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OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I. (OPILIONES, GONYLEPTIDAE)

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(1)

Rev. Brasil. Biol., 34 ( 3 ) 353-36:;

1974 - Rio de Janeiro, G B

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I. (OPILIONES, GONYLEPTIDAE)

HELlA E.M. SOAKES

Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, SP CCom 14 figuras no texto)

Com o título acima iniciamos uma série de trabalhos sobre Opiliões da Região Neo-

1

trópica. Esta primeira nota se refere ao re-

I

sultado do estudo parcial de um lote de Opiliões do Brasil, coligidbs pelo Dr. Johann Becker, nos Estados da Guanabara, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. O material estudado se encontra no Museu Nacional, Rio de Janeiro, e, algumas dupli- catas, na coleção da autora. Agradecimen- tos são devidos aos Srs. Joel Gabriel da Rocha e Artamiro Mantovam, desenhista e taxidermista respectivamente do Depto. de Zoologia da Faculdade citada acima, pela elaboração de desenhos e preparação de ge- nitalias que ilustram o texto.

Familia Gonyleptidae

I Subfamilia Caelopyginae

1

Metarthrodes nigrigranulatus Roewer

Metarthrodes nigrigranulatus Roewer, 1913:

320-327, fig. 130; Soares & Soares, 1948: 569.

Alótipo O (fig. 1 ) . Artículos tarsais:

7-15/16-14/16-15/16.

1 Recebido para publicação a 7 de maio de 1974.

-

Borda anterior do cefalotórax com uma fila de grânulos pilíferos, obsoletos, e com elevação mediana provida de dois conesi- nhos. Cefalotórax com três grânulos atrás do cômoro ocular, que é liso, armado de um par de pequeninos tubérculos e com depres- sáo longitudinal mediana. Áreas I e I1 com um par de tubérculos; I com um grânulo ao lado do tubérculo direito, I1 com um grâ- nulo ao lado de cada tubérculo; área I11 com um par de espinhos rombos cuja base é di- latada em forma de ampola e com grânulos circundando-a. Áreas laterais, IV e tergito livre I com uma fila de grânulos, os das áreas laterais grossos; tergito livre I1 liso, I11 com uma fila de minúsculos grânulos pi- líferos. Opérculo anal com finos pêlos. Es- ternitos livres com uma fila de-granulozinhos obsoletos, pilíferos. Ancas I a I11 com uma fila de grânulos, IV ventralmente com poucos grânulos. Fêmures I a I11 retos.

Patas IV: ancas com dois espinhos apicais, o externo pouco maior que o interno; trocân- teres bem mais longos que largos, com dois pequenos tubérculos internos; fêmures sub- retos, cc.m minúsculos grânulos pilíferos, obsoletos dispostos em filas longitudinais, assim como nas patelas e tíbias.

(2)

HELIA E. M. SOARES MEDIDAS EM MILÍMETROS

Comprimento total do corpo: 6,5; largura docefalotórax: 3,O; largura do abdomen: 5,25.

Quelícera: 1." srgmeiito - 0,7.i; 2.11 segineiito - I,%.? S o t a1 3,O -

Pata I Pala I1 Pata 111 Pata I V Palpo

Colorido: corpo e apêndices amarelos.

Tubérculos do cômoro ocular e granulas do tergito livre I11 amarelos, as demais granu- lações, tubérculos e espinhos, negros. Anca IV com uma linha longitudinal lateral brúneo-escura. Opérculo anal dorsal com um par de manchas brancas de cada lado, a porção mediana quase negra; opérculo anal ventral com um par d e manchas menores de cada lado. Cefalotórax atrás do cômoro ocular, borda anterior da área I e borda pos- terior da área I11 com um par de manchas (as da área I alongadas, as da área I11 arre- dondadas) brancas. Borda anterior do cefa- lotórax, cômoro ocular, porção mediana das áreas I1 e 111, ápices das ancas I-IV e tro- cânteres 1-111 polvilhados de branco; trocân- teres IV com faixa transversal mediana pol- vilhada da mesma cor.

Alótipo e 2 8 6 , no Museu Nacional, Rio de Janeiro; parátipo O e 8

,

n.O 418 coleção H. Soares.

