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IDENTIFICAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE PROBLEMAS MÚSCULO- ESQUELÉTICOS EM APLICADORES DE COLA

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Academic year: 2021

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IDENTIFICAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE PROBLEMAS MÚSCULO- ESQUELÉTICOS EM APLICADORES DE COLA

Franciane da Silva Falcão1,2, Luis Carlos Paschoarelli1,2, Cristina do Carmo Lúcio 1,2

1Laboratório de Ergonomia e Interfaces – DDI/ FAAC – Universidade Estadual Paulista – UNESP – Bauru.

2Programa de Pós-Graduação em Desenho Industrial – FAAC - UNESP – Bauru.

Resumo: A incidência de problemas músculos-esqueléticos em funcionários da indústria tem sido freqüente. Muitos postos deste setor têm suas atividades configuradas para o uso de ferramentas manuais e, por conseguinte, extrema solicitação dos membros superiores. A postura em pé também é comum em setores industriais. A preocupação com tais questões tem gerado muitos estudos, os quais apontam determinados limites humanos quanto à freqüência, amplitude e carga de movimentos. Diante dos registros médicos de problemas músculos-esqueléticos no setor de caixa acústica (posto de aplicador de cola) de uma indústria de eletro-eletrônicos do PIM (Pólo Industrial de Manaus), buscamos identificar se há a prevalência de problemas, e relação entre estas queixas e as exigências das atividades realizadas.

Palavras Chave: DORT, trabalho repetitivo, postura em pé.

Abstract: The incidence of musculoskeletal disorders in employees of the industry has been frequent. Many workplaces of this sector have their activities configured for the use of manual tools and, therefore, it has caused extreme request of the upper limbs. The standing is also common in industrial sectors. The concern with such questions has generated many studies, which pointed several human limits related with frequency, amplitude and overloading of movements.

From the medical registers of musculoskeletal disorders in the speakers sector (glue applicator workplace) of an electro-electronic industry of the PIM (Polo Industrial de Manaus), we aimed to identify if it has the prevalence of problems, and relation between these complaints and the requirements of the tasks done.

Keywords: WMSD, repetitive work, standing.

INTRODUÇÃO

Atualmente, o setor produtivo industrial tem procurado aplicar recomendações ergonômicas em suas dependências, a fim de evitar, dentre outras coisas, o surgimento de problemas músculo- esqueléticos (PMEs). Isto se deve a rápida evolução das tecnologias e meios de produção que trazem mudanças nos processos; bem como, a paralela atuação do Ministério do Trabalho como agente preventivo de doenças ocupacionais, por meio de inquéritos civis públicos; termo de ajustamento de conduta (TAC); entre outros.

A indústria de eletro-eletrônicos, em que foi realizada esta pesquisa, tem por meta transformar seus processos de produção de linha para célula.

Esta mudança já teve início em 2005 em alguns setores, dentre eles o setor de caixa acústica (SCA), onde foram instaladas duas células piloto.

O registro do ambulatório aponta dor em membros superiores e região axial, e o Mapa de Risco da empresa apresenta a repetitividade das atividades no SCA como um dos agentes de riscos ergonômicos. Atividades que envolvem esforços freqüentes ou estáticos são apontadas como fatores que contribuem para ocorrência de vários distúrbios músculo-esqueléticos [1]. Uma das conseqüências negativas é a capacidade de produção de força com músculos deltóide e trapézio que, segundo Pressi e Vaz [2], difere em 31% entre grupo de indivíduos saudáveis e de indivíduos com DORT (Distúrbios Ósteo- musculares Relacionados ao Trabalho).

O objetivo deste estudo foi identificar as possíveis relações entre as prevalências e tipos de PMEs registrados pela empresa com as atividades realizadas pelos aplicadores de cola.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Este artigo trata de uma pesquisa exploratória sobre os PMEs em funcionários dos postos de aplicação de cola de duas células de produção piloto no SCA de uma indústria de eletro-eletrônico de grande porte do PIM.

Questões Éticas

Todos os sujeitos assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), baseado na resolução 196/96 – CNS/MS; acordado pela equipe do Setor de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa.

Sujeitos

Participaram 6 adultos, com idade entre 20 e 28 anos, todos do gênero masculino, e o tempo de serviço nesta função varia de 7 meses a 3 anos.

