

Adriana Martuscelli: A brasilidade cantada: o samba-canção e a

era do rádio 11:15 - 11:45

Vinícius Altomani: Homero de Sá Barreto: o assunto

momentoso da imprensa ribeirãopretana da segunda metade do século XX

11:45 - 12:15 Fabiola Rosa: Uma perspectiva transcultural sobre a música caipira: Imigrantes Italianos e sua herança cultural 12:15 - 14:00 Almoço

14:00 - 14:30

Mesa Retórica

Eliel Soares: A retórica como instrumento de pesquisa e análise

na música colonial brasileira

14:30 - 15:00 Ronaldo Novaes: Um estudo das estruturas retóricas na obra do compositor André da Silva Gomes

15:00 - 15:15 Coffee-Break 15:15 - 15:45

Mesa Tópica

Pedro Passos: Análise da utilização das tópicas musicais na

Missa Pastoril para a Noite de Natal

15:45 - 16:15 Ágata Yozhiyoka: Tópicas musicais: desdobramentos de um conceito 16:15 - 16:45 Luciano Camargo: Música e Política - Elementos de expressão ideológica na música Tchaikóvski - Chostakóvitch 16:45 - 17:30 Keynote: Prof. Dr. Rodolfo Coelho de Souza

(3)

Resumos

Mesa

Teoria Musical: Partimento

O estudo dos Partimenti e suas possibilidades teórico-pedagógicas no ambiente

Luso-brasileiro: o caso de Solfejos de Acompanhar de José Joaquim dos Santos

Ozório Bimbato P. Christovam

ozorio.christovam@gmail.com

Como fundamento integrante da estratégia de concretização do poder absolutista, D. João V promove iniciativas entrelaçadas visando uma reforma na política musical: a criação do Real Seminário da Patriarcal em 1713 como instituição pedagógica, a contratação de músicos profissionais — compositores, cantores e instrumentistas — italianos, e o envio de bolseiros para complementação de estudos em Roma na primeira metade de setecentos e em Nápoles na segunda metade. Além do claro trânsito de pessoas, observa-se a adoção de metodologias teórico-pedagógicas italianas na formação dos músicos portugueses dentro do Real Seminário, sendo uma delas, a tradição dos Partimenti. Esse artigo tem como propósito apresentar um panorama teórico das regras de realização assim posto por Giorgio Sanguinetti (2012); utilizando como estudo de caso o documento C.N. 200, Solfejos de Acompanhar de José Joaquim dos Santos, depositado na Seção de Música da Biblioteca Nacional de Lisboa, ampliando as propostas de aplicação teórico-pedagógicas indicadas por Mário Trilha (2011; 2013), concentrando-se, principalmente, nas noções de uscita di tuono, ou seja, modulações de escala.

Palavras-chave: Partimento; Música Luso-brasileira; Século XVIII.

Teoria dos esquemas e estilo eclesiástico: um estudo de caso.

Mítia D’Acol

mitiadacol@gmail.com

(4)

diversas representações como «hábitos», «respostas de hábito», «norma» «arquétipo» e, por fim, «esquema». Esta última passou a ser proferida por Robert O. Gjerdingen a partir da formulação e estudo de uma primeira frase musical recorrente descoberta por Meyer, e que desdobrou-se em uma teoria dos esquemas musicais, estruturas cognitivas de formação e interpretação desenvolvidas na mente humana, construídas a partir de padrões sociais de recepção - no caso da pesquisa de Gjerdingen os padrões de escuta da música galante. Enquanto os esquemas seriam um estoque de frases musicais aprendidas por compositores durante o ato de escrita ou por meio de improvisação, do qual o autor poderia retirar exemplares para serem aplicados durante o processo de escrita, a divisão tripartida de estilos musicais (teatro, câmara e igreja) propagada por diversos tratados teóricos setecentistas exerceria também sobre o ato de compor restrições estilísticas de acordo com a função da música escrita. Estas duas condições levantam importantes questões: Como estes esquemas seriam representados em composições eclesiásticas? Qual a relevância destes esquemas em compositores luso-brasileiros? Existiria uma relação direta entre o modo de disposição destes esquemas em trechos específicos de uma obra e o estilo de composição aplicado pelo compositor? Visto que a utilização de esquemas musicais estaria relacionada não só ao histórico educacional de um compositor, mas também à experiência de escrita, prática e escuta de um estilo musical arraigado na cultura galante, pretende-se nesta comunicação utilizar as teorias de Meyer (estilo musical) e Gjerdingen (esquemas musicais) para averiguar a relação entre o uso de esquemas musicais específicos em trechos do Requiem de compositores setecentistas, com enfoque na produção luso-brasileira.

