• Nenhum resultado encontrado

Introduzindo o conceito de média aritmética na 4ª série do Ensino Fundamental usando o ambiente computacional Mestrado em Educação Matemática

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Introduzindo o conceito de média aritmética na 4ª série do Ensino Fundamental usando o ambiente computacional Mestrado em Educação Matemática"

Copied!
272
0
0

Texto

(1)

Rosana Catarina Rodrigues de Lima

Introduzindo o conceito de média aritmética

na 4ª série do Ensino Fundamental usando o

ambiente computacional

Mestrado em Educação Matemática

PUC-SP

SÃO PAULO

(2)

Rosana Catarina Rodrigues de Lima

Introduzindo o conceito de média aritmética

na 4ª série do Ensino Fundamental usando o

ambiente computacional

Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo como exigência parcial

para obtenção do título de

MESTRE em Educação

Matemática

sob a orientação da

Professora Doutora

Sandra Maria Pinto Magina.

PUC-SP

SÃO PAULO

(3)

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

________________________________________

(4)

Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução

total ou parcial desta Dissertação por processos de fotocopiadoras ou eletrônicos.

(5)

Para Roberto, Artur e Aurora,

por acreditarem na realização deste trabalho.

(6)

AGRADECIMENTOS

No decorrer deste trabalho, muitas pessoas e instituições

contribuíram das mais diversas formas para sua construção. A todas

elas, mais do que agradecer, desejo compartilhar a satisfação da

realização desta pesquisa. Citar de modo especial algumas destas

pessoas e, instituições, não significa a falta de reconhecimento pela

colaboração das demais.

A Deus, que me deu saúde o suficiente para chegar ao final

deste estudo.

À Professora Doutora Sandra Maria Pinto Magina, pela

orientação constante, dedicação, empenho, incentivo e apoio sem os

quais este trabalho não seria possível. Sua amizade, e sobretudo, sua

compreensão foram decisivas para a conclusão desta dissertação

.

Às Professoras Doutoras Márcia Regina Ferreira de Brito e

Siobhan Victoria (Lulu) Healy, integrantes da banca examinadora,

pelo aceite, comentários e sugestões valiosas dadas na ocasião do

exame de qualificação que contribuíram para o enriquecimento deste

estudo.

Aos Professores do Programa de Estudos Pós-Graduados em

Educação Matemática da Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo que, de forma direta ou indireta, colaboraram na concretização

deste trabalho. Em especial, aos

Professores Doutores Cileda de

Queiroz e Silva Coutinho e, Benedito Antonio da Silva, pelo auxílio em

diferentes momentos.

À CAPES, pela oportunidade à mim conferida para realizar

esta etapa essencial à minha formação acadêmica

(7)

Aos colegas do Grupo de Pesquisa CoFE, pelas discussões e

contribuições ao trabalho, em especial à Alexsandra e Zoraide,

companheiras de curso e de estudo pela amizade, incentivo e auxílio

em todos os momentos.

A meu marido Roberto, por todo apoio dado, compreensão

quanto às ausências e preocupações. Pela paciência, carinho e

dedicação constante a nosso filho, muito obrigada!

A meu filho Artur, agradeço por todo o carinho demonstrado

durante a execução deste estudo. Sua alegria e sorriso constantes me

fizeram superar muitos momentos difíceis desta caminhada.

À amiga, Edna, exemplo de persistência, obrigada pelo

incentivo e incansável auxílio nos momentos mais difíceis desta longa

jornada.

Aos meus familiares e amigos mais próximos que sempre me

apoiaram ao respeitarem minhas ausências.

À Professora Ivone Borelli pela dedicação na revisão final do

texto.

Ao secretário Francisco, pela compreensão durante todo o

percurso e auxílio em todos os momentos.

À direção, professores, alunos e funcionários da Escola

Marina Cintra, pelo apoio oferecido na parte experimental desta

pesquisa e, em especial ao Professor Rogério, pela colaboração no

decorrer de todo experimento.

(8)

RESUMO

O objetivo do estudo foi investigar a introdução do conceito de média aritmética

com base no uso das representações gráficas e com o auxílio do ambiente

computacional, dentro do qual foi empregado o software

Tabletop

. Para se atingir

este objetivo, foi feito um estudo quase-experimental com dois grupos de alunos:

o grupo experimental – GE - e o grupo de controle – GC - ambos da 4ª série

Ensino Fundamental de uma escola da rede pública estadual da cidade de São

Paulo. A pesquisa dividiu-se em três fases, a saber: Pré-teste, Intervenção de

Ensino (fator experimental) e Pós-teste. As atividades constituintes da Intervenção

de Ensino ajustaram-se à Teoria dos Campos Conceituais proposta por

Vergnaud. Para elaboração das atividades tomou-se como base os níveis de

compreensão de gráficos propostos por Curcio e as propriedades de média

aritmética propostas por Strauss e Bichler. O GE participou das três fases do

estudo, sendo as atividades de intervenção de ensino desenvolvidas em ambiente

computacional, visando à introdução do conceito de média aritmética e o

desenvolvimento da leitura e interpretação de gráficos. O GC também participou

da aplicação dos testes, porém permaneceu isento da aplicação do fator

experimental. O estudo propôs-se a responder à seguinte questão: “Quais as

contribuições da intervenção de ensino proposta para a introdução do conceito de

média aritmética em alunos da 4ª série do Ensino Fundamental, com o uso do

ambiente computacional?” Para responder a esta questão de pesquisa, tomamos

por base as análises quantitativa e qualitativa dos resultados obtidos nos testes

em ambos os grupos e as respostas dadas pelos alunos do GE às fichas de

atividades da intervenção. Na comparação intergrupos dos resultados do

pós-teste, constatou-se que os alunos do GE mostraram um desempenho superior

aos do GC, sobretudo, quanto ao conceito de média aritmética. Já a análise dos

resultados intragrupos apontou uma melhora no desempenho dos alunos do GE

no pós-teste em relação ao pré-teste, no que se refere à leitura e interpretação do

gráfico de barras, assim como no conceito de média aritmética. Estes dados

permitem concluir que a introdução ao conceito de média aritmética baseada na

representação gráfica foi favorecida pelo emprego do software

Tabletop

, visto que

este possibilitou ao aluno a descoberta de propriedades e relações envolvidas no

Campo Conceitual constituído pela leitura e interpretação de gráficos e média

aritmética.

(9)

ABSTRACT

The purpose of this study was to investigate the introduction of arithmetic mean

concept based on the use of graphic representations, and with the assistance of

computational environement by using the software Tabletop. To reach this

purpose, a nearly experimental study has been accomplished with two groups of

students, the experimental group – GE – and the control group – GC – both fourth

graders of a Sao Paulo public school. The research was divided into three phases,

namely: Pre-Test, Teaching Interference (experimental factor) and Post-Test. The

activities composing the Teaching Interference have been adjusted to the

Conceptual Fields Theory proposed by Vergnaud. To develop these activities we

based on graphics understanding levels proposed by Curcio and on arithmetic

mean properties proposed by Straus & Bichler. The GE has taken part in the three

phases of the study seeing that the teaching interference activities, developed

within computacional environment, aimed at both, the introduction of arithmetic

mean concept and the graphics reading and interpretation development. The GC

has also taken part in tests application, but it was left out the experimental factor.

