ell, 4 : 78-99, 1981
ESTU DO SO B R E PAC I E NTES D E HANSEN IAS E COM
I NCAPAC I DADES F ( S I CAS, T RATADOS ATRAVES D E
TEC N ICAS S I M P LES, APLICADAS PO R P ESSOAL D E
E N F E RMAG EM NO D I STRITO F E DERAL E M
1 979
* *Mria Ivanilde A.
olet
*Gloria
Brieno
Gaue
* *
Clelia Marcia
Cordova * * *
Helena Matins
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ReBn/12
COLLET, M.l.A. e Colaoradors - studo sobre Pacientes de Haseniase com lncapaci dades Fisics, ratdos Araves de Tecnls Simples, ApUcads or Pessoal de Enfera gem no Distrito Federal em 1979. v. Brs. Enf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.
I - 1NTRODUQAO
o presente trabalho foi elabrado com bases cientifics e praticas que per mftiram desenvolver um estudo descri tivo no campo da enfermagem . Reune os esforgos de n grupo de enfermeir'as da DNDS/Ministerio da Saude, com a cooperagao teeniea de Enfermagem OPAS/OMS, Nucleo Normativo de En fermgem da Fundagao Hospi.talar do Dstrito Federal e enfeneiras de nivel local que atuam nas at.i.ades de Con trole da Hasenie.
o fato de conheler 0 resultado 4a aplicagao de tecnicas simples por pes soal de enfermagem na prevengao e
tra-* Enf. DNDS/SNPES/MS.
tamento s incapacidads fisicas em pcientes de Hansenise e saber as tec nicas com que sao exeeuadas ests ati vidades, facilita a esse eleento con tribuir para a dlminuigao das neapa cidades e aprmorar, eada vez mais, 0 tipo de assistencia no controle da Man senia:e.
o studo abrangia dez Uidades de Satlde da Fundagao Hospltalar do Dis trito Federal (FHDF) e Uidade 1nte grada de Saude de Sobradinho (U1SS) . Por limitag5es de infra-etutura du rante sua realizagao, apenas olto i dades foram inc1uidas.
Esle trabalho demonstra em que medida os pacientes que recorrem as
* * Estudo preparado e executado com assesoria da Srta. Gl6ria Briceno, Cosultora em Servi;os de Enfermagem da OPAS/OMS.
COLET, M.I.A. e Colaboradoras - Estudo sobre Pacientes de Hansenfase com Incapaci dades Fsicas, rados Atraves de Tecnicas Simples, Aplicadas por Pessoal de Enferma gem no Distrlo Federal em 1979. Rev. Bras. Enf. ; DF, 3* : 78-99, 1981.
Unidades de Saide, de acordo com as 'tecnicas simples aplicadas, qualidade das mesmas, assiduidade do paciente o ontrole e outros fatores, obtem melho ra, piora ou inalJe'�ao no tratamento das incapacidades fisicas, como tambem reflete a atuagao ecnica e dinamica do pesoal de enfermagem neste campo.
Os resultados deste trabalho sao re presentativos, razao pela qual suas con clus6es !e recomendagOes devem ser con sideradas para aj stes 'tecnicos e ope racionais na prestagao da assistencia, no controle da Hanseniase e na capaci ta;ao dos recursos de enfermagem.
Agrldecimento aos senhores di retores das Unidades de Saude onde li desenvolvido este estu do, pela ampla colabora;io pres
tada, e tambem as enlermeiros, auxiliares de enlermagem, auxi
liares de servi;os medicos e aos
medicos
qe
partic;param, cOlaboraram e emprestaram apoio
tecnico para a realizaJ;io deste
tmbalh,.
II .- JUSTIFICATIVA
A prevengao e ratamento das inca pacidade a pacientes feitos atraves de meios que j ustifiquem sua recuperagao fisica, sicossocial e vocacional e consi derada como uma das medidas de saude aplicada em todos as programas com a finaUdade de iminuir a p'Oblematica ocasionada pelas incapacidades.
Acredita-se que a aplicagao die tec nicas s:mples em pacientes de Hanse nise, como medidas de prevengao e tratamento de incapacidades,
ej a
efi caz na diminuigao dos problemas antes mencionados, pelo que compete ao pes soal de enfermagem studar de que for ma se realizam estas atividades, visto que nao existiam pesquisas previas deenfermagem sobre a natureza deste tema.
Qualquer esforgo para realizar um estudo descitivo ou de carater opera cional, como seguimeno da aplicagao das tecnicas simples, coseqientemente contribui para 0 dsenvolvimento da asitencia a padentes na prevengao e na diminuigao das incapacidades fisi cas, asim como na administragao dos servigos de enfermagem.
As UnidaJep de Saude da Fundagao Hospitalar do Distrito Federal e Unida de Integrada de Saude de Sobradinho, tendo 80 % dos recurS03 humanos trei nados e uma programa·gao ativa de en fermagem no co�trole da Hanseniase ofe1eceram as condigoes que j ustificam a realizagao deste trabalho.
III - ORMULAQAO DO PROBLEMA
Problema - Desconhecimento dos resultados clinicos obtidos pela aplica ;ao de tecnicas simples par pessoal de enfermagem na prevengao e tratamento de incapacidades fisicas em pacLentes de Hanseniase e a qualidade tecnica com que sao executadas esas ativida des na FH/DF e UISS.
Exposi;io do problema - Identifi car e descrever os resultados cliicos obtidos pela aplicagao dJ� tecnicas sim ples par pessoal de enfermagem a pa cientes nos quais se faz prevengao e tratamento de inc apacidades fisicas, de. terminao atraves de observagoes e se gUimento, sus c aracterstics e quali dade da tecnica da atividade executada.
