• Nenhum resultado encontrado

ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO

Circular nº 15

21.09. 2010

POMÓIDEAS

MOSCA DO MEDITERRÂNEO

O aumento de capturas nas armadilhas indica que a população desta praga tem aumentado. Nas variedades de maçãs e peras de colheita tardia existe risco de ataque. Nesses pomares, recomenda-se que seja feito o combate à mosca, utilizando conjuntamente os vários meios de luta disponíveis, como por exemplo, a captura massiva, pela colocação de armadilhas contendo um atractivo+insecticida, a utilização da luta química, dirigida à fruta ou a pulverização de parte das copas das árvores com isco+insecticida.

Os insecticidas autorizados em pomóideas são à base de: bifentrina, fosmete, lambda-cialotrina e lufenurão.

Esta praga ataca os mais variados frutos, como por exemplo figos, dióspiros, maracujás, etc.. Nas espécies que não haja insecticidas autorizados, pode sempre ser utilizada a captura massiva por atracção e morte.









Ramo de macieira com lesões provocadas pelo cancro europeu









Ferida de cancro raspada









Ferida cicatrizada

CANCRO EUROPEU DA

MACIEIRA

Nos pomares novos, em que seja observada a presença de cancros, ainda se poderá proceder à sua limpeza pela parte sã, enquanto o tempo se mantiver seco.

Nos pomares muito atacados deve ser feito um tratamento com um fungicida à base de cobre, no início da queda das folhas.

DIVISÃO DE PROTECÇÃO E CONTROLO FITOSSANITÁRIO

ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Quinta de S. Gens Estrada Exterior da Circunvalação, 11 846 4460 – 281 SENHORA DA HORA

Telefone: 229 574 010 Fax: 229 574 029 E-mail: avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt © R e p ro d u ç ã o s u je it a a a u to ri z a ç ã o Impresso na Estação de Avisos de Entre Douro e Minho

Realização técnica:

J. F. Guerner Moreira (Eng.º Agrónomo) Carlos Coutinho (Ag. Técnico Agrícola)

Impressão e expedição: C. Coutinho, Licínio Monteiro

























(2)

CITRINOS

MOSCA DO MEDITERRÂNEO OU

MOSCA DA FRUTA

Nesta altura, as variedades de laranjas e tangerinas de maturação mais precoce, ficam sujeitas a serem picadas pela mosca, antecipando a mudança de cor e provocando a queda prematura.

Deve ser mantida a vigilância e mal exista a presença poderá, alem dos outros meios de luta, ser também utilizada a luta química.

Os insecticidas autorizados EM são à base de: azadiractina, fosmete, lambda-cialotrina, lufenurão, e spinosade.

Consulte a ficha de DIVULGAÇÃO nº 7/ 2010 (II Série), publicada em Julho

INSECTICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À MOSCA DO MEDITERRÂNEO

Substância activa

Nome comercial Amei-xeira Citri- nos Damas-queiro Dios-pireiro Figueira Maciei-ra Pereira Pesse gueiro

azadiractina (1) ALIGN, FORTUNE AZA, NIMOIL SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO

bifentrina KIROS, KIROS PRONTO,

TALSTAR, TALSTRINA

NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO

fosmete (3) IMIDAN 50 WP NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO

lambda-cialotrina KARATE with ZEON technology; KARATE+; NINJA with ZEON

technology; JUDO, ATLAS

SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM

lufenurão ADRESS (4); MATCH; MATCH 050 EC

SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

spinosade SPINTOR; SPINTOR ISCO (4) NÃO SIM NÃO SIM (5) NÃO NÃO NÃO NÃO

(1) Insecticida regulador de crescimento de origem vegetal, obtido a partir de extractos da espécie Azadiractina indica. Produto indicado para utilização em agricultura biológica. (2) em esgotamento de existências até 30 de Maio de 2011

(3) não fazer mais que uma aplicação por ano; (4) insecticida na forma de iscos, a utilizar apenas em armadilhas de atracção alimentar em luta biotécnica (5) apenas SPINTOR ISCO, na lista de usos menores