Procedimentos

Foram realizados: verbalização com equipe do SESMT; aplicação de protocolo contendo o Diagrama de Desconforto de Corlett e Manenica (1980) e de Análise de Sintomas Músculo- Esqueléticos de Kuorinka et al (apud Chaffin [1]);

registro cursivo das atividades; fotografia e filmagem do ciclo de trabalho. A pesquisa documental teve por base o Mapa de Risco e registro ambulatorial.

Características das Atividades

A produção do posto de aplicação de cola é de 325 caixas/ dia. A jornada de trabalho é fixa das 7h20 às 17h18, com uma hora de almoço. Sendo que a presença de hora extra é intensa, de 3 a 4 dias por semana. A ginástica laboral é praticada 20 minutos todos os dias, no turno da manhã.

As atividades nos postos do SCA são efetuadas na postura ereta, com freqüente repetição de operações e uso de ferramentas manuais posicionadas, acima da altura dos ombros.

As ferramentas utilizadas são: pistola para Jet Melt (Polygam Tc – 3M); ferro de soldar 456 110V Hakko 60w (peso 150 g); grampeador pneumático (Mustang – Modelo MUI-18 - peso 1,7 kg); martelo de borracha (pesos 600-450g); pistola Dinamyca; parafusadeira com acionamento por gatilho da HIOS 4500 Mini Type (peso 440g). Os componentes das caixas mais pesados manipulados por esses funcionários, variam de 650g (tampas traseira e frontal) a 2950g (capa lateral).

RESULTADOS

Todos os sujeitos abordados sentem dores musculares, sendo metade ocasionalmente e a outra metade, com freqüência. O ritmo de trabalho é considerado acelerado por 50% deles e adequado segundo a outra metade. O registro ambulatorial aponta que as sete maiores incidências ósteo- musculares entre setembro e novembro de 2005 foram: dor lombar (40%), dedo inflamado (17%), dor no punho/mão direita (16%), dor muscular (13%), dor no ombro direito (6%), dor no braço direito (4%), torcicolo (4%).

A Análise dos PMEs apontou que no último ano, 66,7% deixaram de realizar algumas atividades por causa de dores na coluna dorsal e todos afirmam ter sentido dor/incômodo nesta região no mesmo período; outra incidência é de dores no pescoço, punho/mão direito, e coluna lombar em 50% dos sujeitos. No último mês, as maiores incidências de desconforto/dor foram pernas e coluna dorsal, 66,7%, seguidos da coluna

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lombar e punho/mão direito, 50%. O Diagrama de Desconforto aplicado indicou algumas expressivas regiões de desconforto (Figura 01).

Figura 01 - Porcentagens dos três maiores níveis de Desconforto/Dor dos aplicadores de cola, por segmento corpóreo.

Após o mapeamento de desconfortos e incidências registradas no ambulatório para identificação de prevalências e tipos de PMES dos aplicadores de cola, foi feita a observação de suas atividades segundo os movimentos articulares durante o ciclo da tarefa.

Não foram observadas alternâncias constantes nos membro inferiores, visto a permanência da postura em pé com apoio nos dois pés; tendo pequena alteração na execução da atividade de aplicação de cola com uso da pistola Dinamyca, em que há ocorrência de apoio maior na perna esquerda. As solicitações articulares identificadas, nos membros superiores e região axial, foram as seguintes (Quadro 1).

Quadro 01 – Movimentos dos membros superiores e região axial durante as atividades realizadas pelos aplicadores de cola.

Atividades Ações articulares freqüentes nas atividades do posto de Aplicador de Cola Pegar componentes em

prateleiras

Membros superiores (MS): constante flexão dos braços e dos antebraços, abdução dos braços e desvio ulnar com sustentação de carga (componentes de 650g a 2,5kg a unidade). Região Axial (RA): torção do tronco, flexão lateral de tronco. (Figura 2)

Colocar capa lateral sobre a bancada.

