Ações da Terapia Ocupacional no Sistema Único de Saúde
Kelly Ranyelle Alves Araujo
Terapeuta Ocupacional CREFITO 14931-TO
O que são os sistemas de saúde??
• Conjunto de atividades cujo propósito primário é promover, restaurar e manter a saúde de uma população.
(OMS, 2008)
• Objetivos:
– O alcance de um nível ótimo de saúde;
– Distribuído de forma equitativa;
– Garantia de uma proteção adequada dos riscos;
– Acolhimento humanizado aos usuários;
– Promoção de serviços seguros e efetivos.
(OMS, 2008)
Sistema Único de Saúde
• um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo.
• Amparado por um conceito ampliado de saúde
• Criado em 1988 pela Constituição Federal Brasileira.
Art 196- CF/88
‘’Saúde é um direito de todos e dever do Estado. ‘’
Fonte: Fonte: Dahlgren e Whitehead (1991)
Determinantes Sociais da Saúde
• O Sistema Único de Saúde (SUS) tendo sido regulamentado dois anos após a CF 88 com a promulgação das leis orgânicas da saúde:
– Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 (BRASIL,1990)
– Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990 BRASIL,1990)
O SUS...
“É constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde prestado por órgãos e instituições público federais, estaduais, municipais e, complementarmente por iniciativa privada que se vincule ao sistema’’
(BRASIL, 1990)
Princípios do SUS
DOUTRINÁRIOS ORGANIZATIVOS
-Universalidade -Hierarquização -Equidade -Participação social
-Integralidade -Descentralização - Igualdade - Regionalização
• A lei 8.080/90 descreve também os princípios e diretrizes do SUS.
Níveis de Atenção
Atenção Básica Ações de proteção e
prevenção
Média
Complexidade Procedimentos
especializados
Alta
Complexidade Procedimentos
alta tecnologia e alto custo.
(BRASIL, 2011)
Redes de Atenção a Saúde
(MENDES, 2011)
•Modelo Poliárquico:
Terapia Ocupacional
• O Terapeuta Ocupacional que atua desde a promoção da saúde até a reabilitação (BEIRÃO, 2010).
• Segundo De Carlo, 2001 a terapia ocupacional era “restrita e específica das profissões técnicas de reabilitação, centrada na patologia.”
• 1970 e 1980:
– a participação de profissionais da terapia ocupacional nas discussões políticas repercutiu na constituição de novas possibilidades de intervenção na área da saúde e em outros espaços.
• campo educacional e social, com práticas voltadas à população infantil, adolescentes, idosos, pessoas em restrição de liberdade, em projetos de inserção social e de luta por direitos de pessoas com deficiência.
Terapia Ocupacional e Políticas Públicas em Saúde
• Das 12.933 portarias publicadas pelo Ministério de Saúde no ano de 1998 a 2008, 51 faziam referência a Terapia Ocupacional (BEIRÃO, 2010).
(BEIRÃO, 2010) Distribuição dos programas / áreas do cuidado por ano de publicação da
portaria ( vigente) . Brasil, 1998- 2008
Média Complexidade
• Procedimentos especializados realizados por profissionais médicos, outros profissionais de nível superior e nível médio;
Profissionais especializados
Utilização de recursos tecnológicos, para o apoio diagnóstico e tratamento.
Procedimentos na Média complexidade
• Cirurgias ambulatoriais especializadas;
• Procedimentos tráumato-ortopédico;
• Ações especializadas em odontologia;
• Patologia clínica;
• Anatomopatologia e citopatologia;
• Radiodiagnóstico;
(BRASIL,2008)
• Exames ultra-sonográficos;
• Diagnose;
• Fisioterapia;
• Terapias especializadas;
• Próteses e órteses;
• Anestesia.
(BRASIL,2008)
Terapia Ocupacional na Média
Complexidade
• Média complexidade:
– Terapia Individual
• RN:
– Estimulação Precoce – Orientação aos pais
– Avaliação do desenvolvimento
• Adulto
– Reabilitação de mão
– Reabilitação psicossocial
– Acompanhante terapêutico.
– Reabilitação em Lesados medulares
• Idoso
– Sequelas de AVE
– Traumas ortopédicos
– Adaptações domiciliar ou de veículo
• Acompanhamento de paciente em reabilitação em comunicação alternativa.
• Paralisia Cerebral
• Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
• Síndrome do Encarceramento
• Acompanhamento neuropsicológico de paciente em reabilitação.
• Reabilitação Cognitiva
– Crianças, adultos e idosos
• Acompanhamento psicopedagógico de paciente em reabilitação.
• Dislexia
• Transtornos de coordenação motora e aprendizagem.
