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PROCESSO Nº TST-E-RR A C Ó R D Ã O SDI-1 CMB/cm

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Academic year: 2022

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(1)Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. A C Ó R D Ã O SDI-1 CMB/cm RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI Nº 13.015/2014. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. SUCESSIVIDADE DE TRANSFERÊNCIAS. PROVISORIEDADE. Para a definição da natureza das transferências devem ser observadas a sua duração e a sucessividade. Quanto ao critério temporal, consoante o disposto na Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 do TST, esta Corte, por construção jurisprudencial, tem compreendido como provisória aquela cuja duração não supere dois anos. A Egrégia Turma registrou que o autor foi contratado na cidade de Londrina, sendo transferido sucessivamente para Pinhais em 1999, São Paulo em 2003 e, finalmente, Curitiba, em abril de 2005, onde permaneceu até a rescisão contratual, ocorrida em 21/02/2011. Desse modo, ainda que algumas delas tenham perdurado por mais de dois anos, deve ser reconhecido o direito ao deferimento do respectivo adicional, em razão da sucessividade das transferências efetivadas (três durante o contrato de trabalho). Precedentes da SBDI-1 desta Corte. Recurso de embargos de que se conhece e a que se dá provimento. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos em Recurso de Revista n° TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084, em que é Embargante CLAUDINES DE OLIVEIRA e Embargado CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA. A Egrégia 1ª Turma deste Tribunal não conheceu do recurso de revista interposto pelo reclamante quanto aos temas: “adicional de transferência” e “equiparação salarial” (fls. 550/562). Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084.

(2) Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 O reclamante interpõe os presentes embargos, em que aponta contrariedade à Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 desta Corte, bem como indica dissenso pretoriano (fls. 564/570). O recurso foi admitido pelo Ministro Presidente da Turma julgadora, diante de possível divergência jurisprudencial (fls. 573/576). Impugnação apresentada às fls. 578/591. Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho, nos termos do artigo 83, § 2º, II, do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho. É o relatório. V O T O Presentes os pressupostos extrínsecos de admissibilidade, passo à análise dos pressupostos intrínsecos do recurso de embargos, que se rege pela Lei nº 13.015/2014, tendo em vista que o acórdão embargado foi publicado em 14/11/2014. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIAS - PROVISORIEDADE. TRANSFERÊNCIA. -. SUCESSIVIDADE. DE. CONHECIMENTO A Egrégia 1ª Turma não conheceu do recurso de revista do reclamante quanto ao tema em epígrafe. Consignou, para tanto, os seguintes fundamentos: “O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, no tema, negou provimento ao recurso ordinário do reclamado, entendendo indevido o pagamento do adicional pleiteado em função do caráter definitivo da transferência. Transcrevo os fundamentos: ‘RECURSO ORDINÁRIO DE CLAUDINES DE OLIVEIRA ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA Consta, da r. Sentença (fls. 362/363): ‘O reclamante alega, à fl. 04 da inicial, que foi contratado pela reclamada na cidade de Londrina, sendo transferido Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. fls.2.

