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A SALVAÇÃO DAS CRIANÇAS. 1 i [Sffii H l\liui\s

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Academic year: 2021

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f v-\ \. v nj H sSi v-- ^|Em j$ . NON DVCOR^WWJ^ / ' Anno III. No. 53. S. Paulo, Quarta-feira 2Í de Março de 1917. Im. ^•«'A BRASÃO DE ARMAS DA CIDADE DF. S. PAULO. de aecôrdo com o acto municipal No 1057, de 8 de Março de 1017.

(2)

A SALVAÇÃO DAS CRIANÇAS.

H© l\LIUI\ S

E um alimento completo, isto é : Contem em si, o necessário para o sustento indefinido de uma creatura humana, sem o auxilio de qualquer outro alimento, pois tudo possue para a formação de tecidos, musculos e ossos fortes e sãos. e para o desenvolvimento da energia vital. HORLICK'S é um pó inteiramente solúvel em agua quente ou fria, sua preparação é instantânea. Não pre-cisa ser cosido nem é necessário que lhe addicione leite, ao contrario do que acontece com as chamadas Farinhas lacleas que afinal nada mais são do que meios de modi-ficar, mais ou menos imperfeitamente, o leite de vacca.

Únicos agentes para o Brazil

Paul

J. Christoph Company.

Os médicos são unanimes em reconhecer as grandes vantagens dos alimentos maltados, como bose da nutrição das crianças, pois o assucar da maltose, que em taes alimentos se encontra, é facilmente digerido e assimilado, o que não acontece com os demais assucares emprega-dos vulgarmente no fabrico de alimentos infantis.

Assim, pois, á falta de leite materno, todas as crian-ças devem ser alimentadas com o LEITE MALTADO DE HORLICK'S, feito de leite puro de voccas sadias e fortes, e dos exfractos solúveis de cereaes maltados.

-Q

6^

A' VENDA EM TODAS AS PH4KMACIAS.

DROGARIAS E CASAS DF. COMF.STIVEIS

Rio de Janeiro e S. Paxilo.

? ? '"pintura Favorita de BIZE.T A melhor tinlura para os cabeJIos e para a barba. ? p>

USANDO-A os cabel/os

bran-cos íransformam-se em

ne-gros e sedosos, sem causar

o menor mal.

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NCONIRA-St A' VENDA LM TODAS AS

fí O AS C-4545. S. A. PF.RFIJMARIÀ BIZFT CflixH N .<> 1075, RIO. 1 i [Sffii B] —

(3)

-Anttignnf urn para o exfrnngeiro : 20$000 Assignalura pura lodo o Braail : 12$000 NUMERO AVULSO

600 RÉIS

QUARTA-FEIRA. 28 DE MARÇO DE 1917

PUBLICAÇÃO QUINZENA1.

REVISTA de MAIOR CIRCULAÇÃO no EST. de S. PAULO Num. 63 • Anno 111

Director-Propríetario: GELASIO PIMENTA.

CH RON ICA jZ? REGISTRO dos noticia-rios deu-nos esfa quinze-na, entre ou-fros, um caso poli-ciol, um episodio do-mestiço, que passa-ria certamente ao do-miniodas cousas vul-gares, se o fundo da nalureza que o gerou não revelasse um aspecto inédito, digno do esfudo da Chronica.

Tratando-se do amor da palria. — porque íoi elle, in-dubitavelmente, o propulsor da oc-corencia noticiada,—o desfecho des-se episodio veiu desmentir mais uma vez a doutrina dos que sustentam que acima de tudo está o amor da fa-milia.

À historia do caso cifra-se no seguinte : — Um casal de bons Ira-balhadores vivia, com Deus. com os anjos, isto antes da guerra. Veiu a guerra. A sua repercussão, por toda a parte, exaltou os ânimos mais brandos.

