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A Produção Variável de Epêntese em Coda Final por Aprendizes de Inglês-L2

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Academic year: 2021

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A Produção Variável de Epêntese em Coda Final por Aprendizes de Inglês-L2

Athany Gutierres1 Natália Brambatti Guzzo2 Resumo: a produção variável de epêntese em coda final por aprendizes brasileiros de inglês como L2, como em [nejm]~[„neymi] e [leg]~[„legi], tem sido objeto de diversos estudos (CARDOSO, 2005; PEREYRON, 2008; HORA, LUCENA e PEDROSA, 2009; LUCENA e ALVES, 2010). Considera-se que a transferência do molde silábico da L1 à L2 é um fator que influencia a produção do fenômeno. Os objetivos deste estudo são (i) observar a frequência de epêntese em coda final em dados de L2 produzidos por aprendizes de Caxias do Sul (RS) divididos em dois níveis distintos de proficiência e (ii) verificar que variáveis linguísticas e extralinguísticas condicionam o fenômeno. Os dados foram obtidos a partir da leitura de passagens e de diálogos semicontrolados realizados por doze aprendizes do Programa de Línguas Estrangeiras da Universidade de Caxias do Sul e foram submetidos ao programa de análise de regra variável Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH 2005). As variáveis extralinguísticas controladas foram nível de proficiência (básico e intermediário) e estilo (leitura e diálogo), e as variáveis linguísticas consideradas foram qualidade da consoante (nasal, obstruinte coronal, obstruinte dorsal, obstruinte labial), contexto seguinte (consoante, vogal, pausa), número de sílabas na palavra (uma sílaba, duas ou mais sílabas) e tonicidade da sílaba (tônica, átona). A produção de epêntese obteve frequência de 19% e é condicionada pelos fatores obstruinte dorsal, diálogo, sílaba tônica e básico.

Palavras-chave: epêntese final, inglês como L2, variação linguística.

Abstract: the variable production of epenthesis in final coda by English-L2 Brazilian learners, such as in [nejm]~[„neymi] e [leg]~[„legi], has been the object of several studies (CARDOSO, 2005; PEREYRON, 2008; HORA, LUCENA e PEDROSA, 2009; LUCENA e ALVES, 2010). It is considered that the transference of the syllabic pattern from the L1 to the L2 is indeed a factor which influences the production of this phenomenon. The objectives of this study are (i) to observe the frequency of epenthesis in final coda position in L2 data produced by learners from Caxias do Sul (RS) divided into two distinct levels of proficiency and (ii) to verify which linguistic and extra linguistic variables condition this phenomenon. The data were obtained from reading extracts and semicontrolled dialogues produced by learners of the Foreign Language Program of Universidade de Caxias do Sul and were submitted to variable rule analysis in Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH 2005).. The controlled extra linguistic variables were level of proficiency (basic and intermediate) and style (reading and dialogue), and the linguistic variables were type of consonant (nasal, coronal plosive, dorsal plosive, labial plosive, liquid), following context (consonant, vowel, pause), number of syllables in the word (one syllable, two syllables or more than two syllables) and syllable stress (stressed, non stressed). The epenthesis was produced in 19% of the cases and is conditioned by the factors dorsal obstruents, dialogue, stressed syllable and basic level.

Key-words: final epenthesis, English as L2, language variation.

1 Doutoranda em Teoria e Analise Linguística, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Contato: athany@gmail.com

2 Doutoranda em Teoria e Analise Linguística, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/CNPq). Contato: nataliaguzzo@me.com

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1 Introdução

O propósito deste estudo é verificar e descrever o processo de epêntese vocálica em encontros consonantais finais por aprendizes brasileiros de inglês-L23 de uma comunidade de falantes de Caxias do Sul-RS. A epêntese constitui-se como a inserção de um elemento sonoro na palavra (CRYSTAL 2008, p. 171); esse processo, em L2, pode ser entendido como uma estratégia de reparo para atender às condições fonológicas de boa formação silábica. Nesse caso, parece haver uma transferência dos padrões silábicos da L1 para a L2.

Esse fenômeno tem sido comprovado em diversos contextos brasileiros de aprendizagem de inglês (CARDOSO, 2005; PEREYRON, 2008; HORA, LUCENA e PEDROSA, 2009; LUCENA e ALVES, 2010) e tem apresentado oscilações entre a produção e a não-produção da epêntese. Isso acontece, pois, segundo Selinker (1972), as diferentes fases de aprendizagem de uma língua estrangeira constituem o que se chama de interlíngua, que comporta elementos da língua-alvo (L2) e da língua materna (L1) do aprendiz, condicionados por aspectos linguísticos e sociais.