Palavras-chave: Teoria de Esquemas; Estilo; Música galante.

Mesa

Música e Sociedade

A brasilidade cantada: o samba-canção e a era do rádio

Adriana Nabuco Martuscelli

adriana.martuscelli@usp.br

(5)

canto no Brasil com suas divergências e evoluções. O trabalho mostra, ainda, a grande influência do rádio e estabelece uma relação direta entre o canto erudito e o canto no samba-canção.

Palavras-chave: Rádio; Samba-canção; Canto erudito; Canto popular; Era de ouro

Homero de Sá Barreto: o assunto momentoso da imprensa ribeirãopretana da

segunda metade do século XX.

Vinícius Altomani Gasparino

vinicius.gasparino@usp.br

Ribeirão Preto, 1976. O Diário da Manhã, em edição de 26 de março, propala categoricamente: Campinas tem Carlos Gomes? Nós temos Homero Barreto. A partir desta suposição, o artigo objetiva apresentar os discursos proferidos em torno da figura de Homero de Sá Barreto (1884 – 1924) pela imprensa ribeirãopretana da segunda metade do século XX. Neste sentido, pretende-se discutir os anseios de uma sociedade interiorana na busca de seus índices de civilidade e de seus ícones de legitimação; os desejos e fantasias de uma elite pertencente a uma das regiões que, em fins do século XIX e início do XX, despontava como um dos centros de maior poder econômico do Brasil.

Palavras-chave: Homero de Sá Barreto; Música e imprensa; Música e sociedade.

Uma perspectiva transcultural sobre a música caipira: Imigrantes Italianos e sua

herança cultural

Fabíola Rosa

fabiola.rosa@usp.br

(6)

Além destes tivemos a presença de africanos – como escravos – e após a abolição da escravatura a imigração massiva de europeus, principalmente italianos “componentes de um projeto de gestão da população, o que envolvia o adensamento, branqueamento e elevação civilizatória dos habitantes do país” (COLBARI, 1997, p.2). Ver nos italianos a função de regeneradores de um povo, tanto física quanto moralmente, consubstancia a hipótese da transculturação (Ortiz) ocorrida nesta sociedade. Em uma prévia pesquisa sobre bandas no início do século XX, no noroeste do Estado de São Paulo, três elementos nos chamaram atenção: a presença constante de membros-músicos italianos nas bandas desta região; a também constante presença de música italiana nos repertórios destas bandas; e a temática comum às composições destes músicos – observada através dos títulos e letras das peças. Estes três elementos nos fizeram pensar sobre qual seria a herança cultural que os trabalhadores italianos agregaram aos nativos, uma transculturação possível, e a maneira com que os descendentes destes encontros expuseram o trato desta herança somada as suas próprias pertenças culturais, uma neoculturação possível, gerando o grupo conhecido por caipiras e, como foco desta pesquisa, sua música. Concluímos que as questões retóricas e tópicas, tradicionalmente comuns à bagagem musical dos italianos, seriam os elementos-ligantes entre herança cultural e neoculturação, ou seja, comunidade italiana e caipira. Acreditamos que possa ser definida uma tópica-caipira, com gestualidades retóricas características e que assim possamos criar uma conexão direta entre música caipira e música italiana como provedora de seus elementos básicos.