Elle era austríaco. Ella, belga. Todos os dias. ó mesa, após o re-pasto, o marido tomava a cadeira de braços, extendia o jornal e lia em voz alta as noticias da guerra Ella ouvia-o. a principio,' com attenção, lilava o com os seus olhos meigos e não dizia uma palavra. Mas quan-do as tropas germanicas invadiram o territorio belgn e foram caminhando triumphanlemente até ao Mame. a bel-ga, solfredora e resignada, começou a argumentar, a mêdç. docemente, não se conformando com as atroci-dades de que os jornaes davam con-ta. Comtudo. era respeitosa a sua maneira de argumentar e parecia que as palavras se lhe abeberavam de um sentimento de piedade que envol-via tanto os seus patrícios como os

que áquella hora se constituíam em algozes da sua patria. O austríaco, emtanto, proseguia diariamente nos seus relalorios, sem omittir os mais insignificantes pormenores.

Um dia, ao desfiar os factos de campanha, elle narrou com enthusias-mo a leva dos belgas, velhos, mu-lheres e creanças, para as aldeias allemans. condemnados a um traba-lho exhaustivo, verdadeiramente hu-milhante. Ella não pôde mais. Os seus olhos serenos mudaram. Uma fulguração extranha accendeu-lhes um brilho que transfigurava por comple-to o seu rosto. Olhou a face có-rada do marido, descobriu-lhe no semblante risonho uma satisfação enorme, mediu-o mudamenle de alto a baixo. O olhar do austríaco cru-zára-se. ao acaso, com o de sua mu-lher. Os dois. porém, sopitaram nes-se instante os sentimentos prestes a explodir, e a leitura das noticias da guerra terminou sem incidente.

Ma*, nesta segunda quinzena, contra toda a espectativa de sua mu-lher, o austríaco passou a deixar de ler em voz alta as noticias dos jor-naes e. á mesa. durante o reposto a conversação tomava novo rumo. envolvendo trivialidades, casos da rua. a crise do trabalho.

Agora, porém, mal os dois se levantavam da mesa. a be'ga era a primeira a occupar a cadeira de bra • ços. extendia deante de si o jornal e, com o mesmo júbilo de que até ha pouco o marido dava mosíras. pu-nha-se a ler em voz alta as victorias do exercito anglo-francez. a retirada das forças allemans, numa extensão de muitos kilometros. Então, peli primeira vez, discutiu frementemente com o marido, e ao* seus argumen-tos oppôz. com grande vantagem, os delia. Os ânimos ganharam, nesse momento, uma grande exaltação. El-le ameaçou-a primeiro. Da ameaça

passou á agressão. A belga, no meio da sua cólera, disse bem alto.

des-feita em lagrimas, que o seu maior desgosto era trazer no ventre o fru-cto de um scelerado. Era o odio que rugia. .. Então, como argumen-to irrespondível, elle atirou ao ven-fre da esposa um formidável pontapé. A dôr que a pobre experimentou foi cruciantt. Mas não se deu por ven-cida, ne.m por convencida. Ao outro dia, de manhan, fez a sua trouxa, di-•rigiu-se á

policia, onde apresentou queixa contra o marido e foi. em se-guida. supplicar hospitalidade á casa de uma familia patricia, que a aco-lheu carinhosamente.

Eis. em resumo, a historia desse casal, destruído pelas influencias do patriotismo,

A belga tudo soffrera, muda e re-signada, emquanto os jornaes lhe pintavam com negras côres a siíua-ção dos alliados. Desde a hora, po-rém, em que esses mesmos jornaes alteraram as tintas da sua palheta e o quadro da guerra começou a apre-sentar desvantagens para os allemães. naquella alma de mulher explodiu de repente toda a gama de sentimentos até ahi juguUdos e ella passou então a exercer o papel de verdugo, arras-tando impassivamenfe com todas as coleros do marido ...

O conflicto determinou, como vi-ram, a ruptura do casal. Nem o filho que trazia no vente fez a belga mudar de resolução.