Hip6teses : Existe uma relagao efe tiva entre a aplicagao de tecnicas sim ples realizada ar pessoal de enferma lem e a recuperagio alcangada em ca ss de ulceras e lesOes trauiticas, gar ras m6veis ou deformidades em flexao dos dedos, reabsorgao discreta, maos . e pes caidos, conj untivite e anestesia em pacienJes de Hanseniase.
COLLET, M.l.A. e Colaoradors - &studo �obre Pacientes de Hanseniase com lncapaci dades Fisicas, ratdos Atraves de Tecnicas Simples, Aplicadas por Pessoal de Enferma gem no DistritO Federal em 1979. Rev. Bras. Enf. ; DF, 34 :. 78-99, 1981.
IV - OBJETIVOS
- Identificar e eguir, atraves de ob servag6es periodicas, os pacientes aos quais se devem aplicar tecnicas im ples de prevengao e 'tratamento de incapacidades ;
- Descrever 0 grau da incap.cidade fi sica e caracteristicas clinicas com as quais os doentes de Hanseniase ini ciam a apHca'gao das tecnicas sim ples de prevengao e tratamento exe cutados p�r pessoal de enfermagem ; - Determinar 0 tipo i� resultado cH
nico obtido, ao relacionar a aplica gao das tecnicas simples d e preven gao e tratamento das Incapacidade3 fisicas p�r pe..soal de enfermagem com a recuperagao da incapacidade ; - Comparar, segundo norma, a kcni ca aplicada p�r pesoal die enferma gem a pacientes de Hanseniase na prevengao e tartlme'to das incapa cidades fisicas ;
- - Identificar, de acordo com os re:ul tados do estudo, areas criticas de futurs pesquisas e aj usJes necessa rios a erem introduzidos na assis teneia de enfermagem em Hanse niase.
V - APOIO CIENTiFICO DO ESUDO
"Proposigoes de Mudangas e Estra tegis de Saude para a Decada 1 9 7 1 / 1 980. Documen.o Basico de Referencia OPAS/OMS" diz : A Has3 nise continu t sendo n problema na regiao das Ame ricas. Todos os paises precisam de con tar com. dados fidedignos que permitam predizer, adequadamente, a tendencia da doenga e, portanto, medi: 0 progres so alcangado.
Com mui'ta frequencia os progra mas s e centralizam exclusivamene na atengao institucional e multo pouco na aplicagao de medidas preventivas, por tanto, ha que dedicar muita atengao na prevengao da doenga, mediante a
iden-tificagao de grupos a riscos, sendo ne cessario realizar maio2S esforgos no campo das pesquisas, tendo como estra tegia desnvolver e aprimorar os servi gos clinic os que compreendem a preven gao, a re abilitagao, 0 treinamento de pessoal e/ou fomento das investigagoes com vistas a reduzir a incidencia e pre valencia da doenga e diminuir, p�r con seguinte, as incapacidades relacionadas a ela.
No campo da ReabiIitagao, 0 do cumento acima e refere a existencia, na America Latina, de nada menos que 1 0.000.000 de pessoas que sofrem de al gum tipo de incapacidade pO' todos os problemas de saude e que nao podem realizar seu potencial de independen cia, a menos que se disponha de Servigo de Jeabilitagao.
Essas pessoas estao comegando a compreender as vantagens que oferece a reabilitagio e estao demandando ao Servigo. COmo a abrtura e limitada, faz-se ne�e,ssario enfatizar s tecnicas simples de prevcn ;ao c reabilita�ao, in cluindo-as em todos os programas de saude publica.
COLLET, M.l.A. e Oolaboradoras - Estudo O ore Pacientes de Hansenise com ncapaci� dades Fisicas, raados Atraves de Tecnicas Simples, Aplicadas por Pessoal de Enferma
gem no Distrito Federal em 1979 . Rev. Bras. Enf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.
- Arvelo Jose, em seu artigo Reabilita gao, Prevengao e Tratamento dos Doentes de Hanseniase, Publica� ) Cientifica 334, 4.° Semnario Pan Amer' cano sobre 0 Controle da Han seniase, 1.977, diz : - " A reabilitaQao
integrada do doente de Hanseniase e un verdadeiro desafio p or sua com plexa probl3matica nos aspectos fisi co, social .. familiar, psicologico e pro fissOnal."
A responsabilidade especifi.ca dos
Servigos Epidemiologicos da Hanenia
se, na prevenQao das incapacidaaes e
reabHttaQao pnmaria, e cada v,ez maior.
o desenvolvunento das atividades de
prevengao e tratamento elementar aa
incapacidade fsica obr'iga 0 pessoal
ae
SauJe a adquirir conhecimentos sobre
patologia da defol'midade, semiolOgia
neurologica, tecuca de tratamento e admiustragao das mesmas. Para aplicar estes cohecimertos com criterio epide
miolOgico
e
preciso dispor de n mImero de auxiiiares de campo COm tneina
mento adequado. A modifica'Qao favora
vel no tempo e no espaQo do problema
das incapacidades fisicas sera mais efi
ciente, quanta mais se apliquem 03
principios do planej amento em saude.
