O computador como ferramenta de mediação para as atividades pedagógicas escolares: enfoque aos portadores de necessidades educativas especiais

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III

Ao meu pai Carlos, à minha mãe Vanilda com “saudade”, ao meu irmão Roberto pelo constante incentivo , à minha cunhada Viviane pela importância que dá à educação, e ao pequenino Alex pelos

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IV

Agradecimentos

Ao CO R A ÇÃ O DIVINO DE DEUS, pela promessa: “ Derramarei abundantes bênçãos sobre seus empreendimentos ", pela sua bondade e ternura . Agradeço-o também pelo

maravilhoso dom da vida.

Ao UNIS - Centro Universitário do Sul de Minas, pelo investimento em minha formação, 0 meu muito obrigado.

Aos funcionários das Instituições APAE/FU VAE pelo apoio e colaboração, meu reconhecimento e agradecimento à Profa. Célia pelas várias oportunidades de aprendizado

oferecidas durante a realização deste trabalho.

Aos professores Leslie, Alessandra, Silvana, Regina, Janae, Nilson, Elizabeth, Fernando e Fabiane, em especial, Jordan, pela leitura do trabalho e pelos comentários realizados.

Aos colegas mais sabidos e divertidos que já tive: Angela, Sebastião, Dalise, Danielle, Delson, Fabiana, Iara, Júlio, Marcelo, Lina, Marinês, Paula, Paulo, Toninho, especialmente, ao companheiro- amigo Lucas, com amizade fraterna, e as amigas Antonina e Rosana, com imensa gratidão.

À minha mestra-mãe, Hélia, com filial amor, pela dedicação, pelo censo de justiça , pela sabedoria compartilhada e, principalmente, pela fiel e leal amizade de sempre, e também pelas inúmeras maneiras como me ajudou, me incentivou e me iluminou nesta caminhada.

Aos meus amigos da “Casa Azul” Emerson, C é s a r , Cláudia, Alessandra, Erondina e Luciana pelas piadas, enquetes, cafezinhos , cooperações e outras “loucuras”.

Aos professores Didi e Wagner da Escola de Natação Peixinho Dourado, que tão gentilmente, traçaram um eficiente e relaxante programa fisioterápico para que tivesse uma melhor mobilidade e disposição física durante a minha pesquisa.

Ao amigos-irmãos queridos, Ariei e Magna, pela estimável e incansável ajuda durante a revisão deste trabalho.

Ao orientador e inesquecível professor ,com quem tanto aprendi, Alejandro, pela tranquilidade, imprescindível motivação, orientação e tudo mais.

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“Quando nada parece dar certo, vou ver o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem vezes, sem que uma única rachadura apareça. Mas na centésima primeira martelada a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela que conseguiu isso, mas todas as que vieram antes”.

Jacob Riis

“Pousa sobre esses espetáculos infatigáveis. Uma sonora e silenciosa canção; Flor do espírito, desinteressada e efêmera. Por ela, os homens te conhecerão Por ela , os tempos versáteis saberão Que 0 mundo ficou mais belo, ainda que inutilmente, Quando por ela andou teu coração”.

Epigrama N° 1 - Cecília Meireles

“Na vida há poucas certezas, e muito dar-se um jeito ...”

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V I

Sumário

Dedicatória... iii

Agradecimentos... iv

Lista de Gráficos... viii

Resumo...ix Abstract ... x CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO... 01 1.1 Contexto... 01 1.2 Objetivos do trabalho...06 1.2.1 Objetivo geral... 06 1.2.2 Objetivos específicos...06 1.3 Justificativa... 07 1.4 Estrutura do trabalho... 10

CAPÍTULO II - AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (NTIC) NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM...12

2.1 As Novas Tecnologias de Comunicação e Informação na escola .12 2.2 O processo de ensino e de aprendizagem... 15

CAPÍTULO III - A EDUCAÇÃO MEDIADA POR COMPUTADOR...19

3.1 O computador na escola...19

3.2 A informática no currículo escolar... 27

3.3 A informática na educação especial... 30

3.3.1 Tecnologias para deficiência visual... 31

3.3.2 Tecnologias para deficiência motora e de fala...33

3.3.3 Tecnologias para deficiência auditiva... 36

3.3.4 Tecnologias para deficiência mental... 40

3.3.5 Tecnologias para distúrbios de aprendizagem...41

3.4 O ensino mediado por computador na educação especial...43

CAPÍTULO IV - O COMPUTADOR COMO MEIO FACILITADOR PARA INCLUSÃO DOS ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO REGULAR... 46

4.1 O computador para os alunos portadores de necessidades educativas especiais: uma abordagem construcionista e instrucionista... 46

4.2 O computador auxiliando a inclusão dos alunos portadores de necessidades educativas especiais...49

CAPÍTULO V - A UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR E A CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES...54

5.1 O professor e a utilização do computador...54

5.2 O professor e o avanço tecnológico...59

CAPÍTULO VI - A METODOLOGIA DA PESQUISA DE CAMPO... 63

(7)

V I I

6.2 O perfil da pesquisa de campo...63

6.2.1 A amostragem... 63

6.2.2 O público alvo e o perfil da amostra... 66

6.2.3 A técnica de coleta de dados... 67

6.2.4 A organização do questionário... 69

6.2.5 As considerações gerais sobre os resultados...70

CAPÍTULO VII - CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO... 80

7.1 Reflexões e considerações... 80

7.2 Sugestões para futuras pesquisas... 83

FONTES BIBLIOGRÁFICAS... 85

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V I I I

Lista de Gráficos

Gráfico I - Distribuição de questionários... 64

Gráfico II - Inquérito...71

Gráfico III - Perfil da amostragem... 72

Gráfico IV - Atividade pedagógica de apoio...72

Gráfico V - Segmentos...73

Gráfico VI - Formação na area de informática... 74

Gráfico VII - Formação profissional... 74

Gráfico VIII - Formação especializada...75

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IX

Resumo

MARTINS, José Reginaldo O computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares: Enfoque aos Portadores de Necessidades Educativas Especiais. 122f. Florianópolis, 2001, Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção - Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSC, 2001.