Os dados deste estudo são provenientes de uma comunidade de estudantes brasileiros de inglês de dois níveis distintos de proficiência (básico e intermediário) do Programa de Línguas Estrangeiras da Universidade de Caxias do Sul (PLE/UCS). Foram aplicados testes de leitura e de fala semicontrolada a fim de verificar (a) os contextos de aplicação da epêntese e (b) a frequência de produção de tal fenômeno, considerando-se, principalmente, a variável nível de proficiência.

Reunimos aqui uma sucinta revisão da literatura utilizada (seção 2), que inclui uma caracterização da epêntese como processo de silabificação, uma breve revisão dos padrões silábicos do português brasileiro e uma nota sobre alguns estudos de epêntese e variação na interlíngua. Na sequência, apresentamos o método empregado para análise dos dados (seção 3) e os resultados alcançados (seção 4). Encerramos o estudo com algumas considerações finais (seção 5), baseadas nos resultados.

2 Revisão de literatura

2.1 A epêntese como processo de silabificação

A partir do momento em que a sílaba passou a ser aceita como unidade fonológica da língua, duas teorias abarcaram sua estruturação interna (COLLISCHONN, in BISOL 2005, p. 101): a teoria autossegmental de Kahn (1976), que entende cada componente silábico como uma camada independente, e a teoria métrica, representada por Selkirk (1982), que prevê uma organização estrutural silábica como a seguinte:

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Figura 1 – Estrutura silábica (Selkirk [1982], in COLLISCHONN, 2005)

Essa formação prevê um ataque (ou onset) e uma rima, subdivida em núcleo e coda. Todas as sílabas podem conter essas categorias vazias, exceto o núcleo silábico. O núcleo é geralmente ocupado por uma vogal, que congrega à rima o papel de atribuição do peso silábico (rimas simples, constituídas por uma vogal, são leves; rimas ramificadas, constituídas por vogal + vogal, ou vogal + consoante, são pesadas). No exemplo abaixo, apresentamos a constituição silábica da palavra „pensar‟ em português, formada por duas sílabas de rimas simples, já que o núcleo é constituído por uma vogal apenas.

Figura 2 – estruturação silábica da palavra “pensar” em PB

p e n s a r

Segundo Collischonn (in BISOL 2005, p. 117), há algumas restrições posicionais nas sílabas no português, isto é, há uma limitação de combinações sonoras na sílaba em relação aos elementos que podem ocupar as margens esquerda (ataque ou onset) e direita (coda) do núcleo. O ataque permite no máximo dois elementos, que devem ser formados de obstruintes não-contínuas ou contínua labial, combinadas com líquida, vibrante simples ou lateral. Exemplos de tais combinações são as palavras [ato e a[as. A coda pode ser ocupada por qualquer soante e por uma única obstruinte, a consoante [s] (p. 118), em palavras como ma[r], pé[s] ou lua[l].

Segundo Harris e Gussman (1998, apud Hora et AL, 2008), uma categorização bastante comum na área variacionista é considerar a existência de línguas de dois tipos, conforme seu padrão silábico: as que admitem combinações CV e as que admitem as combinações CVC. Dessas duas grandes categorias, resultam quatro padrões mais genéricos de silabação: (1) línguas que não permitem coda (V.CV, como o Zulu), (2) línguas que não permitem coda interna (V.CV(C), como o Luo), (3) línguas que não permitem coda final (V(C).CV, como o Italiano) e (4) línguas que permitem codas (V(C).CV(C), como o inglês). O PB enquadra-se no grupo 3. A consoante em coda, na posição interna ou marginal, pode apresentar um comportamento diferente na sílaba; aqui nos interessa, particularmente, o comportamento da consoante na posição marginal da sílaba. Essa representação da sílaba, além de ser de mais fácil entendimento, parece ser a posição mais assumida entre os variacionistas e, especificadamente, neste trabalho, contribui para um melhor esclarecimento das relações de transferências L1-L2, tal qual aqui consideramos.

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Quando as consoantes não preenchem as condições de formação silábica inerentes ao inventário de cada língua (aqui entendido pela subdivisão dos 4 grupos recém apresentados), aplica-se, de modo geral, uma estratégia de reparação, a epêntese, concebida como a inserção de um elemento cuja função é preencher a posição deformada, para manter a boa estruturação da sílaba.

