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Abordagem dos cuidados paliativos em doentes renais crónicos

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Journal of Aging & Innovation, 9 (3): 89- 103

JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, DEZEMBRO, 2020, 9 (2)  ISSN: 2182-696X  http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v9i3-5

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Abordagem dos cuidados paliativos em doentes renais crónicos

Abordaje de los cuidados paliativos en pacientes renales crónicos

Palliative care approach in chronic kidney patients

Janine Xavier dos Santos1

1 RN, MSc in Palliative Care, Faculty of Medicine of Porto University

Corresponding Author: janinexsantos@gmail.com Resumo

Introdução: O diagnóstico de Doença Renal Crónica (DRC) pode representar uma mudança significativa de vida para pacientes e familiares. Os doentes com DRC têm acesso reduzido a Cuidados Paliativos (CP) e o seu encaminhamento, quando acontece, tende a surgir na fase final da trajetória da doença.

Objectivo: Identificar e analisar os estudos que estabelecem a abordagem de CP na intervenção à doentes renais crónicos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, através de buscas nas bases de dados da PubMed, Scopus, ISI Web of Science e Scielo. Considerou-se artigos dos últimos cinco anos (período de 2014 a 2019).

Resultados: De um total de 305 artigos encontrados nas bases de dados, foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão, 10 estudos para a revisão. Foi possível encontrar estudos relevantes que discutem preocupações acerca da necessidade urgente de uma maior oferta de CP em nefrologia e a discussão sobre barreiras a serem ultrapassadas sobre conhecimentos ainda equivocados sobre os CP, seja pelos profissionais, pelos familiares e doentes.

Conclusões: Conclui-se que as pessoas com DRC possuem necessidades complexas, sendo indispensável investir em investigações nessa vertente e no incentivo à identificação das suas necessidades para uma melhor prestação de cuidados ao longo da trajetória da doença, para alívio do sofrimento, ressignificação, melhor qualidade de vida e dignidade.

Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Doença Renal Crónica; Cuidados Terminais

Abstract

Introduction: The diagnosis of Chronic Kidney Disease (CKD) can represent a significant life change for patients and family members. CKD patients have reduced access to Palliative Care (CP) and their referral, when it happens, tends to appear in the final stage of the disease's trajectory.

Objective: To identify and analyze the studies that establish the CP approach in the intervention to chronic kidney patients. Methodology: This is an integrative review, through searches in the databases of PubMed, Scopus, ISI Web of Science and Scielo. Articles from the last five years (from 2014 to 2019) were considered.

Results: Out of a total of 305 articles found in the databases, 10 studies were selected according to the inclusion criteria. It was possible to find relevant studies that discuss concerns about the urgent need for a greater offer of PC in nephrology and the discussion about barriers to be overcome about knowledge that is still wrong about PC, whether by professionals, family members and patients.

Conclusions: It is concluded that people with CKD have complex needs, and it is essential to invest in research in this area and to encourage the identification of their needs for a better provision of care along the path of the disease, for relief of suffering, re-signification, better quality of life and dignity.

Keywords: Palliative Care; Renal Insufficiency, Chronic; Terminal Care

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INTRODUÇÃO

O diagnóstico de Doença Renal Crónica (DRC) pode representar uma mudança significativa de vida para os doentes e familiares. A quantidade de pessoas com DRC tem progredido e atingido estimativas globais preocupantes, indicando que a incidência e prevalência da doença renal em estádio avançado está a aumentar, tornando-se um significativo problema de saúde pública (Lazenby et al., 2017; Lima et al., 2017).

O avanço da medicina e dos recursos tecnológicos e científicos, assim como o aumento da longevidade humana, foram acompanhados de novos fatores de risco, compreendendo novos estilos de vida, menos favoráveis à saúde e impulsionadores do aumento da prevalência de doenças crónicas (Martins, 2018).

Dentre os indivíduos que apresentam patologias de carácter crónico, destacam-se os doentes com DRC, que têm acesso reduzido aos Cuidados Paliativos (CP) especializados e o seu encaminhamento, quando acontece, tende a surgir na fase final da trajetória da doença (Murray et al., 2017).

Atualmente, e segundo a nova definição proposta pela Lei de Bases dos CP, entende-se por CP como “cuidados ativos, coordenados e globais, prestados por unidades e equipas específicas, em internamento ou no domicílio, à doentes em situação em sofrimento decorrente de doença incurável ou grave, em fase avançada e progressiva, assim como às suas famílias, com o principal objetivo de promover o seu bem-estar e a sua qualidade de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual, com base na identificação precoce e do tratamento rigoroso da dor e outros problemas físicos, mas também psicossociais e espirituais” (Lei de Bases dos Cuidados Paliativos, 2012, p.5119).