Acima de tudo, a Patria, dizia ella banhada em lagrimas, referindo á autoridade os maus tratos que re-cebera. a Palria. que eu bem a sin-to palpitar no meu coração, para onde o sangue reflue numa grande onda. afogando em mim todos os outros affectos !

Eis ahi o episodio, na sua mais rigorosa fidelidade.

Poderão dizer nos agora os psy-chologos, se. com efleilo, o amor da familia sobreleva o amor da Patria ? vl

(4)

urif icacpao.

: 0 = 0 =

O A/cyr Porchat.

Este céo, emborcado a exemplo de uma laça,

Na estonteante effusão do Sol—dourado vinho —

Embriaga-me de sonho e põe-me em desalinho

A alma, que o olhar malsim dos dyscolos devassa.

Pois,

por beber a luz que o espirito adelgaça,

Lobrigo, a pervagar furtiva em meu caminho,

Uma ronda tenaz de vultos,

que adivinho,

Arrastando o grilhão da sua eterna ameaça.

No emtanto, aspiro a gloria inoffensiva e pura :

Ser crystal e, no Espaço, atravessar as horas

Pulverisado em mil partículas sonoras ...

Ou, menos : ser frouxel, que vôa em liberdade

E ao vento se desfaz, sumindo-se fia altura,

lllibado no azul sem lim da Immensidade !

¦LUIZ CARLOS. Para "A Cigarra-Mar<;o de 1917. © ? ?

Expediente d'"A Cigarra»

Director - Proprietário.

GELASIO PIMENTA.

Redacção : RUA S. BENTO, 93 A

Telephone No. 5169 - Central

Offícinas: RUA CONSOLAÇÃO, 100 A

III

Correspondência - Toda a correspondência relativa á re" dacção ou administração d "A Cigarra, deve ser dirigida ao

seu director-proprietario Ge-lasio Pimenta, e endereçada á rua de S. Bento, 93-A, S.

Paulo.

V

Assignaturas - As pessoas

que tomarem uma assignatura annual d'

"A

Cigarra,,,

des-penderão apenas 12$000, com direito a receber a revista até 31 de AAarço de 1918, de-vendo a respectiva

impor-tancia ser enviada em carta registrada, com valor

declara-do, ou vale postal.

V

Agentes de assignaluras -A administração d' "A Cigar-ra„ avisa aos seus represen-tantes no interior de 5. Paulo

e nos Estados que só remet-terá a revista aos assignantes

cujas segundas vias de reci-bos destinadas á redacção. vierem acompanhadas da

res-pectiva importancia.

Venda avulsa no interior

-Tendo perto de 400 agentes de venda avulsa no interior de

S. Paulo e nos Estados do Norte e Sul do Brasil, a ad-ministração d'"A Cigarra„ re-solveu, paia regularisar o seu serviço, suspender a remessa

da revista a todos os que

es-? ?

tiverem em atrazo. A

admi-nistração d' "A

Cigarra,, só manterá os agentes

que man-darem liquidar as suas con-Ias no dia 1 de cada mez.

V

Collaboração. - 1 endo já um

grande numero de collabora-dores effectivos,entre osquaes se contam alguns dos nossos melhores prosadores e

poetas, A Cigarra;, só publicará tra-balhos de outros auetores

quando solicitados

pela re-dacção.

V

Succursal em Lisboa. — A succursal d'"A Cigarra,, em

Lisboa, acha-se installada á rua Augusta n. 48, 2.o. E.

E seu director o nosso distineto collaborador sr. Al-cantara Carreira, auxiliado

pe-los srs. Eduardo Chianca Gar-cia e João Britto de Carvalho.

