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ESTUDO DE COMPÓSITOS HÍBRIDOS POLIPROPILENO / FIBRAS DE VIDRO E COCO PARA APLICAÇÕES EM ENGENHARIA

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Academic year: 2021

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ESTUDO DE COMPÓSITOS HÍBRIDOS

POLIPROPILENO / FIBRAS DE VIDRO E COCO PARA

APLICAÇÕES EM ENGENHARIA

Alexandre M. dos Santos1, Thais H. D. Sydenstricker2, Sandro C. Amico3 1

Universidade Federal do Paraná – alexandre.maneira@hotmail.com; 2*Universidade Federal do Paraná, thais@demec.ufpr.br - Caixa Postal 19011, Curitiba/PR, CEP 81531-990, 3LAPOL/PPGEM/Escola de

Engenharia/Universidade Federal do Rio Grande do Sul, amico@ufrgs.br

The study of Hybrid Polypropylene/Glass and Coir Fiber Composites for Engineering Applications

In this work, polypropylene/glass fiber/coir hybrid composites were prepared after a NaOH treatment of the fibers. The effect of the addition of coir fibers of different length and treated at distinct NaOH concentration on the performance of a commercial PP/20% glass composite was evaluated. Tensile and impact tests were carried out. The morphology of the fibers and the fiber/matrix interface were analyzed by scanning electronic microscopy (SEM). Although the addition of coir fiber to PP/glass fiber composites did not result on a significant increase on mechanical properties, stiffness and impact strength were improved.

Introdução

Nos últimos anos, especial atenção vem sendo dada para a minimização ou reaproveitamento de resíduos sólidos gerados nos diferentes processos industriais. Um material deixa de ser resíduo pela sua valorização como matéria-prima, para a produção de novos produtos. Neste caso, o resíduo passa a ser tratado como subproduto do processo produtivo1.

A reciclagem de resíduos, a conservação de energia e de água criam empregos auto-financiados pelas comunidades que se utilizam dessas matérias-primas. Esse é um campo ainda pouco explorado na busca de oportunidades de empregos, onde considerações sociais, econômicas e ambientais seguem juntas, e podem ser um ponto de partida para o planejamento de estratégias de ecodesenvolvimento2. Em países tropicais, os resíduos gerados pela agroindústria da fibra natural podem constituir importante fonte de matéria-prima para a produção de componentes, dependendo da quantidade disponível e da dispersão geográfica, haja vista os custos de coleta e transporte3.

As fibras vegetais têm sido investigadas para uso como reforço em compósitos de matrizes poliméricas, pois aliam aspectos que vão de encontro a esta nova ordem mundial, um forte apelo ecológico e características como baixo custo, baixa densidade, fonte renovável, biodegradabilidade, atoxicidade e não-abrasividade, boas propriedades térmicas e boas propriedades mecânicas específicas, tornando-as fortes candidatas em potencial para estas aplicações4.

Estas fibras são incorporadas num material que serve de matriz, tais como plásticos termorrígidos, termoplásticos ou biopolímeros e borrachas5,6. A utilização de fibras vegetais em produtos comerciais contribui para gerar riquezas e reduzir o impacto ambiental causado pela

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produção e descarte de bens de consumo, contribuindo para o melhor aproveitamento do potencial agrícola brasileiro.

O aumento crescente da produção de coco verde natural para a industrialização de sua água vem aumentando a geração do rejeito, que corresponde a cerca de 85% do peso do fruto. Cerca de 70% dos resíduos gerados pelos usuários das praias do nordeste brasileiro consistem de casca de coco verde. Seu consumo está disseminado por todos os estados da federação e como conseqüência direta, ocorre a geração do resíduo formado pelas cascas que contribuem para a diminuição da vida útil dos aterros, onde são normalmente dispostas7.

Neste contexto, o objetivo deste estudo foi aproveitar resíduos de cascas de coco pela sua incorporação em compósitos poliméricos termoplásticos híbridos, avaliando-se questões como tratamento químico e comprimento de fibra nas características dos materiais formados.