Diante disso, os CP surgem como uma abordagem de assistência a pessoas com doenças ameaçadoras de vida, inclusive à pessoas com doenças crónicas, de que são exemplo as diversas patologias por insuficiência avançada de órgãos, como é o caso da DRC.

De um modo geral, a principal função dos rins é remover o excesso de resíduos e toxinas do corpo através da urina. Dessa forma, a DRC define-se pela perda lenta, gradual e inevitável da capacidade excretória renal (Coelho et al., 2014). Esta definição pode ser descrita pela diminuição progressiva da filtração glomerular, principal mecanismo de excreção de solutos tóxicos produzidos pelo organismo (Fresenius Medical Care, 2011), sendo ainda possível alguém viver apenas com um dos rins, mas não sem nenhum.

O número de pessoas com DRC em Terapia de Substituição Renal (TSR), nas últimas décadas, tem crescido consideravelmente. De acordo com Liyanage et al. (2015), em 2010 a quantidade de pessoas em diálise em todo o mundo era superior a 2 milhões, sendo que os dados projetados previssem um aumento significativo, para mais de 5 milhões, até 2030. O

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crescimento previsto na prevalência da doença renal em estádio avançado, segundo estes investigadores, deve-se particularmente ao desenvolvimento de técnicas e melhoria substancial dos cuidados prestados a esta população, de forma a ser mais efetiva e humanizada.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (2019), a idade média dos doentes com DRC avançada em tratamento é de 65,9 anos, o que indica um grande quantitativo de pessoas idosas que apresentam estas condições atualmente, colocando em evidência o desafio de realizar sessões sucessivas de diálise e as limitações físicas, sociais e psicológicas que provocam um grande impacto na rotina do idoso, pois além do próprio envelhecimento já ser um fator que influência o funcionamento de vários órgãos, a diálise no estádio avançado da DRC pode torna-se um fator realmente limitador da possibilidade do idoso manter seu quotidiano de maneira normal, impactando de forma negativa a qualidade de vida, prejudicando de algum modo a realização das atividades de vida diária, bem como reduzindo, em alguns casos, a convivência, levando-os até ao isolamento social (Celich & Galon, 2009; Ferretti et al.,2018).

Alguns obstáculos que contribuem para a pobre referenciação destes doentes aos CP, incluem a trajetória da doença de falência dos órgãos e seu curso imprevisível, conceções equivocadas de CP entre os doentes, familiares e profissionais e a falta de planeamento antecipado e discussões sobre a preferência de cuidados (Ziehm et al., 2016).

Além de tudo, a DRC no estádio avançado associa-se a uma elevada carga sintomática, semelhante à dos doentes oncológicos mesmo em TSR, que resulta por fim no acesso reduzido destes doentes aos CP e, inclusive, no reconhecimento de muitos doentes que teriam decidido não iniciar a TSR se conhecessem o seu percurso (Corbett, 2018).

A este propósito Chochinov et al. (2016), ressaltam que as pessoas nestas condições tendem a ter menos certeza prognóstica, embora a combinação de incerteza com negação possa reduzir a aplicação de abordagens paliativas à medida que se aproximam da morte.

Apesar disso, é importante referir que doentes e profissionais de saúde podem ter objetivos divergentes e, às vezes, conflitantes para o tratamento em diálise, com médicos focados em resultados como indicadores de mortalidade e/ou marcadores bioquímicos e doentes focados no seu bem-estar e estilo de vida (Chan et al., 2019).

Tendo em vista estas problemáticas que permeiam a vida da pessoa com DRC, e para favorecer o fortalecimento deste assunto no panorama científico, o objetivo deste presente artigo é identificar e analisar os estudos que estabelecem a abordagem de CP na intervenção à doentes renais crónicos. Para dar resposta a este objetivo foi optada por uma revisão integrativa da literatura, que nessas circunstâncias, torna-se indispensável para refletir sobre como estão sendo realizados os cuidados aos doentes renais crónicos.

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Mais especificamente, esta revisão pretende dar resposta a seguinte questão “O que dizem as evidências recentes sobre a abordagem dos CP em intervenções direcionadas aos doentes renais crónicos?