A Universidade Federal de Santa Catarina / UFSC em parceria com Centro Universitário do Sul de Minas / UNIS oferecem à cidade de Varginha, Minas Gerais, entre outros cursos, o Mestrado em Engenharia de Produção com ênfase em Mídia e Conhecimento. A principal característica deste mestrado é o fato dele ocorrer de forma virtual presencial, através de tecnologia de terceira geração, a videoconferência, tendo como ponto de transmissão do Laboratório de Ensino à Distância da Universidade Federal de Santa Catarina. Este trabalho estuda questões fundamentais relacionadas ao uso dos computadores nas atividades didático- pedagógicas escolares. Apresenta posicionamentos defendendo que os computadores tem um papel e futuro promissor na educação e, por outro lado, perspectivas bastante limitadas no ambiente de sala de aula. Faz também uma análise do que se passa na Educação Especial no que diz respeito a utilização educativa dos computadores, na sua ajuda, através das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação oferecidas aos alunos portadores de necessidades Educativas Especiais

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Abstract

MARTINS, José Reginaldo. O computador como ferramenta de mediação para as atividades pedagógicas escolares: Enfoque aos portadores de necessidades educativas especiais. 122f. Florianópolis, 2001, Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção - Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSC, 2001.

Universidade Federal de Santa Catarina / UFSC in partnership with Centro Universitário do Sul de Minas / UNIS offer to the city of Varginha, Minas Gerais,

among other courses, the Mestrado in Engineering of Production with emphasis in

Media and Knowledge. The main feature of this mestrado is the fact of it occurs in the distance, through technology of third generation, the videoconference, having as transmission point the Laboratory of learning by distance of Universidade Federal de Santa Catarina. This Work studies basic questions related to the use of the computers in the didactic-pedagogical activities pertaining to school. It presents threads defending that the computers have a purpose and promising future in the education and, for another side .perspective sufficiently limited in the environment of classroom. It also makes an analysis of that if has in the Special Education in the educative use of the computers, it represent its aid, through the New technologies of Information and Communicaton offered to the pupils' support with special educative necessities .

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o Computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares: Enfoque aos Portadores de Necessidades Educativas Especiais

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO

1.1 Contexto

A popularização do computador com a sua utilização em diversas áreas, é hoje, fato inquestionável, assim como a afirmação do uso da informática na educação e o crescente desenvolvimento e uso das tecnologias educacionais.

Atualmente, as novas tecnologias de informação e comunicação conhecem progressos cada vez mais espetaculares, permitindo ao homem "ver mais longe e mais perto, na distância e no tempo, com toda a precisão e rapidez" MACHADO (1992). Inevitavelmente como já antes havia acontecido com o aparecimento e generalização do livro, esta mudança de suportes de comunicação provocou e continua a provocar alterações processuais nas maneiras de ensinar e nos processos de aprender.

Nos finais da década de 50, e no campo da utilização do computador em educação, o ensino programado de Skinner desencadeou a geração do paradigma de ensino - o ensino assistido por computador , privilegiando um diálogo reativo com o aluno, reforçou, paradoxalmente a natureza unidirecional, clássica, da mensagem pedagógica. Em meados da década de 60, o projeto Logo, de S. Papert, surgiu como o movimento mais representativo de um novo paradigma de ensino - Interativo ou bidirecional, privilegiando ambientes criativos de aprendizagem caracterizados pelo desenvolvimento de estratégias de ensino flexíveis em que o aluno, interagindo com o computador, com o professor ou com os outros alunos, procurava realizar tarefas de aprendizagem e solucionar problemas.

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o Computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares: Enfoque aos Portadores de Necessidades Educativas Especiais

O considerável aumento da interatividade dos sistemas e da transparência das interfaces permitiu uma crescente aproximação entre o usuário e o computador conduzindo a tecnologia a sua verdadeira função de instrumento de trabalho e relegando para segundo plano as preocupações de índole tecnológica.

Mesmo com a evolução dos paradigmas de ensino para sistemas interativos, em que o aluno passa de receptor passivo da mensagem a agente ativo da comunicação enfatizando-se a relação professor-aluno e aluno-aluno, tudo se desenvolve em torno ou a partir do professor como eixo transmissor ou organizador da mensagem pedagógica.

A ligeira evolução nos domínios econômico, político, científico, tecnológico e cultural em todo o mundo impõe, necessariamente, modificações em nível da educação formal, ou seja, da escola. Neste sentido, a escola tem necessidade de renovação em cada dia que passa, caso contrário corre o risco de não ser suficientemente atrativa e formativa para as crianças e jovens de hoje, com necessidades, anseios e interesses adequados á época em que vivem e que é uma era altamente tecnológica.

Fazendo uma breve retrospectiva do que tem sido o processo educativo, verificamos que a escola tem sofrido grandes transformações nos últimos anos, grande parte das quais resultantes da constante evolução da tecnologia. Para comprovar basta que pensemos, como indica MACHADO (1992), “em toda a evolução que ocorreu desde o modelo socrático de ensino, cujo suporte utilizado consistia unicamente na oralidade”, até á atualidade em que temos como suporte do processo de ensino e aprendizagem uma grande diversidade de equipamentos tecnológicos.

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Com surgimento do livro que foi, certamente, uma das inovações que mais modificações viria a produzir em todo o processo de ensino e de aprendizagem, uma vez que o conhecimento passa a surgir "como entidade autônoma e independente do professor (...) acarretando a diminuição do poder do professor. De detentor exclusivo do conhecimento passa a reprodutor, a interpretador do conhecimento detido pelo autor do livro". MACHADO (1992).

Nas décadas de 50 e 60 verificaram-se grandes modificações em nível tecnológico, surgindo uma primeira geração de recursos audiovisuais que "apesar das suas funcionalidades rudes e primitivas (...) tinham como objetivo facilitar a vida do professor na apresentação do conhecimento aos alunos."

MACHADO (1992).

Durante as décadas de 70 e 80 surgem outros equipamentos, cada vez mais sofisticados do ponto de vista técnico e, também, com potencialidades para serem utilizados em contexto educativo. Entre eles evidencia-se o computador.

