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PAPÉIS AVULSOS OPILIÕES DA "COLEÇÃO GOFFERJÉ" (OPILIONES: GONYLEPTIDAE, PHALANGODIDAE) 1

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(1)

Vol. 18, a r t . 10 18. I V . 1966

P A P É I S A V U L S O S

DO

D E P A R T A M E N T O D E ZOOLOGIA

SECRETARIA DA AGRICULTURA

-

SÃO PAULO - BRASIL

OPILIÕES D A "COLEÇÃO G O F F E R J É " ( O P I L I O N E S : G O N Y L E P T I D A E , P H A L A N G O D I D A E )

1

Continuando o estudo dos opiliões dos Estados do Paraná e Santa Catarina, Brasil, tivemos a oportunidade de encontrar novas formas qiie constituem o assunto desta nota. O material enviado gentilmente pelo Dr. Gofferjé é o seguinte:

Anigistripygiis unicus (Soares) L a n g e s i a z ~ n i c a Soares, 1945:195, 198, fig. 2.

1 $ e 1 9 . Praia Grande, Antonina, Paraná. S. I n ~ a g u i r e leg. XI. 1945.

Cndeadoius pnnigens Mello-Leitão C a d e a d o i u s p u n g e n s Mello-Leitão, 1936: 16, fig. 12.

2 $ $ e 1 9 . Marumbi, Paraná. S. Imaguire leg. XII. 1945.

Geraecormobins princeps (Piza) A n o n z a l o l e p t e s p r i n c e p s Piza, 1940:59, fig. 7.

2 $ $ e 2 9 9 . Laranjeira, Iguassú, Paraná. Coligido e m 111.1947.

1 $ e 1 0 , 11.0 E. 881 C. 1.344, no Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Mesma procedência acima.

I

Heliella siiigular8is Soares

H e l i e l l a s i n g u l a ~ i s Soares, 1945:278, figs. 1 e 1.".

1 3 . Marunlbi, Paraná. S. Imaguire leg. XII.1945.

1 . Trabalho elaborado n a 8 W a d e i r a d a Escola Nac:onal de Agro- nomia (Zoologia Agrícola), sob os auspícios do CNPq., apresentado ao I Congresso Brasileiro de Zoologia, e m 13.X.1960.

(2)

88 Departamento de Zoologia, São Paulo

5 $ $ e 3 O O . Marumbi, Paraná. S. Imaguire Ieg.

1 O . Castelhanos, Paraná. Gofferjé leg. IV.1947. No Depar- tamento de Zoologia , d a Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo (n." E. 859 C. 1.266).

Na série acima mencionada pudemos observar o seguinte nos tergitos livres I1 e 111: a fêmea apresenta no I1 forte espinho bifido, em vez de u m só, mediano, como no alótipo e outros exemplares por nós determinados (fig. 1 ) ; nos machos o tergito livre SI exibe uma apófise bífida mais longa do que a das fê-meas.

Ao tratar desta espécie, aproveitamos a oportunidade para anotar observacão que fizemos ao examinar dois machos e uma fêmea, procedentes da divisa entre os Estados do Paraná e d e Santa Catarina, pois num dos espécimes macho, o tergito livre I11 é dotado de pequeno espinho mediano.

De tôdas estas observações, mais uma vez nos convencemos da inseguranca dos caracteres fornecidos pelos tergitos livres para a separacão de gêneros.

Concluindo, ficará o gênero Heliella Soares com o seu conceito dilatado, passando a sua diagnose a ser a seguinte: Cômoro ocular com dois espinhos. Áreas I, I1 e IV inermes, I11 com dois espinhos. Área I inteira. Tergito livre I inerme, 11 com u m espinho ou apófise bífida (ambos mais robustos nos machos que nas fêmeas), 111 inerme ou com pequeno espinho mediano. Opér- culo anal dorsal e ventral inermes. F ê n ~ u r dos palpos inerme.

II'odos os tarsos de mais de 6 segmentos.

Ilhaia sulina Soares & Soares

Illzuia sulina Soares & Soares, 1947:210, 215, figs. 2, 2a e 3.

Por u m lapso foi omitido na descricão original, o colorido do exemplar que serviu de base para a descricáo da espécie acima referida. Damos, pois, a seguir, a descricáo do colorido: corpo castanho avermelhado, as granulacóes do escudo dorsal circundadas de castanho escuro. Palpos fulvo claro, manchados de escuro.

Patas I a 111 fulvas; IV castanhas com os metatarsos e tarsos fulvos.

Melloleitaniana Soares Melloleitaniana Soares, 1943:207.

Examinando vários exemplares das espécies Melloleitaniana curitibae Soares, 1943 (6 machos e 8, fêmeas) e Melloleitaninna pectinifenzur Soares & Soares, 1947 (4 machos e 7 fêmeas), pude- mos observar algumas variacões n a área IV, que pode ser inerme ou armada de um par de tubérculos no macho; na fêmea, pode se apresentar com um único tubérculo, com um espinho, ser inerme, ou ainda, ter um par de tubérculos ou espinhos.