The study has intended to answer the following question: “Which teaching

interference contributions are proposed for the introduction of arithmetic mean

concept into fourth graders , by making use of computational environment?” To

answer this research question, we based ourselves on qualified and quantified

analysis of the results obtained from the tests in both groups and on the answers

given by GE students to the activities cards of the intervention. By comparing the

intergroups post-test results, one verify that the GE students have presented a

better performance than the GC one’s, specially regarding arithmetic mean

concept. On the other hand, the analisys of the results within the groups pointed to

an improvement in the post-test performed by the Experimental Group in respect

to the pre-test, regarding the reading and interpretation of bar graphics, as well as

in arithmetic mean concept. These data permit us to conclude that the introduction

to arithmetic mean concept based on graphic representation has been favoured by

the use of Tabletop software, since it allows the students to catch the proprieties

and relations envolved in Conceptual Field formed by graphic reading and

interpretation as well as arithmetic mean.

(10)

SUMÁRIO

Lista de tabelas

...

xiv

Lista de figuras

...

xv

Lista de quadros

... xviii

Resumo

...

viii

Abstract

...

ix

CAPÍTULO I

Apresentação

...

1

1.1. Introdução ...

1

1.2. Problemática ...

3

1.3. Objetivo e Questão de Pesquisa ...

12

1.4. Articulação do Estudo ao Projeto de Pesquisa FAPESP ...

15

1.5. Descrição da Dissertação ...

17

CAPÍTULO II

Medidas de tendência central e compreensão de gráficos

...

19

2.1. Introdução ...

19

2.2. O Conceito de Média no Decorrer da História ...

20

2.3. Medidas de Tendência Central ...

24

2.3.1. Média Aritmética ...

25

(11)

2.3.3. Moda ...

29

2.4. As Pesquisas sobre Média Aritmética ...

31

2.5. Leitura e Interpretação de Gráficos ...

39

2.5.1. Definição e Tipos de Gráficos ...

40

2.5.2. Pesquisas Recentes sobre Leitura e Interpretação de Gráficos

42

2.5.3. Níveis de Compreensão de Gráficos segundo Curcio ...

45

CAPÍTULO III

Considerações Teóricas

...

48

3.1. Introdução ...

48

3.2. Formação do Conceito ...

49

3.3. Representação ...

55

3.4. O Ambiente Computacional na Aprendizagem ...

62

3.4.1. O Uso do Software

Tabletop

...

65

CAPÍTULO IV

Metodologia

...

73

4.1. Introdução ...

73

4.2. Desenho do Experimento ...

73

4.2.1. Universo do Estudo ...

76

4.2.2. Material Utilizado ...

78

4.2.3. Procedimentos ...

79

4.2.3.1. Descrição e análise prévia do pré e pós

teste ...

84

4.2.3.1.1. Análise prévia da primeira questão ...

86

4.2.3.1.2. Análise prévia da segunda questão ...

93

4.2.3.1.3. Análise prévia da terceira questão ...

97

4.2.3.2. Análise prévia da atividade de intervenção de ensino . 100

4.2.3.2.1. Ficha 1 ... 101

4.2.3.2.2. Ficha 2 ... 104

4.2.3.2.3. Ficha 3 ... 107

4.2.3.2.4. Ficha 4 ... 109

4.2.3.2.5. Ficha 5 ... 111

4.2.3.2.6. Ficha 6 ... 113

4.2.3.2.7. Ficha 7 ... 116

(12)

CAPÍTULO V

Análise do Experimento

... 120

5.1. Introdução ... 120

5.2. Análise Quantitativa dos Resultados ... 123

5.2.1. Desempenho Geral dos Dois Grupos no Pré e no Pós-teste .... 125

5.2.2. Desempenho Geral dos Dois Grupos no Pré-teste ... 127

5.2.2.1. Itens relativos à leitura e interpretação dos gráficos de

barras ...

128

5.2.2.2. Itens relativos à leitura e interpretação do gráfico de

dupla entrada ... 133

5.2.2.3. Itens relativos ao conceito de média aritmética ...

136

5.2.3. Análise do Desempenho dos Dois Grupos no Pós-teste ... 138

5.2.3.1. Itens relativos à leitura e interpretação de gráficos de

barras ...

139

5.2.3.2. Itens relativos à leitura e interpretação de gráficos de

dupla entrada ...

141

5.2.3.3. Itens relativos ao conceito de média aritmética ...

142

5.2.4. Análise do Desempenho do GE no Pré e no Pós-teste ... 145

5.2.4.1. Itens relativos à leitura e interpretação de gráficos de

barras ...

146

5.2.4.2. Itens relativos à leitura e interpretação de gráficos de

dupla entrada ...

149

5.2.4.3. Itens relativos ao conceito de média aritmética ...

152

5.3. Análise Qualitativa ... 154

5.3.1. Análise Relativa à Leitura e Interpretação de Gráficos ... 155

5.3.1.1. Gráfico de barras ... 156

5.3.1.1.1. Gráfico x Realidade ... 156

5.3.1.1.2. Articulação das representações: tabela e

gráfico ... 162

5.3.1.1.3. Níveis de Leitura e Interpretação de

Gráficos ... 168

5.3.1.2. Gráfico de Dupla Entrada

Extrapolação ... 183

5.3.2. Análise Relativa ao Conceito de Média Aritmética ... 186

5.3.2.1. Concepções atribuídas à média ... 187

(13)

CAPÍTULO VI

Conclusão

... 208

6.1. Introdução ... 208

6.2. Síntese dos Principais Resultados ... 211

6.2.1. Média Aritmética ... 212

6.2.2. Leitura e Interpretação de Gráficos ... 214

6.3. Respostas às Questões de Pesquisa ... 216

6.4. Sugestões para Futuras Pesquisas ... 221

Referências Bibliográficas

...

223

(14)

Lista de Tabelas

xiv

Tabela 5.1

– Distribuição das justificativas apresentadas na leitura de

gráficos no

pré e no pós–teste ... 161

Tabela 5.2

– Comparação entre as respostas ao item “2a" do pré para o

pós–teste ... 179

Tabela 5.3

– Comparação entre as respostas ao item “1e” do pré para o

pós–teste ... 182

Tabela 5.4

– Concepções de média apresentadas pelos alunos do GE no

(15)

Lista de figuras

xv

Figura 2.1

Definição de média aritmética simples segundo Spiegel ...

25

Figura 2.2

Definição de média aritmética simples segundo Toledo e Ovalle

26

Figura 2.3

Cálculo da mediana para variáveis discretas: número impar de

termos ...

28

Figura 2.4

Cálculo da mediana para variáveis discretas: número par de

termos ...

28

Figura 2.5

Tipos de Moda segundo Spiegel (1993) ...

29

Figura 2.6

– Propriedades da média aritmética (S

TRAUSS E

B

ICHLER

, 1988) ...

35

Figura 2.7

– Tarefa proposta para propriedade A: História ...

36

Figura 2.8

Tarefa proposta para propriedade A: Numérico ...

37

Figura 2.9

Níveis de compreensão de gráficos (C

URCIO

, 1987) ...

47

Figura 3.1

– Banco de dados extraído do Tabletop: TIME. Tdb ...

68

Figura 3.2

– Representação do banco de dados TIME.tdb. no modo

Tabletop ...

69

Figura 3.3

Representação do gráfico de freqüência do banco de dados

TIME.tdb ...

70

Figura 3.4

Representação do gráfico de dupla entrada do banco de dados

TIME.tdb ...

71

Figura 4.1

Questão 1- itens “1a" e “1b” do pré e do pós

teste ...

87

Figura 4.2

– Questão 1- itens “1c” , “1d” e “1e” do pré e do pós

teste ...

89

Figura 4.3

– Questão 2 – itens “2a" a “2f” do pré e do pós

teste ...