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura, do tipo integrativa. De forma a responder ao problema da presente investigação, adotou-se a revisão integrativa, considerando que este tipo de revisão inclui a análise de pesquisas significativas que dão apoio para a tomada de decisão e a melhoria da prática clínica, possibilitando a síntese do estado do conhecimento de um determinado conteúdo, além de apontar lacunas do conhecimento que necessitam ser preenchidas com a realização de novos estudos (Mendes et al., 2008).

ESTRATÉGIA DE PESQUISA

A busca foi realizada nas bases de dados da PubMed, Scopus, ISI Web of Science e Scielo. Considerou-se artigos dos últimos cinco anos (período de 2014 a 2019). As palavras chaves utilizadas para pesquisa foram “Palliative Care”; “Renal Insufficiency, Chronic”; “Terminal Care”, utilizando o operador booleano AND para a combinação dos descritores. Foram selecionados artigos que abordassem a temática da pesquisa envolvendo a abordagem dos CP direcionados à pessoas com DRC.

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Foram incluídos estudos na língua inglesa e portuguesa, que abordam doentes com DRC, que se referem a intervenção em CP, e quanto ao tipo de estudos, que fossem originais, resultante de pesquisa empírica ou de natureza teórico/conceitual ou descritivos sobre a população adulta (≥ 18 anos) e idosa, que estivesse dentro do recorte temporal (2014 a 2019) evidenciando apenas os estudos que tem sido desenvolvidos sobre a temática neste últimos anos.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos estudos que não atenderam aos critérios de inclusão mencionados e os estudos que não estavam disponíveis em língua inglesa e portuguesa, assim como estudos

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que envolviam outra população que não fosse o próprio doente, como membros familiares, cuidadores e menores de 18 anos. Excluiu-se também estudos que apresentaram duplicidade.

PROCESSO DE ANÁLISE DOS ESTUDOS SELECIONADOS

Em seguida os estudos foram organizados segundo o fluxorama PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analysis), que pode ser usado como uma base para relatos de revisões sistemáticas de outros tipos de pesquisa, particularmente avaliações de intervenções, também tem como objectivo ajudar os autores a melhorarem o relato de pesquisas de revisões. Assim, selecionou-se os estudos que correspondiam aos objectivos e critérios de inclusão da pesquisa, no qual foram criteriosamente lidos na íntegra. Posterioremnte os dados dos estudos selecionados foram organizados em duas tabelas. A primeira tabela foi organizada visando apresentar uma visão geral da origem e tipo de estudo, para tanto analisou-se as seguintes variáveis: autoria, nome do periódico, país, ano de publicação e tipo de publicação. A segunda tabela traz uma síntese do conteúdo dos artigos, apontando os objectivos traçados pelos autores e as conclusões dos estudos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Então, identificou-se através das pesquisas nas bases de dados 305 estudos. Foram removidos os estudos duplicados e posteriormente, foi realizada a leitura crítica dos títulos e resumos a fim de remover os estudos que não atendiam os demais critérios de inclusão. Após esta etapa, foram lidos na íntegra os demais estudos para de facto, avaliar se correspondiam de facto a problemática do estudo, culminando finalmente em um total de 10 estudos selecionados, como pode-se observar na Figura 1:

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Figura1: Fluxograma PRISMA identificando o processo de seleção dos estudos.

A seguir, na Tabela 1, observou-se as variáveis relacionadas com o estudo (autores, periódico em que o estudo foi publicado, país em que decorreu a investigação, ano e tipo de estudo), os estudos foram identificados e analisados nas tabelas por ordem descrescente de publicação (do mais recente ao mais antigo) e logo após foram identificados os objectivos e conclusões de cada estudo selecionado (Tabela 2).

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Tabela1: Quadro de estudos conforme autoria, nome do periódico, país, ano de publicação e tipo de publicação.

Nº do estudo

Autores Periódico País Ano Tipo de

estudo

1 Selman et al. BMC Nephrology REINO

UNIDO

2019 Estudo

Transversal Qualitativo

2 Corbett, CM. Nephrology Nursing Journal:

Journal of the American Nephrology Nurses Association

EUA 2018 Estudo

Transversal Qualitativo

3 Chen et al. Clinical Journal of the American Society of Nephrology

EUA 2018 Estudo de

Coorte

4 Chettiar et al. Clinical Journal of the American Society of Nephrology

EUA 2018 Estudo de

Coorte

5 Scherer et al. Journal of Pain and Symptom

Management

EUA 2018 Estudo

Descritivo

6 O'Hare et al. Health Affairs EUA 2018 Estudo de

Coorte

7 Bostwick et

al.