H. Soares (1945: 209, 215) completava a diagnose genérica de Melloleitaniana. E m vista da variacão acima referida amplia- mos o conceito do gêmnero para: Cômoro ocular com dois espinhos ou tubérculos. Área I inteira. Áreas I e SI com u m par de tubérculos; SI1 com um tubérculo mamilar mediano, dando idéia de que é formado por dois tubérculos geminados, no macho; n a fêmea, com uni par de tubérculos separados ou geminados. Área :lV inerme, com um ou dois tubérculos no macho; na fêmea, inerme ou com um espinho mediano, ou com u m par de espinhos ou

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P a p é i s Avulsos, vol. 18, 1966 89

tubérculos. Tergito livre I inerme, ou com u m tubérculo ou espi- nho mediano. Tergitos livres I 1 e I11 no macho, com u m tubérculo;

na fêmea, com u m espinho, o do tergito livre I11 inais robusto.

Opérculo anal inerme. Tarsos I de 5 segmentos, os outros de mais de 6.

Melloleitariiaiia curitibae Soares

~Welloleitaniana curitibaie Soares, 1943:206, 207, fig. 2.

6 $ $ e 8 9 9 . Banhado, Piraquara, Paraná. K. Iinaguire col. X . 1946.

Melloleitaniana pectinifeiilur Soares & Soares

Melloleitaniana pectinifernur Soares & Soares, 1947:250, 253, figs.

2, 3.

3 $ $ e 5 9 9 . Florianópolis, Santa Satarina. Gofferjé c.01.

11.1947.

1 $ e 2 p . N.0 879 C. 1.342, no Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Floriano- polis, Santa Catarina. Gofferjé col. 11.1947.

Metagonyleptes cnrvisl)iiiosns (Mello-Leitão) N y g o l e p t e s c u r v i s p i n o s u s Mello-Leitão, 1935:389, fig. 17.

8 $ $ e 5 9 9 . Taió, Santa Catarina. Gofferjé leg. IX.1017.

2 $ $ e 2 9 9 . N:O E. 878 C. 1.341, n o Departamento de Zo- ologia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Taió.

Santa Catarina. Gofferjé leg. IX.1947.

Côinoro ocular com u m par de espinhos geminados Áreas I , I 1 e I V coin u m par de tubérculos, área I11 com elevacão me- diana provida de dois tubérculos Tergito livre I inerme, I 1 e I11 con1 espinho mediano F ê m u r dos palpos inerme Opérculo ailal ii-~erme Tamos I de 5 segnientos, os outros de mais de 6.

Genótipo: Pseudoacrogo7zyleptoides granulatus, sp. n.

Êste gênero d i f e r e , de Acrogonyleptoides Mello-Leitão (1931:

134) por apresentar o côinoro ocular com dois espinhos geminados.

Pse~ic%oacrogonyle~toides grannlatns, sp. n.

Fig. 2

Fêmea Comprimento 5,O m m Artículos tarsais. 5-9/ll-7-8 Borda anterior do cefalotórax com três pares de espinhos, dois geminados medianos, e u m par de cada lado, junto aos ângulos.

Cefalotórax densamente granuloso Cômoro ocul2r com u m p a r cle espinhos geminados, granuloso Áreas I, I1 e 1V com u m par de baixos tuberculos I e I1 densamente granulosas, I V con1 ci~ias filas de grânulos Área I11 com alta apófise mediana provida de uin par de tubérculos arredondados e granulosa Áreas laterais muito granulosas, com dois a três tuberculos de cada lado, na porção mais dilatada Tergito livre I inerine, coin urna fila d e

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90 Departamento de Zoologia, São Paulo

grânulos, os dois medianos pouco maiores. Tergitos livres I1 e 111 com uma fila de grânulos e u m espinho mediano, o do tergito 11, maior. Opérculo anal dorsal e ventral, granulosos. Palpos:

iêmures delgados, sem espinho apical interno; tíbias com 2-3 e tarsos com 2-2 espinhos inferiores. Fêmures I a I11 granulosos, I e I1 retos, I11 sub-retos. Patas IV: ancas granulosas, com pequeno espiiiho apical interno; trocânteres quase tão largos quão longos, granulosos; fêmures sub-retos, granulosos, com uma fila interna de pequeiios espiiihos espacados; patelas granulosas.

Colorido geral castanho fulvo. Palpos amarelos.

Holótipo: fGmea, na "Colecão Gofferjé". Banhado, Piiaquara, Estado do Paraná. Gofferjé col., V I I . 1947.

Sadocus catliarinenisis Mello-Leitão S a d o c u s catharinensis Mello-Leitão, 1923:152, 190, fig. 8.

1 $ . Joinville, Santa Catarina. Gofferjé leg. I11 .I947

Promitobates Iiatsclibaclii H. Soares

P r o m i t o b a t e s hatsclzbachi H. Soares, 1943:210, 219, figs. 4, 5, 6.

1 $

.

Banhado, Piraquara, Paraná. I. Imaguire leg. X . 1946.

Discocyrtias ningnicalcar (Roewer)

Bu~zopaichylus nzagnicnlcar Roewer, 1943:27, est. 3, fig. 20.

Fêmea. Alótipo. Coinprimento: 11,O mm. Artículos tarsais:

6

-

9-7-7.