(3) fls.3. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 unilateralmente em 1999 para a cidade de Pinhais. Em 2003, novamente foi transferido para a cidade de São Paulo e, em 2005, houve outra mudança de local de trabalho, agora para Curitiba/PR, onde atuou até o final do contrato, na data de 21/02/2011. Pugna, assim, pelo pagamento do adicional de transferência previsto no art.469, § 3º da CLT, com as repercussões nas demais parcelas trabalhistas (inicial - fls. 0506). Na contestação (fls. 112113), a reclamada afirma que: [1º] há previsão contratual para as transferências realizadas, o que afastaria o pagamento de adicional, nos termos do art. 469, parágrafo primeiro da CLT; e, por fim, [2º] as transferências seriam definitivas, pois o reclamante estaria residindo em Curitiba, mesmo depois de encerrado o pacto laboral. Analisa-se. Inicialmente, considerando a pronúncia da prescrição sobre as parcelas adquiridas até 18/04/2006, ficam prejudicadas as diferenças salariais decorrentes das transferências ocorridas nos anos de 1999 e 2003. Passo a analisar o pedido em relação a transferência para a cidade de Curitiba. É incontroverso nos autos que o reclamante veio para Curitiba em 2003 e aqui fixou residência desde então. Pois bem. De acordo com o artigo 469, § 3º, da CLT: ‘Em caso de necessidade do serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento), dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação’ (destaquei). Evidencia-se do texto acima mencionado (nas partes destacadas) que o direito ao adicional de transferência exige, peremptoriamente, a mudança provisória do local de prestação das atividades do empregado, ocorrida por necessidade do serviço. Tal entendimento decorre da própria lei, onde resta indicado ao final do § 3º do artigo 469, a assertiva ‘enquanto durar essa situação’. Assim, se considerarmos que o cerne da questão (o direito ao plus monetário) é a transferência provisória do empregado, entendes-e que, uma vez sendo o trabalhador transferido definitivamente para outra localidade, mesmo por necessidade do serviço, não terá direito ao respectivo adicional. Nessa linha de interpretação tem decidido o TST, conforme demonstra a redação da OJ nº 113 da SBDI1 (‘O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(4) fls.4. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória’). No caso dos autos, como adiantei, é evidente que a transferência do reclamante para Curitiba/PR, em 2003, tornou-se definitiva, porque aqui ele fixou residência até hoje (por quase uma década), ainda que tenha sido contratado na cidade de Londrina/PR. Improcede o pedido e suas repercussões.’ O Autor assevera que, no mínimo, a transferência para São Paulo deve ser considerada provisória. Pondera que as sucessivas transferências evidenciam o caráter de provisoriedade. Assevera que a prescrição aplicável é a parcial. Requer o deferimento do adicional de transferência, ou, sucessivamente, seja, no mínimo, deferido o adicional entre 2003 e 2005. Sem razão. O Autor foi contratado em Londrina, depois, transferido para Pinhais, em 1999; para São Paulo, em 2003, e para Curitiba, em abril de 2005. Esta E. Turma, revendo posicionamento anterior, passou a entender que o caráter provisório da transferência é pressuposto, indispensável, para o pagamento do referido, adicional. Neste particular, adotando-se critério objetivo, entende-se que, a transferência que perdura por cinco anos, ou mais, revela-se definitiva, afastando o direito à percepção do adicional de transferência (OJ nº 7, VII). Assim, como a última transferência ocorreu em abril de 2005 e Contrato de Trabalho encerrou-se em 21-02-2011, tem-se que a transferência perdurou por mais 5 anos, caracterizando-se, portanto, como definitiva.’ (grifo nosso) Destaco, na oportunidade e para melhor análise, trecho da decisão proferida pela Corte de origem quando do julgamento dos embargos de declaração opostos pelo Reclamante: ‘(...) ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA O Autor alega que esta E. Turma incorreu em omissão ao considerar que a transferência do Autor para Curitiba ocorreu em caráter definitivo, pois, em verdade ‘durante o contrato de trabalho, o Autor trabalhou em 4 localidades diversas, com intervalo de aproximadamente 5 anos entre cada uma delas’ (fl. 482) Assim, requer a manifestação expressa acerca do assunto, para fins de prequestionamento. Sem razão. Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(5) fls.5. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 Compulsando os Autos, noto que o v. Acórdão embargado (fls. 472/474) manifestou-se, expressamente, acerca da duração das transferências realizadas pelo Autor, em especial, quanto àquela que ocorreu no período imprescrito, ou seja, de São Paulo para Curitiba em abril de 2005, considerando, entretanto, que a mesma realizou-se em caráter definitivo. Assim, não há omissão a ser sanada, não havendo que falar-se, ainda, em provimento dos presentes Embargos Declaratórios para fins de prequestionamento, vez que a matéria já encontra-se ventilada nos Autos. REJEITO.’ Nas razões da revista, o reclamante sustenta que ‘Tendo em vista o quadro fático incontroverso, tem-se que a sucessividade das transferências implica no reconhecimento de sua natureza provisória.’ (fl.497). Indica contrariedade à OJ 113 da SDI-I/TST. Colaciona arestos. O recurso de revista não alcança conhecimento. De início, conforme noticia a decisão recorrida, observo que o reclamante ‘foi contratado em Londrina, depois, transferido para Pinhais, em 1999; para São Paulo, em 2003, e para Curitiba, em abril de 2005.’ (fl.475). Esta Corte pacificou a jurisprudência no sentido de que ‘o pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória’ (OJ 113/SDI-I do TST), predominando ainda, neste Tribunal, o entendimento de que a provisoriedade se configura tendo em conta dois elementos: a duração da transferência e o número de mudanças de residência a que submetido o empregado. Contudo, a tese esposada pelo Tribunal Regional, de que ‘a transferência que perdura por cinco anos, ou mais, revela-se definitiva, afastando o direito à percepção do adicional de transferência’ (fl.475). Nesse contexto, como o reclamante trabalhou por mais de cinco anos na cidade de Curitiba, local da última transferência, lá permanecendo até o término do contrato de trabalho, ocorrido em 21/02/2011, afasta-se a alegada provisoriedade da transferência, pressuposto apto a legitimar a percepção do respectivo adicional, a teor da Orientação Jurisprudencial mencionada. Nesse sentido, transcrevo precedentes desta Primeira Turma: ‘ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. PRESCRIÇÃO PARCIAL. TRANSFERÊNCIA. CARÁTER DEFINITIVO. ADICIONAL INDEVIDO. 1. A prescrição incidente sobre a pretensão relativa ao pagamento do adicional de transferência é parcial, porquanto renovada mês a mês a lesão, encontrando-se o direito postulado assegurado por preceito de lei. Hipótese em que a decisão proferida pela Corte regional guarda sintonia com o disposto na exceção da Súmula n.º 294 do Tribunal Superior do Trabalho. 2. Hipótese em que se faz incontroverso nos autos que a transferência perdurou por mais de dezesseis anos - entre janeiro de 1986 e a data da extinção do contrato de emprego, ocorrida em 11/10/2002 -, consoante se extrai dos termos do acórdão prolatado pela Corte regional e da petição inicial. 3. A jurisprudência desta Corte superior é iterativa no Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(6) fls.6. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 sentido de que, em regra, o transcurso de lapso temporal superior a dois anos autoriza presumir o caráter definitivo da transferência, mostrando-se irrelevante a discussão acerca da caracterização do exercício de cargo de confiança ou da existência de cláusula de transferibilidade no contrato de emprego. 4. De outro lado, a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais deste Tribunal Superior (SBDI-I), por meio da Orientação Jurisprudencial n.º 113, sedimentou entendimento no sentido de que o caráter provisório da transferência constitui requisito necessário para o deferimento do respectivo adicional. Restando evidente, na presente hipótese, o caráter definitivo da transferência da reclamante, não há como manter a condenação do reclamado ao pagamento do adicional em comento. 4. Recurso de revista parcialmente conhecido e provido’ (TST-RR-106600-54.2003.5.09.0005, Relator Ministro Lelio Bentes Corrêa, DEJT 15.03.2013). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. TRANSFERÊNCIA EM CARÁTER DEFINITIVO. ADICIONAL INDEVIDO. Consoante o entendimento sedimentado na segunda parte da Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho, o pressuposto legal apto a legitimar a percepção do adicional de transferência é o seu caráter provisório. Assim, reconhecido pelo Tribunal Regional o caráter definitivo da transferência do empregado, não é devido o adicional previsto no art. 469, § 3º, da CLT. Acrescente-se que a jurisprudência desta Corte Superior tem firmado o entendimento de que é indevido o adicional de transferência quando há permanência do empregado em localidade diversa por período superior a dois anos, como ocorreu na espécie. Precedentes. Incidência da Súmula nº 333 do TST e do art. 896, § 4º, da CLT. Decisão agravada que se mantém. Agravo de instrumento a que se nega provimento’ (TST-AIRR-103840-87.2000.5.04.0002, Relator Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT 20.08.2010). Não há que se falar, portanto, em contrariedade à OJ 113 da SDI-I/TST. De igual forma, tendo em vista as peculiaridades do caso concreto, os arestos colacionados às fls.497/499 são inservíveis ao cotejo, uma vez que inespecíficos, nos termos da Súmula 296/TST. Não conheço.” (fls. 552/556) O reclamante sustenta que é incontroversa a existência de diversas e sucessivas transferências durante o contrato de trabalho, o que implica o pagamento do adicional de transferência e reflexos, ainda que a última delas tenha perdurado por mais de três anos. Indica. Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(7) fls.7. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 contrariedade à Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 do TST. Transcreve arestos para o confronto de teses. A Egrégia 1ª Turma, após consignar que o reclamante “foi contratado em Londrina, depois, transferido para Pinhais, em 1999; para São Paulo, em 2003, e para Curitiba, em abril de 2005”, adotou tese no sentido de que, como o reclamante trabalhou por mais de cinco anos no local da última transferência e lá permaneceu até o término do contrato de trabalho, afasta-se a alegada provisoriedade da transferência, pressuposto apto a legitimar a percepção do respectivo adicional. Por sua vez, o aresto transcrito à fl. 566, oriundo da Egrégia SBDI-1, adota a seguinte tese: “RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496/2007. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. OJ Nº 113 DA SDI-1 DO TST. SUCESSIVIDADE. PROVISORIEDADE CONFIGURADA. A jurisprudência mais recente desta Subseção é no sentido de que a provisoriedade das transferências deve ser aferida com base na análise concomitante de dois fatores, quais sejam o tempo de duração e a sucessividade. Por conseguinte, se verificadas sucessivas transferências no período contratual, ainda que a última tenha durado mais de dois anos, caracteriza-se a provisoriedade. No presente caso, o acórdão regional transcrito no acórdão embargado registrou que o reclamante foi admitido em 1998, sendo transferido em julho de 1999, em junho de 200l e em agosto de 2001, permanecendo na última localidade até a rescisão contratual, em junho de 2005. Nesse contexto, não obstante a última transferência tenha perdurado por mais de três anos, ocorreram três transferências durante os sete anos de vigência do contrato de trabalho, ficando configurada a provisoriedade hábil a autorizar a concessão do adicional respectivo, não se vislumbrando contrariedade à OJ nº 113 desta Subseção. Por fim, os arestos trazidos a cotejo não autorizam o conhecimento dos embargos, porquanto inespecíficos à luz da Súmula nº 296, I, do TST. Os dois primeiros sequer cuidam de hipótese em que houve sucessividade nas transferências ocorridas no curso do contrato de trabalho. Já o terceiro aresto, em que pese mencionar no título da ementa a expressão -transferências sucessivas-, não resolveu a controvérsia sob tal enfoque, mas à luz da premissa fática expressamente registrada pelo Tribunal Regional de que a transferência realizada se deu -com ânimo definitivo-, aspecto subjetivo que não consta do acórdão ora embargado. Recurso de embargos não conhecido.”. Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(8) Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 Conheço. do. recurso. de. embargos. por. divergência. jurisprudencial. MÉRITO Cinge-se a controvérsia em definir se a sucessividade de transferências ao longo do contrato de trabalho caracteriza sua provisoriedade, independente do tempo em que perdurou a última delas, a fim de deferimento do respectivo adicional. Para a definição da natureza das transferências, devem ser observadas a sua duração e a sucessividade. Destaque-se que pouco importa que tenha ocorrido com a concordância do reclamante ou por força do contrato de trabalho ou em razão de promoção, pois nenhum desses fatores afeta o direito ao adicional. Quanto ao critério temporal, esta Corte já condiciona o direito ao adicional de transferência aos casos em que configurada a provisoriedade da mudança, nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1: “ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A TRANSFERÊNCIA SEJA PROVISÓRIA. O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória.” A jurisprudência deste Tribunal, alterando critério predominante anterior, considera definitiva a que possuir duração superior a 2 (dois) anos. Assim, o pressuposto para o recebimento do adicional é a provisoriedade da mudança de domicílio do empregado e foi estipulado, por construção jurisprudencial, em limite máximo de dois anos. Nesse sentido foi o seguinte julgamento da SBDI-1 desta Corte:. Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. fls.8.