Procedência. Estado de São Paulo.

São José dos Barreiros, Serra da Bocaina.

O. A. Roppa 30. X . 1967.

O alótipo exibe um par de manchas brancas mais ou menos arredondadas no ce- falotórax e nas áreas I e 111. Roewer não mencionou manchas no exemplar que des- creveu. Um dos 6 (n.' 418) não possui mancha na área I e as manchas da área I11 são bem menores que nos demais exem- plares; um dos 8

,

apresenta mancha na área I somente de um dos lados, outro 8 não tem msnchas nessa área. Face a essas variaqõer

no colorido, não temos dúvida de que se trata da espécie de Roewer, uma vez que a armação das patas posteriores do macho é idêntica. O cefalotórax pode ter de 2 a 4 grânulos atrás do cômoro ocular. O parátipo O não possui espinho apical interno nas ancas IV.

Trocfiiitei

- - -

O,.i 0,í.i 1 , O 1 ,O 0,í.i

Subf amília Gonyleptinae ' Ilhaia incisa (Mello-Leitão)

' Arleius incisus Mello-Leitão, 1935a: 22,

fig. 15.

Ilhaia incisa, Soares & Soares, 1949: 187.

Bunoleptes a m a t u s Mello-Leitão, 1935b:

398, fig. 23; Soares & Soares, 1949: 161 (Nova sinonímia j .

u Geraecormobius cervicornis Mello-Leitão, 1940: 17, 22, fig. 21; Soares & Soares,

1949: 169 (Nova sinonímia).

FCmiii

- - -

4,í.i 12,s 0 , O I?,.-)

2,2í>

Ao estudar opilióes ocorrentes nos Es- tados do Rio de Janeiro e da Guanabara, mais particularmente os do gênero Ilhaia Roewer, 1913: 221, tivemos a oportunidade de ler as descrições e confrontar as figuras de algumas espécies que, até agora conside- radas boas, não passam de sinônimas. São elas Bunoleptes arnzatus Mello-Leitão, 1935, e Geraecormobius cervicornis Mello-Leitão, 1940, idênticas a Ilhaia incisa (Mello-Leit50, 1935). Bunoleptes Mello-Leitão, 1935 gêne- ro monotípico, desaparece, como sin6liin:o de Ilhaia. Quanto a Geraecomobius cerzi- cmris, foi naturalmente pôsto em Geraecor- mobius Holmberg, 1888, porque os tergitos livres rio inâcho foram considerados iner- Patela

-- -

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Total - - - - - - -

1.5,'7;>

:;7,63 27,O 24. ii

(j,7.5

(3)

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I 355

r

mes; realmente a presença de tubérculos aí é de apreciação difícil, mas a excelente fi- gura original desfaz qualquer dúvida a res- peito disso.

Convém aqui assinalar que há duas es- pécies de Geraecormobius, G. parvus Roewer, 1916: 133, fig. 30 e G. cheloides Mello-Leitão, 1940: 19, fig. 23, que, não obs- tante estarem em gênero diferente, parecem extremamente afins de Ilhaia incisa. Isto vem demonstrar a difícil apreciação de certos ca- racteres usados para separar gêneros. É: pos- sível que o exame dos tipos ou de séries de espécimens dessas duas formas nos levem a deslocar sua posição sistemática atual.

Note-se que a fêmea das três espécies referidas era até agora desconhecida. Des- creveremos a seguir o alótipo de Ilhaia in- L cisa.

A armação dos tergitos livres, muito mais difícil de apreciar no macho (o que poderia ter levado o autor a incluí-la em Geraecormobius, de tergitos inermes), é muito fácil de apreciar na fêmea, o que não nos permite mais duvidar de que esta últi- ma espécie se situa verdadeiramente no gê- nero Ilhaia.

Alótipo O (fig. 2 ) . Artículos tarsais:

6-11-7-8.

Borda anterior do cefalotórax com dois espinhos medianos, erectos, separados, e com dois outros dirigidos para diante, mais ro- bustos que os medianos, junto aos ângulos.