Borda anterior do cefalotórax granulosa, bem como o cefalo- tórax. Cônioro ocular com u m par de pequenos tubérculos, gra- iiuloso. Áreas I e IV divididas. Áreas I, 11, IV e tergitos livres I a 111, inermes, granulosos. Área I11 com um par de baixos e grossos tubérculos arredondados, granulosa. Área V com uma fila de grossos grânulos. Áreas laterais' granulosas. Opérculo anal granuloso. Esternitos livres com uma fila de grânulos. Área estigmátic? pouco granulosa. Palpos: fêniures com espinho apical interno; tíbias com 4-4 e tarsos com 2-3 espinhos inferiores. Patas IV: ancas granulosas, com pequeno espinho apical interno; tro- cânteres, fêinures, patelas e tíbias graiiulosos, os fêmures leve- mente curvos, com dois grânulos maiores, submedianos internos.

Colorido geral castanho.

Alótipo: fêmea na "Coleção Gofferjé", Rio do Sul, Taió, Santa Catarina. Gofferjé leg. I X . 1947.

Parátipos: 1 $ e 2 9 9 . N.0 E . 877 C. 1.340, Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo.

Rio do Sul, Taió, Santa Catarina. Gofferjé leg. IX.1947.

2 $ 8 e 2 9 9 . Ilha Santa Catarina, Santa Catarina. Gofferjé leg. V I I . 1948.

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Papéis Avulsos, vol. 18, 1966

Figs.: 1, Heliella singularis Soares, 1945, 9 , tergito livre 11; 2, Pseudoa- crogonyleptoides g r a n u l a t u s , g. n. sp. n., 9 ; 3, D i s c o c y r t u s m a g n i c a l c a r (Roewer, 1943), alótipo 9 ; 4, E u s a r c u s a n t o n i n a e Mello-Leitão, 1936, alótipo 9 ; 5, G y n d o i d e s springnzanni Soares & Soares, 1947, alótipo 9 ;

6 , N e o p a c h y l u s s e r r i n h a Soares & Soares, 1947, alótipo 9 .

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92 D e p a r t a m e n t o d e Zoologia, São P a u i o

Discocyrtiis nioiirei (Soares) Paranaincola nzourei Soares, 1943:206, 211, fig. 5.

1 8. Banhado, Piraquara, Paraná. K. Imaguire leg. X.1946.

Eiisnrcus antoiiiiiae Mello-Leitão Fig. 4

E u s a r c u s antoninae Mello-Leitão, 1936:4, fig. 2.

Fêmea. Alótipo. Comprimento: 4,O mm. Artículos tôrsais:

6-7/8.6.6.

Borda anterior do cefalotórax coni pequena elevacáo mediana, lisa, apenas com quatro grânulos de cada lado. Cômoro ocular c0.m dois pequeilinos espinhos e alguns grânulos esparsos atrás dos mesmos. Cefalotórax com algumas granulacões e duas maiores, atrás do cômoro ocular. Área I dividida, inerme, irregularmente granulosa; I1 e IV inermes, menos granulosas que a I. Área I I I com um espinho mediano, pontiagudo, pouco inclinado, granulosa.

Área V e tergito livres I a I11 inermes, com uma 'fila de grânulos.

Áreas laterais. com duas filas de grânulos. Opérculo anai granu- loso. Esternitos livres com uma fila de grânulos. Área estigniá- tica com pouquíssimos grânulos. Ancas granulosas. Palpos: tro- cânteres com dois espinhos dorsais e dois ventrais; fêmures com u m tubérculo ventral, basal, e com espinho apical interno; tíbias com 4-5 e tarsos com 2-3 espinhos inferiores. Fêmures I sub-retos, I1 retos, I11 levemente curvos, granulosos. P a t a s ' I V : ancas granu- losas, com pequeno espinho externo, oblíquo; trocânteres mais longos que largos, granulosos; fêmures levemente curvos, granu- losos; patelas, tígias e metatarsos granulosos.

Colorido geral fulvo queimado, uniforme.

Alótipo: fêmea. Anhaia, Morretes, Paraná. Gofferjé col. VI1

.

1942.

Parátipos: 2 $ $ e 1 9 ; 1 9 n.O 241, na Colecão "H. Soares".

Mesma procedência do alótipo.

1 $

.

Graciosa, Morretes, Paraná. Gofferjé col. 111.1947.

Eusarcus perpusillus Mello-Leitão E z ~ s a r c u s perpusillus Mello-Leitão, 1945:155, fig. 19.

1 $ . Rio do Sul,' Taió, Santa Catarina. Gofferjé leg. IX.1947.

Gyiidoides spriiigiilaiini Soares & Soares Fig. 5

Gyndoides springntanni Soares & Soares, 1947:251, 255, figs. 4 e 5.

Fêmea. Alótipo. Comprimento: 5,l inm. Artículos tarsais:

6-11/12-7-7.

Borda anterior do cefalotórax com uma fila de grânulos e uma elevacáo mediaria. granulosa. Cômoro ocular alto,-com dois espi- nhos divergentes, granuloso. Cefelotórax liso, apenas com três grânulos atrás do cômoro ocular. Áreas I e IV divididas. Área I inerme, com uma fila de grânulos junto ao sulco I1 e alguns grâ- nulos esparsos na porcão mediana. Áreas I1 e IV inermes; 11,

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Papéis Avulsos, vol. 18, 1966 93

mais granulosa na porcão mediana; I V irregularmente granulosa.