94

Figura 4.4

Questão 3 – itens “3a" a “3d” do pré e do pós

teste ...

98

Figura 4.5

Atividade 1A da intervenção de ensino... 102

Figura 4.6

Atividade 1B da intervenção de ensino ... 103

Figura 4.7

Atividade 1C da intervenção de ensino ... 104

Figura 4.8

Atividade 2A da intervenção de ensino ... 105

Figura 4.9

Atividade 2B da intervenção de ensino ... 106

Figura 4.10

Atividade 3A da intervenção de ensino ... 107

Figura 4.11

Atividade 3B da intervenção de ensino ... 108

Figura 4.12

Atividade 3C da intervenção de ensino ... 109

Figura 4.13

Atividade 3D da intervenção de ensino ... 110

Figura 4.14

Atividade 4 da intervenção de ensino ... 111

Figura 4.15

Atividade 5A da intervenção de ensino ... 112

Figura 4.16

Atividade 5B da intervenção de ensino ... 114

Figura 4.17

Atividade 6A da intervenção de ensino ... 115

Figura 4.18

Atividade 6B da intervenção de ensino ... 116

(16)

Figura 4.20

Atividade 7B da intervenção de ensino ... 119

Figura 5.1

Acertos totais do GE e do GC no pré e no pós–teste ... 126

Figura 5.2

Acertos por item de leitura de gráfico de barras do GE e do GC

no pré–teste ... 128

Figura 5.3

Acertos por Item de leitura de gráfico de dupla entrada do GE e

do GC no pré–teste ... 134

Figura 5.4

Acertos por item de média aritmética do GE e do GC no pré–

teste

... 136

Figura 5.5

Acertos por item de leitura de gráfico de barra do GE e do GC

no pós–teste

... 140

Figura 5.6

Acertos por item de leitura do gráfico de dupla entrada do GE e

do GC no pós–teste

... 142

Figura 5.7

Acertos por item de média aritmética do GE e do GC no pós–

teste

... 143

Figura 5.8

Acertos totais do GE no pré e no pós–teste ... 145

Figura 5.9

Acertos por item de leitura de gráfico de barras do GE no pré e

no pós–teste

... 146

Figura 5.10

Acertos por item de leitura do gráfico de dupla entrada do GE

no pré e no pós–teste

... 150

Figura 5.11

Acertos por item de média aritmética do GE no pré e no pós–

teste

... 152

Figura 5.12

Respostas ao protocolo de Al-07 e Al 05 no pré–teste

... 157

Figura 5.13

Respostas ao protocolo de Al-07 no pós–teste

... 160

Figura 5.14

– Gráficos Construídos pelos grupos 02 e 06 na Atividade 2A .... 169

Figura 5.15

Resposta ao protocolo de Al-21 no pré–teste

... 174

Figura 5.16

Resposta ao protocolo de Al-21 no pós–teste

... 175

Figura 5.17

Resposta ao protocolo de Al-27 no pré–teste

... 176

Figura 5.18

Resposta ao protocolo de Al-27 no pré–teste

... 177

Figura 5.19

Resposta ao protocolo de Al-27 no pós–teste

... 177

Figura 5.20

Respostas aos Protocolos de Al-06 no pré e no pós–teste

... 178

Figura 5.21

Resposta ao protocolo de Al-05 no pré–teste

... 181

Figura 5.22

Resposta ao protocolo de Al-05 no pós–teste

... 181

Figura 5.23

– Gráfico gerado pelo grupo 08 na Atividade 6B ... 184

Figura 5.24

Resposta ao protocolo do grupo 02 na Atividade 6B

... 185

Figura 5.25

Resposta ao protocolo do grupo 05 na Atividade 6B

... 185

Figura 5.26

Resposta ao protocolo de Al-23 no item “1c” do pré–teste ... 189

(17)

Figura 5.28

– Tabela ANIVBALA.TDB e gráfico ANIVBALA.TT construído

pelo grupo 05 ... 191

Figura 5.29

– Gráfico de freqüência construído pelo grupo 05 na Atividade

2A ... 195

Figura 5.30

Resposta ao protocolo de Al-22 no item “3d” no pós–teste

... 198

Figura 5.31

Resposta ao protocolo de Al-06 no item “3d” no pós–teste

... 199

(18)

Listas de Quadros

... xviii

Quadro 3.1

Campo Conceitual: Tratamento da Informação ...

58

Quadro 4.1

– Desenho do Experimento ...

74

Quadro 5.1

– Estrutura da Análise do Experimento ... 122

Quadro 5.2

– Relação entre conteúdos matemáticos, tipos de gráfico e

questões do pré

teste ... 127

Quadro 5.3

– Síntese do Desempenho dos dois grupos no Pré

teste ... 137

Quadro 5.4

– Relação entre conteúdos matemáticos, tipos de gráficos e

questões do pós

teste ... 139

Quadro 5.5

– Síntese do Desempenho dos dois grupos no Pós

teste ... 144

Quadro 5.6

– Síntese do Desempenho do GE no Pré e Pós

teste ... 153

Quadro 5.7

Estrutura da análise qualitativa da leitura e interpretação de

gráficos ... 155

Quadro 5.8

– Categorias de análise dos itens “1a' e “1b” do pré e pós

teste . 157

Quadro 5.9

– Categorias de análise do item “2a" do pré e do pós

teste ... 173

Quadro 5.10

– Categorias de análise do item “1e” do Pré e do Pós

teste ... 180

Quadro 5.11

– Estrutura da análise qualitativa para média aritmética ... 186

(19)

CAPÍTULO I

APRESENTAÇÃO

1.1. Introdução

Este estudo tem por objetivo investigar a introdução do conceito de

média aritmética em alunos da 4ª série do Ensino Fundamental, propondo-se a

fazê-lo, partindo do uso de gráficos em ambiente computacional na situação de

sala de aula.

A ferramenta de informática usada como estímulo do aprendizado é o

software denominado

“Tabletop”

1

, que será apresentado no Capítulo III.

Nossa preocupação ao realizar esta pesquisa, está fundamentada no

fato de pensar a articulação que o estudante realiza entre o conceito e seu uso

imediato no espaço da escola e, para além deste, ou seja, sua aplicação na

esfera da vida cotidiana. Uma vez que esse conhecimento será empregado no

entendimento de questões da vida que possam contribuir para melhor situá-lo no

espaço e tempo, instrumentalizando-o na tomada de decisões.

1

(20)

O conceito de média parte de uma acepção mais ampla, pois, em

estatística, os valores médios encontram-se associados às medidas de tendência

central. Dentre estas, também, denominadas promédios

2

, as medidas mais

usadas são a média aritmética, a moda e a mediana. Nosso estudo está

ancorado, especificamente, no conceito de média aritmética que consideramos

ser um conceito estatístico fundamental dentre os demais promédios, já que se

articula com outros a fim de permitir uma leitura da realidade externa quer no

âmbito escolar, quer na vida cotidiana (C

AZORLA

, 2002; S

TELLA

, 2003).

Lavoie e Gattuso (1998) apontam que o conceito de média teve seu

primeiro uso no interior da ciência que se repercutiu, tanto no interior da

sociologia que permitiu analisar o desenvolvimento da sociedade industrial e da

padronização nela existente, como também na esfera da política que empregou

o conceito de intervalo de confiança, como ferramenta estatística para

conhecimento das pesquisas de opinião.

A média aritmética também é de fundamental importância, pois a partir dela são calculadas outras medidas, como, por exemplo a variância, o desvio padrão, o coeficiente de variação, assimetria, curtose e correlação. (CAZORLA, 2002, p. 30)

Para Cazorla, na vida diária, as pessoas estimam o tempo médio gasto

no percurso de casa para o trabalho, para fazer compras ou na fila de banco,

dentre outras estimativas

.