Cômoro ocular com dois altos espinhos pa- ralelos e com alguns grânulos atrás desses espirihos. Cefalotórax com algumas peque- nas granulações esparsas e dois grânulos maiores atrás do cômoro ocular. Areas I a

Metarthrodes nigrigranulatus Roewer, 1913. - Fig. 1: Alótipo 0 . Ilhaia incisa Mello-Leitão, 1935)

- Fig. 2: Alótipo O .

(4)

356 HELIA E. M. SOARES

1

111 com um par de tubérculos medianos, irre- gularmente granulosas. Áreas IV e tergito livre I com um par de tubérculos e uma fila de grânulos. Tergitos livres I1 e I11 com es- pinho mediano, com um a três espinhos me- nores ao lado do mediano e com duas filas de grânulos. Áreas laterais com três filas de grânulos, os marginais em sua porção mais dilatada tuberculiformes. Opérculo anal gra- nuloso. Esternitos livres com duas filas de grânulos pilíferos. Áreas estigrnática e ancas densamente granulosas, com as granulaçóes setíferas. Palpos: trocânteres com tubérculo

setífero ventral sub-basal; fèmures com fila ventral de pequenos grânulos setíferos e sem espinho apical interno; tíbias e tarsos com 2-2 espinhos inferiores. Patas IV: ancas com granulaçóes setíferas com pequeno tubér- culo apical externo oblíquo e com pequeno espinho apical interno; trocânteres granu- losos com três ângulos pontuados internos;

€$mures levemente curvos granulosos com fila de pequenos espinhos externos e com pe- queninos tubérculos internos no terc;o apical;

patelas e tíbias com grânulos pilíferos dis- postos em filas longitudinais.

MEDIDAS EM MILÍMETROS

Comprimento total do corpo: 7,O. Largura docefalotorax: 2,5; largura do abdomen: 5,25.

Metagonyleptes grandis Roewer, 1913 - Fig. 3: Pênis, vista dorsal; fig. 4: Pênis, vista ventral;

fig. 5: Pênis, vista lateral.

(5)

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I

1

357

Colorido: castanho-queimado com o ce- falotórax enegrecido. Trocânteres I - 111 amarelos IV fulvos manchados de escuro.

Tubérculos espinhos e grânulos do escudo quase negros com exceção dos grânulos tu- berculiformes das áreas laterais que são fulvos.

Alótipo 9 e parátipos 2 9 O

,

no Museu Nacional, Rio de Janeiro: $ e parátipo 9

,

n . O 381 coleção H. Soares.

Procedência. Estado da Guanabara, Rio de Janeiro, Corcovado. J. Becker 13. I . 1952.

Material estudado. 13 $ 8 e 5 P O

.

Estado do Rio Grande do Sul. Próximo de Caxias do Sul, Vila Olivia. J. Becker 18.

11.1949.

Os espécimes examinados exibem va- riações somente na área IV d o escudo dorsal, sendo os demais caracteres abso- lutamente constantes. Dois $ 6

,

apresen- tam essa área com um par de baixos tubér- culos (o da direita pouco mais desenvolvi- do); 6 $ 8 , com armação mediana ímpar (desde baixo tubérculo até tubérculo alto) ; 1 8 tendo a área inerme, com uma fila de grânulos grossos, exceto os dois medianos Metagonyleptes grandis Roewer

que são menores) ; 3 8 8 com dois grânulos

z' Metagonyleptes grandis Roewer, 1913: medianos pouco maiores que os demais;

208, 210, fig. 87; Soares & Soares, 1949: Y armação mediana ímpar; 1 9

192; H. Soares, 19.66b: 118. 119. com a área IV inerme.

k

MEDIDAS EM MILÍMETROS

I MACHO - Comprimento total do corpo: 11,O; largura do cefalotórax: 4,25; largura do abdomen: 9,75.

Tibia Pata I

Pai? I1 Pata I11 Pat:i I V Palpo

(2iielírei.n: 1.0 segrrieirto - 1,25; 2.0 scgmriito - 2,0 Total 3,'J.i

FÊMEA - Comprimento total do corpo: 14,25; largura do cefalotórax: 5,O; largura do abdomen: 8,5.

