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Informativo mensal nº 23. Setembro/2015

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Informativo mensal nº 23

Setembro/2015

 AMÉRICA/EUROPA OCIDENTAL

CONFLITOS NA COLÔMBIA

O diálogo entre os países da Venezuela e Colômbia sobre a questão na fronteira foi aberto no começo desse mês. Depois de um encontro diplomáticos entre ministros dos dois países, o encontro entre os Presidentes finalmente aconteceu, onde se comprometeram a construir um acordo em conjunto sobre o assunto. A Colômbia também fechou um acordo de teor jurídico com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) depois de uma longa negociações entre o governo e o grupo.

 ÁSIA/LESTE EUROPEU

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O projeto de lei que permite ao governo japonês enviar tropas ao exterior foi aprovado na Câmara Alta apesar de 45 mil manifestantes terem se reunido em Tóquio contra a política militarista. O Primeiro-Ministro afirmou que esta era uma data marcante para os japoneses, que a lei serve para trazer paz e não guerra, que tem como objetivo defender o estilo de vida que seu povo cultiva, e que seria vital para fazer frente à nova conjuntura no Extremo Oriente. Em decorrência da legislação, a aprovação do governo sofreu ligeira baixa.

RÚSSIA ENVIA CAÇAS À SÍRIA E PROPÕE NEGOCIAÇÕES AOS EUA

A Rússia enviou à Síria caças militares para fortalecer o exército mantido pelo governo de Bashar Al-Assad, visto como uma das principais causas para o delongar da guerra civil síria pelos Estados Unidos. As duas nações agora têm o Estado Islâmico como inimigo comum na região e, embora os EUA não concordem com o regime de Assad, foram retomadas as conversas militares entre os dois comandos militares visando evitar conflitos acidentais. A Rússia também opera missões de vigilância no território sírio com a ajuda de drones. O Ministro russo das Relações Exteriores clamou para que as potências ocidentais ajudem a armar o exército sírio que combate o Estado Islâmico. A declaração não foi vista com bons olhos pelos Estados Unidos, e o Presidente Barack Obama classificou a operação como fadada ao fracasso. A Rússia espera que auxiliar as nações na luta contra o EI devolva um pouco de sua popularidade no Ocidente, em queda após a anexação da Crimeia.

 ORIENTE MÉDIO

SÍRIA E O ESTADO ISLÂMICO

A Síria confirmou pela primeira vez ter recebido aviões e equipamentos militares russos para combater Estado Islâmico, o que preocupa lideranças norte-americanas, pois essa pode ser uma forma de aumentar o poder das forças de Assad. Aviões de guerra sírios desencadearam uma onda de ataques aéreos na cidade de Palmyra, em retaliação aos

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ataques no norte da cidade de Raqqa, controlada pelo grupo Estado Islâmico. Jatos estadunidenses realizaram ataques contra o EI em territórios no Iraque e na Síria, com objetivo de destruir unidades táticas e equipamentos militares. Os jihadistas do EI raptaram centenas de pessoas, dentre as vítimas estão cristãos de uma cidade central síria capturada pelos extremistas. No leste do Iraque, várias pessoas foram mortas e feridas em duas explosões reivindicadas pelo Estado Islâmico. O E.I. está obrigando sírios cristãos do território que controla a assinar um contrato para dihmma, que proíbe a manifestação do cristianismo e faz com que os não praticantes do islamismo paguem uma taxa.

CRISE NO IÊMEN

O Presidente do Iêmen, Abdrabbuh Mansour Hadi e outras figuras políticas importantes, retornaram ao país, depois de seis meses no exílio. Eles haviam fugido quando os rebeldes hutis avançaram cidade na cidade de Aden. A volta deles só foi possível depois que a coalizão liderada pela Arábia Saudita expulsaram os rebeldes da capital Sanaa. Soldados provenientes dos Emirados Árabes Unidos foram mortos durante operações da coalizão saudita contra os rebeldes hutis. O Catar passou a se envolver no conflito enviando soldados para a província de Marib, uma região central e rica em petróleo, assim como a Arábia Saudita que enviou a região unidades de elites e veículos blindados. O líder dos hutis disse que está aberto a uma solução política para o conflito, mas o governo exilado disse que só negociaria depois da retirada dos rebeldes de todo o território que haviam conquistado.