Palavras - chave: Transculturação; Imigrantes Italianos; Música Caipira

Mesa

Retórica

A retórica como instrumento de pesquisa e análise na música colonial brasileira

Eliel Almeida Soares

eliel.soares@usp.br

(7)

MACHADO NETO, 2012, p.71). Com o propósito de entender por quais caminhos percorreram tais transmissões e preceitos, a musicologia contemporânea, deu início a diversos estudos os quais colaboram para o desenvolvimento de novas possibilidades analíticas, objetivadas em aclarar a relação entre música e afeto. Embora o aparente crescimento investigativo, no universo luso-brasileiro, as pesquisas sobre a retórica musical ainda estão em estágio inicial, todavia, buscando fomentar e promover metodologias mais adequadas para o entendimento da constituição, ordenação e adequação sistêmica das estruturas musicais em vigor da época investigada. Por esse motivo, o presente trabalho tem como proposta apresentar os estudos do emprego dos recursos retóricos na música colonial brasileira. Ademais, essa pesquisa objetiva averiguar esses processos e mecanismos nas obras de compositores brasileiros, por exemplo, Manoel Dias de Oliveira, José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, André da Silva Gomes e José Maurício Nunes Garcia, com alguns exemplos de análises já realizadas.

Palavras-chave: Retórica; Música Colonial Brasileira; Análise Musical.

Um estudo das estruturas retóricas na obra do compositor André da Silva Gomes


Ronaldo Novaes

ronaldo.novaes@usp.br

Este trabalho procura contribuir com o arcabouço teórico que trata dos estudos recentes acerca da retórica musical, introduzido no campo da musicologia e análise, dando continuidade às pesquisas já realizadas, procurando, entretanto, aprofundar e solidificar as teorias sobre o uso da retórica na obra do compositor luso-brasileiro através de uma maior sistematização analítica em sua obra. Para tanto, buscar-se-á observar – através do esquadrinhamento de figuras e elementos discursivos relacionados entre texto e música – como se dá a construção retórica na obra do quarto Mestre de Capela da Sé de São Paulo. Observou-se, sobretudo, a disposição das figuras de retórica utilizadas pelo compositor, bem como a relação lógica das frases entre si, além das modificações que se fazem na construção da oração com o objetivo de obter maior expressividade. Como objeto de estudo, estabeleceu-se, incialmente, o conjunto de quatorze Ofertórios do compositor, já analisados no âmbito da retórica musical em outras publicações.

(8)

Mesa

Tópica

Análise da utilização das tópicas Musicais na Missa Pastoril para a Noite de Natal

Pedro Faidiga Passos

pedro.passos@usp.br

As tópicas músicais foram definidas por Leonard Ratner como uma “enciclopédia de figuras

características”, “sujeitos [subjects] do discurso musical” (1980, p.09). Derivada da palavra grega “topos” –

lugar – seria o “lugar-comum” onde se articulam os discursos musicais. Elas emergiram das relações entre a música e outras mídias (poesia e teatro, entre outras): durante sua história, repetidamente a música foi usada para intensificar o discurso da linguagem e do teatro. Logo, estas gestualidades que deram forma ao léxico musical do século XVIII foram incorporadas na sintaxe musical e possuíam importância nas três esferas da música. Segundo Ratner (1991, p.16), elas eram para o compositor materiais a serem identificados e selecionados; para o ouvinte, eram figuras que tinham significado direto ou simbólico; enquanto para o intérprete, o ato de reconhece-las e executá-las exercia grandes influências na performance. José Maurício Nunes Garcia utiliza-se destas gestualidades para ressignificar o texto litúrgico na Missa Pastoril para a Noite de Natal, onde estão presentes desde a utilização de uma tópica pastoral como elemento de unidade e manutenção do significado (estrutura que contem o mesmo princípio das missas de cantus firmus, que era também a base das missas cíclicas do que remontam ao século XV), até sua recorrência que forma um consistência tópica com certas seções da missa (como o Gloria e o Et incarnatus) com as mesmas seções de outras missas do mesmo compositor, mostrando uma visão coesa da mensagem que se pretendia passar em cada um dos textos citados.