7 ,O 1,I.i 1,Z.j 2,O

1,O

Qiie!ícers: 1.0 segnieiito I , : > ; 3 c' segmeiito - - 2.0 Pênis - Comprimento total: 4,O mm. (figs. 3-5).

:;. 2.-)

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Pata I Pata I 1 Pala I I I Pata I V Palpo

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6,2.i 8,O 2,z.i Trocariter

1 ,O 1,23 1,;

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(6)

358 HELIA E. M. SOARES

-

Paragonyleptes auricola Mello-Leitão tergitos livres I1 e I11 com espinho mediano e uma fila de poucos grânulos. Opérculo

~aragonyleptes auricola Mello-Leitão, 1924: anal com granulações pilíferas. Esternitos

183, fig. 4; Soares Soares, 1949: 202. livres com uma fila de minúsculos grânulos Alótipo 8 (figs. 6, 7 ) .

Borda anterior do cefalotórax com um par de tubérculos medianos e mais um ou dois grânulos de cada lado próximos aos ângulos. Cômoro ocular com um par de espinhos, com depressão longitudinal me- diana e liso. Cefalotórax liso, com dois pe- queninos grânulos atrás do cômoro ocular.

Área I dividida; áreas I e I1 com um par de tubérculos e, de cada lado, uma granulação;

área 111 com um par de altos espinhos e, de um lado, uma granulação, e de outro duas. Áreas laterais com uma fila espaçada de poucos grânulos, os da porção mais dila- tada transformados em espinhos; área IV e tergito livre I com uma fila de grânulos;

pilíferos. Ancas irregularmente granulosas.

Todos os fêmures sub-retos. Tíbias e tarsos dos palpos com 2-2 espinhos inferiores.

Patas IV: ancas com forte apófise apical externa, oblíqua, recurva e com pequeno es- pinho apical interno; trocânteres mais lon- gos que largos, com dois dentes internos, um sub-basal e outro apical, com tubérculo he- misférico, dorsal, apical, além de poucos grânulos; fêmures subretos, com filas lon- gitudinais de grânulos, com fila dorsal lon- gitudinal de pequenos dentes, com apófise sub-basal, dorsal, curva para dentro, com fila longitudinal interna de dentes, pouco maiores no terço basal e , com espinho api- cal interno; patelas e tíbias com granulações pilíferas dispostas em filas longitudinais.

I Paragonyleptes auricola Mello-Leitão, 1924 - Fig. 6: Alótipo $ ; fig. 7: Alótipo 8, fêmur IV esquerdo, vista dorsal. Wygodzinskyia gratiosa, sp. n. - Fig. 8: Holótipo $ ; fig. 9: Holótipo 6, perfil do

I

cômoro ocular; fig. 10: Holótipo 8, perfil do espinho da área I11 do escudo dorsal; fig. 11: Holótipo 6, fêmur IV direito, vista ventral; fig. 12: Holótipo 8, tarso I direito.

(7)

360 HELIA E. M. SOARES mais próximos. Área estigmática com

poucas granulações. Todos os grânulos do corpo sustentam pêlos finos. Ancas muito granulosas, as granulações das ancas I e I1 maiores. Palpos: trocânteres com pequeno tubérculo mediano ventral; fêmures sem espinho apical interno e com dois grânulos ventrais, um adiante do outro; tarso es- querdo com 3-5 espinhos inferiores, direito e tíbias com 3-4. Fêmures I levemente cur- vos, granulosos; patelas, tíbias e metatarsos com minúsculos grânulos setíferos; o pri- meiro segmento basal dos tarsos I muito in- tumescido. Fêmures I1 retos, granulosos; I11 curvos, granulosos, com tubérculo apical externo; patelas e tíbias granulosas, com tubérculo apical externo; patelas e tíbias granulosas, com dupla seriação de tubér- culos setíferos ventrais. Patas IV: ancas com granulações pilíferas, com grossa apó- fise apical externa, relativamente curta,

