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1º do Código Civil brasileiro, CCb: CCb, Art

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SUJEITO DO NEGÓCIO JURÍDICO

Você já estudou o que é um negócio jurídico, ou seja, um acordo de vontades entre dois ou mais sujeitos, cuja declaração de vontades pode produzir efeitos jurídicos. Também já estudou que existem requisitos de validade para tais negócios, sendo que um deles é a existência de “agente capaz”. Pois bem, agora é hora de estudar quem são os tais “sujeitos”, os “agentes capazes”. Eles podem ser tanto as pessoas físicas quanto as pessoas jurídicas. Neste material será estudada a pessoa física.

1. As pessoas físicas

Os sujeitos de direito são as pessoas, físicas ou jurídicas, que podem participar de relações jurídicas e, portanto, de negócios jurídicos, conforme determina o art. 1º do Código Civil brasileiro, CCb:

CCb, Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Neste material será estudada a pessoa física, bem como toda a legislação que a ela está relacionada e que seja relevante para a área de negócios imobiliários.

A pessoa física, ou pessoa natural, é todo o ser humano, nascido com vida. Não importa, neste caso, se o recém-nascido tenha vida viável pois, conforme determina o art. 2º do CCb:

CCb, Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

Da redação deste artigo devem ser examinados dois outros conteúdos, quais sejam, o conceito amplo de personalidade e a noção de nascituro.

Por nascituro entenda-se aquele que ainda está para nascer, em processo de gestação. O legislador dedicou especial atenção a esta situação pois, em várias situações, é possível que os efeitos jurídicos de uma determinada situação possam ser modificados em razão do nascimento, com vida, de uma pessoa. É o que acontece,

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por exemplo, quando um homem falece e sua esposa está grávida. Por determinação legal, presume-se que o pai daquele nascituro seja o marido da mãe e, por conta disso, se o nascituro nascer vivo, ele será o herdeiro do patrimônio do pai. Ao contrário, caso ele não nasça vivo, o patrimônio do pai terá outro destino, dependendo do regime de bens adotado no casamento, assunto este que não será tratado neste texto. É possível observar, então, que a proteção jurídica do nascituro tem, sim, relevância a ponto de, em sendo necessário, aguardar-se o nascimento para que os efeitos jurídicos dele decorrentes sejam produzidos.

O outro assunto relevante diz respeito ao sentido de personalidade.

Tecnicamente, personalidade significa a aptidão para ser titular de direitos e de obrigações, isso compreendido de forma genérica. E, conforme determina o art. 2º do CCb, para uma pessoa física ela inicia com o nascimento com vida.

É importante observar, neste caso, que somente pessoas podem ter personalidade, o que implica dizer que os outros seres vivos, animais, por exemplo, não a tem. E qual é a consequência de tal afirmação? Trata-se de uma premissa que informa absolutamente todas as relações jurídicas no sistema jurídico nacional, qual seja, quem é pessoa tem personalidade e só pode ser parte em uma relação jurídica, nunca um objeto.

Por exclusão, os demais seres vivos não têm personalidade e só podem ocupar o lugar de objeto nas relações jurídicas. Aplicando esta afirmação a uma situação concreta, um animal não tem personalidade e, por conta disso, não pode ser parte de um negócio jurídico, só pode ser objeto dele. Assim sendo, um animal não pode, por exemplo, ser herdeiro de uma pessoa (embora isso possa acontecer fora do Brasil como se pode constatar na notícia que segue: http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2010/06/mulher-deixa- heranca-de-r-21-milhoes-para-cachorros.html)

Uma vez nascida com vida, a pessoa adquire capacidade jurídica, que é a possibilidade de exercer, pessoalmente ou por meio de representante legal, atos da vida civil de forma válida. Em outras palavras, o nascimento com vida, além de atribuir personalidade, que garante a elas poderem ser titulares de direitos e de deveres, também garante a possibilidade de elas exercerem tais direitos e de responderem por tais deveres, seja pessoalmente ou por meio de outra pessoa, dependendo do que determina a legislação em vigor.