Mesmo com imensa diversidade de meios tecnológicos existentes na escola, verifica-se que a sua utilização tem seguido, ao longo dos tempos, “um modelo de comunicação essencialmente unidirecional“ DIAS (1989) , centrado no professor que transmite a informação. Nesta perspectiva, pode-se considerar que estes meios têm sido, sobretudo utilizados "como prolongamentos tecnológicos do discurso do professor" DIAS (1989).

Com admissão no ambiente escolar nova tecnologia não foge ã regra; faz- se, com o novo meio, de modo um pouco diferente, o mesmo que se fazia antes. Somando-se á estrutura conservadora da escola mais um instrumento de trabalho para a área pedagógica.

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No entanto, é indiscutível que, de todos os meios tecnológicos à disposição do professor, o computador foi o que teve um dos mais importantes impactos em nível da escola tendo desencadeado grande número de discussões, estudos e investigações. Uma das razões para que isso tenha acontecido é, como defende MACHADO (1992), o fato de se tratar de "uma tecnologia que entrou rapidamente na escola, quase que ao mesmo tempo em que na sociedade em geral”, e, também segundo o mesmo autor, porque "os programas de introdução da informática na escola visaram pôr os computadores nas mãos das crianças , deixando assim de ser apenas um meio que o professor utiliza para transmitir o conhecimento.

Então, tem o {a utilização) computador, um papel importante na modificação de atitudes dos professores, em especial, no que se refere à transição dos protótipos de ensino centrados no professor para modelos cada vez mais centrados no aluno.

É comum dizer hoje que o computador, por si só, funciona como um elemento de grande motivação para o aluno e, conseqüentemente como um incentivo a descoberta e a aprendizagem. Pode-se afirmar que a utilização no ensino das novas tecnologias de Informação e comunicação e, nomeadamente, do computador contribui para a inovação da prática educativa. Apesar de tudo isso, um grande número de professores continua a confrontar-se com sérias dificuldades não se aventurando a usar o computador em contexto educativo. Convencendo que se o professor tiver à sua disposição software educacional de fácil utilização técnica, algumas dessas dificuldades serão minimizadas, o que se traduzirá numa modificação de postura diante do computador e, em conseqüência, numa modificação da prática educacional.

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o Computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares; Enfoque aos ________________________ Portadores de Necessidades Educativas Especiais__________________________

5

Fica claro que a resposta ao problema da introdução e do uso do computador em contexto educativo não se resume, de modo algum , ao software, antes abrange um conjunto de aspectos que vão desde a atitude do professor, da sua formação técnico-pedagógica, até às condições de administração e organização da escola.

0 computador está longe de ser o remédio que cura todos os problemas com que a escola se debate, será mesmo mais um problema a exigir um esforço suplementar dos professores no sentido de readaptar as estratégias de ensino, pois é bem verdade que o melhor computador não terá qualquer efeito no processo educativo sem um professor capaz de estruturar, modelar, guiar e facilitar o processo cognitivo de acordo com as necessidades individuais dos alunos. Este pressuposto ganha mais ênfase quando se trata dos alunos portadores de necessidades educativas especiais (NEE). Rejeita-se, em absoluto, esta idéia de que o computador possa vir, algum dia, a substituir a função ou 0 papel do professor. Aliás, as discussões a propósito da substituição do papel do professor pelos recursos educativos que vão surgindo ao longo dos tempos não se limitam ao computador, como pode-se verificar pela seguinte afirmação de REBOUL no que diz a respeito aos manuais escolares:

“É improvável que a qualidade de um manual escolar elimine a necessidade

do professor; ele vai é conduzir a uma modificação do papel do professor”.

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o Computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares: Enfoque aos Portadores de Necessidades Educativas Especiais________________________

1.2 Objetivos do trabalho

1.2.1 Objetivo geral

Analisar o uso do computador como uma ferramenta adequada e mediadora para as práticas pedagógicas escolares, dando um enfoque aos alunos portadores de necessidades educativas especiais.

1.2.2 Objetivos específicos

■ Salientar a necessidade das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) nas escolas;

■ Focalizar como a Educação Comum e Especial podem ser mediadas por computadores;

■ Apresentar as informações gerais sobre as diferentes tecnologias usadas na Educação especial para o ensino dos alunos portadores de necessidades educativas especiais ;

■ Identificar o computador como um instrumento que facilita a ação educativa e inclusiva dos alunos portadores de necessidades educativas especiais na Educação Comum ou Regular;

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o Computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares: Enfoque aos

_______ Portadores de Necessidades Educativas Especiais

7

■ Refletir sobre a prática e capacitação dos professores quanto á utilização dos computadores -em informática- no Setor Educacional;

■ Realizar uma pesquisa de campo com a ajuda dos professores de algumas Instituições e ou Estabelecimentos de Ensino Especializados voltadas ao aprimoramento do computador nas atividades pedagógicas escolares, tendo em vista o melhor atendimento dos alunos portadores de necessidades educativas especiais .

1.3 Justificativa

O motivo da escolha deste assunto para dissertação de mestrado assenta essencialmente, na necessidade de aprofundar o estudo deste recurso tecnológico cada vez mais presente no ambiente escolar, o computador, bem como, as vantagens de sua utilização na Educação em geral e especificamente na para os alunos portadores de necessidades educativas especiais.

Atualmente enfrentamos profundas transformações tecnológicas. A ligeira evolução e difusão das Novas Tecnologias de Comunicação e Informação (NTIC), em particular as associadas aos computadores, estão modificando significativamente não apenas os processos de produção de bens materiais; mas, também os processos de divulgação das experiências e, conseqüentemente, as maneiras de viver e conviver em e na sociedade. Este ritmo evolutivo em termos tecnológicos é possibilitado por um volume crescente do conhecimento humano nas mais diversas áreas do saber. Nunca se tornou tão necessário o desenvolvimento de capacidades e habilidades em nível da

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o Computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares: Enfoque aos ________________________ Portadores de Necessidades Educativas Especiais__________________________

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gestão e manipulação de informação, de modo a permitir uma interação eficaz e rápida com o mundo que nos rodeia.