2

(21)

Esse processo faz parte do cotidiano e está tão arraigado que, às vezes, as pessoas nem percebem o grau apurado de suas estimativas. Algumas pessoas inclusive são capazes de estimar com bastante precisão (...) quanto tempo demoram para chegar ao trabalho, de acordo com o dia da semana ou usando um caminho alternativo. Conseguem estimar as médias sem ter, necessariamente, anotado o tempo gasto em cada viagem e depois dividido pelo número de viagens, as vezes nem conhecem a fórmula da média mas continuam a utilizar seu conhecimento no planejamento de suas atividades rotineiras. (CAZORLA, 2002,

p. 29)

Cai (1995) também destaca a relevância do conceito de média

aritmética; pois, é de fundamental interesse para a análise de dados e tomada de

decisões. Desse modo, a média é usada com freqüência, nas informações

apresentadas em jornais científicos e nos mais variados meios de comunicação,

assim como na vida cotidiana.

Dada a importância do conceito de média aritmética dentre os demais

promédios, optamos por apresentar, neste momento, uma discussão a respeito do

conceito, ancorada no senso comum, para na seqüência discutí-lo

academicamente no capítulo II.

1.2. Problemática

Conforme foi apresentado na seção anterior, no mundo moderno o

conceito de média é bastante empregado, tanto no contexto escolar como no

cotidiano. Entretanto, o entendimento de seu significado é influenciado pelo fato

(22)

Em um estudo com crianças de 4ª

a 8ª séries, Mokros e Russell (1995)

observaram que as mais novas utilizam-se informalmente do termo média para

referir-se a típico, usual ou meio.

Assim, é pertinente destacar que, embora a média aritmética seja

considerada um conceito estatístico elementar, o professor deve ter compreensão

de sua complexidade, cujo significado precisa ser construído progressivamente

(B

ATANERO

, 2000b). Desse modo, a autora destaca que:

Ajudar crianças e jovens a compreender progressivamente as idéias estocásticas3 fundamentais não é uma tarefa simples, considerando a necessidade em adaptar essas idéias a suas capacidades cognitivas e desenvolver situações didáticas que proporcionem uma aprendizagem significativa. (BATANERO,

2000b, p.1)

A seguir, é apresentado um fragmento de um diálogo informal

4

tecido em

ambiente familiar, e fazemo-lo com o objetivo de explicitar diferentes concepções

do conceito de média presente na vida cotidiana.

O noticiário de um jornal televisivo anunciou o valor do novo salário mínimo como sendo de R$ 240,00 e apresentou o resultado de uma pesquisa sobre o poder aquisitivo do trabalhador brasileiro, tendo divulgado a seguinte informação:

Segue-se a esta notícia, uma calorosa discussão entre uma criança de 11 anos, aqui apresentada com o nome de João, que já havia estudado alguns conceitos estatísticos na 5a série dentre

os quais o de média aritmética; a doméstica, denominada com o

3

Estocástica é a área da ciência que inclui a teoria da probabilidade, a estatística e suas aplicações. (LOPES, 2003, p. 5)

4

Trata-se de um diálogo fictício baseado em situações experenciadas pela pesquisadora, tanto no âmbito escolar como fora dele.

(23)

nome hipotético de D. Ivone e a pesquisadora. D. Ivone num tom embravecido afirmou

:

D. Ivone: Que é isso? Eles falam que o novo salário é de

R$240,00 e aí fala que a média (...) do trabalhador é R$ 460,00. Entendi nada!!

P: Calma, D. Ivone! O que foi que você não entendeu nesta reportagem?

Ivone: Ué! A senhora não vê que a maioria das pessoas ganha o salário mínimo? Quase todo mundo que eu conheço, as minhas amigas daqui do prédio ganham um salário mínimo!

P: Acredito que o que você acabou de dizer possa ser verdade! Mas, o que você não entendeu na reportagem?

Neste momento, observei que a criança balançava a cabeça

negativamente, embora tentasse se pronunciar, foi

interrompida por D.Ivone. Assim, resolveu, aguardar uma

possível conclusão de D. Ivone sobre o assunto em

questão.

D. Ivone: Espera aí, menino! Deixa eu terminar! Se quase todo mundo que eu conheço ganha o salário mínimo, e esse salário vai para R$ 240,00, porque eles fala[m] que a média (...), média o que? É R$ 460,00?

P:: Hum! D. Ivone, a notícia fala que a média salarial do trabalhador brasileiro é de R$ 460,00. O que você entende por média salarial?

D. Ivone: Ué!! Para mim, é simples! Essa média salário, né? É o pagamento que é recebido pelas pessoas. Por isso, eu acho que é R$ 240,00 e não R$ 460,00 como o moço disse.

(24)

D. Ivone: Aí é outra coisa! Aí sim, era verdade, porque então, quase todo mundo estava ganhando R$ 460,00. Será que o moço se enganou?

Na discussão, observamos que Ivone parece apresentar uma

concepção

5

de média como moda. Para ela, a média deve ser o salário ganho

pela maioria das pessoas. Além disso, ignora que existam salários diferentes

do seu, prevalecendo para sua determinação da média apenas os salários das

pessoas que conhece.

Assim, a discussão remete-nos à pesquisa realizada por Mokros e

Russell (1995)

6

, na qual os autores afirmam que estudantes com esta

concepção de média, freqüentemente, usam o raciocínio centrado nas

experiências pessoais e, não, em relação aos dados, o que parece ter ocorrido

com Ivone.

Continuando a discussão, procurei investigar qual era a concepção de média por parte de João. Seria a mesma de D. Ivone? Se não, qual seria sua concepção a respeito do conceito?

P: João, o que você entendeu sobre a reportagem que ouvimos há pouco no jornal? Você concorda com o que D. Ivone disse?

João: Bem! Parece que chegou minha vez!! Posso falar um pouco D. Ivone?

D. Ivone: Fala logo, menino! Antes que eu comece de novo...

João:: Olha, eu penso diferente de D. Ivone. Pelo que eu entendi, ela acha que se a maioria ganha R$ 240,00, a média salarial deveria ser de R$ 240,00. Não é isso, D. Ivone?

D. Ivone: É sim! É isso, mesmo!!

5

Estaremos considerando este conceito tal qual Vergnaud (1998). Para este autor, a concepção identifica-se pelas representações simbólicas ou expressões verbais do sujeito, na qual o mesmo é capaz de exteriorizar os invariantes operatórios, que são os conhecimentos explícitos.

6

(25)

P: Se você não concorda com D. Ivone, o que você entende por média salarial, João?

João: Olha! Eu entendo assim: veja, eu não trabalho, mas se eu ganhasse R$ 440,00, e você (apontando para D. Ivone) ganhe R$ 240,00, e você (aponta para a pesquisadora) ganhasse R$ 640,00, acho que podemos considerar, nesse caso, que a média salarial era de R$ 440,00, porque é o valor que está no meio.

P: Porque você acha que, neste caso, podemos considerar a média salarial como R$ 440,00?

D. Ivone: Mas, menino! Como é isso? O homem nem falou de R$ 440,00, falou de R$ 460,00 ...

João: É simples!! É como a média da escola! Se eu tiro uma nota 6,0 e depois uma nota 8,0, minha média vai ser 7,0, pois, somamos as duas notas e dividimos por 2. No caso dos salários, o total de R$ 1.320,00 dividido por três vai dar R$ 440,00. Além disso, o salário de R$ 440,00 não é o menor salário, mas também não é o maior. Então, neste caso, R$ 440,00 pode ser considerado o salário médio dos trabalhadores. É um salário de quem não ganha muito, mas também não ganha pouco.