MS: constante abdução dos braços e flexão dos antebraços, flexão do braço, alternâncias entre desvio ulnar com as duas mãos, pronação/supinação de uma ou duas mãos, flexão do punho. RA: constante flexão do pescoço, algumas flexões laterais da cabeça, flexão e por vezes leve torção do tronco. (Figura 3)

Grampear reforço na capa lateral

MS: constante abdução do braço direito e flexão dos antebraços e desvio ulnar da mão direita com sustentação de carga – o grampeador. RA: constante flexão da cabeça e leve flexão de tronco. (Figura 4) Aplicar cola com

pistolas e tubo.

Aplicar cola – MS: constante abdução de pelo menos um dos braços e flexão do antebraço, adução de um dos braços, flexão de punho, desvio ulnar. RA: constante flexão da cabeça e tronco (Figura 6).

Colar componentes MS: constante flexão dos antebraços, flexão e abdução dos braços, pronação/ supinação; desvio ulnar. RA:

constante flexão da cabeça, flexão do tronco, por vezes flexão lateral ou leve torção do tronco. (Figura 7) Colocar fios e Conectar

auto-falante

MS: constante flexão dos antebraços e braços, abdução do braço esquerdo, desvio ulnar, flexão de punhos.

RA: flexão da cabeça, leve rotação de tronco (Figura 8)

Fechar a caixa MS: constante flexão do antebraço, pronação e supinação de um dos antebraços, desvio ulnar da mão direita. RA: flexão lateral do trono e cabeça, e em alguns operadores flexão da cabeça (Figura 5).

Pegar componentes do escaninho da bancada

MS: flexão do braço e antebraço, abdução do braço, desvio ulnar da mão. RA: leve flexão lateral do tronco, flexão da cabeça. (Figura 5)

Lixar aresta da caixa

MS: constante flexão de braços e antebraços e abdução do braço esquerdo, flexão da mão esquerda e as vezes desvio radial da mão direita. RA: constante flexão da cabeça e tronco no plano sagital e frontal.

(Figura 9)

Tirar película MS: flexão do braço direito, abdução do braço esquerdo, flexão dos antebraços. RA: flexão da cabeça, rotação do tronco. (Figura 10)

Pegar ferramenta MS: flexão do braço, abdução horizontal do braço; flexão do antebraço; desvio ulnar, desvio radial e extensão da mão. RA: flexão e rotação da cabeça, leve flexão lateral do tronco. (Figura 10)

Parafusar componentes

MS: constante flexão dos braços e antebraços e abdução do braço direito, bem como constante supinação do antebraço esquerdo e freqüente pronação do braço antebraço direito. RA: constante flexão da cabeça, (Figura 11)

Martela parte frontal da caixa.

MS: constante abdução dos braços, flexão dos antebraços, desvio radio-ulnar da mão direita. RA: flexão da cabeça e leve flexão lateral do tronco. (Figura 5)

Preparar painel telar MS: flexão dos braços, flexão dos antebraços. RA: flexão da cabeça, leve rotação da cabeça. (Figura 12)

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.

Figura 2 – Pegar componentes em prateleiras

Figura 3 – Colocar capa lateral sobre a bancada.

Figura 4 – Grampear reforço na capa lateral

Figura 5 – Fechar a caixa; pegar componente do escaninho da bancada; martela parte.

Figura 6 – Aplicar cola com pistolas e tubo.

Figura 7 – Colar componentes.

Figura 8 – Colocar fios e conectar auto-falante.

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Figura 9 – Lixar aresta da caixa

Figura 10 – Tirar película; pegar ferramenta.

Figura 11 – Parafusar componentes.

Figura 12 – Preparar painel telar.

DISCUSSÃO

Alguns estudos já apontam a relação entre trabalhos repetitivos e/ou estáticos com a incidência de distúrbios músculos-esqueléticos [1].

Numa comparação entre trabalhos que envolvem

alta repetitividade e força com trabalhos de baixa repetitividade e força, Putz-Anderson (apud Coury et al [3]), indica o primeiro como gerador de maior risco de PMES.

Segundo Coury et al [3] uma tarefa pode ser considerada altamente repetitiva quando seu ciclo de trabalho é curto (menor que 30 segundos), ou quando tem padrão de movimento repetindo-se por mais de 50% do tempo de ciclo total. A partir da descrição feita, observamos que a tarefa do aplicador de cola tem a repetição de padrões movimentos.