Assim a sociedade do futuro será "uma sociedade que verá, provavelmente, o seu sucesso baseado na capacidade de acesso e ao tratamento e a organização de informação" FREITAS (1992). Uma sociedade em que mais do que 0 saber, interessa ter a informação, aumentá-la a cada dia que passa, e saber trabalhá-la elaborando perguntas e respostas inteligentes.

As pessoas cada vez mais terão necessidades de partilhar as suas experiências, informações e conhecimentos. Numa perspectiva, dada a complexidade e especificidade de algum software, troca de experiência entre alunos com necessidades educativas especiais ou portadores de quaisquer deficiências é também bastante enriquecedora. Em vários níveis - local, regional, nacional, internacional e mundial - os desafios que se colocam á sociedade exigem competências de gestão, organização e manipulação de informação, unidas a um forte espírito de solidariedade e de cooperação. Trabalhar em cooperação, ser o nó de uma rede humana, é a oportunidade de partilhar experiências e ter acesso ao novo rol sobre certos domínios. Apontam, neste sentido, as palavras de Novaes quando afirmam:

é agora largamente reconhecido que, nos domínios em rápida

transformação, como os relacionados com a educação e a formação, a informação mais útil e atualizada não se encontra nas bases de dados, mas antes na memória coletiva dos grupos de utilizadores que operam nesses domínios”. NOVAES (1996).

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o Computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares: Enfoque aos Portadores de Necessidades Educativas Especiais_______________________

0 acesso as redes de comunicação e informação à distância poderá significar a interação direta com especialistas de determinadas áreas do conhecimento, onde os usuários dessas redes " podem pedir assistência e onde podem receber, de outros usuários, respostas que satisfaçam as suas necessidades, sugestões sobre o local onde podem encontrar a informação ou parecer especializado que procuram" TRINDADE (1989). Neste nível, adotando as palavras de FREITAS: "(...) a humanidade terá nas novas tecnologias da informação e comunicação um auxílio precioso no sentido de uma verdadeira disponibilização da informação para todos” FREITAS (1992).

Estar numa sociedade cada vez mais ajustada em poderosas redes de comunicação implica em novas mentalidades, novas habilidades e novas exigências; permitindo estabelecer novas conexões entre novas tecnologias mais prometedoras, tendo em vista, as necessidades de formação para a sociedade deste novo milênio.

Diversos sistemas de ensino têm repensado os seus objetivos e modelos de funcionamento, procurando renovar-se e adaptar-se às novas exigências da sociedade atual. Dentre os fatores que têm tornado necessário uma reflexão do papel atual da escola, encontram-se os rápidos desenvolvimentos tecnológicos a que estamos assistindo na sociedade e que, por um imperativo desta, têm-se repercutido, de forma explícita, na prática educativa escolar.

Neste contexto, faz-se necessário abordar no próximo capítulo, a implantação das novas tecnologias - como o uso dos computadores - para os alunos portadores de necessidades educativas especiais, de modo a que não fiquem excluídas destes progressos tecnológicos.

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10

1.4 Estrutura do trabalho

Em função dos objetivos apresentados, este trabalho tem duas partes, sendo uma teórica e outra prática, e se divide em 7 capítulos distintos.

Quanto às partes;

Na primeira parte são elucidadas questões no que diz respeito ao uso dos computadores na educação. Defendem-se alguns posicionamentos, com a intenção de mostrar que os computadores têm por um lado, um futuro bastante promissor na Educação e, por outro, perspectivas limitadas para o ambiente de sala de aula.

Na Segunda parte, é feita uma análise do que se passa na Educação Comum e Especial, no que se refere ao uso dos computadores, a sua contribuição para a área educacional, e se dá esclarecimentos do papel das Novas tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) para os alunos portadores de necessidades educativas especiais.

Quanto aos capítulos:

0 capítulo 1 apresenta a razão da escolha do tema de estudo desta dissertação de mestrado, os principais objetivos do trabalho , bem como os fundamentos e pressupostos teóricos .

No capítulo 2 são destacadas as Novas Tecnologias de Comunicação e Informação (NTIC) e a sua influência direta e transformadora nos modelos tradicionais já existentes no processo de ensino-aprendizagem e seu suporte de mediação na aprendizagem dos alunos portadores de Necessidades Educativas Especiais.

0 capítulo 3 focaliza o papel do computador na educação com seu conjunto de características que o torna bastante adequado às práticas pedagógicas

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o Computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares: Enfoque aos

Portadores de Necessidades Educativas Especiais ______ _____

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cotidianas do ambiente escolar; também enfocando, os mais variados tipos de soluções técnicas, que servem como suporte, quando adaptadas aos computadores para o ensino dos alunos portadores de necessidades educativas especiais.

0 capítulo 4 mostra o computador sendo utilizado como ferramenta de mediação com a qual os alunos portadores de necessidades educativas especiais constroem os seus conhecimentos, assim ele se torna um grande aliado de uma proposta construcionista de educação, viabilizando a inclusão destes alunos especiais.

0 capítulo 5 evidencia a necessidade e a urgência da formação dos professores, especialmente os da Educação Especial, para as práticas educativas nos mais diversos graus de ensino no que se refere ao uso didático e pedagógico dos computadores.

0 capítulo 6 apresenta os resultados da pesquisa de campo, com as questões básicas no diz respeito ao uso dos computadores nas escolas e, principalmente, faz uma análise do que se passa na educação especial no que atém-se à contribuição dos computadores, ou seja, o perfil da amostra com uma análise descritiva dos resultados colhidos. Neste capítulo não há apenas relatos das análises estatísticas, mas também, interferências teóricas e práticas.

0 capítulo 7 possui um caráter conclusivo e reflexivo sobre as contribuições gerais e específicas do trabalho para o setor educacional. Além disso, apresenta várias sugestões para outras pesquisas futuras relacionadas ao tema da dissertação.