P: Hum! Acho que entendi o que você quis dizer!

No segundo fragmento, João apresenta uma concepção de média

diferente de Ivone. Por sua fala, percebemos que a princípio ele traz a concepção

de média como mediana, o que pode ser apreendido na frase

“(...) se eu

ganhasse R$ 440,00, e você [D. Ivone] R$ 240,00, e você (aponta para a

pesquisadora) ganhasse R$ 640,00, acho que podemos considerar nesse caso,

que a média salarial seria de R$ 440,00, porque é a quantidade que está no

meio”

.

Na seqüência, João explicita o raciocínio extraído do universo escolar

que denota o uso particular dos conhecimentos disciplinares prévios da

(26)

média vai ser 7,0, pois somamos as duas notas e dividimos por 2”.

Nesse

momento, ele apresenta outra concepção de média, a de média salarial,

compreendida como a média aritmética entre os valores apresentados.

Na seqüência, João articula esta concepção de média, como mediana

com a do salário do conjunto dos interlocutores para chegar a uma tentativa de

síntese, ou seja, para encontrar a representatividade desse valor médio em

relação ao conjunto dos dados. O que está expresso na frase:

“Então, neste caso

R$ 440,00 pode ser considerado o salário médio dos trabalhadores. É um salário

de quem não ganha muito, mas também não ganha pouco”.

Ao final de sua fala, apresenta a concepção de média como um valor

razoável.

Para Mokros e Russell (1995), este tipo de abordagem de média,

diferente da apresentada por Ivone, baseia-se na idéia de representatividade,

pois, segundo os autores, os estudantes com a concepção de média, como um

valor razoável, vêem a média, como ferramenta que dá sentido aos dados e

procuram um valor, que seja representativo desses dados, tanto com base em

uma perspectiva matemática como no senso comum. Assim sendo, os estudantes

podem usar suas experiências da vida real para julgar, se a média encontrada faz

sentido.

Dessa forma, podem acreditar que a média aritmética de um conjunto

particular de dados não é um valor matemático preciso, mas, uma aproximação

que pode assumir um de seus vários valores. Neste sentido, no segundo

(27)

compreensão do conceito de média, como um valor representativo do que o

exposto por Ivone.

Diante do relato apresentado, observamos distintas concepções de

média apresentadas pelos participantes da discussão. Ivone parece estar se

referindo à moda, pois, para ela a média salarial deve ser o salário ganho pela

maioria das pessoas. Além disso, posteriormente, Ivone parece não concordar

com um valor para média que seja diferente dos valores da distribuição. Por outro

lado, a concepção do referido conceito apresentado por João pode estar

associada à média, como valor razoável ou como algorítmo, ou ainda,

implicitamente, como mediana.

Vale salientar que todas as concepções mostradas na discussão, fazem

parte do Campo Conceitual de Média que será discutido detalhadamente no

próximo capítulo.

Pelos fragmentos apresentados, percebemos que o termo média não era

totalmente desconhecido por nenhum dos participantes, porém, fica evidente a

existência de distintas concepções que lhe podem ser atribuídas. Julgamos que

esta diversidade de concepções sobre a média pode levar as pessoas a falsas

interpretações de suas leituras de conteúdos de diversas naturezas ou de

experiências concretas do cotidiano, nas quais podem ser demandadas tomadas

de decisão.

Paralelamente à análise dos resultados obtidos na pesquisa de Mokros e

Russell (1995), na qual as crianças referem-se informalmente à média como valor

típico, usual ou valor intermediário, também, a análise de outras situações, por

(28)

terminológica apresentada pelo termo média. No entanto, as distintas concepções

atribuídas à média podem contribuir na construção desse conceito, pois todas são

consideradas Medidas de Tendência Central.

Para Lavoie e Gattuso (1998, p. 1.052), no século XIX na Europa, houve

um considerável desenvolvimento da ciência que “se refletiu na criação de novas

palavras para explicar idéias e conceitos ou problemas que, até então, tinham

sido ignorados”

7

.

Os autores citados apontam que desde a Idade Média as

Universidades européias compreendiam quatro faculdades: medicina, direito,

teologia e belas artes e o estudo do latim e do grego constituíam-se na base para

o conhecimento.

A matemática, provavelmente constituiu o caso mais extremo de um rompimento com a tradição greco-latina das letras clássicas. Havia tão pouca preocupação com a discussão gramatical que não se criavam novas palavras para descrever novos conceitos: estas eram tiradas da língua viva. Como teste, folheando um dicionário de termos matemáticos (...) é visível que abundam termos existentes na linguagem corrente freqüentemente com outros significados. (

L

AVOIE

e

G

ATTUSO

, 1998, p. 1.052)

Conforme os autores citados, se de um lado o uso de palavras eruditas

trouxe problemas à aprendizagem; por outro lado, o emprego de palavras

correntes ou, de uso diário, aplicadas em um sentido erudito também resultou em

dificuldades pois, neste caso, as palavras já portavam outros significados na

linguagem cotidiana.

Essa operação é duplamente delicada. Em primeiro lugar, é necessário compreender que os outros sentidos são somente abandonados durante o período de aprendizado, mas continuam

7

(29)

adequados em outros casos. Segundo, outros significados podem, algumas vezes, estar em conflito com o sentido que está sendo ensinado. (

L

AVOIE

e

G

ATTUSO

, 1998, p. 1.053)

No Brasil, a forma pela qual o conceito de média tem sido apresentado

nos livros didáticos, pouco tem contribuído para suprimir sua confusão

terminológica, tendo em vista que, atualmente, os livros adotados nas escolas

privilegiam o ensino do algorítmo (S

TELLA

, 2003).

Desse modo, realizar pesquisas a respeito do conceito de média

aritmética parece-nos relevante, visto que podem surgir dele formas para

compreender suas especificidades. Assim, um primeiro contato na escola com o

conceito de média aritmética na 4ª série do Ensino Fundamental pode

proporcionar ao aluno uma melhor compreensão, considerando que esse conceito

será retomado em séries subseqüentes e articulado a outras medidas de

tendência central.

A inclusão da média aritmética, como conteúdo a ser desenvolvido nas

séries iniciais no Brasil, é uma proposta que se dá a partir de 1997, pois foi

sugerida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (B

RASIL

, 1997)

8

.

O PCN de Matemática para o primeiro e segundo ciclos do Ensino

Fundamental é composto por quatro blocos de conteúdos: Números e Operações;

Espaço e Forma; Grandezas e Medidas e Tratamento da Informação. A inclusão

do conceito de média aritmética deu-se no bloco de Tratamento da Informação.

8

(30)

A seguir, faremos uma discussão da questão e dos objetivos que

nortearam esta pesquisa.

1.3. Objetivo e Questão de Pesquisa

Considerando que o conceito não emerge em um único momento,

mas, que seu desenvolvimento é decorrente de um processo em espiral

9

, no qual

sua compreensão avança um pouco mais a cada vez que é trabalhado,

decidimos desenvolver nosso estudo na 4

ª

série do Ensino Fundamental. Desta

forma, a presente proposta consiste na aplicação de uma intervenção de ensino

para iniciar o conceito de média aritmética nessa série.

Ao introduzir os conceitos elementares de estatística, abordando o de

média aritmética já nas séries iniciais, acreditamos que possibilitaremos ao aluno

uma melhor compreensão das informações que lhe são apresentadas de diversas

formas.