A preven;ao primaria ou a secun daria da incapacidade fisica aplicada com criterios de cobertura e dirgida a modificar a magnitude do problema e
un componente indspensavel em qual quer programa de controle die Hanse niase. A aplica;ao de tecnica simples pode ser realizada mediante a edu�a Qao em saude, masagens, exercicios
ele
menta:cs que 0 paciente pode aprender e executar sem necessidade de equipe especial, modiHcaQoes no cal;ado, mo difica;ao e adaptaQao dos instrumentos de 'trabalho, etc. Esta.s tecnicas simples em sua pratica sof,ram na redugao no resultado d e . sua aplicaQao, vis to que 0 paciente deve aceita-Ias COm conheci mento de caSa e in:orpora-Ias em seushabitG-3 e atitudes. Desta maneira, a eficacia i2stas tecnicas estara em es treita correlaQao com a eficacia da edu caQao em saude que
se
proporiona. A preven;io da incapacidade fisica sup6e tam ben a administra;ao adequada de tratamento especifico em relaQao com as manif,3staQoes de quadro rea.cional, por conseguinte, un ccnt-rol. das in:a pacidades.- Leitao Ara uj o -- Elementos de Fisio
terap:a, diz : "0 tr'atamento de vea bilitaQao estabelecido ten que ser devidamente considerado e estudado
por toda a Cquipe de saude, pOis, nes
tas circunstancias, nao se dispensa
a colaboraQao de nenhum dos seus membros."
Para 0 tratamento do doente inca pacitado devem ser levados em consi
deraQao : Processos Meiico-Cirurgicos,
Medicina Fisica, Terapeutica Ocupacio
nal, Exerdcios De'apeu'ticos e Reedu caQao Fisica.
Apos a conclusao do tr'atamento, a
avalia;ao dos resultadcs obtidos e de
extrema importancia, pois 0 propOsito
e
o de ensina' 0 d oente
a
identificar suasnecessidades diarias para, assim, se tor
nar 0 mais independente pdssila,l do
meio onde vive.
- Divisao Nacional de Dermatologia Sa
nitaria/MS - Hanseniase, Preven Qio e Tratamento da-s Inc,pacidades FisicaJ, mediante Tecnicas Sim,ples, 1977, diz : "A reabilitagao, segundo a OMS,
e
considerada como uma das quatro medidas d1� saude aplicaveisa uma comunidade : a prom�ao da
saude, a preven;ao, 0 tratamen'to das
enfermidades e a reabili.taQao . "
A s tecnicas simJ1es compreendem duas etapas: a primeira e de prevenir a incapacidadle fisi�a, antes que ela aparega (prevenQao primaria) ; evitar 0 agravamento das incapacidades fisicas j a instaladas ( prevengao primaria) .
COLLET,
M.l.A.
e Colaboradoras - Estudo sobre Pacientes de Hanseniase com Incapaci dds Fisicas, ratadosA
traves deTecicas
Simples,Apl
ic
adas or Pessoal de Enfma gem no Distrito Federal em 1979. Rev. Brs. Enf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.No tocante ao desenvolvimento de um program a de preven;ao e tratamen to de Hansenias� , que se prope abran ger a preven;ao e tratamento das in capacldades fisicas, por tecnicas sim ples, e aconselhavel realizar um levan tamento das incapacidades exis'entes nas areas de atua;ao.
Ruska, Howard A., no Manual de Treinamento para Reao�litagio de
pacientes de Hanseniase, diz : "As
teenieas die reabilita<;ao emPregadas no tratamento de deformidades cau sadas por outras doen;as ineapaci tantes, podem ser utilizadas com exi
to
para OS doentes de Hanseniase." - Iton, Masayshi e Eason, Alice L., no Manual de Treinamento para Rabilitagio de P!cientes de Hanseniase, relatam : - HE bastante dificil de terminar quantos pacientes de Han seniase se tornam invalidos. Um e8-tudo feito por varios investigadores, que consistiu no exame die, 24.000 pa dentes aproximadamente ( com to dos os tips de Hanseniase) , demons trou que quase 30% tinham algum grau de incapacidade e que era mais c omum nos pacientes dI! aior ida de e ns periodos avan;ad03 da doen;a."
Nas fases inieiais da Hanseniase, 0 paciente nao 'tem deformidade aJgu na ou esta e minima. te e 0 mo mento oportuno para eome;ar a rea bilita;ao e aplica;ao das medidas pr'eventivas, dado que seus obj etivos e stao orintados a prevenir e eorri gir incapacidades e resta urar fun ;Des. Quando a doen;a esta progre dindo, existe possibilidadle, de que, com 0 tempo, 0 paciente perca sua habilidade para atividaies da vida . . diria. Deve-se administrar 0 trata
mento adequado para deter 0 a.van;o da doen<a e apl!ar todas s medidas . . preventiv� com a participa;o ativa
do doente.
VI - MTODOLOGIA
Neste trabalho se empregou a Me todologia de Estudos Descritivos em n fe"Iagem. Foi utilizado 0 metoda de observa;ao peri6dica pelo pessoal de en fermagem de nivel local nos pacientes aos quais se aplicaram as teenicas sim ples ; e, a observa;ao direta das pesqui sadoras ao pesoal de enfermagem, na realiza;ao ie atividades de preven;o e tratamento de incapacidades fisica " utilizando um modelo padrao com a composi;ao 'tecnica das atividades, se gundo norma (Anexo III ) .
Universo :
o Universo deste estudo
foi
consti tuido por 333 (30% de um total de 1 . 1 13)pacientes . sperava-se que os mesmos tivessem ineapacidades fisteas, de acor do com a Norma de Programa;ao. sses paeientes seriam atendidos em dez Unl dades de Saude da FHDF e a UISS, por onze enfermiras e onze auxiIiares <Le' en fermagem que desenvolviam atividades especificas em Hanseniase e outras ati vidades d e Saude. Porem, durante a exe cu;ao do estudo s6 eompaNceram 137
pacientes. Esse foi realizado em olto Undiades de Saude com pa'ticip;ao de olto enfermeiras e sete auxilia'es de en fermaJem e un auxiliar de servi;os medicos.