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CAPÍTULO II - AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

E

COMUNICAÇÃO (NTIC) NO PROCESSO DE ENSINO E DE

APRENDIZAGEM

A inserção e a utilização das Novas Tecnologias de Comunicação e Informação (NTIC) dentro do contexto atual do ambiente escolar, como uma ferramenta mediadora, traz uma enorme contribuição para as atividades escolares em qualquer nível de ensino, proporcionando inovações e repercussões de imenso impacto nos aspectos didático e pedagógico junto ao processo de ensino e de aprendizagem.

2.1 As Novas Tecnologias de informação e Comunicação (NTIC) na escola

As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação invadiram as escolas num curto espaço de tempo e prometem ficar devido à importância que lhes é atribuída. Mas por que razões é que elas são importantes? HARASIM (1990) faz uma resenha dessas razões e aponta como fundamentais quatro princípios;

• Sociais: o aluno deve ser preparado para agir numa sociedade cada vez mais movida por novas tecnologias;

• Vocacionais: o aluno deve ser preparado profissionalmente para

dominar as novas tecnologias para ser vencedor nessa mesma sociedade tecnológica;

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• Pedagógicas: possibilidades de melhorias dos processos de ensino e de aprendizagem;

• Catalisadoras: o uso do computador pode acelerar outras inovações educativas, com ênfase nos processos de ensino e de aprendizagem que valorizam a cooperação mais que a competição, a solução de problemas e a reflexão e não tanto a memorização.

Para que a integração dos computadores com “Objetivos Construticionistas” no setor educacional sejam uma realidade, na maioria dos casos, há ainda uma longa estrada a percorrer. Os obstáculos são ainda muitos; após vários estudos e investigações, conclui-se : o conjunto social, a organização escolar, os apoios externos e as particularidades inovadoras do produto eram os principais entraves para um uso eficiente e eficaz.

• Conjunto social: necessidade de investimento em equipamentos, desenvolvimento de programas de informática para educação, formação dos professores, falta de empenho por parte dos políticos ligadas á educação; reflexão e reformulação de currículo escolar, etc.

• Organização escolar: as dificuldades aparecem quando não existe encorajamento por parte da administração escolar, principalmente, pelo fato de não facilitar a participação em formação e capacitação, aquisição dos equipamentos e programas informatizados, reorganização de horários, ambientes de sala de aula e outros aspectos organizacionais do ambiente escolar.

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14

• Apoio externo: cursos de capacitação e reciclagem contínua erram por valorizar unicamente os aspectos técnicos em vez de ajudar os professores com a integração dos computadores no cotidiano escolar, ou seja, da sal de aula, com conhecimentos de seleção e avaliação quer dos programas de informática, quer nos desempenho dos alunos. Enfim, os professores não têm suportes que os ajudem a ultrapassar

08 problemas criados pelas novas relações entre professor e aluno.

• Particularidades inovadoras; questões relacionadas com as vantagens e as desvantagens que os computadores trazem para o processo de ensino e de aprendizagem. Uma Análise da qualidade dos programas de informática para educação e que tipo de resultados pode-se esperar quando são medidos os benefícios atuais em relação aos custos com recursos humanos e aspectos organizacionais.

A utilização correta dos computadores na educação exige, principalmente, uma aproximação psicológica na qual professores e alunos sejam sensibilizados para as diferenças individuais de aprendizagem, numa nova postura de uns e de outros. Os alunos estão diante de uma nova situação, de uma nova posição - são responsáveis pela sua aprendizagem. Os professores têm o dever de mudanças e transformações nas suas atitudes pedagógicas, o seu objetivo, sua meta deve ser o de “Construtor de Conhecimento”, isto é, auxiliar os alunos a apropriarem-se dos seus conhecimentos, construírem eles mesmos os seus conceitos e conduzirem as suas próprias explorações, prepará-los para a aprendizagem continua e permanente, fomentar neles

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o Computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares: Enfoque aos

Portadores de Necessidades Educativas Especiais _____

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valores e princípios que conduzam à satisfação pessoal e que sejam socialmente bons e construtivos porque isto lhes dará poder e motivação.

Considerando o pressuposto de serem as ferramentas educativas informatizadas as mais aceitáveis para as respostas necessárias á inclusão de alunos portadores de necessidades educativas especiais, e que, este tipo de ferramentas educativas levam à modificações comportamentais e cognitivas no alunos, procura-se com este trabalho apresentar alguns efeitos dos mesmos.

2.2 O processo de ensino e de aprendizagem

Nos últimos anos, o desenvolvimento das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação , trouxe aos modelos tradicionais da aprendizagem, ou m elhor, do processo de ensino e de aprendizagem um contexto significativo de alterações, quer quanto aos apoios materiais, quer quanto aos métodos, quer ainda quanto aos modelos conceituais da aprendizagem que já estão a produzindo os seus efeitos e vão ter nos próximos anos nomeadamente, no milênio, repercussões de imenso impacto nas diversas atividades pedagógicas.

Levando em conta, o desenvolvimento das abordagens educativa e social dos alunos portadores de necessidades educativas especiais aumentará , obrigatoriamente, o número de alunos nessas condições, a integrar-se no sistema regular de ensino. Este fenômeno de inclusão, como metodologia de resolução de problemas ligados á aprendizagem de alunos com as mais variadas deficiências, tem sido cada vez mais adotado em todo o mundo, dentro da chamada Escolaridade Regular ou Educação Comum, com muitos resultados positivos. Como conseqüência lógica, os professores irão ver

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o Computador como Ferramenta de Mediação para as Atividades Pedagógicas Escolares; Enfoque aos

Portadores de Necessidades Educativas Especiais __________

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aumento das suas necessidades de "saberes". No que diz respeito, seja das componentes físicas , seja das psicológicas, ou no domínio das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação , componentes essas que, provavelmente, condicionarão de maneira mais correta os processos de ensino e de aprendizagem desses mesmos alunos.