Palavras-chave: Significação musical; Tópicas musicais; José Maurício Nunes Garcia

Tópicas musicais: desdobramentos de um conceito

Ágata Yozhiyoka Almeida

agata.almeida@usp.br

(9)

equilíbrio, o século XVIII apresenta, principalmente na música, uma modificação na forma de se comunicar, considerando as diversas mudanças sociais que a Europa oitocentista está vivenciando. Diante deste cenário, desenvolveu-se em 1980 um estudo sobre a expressividade da música, tendo como foco obras do período oitocentista, em que foram percebidos léxicos de figuras características que poderiam estar associadas a afetos e sentimentos. Tais figuras foram denominadas por Leonard G. Ratner como “tópicas musicais”. Este conceito encontrou, nos anos seguintes, um maior enfoque com os trabalhos de Wye Allanbrook, Kofi Agawu e alguns outros autores como Raymond Monelle e Robert S. Hatten, mas somente ganhou maior dimensão nos últimos dez anos. Neste ano, um livro editado por Danuta Mirka, tendo como objeto principal a teoria tópica, apresenta o que hoje pode-se considerar um conhecimento que encontrou espaço fértil nos estudos musicológicos. Considerando aqui a pergunta fundamental da teoria tópica proposta por Danuta Mika: “O que são as tópicas musicais?”, pretendemos apresentar os desdobramentos deste conceito, partindo de Ratner até hoje. Através deste estudo, buscaremos abordar as diversas modificações e apropriações do conceito de tópica musical, considerando nos posicionar diante da afirmação de Danuta Mirka de que tal conceito tenha perdido sua nitidez no processo de seu desenvolvimento.

Palavras-chave: Teoria Tópica; Tópicas musicais.

Música e Política - Elementos de expressão ideológica na música

Tchaikóvski - Chostakóvitch

Luciano de Freitas Camargo

luciano.camargo@usp.br

Até o advento da indústria da cultura, o Estado e a Igreja foram os principais financiadores da atividade musical em todo o mundo ocidental. Isso significa que a música feita por encomenda, sob custódia estatal ou eclesiástica, sempre carregou o estigma de mensageira doutrinária ou ideológica de seus mantenedores. A observação dos tópicos de expressão musical e de referências musicais presentes em algumas obras revela importantes elementos caracterizados como veículos discursivos ideológicos. Este trabalho identifica alguns destes elementos presentes em obras de Piotr Tchaikóvski e Dmitri Chostakóvitch, promovendo uma reflexão sobre as dimensões poética e ideológica e suas correlações.

Referências

Documentos relacionados

c.4) Não ocorrerá o cancelamento do contrato de seguro cujo prêmio tenha sido pago a vista, mediante financiamento obtido junto a instituições financeiras, no

Principais fontes de financiamento disponíveis: Autofinanciamento: (corresponde aos fundos Principais fontes de financiamento disponíveis: Autofinanciamento: (corresponde aos

A Lei nº 2/2007 de 15 de janeiro, na alínea c) do Artigo 10º e Artigo 15º consagram que constitui receita do Município o produto da cobrança das taxas

◦ Os filtros FIR implementados através de estruturas não recursivas têm menor propagação de erros. ◦ Ruído de quantificação inerente a

Os candidatos reclassificados deverão cumprir os mesmos procedimentos estabelecidos nos subitens 5.1.1, 5.1.1.1, e 5.1.2 deste Edital, no período de 15 e 16 de junho de 2021,

Desta maneira, observando a figura 2A e 2C para os genótipos 6 e 8, nota-se que os valores de captura da energia luminosa (TRo/RC) são maiores que o de absorção (ABS/RC) e

Na fachada posterior da sede, na parte voltada para um pátio interno onde hoje há um jardim, as esquadrias não são mais de caixilharia de vidro, permanecendo apenas as de folhas

Mediante o impacto do paciente com o ambiente do centro cirúrgico, a equipe de enfermagem deve estar voltada para o aspecto humano do atendimento, centrando suas