Amostra :
Como 0 Universo deste estudo foi pequeno, nao se previu amostra ; estu dou-se 0 total de pacientes com inca paeidades fisicas que procuravam as Unidades de Saude.
Coleta de DadOs :
Tee-COLLET, M.l.A. e Colaboradoras - Estudo sobre Pacientes de Hanseniase com lnca-ci dds Fisicas, ados Atraves de Tecnics Simples, Aplicadas por Pessoal de Enferma gem no Distrito Federal em 1979. Rev. Bras. Enf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.
nicas Simples de Prevengao e Trata mento de Incapacidades Fisicas or pes soal de Enfermagem de Nivel Locl."
( Anexo IV)
o Formulario n.o 2 - "Observagao
Dirta da Execugao de Teeicas Simples de Prevengao e Tratamento ds Incapa
�ldades Fisicas por pessoal de Enfer
magem." (Anexo V )
Tabulagio d e Dados :
Os dad03 foram tabulados manual mente nos quadros:
N.o 1 - Matriz sobre Aplicago de
Tecnicas Simples de preven�ao e rata mento de IncapaCidades Fisicas e esul tados Cliicos de sua Aplicagao.
N.o 2 - Tecnies Simpes Obeva
das, Freqiencia dos Elemenos que a Integram e Composigao Teenica das mesms.
Apresent�io e Analise dos Resultados :
QUDRO N.o 1 - "Caracteristicas Clinicas encontradas nos pacientes de
Haneniae, no inicio do estudo."
-Pode-se apreciar neste Quadro, um to
tal de 137 pacientes com incapacida des fisics que rcorreram as oito Uni dades de Saude incluidas no trabalho.
o fato de terem side excluidas tres
Unidades durante a execugao do estudo limitou alcangar 0 atendimento de 30 % d o indice lesperado de incapacidades fi
sieas, segundo noma. Alem dia, a
Unidade Inegrada de Saude, de Sobra
dinho, selecionou apenas alguns pacien tes pra a pesquisa. Obeve-se 41 % ( 137 ) de 333 pacientes espterados cm incapacidades fisicas e 0 percentual de
incapacidades alcangad o foi de a
nas 12 % .
Quno ao grau de incapcidade e
caracteristics clinic as encontrads nes
ses pacienbes, observa-se que 19 % sao
grau de incapacidade I, sendo que 0
P .S.G. II, H.R.B . e P.S.B. apresentaram
os percentuais mais altos. 60 % dos pa cientes tem grau de incapacidade II ;
destacando-se 0 P.S.N.B . , P.S.C., P .S .G. I
e UISS, onde todos tem est;� grau . 14 %
sao grau de incapcidade III, sen do que
o H.R.P. tem 41 % . Sem registro do grau
de incapacidade foram encontrados 7 % .
No que se refere as fors clinieas,
a Virchowiana apresnta 50 % , endo que 0 P.S.C. e P.S.B. possuem um maior percentual ( 6 0 % e 58 % ) , A forma D re presentou 1 % e 2 2 % dos pacientes saO da T, onde 0 H.RB., P .S.G. II e UISS tem mais de 50 % dos pacientes com esta forma. Os da I levelam 15 % . Os pacientes observados sao bastante apro ximados dos encontrados em estudbs clinic os anterim-es onde 50% correspon dem as fotas V e D, 25% a foma T e 25 % a forma I. 12 % dos pacientes incluidos nao em registro da forma cliica.
Quanto a evolugao da doenga, 1 2 %
dos pacientes tinham menos de dois
anos ; 34 % , de dois a cinco anos ; e 19 % ,
mais de cinco anos. No P.S.G. II obser
vou-se que, 67 % dos pacientes tem me nos de dois anos de evo!ugao da doenga;
o P.S.B. 37 % dos pacientes tem dois a
cinco anos; e, H.R.B. mais de 44 % dos
pacientes sao de mais d� cinco anos de
evolugao.
. Os Postos de Saude de Brasilia, Nu cleo B andeirante e Ceiiandia tem mais de 40 % sem registro deste dado.
o fato de 7 9 % de pacientes terem
grau de incapacidade I e II, associa
ds a 46 % de evolugao menos de cinco
anos, facilita a equipe de enfermagem
obter resultados satisfat6rtos na aplica
gao de tecnicas Simples, uma vez que os pacientes, com grau de incapacidade III
e com mais de cinco anos de evolu;ao,
se acredita ser mais dificil sua recupe
ragao.
QUDRO N.o 2 - "Tecnicas Simples
ApUcdas durante 0 estudo" - Assinala
COLLET. M.I.A. e Colaoraioras - studo sobre Pacientes de Hanseniase com Incapaci <lades fsicas, ads Atraves de Tecnics Simples, Aplicadas or Pessoal de Enferma gem no Distrito Federal em 1979. Rv. Bras. Enf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.