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A regra geral, neste caso, é a seguinte: todas as pessoas são capazes de exercerem, pessoalmente, todos os atos da vida civil. Se houver alguma incapacidade, ela deverá estar expressamente prevista em lei e produzirá efeitos também nos termos da lei. Esta afirmação traz para esta discussão vários conceitos, que serão examinados na sequência.

O primeiro tema consiste na noção de incapacidade. Tecnicamente, trata-se da impossibilidade de exercer, pessoalmente, os atos da vida civil, seja em razão da idade ou de condições pessoais e representa uma situação atípica, já que a regra geral determina que todos sejam capazes. Em ambos os casos, idade ou condição pessoal, para que o incapaz possa declarar sua vontade de forma válida, será necessária a participação de um representante legal, aspecto este que será aprofundado adiante.

A incapacidade divide-se, por força de lei, em incapacidade absoluta e incapacidade relativa, podendo ser aplicada somente dentro dos estreitos limites da lei.

O caso de incapacidade absoluta está descrito no art. 3º do CCB, conforme segue:

CCb, “Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Alterado pela Lei 13.146/15)

I - (Revogado); (Alterado pela Lei 13.146/15) II - (Revogado); (Alterado pela Lei 13.146/15) III - (Revogado).” (NR) (Alterado pela Lei 13.146/15)

Em tal condição, o elemento que determina a incapacidade é a idade da pessoa.

Ela poderá, sim, ser titular de direitos, todavia não poderá praticar sozinha, de forma válida, nenhum ato juridicamente relevante.

Para que exista uma declaração de vontade válida que lhe diga respeito, é necessário que ela seja representada juridicamente. Esta ação denomina-se suprimento de capacidade e poderá ser feita naturalmente pelos pais, que comprovarão tal condição somente com a apresentação de documento que comprove a relação paterno-filial. É o que determina a legislação pertinente, conforme segue:

CCb, Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.

(...)

Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)

VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)

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Na falta dos pais, seja por falecimento ou por destituição do poder familiar, o juiz de direito competente nomeará um tutor, conforme segue:

CCb, Art. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela:

I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;

II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.

Art. 1.729. O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.

Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autêntico.

(...)

Art. 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor:

I - na falta de tutor testamentário ou legítimo;

II - quando estes forem excluídos ou escusados da tutela;

III - quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário.

(...)

Art. 1.747. Compete mais ao tutor:

I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, após essa idade, nos atos em que for parte;

No caso de tutela, a comprovação da representação deverá ser feita por meio da decisão judicial que nomeou o tutor, sendo esta uma função pública personalíssima, ou seja, somente o tutor poderá exercê-la.

Já no caso de incapacidade relativa, a pessoa relativamente incapaz poderá praticar pessoalmente, de forma válida, alguns atos juridicamente relevantes, desde que ela seja assistida por seu representante legal. As hipóteses de incapacidade relativa estão descritas no art. 4º do CCb, conforme segue:

CCb, Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Alterado pela Lei 13.146/15)

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

(Alterado pela Lei 13.146/15) IV - os pródigos.

Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Alterado pela Lei 13.146/15)

É possível constatar que existem dois critérios que definem a incapacidade no artigo acima, quais sejam, a idade, prevista no inciso I, e as condições pessoais para pessoas com mais de 18 anos de idade, descritas nos demais incisos. Esta divisão é importante pois a prática de atos válidos exigirá representantes diferentes. No caso da idade, vale a mesma regra daquela aplicada no caso de absolutamente incapazes, com a representação sendo feita pelos pais ou tutores, conforme explicado acima.