Área I11 com um par de espinhos medianos, curvos, dirigidos para trás, granulosa. Área V, tergitos livres I a 111; esteinitos livres, inermes, com duas filas de grânulos, a anterior, de grânulos menores. Opérculo anal granuloso. Área estigmática e ancas com granulaçóes pilíferas. Áreas laterais com duas filas de grânulos.

Fêmures I e I1 retos; I11 levemente curvos. Palpos: trocânteres com um tubérculo setífero, apical, ventral; fêmures com um tubér- culo setífero, basal, ventral, e sem espinho apical interno; tíbias com 4-4 e tarsos com 2-4 espinhos inferiores. Patas I V : ancas com granulacóes pilíferas, cotn pequeno espinho apical externo, oblíquo, sem espinho apical interno; trocânteres mais longos que largos, com pequenas granulaçóes pilíferas; fêmures levemente curvos, com grânulos pilíferos, com uma fila externa de grânulos pouco maiores a partir do meio para o ápice; patelas e tíbias com granulaçóes pilíferas.

Colorido geral fulvo, marmorado de fusco, mais acentuado ilas áreas laterais, e a partir da área I V até os tergitos livres. Que- líceras castanho-avermelhada manchadas de escuro. Palpos e patas fulvos, levemente manchados de fusco. Espinho da área I11 de base castanho-negro e ápice fulvo.

Alótipo: femea, na "Coleção Gofferjé", Florianópolis, Santa Catarina. Gofferjé col. 11.1947.

Parátipos: 3 9 9 . Florianópolis, Santa Catarina. Gofferjé col. 11.1947 (Colecão Gofferjé), 2 $ $ e 2 9 O . N.0 E . 880 C. 1 . 3 4 3 no Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura do Es- tado de São Paulo. Ilha do Francês, Santa Catarina. Gofferjé col. VII.1948; 1 8 e 1 9 n.O 125 na "Colecão H. Soares" (mesma procedência e data do alótipo).

Guaraniticus lesserti Mello-Leitão Guaraniticus lesserti Mello-Leitão, 1933: 134, fig. 2.

1 $ e 5 9 9 . Sem procedência e sem coletor.

1 $ e 2 9 9. N.O E. 855 C. 1.255 no Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Serrinha, Paraná. Gofferjé col. V . 1948.

O fêmur da pata I V do macho apresenta espinho apical interno que não aparece na descricão do tipo, e há um ramo inferior a mais, na apófise apical externa da anca IV. A comparacão com o tipo não 110s foi possível, mas cremos tratar-se de Gz~aranztzczis lesserti M.-L.

Neol)achylus serriiiha Soares & Soares Fig 6

Neopachylus serrinha Soares & Soares, 1947:213, 222, 224, figs. 9 e 10.

Fêmea. Alótipo. Comprimento: 5,O mm. Artículos tarsais:

6-8-6-6.

Borda anterior do cefalotórax inerme, com elevacão mediana.

Cómoro ocular coin alto espinho mediano, ereto, e com pequeninos grânulos esparsos. Cefalotórax com poucos grânulos atrás do cómoro ocular. Áreas I e I V divididas. Áreas I e I1 inermes, irregularmente granulosas. Áreas I11 e I V com um par de baixos tubérculos, quase circulares, granulosas. Área V e tergitos livres

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94 Departamento dc Zoologia, São Paulo

I a I11 inermes, com uma fila de grânulos bem maiores que os do escudo dorsal Operculo anal granuloso Áreas laterais com uma fila de grânulos graúdos e polidos Esternitos livres com uma fila de minúsculos grânulos pilíferos Área estigmática e as ancas com poucas grânulacóes pilíferas Pdlpos trocânteres com elevacão dorsal granulosa, fêmures com espinho apical interno;

tíbias e tarsos com 3 4 espinhos inferiores Fêmures 1 sub-retos, I1 retos, I11 levemente curvos Patas IV ancas com grânulos pilíferos, com pequeno espinho apical externo, oblíquo, sem espinho apical interno; patelas e tíbias granulosas, com dupla fila ventral de pequenos espinhos, metatarsos granulosos

Colorido geral castanho, levemente marmorado de fusco; áreas I11 a V e tergitos livres I a 111 mais escuros que o resto do corpo.

Patas I a I11 de ftmures castanho amarelos, cujos ápices são mais escuros.

Alótipo: 1 9 . Rio Papagaios, Campo Largo. Paraná. Gofferjé col. IX ,1946.

51 $ 8 e '57 9 9 (mesma procedência e data do alótipo); 10

$ $ e 11 9 9 . Rincáo, Curitiba, Paraná. Gofferjé col. XI.1947.

Neopachylus taioensis, s p n.

Figs 10 e 11

Macho Comprimento 5,5 mm Artículos tarsais. 6 9/10-7-7.

F t n - ~ e a Comprimento 5 , l mm Artículos tarsais 5 9 7 7.

Macho Borda anterior do cefalotorax com minúsculas g r a i ~ u - lacóes Cefalot5rax finamente granuloso Cômoro ocular com altíssimo espinho mediano, fino e granuloso Áreas 1 e IV divi- didas Areas I e I1 inermes, irregularmente granulosas, com dois grânulos medianos pouco maiores que os demais Áreas I11 e I V com um par de tuberculos circulares, lisos, irregularmente granu- losas, área V com uma fila de grossos grdnulos, ovalados, lisos Tergitos livres I a I11 inermes, com uma fila de grossos grânulos.

