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Resenha do Livro o Show do Eu: A Intimidade como Espetáculo

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Publ. UEPG Ci. Soc. Apl., Ponta Grossa,

Publ. UEPG Ci. Soc. Apl., Ponta Grossa, 23 23 (1): 135-138, jan./jun. 2015 (1): 135-138, jan./jun. 2015

Disponível em <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/sociais>

Disponível em <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/sociais>

RESENHA

RESENHA

O SHOW DO EU: A INTIMIDADE COMO ESPETÁCULO

O SHOW DO EU: A INTIMIDADE COMO ESPETÁCULO

SIBILIA, P

SIBILIA, P

A

A

ULA.

ULA.

O SHOW D

O SHOW DO EU: A

O EU: A

INTIMI

INTIMI

DADE COMO ESPET

DADE COMO ESPET

ÁCULO. RIO

ÁCULO. RIO

DE JANEIRO:

DE JANEIRO: NOV

NOV

A FRONT

A FRONT

EIRA,

EIRA, 2008,

2008,

286P

286P

.

.

Elaine Cristina de Matos Fernandez Perez

Elaine Cristina de Matos Fernandez Perez**

Contemporaneamente, a megalomania e a Contemporaneamente, a megalomania e a

excentricidade qualicadas, na modernidade como

excentricidade qualicadas, na modernidade como

doença mental ou desvio patológico daquilo que se

doença mental ou desvio patológico daquilo que se

valorizava como “normalidade” exemplar, não des

valorizava como “normalidade” exemplar, não des-

-fruta da mesma demonização. Sibília trata nessa obra

fruta da mesma demonização. Sibília trata nessa obra

da exibição da intimidade na internet nos primórdios

da exibição da intimidade na internet nos primórdios

do século XXI. Nesse chamado cyberspaço circulam

do século XXI. Nesse chamado cyberspaço circulam

mensagens que buscam convencer a você, a mim

mensagens que buscam convencer a você, a mim

e a todos nós, de que somos seres com potenciais

e a todos nós, de que somos seres com potenciais

 para

 para transformar transformar a a era era da da informação. informação. Pessoas Pessoas coco-

-muns que podem modicar as artes, a política e o

muns que podem modicar as artes, a política e o

comércio e, até mesmo, a maneira de se perceberem

comércio e, até mesmo, a maneira de se perceberem

no mundo. Chegou a hora dos amadores. Você é o

no mundo. Chegou a hora dos amadores. Você é o

 protagonista!!!!!!

 protagonista!!!!!!

O ordinário e o

O ordinário e o pequeno emergem, expondo opequeno emergem, expondo o

dia a dia das

dia a dia das pessoas comuns em lentes de aumento,pessoas comuns em lentes de aumento,

carregadas de consentimento e excitação.

carregadas de consentimento e excitação.

A capacidade de criação é continuamente cap

A capacidade de criação é continuamente cap-

-turada, tanto na internet como fora dela, pelos ten

turada, tanto na internet como fora dela, pelos ten-

-táculos do mercado, transformando as forças vitais

táculos do mercado, transformando as forças vitais

em mercadorias. As redes digitais de comunicação

em mercadorias. As redes digitais de comunicação

tecem seus os ao

tecem seus os ao redor do planeta. Tudo muda ver redor do planeta. Tudo muda ver -

-tiginosamente. E o futuro promete muitas outras me

tiginosamente. E o futuro promete muitas outras me-

-tamorfoses.

tamorfoses.