C A R A C r c HS T l C A S C L TN l C A S EN.C O N T R A ? . S N O l N T c r o V O E S T U V O
.� C S ?A C l E N H S D E iANS E li T A S E
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I
PAC lEN-GRAU Of V . 'CAPACI DADE rc�,'A C L TN I CA ANOS VE HOLU,�O
NOME
VA TES I I l I I I Scm V V T I S " 2 2 " 5 . S,
UNlVAVE A.�Vl VOS . R.giJtto R'o<A-.C 5 Rcg�'to
: : I I : I : I : : I I
H . R . P. 12 9 5 0 4 1 o . a 9 O . a 9 1 6 6 6 8 3 3 44 1 5
1 0 1
H. R. B. 7 2 9 7 1 0 . 0 0 . 0 1 4 0 . 0 1 5 1 I < I . 1 4 2 9 5 7 o . a
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P . S . G . I l 3 I C O 0 . 0 o . a 0 . 0 J J 0 .0 6 7 o . a o . a 6 7 3 3 o . a o. a
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P. S . G. 1 I 0 . 0 l l' O 0 . 0 O . C 1 00 0 . 0 o . a 0 . 0 ' o . a 0 . 0 0 . 0 1 0 0 O . a
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li-g l Po�.D d'. Stid� d e B-llWUW ; . - h I lh.idad. J ll teg tad. : . Su {i. d � Scb.�.Udtt: .
que aos 137 pac�entes que comparece ram as Unidades de Sauds, em llla me dia de cinco vezes ao ana ( concentra ;ao de a:tividades) , foram aplicadas 761
tecnicas simples, destacando-se 0 P.S. Brasilia, onde se executou mais de 50% destas tecnicas. 0 H.R.B. e UISS tam ben se destacaram na propor�ao de tec nicas executadas.
A media de tecnicas, por tratamen to obtido durante 0 estudo, foi 1 , 1 1 in dicando que, em cada paciente, e apli ca mais de u m a tecnica por tratamento.
o H.R.P., P.S.B. e UISS aplicaram uma tecnica e meia por pactente, 0 que
nao ocorreu com 0 P.S.NB. e P.S.G. I que aplicaram mais de duas por pacien teo Observa-se que, quanto menor e 0 numero de pacientes que recorrem a Unidade, menor e 0 numero de tecnicas aplicadas.
o indicador observado .considera-se ainda baixo, partindo do principia de que ;;ada paciente deve receber a edu ca;ao em saude e outra ( s) tecnica (s) , de acordo com as ne�essidades.
As tecnicas aplicadas foram : mas sag ens, exercicios, educa;ao em saude, orienta;.o na modifica;ao simples do cal;ado, aplia;aa de ferulas e
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ratados Atraves de Tecnicas Simples, Aplicadas por Pesoal de Enferma gem no Distrio Federal em 1979. Rev. 8rs. Enf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.gao de instrumentos de trabalho, sendo que
a
educa�ao em saude, lexercicios emassagens foram as tecnicas que mais
se lxecutaram.
adaptagao de instumentos de trabalho,
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izMis em mais de 50% por enfermeiras. No Hospital Regional de Brazlandia, massagens e aplicagao deferuJas, mais
de 60 % por auxiliares de Todasas
tecnicas, ex'tuando-sea
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COLET, M.I.A. e Colaordoras -studo sobre Pacientes de Hanseniase com Incaaci
dades is, ads Através de Técnicas Simples, Aplicadas or Pe50al de Enfena gem no Distrio Federal em 1979. Rev. Bs. Ef.; DF, 34 : 78-99, 1981.
enfermgem. N' P'st' de Saúde da mente nas Uidades P.S. Brsília, UIS,
Ceilândia, as técnics de asges e H.R.B. e P.S.G. lI.
exercici's f'ram feitas m mais de 50% Apenas 17% das técnicas f'ram su
pela auxiliar de enfermagm. pervisionadas. DesLe que exista m se
N' que se refere à f'rma c'm' f' guiment' mai'r n's pacientes com inca
ram desenv'lvidas as técnics, c'nsta pacidades fisLcas, este centual deve
teu-se que 83% f'ram ensinadas e/'u ser elevad'. O paciente precisa inc'rpo
aut'-elecutdas el' dente, special- rar s técnics aos seus hábitos da vida
COLLET, M.I;A. e Colaboradoras - Estudo sabre Pacientes de Hanseniase com Incapaci dades Fisicas, Tratdos Atr.ves de Tecnicas Simples, Aplicadas por Pessoal de Enferma gem no Distrito Federal em 1979. Rev . 6ras. Enf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.
diiria para alcangar uma nipida re cuperagao.
QUADRO N.O 3 - "Resultados Obti
dos da Aplicagao das Tecnicas Simples, nas Les6es Tratadas" - Esi= Quadro mostra as Ils6es mais comuns, ocasio nadas nos pacientes com incapacidades fi�icas e tratadas pelo pessoal de enfer
magem como : ulceras e les6es trauma ticas, deformidades lem flexao dos dedos
( garras m6veis) , reabsol'gao discreta, maos e pes caidos, conj untivites, anes tesia e outras, incluindo mao reacional
e
lagoftalmo. Pode-se observar que, em odas as Unidades, existeml pacilente3 com deformidade em flexao dos dedos,alcangando 68 % em relagao ao total. Em seis Unidades de Saude, usou-se arame de soldar, para medir 0 angulo
da d6formidade <em flexao dos dedos e
acompanhar a regressao das deformi dades.
ulceras e les6es traum.ticas apr'e sentam 1 8 % dos pacientes, sendo que,
2 1 % destes, correspondem ao posto de
Saude de Brasilia. 18 % dos pa,�ientes apresentaram les6es anestesicas, maos e pe.s, caidos 5 , 1 % . Observou-se que H.R.P., H.R.B. e UISS sao s Unidades que mais trata'am destas les6es.
As demais les6es nos pacientes nao alcanQar3�m; a 5 % .
Ao asscciarem -se as tecnicas de massagens, exercicios e educagao em saude, ao percentual mais alto de le
soes tratadas e, aesar de a edu cagao em saude apenas destacar-se no
P.S.B., evidencia-se uma relagao direta quanta ao tipo de tecnicas simples em pr'egadas e as les6es tratads .