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Já nos demais casos, é necessário que exista a interdição judicial da pessoa, que deixará de ser capaz para ser relativamente incapaz, com a consequente designação de um curador, a ser feita no mesmo processo, pessoa esta que será o representante legal do relativamente incapaz e o assistirá na prática dos atos da vida civil, conforme determinado no art. 9o do CCb:

CCb, Art. 9o Serão registrados em registro público:

I - os nascimentos, casamentos e óbitos;

II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;

III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;

IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

Observe que existem quatro situações possíveis de incapacidade e, para cada uma delas há um tipo de representante legal:

Representante legal

Situação Tipo de incapacidade Ação do representante

legal Pais Filhos com idade entre 0 e

16 anos.

Incapacidade absoluta Representação

Tutores Pessoas entre 0 e 16 anos de idade, sem pais.

Incapacidade absoluta Representação

Pais Filhos entre 16 e 18 anos de idade

Incapacidade relativa Assistência

Tutores Pessoas entre 16 e 18 anos de idade, sem pais.

Incapacidade relativa Assistência

Curadores Pessoas com situação descrita no art. 4o, II a IV, CCb.

Incapacidade relativa Assistência

No caso de o incapaz ter os pais no exercício do poder familiar, quem disciplina a situação acima é o conteúdo do art. 1.690 do CCb:

CCb, Art. 1.690. Compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade, representar os filhos menores de dezesseis anos, bem como assisti-los até completarem a maioridade ou serem emancipados.

Parágrafo único. Os pais devem decidir em comum as questões relativas aos filhos e a seus bens; havendo divergência, poderá qualquer deles recorrer ao juiz para a solução necessária.

Já no caso de tutela, deve ser observado o disposto no art. 1.747 do CCb:

CCb, Art. 1.747. Compete mais ao tutor:

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I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, após essa idade, nos atos em que for parte;

(...)

No caso de curatela, é necessário tem em conta que a interdição somente acontecerá com pessoas que já tenham 18 anos de idade, razão pela qual o curador sempre assistirá o curatelado.

Outro aspecto relevante consiste em identificar o momento no qual a incapacidade chega ao fim. Em relação à incapacidade por idade, ela terminará quando a pessoa completar 16 anos, para a absoluta, ou 18 anos, para a relativa.

Existe, ainda, a possibilidade de antecipação de capacidade plena nos casos descritos no art. 5o do CCb, abaixo:

Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

E a incapacidade relativa decorrente da situação pessoal somente cessará quanto o motivo que justificou a interdição já não mais existir, sendo necessário, para tanto, uma nova decisão judicial que devolva a capacidade plena ao interditado.

2. Venda de imóvel de propriedade de incapaz

Como já foi examinado, uma pessoa incapaz pode ser titular de direitos e de deveres o que, por consequência, a habilita a ser proprietária de um imóvel, por exemplo. E caso tal imóvel esteja à venda, é necessário observar um procedimento especial para que o mesmo possa ser alienado de forma válida. São basicamente duas situações.

A primeira delas diz respeito a imóveis de incapazes por idade, sejam eles absolutamente ou relativamente incapazes, desde que representados pelos pais.

Neste caso, o art. 1.691 do CCb é claro:

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CCb, Art. 1.691. Não podem os pais alienar, ou gravar de ônus real os imóveis dos filhos, nem contrair, em nome deles, obrigações que ultrapassem os limites da simples administração, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole, mediante prévia autorização do juiz.

Ou seja, é insuficiente que pais representem ou assistam os filhos. A lei exige que exista necessidade ou evidente interesse da prole, bem como prévia autorização judicial. E, atenção, é prévia autorização judicial, e não posterior autorização!

Nos demais casos de incapacidade, para as quais o representante seja o tutor ou o curador, a lei é mais exigente pois, conforme determina o art. 1.750 do CCb, é necessário que seja comprovada “manifesta vantagem para o tutelado”, prévia avaliação judicial e autorização judicial, sob pena de nulidade do negócio, conforme segue:

CCb, Art. 1.750. Os imóveis pertencentes aos menores sob tutela somente podem ser vendidos quando houver manifesta vantagem, mediante prévia avaliação judicial e aprovação do juiz.