 Nesse

 Nesse novo novo formato formato a a comunicação comunicação mediadamediada

 pelo

 pelo computador computador possui possui rituais rituais dos dos mais mais variadosvariados

(correio eletrônico,

(correio eletrônico, MSN, YMSN, Yahoo Messenger, Orkut,ahoo Messenger, Orkut,

MySpace, You Tube, Facebook entre outros tantos),

MySpace, You Tube, Facebook entre outros tantos),

os diários íntimos como blogs, weblogs, fotologs e

os diários íntimos como blogs, weblogs, fotologs e

videologs, apresentam-se como outra vertente de

videologs, apresentam-se como outra vertente de

modelo “confessional”, cuja origem etimológica

modelo “confessional”, cuja origem etimológica

remete-nos aos diários de bordo mantidos pelos na

remete-nos aos diários de bordo mantidos pelos na-

-vegantes de outrora. Não nos esquecendo dos diários

vegantes de outrora. Não nos esquecendo dos diários

manuscritos, trancados a sete chaves e que hoje, ex

manuscritos, trancados a sete chaves e que hoje, ex-

- põem a intimidade nas vitrines g

 põem a intimidade nas vitrines globais da rede.lobais da rede.

Como afrontar esse novo universo?

Como afrontar esse novo universo?

Seriam esses instrumentos, novas versões das

Seriam esses instrumentos, novas versões das

antigas cartas, dos velhos diários íntimos, dos anti

antigas cartas, dos velhos diários íntimos, dos anti-

-gos álbuns de retratos familiares, das velhas artes da

gos álbuns de retratos familiares, das velhas artes da

conversação? Para a autora é evidente que existem

conversação? Para a autora é evidente que existem

 profundas anidades entre

 profundas anidades entre ambos os ambos os pólos de pólos de todostodos

os pares de práticas culturais, acima comparados,

os pares de práticas culturais, acima comparados,

mas também são óbvias suas diferenças e especi

mas também são óbvias suas diferenças e especi-

-cidades. São muitos os indícios de que estamos vi

cidades. São muitos os indícios de que estamos vi-

-venciando uma época limítrofe, um corte na

venciando uma época limítrofe, um corte na história;história;

uma passagem de certo regime de poder para outro

uma passagem de certo regime de poder para outro

 projeto

 projeto político, político, sociocultural sociocultural e e econômico. econômico. NesseNesse

aspecto, Síbilia dialoga com Foucault e Deleuze,

aspecto, Síbilia dialoga com Foucault e Deleuze,

quando traz o fato de que estamos saindo do regi

quando traz o fato de que estamos saindo do regi-

-me do disciplina-mento, dos corpos dóceis e úteis,

me do disciplinamento, dos corpos dóceis e úteis,

 para um novo território, que está

 para um novo território, que está em pleno processoem pleno processo

de reordenação, ou seja, as “sociedades de contro

de reordenação, ou seja, as “sociedades de contro-

-le”. Atualmente, o mercado cultural com sua sede

le”. Atualmente, o mercado cultural com sua sede

de sangue fresco, utiliza de dispositivos capazes de

de sangue fresco, utiliza de dispositivos capazes de

abarcar qualquer indício de criatividade promissora

abarcar qualquer indício de criatividade promissora

e de transformá-la em mercadoria.

e de transformá-la em mercadoria.

A sociedade disciplinar do século XIX e início

A sociedade disciplinar do século XIX e início

do século XX cultivavam rígidas separações entre o

do século XX cultivavam rígidas separações entre o

âmbito público e a esfera privada. No solo da mo

âmbito público e a esfera privada. No solo da mo-

-dernidade, que está se esgotando, germinou a perso

dernidade, que está se esgotando, germinou a perso- -nalidade introdirigida do

nalidade introdirigida do Homo  Homo psychologicuspsychologicus e do e do  Homo

 Homo privatusprivatus. Neste século XXI, as personalida. Neste século XXI, as personalida-

-des são convocadas a se mostrarem. É o que se

des são convocadas a se mostrarem. É o que se podepode

chamar de publicização do privado - a privatização

chamar de publicização do privado - a privatização

dos espaços públicos. Impera o fascínio pela

dos espaços públicos. Impera o fascínio pela visibilivisibili-

-dade, pela sensação do ser celebridade. Na socieda

dade, pela sensação do ser celebridade. Na socieda-

-de midiatizada, a subjetivida-de interiorizada é lente

de midiatizada, a subjetividade interiorizada é lente

sempre desfocada.

sempre desfocada.