Experimental

As fibras de coco utilizadas neste trabalho foram fornecidas pela Embrapa Agroindústias Tropical de Fortaleza – CE, previamente secas e compactadas. A moagem das fibras de coco foi realizada através do moinho de facas. Estudou-se neste trabalho o efeito originado por três distribuições distintas de granulometria, onde a sua classificação foi realizada através do conjunto de Peneiras VIA TESTE com tempo de classificação de 10 minutos.

Neste trabalho foram estudados compósitos com fibras de coco “in natura” ou que sofreram tratamento alcalino. O tratamento das fibras de coco consistiu na imersão de uma quantidade de fibra de coco previamente moída na solução de NaOH (1%, 2% ou 5% em peso). Estas fibras ficaram em contato com a solução alcalina por uma hora em temperatura de 25±5°C sob vigorosa agitação mecânica. Após este período, as fibras de coco foram lavadas com água deionizada a fim de remover todas as impurezas e as substâncias solúveis provenientes do tratamento químico. Estas fibras foram então secas em estufa a temperatura de 60±10°C por 24 horas.

Os compósitos híbridos (com fibras de vidro e coco) foram obtidos pelo processamento de um material de partida (compósito comercial PP + 20% fibra de vidro) com as fibras de coco (10% em relação à massa do material de partida original) tratadas. Para a extrusão dos materiais, foi utilizada uma extrusora Hansen Tipo H60 com sete zonas de aquecimento. Os compósitos foram extrudados a uma velocidade de 400 rpm e com perfil de temperatura entre 140- 150°C. Para a obtenção dos corpos de prova, foi utilizado um molde para ensaios de tração e impacto e uma injetora MIR de 100 toneladas. A injetora dispõe de cinco zonas de aquecimento, que foram mantidas a 220°C (alimentação), 190°C, 190°C, 190°C e 210°C.

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A análise microscópica foi realizada por um Microscópio Eletrônico de Varredura JEOL JSM-6360LV e a verificação do comprimento das fibras de vidro e de coco foi realizada por intermédio de um microscópio óptico Estereoscópio Zeiss KL 1500 LCD. O ensaio de tração foi realizado em uma Máquina Universal de Ensaios Modelo INSTRON 5585 (20 ton) com extensômetro de 50 mm. Os ensaios foram feitos conforme a ASTM D683M a uma velocidade de 2,5 mm/min. Para cada compósito avaliado, foram ensaiados quinze corpos-de-prova.

Os ensaios de impacto (em média oito corpos-de-prova para cada configuração) foram realizados em uma máquina de Impacto Microtest modelo N 5102 segundo a ASTM D1238 Método Charpy e o entalhe do corpo de prova foi feito em uma máquina de entalhe EMIC PME 2565.

Os ensaios de índice de fluidez foram realizados em um Plastômetro Microtest Sigma modelo 0102 série CRI conforme a ASTM D1238; os ensaios de dureza shore D foram realizados em um Durômetro Woltest modelo GS 702 segundo a ASTM D2240 e para os ensaios de contração, que determinam o quanto o corpo de prova contraiu após o processo de injeção, utilizou-se uma formula matemática usando o comprimento do corpo de prova (LCP) e o comprimento da cavidade (LCM) segundo a fórmula: 100×(LCM-LCP)/LCM, conforme a ASTM D955.

O teor de absorção de água de um compósito formado por fibras vegetais também foi avaliado, pois pode comprometer a performance do compósito ao longo do tempo. A absorção de água é uma característica intrínseca destas fibras e está diretamente relacionada às características intrínsecas da fibra ou ainda ao processamento do compósito, pois dependendo da compactação do compósito, sua estrutura pode se tornar mais ou menos vulnerável à entrada de água. Os ensaios realizados consistiram em medições semanais sucessivas da massa de corpos-de-prova durante três semanas. A diferença de massa encontrada entre as medições representa o quanto de água que está sendo absorvida pelo compósito.

