• Nenhum resultado encontrado

FE1 Erros e Medidas II

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "FE1 Erros e Medidas II"

Copied!
27
0
0

Texto

(1)

Física Experimental 1

- Conceitos

- Representação de medidas

Universidade Federal de Pernambuco

Centro Acadêmico do Agreste

Núcleo de Formação de Professores

(2)

Conceitos

A Isica clássica pressupõe a existência de um valor verdadeiro para

toda grandeza Isica, independente de observação. A medida é uma forma de extrair essa informação disponível no objeto.

O objeQvo da medida é ser o mais fiel possível na determinação

desse valor.

No entanto, diversas fontes de incerteza inexoravelmente afetam o

resultado de medida.

Dois conceitos são importantes na busca do valor verdadeiro: precisão: diz respeito à dispersão do conjunto. Alta precisão

significa que medidas independentes retornam valores similares se repeQdas várias vezes;

acurácia se refere ao quanto as medidas, tomadas como

(3)

Conceitos

A figura ilustra o que se busca obter com uma medida.

Imagine, seguindo a figura, um alvo simbolizando o

valor verdadeiro da grandeza que se quer determinar,

e medidas, representadas pelos círculos vermelhos da

figura, como dardos a mirar o centro do alvo.

(4)

Conceitos

A precisão de uma medida é, portanto, algo relaQvamente

simples de ser verificado, bastando repeQr a medida várias

vezes.

A acurácia, pelo contrário, não é simples de se determinar,

pois o valor verdadeiro da grandeza é em geral

desconhecido.

A forma mais comum de se determinar a acurácia de um

instrumento ou procedimento é uQlizá-lo para medir algo

conhecido de antemão, numa espécie de calibração.

Outra forma consiste em comparar os resultados de vários

métodos diferentes e, assumindo que como conjunto

(5)

Descrição de dados

No experimento 1, é percep\vel a diferença

de valores encontrados na medida do

diâmetro das esferas.

com o paquímetro, os valores variam entre um

valor máximo e um valor mínimo com baixa

dispersão devido à baixa precisão;

com o micrômetro, temos uma maior dispersão

de valores devido à alta precisão do instrumento.

Logo, como representar experimentalmente o

(6)

Organização e descrição dos dados

Os dados obQdos em várias

medidas pode ser

apresentado em uma

tabela;

Os dados apresentados

desse modo (dados brutos)

dificultam a análise;

Por exemplo, que “faixa” de

valores Qveram maior

incidência?

Medida do diâmetro Esfera de vidro (mm) Esfera de aço (mm)

1 22,36 20,36

2 22,56 20,46

3 22,41 20,41

4 22,67 20,37

5 22,53 20,40

6 22,75 20,39

7 22,43 20,45

8 22,48 20,38

9 22,24 20,44

(7)

Tabelas

Tabulação

ordenada e

agrupada de acordo com o

número de ocorrências

de

determinado valor ou com a

quanQdade desses dados

(

frequências

) conQdos em

certos intervalos de valores

(

classes

);

A

frequência

é o número de

elementos (diâmetros das

esferas) cujos valores estão

conQdos na classe

considerada.

Diâmetro (mm) Nº de ocorrências

22,3 – 22,4 2

22,4 – 22,5 3

22,5 – 22,6 4

22,6 – 22,7 2

22,7 – 22,8 1

22,8 – 22,9 0

(8)

Histograma

Forma de apresentação de dados agrupados em classes de

frequência;

Representação gráfica de uma distribuição de frequência nas

classes de agrupamento dos dados de um experimento.

(9)

Histograma (número de medidas)

(10)
(11)

Parâmetros Esta\sQcos

Parâmetros de posição;

Parâmetros de dispersão;

(12)

Parâmetros de Posição

Média:

Média quadráQca:

rms → root mean square

n

1 2 3 n

i i 1

x

x

x

...

x

1

x

x

n

n

=

+

+

+

+

=

=

2 2 2 2 n

2

1 2 3 n

rms i

i 1

x

x

x

...

x

1

x

x

n

n

=

+

+

+

+

(13)

Parâmetros de Dispersão

Amplitude:

Desvio médio: média dos módulos dos desvios

Variância: média dos quadrados dos desvios

em relação à média:

Desvio-padrão:

max min

A

=

x

x

n n

1 2 n

i i

i 1 i 1

x x x x ... x x

1 1

x x x x

n n n

= =

++ +

δ =

δ =

=

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

2 2 2

n n

2 2 1 2 n

2

x i i

i 1 i 1

x x x x ... x x

1 1

x x x

n n n

= =

++ +

σ =

δ =

− =

σx = 1 δx

i

(

)

2 n

=

x

1x

(

)

2 + x

2x

(

)

2 + ... + x

(14)

Parâmetros de Dispersão

A incerteza esta\sQca a que estamos nos referindo

até agora e a incerteza dada pelo conjunto de dados,

isto é, o desvio padrão é uma esQmaQva da incerteza

de cada medida (conjunto de medidas/evento).

Se mudamos um ou outro ponto, a média não muda

muito, o que nos indica que a média tem uma

incerteza menor que a incerteza de cada medida.

A incerteza da média e dada por:

x x

n

σ

(15)

Incerteza instrumental e incerteza

esta\sQca

Suponhamos que queremos medir a largura de uma placa de metal

com uma trena milimetrada;

A medida é repeQda 20 vezes, e a cada vez encontra-se o mesmo

resultado: L = 12,70 cm. Assim, o valor médio deste conjunto de medidas vale 12,70 cm. O desvio padrão é nulo e a incerteza da média também. EstaQsQcamente, isto nos diz que a largura da placa é 12,700000000... cm, sem haver possibilidade alguma de erro!