Apesar dessa euforia, a autora enfatiza que não

Apesar dessa euforia, a autora enfatiza que não

é qualquer um que tem

é qualquer um que tem acesso à internet. Atualmente,acesso à internet. Atualmente,

e se persistirem as condições atuais (e por que não

e se persistirem as condições atuais (e por que não

haveria de persistir?), dois terços da população

haveria de persistir?), dois terços da população

mundial nunca terão acesso à internet. O que é mais

mundial nunca terão acesso à internet. O que é mais

 penoso

 penoso ainda ainda nessa nessa sociedade sociedade do do espetáculo, espetáculo, emem

que para ser, há que ser visto. Dessa maneira,tal

que para ser, há que ser visto. Dessa maneira,tal

contingente também é condenado à invisibilidade

contingente também é condenado à invisibilidade Doi:

Doi: 10.5212/PublicatioCi.Soc.v10.5212/PublicatioCi.Soc.v.23i1.0010.23i1.0010

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Publ. UEPG Appl. Soc. Sci., Ponta Grossa, 23 (1): 135-138, jan./jun. 2015 Disponível em <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/sociais>

Elaine Cristina de Matos Fernandez Perez

total. Você, eu e todos nós, não “todos”, somos convidados a darmos o clique, e costumamos fazê-lo, nesse universo que se apresenta com cenários  bem adequados para montar um espetáculo cada vez

mais estridente: o show do eu.

A atual expansão das narrativas biográcas na internet e nos mais diversos meios e suportes anun

-ciam a intensa fome de realidade, o apetite voraz por consumir vidas alheias e reais. A não cção chama cada vez mais a atenção do público, antes ocupado quase exclusivamente pelas histórias de cção. O he

-rói foi abandonado em favor da intimidade da pessoa “comum”.

A experiência tradicional do narrador, aniqui

-lada nos tempos modernos, era um acontecimento coletivo. Na era burguesa, tanto a leitura quanto a escrita convocava um indivíduo solitário. Na atu

-alidade, com os novos tipos de mídias eletrônicas, digitais e interativas, vivencia-se, cada vez mais, a  privatização individual, embora estejamos cada vez menos refugiados na própria interioridade. Isso tudo não implica a um retorno à solidão, ao silêncio e a in

-terioridade dos leitores-escritores do século XIX. Na contemporaneidade, multiplicam-se as vozes; mani

-festam-se ruídos dos mais diversos; incentivam-se as atividades em grupos, tidas como mais criativas e  produtivas; estimula-se a capacidade de fazer várias

coisas ao mesmo tempo.

A abrangência de toda essa mudança sociocul

-tural pode levar ao questionamento do “transtorno de décit de atenção e hiperatividade – TDA/H”, que seria melhor compreendido como um traço ca

-racterístico das novas subjetividades. Dessa forma, compatíveis com o mundo em que vivemos e, nessa dinâmica, incitado por ele e não mais uma estranha epidemia infantil, de desajuste e degeneração.

Dialogando com Wittgesnstein, Proust, Benjamin, Debor, Nietzsche, entre outros, a autora contextualiza, numa perspectiva histórica, as transformações decorrentes da problematização das construções subjetivas contemporâneas. Do que estaria por trás das imagens construídas e narradas na atualidade. Na multiplicação de autocções. Na  possibilidade do advento de subjetividades plásticas e mutantes. Na saturação atual do “eu e você” anunciando a denitiva extinção do velho “eu” sempre unicador e estável ou, talvez, de um paroxismo de identidades efêmeras produzidas em série e visíveis.

O exibicionismo da intimidade que se expan

-de, por meio de tiranias da visibilida-de, captura cam

- pos que, em tempos modernos, seriam impensáveis.  Novos dispositivos, presentes em movimentos de mutação subjetiva, empurram, aos poucos, os eixos do eu em direção a outras zonas: do interior para o exterior; da alma para a pele; do quarto próprio para as telas de vidro.