Resultados e Discussão

As fibras foram classificadas em três condições diferentes de granulometria em função do número de vezes que a amostra passou pelo processo de moagem. Assim, as Fibras Curtas (distribuição “A” – Dist A) sofreram uma passagem tripla pelo processo de moagem resultando em uma distribuição ao longo da peneira com malha de 300 µm; as Fibras Médias (distribuição “B” – Dist B) são provenientes de uma passagem dupla pela moagem e distribuição ao longo da peneira de 425 µm e as Fibras Longas (distribuição “C” – Dist C) são provenientes de uma única passagem pela moagem resultando em uma distribuição ao longo da peneira de malha de 850 µm (Tabela 1).

A Figura 1(a) representa uma fibra “in natura”, ou seja, sem tratamento químico. Pode-se verificar nesta situação que a superfície da fibra é bastante rugosa e apresenta uma série de

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partículas globulares de aproximadamente 10 µm de diâmetro em espaços regulares da superfície da fibra denominadas tiloses, que são um material rico em sílica 8. Na Figura 1(b), certa quantidade de tiloses é removida da superfície da fibra em função do tratamento químico a que esta fibra foi submetida (hidróxido de sódio 1%). Nota-se também uma considerável alteração na morfologia da fibra. A Figura 1(c) retrata uma fibra após tratamento químico com NaOH 2%. Nesta condição, existe uma remoção ainda maior das tiloses. As fibras de coco tratadas nesta condição apresentam ainda uma superfície pouco rugosa caracterizada pelos orifícios deixados pelas tiloses removidas e pela ausência dos ácidos graxos e outros extrativos da fibra. A Figura 1(d), entretanto, retrata uma fibra bastante atacada pela solução alcalina. Espera-se que esta rugosidade criada pelo ataque químico favoreça o intertravamento entre as fibras e a matriz favorecendo as propriedades mecânicas dos compósitos. Verifica-se que, nessa concentração de hidróxido de sódio, todas as tiloses foram removidas da superfície da fibra. Nota-se ainda que a solução de hidróxido de sódio a 5% apresentou após o ataque químico uma cor mais escura e uma viscosidade maior quando comparada com a solução de hidróxido de sódio utilizada nos outros tratamentos.

Tabela 1: Dimensão das fibras de coco estudadas.

Dimensões (mm) Distribuição "A" Distribuição "B" Distribuição "C"

Comprimento Médio ( l ) 2,1 4,8 7,2 Desvio Padrão 1,0 1,5 2,1 Minimo Valor 0,3 1,1 3,8 Máximo Valor 5,0 9,8 13,5 Diâmetro Médio ( d ) 0,22 0,21 0,27 Desvio Padrão 0,11 0,11 0,12 Minimo Valor 0,1 0,1 0,1 Máximo Valor 0,6 0,5 0,5

Comprimento Crítico ( l/d )Razão de Aspecto (l/d) 9,5 22,9 26,7

O termograma obtido para as fibras de coco é típico de materiais lignocelulósicos e cada região de temperatura pode ser associada aos constituintes característicos das fibras e embora possa haver formação de compostos derivados durante os processos de pirólise, estes compostos derivados em tais faixas de temperatura podem ser associados aos seus constituintes originais. Pode-se constatar que até 100°C (faixa de temperatura relativa à perda de água e substâncias voláteis) a perda de massa é praticamente igual para os dois tratamentos. A perda de massa de 200 a 260°C está associada à degradação das hemiceluloses; a região entre 240 e 350°C está relacionada à decomposição da celulose e a região que compreende as temperaturas de 280 a 500°C está relacionada à decomposição da lignina. As curvas de TGA da Figura 2 sugerem também que houve uma ligeira melhora nas propriedades térmicas das fibras com o aumento da concentração de NaOH durante o tratamento químico.

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Figura 1: (a) Fibra de coco “in natura”; (b) Fibra de coco após tratamento NaOH 1%; (c) Fibra de coco após tratamento NaOH 2%; (d) Fibra de coco após tratamento NaOH 5%.