_________________________________________________________________________________________

OLIVEIRA

MOSCA DA AZEITONA

Tem-se registado um aumento das capturas nas armadilhas. A população da mosca da azeitona pode variar muito de olival para olival. Recomenda-se que seja feita em cada olival a avaliação das azeitonas picadas pela mosca e a presença de galerias com larvas vivas. Para tal devem ser colhidas 10 azeitonas por árvore, em

20 árvores. O tratamento com insecticida só se recomenda se for atingido o nível económico de ataque que é de 1% de azeitona picada com formas vivas em azeitona para conserva e 8 a 12% de azeitonas com formas vivas, em azeitona para azeite. Os insecticidas autorizados são à base de: deltametrina, dimetoato, fosmete, lamda-cialotrina, spinosade e tiaclopride.

Consulte a ficha de DIVULGAÇÃO nº 6/ 2010 (II Série), enviada em Junho

INSECTICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À MOSCA DA AZEITONA

Geral/ Luta aconselhada Protecção Integrada/ Produção Integrada Agricultura biológica

deltametrina (DECIS, DECIS EXPERT,

DELTAPLAN); dimetoato (DIMETAL, DANADIM PROGRESS, DAFENIL PROGRESS,

PERFEKTHION, DIMISTAR PROGRESS, DIMETEX); fosmete (IMIDAN 50 WP);

lambda-cialotrina (KARATE with ZEON technology,

KARATE+, NINJA with ZEON technology, JUDO, ATLAS); spinosade (SPINTOR, SPINTOR ISCO); tiaclopride (CALYPSO)

deltametrina (DECIS, DELTAPLAN);

dimetoato (DIMETAL, DANADIM PROGRESS,

DAFENIL PROGRESS, PERFEKTHION, DIMISTAR PROGRESS, DIMETEX); );

fosmete (1)(IMIDAN 50 WP); lambda-cialotrina (KARATE with ZEON technology); spinosade (SPINTOR ISCO)

hidrolisado de proteínas (ENDOMOSYL) (2)

spinosade (SPINTOR ISCO) (3)

deltametrina (DECIS, DECIS EXPERT,

DELTAPLAN) (3)

lambda-cialotrina (KARATE with ZEON technology, KARATE+, NINJA with ZEON technology, JUDO, ATLAS) (3)

(1) apenas em azeitonas de mesa, máximo duas aplicações/ ano; (2) atractivo a utilizar em armadilhas de monitorização e captura em massa (3) a utilizar apenas em armadilhas de captura em massa, com atractivos específicos

GAFA E OLHO DE PAVÃO

Para as variedades mais sensíveis a estas doenças, recomenda-se a realização de um

tratamento com um fungicida à base de cobre, antes das primeiras chuvas do Outono.

Consulte a ficha técnica nº 19/ DRAPN (Nova série)

(3)

DIVULGAÇÃO

A mosca da azeitona ( Bactrocera oleae (Gmelin) )

A mosca da azeitona é o principal inimigo da oliveira e dos olivicultores. Esta praga encontra-se por toda a bacia do Mediterrâneo e mais recentemente chegou à América do Norte e Central. No Entre Douro e Minho, tem vindo a expandir-se, em parte como resultado do abandono da cultura da oliveira e da não apanha da azeitona, factor

que, de ano para ano, favorece o aumento das populações. A não serem tomadas medidas integradas e continuadas para o seu controlo, a mosca da azeitona pode acarretar sérios prejuízos aos novos olivais que vêm

sendo plantados no Entre Douro e Minho e que vão começando a entrar em produção.

_________________________________________________________________________________________________________________________

Adulto da mosca da azeitona 1  imagem muito ampliada, 2  fêmea em postura(tamanho natural)

3  azeitona perdida devido a ataque de mosca 4  fruto aberto, mostrando a pupa de mosca no seu interior e os estragos