De acordo com Câmara Jr. (2000, p. 56), palavras de origem erudita (como ritmo) ou palavras estrangeiras incorporadas à língua (como Internet) apresentam um problema ao serem pronunciadas por falantes de português, já que possuem na posição coda combinações consonantais que não lhe são comuns, como uma plosiva ou uma fricativa seguida de uma plosiva, fricativa labial ou uma nasal.

Tais processos são também observados por transferência desses padrões para palavras do inglês, como catch Bob e music. Apesar de já atestados como categóricos por diversos estudos no Brasil e no exterior (CARDOSO, 2005; PEREYRON, 2008; HORA, LUCENA e PEDROSA, 2009; LUCENA e ALVES, 2010), esse trabalho nos motivou a averiguar se, de fato, processos epentéticos também se aplicam a falantes caxienses de inglês e, sobretudo, a descobrir quais são as variáveis linguísticas e extralinguísticas e os contextos mais comuns dessa manifestação.

A seção subsequente apresenta um sucinto suporte teórico às possibilidades de formação silábica no português e no inglês, primeira e segunda línguas dos informantes da pesquisa.

2.2 Padrões silábicos do Português Brasileiro (PB) e do Inglês

As línguas são diferentes quanto a seus padrões silábicos. Uma tentativa interessante de compreender a organização das sílabas nas diferentes línguas é analisar seus monossílabos a ponto de formar um molde silábico representativo de sua estrutura (COLLISCHONN, in BISOL, 2005, p. 108).

Em Português Brasileiro, temos sempre uma vogal como núcleo silábico, formando treze diferentes combinações em seu entorno. É importante relembrar que em posição coda, as únicas consoantes aceitas pelo padrão português são a soante , a nasal  e as líquidas  ou . O quadro seguinte ilustra as possíveis formações silábicas do PB.

Quadro 1 – Padrões silábicos do PB (COLLISCHONN, in BISOL 2005, p. 117)

V é VC ar VCC instante CV cá CVC lar CVCC monstro CCV tri CCVC três CCVCC transporte

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VV aula

CVV lei

CCVV grau

CCVVC claustro

Diante de tais possibilidades, acompanhados de algumas restrições impostas por estrangeirismos na L1 (como em Internet) ou pelo uso de uma L2 (qualquer palavra em inglês, nesse caso, cujo segmento em posição coda seja uma consoante), há o predomínio de uma vogal epentética como forma de desfazer esses encontros consonantais (COLLISCHONN, 2003, p. 286). A epêntese, nesses casos, pode ocorrer em posição silábica inicial, como em advogado e acne; posição medial, como em intacto e em posição final, como em Big. Esse fato é justificado pela existência de um padrão silábico que comporta uma vogal como núcleo pois, em PB, não há sílaba terminada em obstruinte; desse modo, o aprendiz tenta transformar a sílaba CVC em duas sílabas CV (consoante, vogal) para que esta seja aceita pela fonotática de sua língua materna. Cabe lembrar que este trabalho se preocupa, especificadamente, com os processos de epêntese em posição coda final (margem/fronteira de palavra).

Conforme Cagliari (2002), a epêntese vocálica objetiva corrigir uma estrutura silábica mal formada, fazendo com que algumas consoantes, que ocupavam a posição de coda, passem a ocupar a posição de ataque, agregando um núcleo vocálico a uma sílaba que não o tem ou formando ditongos. Essa parece ser a estratégia mais comum entre falantes de inglês-L2 que são nativos de PB-L1. O emprego de tal estratégia parece advir de um conhecimento silábico inato do falante, que procura intuitivamente agregar ritmo à sua fala.

Em inglês, tem-se como estrutura silábica mínima os padrões VC (como em id  por exemplo) ou VV (como em I , por exemplo) e uma estrutura máxima de seis elementos (como em grind  por exemplo), sendo que, com exceção do núcleo, todos os outros elementos são opcionais. A combinação de elementos consonantais e vocálicos do inglês é apresentada no quadro seguinte.

Quadro 2 – Padrões silábicos do Inglês (COLLISCHONN, in BISOL 2005, p. 108)

VC id CVC bad CCVC bread CVCC band CCVCC brand VV I VVC isle CVV bye CVVC bide CVVCC bind CCVVC Bride CCVVCC grind

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Entendemos que a existência da sílaba se concretiza pela existência da vogal como núcleo silábico. Muitos impasses são encontrados no sentido de uma definição universal para o conceito de sílaba, principalmente no que concerne à sua marginalização (o que antecede e sucede a vogal) e sua delimitação. Entretanto, não buscamos versar sobre uma teoria da sílaba; tendo-se a sílaba como uma unidade rítmica da língua, e entendendo que há uma estrutura fonológica subjacente, nem sempre equivalente à sua estrutura fonética, nosso objetivo é analisar as estratégias de reparo dos aprendizes de inglês (epêntese) ao se depararem com um padrão silábico em L2 que não é correspondente a um padrão de sua L1.