Áreas laterais com duas filas de grânulos, a externa de grânulos maiores e com um tuberculo de cada lado, na parte mais dilatada.

Opérculo anal granuloso Esternitos livres com uma iila de minús- culos grânulos Palpos fêmures com espinho apical interno;

tíbias com 2-4 e tarsos com 2 2 espinhos inferiores Fêmures I a I11 densamente granulosos, I e I1 retos, I11 curvos Patas 1V:

ancas muito granulosas, com apofise apical externa provida de pequeno ramo apical posterior, e outro menor, basal, transverso, coin a extremidade dirigiaa para trás, e com apófise bífida, apical interna, trocânteres pouco mais longos que larg?s, muito grdnu- losos, com pequeno espinho basal, externo, com tres espinhos inter- nos, e com três grossos grânulos externos, fêmures quase retos, com uma fila ventral de espinhos, que quando vistos dorsalmente, dá a impressão da fila ser ínfero-interna, com uma fila externa de pequenos espinhos, com uma fila de espinhos dorsais, o mediano maior que os demais, dirigido para dentro, patelas e tibias com abundantes grânulos setiferos, as tibias, com dupla fila inferior de grânulos setiferos, semelhailtes a pequenos tubérculos

Colorido, fulvo, manchado de fusco nas áreas laterais, base das ancas 1V e cômoro ocular Patas fulvas, manchadas de escuro, com os fêmures I a I11 providos de um anel amarelo no terco basal FCmureç I V negros, com o terco apical fulvo claro

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P a p é i s Avulsos, vol. 18, 1966 95

Fêmea (Fig. 11).

Semelhante a o macho. O espinho do cômoio ccular é menor e mais fino. 4 área V com um par de grossos grânulos ovalados e uma fila de grânulos menores Patas IV: ancas granulosas, com pequeno espinho apical externo e sem espinho apical interno;

trocânteres granulosos; fêmures granulosos, sub-retos, com espi- nhos menores que no macho, porém com a mesma disposicão

Colorido castanho avermelhado, coiii as áreas laterais, cômoro ocular e os tubérculos das áreas I11 e IV, negros.

Holótipo: macho, na "Colecáo Gofferjé". Rio do Sul, Taió, Santa Catarina. Gofferjé col. IX 1947.

Alótipo: fêmea, na "Colecão Gofferjé"

Parátipos: 1 $ e 1 P N o E 876 C 1 339, no Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo;

1

a

e 2 9

o ,

na "Colecão Gofferje" (Mesma procedência e data do tipo)

4 forma aciixa descrita apresenta os tubérculos das áreas I11 e IV do escudo abdominal, circulares e lisos, como N e o p a c h y l z ~ s hellzcosus Roewer, 1913, mas difere desta pela armacão das patas IV e distribuicão dos grânulos no escudo dorsal

Biresa angulispiiiosis, sp. n.

Fig. 8 :

Macho. Comprimento: 3,5 mm. Artículos tarsais: 5-8-6-6.

Borda anterior do cefalotórax com pequei~a elevacão mediana, inerme. Cefalotórax liso. Área I dividida. Áreas I, 11, IV e V iiiermes; I com poucos grâriulos medianos; 11, IV e V, com uma fila de grânulos. Os ângulos da área V com um grosso tuberculo espiniforme. Áreas laterais com uma fila de grânulos, sendo os da parte mais dilatada, maiores e pontudos. Área 111 com um par de espiiihos, o da esquerda, não se desenvolveu, permanecendo num tubérculo rombo, e com uma fila irregular de grânulos. Ter- gitos livres I e I1 inermes, com uma fila de grânulos, e com uin espinho grosso de cada lado, nos ângulos. Tergito livre I11 com um tubérculo mediano, com uma fila de grossos grânulos, e sem os espinhos nos ângulos. Opérculo anal inerme, com grossas gra- iiulosas. Palpos: trocânteres com uni tubérculo ventral; fêmures com espinho apical interno; tíbias com 2-4 e tarsos com 2-3 espinhos inferiores. F'êinures I subretos, I1 retos, I11 curvos, com granu- lacões pilíferas. Patas IV: ancas com granulacóes pilíferas, com duas apófises apicais, uma externa, pontiaguda, outra, interna, pouco mais deigada e longa que a externa e levemente dirigida para trás;

trocânteres com granulacóes pilíferas ventralmente, com u m espi- nho apical ínfero-interno; femures pouco curvos, granulosos~ com uma fila externa de grânulos pontudos, o último; se transformando em espinho; patelas, tíbias e metatarsos com grânulos pilíferos, os inetatarsos com uma fila íiifero-ventral de weauenos tubérculos A L

pilíferos.

Colorido geral fulvo, ligeiramente sombreado de fusco, sendo o cefalotórax, área V e tergitos livres I a I11 mais sombreados que as demais partes do corpo.

Holótipo: macho, na "Colecáo Gofferjé". São José dos Pi- nhais, Paraná. Gofferjé col. I . 1950.

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96 Departamento de Zoologia, São Paulo

A forma acima descrita difere das outras sete já conhecidas.

por apresentar espinhos nos ângulos da área V e tergitos livres I e 11, espinhos êsses, ausentes nas demais espécies do gênero.

Prosontes brasiliensis, sp. n.

Fig. 10

Fêmea. Comprimento: 3,4 mm. Artículos tarsais. 4-5/6-5-5.