No que tange à questão do entendimento das informações, é

importante destacar o incessante avanço tecnológico

vivenciado por nossa

sociedade, sobretudo, nesta virada de milênio. O uso cada vez maior de

computadores e novas tecnologias acaba trazendo mudanças significativas nos

diversos campos da atividade humana.

Constantemente nos deparamos com informações, as mais variadas,

expressas por meio de gráficos e tabelas como, por exemplo, índices

9

(31)

econômicos, resultados de jogos esportivos e pesquisas de opinião; que são

veiculadas pela mídia impressa, televisiva e virtual.

As mudanças ocorridas na sociedade exigem reformulações na área

educacional para poder atender às reais necessidades dessa nova sociedade,

sendo fundamental uma correta leitura e interpretação, por parte do leitor, dos

dados apresentados graficamente. Muitas das decisões a serem tomadas partem

de inferências que o indivíduo pode elaborar, apoiadas na leitura e interpretação

desses dados, mas, é necessário que o trabalho com organização e interpretação

de dados seja desenvolvido desde cedo no ambiente escolar:

No mundo de hoje nos deparamos com uma crescente quantidade de dados. Organizar e interpretar esses dados são habilidades exigidas cada vez mais no dia-a-dia do cidadão e a introdução desse processo precisa começar desde cedo na educação escolar da criança. (HEALY et al, 2000, p. 1)

Nesse momento, surge a seguinte questão: por que não usar

instrumentos que possam colaborar na construção de gráficos, como o

computador? De que forma o computador poderia auxiliar na introdução do

conceito de média aritmética, utilizando a representação gráfica?

Diante dessas indagações, decidimos que este estudo fosse realizado

em ambiente computacional, para que pudéssemos oferecer ao aluno um

ambiente dinâmico, para que ele tivesse a oportunidade de desenvolver distintos

procedimentos na resolução das atividades propostas.

O computador tem sido considerado uma importante ferramenta na

construção de gráficos, ao permitir que o aluno faça uma rápida modificação do

(32)

contribuições do uso do

Tabletop

, tendo em vista que este banco de dados pode

auxiliar na aprendizagem de conceitos básicos de estatística. (

HEALY et al, 2000;

SANTOS eMAGINA, 2001, SANTOS, 2003

).

Desta forma, no decorrer da intervenção de ensino, a representação

gráfica foi usada para auxiliar na introdução do conceito de média aritmética,

tendo em vista que a articulação do conceito e suas distintas representações

possam facilitar sua apreensão.

Diante deste cenário, elaboramos a seguinte questão de pesquisa:

Quais as contribuições da intervenção de ensino proposta para a

introdução do conceito de média aritmética em alunos da 4ª série do Ensino

Fundamental, com o uso do ambiente computacional?

Para responder à questão de pesquisa, estabelecemos outras mais

específicas, que destacamos:

Qual a relação existente entre leitura e interpretação de gráficos e o

conceito de média aritmética neste estudo?

Quais foram as dificuldades apresentadas pelos alunos na

introdução de média aritmética, com o uso da representação gráfica?

Para responder a estas questões, este estudo será desenvolvido em três

partes. Inicialmente, será aplicado o pré-teste, cujo objetivo consiste na

identificação das concepções apresentadas pelos alunos quanto ao conceito de

média. No momento seguinte, desenvolveremos as atividades de intervenção,

(33)

aritmética, que segundo Strauss e Bichler (1988) contribuem para sua

compreensão; assim como os níveis de leitura e interpretação de gráficos

propostos por Curcio (1987). Por último, será aplicado um pós-teste que sirva

para identificar as possíveis contribuições da intervenção de ensino desenvolvida,

na introdução do referido conceito. Cada uma dessas fases será apresentada

detalhadamente no capítulo IV, referente à Metodologia.

1.4. Articulação do Estudo ao Projeto de Pesquisa

FAPESP

Esta pesquisa originou-se no âmbito de um projeto mais amplo, dentro

do qual este estudo se insere. A seguir, apontaremos o caminho percorrido para o

desenvolvimento do trabalho. Neste momento, é pertinente destacar que o estudo

insere-se na linha de pesquisa de Tecnologia da Informação e Educação

Matemática do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática

da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Esta pesquisa é

decorrente do Projeto “Integração do Computador nas Aulas de Matemática do

Ensino Fundamental: formação e desenvolvimento de um Núcleo de Ensino e

Pesquisa

10

” cuja meta consiste na busca da integração do computador como

ferramenta

11

nas aulas de Matemática. O Núcleo de Pesquisa constitui-se em um

(...) espaço aberto para a formação de professores e alunos, atuando através de oficinas, seminários, grupos de estudos, produção de

10

Trata-se de projeto coordenado pela Professora Dra. Sandra Magina do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O referido projeto foi aprovado e financiado pela FAPESP tendo sido desenvolvido em uma Escola Estadual da região central de São Paulo no período de outubro de 2000 a fevereiro de 2003.

11

(34)

material didático e na realização de pesquisas voltadas para os dois ciclos iniciais do Ensino Fundamental. (MAGINA, 2000, p. 2)

Para o desenvolvimento do Projeto, foram escolhidos dois blocos de

conteúdos: Geometria, para o qual foi usado o software Cabri-Geomètre e

Tratamento da Informação, com o emprego do software

Tabletop.

Quanto ao

bloco de conteúdo Tratamento da Informação, o Projeto deu origem a quatro

pesquisas de mestrado especificadas, a seguir.

A primeira, direcionou-se à formação do professor das séries iniciais do

Ensino Fundamental. Já concluída, a pesquisa de Santos (2003) consistiu em um

estudo de caso com um dos professores participantes do Projeto, no qual foi

discutido a formação do professor em conceitos básicos de estatística com o

auxílio do ambiente computacional. As outras três pesquisas direcionaram-se à

formação do aluno, tendo sido desenvolvidas simultaneamente.

Assim, a presente pesquisa apresenta como objetivo investigar a

introdução do conceito de média aritmética em alunos da 4ª série do Ensino

Fundamental, com base no desenvolvimento de uma intervenção de ensino,

usando o software

Tabletop

. A pesquisa de Simone Caetano inserida no mesmo

Projeto, investigou a introdução do conceito de média aritmética em alunos da 4

a

.

série do Ensino Fundamental empregando, material manipulativo. Existe, ainda, o

trabalho de Kioshink Nakamura que desenvolverá o estudo comparativo entre as

contribuições oferecidas pelo software

Tabletop

e pelo uso do material

manipulativo na introdução do conceito de média aritmética com crianças da 4ª

(35)

Tendo situado nossa pesquisa no âmbito do Projeto “Integração do

Computador nas Aulas de Matemática do Ensino Fundamental: formação e

desenvolvimento de um Núcleo de Ensino e Pesquisa”, passamos a seguir, à

descrever os capítulos subseqüentes do estudo.

1.5. Descrição da Dissertação

No presente capítulo, o leitor é situado quanto à problemática que

motivou o estudo, sendo expostos o objetivo e a questão de pesquisa. É

apresentada uma breve descrição do Projeto, que originou o estudo e finalizamos

com um resumo dos capítulos subseqüentes.