A próxima seção do estudo resenha alguns dos principais estudos sobre epêntese na interlíngua e procura localizar a presente investigação nesse contexto.

2.3 Epêntese na interlíngua: contextualização

A interlíngua é um sistema linguístico particular, intermediário entre L1 e L2, que o aprendiz vai construindo e alterando conforme suas interações e experiências com a língua-alvo, baseados no sistema organizacional de sua língua materna (L1). Pode-se dizer que a interlíngua é um sistema contínuo e variável, em que o aprendiz adiciona regras novas e altera as que julga errôneas, num processo complexo de aprendizagem da L2.

A observação de algumas situações de aprendizagem de inglês-L2, em especial as relativas ao espaço que ocupam os informantes desse estudo (PLE/UCS), têm evidenciado que a epêntese, vista como fenômeno de reparo e transferência de padrões estruturais da L1 dos aprendizes, é uma ocorrência variável, isto é, não se restringe a apenas um grupo de informantes de determinado nível de proficiência, num determinado ponto no tempo no seu contínuo de aprendizagem – está aberta e condicionada a outros fatores que ocasionam a sua aplicação.

Cardoso (2005) investigou a ocorrência da epêntese com falantes brasileiros de Belém, com dados que continham obstruintes em coda-final. Trabalhou com as variáveis status da

palavra, ponto de articulação, número de sílabas, tonicidade, nível de proficiência e estilo (p.

40). Constatou que a epêntese, nessas condições, é desencadeada por uma combinação de fatores tanto linguísticos como extralinguísticos, e é mais frequente em falantes de níveis mais básicos e ambientes/situações mais informais, em palavras monossilábicas, na sua maioria.

Pereyron (2008) investigou a epêntese (33%) em encontros consonantais mediais por falantes porto-alegrenses de inglês, verificando se os condicionadores do fenômeno em inglês são os mesmos do que em português. Além de análise acústica, operou com as variáveis idade e nível

de proficiência, no nível perceptual. Suas constatações são as de que a epêntese de maior

ocorrência é a vogal [i] (a mesma que investigada nesse estudo) em sequências formadas pela consoante [g] e pelas nasais, contextos mais favorecedores à aplicação da regra.

Hora, Lucena e Pedrosa (2008) conduziram um estudo variacionista a respeito da epêntese inserida em codas (medianas e finais) produzidas por aprendizes paraibanos de inglês-L2. Os estudiosos verificaram que a epêntese em coda se comporta de forma diferente, dependendo da consoante que ocupa essa posição na sílaba. Tal estudo é revelador de dados curiosos, uma vez

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que, no dialeto da Paraíba, em coda-final, há uma preferência pelo não-preenchimento da coda (não-aplicação da regra), sendo esta a posição mais débil da sílaba.

Em investigação similar, Lucena e Alves (2010) compararam falantes gaúchos e paraibanos de inglês-L2, com o objetivo de verificar qual a relevância da sua L1 para a ocorrência da epêntese em dados de interlíngua. Os resultados revelaram haver diferenças entre os índices de epêntese dos dois grupos de brasileiros (41,9% para gaúchos, e 49,8% para paraibanos), em que ambos os grupos de aprendizes apresentam um sistema de interlíngua bastante diferente de sua L1 (baixos índices de aplicação da regra).

Zobaran (2011), em uma investigação mais recente, também abordou a questão de transferência de moldes silábicos L1-L2, especificadamente em encontros consonantais C. Os resultados revelaram que há uma propensão relevante à produção de epêntese em relação ao nível de proficiência dos aprendizes, constatando que aprendizes de níveis inferiores têm uma tendência maior à aplicação da regra, quando comparados a níveis superiores. Assim como o estudo de Lucena e Alves (2010), parece que à medida que os aprendizes vão ganhando maior contato e experiência com a língua, a sua interlíngua vai se afastando gradativamente da L1.

Nesse entremeio, coube-nos tratar da epêntese entre falantes caxienses de inglês-L2, numa tentativa de aproximação ou não dos resultados de alguns dos estudos realizados até então e verificar os principais fatores condicionadores da aplicação da regra em ambiente formal de aprendizagem.

Ao apresentar alguns dos resultados até então obtidos na área de variação e interlíngua, em específico a questão da epentetização, a próxima seção do trabalho descreve os procedimentos metodológicos para execução do nosso estudo.