(5)

i -*¦ • J^temrn*M. ^ .jmu... ^»,'iijm ¦ -'.'*'&,t'i^W-'»¦#*• T.'. . '; •¦ '•'<-rf^'?i^^ •« ~ jj| j jj^ ^ *«wlMHS ¦ OUTOMNO ELLE

ahi está, ha uma semana, o bemvindo dos poetas, o mal-dicto das arvores. Às ruas

já têm um recolhimento de devofas : cerram-se, quasi com medo, as ja-nellas ; ao longo da symetria odiosa das sargetas, uma nevrose abala, fibra a fibra, es plafanos frisfes; á humidade fria dos primeiros ventos,

parecem crispar-se os telhados, como a pelle de um ser delicado que se arripia . .,

Dentro, nos interiores quietos, as palestras são as mais longas, sob a lampada; as cortinas corridas têm uma intimidade que faz bem; nos vasos longos de crystal, morre a frescura dos últimos cravos . . .

tica de rainha,

por entre as alas desolado-ramente acabrunhadas dos platanos doentios.

No seu reino encantado, os gran-des artífices vão despertar, do som-no de Ires estações, os "skunks., as "chinchillas,,, as "zibelines,,, os

"braf-schwantz,,, todos esses peque-nos nadas deliciosos que são (udo

para muitos.

Mas que I Às arvores reflorirão depois ; as pelles dormirão, de novo, no fundo das arcas; as almas desil-ludidas renascerão, talvez . . .

E' a vida I

S. Paulo. Março de 1917. GUY. Inundaçãa de Jambelcn.

Vista da Travessa do Collegio, (irada após a terrível tromba d'agua que desabou sobre a cidade de Jambeiro,

produzindo completa devastação, e da qual os seus habitantes conseguiram salvar-se depois de heroicos esforços.

C— ==3

Não tardará muito, as arvores desil ludidas chorarão, ao sol-poenfe. o seu pranto desesperado de folhas mortas, que as rodas ligeiras das carruagens vão moer, enchendo de um ruido áspero de tafetás o socego das alamedas.

Soberana e indifferente á tristeza infinita das coisas, só ella, a 'deusa ephemera, só ella, a Moda, passará lentamente, com a sua altivez

despo-Insfanfaneo lirado para "A Cigarra», no Prado da Moóca, quando era ali disputado o "Grande Prêmio Jockey-Club Paulistano», na imporfancia de cinco contas de réis

(6)

Madrinhas «=>e Guerra ?

D

|^OMO deve ser consolador para o pobre soldado, que não tem mais ninguém no mundo, saber que existe, muifo longe talvez, uma

pes-soa carinhosa, que o adopfou como afilhado e lhe quer fanfo bem como a mãe ou a irman que perdeu nos

horrores da frisfe guerra I

Para esses infelizes é que almas

carifafivas e boas, levadas por ins-fincfo á pratica das maiores benemerencias, se lembram de organizar relações de sympathia

e um parentesco espiritual que sejam um arrimo á sua pobre existencia, estragada Dara

sem-pre. Essas almas ficam assim unidas através do espaço e das

contingências do fempo,

coníin-gencias horrorosas hoje e mais horrorosas amanhan, quando o

soldado regressar ao lar des-truido, como ave ferida de mor-te, a voejar pelas visinhanças

do ninho desfeito.

Essa intuição sublime das

madrinhas de guerra, de tão

suggesfiva poesia e de tão alto interesse, veiu até nós e encon-frou éco amoroso nos bons

co-rações das nossas formosas pa-tricias. O appello que nestas

paginas fizemos em favor de tão sympathica iniciativa não

passou sem um reflexo, e es-sim é que, por intermedio d' "A Cigarra», um pobre soldado en-controu uma gentil madrinha

paulista, filha de alto funccio-nario do Estado e director de

uma das nossas mais importan-te repartição, formosa como um

an-jo que é, bôa como « incarnação da bondade em pessoa.

A sua modéstia vedou-nos

estam-par-lhe aqui o nome. A conlragos-to obedecemos a essa imposição da nossa distincta patricia. Mas que o

exemplo fruclifique e seja imitado por muitas.

Eis a carta que, da zona de guer-ra, acaba de receber a bondosa ma-drinha brasileira do seu afilhado belga, cuja phoíographia publicamos :

"18

Novbre.- 16.

Bonne Marraine.