Borda anterior do cefalotórax com pequeninas grariulacóes, quase lisa. Cefalotórax pouco granuloso. Cômoro ocular inerme, granuloso. Área I dividida. Todas as áreas inermes, bem como os tergitos livres I a I11 e opérculo anal, pouco granulosos. A área V e os tergitos com uma fila de grânulos. Áreas laterais com duas filas de grânulos. Palpos: fêmures inermes, sem espi- nho apical interno; tíbias com 3-4 e tarsos com 3-3 espinhos infe- riores. Patas IV: ancas granulosas, com pequeno espinho apical externo, e sem espinho apical interno; trocânteres granulosos;

fêmures curvos, granulosos, com pequeno espinho apical externo;

patelas e tíbias granulosas.

Colorido geral fulvo; áreas do escudo dorsal manchadas de escuro.

Holótipo: fêmea, na "Colecão Gofferjé". Serrinha, Paraná.

Gofferjé col. V. 1948.

Parátipo: 'fêmea, n.0 E. 855 C. 1.253, no Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo.

Mesmos dados do holótipo.

Esta é a primeira espécie do gênero P r o s o n t e s Goodnight &

Goodnight, 1945, encontrada no Brasil. A outra, P r o s o n t e s phal- lates, foi descrita por Goodnight & Goodnight (1945: 6, 7, Eig.

14-16), de Colima, México.

O exemplar acima descrito, 5 primeira vista, passaria por Pl-ia- langodidae, dado o seu "facies" característico. Mas a presenca do pseudoníquio forca-o a ser colocado entre os Gonyleptzdae. Só difere do gênero P r o s o n t e s pela segmentacão tarsal das patas 11.

E m P . phallates, são 7 artículos. em P . braszliensis, 5/6, mas não vemos motivo para se criar um outro gSnero, pois a variacão da segmentacão tarsal nas patas I1 é muito grande, entre os Opiliones.

Pseudoacrographiiiotus, . . g. n.

Cômoro ocular com espinho mediano. Tôdas as áreas do escudo dorsal, bem como os tergitos livres I e 11, inermes. Tergito livre I11 com um espinho. Opérculo anal inerme. Fêmur dos palpos inerme. Tarsos I de 5 segmentos, I1 de mais de 6, I11 e IV de 6.

Genótipo: P s e u d o a c r o g r a p h i n o t u s sinzplex, sp n.

Êste gênero difere de Acrogl-aphinotus Roewer, 1929, pelo fato dos tarsos I11 e IV possuirem 6 segmentos, sendo que, i l c r o g r a - p h i n o t u s possui mais de 6.

Pseudoacrographinotus simples, sp. i?.

Fig. 12

Fêmea: Comprimento: 5,5 mm. Artículos tarsais: 5-8-6-6.

Borda anterior do cefalotórax, bem como êste, lisos. Cômoro ocular com pequeno espinho mediano, liso. Tôdas as áreas iner-

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Papéis Avulsos, vol. 18, 1966 97

Figs.: 7, Pucrolia pulcherrima, sp. n., 9 ; 8, Piresa angulispinosis, çp. n.,

$ ; 9, Prosoutes bvasiliensis, sp. n., p ; 10, Neopachylus taioensis, sp. n.,

$ ; 11, N. taioensis, sp. n., p ; 12, Psezedoac,royraphinotus simplex, g . n. sp. n., p .

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9e Departamento de Zoologia, São P a u l o

mes, com minúsculos grânulos medianos, visíveis sòmente com grande aumento, com exceçáo da área V, que tem uma fila de minúsculos grânulos pilíferos, bem como os tergitos livres I a 111.

Tergito livre I11 com pequeno espinho mediano. Opérculo anal com minúsculos grânulos. Esternitos livres com uma fila de pequeninos grânulos. Palpos: fêmures inermes, sem espinho apical interno; tíbias com 3-3 e tarsos com 2-4 espinhos inferiores.

Patas IV: ancas granulosas, com pequeno espinho apical externo e sem espinho apical interno; trocânteres mais longos que largos, granulosos; fêmures levemente curvos, com uma fila de pequenos espinhos ínfero-externos, grânulosos; patelas e tíbias com grânulos pilíferos. As patelas com dois espinhos pequenos, inferiores, api- cais: as tíbias, com dupla fila inferior de pequenos espinhos, os apicais, maiores.

Colorido geral fulvo, mais escuro nos bordos do corpo. Cefa- lotórax quase negro.

Holótipo: fêmea, na "Coleçáo Gofferjé". Graciosa, Morretes, Paraná. Gofferjé col. 111.1947.

Parátipo: fêmea, n.O E. 860 C. 1.275, 110 Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura do Estacio de S,áo Paulo.

Mesmos dados do holótipo.

Piicrolia ~)ulcherriiiia, sp. n.

Figs. 7, 13, 13a, 15

Macho. Coinpriil~ento: 4,5 mm. Artículos tarsais: 5-8-6-6.

Fêmea. Comprimento: 4,3 mm. Artículos tarsais: 5-5-6-6.

Macho. Borda anterior do cefalotórax lisa. Área I dividida.