oblíqua e sem espinho apical interno; tro- cânteres quase tão longos quão largos, mais granulosos ventralmente, com curta e larga apófise sub-apical, lateral, externa, leve- mente curva para cima e com dois grânulos internos; fêmures levemente curvos, robus- tos, com granulações pilíferas, com seis espi- nhos dorsais de vários tamanhos dispostos em fila longitudinal, com duas filas longitu- dinais de tubérculos e espinhos (uma ínfero- externa e outra ínfero-interna), n a fila ín- fero-interna sobressaem dois espinhos sub- apicais fortes, o último mais curvo para cima (o fêmur direito possui mais u m espinho ín- fero-interno, forte, sub-mediano); patelas, tíbias e metatarsos com grânulos pilíferos dispostos em filas longitudinais, os grânulos dos metatarsos menores que os das patelas e tíbias, todos com dupla seriação de tubér- culos ventrais, e as tíbias com dois espinhos apicais ventrais.

MEDIDAS EM MILÍMETROS

Quelícera: 1." segmento - 0,s; 2 . O segmerito -- 1,O Pênis - Comprimento total: 2,1 mm, figs. 13-14.

Comprimento total do corpo: 5,O. Largura do cefalotórax: 2,45; largura do abdomen: 4,O.

Total 1,s

Colorido: fulvo enegrecido no dorso. Holótipo 8

,

no Museu Nacional, Rio de Quelíceras, palpos e patas I - I11 amarelos Janeiro.

P a t a I P a t a I1 P a t a I11 P a t a I Y Palpo

manchados de negro. Grânulos da borda an- terior do cefalotórax amarelos. Borda mar- ginal das áreas laterais amarela. Patas IV:

ancas fulvas muito manchadas de negro;

Tíhia

],o 1,s 1,-18 l,75 0.8

Procedência. Estado do Rio de Janeiro, Teresópolis, Parque Nacional da Serra dos Órgãos. J. Becker 28/30 .VIII. 1957.

Tioc.?iiter

O, 4 O, 5 0, 3 O, :>

apófise apical das ancas, trocânteres e fê- Como a espécie ora descrita exibe arma- mures castanho-avermelhados; patelas e ti- ção ímpar na área I11 do escudo dorsal, a bias amarelo-enegrecidas e metatarsos ama- primeira impressão causada é de que seja do relos. Granulações do escudo dorsal escu- gênero Therezopolis Mello-Leitão, 1923, mas ras, as dos tergitos livres fulvas. cuja segmentação tarsal é diferente,

.

FPmui

1, í

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?,?.i 1,0

Totn!

7.93 2.2,j 5 , . 3 10,75

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.i, I . )

l j 2 , j 1,55 2,O 3,1?.i

- Patela

O, 3 1,0 1.0 1,85 O, 3

1 , 2 i 1,;

0,6 1

,o

0,7.j

(8)

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I 359

MEDIDAS EM MILÍMETROS

Comprimento total do corpo: 6,5; largura docefalotórax: 3,5; largura do abdomen: 6,O.

Quelicera: 1.0 segmento - 1,0: 2.0 segmento - - 1,l.j Total 2,1T,

Colorido: castanho-oliváceo. Áreas late- rais, área IV e tergitos livres manchados de negro. Espinhos do cômoro ocular, tubércu- los da borda anterior do cefalotórax, tubér- culos das áreas I e 11, ápices dos espinhos das áreas 111, espinhos das áreas laterais e ter- gitos livres I1 e 111, bem como os grânulos

I do escudo dorsal amarelos.

Alótipo 8 e O

,

no Museu Nacional, Rio de Janeiro.

Pata I Pata I1 Pata I11 Pata I\- Palpo

Procedência. Estado da Guanabara, Rio de Janeiro, Taquara (na mata em tronco de árvore caída). J. Becker 22.1X.1963;

O , no mesmo Museu acima, Rio de Janeiro, Sopé E da Pedra da Gávea. J. Becker, H.

Schubart 2. VI1 .1963; O no mesmo Museu e 1 O , n . O 403 coleção H. Soares. Rio de Ja- neiro, Paineiras. J . Becker 19. XII .1954.

Na descrição do alótipo abstivemo-nos de dar a segmentação taraal do exemplar examinado, em vista do mesmo ser jovem, mas não tanto que não nos permitisse a iden- tificação; sofreu ecdise recente e a quitina ainda está mole.

