Módulo 3_OfertaTurística

Gestão

Gestão

Curso Prossional de Turismo Rural e Curso Prossional de Turismo Rural e Ambiental

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 Temas a desenvolver:

1. Oferta turística

1.1. Noção

1.2. aracterísticas

1.!. lassi"cação em função da sua "nalidade

1.4. #lasticidade da oferta turística

2. $roduto turístico

2.1. aracterísticas essenciais

2.2. omponentes essenciais

2.!. iclo de vida do produto

2.4. %u&est'es de produtos turísticos de acordo com as marcas

de (ona

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1.

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Tur

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1.1Noção

$odemos de"nir Oferta Turística como “o conjunto de produtos turísticos e serviços postos à disposição do usuário turístico em um determinado destino, para seu desfrute e consumo”.

Organização Mundial do Turismo

#m suma) a oferta turística pode ser compreendida como um con*unto de recursos naturais e culturais +ue) em sua ess,ncia) formam a matéria-prima da atividade turística por+ue) na realidade) são esses recursos +ue provocam a au,ncia de turistas.

1.2Características

• Impossibilidade de armazenamento  - ou se*a não se poderão

constituir stoc/s) 0 semelança das outras actividades produtivas

• Consumo realizado localmente  - isto é) nisto é) neste caso o

cliente tem de se deslocar até ao local de produção dos 3ens e serviços e5. a deslocação de um turista 0s praias de 6a&os7

• A produço e o consumo so simult!neos) pelo +ue s8 e5iste

produção turística +uando 9 consumo

• Imobilidade da Oferta " uma ve( +ue um recurso turístico praia)

monumento7

não pode ser transferido para outro local associado a melores condiç'es de venda

• Intan#ibilidade do Produto Turístico " tornando-o imaterial) uma

ve( +ue s8 consumindo esse produto poderão ser testados.

• Complementaridade do Produto Turístico " na medida em +ue

+ual+uer deslocação turística envolve um con*unto de 3ens e serviços +ue concorrem entre si em complementaridade alo*amento) alimentação)...7

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a7 Oferta Turística de Atracço - onstituída por todos os

elementos ou factores de ori&em natural ou criados pelo omem +ue dão resposta 0s motivaç'es turísticas) ori&inando uma deslocação.

37 Oferta Turística de Recepço " on*unto dos

e+uipamentos) 3ens e serviços +ue permitem a perman,ncia no local visitado e satisfa(em necessidades decorrentes dessa perman,ncia$

c7 Oferta Turística de Retenço ou %aço -onstituída

por todos os elementos) +ue) contendo ou não motivos de atracção) contri3uem para aumentar a perman,ncia dos visitantes ou torn9-la mais a&rad9vel.

d7 Oferta Turística de Animaço - Todos os elementos

criados pelo omem susceptíveis de satisfa(er necessidades de recreio ou de ocupação de tempos livres. e7 Oferta Turística de &eslocaço - onstituída pelo

con*unto de infra-estruturas) e+uipamentos e serviços +ue permitem a deslocação dos turistas.

1.4Elasticidadedaofertaturística

 elasticidade turística representa o impacto +ue o preço da Oferta e5erce so3re a vari9vel $rocura. ;sto é) apesar da oferta turística de +ual+uer destino ser vari9vel) podemos di(er +ue a procura s8 poder9 ser satisfeita com 3ase num con*unto mínimo de componentes Oferecido. %ão necess9rias infra-estruturas e todo um con*unto de e+uipamentos) serviços e or&ani(ação +ue atraiam visitantes e les proporcionem condiç'es de perman,ncia capa(es de darem resposta 0s motivaç'es da sua deslocação e 0s necessidades +ue le estão associadas.

2.

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2.1. Noção

O produto turístico pode ser considerado) então) um con*unto de elementos +ue os turistas consomem) e5perimentam) o3servam e apreciam durante a reali(ação da via&em turística.

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<eali(a-se por meio de uma série de atividades e serviços relativos 0 ospeda&em) 0 alimentação) aos transportes) 0 a+uisição de produtos locais como artesanatos e 0 ind=stria do vestu9rio ou de transformação) 3em como a visitas a atrativos naturais e locais de la(er e entretenimento.