Ciclo de vida da mosca da azeitona

A mosca da azeitona pode passar o Inverno sob a forma de pupa, enterrada entre 1 e 5 cm no solo dos olivais, sob a forma de larva ou pupa nos frutos que ficam por apanhar ou ainda sob a forma de adulto. No fim do Inverno/ início da Primavera, os adultos iniciam a actividade e como têm grandes capacidades de voo, espalham-se, colonizando novos olivais. Aquando do endurecimento do caroço, as fêmeas, após o acasalamento, depositam os ovos, inserindo-os sob a epiderme, apenas um em cada azeitona. Cada fêmea produz 300 a 400 ovos. Uns dias depois da postura, o ovo eclode, dando origem a uma larva branca que, ao desenvolver-se, vai abrindo galerias na polpa da azeitona, de que se alimenta. No final do seu desenvolvimento, transforma-se em pupa no interior da azeitona, dando origem a um novo insecto. O processo reinicia-se, sucedendo-se durante o Verão e até ao mês de Novembro 4 a 5 gerações, que duram cerca de 25 a 30 dias. À aproximação do Inverno, as últimas larvas deixam-se cair das azeitonas ao solo, onde deixam-se enterram e passam o Inverno em forma de pupas, muito resistentes ao frio e

aos insecticidas, mas que morrem se ocorrer um período prolongado com temperaturas abaixo de 00C conjugado com elevada humidade do solo.

A temperatura óptima de desenvolvimento da mosca da azeitona situa-se entre os 20 e os 300C. Acima de 300C as posturas são fortemente reduzidas. Acima de 350C ovos, larvas e pupas morrem. Abaixo de 150C, cessam as posturas.

Estragos e prejuízos

Os prejuízos originados pela mosca da azeitona são qualitativos e quantitativos. A actividade da larva no interior da azeitona afecta o seu desenvolvimento e provoca a sua queda prematura. Azeitonas de mesa são desvalorizadas pela simples picada de postura da mosca, e os prejuízos podem ser totais. Azeitonas atacadas pela mosca dão origem a azeites ácidos e com índices elevados de peróxidos. Grande parte da colheita pode ser perdida, pois as azeitonas caem prematuramente e apodrecem.

Armadilhas utilizadas na monitorização e / ou combate à praga: 5  placa cromotrópica 6  armadilha tipo “delta” com feromona 7  garrafa com solução atractiva para captura massiva 8 armadilha de atracção e morte utilizada em luta atracticida

Factores favoráveis e desfavoráveis

Favoráveis Inverno suave; Primavera precoce; Verão

ameno; Outono ameno e húmido.

Desfavoráveis Verão prolongado, seco e quente;

Inverno longo, frio, com muita geada.

1

2

3

4

5

6

7

8

(4)

Inimigos naturais da mosca da azeitona

As espécies de parasitóides conhecidas da mosca da azeitona têm reduzida importância no controlo da

praga. Os predadores do solo, como os carabídeos e

formicídeos, podem ter alguma importância na redução das populações de pupas hibernantes e de adultos recém-emergidos. Formicídeos e vespídeos foram já observados a retirar larvas e pupas do

interior de azeitonas. As aves também são importantes predadoras, ao alimentarem-se dos frutos maduros atacados, ou directamente dos insectos - larvas da traça, mosca da azeitona, cochonilhas. Habitam os olivais aves auxiliares como toutinegras-de-cabeça-preta,

chapins reais, chapins azuis, carriças, melros, papa-figos,

estorninhos pretos, tordeias, ferreirinhos e abelharucos.

Vigilância da praga e estimativa do risco

O conhecimento do início e evolução dos voos da mosca permite posicionar com rigor os tratamentos químicos e outro tipo de intervenções. Para este efeito, são utilizados variados tipos de armadilhas:

 armadilha alimentar (com solução de fosfato de

amónio - 30 a 40 gramas/ litro de água),

 armadilha sexual tipo delta com feromona;

 armadilha cromotrópica amarela e sexual (placa

amarela com cola e feromona).

Medidas preventivas e de conservação

O enrelvamento do solo do olival, o estabelecimento de sebes e bandas de vegetação natural na sua periferia, favorecem a existência e a multiplicação de insectos e de outros organismos auxiliares. Devem-se evitar os herbicidas e os tratamentos curativos contra a mosca. A antecipação da colheita pode ser uma forma de evitar os ataques da praga no Outono. A apanha e destruição das azeitonas atacadas caídas e a mobilização superficial do solo no princípio e no fim do Inverno, ajudam, a longo prazo, à diminuição das populações de mosca da azeitona. As azeitonas provenientes de olivais atacados devem ser laboradas de imediato, impedindo assim o seu apodrecimento e minimizando a adulteração dos azeites produzidos.