No capítulo II, faremos uma breve apresentação histórica do conceito de

média, abordando-a numa perspectiva matemática. Apontaremos as similaridades

e diferenças entre as três medidas de tendência central mais usadas: média

aritmética, moda e mediana, dando especial atenção a primeira, que se refere ao

tema central da pesquisa. Faremos uma breve revisão da literatura das pesquisas

relacionadas ao conceito de média aritmética, destacando as propriedades desse

conceito abordadas por Strauss e Bichler (1988) em estudo com crianças da

mesma faixa etária do presente trabalho. Ao finalizar o capítulo, serão mostrados

ainda os resultados de estudos referentes à leitura e interpretação de gráficos,

destacando os níveis de leitura apresentados por Curcio (1987).

No capítulo III, será feita uma breve discussão das idéias de Gerard

Vergnaud inseridas na Teoria dos Campos Conceituais sobre a questão da

(36)

currículo em espiral e o método da descoberta proposto por Bruner e o Campo

Conceitual que permeará o desenvolvimento do estudo. Finalizando o capítulo,

discutiremos o uso do computador em sala de aula, que é o contexto, no qual

será desenvolvida a intervenção de ensino, seguido de uma descrição dos

recursos do software

Tabletop

e sua finalidade ao estudo.

No capítulo IV, mostraremos a metodologia usada no estudo,

descrevendo o desenho do experimento, o universo do estudo e os

procedimentos. A análise prévia do pré-teste que descreve cada questão que o

constitui, será incluída, indicando nossos objetivos e expectativas em relação a

eles. De forma semelhante, será apresentada uma análise prévia das atividades

de intervenção aplicadas na segunda fase do estudo.

No capítulo V, serão feitas as análises quantitativa e qualitativa dos

resultados obtidos referentes aos testes aplicados antes e depois do

desenvolvimento das atividades de intervenção, denominadas pré-teste e

pós-teste, respectivamente, e, será feita a análise de algumas atividades

desenvolvidas na intervenção de ensino. Neste capítulo, estão mencionadas as

categorias estabelecidas para elaboração dessas análises, advindas do

mapeamento das respostas dos alunos obtidas no pré-teste.

No capítulo VI, teceremos considerações com base nos resultados das

análises apresentadas no capítulo anterior, respondendo às questões de pesquisa

(37)

CAPÍTULO II

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL E

COMPREENSÃO DE GRÁFICOS

2.1. Introdução

Considerando que este estudo procura discutir a introdução do conceito

de média aritmética com uso da leitura e interpretação de gráficos, julgamos

necessário apresentar uma discussão da média, como construto formal, iniciando

pelo resgate histórico de seu significado para, em seguida, expor a definição dos

termos: média aritmética, mediana e moda. Após, mostraremos um breve resumo

da pesquisa de Strauss e Bichler (1988), desenvolvida com crianças de 8 a 14

anos, utilizando as propriedades de média aritmética. Esta pesquisa tornou-se

relevante para o presente estudo, tendo em vista que nossa proposta consiste na

introdução do conceito de média aritmética, usando suas propriedades.

Na seqüência, apresentaremos a definição de gráfico, segundo Spiegel

(1993) e Leinhardt; Zaslavsky; Stein

12

, conforme citado por Cazorla (2002) e os

12

(38)

resultados da pesquisa de Guimarães; Ferreira; Roazzi (2001) e de Guimarães

(2002), ambos sobre leitura e interpretação de gráficos com crianças de terceira

série em escola pública de Olinda. O estudo de Guimarães tornou-se relevante no

desenvolvimento de nosso trabalho, pois teve em comum o uso de ambiente

computacional, como recurso metodológico e ferramenta operacional para o

ensino de Matemática empregando o software

Tabletop.

Finalizando o presente capítulo, faremos uma breve apresentação do

estudo de Curcio (1987), pois utilizaremos os três níveis de leitura de gráficos por

ele proposto, a saber: ler os dados, ler entre os dados e ler além dos dados.

Nesta perspectiva, destacamos que o conceito de média aritmética e a

leitura e interpretação de gráficos em nosso estudo estão marcados por uma

intensa inter-relação e interdependência

de ambos e apenas por uma escolha

didática serão aqui apresentados em duas partes.

2.2. O Conceito de Média no Decorrer da História

Para explicitar claramente o conceito que estamos trabalhando, é

preciso buscar compreender sua historicidade. Assim, decidimos realizar uma

breve apresentação dos aspectos importantes desse conceito através do tempo,

que será baseada na análise de Lavoie e Gattuso (1998) que fizeram uma

exploração epistemológica e histórica do conceito de média, e, o trazemos com a

intenção de expor as concepções que marcaram seu uso.

(39)

no mundo da ciência e sua evolução é relatada no decorrer da história, afirmando

que seu uso tornou-se mais amplo nos últimos cinqüenta anos (L

AVOIE

e

G

ATTUSO

,

1998).

Este conceito também tem algum significado sociológico no desenvolvimento das sociedades industriais onde a padronização era essencial. O conceito de média (average) desempenhou um papel na política: a idéia de intervalo de confiança auxilia as ferramentas estatísticas indicando os levantamentos de opinião. O conceito de média tornou-se importante o suficiente para ser ensinado nas escolas mas pouco é falado sobre os vários sentidos do conceito e suas dificuldades não são realmente tratadas. (

L

AVOIE

e

G

ATTUSO

, 1998, p. 1.051,

tradução livre da

autora

)

Inicialmente, os autores apresentam uma análise da palavra média em

francês, cujo termo utilizado é ‘moyénne‘ e, em inglês, ‘

Average

ou

mean

’; eles

citam que a dificuldade do conceito é universal e para exemplificar analisam:

A palavra ‘moyénne‘ deriva da raiz indo-européia ‘medhyo’ no sentido de ‘aquilo que está no meio’ (Grandsaignes d’Hauteriva, 1948). Encontramos um traço desta raiz em Sânscrito (madhyah), em Grego (meseuw), em Latim (medius), em Espanhol (médio), em Italiano (misaine), em Inglês (medal), em Francês a palavra é principalmente, um adjetivo (moyen, moyénne) e reflete sua etmologia de ‘situado no meio’. Ela sofreu uma certa distorção, tornando-se ‘meiens’ por volta de 1120 e ‘moienne’ por volta de 1360. Por volta da segunda metade do século XIII, a forma substantiva ‘la moyenne’ ou ‘average’ já existia (LAVOIE e

GATTUSO, 1998, p. 1.053, tradução livre da autora).

Na Idade Média, o conceito de média referia-se àquilo que é mais

comum, mais freqüente ou típico, representando, portanto, a maioria. Segundo os

(40)

tamanho do que a média, estava indicando que era um pouco diferente da altura

que representava o grupo; assim, estes conceitos de média estão muito próximos

da mediana e da moda.

No século XVII, em aritmética, o significado de média era usado para

expressar aquilo que estivesse distante dos dois extremos

está no meio

ou

a

metade de alguma coisa

, para aludir à metade da soma de dois números.

No século XIX, surge uma nova forma de abordar o conceito de média

que é definido como uma quantidade arbitrária. Este se desenvolveu em

Estatística, ocasião em que se passa a utilizar a expressão em média, ‘

on

average’.

Neste momento, a Física já definia a relação entre uma distância

percorrida e o tempo necessário para percorrê-la como velocidade média,

fazendo uso da expressão ‘em média’

(L

AVOIE

e

G

ATTUSO

, 1998)

.

O emprego da palavra average na expressão velocidade média−

‘average speed’ − veio da astronomia: o movimento médio de uma estrela correspondia ao movimento uniforme que seria necessário para percorrer sua trajetória no mesmo tempo que seu movimento real. (LAVOIE eGATTUSO, 1998, tradução livre da

autora).

A partir do século XIX, desenvolveu-se a Estatística, e o conceito de

média antes frequente na Astronomia passa a ser amplamente utilizado, tanto no

campo das ciências físicas como nas humanas e sociais.