Os dispositivos de poder que vigoram na cultura contemporânea estimulam a experimentação epidérmica, as experiências múltiplas de sensações, as quais ao menor sinal de insatisfação ou tédio,  pelas escolhas feitas, tendem a mudar. Hoje, vivenciamos a expansão de explicações biológicas do comportamento social, das condições físicas e da vida psíquica. Saberes que se transformam em verdades hegemônicas, questionando a primazia da interioridade psicológica na denição do que cada um é. Na cultura das sensações e do espetáculo, o mal-estar tende a se situar no campo da performance física ou mental que falha, muito mais do que numa interioridade enigmática que causa estranheza. Para se resolverem as eventuais “falhas”, são elaboradas receitas que oferecem soluções técnicas, alinhadas com as explicações sicalistas que exteriorizam a subjetividade.

 No prelúdio do século XXI a memória e o es

-quecimento são assuntos constantemente debatidos, nas artes, nos discursos cientícos, das humanida

-desàs ciências biológicas. São preocupantes as ano

-malias, os apagões do ato de lembrar. O interesse recai na busca incessante da descoberta de técnicas capazes de administrar a memória, visando à otimi

-zação de seus recursos. Os meios cientícos divul

-gam que, logo, será criado um produto capaz de apa

-gar as más lembranças, com base em pesquisas que demonstram a uidez e a exibilidade da memória humana, a plasticidade das recordações; podendo, dessa maneira, serem moldadas e ou tecnicamente manipuladas. Soluções medicalizantes que, por meio de drogas de ação betabloqueadora podem bloquear ou apagar memórias de lembranças fortes no nível molecular.

Estamos diante de um complexo dilema – aponta-nos a autora- os que defendem a importância de termos o direito de administrarmos nossas pró

- prias lembranças, ou, por meio da droga, extirparmos da memória, ou tornar mais leve, a carga emocional.

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RESENHA O show do eu: a intimidade como espetáculo

Tudo indica que está ocorrendo uma mutação, tam

- bém nesse terreno, e que deverá implicar grandes consequências na redenição do que signica ser humano, ser alguém.

Para poder pensar, agir e viver, inclusive po

-der narrar a própria vida eexercer a mais alta ativi

-dade do espírito, em termos nietzschianos, é preci

-so esquecer. Ou, mais ber-sonianamente, suspender. Para Fischer: hierarquizar, escolher, selecionar e, segundo Borges, esquecer diferenças, generalizar, abstrair. Daí, esquecer, como sugerem os autores, é muito mais complexo do que o simples apagamento de lembranças com que sonha a nossa tecnociência. Esquecer signica ruminar e digerir, ltrar, escolher, selecionar, decidir e suspender. Algo que só um su

- jeito pode fazer, ou seja, agir e criar e não uma má

-quina e nem um cérebro.

O que falarmos então do narrador,ou da morte deste que, para Walter Benjamim, é um artesão e não um artista como o romancista da era burguesa. Aquio artesão seria aquele que faz alguma coisa, que aplica sua destreza e técnica para exercer um ofício, já, o artista, se dene como aquele que é alguém. Nessa lógica, o autor é o artista e, o artesão é o narrador tra

-dicional.Para Sibília, na contemporaneidade, aqueles que recorrem às diversas ferramentas de autocons

-trução e de auto-exposição disponíveis na internet se  parecem mais com a gura do autor-artista do que

com a gura arcaica do narrador-artesão.