Cefalotórax liso. Cômoro ocular com espinho med.iano, ereto e liso. Tôdas as áreas inermes; I e I1 com um par de pequenos grânulos; I11 coin curta fila mediana de quatro; IV com três; V, áreas laterais e tergitos livres I a 111, inermes, com uma fila de grânulos pilíferos. Palpos: fêmures com espinho apical interno;

tíbias com 2-4 e tarsos com 3-3 espinhos inferiores. Patas 11:

fêmures dilatados, com pequeníssimos grânulos; tíbias mais robus- tas que o normal, granulosas, com dupla série inferior de espinhos;

metatarsos curvos para cima, di-latando-se progressivamente, enor- memente, da base para o ápice, inferiormente muito granuloso, os grânulos com delicada e finíssima cerda no ápice. Patas IV:

ancas granulosas, com pequena apófise apical externa, pontiaguda, quase que dirigida para trás, e outra bem maior, apical interna, curva e com a extremidade curva para a face ventral; trocânteres mais longos que largos, com alguns grânulos dorsais, com uina apófise apical interna, bífida, com um dos ramos semelhante a u m grosso tubérculo, o outro ramo mais longo, curvo, com a extre- midade voltada para cima; fêmures sub-retos, grai?ulosos, coin uma fila externa de pequenos espinhos e mais uns apicais; patelas com espinhos; tíbias granulosas, com quatro espinhos dorsais, da base para o meio, e. uma dupla fila inferior de espinhos.

Colorido fulvo, levemente chagriné.

Fêmea. (Fig. 7 ) .

Semelhante ao macho. Patas IV: ancas com pequeno espicho apical externo, dirigido para trás, e sem espinho apical interno;

trocânteres sem apófises, com pequeno espinho apical interno;

fêmures iguais ao do macho; patelas e tíbias, granulosas, com dupla fila inferior de espinhos.

(13)

Papéis Avulsos, vol. 18, 1966 99

Colorido semelhante ao do macho.

Holótipo: macho n a "Coleçáo Gofferjé". Rincáo, Curitiba, Paraiiá.

Parátipos: 3 $ 8 e 4 9 9, n.O E. 856 C. 1.262, no Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo.

6 $ $ e 17 9 Q , n a "Coleçáo Gofferjé". Mesmos dados do holótipo.

Parátipo: 1 8, n.O E. 876 C. 1.345, no Departamento de Zoolo- gia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Rio do Sul, Taió, Santa Catarina. Gofferjé leg. IX.1947.

A forma acima descrita difere das demais do g ê n ~ r o , pela ilite- ressante dilatacão das patas 11.

Quitete marginata Mello-Leitão Fig. 17

Quitete m a ~ g i n a t a Mello-Leitão, 1936:10, fig. 7.

FGmea. Alótipo. Comprimento: 3,9 mm. Artículos tarsais:

5-6/S-6-6.

Borda anterior do cefalotórax com elevacão mediana, lisa. CÔ- moro ocular liso, com espinho mediano, ereto. Cefalotórax liso.

Área I dividida, com dois grânulos medianos, e mais u m à esquer- da; área I1 com poucos grânulos medianos, setíferos; área I11 com u m par de tubérculos e alguns grânulos esparsos; área IV inteira, coin uma fila mediana de grânulos setíferos. Áreas laterais com duas filas regulares de grânulos. Área V e tergitos livres I a I11 com uma fila de granulacóes, as medianas espiniformes. Tergito livre I11 coin espinho mediano. Opérculo anal pouco granuloso.

Esternitos livres com uma fila de pequeninos grâiiulos. Área estigmática quase lisa. Ancas com grânulos setíferos. Palpos:

trocanter com dois grânulos; fêmur com espinho apical interno;

tíbias e tarsos com 3-3 espinhos inferiores. Fêmures i sub-retos, I1 retos, 111 levemente curvos, gran'ulosos. Patas IV: ancas com grânulos setíferos, com pequeno espinho apical externo, oblíquo, e com espinho apical interno; trocânteres mais longos que largos, com três espinhos internos, um basal, um mediano e um apical, com grânulos setíferos; fêmures levemente curvos, com uma fila ínfero-externa de tubérculos; patelas e tíbias com dupla fila ventral de pequenos tubérculos, os apicais, maiores, e com grânulos setí- feros.

Colorido geral castanho claro, marniorado de escuro no cefalo- tórax, áreas laterais e áreas do escudo abdominal.

Alótipo: fêmea, na "Coleçáo Gofferjé". Florianópolis, Santa Catarina Gofferjé cal. V I . 1947.

Tricommatus fiilvus, sp. n.

Fig. 14

Fêmea. Comprimento: 3,5 mm. Artículos tarsais: 4-5-5-5.

Borda anterior do cefalotórax com uma elevacão mediana, u m dentículo entre âs quelíceras e dois pequenos grânulos espaçados

(14)

100 Departamento de Zoologia, São Paulo

Figs.: 13, Pucrolia pulcherrinzc~, sp. n., $ ; 13a, P . pulcherrinza, sp. n., $ , vista ventral do trocânter IV d a pata direita; 14, Tricom?nattls fulvus.

sp. n., 0 ; 15, P. pz~lclzerrima, sp. n., $ , p a t a I1 direita (tarso e m r t a - tarso vistos de perfil) ; 16, P s e ? ~ d o p a c h y l z ~ s exinzius (Mello-Leitão, 1936),

aiótipo ; 17, Quitete wzarginata Meiio-~eitáo, 1936, alótipo 0 .