3 Método

Nesta seção, descrevemos a seleção dos informantes, as variáveis utilizadas no levantamento de contextos e o programa estatístico computacional empregado na análise dos dados.

3.1 Seleção dos informantes

Foram selecionados como informantes doze aprendizes matriculados no Programa de Línguas Estrangeiras (PLE) da Universidade de Caxias do Sul (Caxias do Sul, RS). Sete destes estão, de acordo com a grade de níveis estabelecida pelo curso, a qual é baseada no Common European

Framework4, no nível básico, e cinco estão no nível intermediário. Os aprendizes do nível básico estão no primeiro semestre do curso de inglês, enquanto aqueles do nível intermediário estudam a língua há pelo menos quatro semestres.

Todos os aprendizes residem em Caxias do Sul (RS) ou em municípios vizinhos, localizados na chamada Região de Colonização Italiana (RCI). A comparação dos resultados do

4 O Quadro Comum Europeu são os parâmetros referenciais de proficiência linguística concebidos a partir do Quadro Comum Europeu de Referência para as Línguas: aprendizagem, ensino, avaliação, elaborado pelo Conselho da União Europeia. Disponível em: <http://www.coe.int/T/DG4/Linguistic/Source/Framework_EN.pdf>. Acesso em: 02 outubro 2012.

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presente estudo com os de investigações realizadas com dados de alunos de outras regiões do Brasil poderá fornecer conclusões sobre o modo como o português falado na RCI exerce influência na pronúncia do inglês como L2.

Na RCI, predominam a não palatalização (BATTISTI et AL, 2007) e a não elevação da vogal média anterior átona (GUZZO, 2010), e, devido ao contato com a fala dialetal italiana, é comum a troca da vibrante pela tepe (BOVO, 2004). Pode-se pensar que a fala em português de indivíduos da RCI é mais conservadora, no sentido de que possui, para fenômeno como a palatalização, por exemplo, restrições de fidelidade ao input em posição mais alta no ranking da gramática (BATTISTI e DORNELLES FILHO, 2010). Espera-se, pois, que a frequência de epêntese produzida por aprendizes caxienses de inglês seja inferior à obtida para falantes de outras regiões brasileiras.

3.2 Análise dos dados

A realização de epêntese em coda final por aprendizes de inglês como L2 foi investigada quantitativamente, segundo o modelo de análise de regra variável desenvolvido por Labov (2008 [1972]). Os contextos foram obtidos por meio de gravação de frases e texto lidos pelos aprendizes e de gravação de diálogos semicontrolados realizados pelos alunos em duplas. As gravações foram feitas no Laboratório de Línguas do Programa de Línguas Estrangeiras da Universidade de Caxias do Sul.

A variável dependente considerada nesta investigação foi a realização de epêntese em coda final, em contextos como, por exemplo [laik]::[„laiki] „like‟, [nejm]::[„nejmi] „name‟ e [leg]::[„legi] „leg‟. Foram estabelecidas seis variáveis independentes, quatro linguísticas (Qualidade da consoante, Contexto seguinte, Tonicidade da sílaba e Numero de sílabas na

palavra) e duas extralinguísticas (Nível dos aprendizes e Estilo).

Na variável Qualidade da consoante, que abriga os sons consonantais precedentes à vogal epentética, estão os fatores nasal (name, bone), obstruinte labial (life, live, cap, cab), obstruinte coronal (nice, size, cat, dad) e obstruinte dorsal (fish, Mitch, bridge, like, dog). Além destes, considerou-se também o fator líquida (care, pole), mas este foi eliminado da análise em virtude da pouca quantidade de contextos obtidos e do fato de que não houve epêntese em nenhum dos casos, o que faz com que o programa de análise estatística acuse knockout. Para esta variável, optou-se por considerar o modo e o ponto de articulação dos sons, uma vez que, em outros estudos (CARDOSO, 2005), estas características se mostraram relevantes para o condicionamento da epêntese. Além disso, a pouca quantidade de ocorrências com determinadas consoantes precedentes (como  e , /f/ e /v/, por exemplo) fez com que se reunisse num único fator consoantes com traços semelhantes.

Quanto à variável Qualidade da consoante, a hipótese é a de que consoantes com articulação dorsal, isto é, produzidas em um ponto mais próximo ao da realização de [i], a vogal epentética, sejam favorecedoras à aplicação da regra.