Journal of Pain and Symptom Management EUA 2017 Estudo de Coorte 8 Cervantes et al.

Clinical Journal of the American Society of Nephrology

EUA 2017 Estudo

Transversal Qualitativo

9 Kwok et al. The American Journal of

Hospice & Palliative Care

CHINA 2016 Estudo de

Coorte

10 Grubbs et. al. Clinical Journal of the American Society of Nephrology

EUA 2014 Estudo

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Nº do

estudo

Objectivos Conclusões

1 Explorar pontos de vista e experiências

de comunicação, fornecimento de informações e tomada de decisão sobre tratamento entre pacientes idosos que recebem cuidados conservadores e paliativos.

Os pacientes idosos relataram

qualidade variável na comunicação com os médicos e lacunas nas informações recebidas. A incerteza sobre a trajetória da doença e a ambivalência dos pacientes em relação às informações tornam a comunicação particularmente desafiadora para os médicos.

2 Aumentar o planejamento avançado de

cuidados e encaminhamentos de CP, através de foco educativo, e aumentar o conhecimento relacionado as diretrizes da Associação de Médicos Renais sobre "Shared Decision Making in the Appropriate Initiation of and Withdrawal from Dialysis."

Os resultados pós-intervenção incluíram (...) 21 planos de cuidados avançados ao longo de quatro meses a partir de uma linha de base de zero /

desconhecido. Os benefícios de suporte para a enfermagem e a sociedade são vastos, minimizando custos com o sistema de saúde e sobrecarga do cuidador.

3 Identificar os fatores do paciente e

examinar o curso terminal associado à retirada da hemodiálise, e avaliar os padrões de envolvimento de CP antes da morte entre os pacientes em hemodiálise de manutenção.

As complicações médicas agudas e a fragilidade parecem ser os fatores determinantes na a taxa de abandono da hemodiálise. No entanto, os serviços de CP foram usados em apenas uma minoria dos pacientes.

4 Determinar a associação de CP de

pacientes internados com a utilização de cuidados de saúde e desfechos pós-alta na ESKD (End Stage Kidney Disease).

Entre os pacientes com ESKD que morreram no hospital, os CP em internação foram associados a internações mais curtas e custos mais baixos.

5 Descrever a aplicação de métodos de

pesquisa-ação participativa para desenvolver um programa integrado de nefrologia e CP em regime ambulatorial.

O desenvolvimento de um modelo de atenção que forneça uma nova

abordagem para a prática clínica requer atenção às preocupações das partes interessadas relevantes (...) Essa criação de propriedade compartilhada pode facilitar a inovação e a mudança prática.

6 Analisar o encaminhamento para o

serviço de CP e as trajetórias de gasto de fim de vida em beneficiários do Medicare em hemodiálise.

Os achados sinalizam a necessidade de maior flexibilidade na prestação de cuidados ao final da vida nessa população.

7 Comparar a funcionalidade,

planejamento avançado de cuidados, internações hospitalares, prognóstico, qualidade de vida, dor, dispnéia, fadiga e depressão entre pacientes com cancro e três diagnósticos não oncológicos: doença renal terminal, insuficiência cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crónica.

Pacientes com DRC eram menos funcionais e mais propensos a serem hospitalizados no momento do encaminhamento

aos CP do que os pacientes com cancro. Essas descobertas podem ser reflexo da trajectória mais lenta e mais variada de doenças graves não relacionadas ao cancro.

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Tabela2: Descrição dos objectivos e conlcusões dos estudos incluídos.

A partir dos resultados foi possível encontrar estudos que discutem preocupações acerca da necessidade urgente de uma maior abrangência de CP em doentes renais crónicos. Os resultados demostram que em comparação a pessoas que têm outras doenças graves, pessoas com DRC já em estádio avançado têm uma taxa mais alta de utilização de cuidados intensivos no final da vida e recebem CP com menos frequência (Bostwick et al., 2017). Além disso, pessoas com DRC geralmente não tem conversas precisas sobre seus prognósticos e nem o esclarecimento sobre todas as suas opções de cuidados (Corbett, 2018).

Muitas vezes, os CP são adiados até que cheguem os últimos dias e semanas de vida, apesar de a doença já estar em fase avançada e os tratamentos focados na doença não serem eficazes. Contudo, adiar os CP pode representar uma oportunidade perdida de fazer mais e melhor pelos doentes, famílias e serviços de saúde.