2.2Característicasessenciais

• Tan#í'eis - Os serviços não podem ser tocados) pesados) medidos ou

e5perimentados devido a terem nenuma forma física) estão os 3ens) os recursos) as infra-estruturas e os e+uipamentos7

• Intan#í'eis - contrariamente aos produtos tan&íveis) si&ni"ca +ue os

serviços são imateriais) ou se*a) tem apenas e5ist,ncia na medida em +ue são produ(idos e consumidos. estão os serviços) a &estão) a ima&em da marca e o preço7.

• (etero#eneidade - Não e5iste uma unidade na prestação do

serviço) devido 0s restantes características.

• Perecibilidade - onse+u,ncia do car9ter intan&ível. Não pode ser

arma(enado) visto +ue a sua utilidade tem uma duração limitada.

• Inseparabilidade - Os serviços são produtos consumíveis) e o

consumidor participa diretamente no processo de produção do serviço) ou se*a) a produção e o consumo ocorrem simultaneamente.

2.2. Componentes essenciais

• Recursos naturais > são compostos pelo ar) clima) pelos acidentes

&eo&r9"cos) o terreno) a ora) a fauna) as praias) as 3ele(as naturais?

• Recursos culturais > são compostos pelo patrim8nio ar+uitect8nico)

pelos museus) @onumentos) pela cultura da população local) sua &astronomia típica) seu artesanato) folclore) seus eventos) 93itos e costumes) sua m=sica) literatura) lín&ua etc.

• )er'iços turísticos > são compostos pelos meios de ospeda&em)

transportes turísticos) entretenimento) desporto) serviços de alimentos e 3e3idas) serviços de or&ani(ação de eventos) comércio turístico souvenirs7?

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• Infra"estrutura > é composta pelo con*unto de estradas) portos)

par+ues de estacionamento) etc.

• )er'iços urbanos de apoio ao turismo  > são compostos pelos

serviços 3anc9rios) de sa=de) de comunicaç'es) de se&urança p=3lica) além de comércio especiali(ado para turistas.

2.3. Ciclo de vida do produto

O planeamento do produto é um componente essencial no desenvolvimento de um ne&8cio rent9vel +ue pretenda ser contínuo) um produto é muito mais do +ue uma mera com3inação de matérias-primas. Trata-se de um con*unto de satisfaç'es e 3enefícios para os clientes. O planeamento desse produto deve ser tratado do ponto de vista do consumidor.  criação do serviço ou produto certo vai depender das necessidades) dese*os e vontades dos consumidores +ue atualmente vem mudando) favorecendo) *untamente com a competição de mercado) a e5ist,ncia de um ciclo de vida.

2.3.1Asseisfasesdociclodevidadoprodutoturístico

*+ fase , -%ploraço

 fase da e5ploração ocorre em torno de mudanças am3ientais) se*am elas econ8micas) sociais) políticas ou tecnol8&icas) +ue proporcionam o sur&imento de um novo produto. A a fase da desco3erta.

O destino rece3e um n=mero redu(ido de turistas) com elevado poder de compra) amantes da nature(a) com &osto pela aventura e risco) +ue

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Nesse caso) os turistas são atraídos pelos recursos 39sicos ou prim9rios recursos naturais) culturais e ist8ricos7 +ue resultam +uer da acção da nature(a) +uer da acção do omem. O fenBmeno turístico sur&e posteriormente não condicionando) de forma directa) a criação desses elementos. Não e5istem estruturas criadas especi"camente para apoio ao turismo.

.+ fase , -n'ol'imento

O envolvimento decorre +uando os a&entes locais iniciam o processo de prestação de serviços aos turistas.

om o aumento crescente do n=mero de turistas) o destino passa a oferecer maior +uantidade de serviço.

3+ fase , &esen'ol'imento

O desenvolvimento é o período +ue re&ista maior crescimento) +uer da procura) +uer da oferta.

O n=mero de turistas cresce muito rapidamente com uma redução associada do respectivo poder de compra. Nos períodos de maior procura estação alta7) o n=mero de turistas ultrapassa a população residente.

 3       /+ fase , Consolidaço

 consolidação ocorre ap8s o "nal de um período de elevado crescimento.

 ta5a de crescimento do n=mero de turistas diminui) em3ora ainda permaneça positiva. #5iste um aumento da presença de a&entes e5ternos no controle da oferta.  actividade turística assume uma importCncia vital para a economia local) em termos de criação de ri+ue(as e empre&o.