Em relação à questão, dos saberes ligados às Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) , não é de modo nenhum atributo deste tipo de alunos. Qualquer um que esteja sujeito ao ensino e à aprendizagem em qualquer forma de aprendizagem, ao sentar-se diante de um computador para estudos em função dos seus interesses, sem fragmentação dos saberes e conhecimentos, ampliando o papel da aprendizagem através da descoberta, PONTE (1990) em detrimento as aprendizagens mecânicas, cria um novo modelo de relação educativa que alterará o sentido do Ambiente-Escola ou do

Espaço-Aula e dos protagonistas do processo educativo. Este fenômeno, aliás,

já se encontra em nosso meio, de modo até muito pouco sutil e tem criado um debate cada vez maior acerca das suas conseqüências.

Assim os recursos com os meios informatizados , não causam aversão, mas dão suporte e apoio a aprendizagem dos alunos com necessidades educativas especiais, são úteis, e ao mesmo tempo ferramenta imprescindível que nos habituamos a considerar como a solução para uma grande parte dos problemas que se colocam nesta área, tão difícil e complexa, do desenvolvimento humano e social.

Há estudiosos que aprofundam, que vão bem mais longe ao argumentar que os problemas de inclusão social e profissional que os indivíduos que tem aprendizagem com dificuldades específicas, precisam desenvolver

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17

competências e habilidades não apenas escolares ou acadêmicas, mas, sobretudo as ligadas ao mundo do trabalho. DOMINGOS, NEVES & GALHARDO (1994)

Compreende-se então, que torna fundamental o uso dos recursos informatizados, se aceitarmos este último elemento como uma componente significativa das aprendizagens necessárias a este tipo de indivíduos. Parece ser um dado adquirido que a utilização dos computadores nesta área, ou melhor dizendo, soluções de equipamento e aplicações, trouxeram um conjunto de ferramentas poderosas que permitem abordagens de problemas nunca antes tentados e que se têm revelado eficazes.

Atualmente existem soluções técnicas que permitem a capacidade de realização de tarefas por alunos portadores de deficiência. Essas tarefas são hoje cada vez mais eficazes pelo recurso das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) e, sobretudo, pela aplicação da tecnologia de controle de interruptores simples, que podem ser manuseados de forma extraordinariamente eficiente. Os recursos de som e de imagem que existem , fazem com que os deficientes tenham á sua disposição ferramentas de trabalho impensáveis há cerca de quinze anos atrás, por exemplo.

Um trabalho deste tipo tem muito a ver com uma análise que cada professor tem, como responsável pelo processo de ensino e de aprendizagem, necessariamente para conseguir a adaptação as melhores, ou possíveis soluções, a cada situação real. Se isto é verdadeiro para qualquer tipo de aprendizagem e para qualquer tipo de indivíduo, por razão e motivo, que se aplica aos alunos portadores de deficiência ou necessidades educativas

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especiais, dados aos desvios que normalmente possuem, em termos de comportamentos, e até mesmo, de habilidades.

Após todas as abordagens que foram feitas neste capitulo sobre as Novas Tecnologias de Comunicação e Informação inseridas no Setor Educacional com os seus aspectos organizacionais, sociais e as suas particularidades inovadoras e seus pressupostos como meios mediadores, e as suas interferências direta ou indiretamente no processo de ensino-aprendizagem.

No capítulo que segue far-se-á uma exposição do papel e da função do computador na educação com todo o seu conjunto de características e particularidades próprias, que o torna imensamente adequado ás práticas didáticas e pedagógicas cotidianas do ambiente escolar; e também, mostrará os mais diversos e variados tipos de soluções técnicas e informatizadas, que servem como suporte e ajuda, quando adaptadas aos computadores para as atividades escolares e ao ensino dos alunos portadores de necessidades educativas especiais.

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CAPÍTULO III - A EDUCAÇÃO MEDIADA POR COMPUTADOR

O computador é um instrumento, um mediador, que dentro do currículo escolar, pode mobilizar o ambiente educacional no sentido da qualidade da aprendizagem, também se torna uma ferramenta tecnológica para desenvolver a inteligência dos alunos. Um outro aspecto importante consiste em considerar a educação comum ou especial como um todo dependente ou independente da tecnologia, mas de maneira pela qual os recursos tecnológicos - como o computador - disponíveis são implementados. Esses parâmetros tecnológicos são relevantes como investigações, e como modelos de relacionamentos onde, ao trabalhar com o computador na educação aprende-se as diferenças individuais dos alunos, buscando metodologias, técnicas e práticas de ensino mais dignas e adequadas para abordar os alunos portadores de necessidades educativas especiais.

3.1 O computador na escola

No roteiro das invenções e das criações , o computador, aparece como a descoberta mais significativa, preciosa e transformacional da era moderna. Desde a sua criação o homem não parou de aperfeiçoá-lo, introduzindo-o nas empresas, nos escritórios, nos trabalhos do dia-a-dia, nos estabelecimentos escolares e até mesmo nos ambientes domésticos.

A grande motivação para introdução dos computadores nos ambientes escolares tem objetivos sociais, políticos e econômicos. No sentido de preparar

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os futuros cidadãos para o trabalho ou para o lazer, numa sociedade da informação e comunicação em constante mudança e aperfeiçoamento.

Com o passar do tempo e com as transformações sociais têm, aos poucos favorecido para o aumento da população escolar que, em simultâneo, se tem abrangido, até indiscriminadamente, as camadas sociais e culturais mais desprivilegiadas das letras. Esta situação proporcionou a quase igualdade da população escolar, que aceita por uma instituição, como regra geral economicamente desfavorecida e apegada aos moldes escolares tradicionais e conservadores, não conseguiu levantar as condições capazes de se sobreporem às diferenças sociais e culturais dos indivíduos e para assegurar o sucesso escolar de todos quantos a freqüentam. Paralelamente, tornou-se obrigatório um período de escolaridade que tem sido aumentado, sem que a escola tenha revisto, de forma coerente e prudente, o seu jeito de ser e de estar.

