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PLANO DE GESTÃO DE UNIDADE Dialogar para construir. Paulo Sérgio Cantanheide Ferreira

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Academic year: 2021

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UNIDADE UNIVERSITÀRIA CORA CORALINA – CIDADE DE GOIÀS

PLANO DE GESTÃO DE UNIDADE

2014 – 2017

Dialogar para construir

Paulo Sérgio Cantanheide Ferreira

(2)

Apresentação

O presente documento traz as diretrizes básicas do nosso plano de gestão para a Unidade universitária de Goiás. As propostas aqui apresentadas são produto do diálogo com os três segmentos de nossa Unidade e da experiência acumulada nos quatro anos de exercício da docência nas Unidades de Itapuranga e Goiás. Devo ressaltar que o Movimento de paralisação, realizado no primeiro semestre desse ano, ampliou nosso conhecimento sobre a UEG, de forma que algumas ideias aqui defendidas são frutos daquela experiência. Não pretendemos apresentar um programa acabado e completo. Assim como vemos a UEG como um projeto universitário em andamento, este plano de trabalho procura se inserir na dinâmica de uma Universidade em construção, portanto, aberto a futuros reparos no decorrer do caminho trilhado pela Universidade.

Conforme o Plano de desenvolvimento institucional (PDI) da Universidade Estadual de Goiás, a atual estrutura de funcionamento da Universidade foi submetida a um estudo analítico em vista de uma maior sintonia entre as ofertas de cursos da Universidade e as demandas apresentadas nas diferentes regiões do Estado onde a mesma se faz presente.

Quanto à existência de plano para expansão, conforme orientação para elaboração deste PDI, vale ressaltar que, no atual momento, a expansão ocorrerá após estudo aprimorado que está sendo desenvolvido por uma comissão constituída por meio da Portaria N. 1.153/2009, com o objetivo de elaborar análise da oferta, manutenção e criação de cursos nas Unidades Universitárias, com critérios bem definidos, a fim de que sejam oferecidos cursos que atendam, em especial, às demandas da vocação regional. (UEG, PDI 2010-2019, p. 60)

As primeiras conclusões apresentadas no Relatório da Comissão de Estudos sobre a UEG, publicadas em 2011, apontam para um processo de reestruturação universitária no que tange à oferta de cursos e à função das unidades. Embora o documento tenha sido recebido de forma bastante polêmica pela comunidade universitária com argumentos contrários e favoráveis, ele apresenta alguns elementos que permite visualizar a situação atual da Universidade.

Merece destaque a denuncia de que o processo de expansão da UEG foi antes norteado por Interferências político-eleitoreiras e clientelistas do que por um estudo prévio capaz de levantar as demandas e conhecer a vocação das regiões onde as Unidades foram implantadas. A principal conseqüência disso foi a aberturas de cursos e unidades sem o devido planejamento e uma política de contratação de servidores, não

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raras vezes, conduzida por interesses estritamente locais em detrimento do desenvolvimento da Universidade como um todo.

De forma que, o documento sugere uma nova política de expansão da Universidade, na qual a abertura de cursos e unidades seja definida por critérios técnicos e acadêmicos, o que supõe uma autonomia administrativa que torna a própria universidade responsável por sua política de pessoal, de investimento e de manutenção. Para operacionalização de tais mudanças faz-se urgente a implantação de uma política de concurso público imediata e contínua.

Ao confrontar a realidade atual da Universidade com algumas conclusões e sugestões apresentadas pela comissão de estudo, percebemos que a discussão sobre a reestruturação da UEG é um fato. De maneira que, estamos caminhando para a um cenário de disputa política que envolve não só os interesses das diferentes Unidades, como uma correlação de força da Universidade com o Governo estadual. Pois a experiência do movimento grevista, ocorrido no primeiro semestre desse ano, mostra que a autonomia universitária não será uma concessão do Governo do Estado, mas uma conquista da comunidade universitária devidamente organizada.