 ÁFRICA

AL SHABAB CONTINUA ATAQUES NA SOMÁLIA E PREOCUPA UGANDA

Uma cidade ao centro da Somália foi tomada pelo grupo islâmico Al Shabab, após a retirada das forças da União Africana na Somália (AMISOM) do local. Essa é a terceira

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cidade tomada recentemente, sendo que as outras duas compõem uma rota até os portos do país no Oceano Índico. Além dessas ocorrências, os militantes atacaram dois comboios da União Africana (UA). Na capital, Mogadíscio, um atentado com carro-bomba ao palácio presidencial deixou cinco mortos e a suspeita recaiu sobre o Al Shabab. Uma explosão matou ao menos três soldados em um acampamento militar em Kismayu e foi reivindicada pelo grupo. O Presidente somaliano rejeitou a captura de assentamentos por militantes do Al Shabab, alegando que eles não tinham nenhum valor estratégico e que isso não seria um sinal de ressurgimento do grupo. Ainda assim, diplomatas ocidentais afirmam que mesmo que o grupo esteja enfraquecido, suas ações podem ser consideradas uma ameaça para a reconstrução do país. Em Uganda, a polícia alertou os cidadãos sobre um possível ataque do grupo contra mesquitas no feriado de Eid al-Adha em razão da participação de Uganda na AMISOM.

BOKO HARAM CONTINUA ATAQUES NA NIGÉRIA, NÍGER E CAMARÕES, MAS TAMBÉM PERDE FORÇAS

Vários ataques do grupo extremista Boko Haram marcaram o cenário em Níger, Camarões e na Nigéria. Em Maiduguri, na Nigéria, uma série de ataques com bombas somaram ao menos 117 vítimas, sendo os alvos uma mesquita e um local que exibia jogos de futebol pela televisão. Militares nigerianos responderam ao líder do grupo, Abubakar Shekau, após uma divulgação de um áudio que desprezava seus ganhos recentes na guerra contra os insurgentes. Os militares libertaram 241 mulheres e crianças em acampamentos do Boko Haram, 43 suspeitos de serem membros do grupo foram capturados e ocorreu a rendição de cerca de 200 membros na fronteira com Camarões.

ACORDO DE PAZ NO SUDÃO DO SUL AINDA CAUSA DÚVIDAS

No Sudão do Sul, os rebeldes ratificaram o acordo de paz já assinado pelo Presidente, Salva Kiir, e o líder deles, Riek Machar. O Parlamento do país também ratificou o acordo de forma unânime. Mas, tanto os rebeldes quanto o governo não confiam muito na implementação do Acordo e já se acusaram de violações do cessar-fogo. Ainda

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assim, Kiir incitou a população sul sudanesa a se unir para a sua implementação e pediu para que todos trabalhem juntos durante o período transitório até as eleições em 2018. Os Estados Unidos havia pedido para que a ONU aplicasse novas sanções a um integrante de alta patente do Exército e a um membro da rebelião no Sudão do Sul, devido às falhas no cumprimento do acordo. Rússia e Angola bloquearam tal pedido, justificando que isso poderia agravar a situação. Em julho, o Conselho de Segurança da ONU já tinha aprovado sanções a seis comandantes, três de cada parte do conflito. O Secretário-Geral da ONU convidou Kiir e Machar para irem à Nova York em um encontro para reforçar o acordo de paz, mas não há sinais que indiquem a ida do Presidente.

TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO NÃO FUNCIONA E PRESIDENTE RETORNA AO PODER EM BURKINA FASO

O Presidente interino Michel Kafando, o Primeiro Ministro Isaac Zida e outros ministros foram sequestrados pela guarda presidencial em Burkina Faso. Um grupo de militares havia confirmado estar no governo, anunciando a saída do Presidente e a dissolução do governo provisório, mesmo com a exigência da ONU para a libertação imediata dos principais membros políticos do país. Entretanto, o Presidente foi restituído ao poder por intermediação da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental. O general Gilbert Diendéré, líder do golpe, afirmou que estará à disposição da justiça e pediu para seus homens entreguarem as armas. A guarda presidencial foi dissolvida e seus membros serão integrados em unidades do Exército distintas.

 ONU

ONU E AS QUESTÕES DA MIGRAÇÃO E MÁ CONDUTA DE SEUSAGENTES NA ÁFRICA

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que sejam encontradas soluções rápidas e permanentes para a questão dos conflitos, da imigração e do tráfico de

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pessoas, devido às perdas recentes de muitos refugiados e imigrantes nas regiões de maiores tensões, como por exemplo, no Leste Europeu e Ásia. Após levantamento de dados, estima-se que pelo menos 850.000 pessoas são esperadas para atravessar o Mediterrâneo em busca de refúgio na Europa neste ano e no próximo. Na África Central já houve 63 alegações de má conduta por parte de membos das operações de paz, sendo 15 delas envolvendo abuso sexual e o Secretário-Geral anunciou uma série de medidas que visam o fim desse problema. Com relação aos acordos de paz, a Organização pronunciou-se prometendo mediação nos acordos no Iêmen e condenando a violação do cessar-fogo no Sudão do Sul.

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