Com as Novas Tecnologias de Informação e de Comunicação (NTIC), quando as Organizações e Sistemas Escolares apostam, na sua quase totalidade, em Mudanças Educativas condizentes a estudos que, com maior ou menor tendências multidisciplinar e interdisciplinar, por um lado, conduzem a situações mais próximas da realidade social vivida pelos alunos, e por outro, incentivam para utilização e exploração dos meios informatizados. Portanto, cabe aos professores, no seu conjunto, a realização de experiências que de forma interligada possam servir de ponto de partida e base de trabalho pedagógico para um outro tipo de ensino que se pretende; realmente, inovador.

Neste contexto, o computador, apresenta um conjunto de características e particularidades que o tornam bastante adequado às tarefas do processo de

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ensino e de aprendizagem, BLANCO, DIAS & SILVA (1989) de que se destacam;

• Disponibilidade; Como qualquer aparato eletrônico, inerte, necessita de energia para tornar-se operacional. Desde que ligado e após uma primeira seqüência interna de instruções e de operações coloca-se à disposição do usuário;

• Interatividade; Características físicas da própria máquina é facilmente perceptível a qualquer trabalho que queira desenvolver com o computador, obriga a uma atividade atuante sobre diferentes canais sensoriais do operador;

• Estímulo ao diálogo; acompanhada de acessórios, como os sons, tato, chamam á atenção do sujeito estimulando a um quase diálogo; a interatividade entre o homem e a máquina facilita a percepção e retenção da informação. Esta característica tenderá a tornar-se cada vez mais dialógica uma vez que as investigações desenvolvidas são efetuadas no sentido de possibilitar a interação visual e verbal. Como dizia o filósofo Aristóteles “nada está no intelecto sem que primeiro tenha passado pelos sentidos", então o computador pode ser um bom propiciador desta passagem, quando bem utilizado;

• Memória; Deixando de lado os aspectos psicológicos relacionados ao conceito de memória humana, ou os aspectos técnicos que encaram e emolduram o conceito de memória dos computadores, entende-se neste tópico, de forma geral, a memória como a capacidade de

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armazenamento e processamento de dados com função informativa, quando os mesmos são encarados como elementos inerentes ao processo de comunicação. E, sob este ponto de vista, o computador leva grande vantagem ao ser humano;

Repetição: Embora experiências mais recentes apontem para o fato que o número de repetições não deve ser o elemento preponderante da memorização, não deixam de levar a uma reflexão a sua relativa importância no processo da aprendizagem. Ora o computador detém uma grande capacidade repetidora, quase mecânica, que superando a maior paciência, objetividade e perseverança do melhor dos mortais, pode ser utilizado no processo de ensino e de aprendizagem, completando e facilitando a atividade de alunos e professores;

Adaptabilidade: Embora o computador não se adapte, a diferentes situações, não se tratando de um ser mutante, os programas podem adaptar-se ao usuário favorecendo, assim, uma diferenciação pedagógica mais adequada a cada indivíduo. Mas desta solidariedade máquina e programa, resultam uma adaptabilidade que oferece atividades de recuperação, reabilitação e até de enriquecimento, conforme as características do aluno usuário;

Capacidade de análise: Por meio da interatividade proporcionada, espera de resposta, e pelos conceitos cibernéticos em que assenta a sua utilização, proporcionará a reabilitação imediata do sistema. A cada resposta entrada pelo aluno usuário corresponde uma análise e

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validação da mesma, em tempo síncrono, o que facilitará, por isso, a efetivação de uma auto-avaliação;

• Capacidade audiovisual: 0 tratamento da imagem analógica é difícil, porque é seqüencial, a sua digitalização, ou codificação numérica, cria um leque de possibilidades até há pouco tempo inexistentes. Os avanços da micro-eletrônica refletiram-se nas novas capacidades visuais e de áudio (audivisuais) alcançado pelos novos computadores. Encara a imagem como uma matriz apresentando a novidade de poder trabalhá-la, por software, em qualquer momento e em qualquer das suas características físicas.

Unida as novas capacidades gráficas, as possibilidades de tratar o som de forma digital abriu um importante espaço a uma "multirepresentação ligada à utilização de linguagens distintas para explicar e representar o mesmo fenôm eno" VALENTE (1989).

Sendo, os modelos construídos em computador, reais ou não, também, não são totalmente abstratos; são entes híbridos, colocados na presença do aluno facilitam-lhe a percepção, a compreensão e a construção da imagem cognitiva, condizente á aprendizagem.

A utilização dos computadores pelos alunos dá-lhes mais controlo, confiança e poder no que está executando.

Nos estabelecimentos escolares, o computador tem sido usado fundamentalmente em duas áreas distintas: na gestão escolar, onde como num escritório, é usada em atividades ligadas aos setores de contadoria.

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organização das turmas, registro dos alunos e professores e como instrumento de trabalho no próprio processo educativo.

Conduz-nos a explanar das aplicações do computador na educação , envolvendo pontos atrás já referidos, e a sua função explícita no ensino .

O uso do computador no ensino é feito de duas maneiras distintas, uma ativa em que o computador tem um papel preponderante e uma em que o computador é um instrumento.

Uma outra aplicabilidade que o computador tem no ensino é como recurso material, elemento de consulta de determinados tópicos de pesquisas, carreiras ou operação de máquinas, ajudando os alunos nas suas investigações e projetos de trabalho escolares.

Resumindo enuncio as seguintes maneiras de classificar, numa visão do computador como disseminador do conhecimento, o papel do computador no ensino, segundo LUTTERODT & AUSTIN (1989);

a)Tutor; Programas que pretendem instruir e guiar o aluno na sua aprendizagem ou processos de pensamento;

b) Instrumento; Usa as aplicações do computador e manipula a informação. c) Aprendiz; O aluno ensina, programa o computador.

d) Elemento de consulta; Permite uma pesquisa sobre determinados temas.

0 computador não é um mero substituto do professor, mas uma ferramenta de trabalho, para ser usada tanto quanto possível pelo próprio aluno.

A capacidade de lidar com as tecnologias e as informações tem cada vez maior importância em todas as esferas da sociedade.

É fundamental o desenvolvimento desde muito cedo nas crianças das capacidades e habilidades de saber onde procurar a informação pretendida,

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selecioná-la, interpretá-la, compreendê-la e orientá-la no seu processamento, avaliando os respectivos resultados. Igualmente torna-se importante saber usar o computador como um instrumento de comunicação. O computador por si só não é um fator de progresso.