Os resultados obtidos nas lesoes de pender am nao s6 da aplicagao das tec nicas simples como tambem de outros fatores. 0 estudo demonstrou que 51 %
ds paientes seguidos no periodo de
um ana melhoraram ; 23% se
manth,e-ram inal'terados ; 3 % pioraram e de 23 % nao se obteve registro deste dado.
49 % dos pacientes contaran. com apoio familiar e 54 % tomam os medica mentos de forma regular. Estes faores mereCram destaque, como influentes nos resultados obtidos. A hip6tese for mulada neste estudo foi comprovada, visto que existe uma rela;ao efetiva en tre as te�nicas aplicadas e a recupera-9ao de 51 % dos pac1eltes com as les6es fisicas j. descritas.
QUADRO N.o 4 - Apresenta as "Te�nicas Simples observadas pel as Pes quisadoras", dando enfase aos elemen tos que integmm a ativid<de, segundo a norma. Nota-se que, durante 0 estu do, as pesquisadoras puderam observar a execugao das t.ecnicas por enfermeiras eu auxiliares em 40 pacientes ( 30 % de 1 37 ) . 0 Modelo Normativo, Anexo n.o It!, utilizado durante a observagao, per mi'tiu destacar os elementos que inte gram a atividade; como se pode obser var, 0 total de vezes que 0 elemento se repete em quase todas as atividades nao se repete na proporgao esper'ada.
QUADRO N.o 5 Ie GRAFICO N.o 1
Apresentam a qualificagao tecnica das atividades realizadas. Os valores al cangados, segundo norma, observaram
se na maioria das Unidades, acima de 50 % , com excegao da aplicagao de feru
las. A Educagao em Saude foi observada pelas pesquisadoras em todas as Uni dades, porem nota-se um grande sub
registro desta a!tiv1dade na coleta de da
dos no acompanhamento pet6di.co feito
aos pacientes pelo pesoal ie enferma gem de nivel local.
A tecnica de massagens e adequada
em 63 % das Unidades ( 5) ; 0 mesmo nao
COLLET,
M.I.A. e Colaboradoras - Estudo sobre Pacientes de Hansenfase com Incapacidales Fisicas, Tratados Atraves de Tecnicas Simples, Aplicadas PO' Pessoal de Enferma
gem no Distrio Federal em 1979. Rev. Brs. nf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.
COLLET, M.l.A. e Colaboradoras - Estudo sobre Pacientes de Hanseniase com lncapaci
dades Fisicas, ratados Atraves de Tecnicas Simples, Aplicadas por Pessoal de Enferma
gem no Distrlto Federal em 1979. Rev. Bras. Enf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.
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As tecnicas de aplicagao de ferulas e as de adaptagao de istrumentos de trabalho sao deficientes nas Unidades onde se observa esta atividade.
A oriJentagao quanta t modificagao simples do calgado e adequada.
A composigao tecnica das ativida des, de acordo com a norma, nas suas tecnicas simples executadas indica que
apenas 50 % ( 3 ) se desenvolveram
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quadamente, sendo que 63 % das les6es tratadas cOr1espondiam a deformidades em flexao dos dedos ( garras movis ) . A tecnica dos exercicios se repercute, essencialmente, no tratamento destas les6es.
Conclusoes e Recomenda;oes:
De 333 pacientes esperados com in
Unida-COLET, M.l.A. e Colaboradoras - Estudo sobre Pacientes de Hanseniase com lncapaci dades Fisicas, ratados Atraves de Tecnicas Simples, Aplicadas por Pessoal de Enferma
gem no Distrito Federal em 1979. Rev. Bras. Enf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.
des de Saude de FHDF e UISS : em 73 % (88) destas Unidades, alcangou se apenas 12 % de pacientes com in !apacidades fisicas, pe'centual este, distan'te da norma.
Recomenda-se continuar c o m agoes especif.icas que permit am iden tificar, para fis assisteciais e ope
racionais, 0 real percentual de pa
cientes incapacitados.
- As caracteristicas clinicas encontra das ns pacientes sao bastante simi lares s de outros estudos medicos ; destaca-se que 79 % dos paoientes apresentam grau de incapacidade I e II e, em 46 % , a evolugao da doen ga e menor de 5 anos. Existe sub registro do grau de inca pac ida de e das caracteristicas .clinicas ds doen tes. Recomenda-se assegurar os re gistros desses dados, visto que seu conhecimento previo garante, j unto com outros fatores, medir, no futuro, os resultados das agoes de enferma gem aplicadas nesses pacientes. - As tecnicas simples executadas cor
respondem a masages, exercicios, educagao em saude, aplicagao de fe rulas de gesso, orientagao nas modi ficagoes simples do calgado e adap tagao de instrumentos de trabalho. A media de tecnica aplicada por ra
tameno foi de 1 . 1 1 . 'comenda-se
elevar este indice e desenvolver as outras tecnicas nao observadas nes te estudo, como, por exemplo : ag6s
de assistencia social ; tratamento
simplificado para os olhos I dar ais
importancia a adaptagao de instru mentos de trabalho.
Mats de 50 % ds tecnicas sim ples foram executadas pelas enfer meiras, exce'tuando duas Unidades de Saude. 83 % das tecnicas foram ansinadas e/ou auto-executadas pelo d o e n t e. Recomenda-se continuar mantendo esta assistencia, elevado tambem a participagao ativa do
au-xiliar e supervlslOnar 0 desenvolvi mento das tecnicas nos pacientes. - 51 % dos pacientes melhoram, sendo
que as ulceras e lesoes traumatics, j unto cn as deformidadJes em fle xao dos dedos (g-rras m6veis) , foram as lesOes que ais ocorreram. Nao obstante, a execugao da tecnica de exercicios compativeis Com as ativi dades apropriadas para seu tr'ata mento, apIicagao de ferulas, ad-pta gao de instrumentos de trabalho sao ainda deficientes.