Assim, os doentes que sofrem de condições crónicas, como é o caso dos doentes com DRC, tendem a ser “subatendidos” pelos CP até porque a DRC pode tornar-se sintomática apenas em fase muito tardia, o que a leva a ser conhecida como um verdadeiro inimigo

8 Explorar as preferências dos pacientes latinos que recebem diálise em relação ao manejo dos sintomas e planejamento avançado de cuidados.

Compreender e integrar os valores e preferências culturais aos CP oferece o potencial para melhorar as disparidades e obter cuidados de qualidade

centrados no paciente para latinos com doença avançada.

9 Avaliar a prevalência de sintomas e intervenções iniciadas nas últimas 2 semanas de vida, utilização de serviços de saúde e causas de morte de

pacientes com doença renal terminal sob um programa de CP renais.

Durante as últimas semanas de vida, múltiplos eventos médicos,

especialmente eventos cardiovasculares e infecções, contribuem

significativamente para a causa da morte, fazendo previsão do prognóstico e discussão do plano de cuidados para o fim da vida ser muito desafiadora.

10 Compreender a abordagem paliativa

aos cuidados de diálise e descrever seu uso potencial e apropriado. Analisar as barreiras para integrar tal abordagem no atual paradigma clínico de atendimento e infraestrutura existente e descrever as mudanças no nível do sistema

necessárias para acomodar tal abordagem.

Uma abordagem paliativa para os cuidados de diálise pode ser um aspecto importante do tratamento de pacientes selecionados em diálise de manutenção. Como uma abordagem centrada no paciente, em vez de orientada para a doença, para a prestação de cuidados de diálise entre pacientes com expectativa de vida limitada, uma abordagem paliativa para os cuidados de diálise poderia aliviar o sofrimento de tais pacientes.

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silencioso, sendo por esta razão um problema difícil de aceitar e de ser reconhecida pelo próprio doente (Morton et al., 2016).

Com efeito, estes doentes experimentam ao longo da trajetória da doença elevada carga de sintomas físicos, psicossociais e espirituais, diminuição da qualidade de vida, a par de um aumento progressivo da utilização dos cuidados de saúde e, com alguma frequência, assiste-se ainda à cuidados de fim de vida discordante com as suas preferências (Corbett, 2018).

A integração precoce dos CP em nefrologia tem o potencial de melhorar a qualidade de vida por meio do fornecimento de um acompanhamento especializado do controlo de sintomas, apoio emocional e facilitação do planejamento antecipado de cuidados que honre os valores e objetivos do indivíduo (Bostwick et al., 2017; Cervantes et al., 2017; Scherer et al., 2018). Portanto, parece provável que pessoas com DRC se beneficiem da incorporação de CP em sua rotina de cuidados.

Diante das implicações que a DRC pode trazer, se sobressaem a dimensão emocional e, até espiritual da pessoa na medida em que este pode ser caracterizado como um percurso de perdas que vão além da perda da função renal. A partir do momento do diagnóstico, a trajetória da pessoa com DRC é envolvida por uma série de outros dilemas que põe em evidência alterações na dinâmica familiar, bem como seus problemas e dignidade pessoal.

Estas implicações podem, porém, mudar ao longo do tempo e a trajetória da doença de uma pessoa. Após o diagnóstico e nos estádios iniciais da doença, o foco pode estar principalmente no planeamento dos cuidados e no controlo da dor, sintomas e sofrimento psicológico e espiritual. Em estádios avançados da doença, o foco pode mudar mediante aos dilemas, problemas e objetivos de vida da pessoa, a partir da revisão das estratégias de cuidados (Chettiar et al., 2018; O’Hare et al., 2018)

Para as pessoas com DRC, a trajetória específica da doença crónica conduz a um caminho árduo com muitos obstáculos, por isso a implementação de uma abordagem paliativa integrada reforça a autonomia do doente e o direito de se envolver ativamente em seus próprios cuidados, dando aos doentes e suas famílias uma maior sensação de controlo.

Neste contexto, e atendendo à progressão da doença renal crónica no contexto mundial e ao aumento das taxas de sobrevivência dos doentes, os CP assumem grande importância, possibilitando uma gestão mais adequada do controlo de sintomas, e também, da discussão sobre preferências de cuidados, diretrizes avançadas ou antecipadas de vida, considerando ainda a possibilidade de interrupção do tratamento dialítico por escolha do doente.