Hoje, também,fala-sedo desaparecimento do autor, aquele nos moldes da modernidade. Os auto

-res, na atualidade, são chamados e pressionados a se tornarem estrelas, a se exporem. A obra não é mais o foco e sim, ou melhor, o autor se transforma em sua  própria obra. O interesse aumenta ainda mais quando os pertencem, objetos, mimos acompanham o pacote que escancara a intimidade dos autores, muitos deles ressurgindo na vampirização que ressuscita os mor 

-tos e levanta fortunas em leilões de peças impreg

-nadas de contextos vividos. Histórias que correm o risco de serem amplamente desnudadas na vaidade da espetacularização e do exibicionismo exacerbado. A autora indaga o porquê da exumação na atu

-alidade de tantas person-alidades históricas e ela mes

-ma responde, ao dizer que tais personalidades foram extraordinárias, criaram obras magnícas. A vida co

-mum de cada uma delas, por mais controversa que  possa ter sido, traz uma importância na atualidade,

 principalmente por expor a certeza de que viveram e foram reais.

 Nos tempos atuais, viver bem, sentir-se bem é o slogan mais divulgado. Dessa maneira, o suicídio e o sofrimento que zeram parte das vidas de muitas das personalidades renascidas, parecem fazer cada vez menos sentido. Os conitos e as angústias como  já foi citado, são tidos como disfunções que podem ser corrigidas tecnicamente. É crescente a biologi

-zação e medicali-zação das problemáticas que antes eram consideradas de origem social, cultural ou psí

-quica. A depressão, a ansiedade, a apatia, o pânico e outros fantasmas que rondam e perambulam por aí, assediando as beiradas desse belo quadro idílico da  publicidade, segundo a autora não conseguiram tirar o centro, a rmeza e a segurança presentes no mer 

-cado do entretenimento, pois, uma vez que se inven

-tam os problemas, é claro que as soluções aparecem, nada que um Prozac ou um Lexotan não possam en

-frentar – ou pelo menos - deveriam poder fazê-lo. As envelhecidas guras do autor e do artista, impregnadas pela lógica do espetáculo midiático, transmutam em sua versão mais atual e se conver 

-tem em celebridades, mercadoria revestida de certo verniz de personalidade artística dispensando qual

-quer relação necessária com uma obra. Os diversos discursos midiáticos contemporâneos divulgam a todos os ventos que qualquer um pode ser famoso. Proliferam-se celebridades que nascem e morrem em tempos instantâneos. A estetização é constantemente exigida no mundo dos famosos. Imagens são cons

-truídas, polidas, para atender adequadamente ao que se espera de cada personalidade, ou seja, o brilho na tela.

A diculdade em conciliar o eu público e o eu  privado que levou muitas estrelas do século XX a sérias angústias e até suicídios, parece que está se extinguindo hoje em dia. A busca de visibilidade, de fazer do próprio eu o espetáculo, pode ser uma ten

-tativa desesperadora de preencher um velho desejo humano: o de afugentar os temerosos fantasmas da solidão.

A atualidade demonstra insistentemente que tudo aquilo que aspira grandeza resulta invariavel

-mente pequeno. A verdadeira megalomania e a maior das excentricidades encontrarão no seu caminho uma resistência, singela, de aparência humilde, mas com força de olhar no olho as tiranias da exposição,

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Publ. UEPG Appl. Soc. Sci., Ponta Grossa, 23 (1): 135-138, jan./jun. 2015 Disponível em <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/sociais>

Elaine Cristina de Matos Fernandez Perez

que engole tudo, vomitando o espetáculo. O indizí

-vel e o imostrá-vel, riquezas singelas e latentes, são formas de criação entre outras,que carregam a po

-tência de burlar os imperativos do exponível, do co

-municável e do vendável. Talvez seja possível com esses achados gerar curtos-circuitos, faíscas capazes de implodir essa massa densa de autocelebração e, dessa maneira, abrir espaços do pensável e possível e quiçá a criação de novas formas de ser e estar no mundo. É provocação para você, para mim e para todos nós. Quem sabe o fato de sermos eleitos as  personalidades da atualidade, possa se transformar numa boa notícia? O movimento é sempre de inda

-garmos sobre o que pretendemos fazer com isso. A inquietação está posta, os espaços podemos criar, as  possibilidades estão abertas e, o novo, clama por no

-vas maneiras de pensar.

Recebido em: 04-12-2014 Aceito em: 05-02-2015

Referências

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