Massagem, orientagao nas modi ficagOes simples do calgado e a edu cagao em saude eS'tao senda executa das com tecnicas adequadas. Reco mnda-se melhorar a asistencia, dB acordo com a norma das atividades tecnicamente deficientes e ao nivel de coordena;ao das atividades de !ontrols da Hanseniase no Distrito
Federal ; revisar 0 tio de treina
mento em tecnicas simPles de reabi utagao, a fim de fazer os aj ustes ne cessarios.
- Os resultados da apIicagao de tecni cas simples em pacientes com inca pacidades fisicas, acompanhados du rante um ano, sao efeJtivos. Reco menda-se para aqueles pacientes que
se mantiveram inaIterados e aqueles
dos quais nao foi registrado este dado, continuar dan do importancia ao acompanhlento do tratamento
e registrar 0 resultado da apIicagao
das tecnicas no periodo alcangado,
dado que 0 empo de recuperagao e
apenas uma variavel no tratamento das incapacidades.
- 0 indiie de concentragaa das tecni
cas simples aplicadas no tratamento de um paciente, associado ao tipo de lesoes a tratar, podera ser um indi cador que contribira, no futuro, pa
ra a melhoramento da assistencia e
para a capacitagao dos recurss de enfermagem nesta campo.
COLLET, M.I.A. e Colaboradoras - Estudo sobre Pacientes de Hansenfase com Incapaci dades Fisicas, Tratados Atraves de Tecnicas Simples, Aplicadas por Pssoal de Enferma
gem no Distrito Federal em 1979. !,ev. Bras. Enf. ; DF, 34 : 78-99, 1981.
da-se motivar a equipe de saude no tratamento das incapacidades fisicas dos pacientes d� Hanseniase e divul gar os resultados deste trabalho com a finalidade de despertar 0 interesse tecnico operacional nas areas ' que este estudo abrange.
ANEXO I
DEFINH;;.O DE TERMOS
- Tecnica Simples de Prev.n;io e Tra' tamento de Incapactdades Fisicas na Han �eniase :
Denomina-se Tecica Simples de Prevengao e Tratamento de Incapa cidades Fisicas por Hal�.niase aque
ls atividades como educacao em saude, massagens e exercicios ele mentares em maos e pes, modifica ;oes simples de :al;ados, adaptagao de instrumentos dJ� trabalho e apli ca·;ao de ferulas, atividades estas que nao precis am de material ou equipamentos de alta complexidade .
Educa;o m Saude :
Denomina-se educa;ao em saude, em Hanseniase, a atividade sistematica e dir'igida a pacientes e contatos com sua participa;ao, que a'anj e 0 es clarecimento do diagnostic o e a im portancia do tratamento, controle e aplica;ao de medidas higHlnicas e de prevengao para evitar pi�rda de sen sibilidade, traumatismo, queimadu ras, cortes, rachaduras, ulceragoes, feridas, bolhas, perda da mobilidade, anquiloses, retragoes, atr'ofias, impor tancia da aplica;ao de BOG e cuida dos com os olhos.
Massagem :
Denomina-se massagem a tecnica simples qie ten como obj etivo
man-ter a normal amplitude dos movi
mentos das articulagoes .
- - Exercicios Elementares :
Denominum-se e xercicios elementa res as tecnicas simples que tem como finalidade fortalecer a musculatura e sao ge�ecionadas de acordo com 0
tipo de lesao e grau de paresia e
paralisia.
-- Moditica;oes
Simples de Cal;ado :Denominam-se modifica;oes simples de cal;ado as adaptagoes como bar ras, suportes metarsianos, plantHhas, coxim para 0 area longitudinal , mol dado do calcanhar', COm 0 obj etivo de evitar hiperp1essao em det:mi nadas areas do pe e ulcera plantar.
- A dapta;io de lnstrumentos de Tra
balh
o
:Denomina-se adapta;ao de instru mentos de trabalho a 'tecnica sim ples feita para auxiliar 0 doente que sofre paralisia motora e transtornos sensoriais, os quais consistem Bm ca bos g rossos e lisos, forro de mate rial acolchoado, c abo de madeira com gancho de ferro, colher, caneca au tigela, luvas e outros, segundo a cria tividade para caso p articular.
Ferula Simples :
Denomina-se ferula simples 0 dispo sitivo ,:onfeccionado com material e
uso corrente, como bandagem de ges so, couro, tala de madeira e outros, aplicados segundo prescrigao medica com a finalidade de alcan;ar posic;ao funcional da regiao lesada.
- Pacientes com Incapacidades Fisicas :
Neste estudo denominam-se pacien
t€i3 com incapacidades fisicas 0 gu
l�ev. Bras. Enf. ; :
fisicas sem compromisso dermato16-gico maior e que podem ser recup= rados atraves d e tecni·:as simples.
Grau de Incapacidade Fisic) :
Denomina-se grau d e incapacidade
fisica 0 valor resultante da avalia;io
da incapacidade fisica do doente, conforme a ficha de Registro de In
capacidade e d e Revis6es Semestrais
de doente da Hanseniase .
- Resultado elinico de Aplicagio de
Tecnicas Simples :
Denomina-se resultado cUico de aplica;ao de tecnicas simples 0
efei-to alcan;ado no paciente, avaliado
ap6s aplica;io de tecni·:as simples
executadas PO' pessoal de. enferma
gem.
- A tiv'!dade de Enjermagem :
nomina-se atividade de enferma gem 0 conj unto de taxefas analgas, que visam ao cumprimento de ma fun;io de enfemagem.
QuaZida'de Tecnica da Atividade :
D=nomina-se qualidade tecica da
atividade 0 valo' resultante da com
para;ao da atividade realizada com a composi;io tecnica sistematica da mesma, segundo norma.
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COLLET,
dudes Fisicas, Trutados Atraves de Tecnicas Simples, Aplicadas por Pessoal M.I.A. e Colaboradoras - Estudo sobre Pacientes de Hansenfase com Incapacide Enferma
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ETAPAS va ESTUVO
PREPARO VA P R O J E T O
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E X E C U C�O V A C O L ETA VOS VAVOS
TA8ULAC�0 E A PR E S EN T A C � O VOS VAVOS
AN� L I SE V O S R E S U L TAVOS , C O N C L U
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E S T U V O VE E N F E R M A G E M
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NOE DA ECNICA
SPLES
Educgao em Saude
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ESUDO
DE
EFERMAGEM
MODELO NORATIVO
AIIDADES
DE
ECNICAS SIMPLES SOBE PEVEN
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TRATAMETO �AS INCAPACIDADES iSICAS
COPOSIQAO ECNICA DA ATIVIDADE SEGUNDO
NORMA
1 -Esclareciment o sobre a naturea e diagnostico da doeo;a.
2 - Importincia do tratamento e oontrole da mesma.
3 - Importancia da aplica;ao da
BCG.
4 - Medidas higienicas e de prevn
gao de incapacidades om enfae ns cuidados com mos. pes e olhos.
5 - Imortania do tratmento das
ncapacidades fisicas primaris. 6 - Vigildncia Epidemio16gica.
1 - Higienizagao de mas e pes.
2 - Lubrijicagao de acordo com a disponibilidade do material. 3 -Apoio sobre superficie f i r m e
(mesa, banco) .
4 -Deslizamento em sentdo proxi
mal-distal com movimentos len tos e firmes.
5 -Frequena de 10 a 15 vezes or
sessao e ate no mnimo de 3 ses soes ao dia.
6 - Ensino t paclente.
V LORES DOS ELEMENOS
QUE CPOEM S
ATIVIDADES
Valor Tota'l
12
12
Valor de cada Elemento
12
2
ANEXO III
OBSERVAQAO
o cmprimenD de
qualquer dos elemen s da atividade ten valor 12.
Sao contra-ndicads massagens em mos reacionais ou com l
Cera(ao.
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NOE DA ECN1CA SPLS
Exercicios
difi�o Simples de calgdo
COPOSIQAO CNICA DA
ATIVIDDE SEGUO NORA
1 - Movimentaqao, poslgao inicial,
contra.ao, manutengao, relaxa mento e repouso.
2 - Duragao 3 segundos em cada fase
(4) olizando 12 segundos para
cada exercicio.
3 - Frequencia de no miimo 3 vezes
o dia.
4 - Execuqao dos exercicios indicados conforme prescrigo (ver Manual de Prevenqao e Tr-tamento das Inc,pacidades Fisicas, Mediante Mediante Tecnicas Simp!es -DNDS - 1977 ) .
5 - Ensino a paciente.
1 - Orientqao obre higiene dos pes,
usa costane de meias, utiliza
go de calgado que ofere,ga oa protegao e maneira adequada de andar.
2 - Conscientizaqao do paciente so
bre 0 usa adequado de calgado,
de acordo com 0 material exis
tente na locaidade.
3 - Orientaqao sobre a prevengio de
presOes plantares medine uo
de plantilhas, coxis, barras, su
portes metatarsians mold ads do
calcanhar.
V LORES DOS ELMETOS
QUE COMP)EM AS ATIVIDADES Valor Tota'l 12 12
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NOME DA ECNICA SPLES
Adaptagao dos
Instrumentos
de Trabalho
Aplic�ao de
Ferulas
COPOSIQAO ECNICA DA ATIVIDDE SEGUNDO
NORMA
1 -Desenvolvimento
da criatividade
e
iniciativapara ada,ptar instru
mentos de trabalho e de vida
diaria.
2 - Demonstr;io
de como adaptar
os instrumentos.
--- --
-�-1 -- Aplica�io
segundo prescrigio me
dica e de acordo com a tecnica,
gesso, couro, talas, madeiras (ver
Manual de Preven�io e Trata - . mento das Incapacidades Fisicas, Mediante Tecnicas Simples -DNDS - 1977) .
2 - Orientaqio
sobre prevengao de
traumatismos, infecg6es e trans
tornos vasculares durante
0uso.
VALORES DOS ELEMENTOS QUE COMPoEM AS
ATIVIDADES ---.. � .--. .
--Valor Tota'l
12
12
Valor de cada Elemento
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OSERVAQAO
N,o
deve ser usado
apa.·elho de gesso em
ilceras secretantes
einfectadas e nos
ca-0S
de problemas vas
culares.
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ANEXO I V
ESTUOO
V E E N F E RMAGEMREOISTRO
DEAPLICAC�O
D E TE£ N I CASS IMPLES VE PREVENC�O
E T RATAM EHTO VE INCAPAC IDAVES F Ts I CAS PO R PESSOALDE ENFERMAGEM
V F . � 1 9 7 9
UN I VA VE DE SAOOE ____________________________________________ _
NOME
VO PA C ! ENTE R E G I S T RO NQ__________________ _
R
E
CUSO DESENVOLVlENTO VA rECN ICADATA r E C N I CA S I
-VOENTE
PLES APLICADA E,VF. AUX.
EiSIO
ATO-EXE
rECN I CACTAV: VIRIGIVA
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