Puis-je toujours, vous appèler ainsi, puisque vous avez bien voulu adopfer un pefif soldat belge, qui vous sera éternellement reconnaissant. D'abord j'ai reçu la carfe, m'anon-çant vofre adresse et envoyée de la legafion belge. Aujourdhui, je re-çois votre bien aimable leftre, con-nant le cheque. Je ne sais commenf

vous exprimer mes remerciements mui-tipliés. Malgré que j'altendais vos nouvelles, un jour ò 1'autre je ne compfais, quand même pes les rece-voir si vite et surtout, si bonnes. Je voudrais que vous remetíriez aussi mes remerciements à Mlle. Delevi-gne, dont 1'heureuse idée, pour for-mer ccf humble comitê, dont la po-pulation Brésilienne se réjouira, sans doutes.

Je suis enfin plus heureux. Je me ressens un peu, depuis la rece-ption de votre missive, car on dirait qu un heureux évcnemení vient de se passer ; la consolation que je

prou-ve est três grande: je suis seul, de-puis le debut de la guerre, et p ar cette longue separation de tous ceux que j'aimais du plus profond de mon coeeur, des moments de tristes-se et de lassitude, s'emparaienf en-fièremenl de moi. Mais je ne suis plus seul. puis-que vous, mon hum-ble consolatrice, vous avez entendu mes prières et peines, je ne serai plus triste. J'ai grande confiance et je sais que vous ne manquerez de m'adoucir mon temps long et pénible. Oui, bonne Marraine, 1'Àllema-gne monsfruese et féroce, avec touf son espoir, ses pressentiments, sa certitude, par ses longs préparatifs a cette determinafion humaine, et á son ecrasement, car avant qu el-le ne soit complétement vaincue, nos efforís ne s'affaibliront, a osé sattaquer ò notre petit pays, qui ne demandait que la tran-quilité, et qui a su montrer ce que cétait que de violer la neu-tralité. Et, en opposanf sa ré-sistance héroique, elle etait reso-lue de défendre son territoire, jusqu au dernier homme. Àctuel-lement, je suis persuadé, cest d'auilleurs 1'avis de touf le mon-de. si le farouche Kaiser pour-rait recommancer le passe, il s'y prendait aulremenf. C'est nous, les pelils belges, qui lui avons donné la première leçon. A no-ter, qu à prèsent, ces leçons ne lui sont plus singulières, il en reçoit parfouf, sur (erre comme sur mer. Vous ne sauriez croi-se combien nous haíssons ef dé-testons ce peuple barbare et dé-vasfafeur.

Vous dire ce qu'il me man-que ne serait pas difficile, mais me le faire parvenir en bon état, est difficile. Cest três compréhen-sible, n'est-ce-pas ? Ce long voyage est le motif de cette dif-ficulté. Ef cependant, je suis três désireux de recevoir des cigarettes, car je fume énormé-ment ef ici, la qualifé du fabac et cigarettes, diminue journelle-ment, en plus le prixe, la valeur augnmente sans cesse. Toux ce que vous pourrez m envoyer, me fera três grand plaisir. Ce que je voudrais vous demander, c est que si ce comitê se constituerait en heureu-se organisafion, vous ne voudriez pas faire inserire mon ami intime, qui est aussi nécessiteux que moi, dans votre oeuvre bienséante, si toutefois vous frouvez qu il n est pas préférable de donner son adresse a Mlle. Delevi-gne. Son adresse la voici : Verbanck Arthur.—B. 205.—H|l.—Armée Bel-ge en campagne.

Prochuinement, je me ferai pho-tographier, et je vous enverrai mon portrait, enfin que vous pussiez con-naitre à peu près votre filleul. Ce sou-fi gin ¦ 'sioo. ' ^ jf 9 •¦¦•J, ¦ : • Wmm vJS - wMH «•. ' 11 ¦! hi Ijjjsr

O soldado belga FEL1X OSCAR, afilhado de guerra de uma distincta senhorita paulista

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