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 0 20 40 60 80 100 Per da de Ma s s a ( % ) Temperatura (ºC) Fibra de Coco-NaOH 1% Fibra de Coco-NaOH 2% 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 0 20 40 60 80 100 Per da de Ma s s a ( % ) Temperatura (ºC) Fibra de Coco-NaOH 1% Fibra de Coco-NaOH 2%

Figura 2: Análise termogravimérica da fibra de coco com diferentes tratamentos.

A 15% de

bra de coco (Figura 3) mostra que existe uma perda de massa expressiva dos compósitos a partir de 250°C em função do inicio da degradação das fibras de coco. A perda expressiva de massa do

análise termogravimétrica do polipropileno (PP) e dos seus compósitos com 10 ou fi

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polipropileno em si só inicia por volta de 350°C. Por outro lado, a presença de fibras de coco no polímero aumenta a massa residual do material entre 500°C e 800°C devido a restos da decomposição das fibras de coco.

Figura 3: Análise Termogravimétrica de PP e compósitos PP+10%FC e PP+15%FC.

O PP apresentou uma absorção de água da ordem de 0,01% após 21 dias do inicio do ensaio.

Da me em de

,05%, valor ligeiramente superior ao PP sem reforço.

apresentaram uma absorção maior que os demais

centrações de hidróxido de sódio (1, 2 e 5%). Apesar da maioria dos pa

sma forma, o corpo-de-prova PP+20%FV apresentou uma absorção de água da ord 0

A Figura 4 apresenta o acompanhamento do ensaio de absorção de água nos compósitos híbridos, onde se verifica que a absorção de água ocorre de forma mais significativa na primeira semana do ensaio. Os compósitos híbridos avaliados

compósitos, entretanto ainda com valores satisfatórios tendo em vista a utilização de uma fibra vegetal. Para a amostra Dist. A 2% foi encontrado o valor de 0,17% de absorção de água; a amostra Dist. B 2% apresentou 0,20% enquanto que a amostra Dist. C 5% apresentou em torno de 0,17%. O tamanho das fibras bem como o tratamento alcalino utilizado não interferiram de forma significativa na absorção de água.

Na Tabela 2, vê-se os resultados dos ensaios dos compósitos híbrido PP + fibras de vidro e coco produzidos com fibras de coco com diferentes distribuições de comprimento (distribuições A, B e C) e tratadas em diferentes con

râmetros estudados não ter variado significativamente em função da distribuição do comprimento das fibras e do tratamento químico, pode-se ressaltar o comportamento do módulo de Young que aumenta para os compósitos com fibras de coco tratadas.

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9,35 9,40 9,45 9,50 9,55 9,60

Estado inicial Semana 1 Semana 2 Semana 3

M a s s a do c o rp o-d e -p ro v a ( g )

Dist. A 2% Dist. B 2% Dist. C 5%

Figura 4: Ensaio de absorção de água dos compósitos híbridos.

Tabela 2: Propriedades dos compósitos híbridos PP/Fibras de vidro e coco.

H 2% NaOH 5%

Tensão na Ruptur 1,6 36,1 ± 1,0

Tensão na Carga Máxima (MPa) 36,3 ± 1,1 37,8 ± 1,1 39,4 ± 0,8 37,8 ± 1,6 38,7 ± 0,8 37,9 ± 1,3 38,7 ± 0,9

334 ± 321 4210 ± 308 3,0 ± 0,1 3,0 ± 0,1 2,2 ± 0,1 2,1 ± 0,2 2,4 ± 0,2 2,1 ± 0,2 2,4 ± 0,1 Impacto (J/mm2) 42,3 ± 2,3 42,6 ± 1,2 46,0 ± 2,3 43,5 ± 2,3 45,4 ± 2,6 46,5 ± 1,3 48,4 ± 2,6 Fluidez (g/10min) 11,42 ± 1,40 14,87 ± 0,60 14,73 ± 1,90 11,52 ± 0,75 14,47 ± 1,72 13,78 ± 0,65 14,29 ± 1,84 Dureza Shore D 57 ± 0 57 ± 0 57 ± 2 58 ± 1 58 ± 1 57 ± 1 58 ± 1 Índice de Contração 0,24 ± 0,03 0,22 ± 0,03 0,19 ± 0,02 0,22 ± 0,02 0,23 ± 0,01 0,22 ± 0,02 0,27 ± 0,03 D i s t r i b u i ç ã o "A" D i s t r i b u i ç ã o "B" Dist. "C"