Na variável Contexto seguinte, estão os fatores consoante (like me, catch the), vogal (name is, catch a) e pausa (name, catch). Novamente, devido à pouca quantidade de contextos, não foi possível separar os segmentos consonantais ou vocálicos em categorias. Espera-se, porém, que a epêntese seja favorecida pelos fatores consoante e pausa. Pode ser condicionada pelo fator consoante devido ao fato de que a epêntese, neste caso, seria uma estratégia para quebrar sequências não naturais de consoantes na L1 do aprendiz. Neste caso, e também no de pausa em contexto seguinte, a epêntese pode ser o resultado de uma adequação ao molde silábico do português brasileiro.

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A variável Tonicidade da sílaba contém os fatores tônica (like, nineteen) e átona (it,

music). Prevê-se que a regra variável seja aplicada mais frequentemente quando a sílaba é tônica.

Nesse caso, como a palavra teria uma sílaba a mais, cujo núcleo seria a vogal epentética e o ataque seria a consoante que antes era a final, a sílaba tônica passaria a ser a penúltima da palavra, e esta assumiria o padrão trocaico, predominante no português.

Controlou-se também a variável Número de sílabas da palavra, com os fatores uma (like, cab, bridge) e duas ou mais (music, beyond, nineteen). Esta variável é binária devido à existência de poucas ocorrências com mais de uma sílaba. Desse modo, todos os contextos que apresentavam duas ou mais sílabas foram reunidos em um único fator. Espera-se que palavras monossilábicas condicionem a aplicação da regra; em combinação com a variável acima apresentada, o fato de a epêntese ser favorecida por palavras de uma sílaba pode indicar que a tendência dos aprendizes é manter o padrão trocaico da língua, transformando monossílabos tônicos em palavras dissilábicas com acento na penúltima sílaba.

A variável extralinguística Nível dos aprendizes controlou os fatores básico e intermediário e foi estabelecida com base na divisão de níveis de proficiência determinada pelo instituto de idiomas onde foi realizada a obtenção de dados. Como se mencionou anteriormente, os alunos do níveis básico são aqueles que estudam inglês há cerca de um semestre, ao passo que os aprendizes do nível intermediário são aqueles que vêm tendo contato com a língua há pelo menos quatro semestres.

Estilo foi outra variável extralinguística controlada, que reunia os fatores leitura e

diálogo. A leitura foi realizada a partir de dois tipos de material: frases soltas e um pequeno texto. O diálogo (semicontrolado) foi realizado entre os aprendizes das turmas consideradas no estudo, com base em tópicos de conversação. Tanto o diálogo como as frases e o texto foram os mesmos para as duas turmas consideradas.

O quadro a seguir traz as variáveis controladas no presente estudo:

Quadro 1: Variáveis linguísticas e extralinguísticas controladas no estudo da epêntese em coda final

Variáveis Linguísticas Variáveis Sociais

Qualidade da consoante: Nasal (name, bone)

Obstruinte labial (life, live, cap, cab) Obstruinte coronal (nice, size, cat, dad)

Obstruinte dorsal (fish, Mitch, bridge, like, dog)

Nível dos alunos: Básico

Intermediário

Contexto seguinte:

Consoante (catch the, like me) Vogal (like Anna, catch a) Pausa (music, name)

Estilo Leitura Diálogo Tonicidade da sílaba final:

Tônica (name, beyond) Átona (it, music)

Número de sílabas na palavra: Uma (like, it)

Duas ou mais (nineteen, music)

A cada um dos fatores foi atribuído um símbolo. Os contextos retirados das gravações com os aprendizes foram codificados de acordo com as variáveis acima apresentadas e submetidos ao programa computacional de análise de regra variável Goldvarb X (SANKOFF;

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TAGLIAMONTE; SMITH 2005). Esse programa fornece dois tipos de resultado, um em frequência e outro em peso relativo. O resultado em frequência indica o percentual em que a regra foi aplicada considerando a totalidade de ocorrências e cada um dos fatores controlados. O resultado em peso relativo indica a probabilidade de aplicação da regra para cada um dos fatores. Se em torno se 0,5, considera-se que o fator em questão é neutro; se acima de 0,5, o fator é tido como favorecedor à aplicação da regra e, se abaixo de 0,5, o fator é considerado desfavorecedor ao fenômeno investigado.

Na seção a seguir, apresentamos os resultados da análise estatística da produção de epêntese em coda final por aprendizes de inglês como L2.

4 Resultados

Foram obtidos 1683 contextos de epêntese em coda final, e houve aplicação da regra em 19% dos casos. As variáveis foram selecionadas pelo programa GoldVarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH 2005) na seguinte ordem: Qualidade da consoante, Estilo,

Tonicidade da sílaba e Nível dos alunos. As variáveis Contexto seguinte e Número de sílabas da palavras não foram consideradas significativas pelo programa estatístico; portanto, não serão

descritas na presente seção.