Luta biológica

Tem sido utilizado com êxito um insecticida biológico à base de spinosade. Trabalhos recentes com outro

insecticida biológico, à base de diversas estirpes de Bacillus thuringiensis, abrem igualmente novas possibilidades de luta contra a mosca da azeitona. É possível fazerem-se também pulverizações à base de argilas (caulinite), que funcionam como barreira à postura. Trabalhos experimentais demonstram eficácia

superior a 80% na redução das posturas.

Luta biotécnica

Captura massiva  utilização de garrafas de plástico contendo uma solução atractiva. As garrafas devem ser colocadas na parte da copa virada a sudeste, na razão de uma para cada 2 ou 3 oliveiras. Colocar a partir de Junho e reforçar se as populações de mosca forem elevadas. Com este método, consegue-se capturar e eliminar grande parte da população de moscas.

Luta atracticida  utilização de dispositivos de atracção e morte contendo um atractivo alimentar ou sexual e um insecticida. As moscas são atraídas a estes dispositivos e ao entrarem em contacto com o insecticida, acabam por morrer. É um método compatível com a produção biológica, tal como a captura massiva e a utilização de argilas e insecticidas biológicos.

Tratamentos químicos

Deve adoptar-se um programa de protecção integrada, que englobe os meios disponíveis acima descritos e

apenas se necessária, a aplicação de insecticidas. 

Podem ser feitos tratamentos químicos preventivos adulticidas, destinados a eliminar os adultos e a impedir as posturas. Conseguem-se bons resultados aplicando uma calda insecticida contendo um atractivo alimentar ou sexual (feromona). Neste caso, deve-se fazer um tratamento localizado, aplicando a calda apenas na parte da copa da árvore virada a sul ou em bandas ou linhas alternadas, tratando-se de olivais plantados em linha ou em bardo. Deve-se dar

preferência aos tratamentos preventivos.  Os

tratamentos ditos curativos larvicidas visam a destruição das larvas e obrigam ao tratamento integral das árvores, de modo a atingir todos os frutos. São mais nocivos do ponto de vista ambiental e da saúde do consumidor, pelos resíduos que podem deixar e pelas mais intensas perturbações da entomofauna do olival.

Devem-se respeitar  as datas de tratamento  os

métodos de aplicação dos tratamentos  a alternância

de produtos os intervalos de segurança.

Informações oportunas para o combate à mosca da azeitona são transmitidas pela Estação de Avisos de Entre Douro e Minho, através dos Avisos Agrícolas.

___________________________________________________________________________________________________

Textos de divulgação técnica da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho nº 6/ 2010 (II Série) Junho

Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas/ DRAP-Norte/ Divisão de Protecção e Controlo Fitossanitário/ Estação de Avisos de Entre Douro e Minho/ Estrada Exterior da Circunvalação, 11846 4460–281 SENHORA DA HORA/

Telefones: 22 957 40 10/ 22 957 40 16/ Fax 22 957 40 19 / E-mail: avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Fontes: Laura Torres (Coord.) Manual de Protecção Integrada do Olival, Viseu, 2007



António Manuel MonteiroPalavras do Olival, Mirandela, 2008

Célia Gratraud, Jean-Michel Duriez, Serge Regis, Christian Pinatel, Christian Argenson. Olivier 2010-Guide dês bonnes pratiques – Association Française Interprofessionnelle de l’ Olivier - AFIDOL – France, 2010.



La mouche de l'olive

Bactrocera oleae [ in http://www.fredon-corse.com ]

Informação sobre pesticidas em http://www.dgadr.min-agricultura.pt Texto: C.Coutinho.

(5)

DIVULGAÇÃO

A mosca do Mediterrâneo

( Ceratitis capitata Wiedemann )

A mosca do Mediterrâneo ataca os frutos de variadíssimas espécies fruteiras - pêssegos, damascos, nectarinas, maçãs, peras,

laranjas, tangerinas, figos, diospiros, nêsperas, uvas e muitos outros - e pode causar a perda total da produção.