in natura NaOH 1% NaOH 2% in natura NaOH 1% NaO

a (MPa) 33,7 ± 1,4 35,0 ± 1,1 36,7 ± 1,0 35,5 ± 1,4 35,8 ± 0,8 35,4 ±

Módulo de Young (MPa) 4006 ± 235 4066 ± 296 4401 ± 259 4055 ± 275 4073 ± 441 4

Alongamento (%)

Os valores de resistência ao impacto dos compósitos híbridos também apresentaram um aumento em função da concentração empregada para o tratamento das fibras de coco bem como em função da distribuição do comprimento das fibras, assim, a resistência ao impacto do compósito ujas fibras de coco foram tratadas com uma concentração de 5% de NaOH e distribuição granulo

aior de fibras individ

c

métrica “C” foi 14% maior que o impacto utilizando nas fibras in natura e distribuição “A”. O índice de fluidez também aumentou para todos os compósitos com fibras tratadas.

As Figuras 5(a) e 5(b) mostram micrografias ópticas da região de ruptura de um corpo de prova após ensaio de tração, ilustrando a dispersão das fibras de vidro e coco no compósito. Verifica-se claramente que a fibra de coco apresenta dimensões bastante superiores às de vidro e que a região de ruptura é caracterizada por uma quantidade significativamente m

uais (filamentos) de vidro que de coco, assim, a fibra de vidro apresenta uma maior área superficial de contato com a matriz, contribuindo mais eficientemente para o reforço do compósito.

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Figura 5: Região de fratura de corpo de prova (Dist. C 5%) com aumento de 18×(a) e de 42×(b).

Uma avaliação mais detalhada da interface das fibras de vidro e coco pode ser feita através d

do compósito híbrido Dist. B 2% e pode-se verificar novamente a diferença entre a população de fibras d

a utilização de imagens MEV. A Figura 6(a) ilustra a superfície de ruptura de um corpo de prova

e vidro e de coco bem como a divergência dimensional entre estas fibras. Na extremidade de uma fibra de coco após o ensaio de tração (Figura 6(b)), vê-se o aspecto rompido da fibra e também a presença na sua superfície de resíduos da matriz o que sugere que, apesar das propriedades mecânicas não terem sofrido acréscimo significativo, há alguma compatibilidade entre fibra e matriz. As Figuras 6(c) e 6(d) também ilustram a ruptura da fibra de coco no ensaio de tração.

Figura 6: (a) Região de ruptura de compósito híbrido Dist. B 2%; (b) e (c) Fibra de coco após ruptura em ensaio de tração; (d) Detalhe da região de ruptura da fibra de coco

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Conclusões

As fibras de coco submetidas a um tratamento alcalino com solução de hidróxido de sódio apresentaram alterações significativas em sua morfologia. Enquanto que a fibra “in natura” apresenta uma superfície rugosa e composta por uma grande quantidade de tiloses, as fibras tratadas apresentam uma superfície mais lisa, entretanto, mais severamente atacada, indicando uma solubilização dos extrativos presentes na superfície da fibra e com uma quantidade significativamente menor de tiloses.

Os compósitos híbridos polipropileno/fibras de vidro e coco apresentaram correlação entre a concentração de NaOH e os valores de módulo de Young e resistência ao impacto. As demais características mecânicas por sua vez não apresentaram alterações significativas no sentido de justificar o tratamento das fibras de coco para o compósito. Além disso, podem-se ver algumas deficiências da fibra de coco quando utilizada como reforço em compósitos, que podem ser minimizadas com a utilização de um sistema/processo ótimo para o emprego destas fibras.

Agradecim

À Embrapa Agroindústias Tropical de Fortaleza pelas fibras de coco e ao Centro de Educação upy pela colaboração no processamento dos compósitos.

, p. 21-30. 4. A.

entos

Tecnológica T

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