Na variável Qualidade da consoante, o fator obstruinte dorsal foi considerado favorecedor, com peso relativo de 0,67. O fator obstruinte labial pode ser considerado neutro, com peso relativo de 0,49, e os fatores obstruinte coronal e nasal foram desfavorecedores, com pesos de 0,42 e 0,37, respectivamente. A tabela 1 mostra esses resultados.

Tabela 1 - Qualidade da consoante

Fatores Aplicação/Total Frequência Peso Relativo

Obst. dorsal (like, fish) 158/455 34,7% 0,67

Obst. labial (knife, cab) 41/239 17,2% 0,49

Obst. coronal (nice, don‟t) 96/760 12,6% 0,42

Nasal (plane, name) 25/229 10,9% 0,37

TOTAL 320/1683 19% -

Input 0,167 Significância 0,011

Conforme o previsto, o fator favorecedor à aplicação da regra de epêntese, nesta variável, foi obstruinte dorsal. Esse fator, observado em ocorrências como like, dog, fish, catch e bridge, é composto por segmentos realizados em ponto menos frontal no trato oral, próximo ao local onde [i], a vogal epentética, é produzida. Consoantes oclusivas velares ([k, g]), fricativas palatais () e africadas () são segmentos que são submetidos, junto com a vogal [i], a processos fonológicos em diversas línguas. Em algumas, oclusivas velares, quando seguidas por [i], sofrem palatalização; em outras, fricativas palatais e africadas são resultado de processo de palatalização condicionado pela existência de vogal alta. Nota-se, pois, que essas consoantes mantêm relação com a vogal [i] e que, no caso da epêntese em coda final, essa relação é o que favorece uma produção mais elevada desse fenômeno por aprendizes de inglês como L2.

Quanto à variável Tonicidade da sílaba, o fator tônica foi considerado favorecedor (com peso relativo de 0,54), ao passo que o fator átona foi considerado desfavorecedor (com peso de 0,41). A tabela 2 mostra os resultados desta variável.

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Tabela 2 - Tonicidade da sílaba

Fatores Aplicação/Total Frequência Peso Relativo

Tônica (like, beyond) 254/1075 23,6% 0,54

Átona (what, music) 66/608 10,9% 0,41

TOTAL 320/1683 19% -

Input 0,176 Significância 0,011

Pode-se supor que a epêntese é favorecida por sílabas tônicas devido ao fato de que, como estas são mais salientes à percepção dos aprendizes, as estratégias de reparo de que os falantes lançam mão (como epêntese, neste caso) concentram-se principalmente em conformar esse tipo de sílaba a um molde semelhante ao de sua L1.

As variáveis Qualidade da consoante e Tonicidade da sílaba foram cruzadas no GoldVarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH 2005), a fim de que se verificasse se a produção de epêntese ocorre mais frequentemente em sílaba tônica independentemente da consoante precedente à vogal epentética. Observe-se o quadro 2.

Quadro 2 – Cruzamento das variáveis Qualidade da consoante e Tonicidade da sílaba Tonicidade/Consoante Obst. labial Obst. coronal Obst. dorsal Nasal

Tônica 21% 15% 34% 18%

Átona 5% 11% 44% 1%

Percebe-se que, em todos os casos, exceto quando a vogal precedente é uma obstruinte dorsal, há maior índice de epêntese quando a sílaba em que ocorre o processo é tônica. Com obstruinte dorsal precedente, porém, há aplicação da regra em 44% das ocorrências em que a sílaba é átona, e em 34% das ocorrências em que a sílaba é tônica. Embora a discussão desse resultado demande atenção mais profunda, pode-se pensar, por enquanto, que o fato de a produção de epêntese com obstruinte dorsal ser mais frequente está mais ligado às características deste tipo de segmento (anteriormente expostas), e não à tonicidade da sílaba, que é, por sua vez, o que parece exercer influência mais significativa nos demais contextos precedentes.

Quanto à variável Estilo, foi considerado favorecedor o fator diálogo, com peso relativo de 0,58. O fator leitura é desfavorecedor, com peso de 0,46. Observe-se a tabela 3.