0+ fase , -sta#naço

 esta&nação é a fase mais crítica) pela incerte(a +ue &era em termos de futuro.

O n=mero m95imo de turistas é atin&ido. l&uns turistas evidenciam níveis muito 3ai5os do ponto de vista socioeconmico) podendo e5istir al&umas reaç'es de repulsa por parte dos residentes +ue os consideram não dese*9veis.

O destino dei5a de estar na moda) sendo redu(ida a capacidade para atrair novos turistas para além dos a3ituais mais conservadores7.

1+ fase , Pós"esta#naço

tin&ida a esta&nação) tr,s cen9rios podem sur&ir:

 esta3ili(ação: e5iste a tentativa de manutenção do n=mero de turistas. s press'es a nível am3iental) social e econ8mico. Necessidade de acç'es de planeamento e ordenamento do territ8rio por parte das autoridades p=3licas

O re*uvenescimento ou renovação: por ve(es) o o3*ectivo não vai além da manutenção do n=mero de turistas por perce3er +ue isso s8 ser9 conse&uido através da alteração do produto. #m al&uns casos) pode-se assistir ao verdadeiro início de um novo ciclo com um aumento do n=mero de turistas

O declínio: não se conse&ue) nem a renovação) nem a manutenção do n=mero de turistas. Os recursos criados especi"camente para a satisfação das necessidades dos turistas) nomeadamente alo*amento) restauração e

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animação) são convertidos para outros "ns) o +ue) normalmente não constitui tarefa f9cil.

2.4. Sugestões de produtos turísticos de acordo com as marcas de zona

#m 6a&os os principais produtos turísticos identi"cados são:

a2 )ol e Praia4

No concelo de 6a&os) 0 semelança da re&ião na +ual se insere) os pra(eres do @ar e do %olE decorrentes da e5tensa costa +ue caracteri(a este territ8rio constituíram desde o início dos u5os turísticos os principais atractivos da procura turística. O 3in8mio sol-praia assume-se como o principal produto turístico em 6a&os) constituindo o potenciar de recursosFpatrim8nio natural de 6a&os associados 0 praia e condiç'es clim9ticas e am3ientais.

b2 &esportos 56uticos

Os desportos n9uticos assumem uma importCncia crescente en+uanto produto turístico oferecido pelo concelo de 6a&os.

Neste conte5to) temos o caso da @eia $raia) dotada de e+uipamentos de apoio 0 pr9tica de desportos n9uticos) como as escolas de %urf e de indsurf Duna Heac lu3 e $ro enter indsurf $oint7 +ue promovem o turismo através de eventos desportivos de Cm3ito nacional.

 e5ist,ncia de uma infraestrutura como a marina de 6a&os) tam3ém resulta numa das componentes +ue confere ao recurso mar) características de produto turístico) através da pr9tica de desportos n9uticos associadas 0 Haía de 6a&os.  dinCmica internacional associada 0 pr9tica da vela) pretende atin&ir a população nacional 3em como internacional com a reali(ação de eventos de Cm3ito internacional e5. ampeonato do @undo da lasse Dart 1I7. Jeri"ca-se ainda o desenvolvimento de outra modalidade a+u9tica - Kets/i associada a divul&ação e promoção de eventos de nature(a internacional $rova ;nternacional e ampeonato Nacional7.

c2 7olfe

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infraestruturas para a pr9tica deste desporto) o campo de $almares e Hoavista) re&ista uma promoção de eventos de Cm3ito nacional e internacional) associando o recurso nature(a ao la(er e desporto. #m articulação com o alo*amento) são desenvolvidos pro&ramas de promoção turística associada 0 pr9tica do Golfe.

d2 (istória e Cultura

$ara além das condiç'es &eo&r9"cas e clim9ticas +ue caracteri(am toda a re&ião do l&arve) a List8ria em 6a&os ocupa um lu&ar de desta+ue e coloca o município e a cidade em evid,ncia no cen9rio re&ional) nacional e internacional.

Neste conte5to) os Desco3rimentos $ortu&ueses) começam a serem o3*ecto de promoção en+uanto produto turístico. O Mestival dos Desco3rimentosE +ue inte&ra um evento +ue condu( o visitante a um des"le ist8rico pelas ruas da cidadeE) associado a uma prova dos valores &astron8micos e culturais do concelo Mim de semana +uinentistaE7) são disso um e5emplo.