O trabalho dos aplicadores de cola exige constantemente a realização dos movimentos de abdução e flexão dos braços, desvio ulnar com sustentação de carga, impressão de força e movimentos rápidos de adução/abdução horizontal, além de algumas inclinações e torções do tronco.

Características estas que, segundo os estudos citados no Quadro 2, contribuem para incidência de PMES nas regiões do ombro, punho e tronco.

Quadro 2 – Distúrbios e fatores de risco

Constrangimentos e

distúrbios Fator de risco Dor no ombro e no

pescoço [1, 4]

Esforço estático do ombro, sua elevação repetitiva, rotação interna ou externa, flexão ou abdução.

Tendinite aguda [1] Movimentos de alta velocidade dos ombros.

Tendinite degenerativa dos músculos do bíceps e supra-espinhoso [1, 4]

Atividades de alcances freqüentes ou trabalhos acima dos ombros em longos períodos.

Riscos de traumas cumulativos [1, 4]

Posição de desvio do punho, durante o uso da ferramenta.

Inclinação anterior do tronco durante a jornada de trabalho [1]

Fadiga muscular da coluna lombar.

CONCLUSÃO

A prevalência de PMES nos membros superiores e região axial, identificada pelo registro do ambulatório e aplicação do diagrama de

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desconforto está intimamente relacionada às exigências da tarefa.

Quanto às ferramentas utilizadas, para parafusadeira é usado balancim, entretanto com outras ferramentas pesada como o grampeador, não há nenhum recurso; outro cuidado observado que reduz o torque, é o anteparo para os dedos. Na utilização da pistola para aplicação de cola, a orientação e posicionamento da peça e superfície de trabalho em relação ao braço do trabalhador não ficam apropriados, atendendo apenas para a atividade de parafusamento.

A altura da bancada, para alguns funcionários atende a recomendação dos 5 cm abaixo do cotovelo (Konz, 1990, apud Grandejan [5]), entretanto a grande variação da altura do produto no decorrer da montagem compromete o bom posicionamento dos membros superiores durante o ciclo de trabalho. A atividade acaba exigindo por vezes inclinação do tronco e, em outros momentos, abdução dos braços em ângulo de 200 ou mais.

Estudos de Sommerich et al (1993, apud Chaffin [1]) apontam recomendações importantes para a configuração desta tarefa, são eles: eliminar movimentos rápidos e altamente repetitivos dos braços ou que exigem esforços estáticos;

minimizar a flexão e abdução dos ombros;

minimizar a sustentação de cargas nas mãos;

reduzir ou eliminar tarefas que exijam emprego de força manual excessiva; exigir que os trabalhadores tenham períodos de descanso.

A empresa estuda o sistema de revezamento entre os postos, mas faz-se necessário uma observação quanto ao tipo solicitação biomecânica das atividades – padrões de movimentos - a fim de que este recurso possa gerar o repouso muscular necessário para evitar lesões.

AGRADECIMENTOS

À Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) - Programa RH- POSGRAD (Processo 495/2006).

REFERÊNCIAS

[1] Chaffin D B, Anderson G B J, Martin B J.

Biomecânica Ocupacional. Traduzido por Fernanda S.B. da Silva. Belo Horizonte: Ed.

Ergo, 2001. Tradução de Occupational Biomechanics.

[2] Pessi A M S, Vaz M A. Efeitos dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho na Função de Músculos Esqueléticos. Anais do X Congresso Brasileiro de Biomecânica; Ouro Preto: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2003, v. 02, p. 118-122.

[3] Coury H J C G, Walsh I P, Alem M E R, Massa D C, Mendes M M, Oliveira T F N. Percep;ao de Desconforto e Esforço em Dois Manuseios par o Abastecimento de Embaladoras: um estudo comparativo. Anais do X Congresso Brasileiro de Biomecânica; Ouro Preto:

Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2003, v.

02, p. 30-34.

[4] Kuman S (ed). Biomechanics in Ergonomics.

London: Ed. Taylor & Francis, 2001.

[5] Grandjean E. Manual de Ergonomia:

adaptando o trabalho ao homem. Traduzido por João Pedro Stein. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1998. Tradução de Physiologische arbeitsgestaltung: leitfaden der ergonomie.

e-mail:

francifalcao@yahoo.com.br

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