No caso da curatela, os artigos 1.774 e 1.781 do CCb determinam que as regras da tutela sejam aplicadas à curatela, de modo que o procedimento para a alienação de imóveis de pessoas interditadas deve seguir o mesmo trâmite daquele previsto no art.

1.750:

CCb, Art. 1.774. Aplicam-se à curatela as disposições concernentes à tutela, com as modificações dos artigos seguintes.

(...)

Art. 1.781. As regras a respeito do exercício da tutela aplicam-se ao da curatela, com a restrição do art. 1.772 e as desta Seção.

3. Fim da personalidade jurídica

Da mesma forma que a personalidade de uma pessoa física inicia com o nascimento com vida, a personalidade terminará com a morte de tal pessoa, conforme determinam os artigos 6o e 7o do CCb:

CCb, Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.

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Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

Com o fim da personalidade, todos os direitos patrimoniais da pessoa serão transmitidos a seus herdeiros, conforme determinado em lei, o que acontece, também, com a posição contratual que o falecido tinha. Ou seja, se ele era proprietário de um imóvel, seus herdeiros passarão ao ser proprietários do mesmo bem.

Outro aspecto importante a ser considerado é o fato de o espólio do falecido (composto pelo conjunto de bens, direitos e obrigações) ser considerado um direito no período de tempo compreendido entre o falecimento e a realização do inventário.

Desta forma, não importa quais são os bens que o compõem, o espólio será tratado como um direito e, enquanto tal, não pode ser vendido. Sua transmissão somente poderá ser feita por meio de um contrato de cessão de direitos hereditários.

4. Domicílio

O domicílio é o endereço jurídico da pessoa, de modo que, quando houver necessidade jurídica de identificar um local no qual ela possa ser localizada, o domicílio é tal local. Trata-se, regra geral, de uma escolha da pessoa, que pode ser feita livremente, conforme determinam os artigos 70 e 71 do CCb.

CCb, Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.

Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.

Todavia, existem situações para as quais a legislação determina qual é o domicílio da pessoa, conforme previsto nos artigos 72 a 76 do CCb:

CCb, Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.

Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.

Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.

Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.

Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

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Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

5. Nome da pessoa física

Trata-se do elemento de identificação individual da pessoa física, escolhido pelos pais ou representantes legais e por meio do qual é possível identificar qual é o lugar que a referida pessoa ocupa na família, buscando torná-la única.

Regra geral, o nome da pessoa é definitivo, devendo ser observados os termos do art. 58 da Lei 6.015/73, conhecida como Lei dos Registros Públicos:

Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios.

Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público.

Ele pode ser composto por várias partículas, conforme determina o art. 16 do CCb:

CCb, Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.

Neste sentido, o prenome consiste no elemento que representa a individualização dentro de uma família. Já o sobrenome, nome ou patronímico é o elemento que representa a ligação do sujeito a uma determinada família. Também pode ser simples ou composto.

A escolha do nome é livre para os pais mas, conforme determina o art. 55 da Lei 6.015/73, não poderá expor a pessoa ao ridículo:

Art. 55. (...)

Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz competente.

Outro aspecto interessante é a possibilidade de modificação do prenome de uma pessoa. Em princípio imutável, ele poderá ser alterado conforme as regras abaixo:

Lei 6.015/73, Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique

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os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa.

Art. 57. A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa, ressalvada a hipótese do art. 110 desta Lei.

(…)

6. Status da pessoa física

Status é o estado da pessoa física, seu conjunto de qualificativos jurídicos e sociais, relevantes para identificá-lo e individualizá-lo em relação às demais pessoas.

Tais qualificativos são informações necessárias para identificar, por exemplo, uma pessoa em um contrato. São elas: nome, nacionalidade, estado civil, profissão, residência ou domicílio, RG e CPF. Alguns outros aspectos podem ser acrescentados como, por exemplo, nome da mãe.

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