O exemplar que serviu de base para Mello-Leitão descrever a espécie, é uma fêmea e, não, macho como afirmou o autor.

No macho o fêmur dos palpos apresenta-se

3 inerme.

Total

1.5,O 30,O 2O,:>

27,3 '7,l.j Tíbia

2,75 6,O 3,5 5,O 1,6 Trocbriter

O,7.5 4 0 1,25 1,; O, 5

1

Wygodzinaskyia gratiosa, sp. n.

I

(Figs. 8-14)

1

8

.

Artículos tarsais: 4-6-6-6.

Me! atarso

4, í, S,3.5 6,?,5 8,.í

--

Fêmur

3,,í 7,i.i 5,25 7,0 2,1!5

as quelíceras e, com elevação mediana gra- nulosa. Cômoro ocular granuloso, com alto cone terminando em apófise grossa e romba, dirigida para cima. Cefalotórax irregular- mente granuloso. Área I dividida. Áreas I a I11 e as laterais granulosas, I menos granulo- sas que I1 e 111; I e I1 inermes, I11 com alto espinho mediano curvo para trás; IV inerme com duas filas de grânulos, a anterior inter- rompida no meio. Tergitos livres inermes

Tarso

2,Y.í

- -

*a,.>

ZJfj 3,,i 1,4 Patela

--

I 11,"- 1, t .) 2,O 1,;

com uma fila de grânulos maiores que os do escudo dorsal. Opérculo anal granuloso. Es- ternitos livres com uma fila de grânulos es- paçados, a fila do 6 . O esternito com grânulos

Borda anterior do cefalotórax com cinco Wygodzinskyia gratiosa, sp. n. - Fig. 13: Ho- lótipo 8, pênis, vista dorsal; fig. 14: Holótipo 8 , tubérculos de cada lado, com dentículo entre pênis, vista lateral,

(9)

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I 361

4/5-7-7-7. A julgar por este caráter, entra REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

perfeitamente em Wygodxinskyia Soares et

MELLO-LEITÃO, C. F. DE, 1924: Quelques arachnides

Soares, 1945, que possui a seguinte fórmula

nouveaux du Brésil. Ann. Soc. Ent. Francu,

tarsal: macho 4-6-6-6; fêmea 5-6-6-6. 93: 197-187.

Distingue-se facilmente de W. viridior- nata Soares et Soares, 1945: 340, fig. 1, entre outros, pelos seguintes caracteres: o espinho mediano da área I1 não é bífido; o cômoro ocular está situado no meio do cefalotórax, tem a forma de um volumoso cone cujo ápice termina em apófise grossa e romba, dirigida para cima; há na borda anterior do cefalotórax larga proeminência mediana, ar- mação das patas posteriores e colorido muito diferentes.

? SUMMARY

L

A small lot of Opiliones of the family

I Gonyleptidae are studied. The female allotype of Metarthrodes nigrigranulatus Roewer, 1913 (subfamily Caelopyginae)

,

Wygodzinskyia gratiosa, n. sp., the female allotype of Ilhaia incisa (Mello-Leitão, 1935, and the male allotype of Paragonyleptes auricola Mello-Leitão, 1924 are described.

Bunoleptes Mello-Leitão, 1935 is considered synonymous with Ilhaia Roewer, 1913.

Bunoleptes armatus Mello-Leitão, 1935, and Geraecormobius cervicornis Mello-Leitão, 1940, are considered synonymous with Ilhaia incisa (Mello-Leitão, 1935). A variability of the armature on the fourth area of the dorsal scute of Metagonyleptes grandis Roewer, 1913, is pointed out, and the male genitalia of this species is figured (subfamily Gony- leptinae)

.

MELLO-LEITÃO, C. F. DE, 1935a, Alguns novos opiliões do Estado de São Paulo e do Distrito Federal.

Arq. Musc. Nac. Rio de Janeiro, 36 (1934) : 9-37.

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31 figs.

MELLO-LEITÃO C. F. DE, 1940, Sete gêneros e vinte e oito sepscies de Gonyleptidae. Arq. Zool. Est.

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ROEWER, C. FR., 1916, 52 neue Opilioniden. Ibidem, 82A (2): 90-158.

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Referências

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