A viabilidade de nossa proposta de gestão para unidade de Goiás, pretende levar em conta este cenário de contradições, mas, também, de esperança. Nossa unidade apresenta um corpo docente bem qualificado e um futuro bastante promissor, quiçá, a nossa maior riqueza, a multiplicidade de olhares e perspectivas, tem sido nossa maior dificuldade: saber administrar a tensão natural que emerge de um espaço plural. Embora apareçamos em uma posição confortável,1 na proposta de reestruturação apresentada pela Comissão de estudo sobre a UEG, vemos que a Universidade passa por uma conjuntura de mudança cujo desdobramento dependera da capacidade de organização e da atuação política dos sujeitos envolvidos no processo.

Diante disso, nosso plano de gestão apresenta os seguintes objetivos:

1

Em virtude do desempenho da Unidade, sugere-se o fortalecimento de sua estrutura transformando-a em Centro Universitário Regional de Ciências Sociais Aplicada, Licenciatura e Artes, abrigando os cursos de Licenciatura das unidades próximas, situados em um raio de 100 Km de distancia: Itapuranga (48 Km), Jussara (82 Km), Itaberaí (38 Km), Sancrerlândia (50 km) e outros cursos das áreas de Ciências Sociais Aplicadas como Sociologia, Antropologia, Arqueologia e outros Cursos Afins. (Relatório da Comissão de Estudos sobre a UEG, 2011, p. 81-82)

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 Mobilizar a comunidade universitária para a construção coletiva de uma proposta política que vise o desenvolvimento acadêmico e administrativo da Unidade diante das expectativas de mudanças vivenciadas pela UEG.

 Qualificar as atividades de ensino pesquisa e extensão, a partir da leitura do contexto global da educação e do diálogo com as comunidades e entidades presentes na região atendida pela Unu-Goiás.

 Criar espaços de diálogo e entendimento para que a diversidade de ideias e identidades, presente nos três segmentos da Unidade, sejam aproveitadas em benefício da qualidade do trabalho prestado pela Unidade.

Princípios gerais que orientarão nossa proposta de trabalho:

 Postura política comprometida com a autonomia administrativa, pedagógica e financeira da Universidade, tanto no âmbito da Unidade como da Universidade em Geral.

 Compromisso com a expansão acadêmica, pedagógica e de infra-estrutura da Unidade.

 Exercício descentralizado do Poder deliberativo.

 Gestão democrática comprometida com o bem-estar da comunidade universitária.

 Respeito à pluralidade de identidades e ideias presentes na Unu-Goiás.

Linhas de ações:

1. Acadêmica

• Autonomia de decisão aos colegiados dos cursos, no sentido de qualificar todo o processo de formação acadêmica para nossa Unidade;

• Apoiar e incentivar iniciativas acadêmicas de pesquisa e extensão;

• Desenvolver uma política capaz de facilitar as publicações em todos os cursos da Unidade;

• Abrir um espaço de discussão na unidade para e elaboração de políticas estudantis a serem propostas à reitoria da Universidade;

• Propor um espaço de discussão para que sejam pensados projetos de expansão dos cursos da unidade na perspectiva de criação de Bacharelados, especializações e abertura de novos cursos;

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• Abrir discussão em torno da possibilidade de se criar um curso de mestrado interinstitucional.

• Apoiar e incentivar a realização dos eventos acadêmicos, científicos e culturais em nossa Unidade;

• Criar um espaço de debate sobre as propostas de reestruturação da universidade, a fim de que a comunidade acadêmica da unidade possa construir um posicionamento a partir das demandas e expectativas da unidade.

• Oportunizar curso de nivelamento para os alunos que passam no vestibular mas que apresentam grande dificuldade com a escrita e leitura.

2. Comunicação e Divulgação

• Potencializar canais de comunicação, aproveitando as redes sociais para divulgar, ouvir as críticas e sugestões de todos os envolvidos no ambiente da Unidade;

• Desenvolver uma política de divulgação dos cursos e das propostas pedagógicas da Unidade.

• Manter um intenso canal de diálogo com as comunidades atendidas pela nossa Unidade, possibilitando parcerias que fortaleçam os cursos de nossa Unidade. E Garantir uma inserção e influência desses campos de formação nas inúmeras comunidades em que temos alunos;

• Estabelecer parcerias e convênios com entidades locais, como: IPHAN, Fundação Frei Simão, Museu das Bandeiras, Diocese de Goiás, Secretaria Estadual de Educação, Secretaria Municipal de educação, Secretaria Municipal de Cultura, em vista do desenvolvimento das atividades acadêmicas.