(9) fls.9. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 “ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. ‘O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória’ (Orientação Jurisprudencial 113 da SDI-1 desta Corte). Recurso de Embargos de que se conhece e a que se dá provimento.” (E-RR-1988400-27.2003.5.09.0014, Relator Ministro: João Batista Brito Pereira, SBDI-1, DEJT 07/12/2012). A Egrégia Turma registrou que o autor foi contratado na cidade de Londrina, sendo transferido sucessivamente para Pinhais em 1999, São Paulo em 2003 e, finalmente, Curitiba, em abril de 2005, onde permaneceu até a rescisão contratual, ocorrida em 21/02/2011. Desse modo, ainda que algumas delas tenham perdurado por mais de dois anos, deve ser reconhecido o direito ao deferimento do respectivo adicional, em razão da sucessividade das transferências efetivadas (três durante o contrato de trabalho). Nesse sentido são os seguintes precedentes: “RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 11.496/2007. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARÁTER PROVISÓRIO. TRANSFERÊNCIAS SUCESSIVAS. ADICIONAL DEVIDO. 1. Esta Corte superior, por meio da Orientação Jurisprudencial n.º 113 desta SBDI-I, sedimentou entendimento no sentido de que o caráter provisório da transferência constitui requisito necessário para o deferimento do respectivo adicional. 2. A jurisprudência desta SBDI-1, a seu turno, fixou entendimento no sentido de que a ocorrência de transferências sucessivas importa o reconhecimento do seu caráter transitório, salvo na hipótese de transcurso de considerável lapso de tempo entre elas. 3. Encontra-se caracterizada, na presente hipótese, a sucessividade das transferências, justificando-se a incidência da Orientação Jurisprudencial n.º 113 da SBDI-I desta Corte superior. 4. Inviável, de outro lado, o conhecimento de embargos, por divergência jurisprudencial, quando inespecíficos os arestos colacionados, nos termos da Súmula n.º 296, I, do Tribunal Superior do Trabalho. 5. Recurso de embargos não conhecido.” (E-ED-RR-2552100-28.2002.5.12.0900, Redator Designado Ministro: Lelio Bentes Corrêa, SBDI-1, DEJT 09/03/2012); “RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496/2007. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. OJ Nº 113 DA SDI-1 DO TST. SUCESSIVIDADE. PROVISORIEDADE CONFIGURADA. A jurisprudência mais recente desta Subseção é no Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(10) fls.10. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 sentido de que a provisoriedade das transferências deve ser aferida com base na análise concomitante de dois fatores, quais sejam o tempo de duração e a sucessividade. Por conseguinte, se verificadas sucessivas transferências no período contratual, ainda que a última tenha durado mais de dois anos, caracteriza-se a provisoriedade. No presente caso, o acórdão regional transcrito no acórdão embargado registrou que o reclamante foi admitido em 1998, sendo transferido em julho de 1999, em junho de 200l e em agosto de 2001, permanecendo na última localidade até a rescisão contratual, em junho de 2005. Nesse contexto, não obstante a última transferência tenha perdurado por mais de três anos, ocorreram três transferências durante os sete anos de vigência do contrato de trabalho, ficando configurada a provisoriedade hábil a autorizar a concessão do adicional respectivo, não se vislumbrando contrariedade à OJ nº 113 desta Subseção. Por fim, os arestos trazidos a cotejo não autorizam o conhecimento dos embargos, porquanto inespecíficos à luz da Súmula nº 296, I, do TST. Os dois primeiros sequer cuidam de hipótese em que houve sucessividade nas transferências ocorridas no curso do contrato de trabalho. Já o terceiro aresto, em que pese mencionar no título da ementa a expressão -transferências sucessivas-, não resolveu a controvérsia sob tal enfoque, mas à luz da premissa fática expressamente registrada pelo Tribunal Regional de que a transferência realizada se deu -com ânimo definitivo-, aspecto subjetivo que não consta do acórdão ora embargado. Recurso de embargos não conhecido.” (E-RR-67200-08.2005.5.09.0023, Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, SBDI-1, DEJT 03/08/2012); “EMBARGOS REGIDOS PELA LEI Nº 11.496/2007. (...). ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 113 DA SBDI-1 DO TST. EMPREGADO TRANSFERIDO QUATRO VEZES, DURANTE O CONTRATO DE TRABALHO DE 11 ANOS, POR PERÍODOS DE UM, QUATRO, CINCO E DOIS ANOS. SUCESSIVIDADE. PROVISORIEDADE COMPROVADA. PAGAMENTO DEVIDO. De acordo com o posicionamento sedimentado nesta Corte superior, o adicional de transferência será devido quando a transferência for provisória, conforme se extrai do teor da Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1, que dispõe: -O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória-. Ademais, quanto à caracterização da provisoriedade, o entendimento predominante neste Tribunal é o de que essa se constata levando-se simultaneamente em consideração o tempo de contratação, o tempo de transferência e o número de mudanças de domicílio a que o empregado foi submetido. No caso em tela, verifica-se que a transferência se deu de forma provisória, tendo em vista o número de transferências e o tempo em que o reclamante permaneceu em cada localidade (1 ano, 4 anos, 5 anos e 2 anos) durante os 11 anos de contrato de Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(11) fls.11. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 trabalho, o que permite concluir, como fez a Turma julgadora, pela provisoriedade da transferência, estando a decisão, assim, em completa sintonia com o entendimento consolidado na Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 do TST, não havendo falar, portanto, em contrariedade ao seu teor, tampouco em caracterização de divergência de teses, posto que superada pela jurisprudência iterativa, notória e atual desta Corte uniformizadora. Embargos não conhecidos.” (E-ED-ED-RR-75000-20.2003.5.09.0068, Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, SBDI-1, 12/04/2013); “EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. DECISÃO EMBARGADA PUBLICADA NA VIGÊNCIA DA LEI 11.496/2007. (...). ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. TRANSFERÊNCIAS SUCESSIVAS. Esta e. Subseção vem decidindo no sentido de que o critério meramente temporal, porque circunstancial, não é suficiente para definir o caráter provisório da transferência para o pagamento do respectivo adicional. Outros são necessários, relativos às condições em que ocorreu o deslocamento: duração do contrato de trabalho, motivo da transferência, ânimo de permanência, sucessividade de transferências. No caso, o autor, durante os vinte e quatro anos de vigência do contrato de trabalho, foi transferido nove vezes. Essa grande quantidade de transferências ao longo da contratualidade permite afastar qualquer ânimo de permanência, pois ele estaria sempre a esperar o próximo deslocamento, independentemente do tempo em que permaneceu nas localidades em que prestou serviços. Nesse contexto, considerando-se o tempo de duração do contrato de trabalho e a sucessividade das transferências, conclui-se pela sua provisoriedade, nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 113 desta e. Subseção. Recurso de embargos provido.” (E-ED-RR-1296500-84.2004.5.09.0011, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, SBDI-1, DEJT 29/11/2013); “RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI 11.496/2007. (...). ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. SUCESSIVIDADE E PROVISORIEDADE. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 113DA SBDI. Destacou o Tribunal Regional, em acórdão reproduzido pela Turma, ter sido o autor contratado em Pato Branco-PR para laborar na cidade de Realeza-PR, sendo transferido para a cidade de Francisco Beltrão-PR em março de 1987, para Pranchita-PR em dezembro de 1992 (5 anos) e para Francisco Beltrão-PR em abril de 1995 (3 anos). O caráter da transferência, se provisória ou definitiva, é aferido levando-se em conta algumas variáveis, não bastando o exame de um único fator, como o tempo, mas, sim, a conjugação de ao menos três requisitos: o ânimo (provisório ou definitivo), a sucessividade de transferências e o tempo de duração. No caso concreto, resta evidenciada a provisoriedade das transferências, tendo em vista as sucessivas transferências ocorridas na vigência do contrato. Esta Subseção vem se posicionando reiteradamente pelo deferimento do adicional de transferência quando constatada sucessivas transferências no período Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(12) Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. PROCESSO Nº TST-E-RR-411-28.2011.5.09.0084 contratual, ainda que a última tenha perdurado por mais de dois anos, configurando-se, nesse caso, a transitoriedade das transferências, na forma da Orientação Jurisprudencial 113desta Subseção, que recomenda: -O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória-. Recurso de embargos não conhecido. (...).” (E-ED-RR-93600-69.2007.5.09.0094, Relator Ministro: Augusto César Leite de Carvalho, SBDI-1, DEJT 05/09/2014). Pelo exposto, dou provimento ao recurso de embargos para condenar o reclamado a pagar ao reclamante o adicional de transferência de 25% sobre as parcelas salariais, e reflexos, durante o período não prescrito. ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do recurso de embargos, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, dar-lhe provimento para condenar o reclamado a pagar ao reclamante o adicional de transferência de 25% sobre as parcelas salariais, e reflexos, durante o período não prescrito. Fica mantido o valor arbitrado à condenação para fins processuais. Brasília, 15 de outubro de 2015. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001). CLÁUDIO BRANDÃO Ministro Relator. Firmado por assinatura digital em 15/10/2015 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100107628BAEDBA7A9.. fls.12.

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