Tabela 3 – Estilo

Fatores Aplicação/Total Frequência Peso Relativo

Diálogo 137/535 25,6% 0,58

Leitura 183/1148 15,9% 0,46

TOTAL 320/1683 19% -

Input 0,176 Significância 0,011

Nota-se, pois, que, no estilo de produção mais livre, o diálogo semicontrolado, a produção de epêntese obteve índice de frequência e peso relativo mais elevados. É possível que isso se deva ao fato de que, na modalidade de produção mais espontânea, os aprendizes não se apoiaram a materiais em que a escrita das palavras estava registrada (pois, nesta tarefa, somente podiam ler os tópicos sobre os quais iriam conversar) e tiveram de confiar no seu próprio registro mental do que seria produzido.

(12)

Entretanto, pode-se pensar que, se o que ocorresse com esses aprendizes fosse um caso estrito de transferência grafo-fônico-fonológica, sua produção de epêntese seria maior nos contextos de leitura, especialmente em ocorrências em que a palavra escrita possui uma vogal na posição em que é inserido elemento epentético (like, bridge, live, name, por exemplo). Como a epêntese é produzida com menor frequência nos contextos de leitura, é possível supor que os aprendizes de inglês, ainda que transponham o molde silábico do português ao inglês, têm conhecimento (intuitivo) do fato de que a L2 com a qual têm contato pode realizar uma variedade de consoantes maior do que a da L1 em posição final de palavra.

A última variável selecionada pelo programa GoldVarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH 2005) foi Nível dos alunos. O fator básico foi considerado favorecedor à produção de epêntese, com peso relativo de 0,54, ao passo que o fator intermediário foi considerado desfavorecedor, com peso de 0,45. A tabela 4 traz esses valores.

Tabela 4 – Nível dos alunos

Fatores Aplicação/Total Frequência Peso Relativo

Básico 188/809 23,2% 0,54

Intermediário 132/874 15,1% 0,45

TOTAL 320/1683 19% -

Input 0,176 Significância 0,011

Conforme se previa, os aprendizes de nível básico realizam mais epêntese do que aprendizes de nível intermediário. Espera-se que, com o desenvolvimento da interlíngua dos aprendizes e sua aquisição de proficiência na L2, a transferência de características da L1, como esta, de reparo de estrutura silábica por meio de epêntese, seja diminuída.

A fim de verificar o papel que nível dos alunos e estilo exercem na produção de epêntese em coda final, essas duas variáveis foram cruzadas. Observe-se o quadro 3.

Quadro 3 – Cruzamento das variáveis Estilo e Nível dos aprendizes

Estilo/Nível Básico Intermediário

Leitura 19% 14%

Diálogo 30% 19%

Percebe-se que, nos dois níveis de proficiência considerados, o índice de epêntese é maior nos contextos de diálogo semicontrolado. É interessante notar, além disso, que o percentual de aplicação da regra obtido por alunos de nível intermediário em contextos de diálogo é igual (19%) ao obtido por aprendizes do básico em contextos de leitura. Pode-se pensar que o maior contato dos aprendizes com a L2 leva à aquisição dos padrões silábicos desta língua, à percepção de características da L2 que divergem das da L1 e a uma maior percepção da diferenças entre pronúncia e escrita.

Tanto variáveis linguísticas (Qualidade da consoante e Tonicidade da sílaba) como variáveis extralinguísticas (Estilo e Nível dos aprendizes) exercem influência na realização de epêntese em coda final em inglês como L2. Retomam-se os resultados alcançados por este estudo na próxima seção.

(13)

5 Considerações finais

O estudo da realização de epêntese em coda final por aprendizes de inglês como L2 levou em conta alunos dos níveis básico e intermediário de um curso de idiomas/programa de línguas da cidade de Caxias do Sul (RS). A análise de regra variável no programa GoldVarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH 2005) permitiu observar que a frequência de aplicação da regra é de 19% e que o fenômeno é condicionado por consoante obstruinte dorsal, contexto de diálogo, sílaba final tônica e nível básico. Cruzamentos de variáveis indicaram que com todas as consoantes em posição de coda, exceto com obstruinte dorsal, o percentual de epêntese é maior quando a sílaba é tônica. Apontaram, ainda, que a frequência de epêntese é maior em contexto de diálogo para aprendizes tanto do nível básico como do nível intermediário. O baixo índice total de aplicação da regra sugere que aprendizes de inglês têm consciência de que a estrutura silábica do português (sua L1) e do inglês (sua L2) são diferentes; entretanto, o fato de o fator diálogo ser favorecedor ao fenômeno indica que, em situação semicontrolada ou espontânea, há tendência por parte dos aprendizes, em especial daqueles de nível básico, a utilizar estratégias de reparo silábico, adaptando palavras do inglês ao molde silábico do português.

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