3. Infraestrutura

• Dar continuidade ao empenho da Gestão anterior na busca da regularização fundiária da Unidade;

• Lutar pela concretização da demanda estudantil apresentada no último movimento de Greve (Restaurante Universitário, Casa do Estudante);

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• Resolver o problema da estação de energia elétrica, bem como da climatização efetiva de todas as salas da Unidade;

• Propor projetos para ampliar o acervo físico e virtual da biblioteca, criar espaços de estudos, e de melhoria na rede de internet;

• Cadastrar a biblioteca junto à Biblioteca Central, assim como integrá-la a rede de bibliotecas;

• Apresentar projetos para que consigamos aparelhos de multimídia para todas as salas de aulas, melhorando os instrumentais didáticos e pedagógicos ao ensino, pesquisa e extensão;

• Propor a construção de Laboratórios para os cursos da unidade que não os têm e potencializar os já existentes;

4. Gerência de pessoas

• Criar um canal de diálogo com a Reitoria no sentido de valorizarmos os servidores de nossa Unidade;

• Desenvolver projetos de formação e capacitação dos funcionários técnicos administrativos;

• Organizar uma política de preparação dos funcionários técnicos administrativos em vista do concurso da UEG;

• Lutar para garantir os serviços essenciais a comunidade acadêmica e profissional na Unidade, procurando construir um ambiente de trabalho com respeito às diferenças;

• Reivindicar, junto às instâncias superiores, o reenquadramento funcional dos servidores técnicos administrativos, bem como, atualização do plano de cargos e vencimentos dos servidores efetivos desta categoria;

• Avaliação e possível readequação da carga horária dos servidores técnicos administrativos, em contratos temporários, que recebem remuneração inferior a 2 salários mínimos (de 8h para 6h);

• Avaliar a possibilidade de discussão sobre os salários dos servidores temporários, tendo em vista que os mesmos ficaram congelados de 2006 à 2013, sendo reajustados através de portaria emitida pelo Governador que concedeu reajustes de 25% a 40% dependendo da categoria, enquanto no período de 2006

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a 2013 o salário mínimo sofreu reajustes que totalizaram 94%;

Considerações Finais

Ao propormos um plano de ação para gestão de nossa Unidade Universitária, estamos cientes de que muitas propostas serão incorporadas e outras não conseguiremos implementá-las em decorrência de fatores externos e alheios a nossa capacidade e vontade local.

Sabemos das muitas dificuldades que iremos enfrentar para a realização de uma autonomia propositiva e não relativa, como temos visto no debate em relação à UEG, porém, temos a convicção de que a construção coletiva das metas e decisões tomadas podem ajudar a iniciar um processo em que nossa Unidade seja um ator propositivo de um novo momento para a Universidade como um todo.

Temos a convicção de que para alcançarmos tal objetivo, em nossa Unidade, a autonomia deverá ser de todos, principalmente, quando nos propomos a divulgar, potencializar e propor ações que coloquem o crescimento de nossa Unidade Universitária como meta principal do trabalho de todos nós.

Nesse sentido, o presente plano não propõe promessas, mas empenhos de luta, cooperação e mudanças essenciais, a fim de garantir um ensino público superior e de qualidade com formação acadêmica focada nas atividades de pesquisa e extensão em diálogo com a comunidade.

Professores, acadêmicos e servidores são convidados a empenhar-se para que construamos uma gestão participativa e democrática em suas ações, mesmo diante de adversidades que encontraremos no meio do caminho, quer sejam locais ou mesmo advindas da administração central e do Governo estadual.

Referências

GOIAS. Universidade Estadual de Goiás (UEG). Plano de desenvolvimento institucional (2010-2019), Anápolis: UEG, 20 Disponível em:

http://www.cdn.ueg.br/arquivos/legislacao/conteudo_compartilhado/944/Res_CsU_201 0_009.pdf

GOIAS. Governo do estado de Goiás. Relatório da Comissão de Estudo sobre a UEG, Goiânia: 15/08/2011

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Referências

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