As preocupações com o planejamento antecipado de cuidados também se caracterizam como assunto fundamental nos artigos (Chettiar et al., 2018; Grubbs et al., 2014; O’Hare et al., 2018). Evidencia-se ser de caráter substancial o planejamento de cuidados, seja antecipado e bem coordenado, a fim de abordar as necessidades de cuidado muitas vezes

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complexas desses doentes. A implementação precoce dos CP, representam um ponto chave na gestão desta doença crónica, onde o objetivo não é a eliminação da doença, mas o ajuste da pessoa (doente) às limitações físicas, mudanças no estilo de vida e tratamentos médicos. Os estudos revelaram também que existem várias barreiras ao fornecimento de CP para pessoas com DRC. Uma das barreiras abordadas foi o desconhecimento ou conceito equivocado de nefrologistas e equipa de saúde sobre os CP, refletindo assim na resistência ao encaminhamentos de doentes (Chen et al., 2018; Selman, Bristowe, Higginson, & Murtagh, 2019).

Outro dado importante percebido nos estudos, foi uma certa ausência de clareza e diversidade de termos por parte dos autores, que sugerindo referir-se a CP, por vezes nomeavam como “cuidados avançados” “cuidados conservadores em fim de vida” e “cuidados de suporte” (Kwok et al., 2016), ou seja através da análise destes estudos compreende-se que é preciso recorrer a uma informação melhor, mais clara e efetiva por parte dos profissionais de saúde sobre a abordagem dos CP, o que de facto são, seus benefícios e objetivos. Isto pode inclusive, não ser apenas um ponto positivo para o profissional, mas pode aumentar o acesso dos doentes aos CP e consequentemente fazer com que os doentes, familiares e cuidadores tenham uma melhor aceitação da integração dessa abordagem no planeamento de cuidados.

Assim sendo, é inegável a valorização dos CP direcionados à pessoa que sofre de uma doença crónica sendo, de igual modo primordial reconhecer o elevado número de doentes que reúnem estas necessidades atualmente, e capacitar os profissionais de saúde que os tratam para desenvolver estratégias clínicas e prestar cuidados mais eficientes e humanizados, não dirigidos à cura.

Em síntese, assim como qualquer outro estudo, este também apresenta limitações, tais como:

1) Foram apenas selecionados estudos publicados em inglês e português, assim artigos publicados em outros idiomas não foram considerados para esta revisão e;

2) A busca por estudos foi realizada em uma janela temporal de cinco anos, no que outros estudos com relevância podem ter sido publicados nos anos anteriores. Ademais, considera-se essencial que mais estudos sejam realizados com outras populações étnicas e culturais, pois é possível perceber uma concentração dos estudos na América do Norte.

Portanto, torna-se oportuno produzir mais investigações sobre os CP em nível mundial, para que outras culturas e nações também se beneficiem não apenas com os CP, mas com o avanço da pesquisa baseada em evidências.

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A doença renal, na sua forma crónica, é progressiva. Vivenciá-la e em seu estádio final constitui-se muitas vezes como um grande desafio a ser enfrentado pelo doente e sua família. Compreende-se que os CP visam aumentar a qualidade de vida das pessoas que convivem com doenças ameaçadoras de vida, apresentando uma abordagem baseada em princípios éticos e de preservação da dignidade humana.

Neste sentido, sugere-se que possam ser realizados mais investigações nesse campo, de forma a alargar o conhecimento sobre o assunto com objetivo de prestar cada vez mais melhores cuidados. Assim como foi abordado na discussão deste estudo, as pessoas com DRC possuem necessidades complexas, sendo indispensável investir em investigações nessa vertente e no incentivo à identificação das suas necessidades para uma melhor prestação de cuidados ao longo da trajetória da doença.

Por fim, verificou-se que as perspetivas futuras para o avanço dos CP em doentes renais crónicos parecem se alicerçar na promoção de uma melhor comunicação e esclarecimento sobre os CP entre os profissionais de saúde, doentes, familiares e cuidadores, aumentando assim o encaminhamento e o acesso geral aos serviços de CP para doentes com DRC.

Em suma, compreende-se que as pessoas com DRC podem beneficiar de um cuidado centrado nas suas necessidades para alívio do sofrimento, ressignificação, melhor qualidade de vida e dignidade. Espera-se que este estudo venha a contribuir significativamente neste âmbito para o aperfeiçoamento da prestação de cuidados às pessoas que se encontram com esta condição clínica, contribuindo também para uma melhor prática baseada em evidências pelos profissionais de saúde.

REFERÊNCIAS

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