– Abordagem cognitiva comportamental do fumante.
– Acolhimento noturno de paciente de Centro de Atenção Psicossocial -CAPS.
– Acompanhamento não intensivo de paciente usuário de álcool e outras drogas.
– Tratamento em psiquiatria em hospital dia.
• Outras abordagens possíveis:
– Equoterapia
– Terapia de contensão induzida
– PediaSuit
Considerações Finais
• O Sistema Único de Saúde assim como a Terapia Ocupacional deve se adaptar as necessidades do sujeito de forma a atender suas demandas e estar em constante movimento em busca do respeito com a subjetividade do indivíduo.
• O Terapeuta Ocupacional, é um profissional indispensável nas equipes multidisciplinares por sua capacidade de pensar em contextos, subjetividade, funcionalidade e autonomia itens intrinsecamente relacionados a saúde.
Referências Bibliográficas
• COFITO. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Tabela do SUS de Procedimentos DA Terapia Ocupacional. Disponível em:
http://www.coffito.org.br/tabela_to.asp. Acesso em: 25 jun 2014
• BEIRÃO, Rafaela Oliveira Santos; ALVES, Cinthia Kalyne de Almeida. Terapia Ocupacional no Sus: Refletindo Sobre A Normatização Vigente/Occupational Therapy In Sus: Reflecting About The Effective Norms. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, v. 18, n. 3, 2010.
• ROCHA, Eucenir Fredini; PAIVA, Luzianne Feijó Alexandre; Dos Humildes Oliveira, Renata. Terapia ocupacional na Atenção Primária à Saúde: atribuições, ações e tecnologias/Occupational Therapy in Primary Health Care: responsibilities, actions, and technologies. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, v. 20, n. 3, 2012.
• MENDES, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde.Brasília: Organização Pan- Americana da Saúde, 2011.549 p.: il. ISBN: 978-85-7967-075-6
• DE CARLO, M.M.R.P; GOLLEGÃ, A.C.C; LUZO, M.C.M. Terapia Ocupacional:
princípios, recursos e perspectivas em reabilitação física. In: DE CARLO, M.M.R.P; BARTALOTTI, C. (org) Terapia Ocupacional no Brasil:
fundamentos e perspectivas. São Paulo, Plexus, 2001.
• BRASIL. Constituição da República Federativa do. Brasília, DF: Senado, 1988.
• BRASIL. Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/ pdf/LEI8080.pdf. Acesso em:
24 Jun 2014.
• BRASIL. Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Lei8142.pdf. Acesso em: . 24 Jun 2014
• BRASIL. Ministério da Saúde. Alta Complexidade. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/sas/mac/area.cfm?id_area=835. Acesso em: 24 Jun 2014.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Média Complexidade. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/sas/mac/default.cfm#. Acesso em : 24 Jun 2014
• BRASIL. Ministério da Saúde. Oftalmologia. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/sas/mac/ area.cfm?id_area=834. Acesso em: 24 Jun 2014.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política de Assistência Cardiovascular.
Disponível em: http:// p o r t a l . s a u d e . g o v . b r / p o r t a l / s a s / m a c /area.cfm?id_area=836 Acesso em : 24 Jun 2014.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Legislação.
Disponível em: http://p o r t a l . s a u d e . g o v. b r / p o r t a l / s a u d e / G e s t o r /visualizar_texto.cfm?idtxt=31025&janela=1. Acesso em: 24 Jun 2014.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Série Pactos Pela Saúde 2006, v.4.
Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
• BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde.Assistência de Média e Alta Complexidade no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2011.223 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011,4).
Obrigada!
kellyalves.unb@gmail.com
Prática dia A e B 17/03 C 18/03
• Em grupos, buscar a rede de Atenção da Média Complexidade nas regiões administrativas do DF.
GRUPO 1
1. Brasília 2. Lago Sul
3. Lago Norte
4. Candangolândia
5. Sudoeste/Octogonal 6. Cruzeiro
+ 1 entorno
Grupo 2
1. Brazlândia 2. Ceilândia 3. Samambaia
4. Riacho Fundo II 5. SIA
6. Jardim botanico + 1 entorno
Grupo 3
1. Sobradinho I e II 2. Planaltina
3. Paranoá 4. Itapoã 5. Varjão
6. São Sebastião + 1 entorno
Grupo 4
1. Taguatinga 2. Vicente Pires 3. Águas Claras
4. Recanto das Emas 5. Núcleo Bandeirante 6. Guará
+ 1 entorno
Grupo 5
1. Gama
2. Santa Maria
3. Riacho Fundo II 4. Park Way
5. Fercal
6. Estrutural + 1 entorno