(15)

Papéis Avulsos, vol. 18, 1966 101

e n t r e si, de cada lado. Cefalotórax com poucos grânulos a t r á s do cômoro ocular. Êste, dorsal, 'elevado, inerme e com alguns grânulos esparsos. Área I dividida. Tôdas a s áreas do escudo dorsal, tergltos livres I a 111, bem como o opérculo anal, inermes.

Áreas I a IV com raros grânulos pilíferos; V, com curta fila me- diana cle quatro grânulos. Áreas laterais e tergitos livres I a I11 com uma fila de pequenos grânulos pilíferos. Opérculo anal gra- nuloso. Palpos: trocanter com elevacão mediana, dorsal, provida de u m grânulo; fênlur granuloso, com espinho apical interno; tíbia com 4-4 e tarso com 2-2 espinhos inferiores. Fêmures I e I1 sub-retos, I com u m a fila longitudinal, ventral, de grânulos setí- feros; I11 curvos, granulosos. Esternitos livres com u m a i'ila de pequenos grânulos pilíferos. Estigmas traqueais visíveis. Área estigmática levemente granulosa. Ancas pouco granulosas, as 111, com u m a fila posterior de pequenos tubérculos que se encostam na porcão anterior das ancas IV. Patas IV: ancas com grânulos tuberculiformes, setíferos, com pequeno espinho apical externo, oblíquo, e sem espinho apical interno; trocânteres tão longos qiiã.0 largos, com alguns grânulos pilíferos; fêmures levemente curvos, com granulacóes pilíferas, com u m a fila externa de pequenos tubér- culos, fila esta que vai do ápice para a porção mediana do fêmur, e com espinho apical externo; patelas e tíbias com grâiiulos pilí- feros, estas com dois espinhos ventrais. '

Colorido fulvo: a s gatas, amarelo-claro.

Holótipo: fêmea, n a "Colecão Gofferjé". Serrinha, Paraná.

Gofferjé col. V . 1948.

A forma acima descrita é mais afim de Triconznzatus brasi- liensis Roewer, 1912, diferindo desta pela distribui'ção dos grânulos no escudo dorsal e pelo seu colorido.

Pseudopachylus esiinius (Mello-Leitão) Fig. 16

Caporiacoiz~s eximius Mello-Leitão, 1936:3, fig. 1.

Macho. Alótipo. Comprimento: 4,O mm. Artículos tarsais:

4-5/6-5-5.

Semelhante à fêmea. Área I inteira, inerme e lisa. Área I1 com u m tubérculo desenvolvido, do lado direito. Áreas I11 e IV com u m par de espinhos; V com u m par de tubérculos. Fêmures IV retos, muito longos (11,O m m ) .

Colorido semelhante ao da fêmea.

Alótipo: macho, n a "Colecão Gofferjé". Marumbi, Morretes, Paraná. K. Imaguire col. V I I I . 1946.

Parátipos do alótipo: n.O 264, na "Colecão H. Soares".

7 $2 $2, n a "Colecão Gofferjé". Marumbi, Morretes, Paraná.

K. Imaguire col. V I I I . 1946.

Mello-Leitão, ao descrever a espécie acima, refere-se ao exem- plar que serviu de base à descricão, como sendo macho. A série acima, veio mostrar que o macho possui a s patas muito mais longas, sendo o exemplar de Mello-Leitão, u m a fêmea.

Num dos machos, as áreas I e I1 são inermes, noutro, sòinente a área I o é. Nas fêmeas, em cinco exemplares, a área I é inerme, e em dois, as áreas I e I1 são inermes.

(16)

102 Departamento de Zoologia, São P a u l o

I n this papcr t h e authoress studies a lot of Brazilian Opiliones collected by Dr. Gofferjé in t h e S t a t e s of P a r a n á a n d S a n t a C a t a r i n a , Brasil. She gives a check-list of species ~ t u d i e d a n d describes t h e allotypes of D i s s o c y r t u s nzagnicalcar (Roewer, 1943), E u s a r c u s a n t o n i n a e Mello-Leitão, 1936, G y n d o i d e s s p r i n g m a n n i Soares & Soares, 1947, N e o - pochylus seri-inha Soares & Soares, 1947, Q u i t e t e m a r g i n a t a Mello-Leitão, 1936 (Gonyleptidae) ; P s e u d o p u c h y l u s e x i m i u s (Mello-Leitão, 1936) ( P h a - langodidae). She also dilates t h e concrpt of t h e g e n e r a Heliella Soares, 1945, a n d Melloleitaniana Soares, 1943, a n d completes t h e description of Ilhaia sulina Soares & Soares, 1947. The following g e n e r a a n d species a r e also de.scribed: Pseudoacrogonyleptoides, n. g., P s e i ~ d o a c r o g r a p h i n o - l u s , n. g., Pse7~doacrogonyleptoiães y r a n ? ~ l a t ~ . c s , n. ~ p . , N e o p a c h y l l ~ s taioensis, n. sp., Piresa angzilispinosis, n. sp., P ~ o s o n t e s bi-asiliensis, n. sp., Psetidoacrographi?zotus s i m p l e s , n. sp., Pucrolia pzilcherrima.

n. sp. (Gonyleptidae) a n d T r i c o m n z a t u s fulvus, n. sp., (Phalangodidae).

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