A largura do mesmo corpo agora é medida com um instrumento de

maior resolução, tal qual um paquímetro, obtendo-se o resultado L = 12,710 cm.

Em uma nova medida, o valor lido no instrumento e L = 12,715 cm.

Após repeQr a medida por 20 vezes, chega-se então a uma

distribuição de valores e os seguintes parâmetros são obQdos:

x

x 12, 711 cm

0, 012 cm

=

(16)

Incerteza instrumental e incerteza

esta\sQca

Por que se observa uma distribuição de desvio padrão não-nulo com um instrumento de maior resolução e, consequentemente, uma incerteza da média diferente de zero, enquanto que, com a trena milimetrada, não se observa dispersão alguma?

Parece claro que a dispersão, decorrente de irregularidades na largura da placa, é pequena demais para ser observada com a trena.

Isto invalida qualquer processo esta\sQco para análise dos dados, já que a dispersão não pode ser observada.

Se a incerteza instrumental, for dada por ΔM e o desvio padrão da média de uma distribuição de medidas for σM, tem-se que a incerteza total da medida será:

ΔM

total

(

)

2 =

σ

M

2

+ ΔM

instrumental

(17)

Incerteza instrumental e incerteza

esta\sQca

O procedimento recomendado em qualquer

processo de medida é primeiro calibrar o

equipamento.

A incerteza instrumental (ΔM) que exisQr

neste processo, e o erro limite, o qual não

pode ser eliminado estaQsQcamente.

(18)

Qual o número correto de algarismos significaQvos

do valor médio?

Terá senQdo o valor médio ter mais (ou menos)

algarismos significaQvos que cada uma das medidas?

L = 12, 33 mm

σ

L = 0, 03 mm

ΔL

inst = 0, 05 mm

(

)

2 2

(

)

2

total L instrumental

L L

Δ = σ + Δ

total

L 0,06 mm

Δ =

(19)

Parâmetros de Correlação

Em algumas situações, a variação das medidas

associadas a uma grandeza M parece

acompanhar a variação dos dados associados

a outra grandeza P.

Neste caso existe uma correlação entre as

grandezas M e P.

(20)
(21)

Conclusão: correlação não significa dependência

(causalidade) entre as grandezas Isicas!

Apesar da necessidade destas ponderações

(22)

Parâmetros de Correlação

Covariância (σ

xy

): média dos produtos dos respecQvos

desvios

Correlação posiQva σ

xy

>0: a maioria dos pares de valores

em um diagrama de dispersão ocorrem acima ou abaixo

das médias, os respecQvos desvios possuem o mesmo sinal.

Correlação negaQva σ

xy

<0: os maiores valores de uma

grandeza estão associados aos menores valores da outra,

os respecQvos desvios terão sinais disQntos.

Grandezas não correlacionadas σ

xy

=0: a covariância pode

ser nula caso ocorram tantos produtos de desvios

negaQvos quanto posiQvos.

(

)(

)

(

)(

) (

)(

)

(

)(

)

n n

xy i i i i i 1 i 1

xy 1 1 2 2 n n

1 1

x y x x y y

n n

1

x x y y x x y y ... x x y y

n

= =

σ = δ δ = − −

⎡ ⎤

σ = − − + − − + − −

(23)

Exemplo

Variável independente

é o número de horas

estudadas.

A nota do aluno é a

variável dependente.

A nota do aluno

depende do nº de

horas que ele estuda?

Essas variáveis se

relacionam?

F

2

75

(24)
(25)
(26)
(27)

Referências

SANTORO, A.; MAHON, J. R.; OLIVEIRA, J. U. C. L.; MUNDIM FILHO, L. M.; OGURI, V.; SILVA, W. L. P. EsQmaQvas e Erros em Experimentos de Física. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2008,2ª edição.

h•ps://sites.google.com/site/ufpefisicaexperimental1/ h•ps://sites.google.com/site/fisicaexperimentall1ufpe/

Referências

Documentos relacionados

A poaia também provocou aumentos na biomassa microbiana (média de 8 vezes a biomassa do tratamento controle), e a adição de nitrogênio e/ou fosfato de rocha junto à poaia antecipou

Sobre estas perspectivas procuro levantar alguns questionamentos durante esta investigação, tais como: a distopia relaciona com a realidade extra fílmicas do presente

• Armazenar em bolsa apropriada, sem dobrar, enrugar ou comprimir; • Armazenar em local protegido da umidade, ação direta de raios solares,. produtos químicos, solventes, vapores

Objective: To characterize the phenotypic (occurrence of cMLS B and iMLS B phenotypes) and molecular (occurrence of ermA and ermC genes) profiles of MLS B resistance of clinical

Se o show da banda gospel Diante do Trono no Alemão suscita inúmeras questões sobre a relação entre religião e pacificação, e o Programa de TV Papo de Polícia abre outra

A construção de um complexo de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) ao longo do rio Juruena, em Mato Grosso, já têm contestados judicialmente pelo Ministério Público

As relações hídricas das cultivares de amendoim foram significativamente influenciadas pela a deficiência hídrica, reduzindo o potencial hídrico foliar e o conteúdo relativo de

- N.º de participantes nas reuniões - Escolas do Concelho com cursos de Educação e Formação em funcionamento - N.º de cursos de Educação e Formação em funcionamento no