O combate a uma praga deste tipo só tem sucesso se for organizado colectivamente pelos fruticultores, sobretudo através das suas associações sócio-profissionais e contando com o apoio técnico-científico dos serviços públicos. O controlo da mosca do Mediterrâneo

torna-se muito difícil se apenas um ou outro produtor isolado fizer os tratamentos necessários, pois a mosca passa muito facilmente e com grande rapidez de uns pomares para os outros e mesmo de umas regiões para as outras.







 Mosca do Mediterrâneo:

imagem

muito

ampliada,

mostrando o característico

desenho

das

asas.

Na

imagem

sobreposta:

a

mesma

mosca

no

seu

tamanho natural.

A

fêmea

da

Mosca

do

Mediterrâneo põe os ovos,

perfurando a casca dos frutos.







 Imagem ampliada de corte

da casca de um fruto,

mostrando os ovos da mosca

do mediterrâneo no seu

interior.









Dos

ovos

nascem pequenas

larvas

brancas

(morcões), que se

desenvolvem no

interior do fruto,

destruindo-o por

completo.

Os frutos atacados acabam por cair ao fim de

alguns dias. A mosca, em anos cujas condições

meteorológicas, de tempo quente, o permitam, pode

causar enormes prejuízos. Depois de completado o seu

desenvolvimento, as larvas (A) 





 abandonam o fruto,

projectando-se para o solo, onde se enterram. Aí evoluem

para pupas (B) 





, de que nascerão novas moscas,

iniciando-se

outra

geração.

À

aproximação do tempo frio, as pupas

já não evoluem para a forma adulta e

ficam enterradas até à

Primavera-Verão seguinte, dando nessa altura

origem a um novo ciclo da praga. Na

Região de Entre Douro e Minho, a

mosca do Mediterrâneo mantém-se normalmente activa

entre o meio de Junho e o meio de Novembro, altura em

que os últimos adultos são capturados na rede de

armadilhas.







 Pêssego aberto, mostrando as larvas da mosca no

seu interior e a destruição do fruto por estas

provocada.

Meios de combate à mosca do Mediterrâneo

Para se estabelecer um plano de combate racional

e escolher a altura mais oportuna para efectuar os

tratamentos, é necessário obter dados sobre a

precocidade e intensidade da praga. Para isso é preciso

controlar o voo dos insectos adultos (as moscas

propriamente

ditas).

Neste

controlo usa-se um dos diversos

tipos de armadilhas existentes,

que

são

colocadas

nos

pomares.







 Armadilha tipo garrafa

mosqueira

Estes

processos

deverão

ser

sempre

acompanhados

por

uma

estreita vigilância do pomar,

para detecção da presença de fruta picada pela mosca.

A Estação de Avisos de Entre Douro e Minho

estabelece anualmente uma rede de locais para

observação da evolução da mosca do Mediterrâneo, no

(6)

sentido de poder emitir Avisos para o tratamento contra

esta praga e de, a mais longo prazo, poderem vir a ser

tomadas outras medidas de controlo.

Armadilha tipo delta 







Modo de realizar o tratamento

A luta química tem em vista sobretudo a

destruição dos insectos adultos, embora alguns

tenham acção larvicida.

Os insecticidas homologados são produtos à base

de fosmete, lambda-cialotrina, lufenurão e spinozade.

À calda insecticida pode adicionar-se um

hidrolisado de proteínas, cuja função é atrair as moscas,

aumentando a eficácia do tratamento. Neste caso, deverá

pulverizar-se apenas metade da copa da árvore - a mais

exposta ao sol - pois os insectos são aí atraídos pelo

hidrolisado adicionado à calda. Assim, poupa-se

insecticida, tornando o tratamento mais económico e

menos agressivo para o Ambiente.

Deve ser respeitado escrupulosamente o

intervalo de segurança indicado no rótulo do produto

insecticida, cumprindo, assim, uma norma legal que visa

proteger a saúde dos consumidores.