Nesta etapa do desenvolvimento industrial, observa-se que o uso e o

aprendizado desse conceito nascem marcados pela necessidade de estabelecer

(41)

diversidade e, sobretudo, pela necessidade de um instrumento que permita ao

consumidor apreciar, tomar decisões e avaliar o mundo que o cerca.

Assim, aparece a primeira menção de média no meio escolar, conforme

Lavoie e Gattuso, que teria ocorrido em escola destinada a homens de comércio e

de negócios

Commercial Schools and Business

Men (Roy

13

, 1892,

apud

LAVOIE

eGATTUSO, 1998).

Em 1935, surge a menção de média de notas em um livro didático da

escola elementar francesa. No mesmo período, livros didáticos canadenses e

americanos apresentaram uma abordagem pedagógica baseada, inicialmente, no

método de somar e dividir explicado em um determinado contexto para, na

seqüência, dar significado à média. Os autores exemplificam:

Primeiramente, o método de somar e dividir, é explicado em um determinado contexto, quantidade de consertos por técnicos, por exemplo, depois há uma tentativa de dar significado à média: ‘significa que se eles fizeram 317 consertos todos juntos e se todos os 5 fizeram a mesma quantidade de consertos, cada um teria feito 63 2/5 consertos’ (BUSWELL, BROWNILL, JOHN14 apud

LAVOIE E GATTUSO, 1998, p. 1056).

Finalmente, os autores apontam que, no século XX, a média passa a

ser introduzida entre outros valores de medida de tendência central, o que permite

a comparação entre moda, mediana e média. A partir dos anos de 1970, a

Estatística, incluindo, o conceito de média insere-se no currículo da Matemática.

13

ROY, J. L. Quick at Figures, Designed specially for Commercial Schools and Business Men. Montreal: Lovell & Son, 1892.

14

(42)

Neste momento, apresentamos a definição de cada uma das medidas

de tendência central: média aritmética, mediana e moda.

2.3. Medidas de Tendência Central

Nosso estudo ancorou-se de modo específico no conceito de média

aritmética, doravante, apresentado também sob o nome de média. Entretanto,

como já foi discutido, há uma diversidade de concepções relacionadas a esse

conceito, fato que nos demandou explicitar os diversos conceitos sobre as

medidas de tendência central, dentre as quais se encontram a média aritmética, a

mediana e a moda usadas com maior freqüência nos livros didáticos de

Estatística e Matemática.

Como salientamos no capítulo I, a média aritmética é uma das várias

medidas de tendência central. O termo promédio tem sido usado para expressar

qualquer uma dessas medidas (T

OLEDO

e

O

VALLE

, 1985; O

LIVEIRA

, 1999),

entretanto, é consenso entre esses autores, que a média aritmética, a mediana e

a moda são as mais utilizadas.

Assim, cada um desses três promédios apresenta vantagens e

desvantagens em relação a seu emprego, considerando que a escolha do uso de

um ou de outro promédio depende dos dados existentes e dos fins desejados. No

momento, destacamos a definição de cada um desses promédios, e focaremos o

uso de variáveis discretas, visto ser este o tipo de variável que será utilizada no

(43)

2.3.1. Média Aritmética

Dentre as medidas de tendência central, a média aritmética é a mais

usada para descrever resumidamente uma distribuição de freqüência (C

OSTA

N

ETO

, 1977; T

OLEDO

e

O

VALLE

, 1985,). Além disso, “a

média aritmética é um

conceito fundamental da Estatística e da ciência experimental, sendo amplamente

utilizada no contexto escolar e cotidiano

“ (

G

AL15

, 1995

apud

C

AZORLA

, 2002).

A média aritmética pode se apresentar sob duas formas: média

aritmética simples e média aritmética ponderada. Considerando que nosso estudo

ancorou-se na média aritmética simples, preferimos nos deter nesta, visto que se

trata de um dos objetos do presente estudo.

Em Spiegel (1993, p. 67), encontramos a seguinte definição para média

aritmética simples:

A média aritmética simples, ou média, de um conjunto de N números X1, X2, XN é

representada por (leia-se “X barra”) e é definida por:

) 1 ( N X N X N X X X X X N 1 j j N 3 2

1+ + + + ==

= L =

Exemplo: A média aritmética dos números 8, 3, 5, 12, 10 é:

6 , 7 5 38 5 10 12 5 3 8

X= + + + + = =

Figura 2.1: Definição de média aritmética simples segundo Spiegel (1993)

15

(44)

Se observarmos a Figura 2.1, verificamos que o autor utiliza-se,

inicialmente, da formulação matemática de média aritmética para depois

apresentar um exemplo com dados numéricos.

A seguir, apresentamos a definição desse conceito baseada na ótica de

Toledo e Ovalle

(1985).

A média aritmética simples de um conjunto de números é igual ao quociente entre a soma dos valores do conjunto e o número total de valores.

Suponha que em um escritório de consultoria a empresar há cinco contínuos que recebem os seguintes salários mensais: Cr$ 800,00, Cr$780,00, Cr$ 820,00, Cr$ 810,00 e Cr$ 790,00. A média aritmética dos salários ou salário médio mensal dos contínuos desse escritório será de 800 cruzeiros, de acordo com a definição.

800 5 000 . 4 5 790 810 820 780 800

X= + + + + = =

Genericamente, podemos escrever:

) 1 ( n x x n 1 i∑ i

= =

onde =

i

x valor genérico da observação =

n número de observações

Figura 2.2: Definição de média aritmética simples segundo Toledo e Ovalle (1985)

Se compararmos as duas formas apresentadas da definição de média

aritmética, constataremos que Toledo e Ovalle, diferente de Spiegel, apresentam

a definição de média baseada na sua formulação em uma linguagem natural,

seguida de um exemplo. Eles apresentam a formulação matemática, só após ter

demonstrado a resolução de um problema em uma situação contextualizada.

Assim, lembramos que o presente estudo não tem por objetivo definir

média aritmética ao aluno, pelo contrário, temos por hipótese que, baseados no

uso de situações distintas, envolvendo explicitamente cinco propriedades de

Imagem

Figura 3.1: Banco de dados extraído do Tabletop - TIME.TDB
Figura 3.2: Representação do banco de dados TIME.TDB no modo Tabletop
Figura 3.3: Representação do gráfico de freqüência do banco de dados TIME.TDB
Figura 3.4: Representação do gráfico de dupla entrada do banco de dados TIME.TDB
+7

Referências

Documentos relacionados

Além desta verificação, via SIAPE, o servidor assina Termo de Responsabilidade e Compromisso (anexo do formulário de requerimento) constando que não é custeado

De acordo com o Consed (2011), o cursista deve ter em mente os pressupostos básicos que sustentam a formulação do Progestão, tanto do ponto de vista do gerenciamento

Fonte: elaborado pelo autor. Como se pode ver no Quadro 7, acima, as fragilidades observadas após a coleta e a análise de dados da pesquisa nos levaram a elaborar

Realizar esse trabalho possibilita desencadear um processo de reflexão na ação (formação continuada), durante a qual o professor vivencia um novo jeito de

O Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb), criado em 2000, em Minas Gerais, foi o primeiro programa a fornecer os subsídios necessários para que

13 Escotomização pode designar tanto uma lesão retiniana produzida por um ponto cego visual quanto um processo de depreciação psíquica. Para Lacan, que mais tarde irá diferenciar

(grifos nossos). b) Em observância ao princípio da impessoalidade, a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, vez que é

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo