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Colégio Estadual Professor Ernesto Faria

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Academic year: 2021

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Colégio Estadual Professor Ernesto Faria

Subprojeto Pibid-Química UERJ

Você também come com os olhos

Quem nunca sentiu vontade de comer algo que viu na televisão?

Neste caso o único sentido que está te influenciando a querer comer o alimento é apenas o sentido da visão, pois você não tocou, não cheirou e não sentiu o gosto daquele alimento.

Uma pesquisa revela que a visão influencia cerca de 87% as nossas escolhas e os outros 13% se deve a influência dos outros sentidos.

Vamos fazer um teste:

Dos alimentos abaixo qual você ficou com vontade de comer?

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Associamos a cor a alguns grupos de alimentos

Por exemplo: essas garrafas estão cheias de que?

Apesar de vocês acharem que são sucos, na verdade essas garrafas estão cheias de água com corante, não tem nenhuma fruta e nenhum gosto.

Assim como vocês relacionaram suco de frutas a essas garrafas apenas pela cor delas e alguns até ficaram com vontade de tomá-los, os alimentos mais coloridos também são mais atrativos. Por isso a indústria de alimentos faz uso de corantes em seus produtos e assim os torna mais atrativos. Afinal ninguém quer comprar um alimento com uma cor desbotada ou uma cor diferente da normal.

E é justamente para atrair os consumidores que a indústria dos corantes alimentícios surgiu.

Você também come com os olhos:

corantes naturais e artificiais nos alimentos.

Tudo o que comemos tem corante, corantes nada mais são do que molécula que dão cor aos alimentos, logo tudo o que tem cor tem corante.

Quem nunca ouviu que, quanto mais colorido estiver o seu prato mais saudável e completo estará sua alimentação?

Neste caso a cor está relacionada com a saúde.

Além das indústrias, quais são os outros produtores de corantes?

Os corantes naturais são produzidos por vegetais e animais.

Assim como as indústrias tem como objetivo tornar os seus produtos mais atrativos, os vegetais também produzem flores e frutos coloridos para atrair agentes polinizadores e animais que se alimentem de seus frutos e espalhem suas sementes.

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Geralmente crianças pequenas rejeitam alimentos verdes ou marrons, como feijão, brócolis e couve sem nem ao menos experimentarem, mas quando se trata de alimentos de cores mais vivas ou mais claras como morango, batata, arroz, a aceitação pela criança é mais fácil de ocorrer.

Por que as cores como laranja, vermelho e amarelo são mais atrativas

e as cores verdes e marrons não são?

Muitas das vezes as cores verdes e marrons são associadas a alimentos amargos ou azedos, como é o caso de frutas verdes (que não estão maduras) e alimentos que quando começam a estragar ficam primeiro verdes e depois marrons.

Outro fato é que na natureza as plantas usam as cores verdes para fazer a fotossíntese e para indicar que o seu fruto ainda não está próprio para ser comido, assim, com exceção dos animais que se alimentam de folhas, os outros animais também não são atraídos por alimentos da cor verde.

Você pode até imaginar que os animais não produzem corantes, mais isso não é verdade, como foi dito acima, tudo o que tem cor tem corante, por isso se a carne dos animais tem cor então é porque tem corante nelas (corante hemoglobina).

Já que falamos de corantes nas carnes, porque então as carnes

quando são cozidas, assadas ou fritas mudam de cor?

Essa resposta é fácil, os corantes naturais têm a sua cor alterada rapidamente pelo calor ou tempo de armazenamento. E por causa dessa mudança de cor dá para identificar se o peixe é fresco ou não apenas olhando sua guelra.

Se os alimentos já possuem corantes, então por que o homem

precisou criar os corantes artificiais?

Por que a indústria de alimentos usa na maioria das vezes corantes

artificiais nos seus produtos em vez de corantes naturais?

Um pouco da história dos corantes:

O passado só era conhecido os corantes naturais e eles eram usados principalmente para tingir roupas, esses corantes eram retirados de vegetais, minerais e animais.

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Corantes que eram retirados de vegetais nem sempre podiam ser usados em alimentos, pois eles além de darem a cor ao alimento também mudavam seu sabor.

Você já imaginou uma bala tingida com um corante presente na pimenta? Ou um glacê amarelo para cobrir um bolo tingido com o corante do pimentão amarelo? Usar sangue para colorir doces, seria muito estranho (embora exista um animal bem pequeno que seu sangue é usado para colorir alimentos, mas isso veremos mais a frente).

Embora existam corantes naturais que não têm gosto, mesmo esses

na maioria das vezes são substituídos por corantes artificiais.

Por que isso ocorre?

Vamos analisar como eram extraídos e usados os corantes antes de se descobrirem os corantes artificiais.

Os corantes naturais eram de difícil obtenção e de extração muito cara, primeiro porque eram necessários muitos trabalhadores, já que a extração tinha etapas manuais, segundo porque era preciso quantidades enormes de matéria prima para se produzir quantidades pequenas de corantes e terceiro porque a maioria dos corantes naturais desbotava muito rápido.

Exemplo: o açafrão produz um corante alaranjado vivo, são necessários muitos operários para a sua produção, sua cor não tem boa fixação e são necessários 13 mil estigmas (parte da flor do açafrão responsável pela captação do pólen para o ovário da flor) para produzir 30 g do corante.

Carmim de cochonilha é um corante natural que é obtido quando se tritura o inseto cochonilha, apesar de nojento esse corante é usado até hoje em muitos iogurtes e biscoitos recheados de frutas vermelhas, são necessários 70 mil corpos desse inseto para produzir meio quilo do corante.

Espécies de moluscos firam ameaçadas de extinção, pois eram mortos para se obter o corante púrpura de tiro.

Então como os corantes eram muito caros, eles eram usados para tingir roupas e só quem podia comprar as roupas de cores fortes era quem tinha dinheiro, e algumas cores eram restritas somente a nobreza.

O estudante de química William Henry Perkin , com apenas 18 anos, sintetizou o primeiro corante artificial, que chamou de Malveína já que lembrava a cor da flor de malva

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Essa cor ficou tão popular que todos queriam se vestir com roupas cor de malva, e até selos eram produzidos com ele.

Com isso é descoberto que é possível produzir corantes sintéticos, Perkin e outros pesquisadores criaram mais de 90 corantes sintéticos, sendo que, até o início do século XX mais de 700 corantes sintéticos já estavam disponíveis.

Como os corantes sintéticos eram mais fáceis e mais baratos de se obter que os naturais, os corantes passaram não só a serem usados para tingir roupas mais também para colorir alimentos.

Um crime cometido com corantes

Como os corantes davam uma aparência atrativa e saudável aos alimentos, algumas indústrias alimentícias ou mercados usaram os corantes para restaurar a aparência saudável de alimentos que estavam começando a estragar.

Com tantos corantes artificiais sendo usados nos alimentos,

será que eles não causam algum dano a saúde?

Para responder essa pergunta é preciso uma análise mais profunda dos corantes naturais e artificiais, e isso será feito no nosso próximo encontro, até breve.

Bibliografia

BARROS, A. A. & BARROS, E. B. P.(2010). A Química dos Alimentos. Coleção Química no Cotidiano. Vol. 4. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química.

COUTEUR, Le Penny & BURRESON, Jay. (2006). Os Botões de Napoleão – As 17

Referências

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