Os frutos atacados devem ser apanhados e

enterrados a mais de 60 cm de profundidade ou

queimados. Desta forma, contribui-se para reduzir a

população de mosca e os ataques no ano seguinte.

Luta biotécnica (captura massiva e Luta autocida)

A captura massiva consiste na colocação no

pomar de um determinado

número

de

armadilhas,

contendo um atractivo.⊳ As

moscas são atraídas a estas

armadilhas, diminuindo assim

a

população.

Estes

dispositivos

podem

ser

encontradas no mercado da

especialidade.

Existe também a possibilidade técnica de

introdução da luta autocida contra a mosca do

Mediterrâneo Esta forma de controlo consiste no

lançamento no ambiente de machos esterilizados da

mosca que, ao acasalarem com as fêmeas existentes na

natureza, dão origem a ovos estéreis, diminuindo

gradualmente as populações da praga.

Esta forma de luta biotécnica, devidamente

conduzida e conjugada com outros meios de luta, poderá

vir a ser uma solução duradoura para o problema da

mosca do Mediterrâneo na região de EDM.

INSECTICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À MOSCA DO MEDITERRÂNEO

Substância activa

Nome comercial Amei-xeira Citri- nos Damas-queiro Dios-pireiro Figueira Maciei-ra Pereira Pesse gueiro

azadiractina (1) ALIGN, FORTUNE AZA, NIMOIL SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO

bifentrina (2) KIROS; KIROS PRONTO; TALSTAR; TALSTRINA

NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO

fosmete (3) IMIDAN 50 WP NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO

lambda-cialotrina KARATE with ZEON technology; KARATE+; NINJA with ZEON

technology; JUDO, ATLAS

SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM

lufenurão ADRESS (4); MATCH; MATCH 050 EC

SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

spinozade SPINTOR; SPINTOR ISCO (4) NÃO SIM NÃO SIM (5) NÃO NÃO NÃO NÃO

(1) Insecticida regulador de crescimento de origem vegetal obtido a partir de extractos da espécie Azadiractina indica. Produto indicado para utilização em agricultura biológica. (2) em esgotamento de existências até 30 de Maio de 2011

(3) não fazer mais que uma aplicação por ano; (4) insecticida na forma de iscos, a utilizar apenas em armadilhas de atracção alimentar em luta biotécnica (5) apenas SPINTOR ISCO, na lista de usos menores

___________________________________________________________________________________________________________

Textos de divulgação técnica da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho nº 7/ 2010 (II Série) ( Reedição/Julho/ 2010 )

Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas/ DRAP-Norte/ Divisão de Protecção e Controlo Fitossanitário/ Estação de Avisos de Entre Douro e Minho/ Rua da Restauração, 336 4050 - 501 PORTO/ Telefones: 22 606 24 48/ 22 606 22

17/ Fax 22 606 37 59 / E-mail: avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt

Referências

Documentos relacionados

evaporação rápida da fina camada de água gelada que cobre as plantas, ao nascer o sol no Inverno, produz este tipo de geadas, sobretudo nos locais expostos a nascente, que são

Caso sinta efeitos de descontinuação do tratamento quando parar de tomar os seus comprimidos, o seu médico poderá decidir que deverá interromper a toma de uma forma mais

Os tumores das células de Sertoli-Leydig estão associados com virilização em mais de 80% dos casos, embora contribuam com menos de 0,2% das neoplasias ovarianas (23, 24).

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma). A elaboração das informações contábeis trimestrais de acordo com as práticas contábeis adotadas no

A INFWEB visa utilizar os recursos computacionais na INTERNET para auxiliar no ensino de disciplinas de informática ministradas pelo Departamento de Informática e Estatística da

Integrais curvilíneas (homotopia). - Theórie Élementaire des Fonctions Analytiques d'une ou Plusieurs Variables Complexes. - Functions of One Complex Variable,

Variedades diferenciáveis, variedades com bordo, variedades orientáveis. Partição da unidade. Aplicação: Teorema do mergulho de Whitney para variedades

higienização de cada compartimento das áreas de serviço; Registo de higienização de cada espaço comum exterior; Registo de incidentes/casos suspeitos; Registo de inventário do