A admissão do computador no ensino não deve ser feita de modo precipitado. Deve-se levar em consideração a reflexão sobre os objetivos educacionais a que se deseja e espera, a maneira de os concretizar, o modo de avaliação dos resultados e os processos de formação e utilização para que os professores venham a assumir um papel diferenciado e novo.

A aprendizagem ativa acontece quando existe um envolvimento cativo dos alunos no processamento da informação, o mesmo é dizer que quando o aluno tem a possibilidade de fazer, manipular, sentir, desenvolver. Assim ele próprio interioriza mais facilmente os conceitos novos já existentes.

O computador é uma ferramenta com uma grande contribuição para a concepção destes tipos de ambientes de aprendizagem, ao permitir que conceitos antes unicamente verbalizados sejam manipulados informaticamente através de diversos meios e equipamentos, tornando-se muito mais interessantes. Proporcionando ambientes que levam os alunos a atingir os objetivos educacionais esperados, isto é, que permitam que os alunos demonstrem as suas habilidades e capacidades num dado domínio, que lhes forneça o desenvolvimento necessário para competências e processos de melhor desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.

Um programa educativo informatizado adequado será, então, aquele que leva os seus usuários a alargar os horizontes, a aumentar a auto-estima, a elevação da atividade e da reflexão e da resolução de problemas, etc.. Os

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computadores estão mesmo revolucionando o modo de pensar e agir dos homens sobre o seu universo e o seu mundo.

O programa educativo informatizado adequado “(...) deveria reforçar a

aquisição de competências cognitivas e estratégicas de ensino e de aprendizagem que envolvem a explicitação e a reflexão sobre os conhecimentos dos alunos, assim como o reforço dos seus métodos de pensamentos e atividades de aprendizagem. " MARCELINO

(1988).

“O uso puro e simples do computador no ambiente de sala de aula,

não significa que ele esteja a sendo utilizado como um meio para a aquisição de conhecimentos, capacidades , atitudes e habilidades. Para que isto aconteça, é necessário que esteja inserido num ambiente de ensino bastante ativo. Em primeiro lugar, é necessário que os professores tenham conhecimento da eficácia dos programas, aspectos e características técnicas, questões curriculares e nível de ensino, objetivos propostos, dados sobre a sua eficácia e métodos alternativos, para que tenham a oportunidade de usar muito bem este potente instrumento de ensino e de aprendizagem, tirando o máximo proveito das suas potencialidades e permitindo aos alunos serem eles os principais agentes, num lugar em que eles mesmos, dentro do possível, sejam os construtores."POUTE (1985).

Dentro deste contexto devem servir para ajudar os professores a sentirem- se mais educadores.

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Nas escolas brasileiras os programas educativos de informática, na sua grande maioria não são usados, ou sendo, têm finalidade de suporte e apoio, e não como meio ativo de aquisição de conhecimentos. Esta situação existe devido a várias razões:

a) Pela falta de conhecimentos de informática básica por parte dos professores;

b) Desconhecimento da existência de programas informatizados educativos;

c) Dificuldade de adaptação dos programas existentes ao currículo escolar;

d) Falta de informação sobre a eficácia dos programas e de como utilizá-los em situações de ensino em que as aprendizagem são construcionistas.

3.2 A informática no currículo escolar

As maneiras de aprender e reagir ao mundo externo serão igualmente afetadas e moldadas á medida que a tecnologia afeta e altera o ambiente.

A organização educativa - sistema educativo - será responsável pela preparação das pessoas para o mundo em mudança, através da integração do uso da informática no currículo escolar e deverá fornecer aos estudantes as habilidades, as capacidades e os conhecimentos necessários para a sua adaptação às transformações que vão acontecendo à sua volta.

A Informática no ambiente escolar tem múltiplas aplicações, tais como: incrementar a valorização pessoal dos alunos ao permitir- lhes aprender,

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explorar, criar, solucionar problemas, arriscar hipóteses, cometer erros e corrigi-los num ambiente pacífico e independente de ameaças explícitas ou implícitas.

Também, o computador, servirá como estímulo de imaginação dos alunos e lhes permitirá opções, bem como, elaboração e criação de projetos mais criativos.

Ajudará os alunos a assumirem um certo grau de responsabilidade pela sua educação, contribuindo para que atinjam um nível de estudantes autônomos e maduros.

Com a utilização da informática em todas as áreas curriculares da escola exercerá um forte impacto nas intenções e objetivos disciplinares. Tanto os alunos como os professores se encontrarão num processo de aprendizagem simultânea, podendo desta forma resultar num tipo de relacionamento cooperativo e integrado diferente. Reforçando o conceito: “aprendizagem é um processo, um projeto de vida, não limitado á escolaridade ” . PONTE (1989)

A informática no currículo escolar pode ser muito importante na motivação, participação e interação entre os alunos.

Os alunos, sejam eles de quaisquer segmentos escolares: Educação Infantil, Ensino Fundamental , Ensino Médio , passando pela Educação Especial e até adultos possuem diversidades, interesses, estilos próprios singularidades de aprendizagem e antecedentes sociais, culturais e econômicos individuais.

0 crescimento físico, intelectual e emocional ocorre nos alunos em ritmos diferenciados. A variedade de aprendizagem individual possui vários estilos,como, por exemplo: visuais, auditivos, verbais e cinestésicos.

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A utilização de software educacional pode ajudar todos os alunos, em particular alunos que aprendam uma segunda língua, os alunos portadores de necessidades educativas especiais e adultos, num desenvolvimento autônomo que se leve em consideração as necessidades, capacidades e interesses individuais.

Os computadores ajudam os alunos a se comunicarem das mais variadas formas. Auxiliam os alunos com dificuldades orais ou físicas a se comunicarem por meio da utilização dos dispositivos amplificadores.

As produções multimídia permitem aos alunos o uso de uma variedade de métodos de apresentação, como, por exemplo: de texto, de som, de animação, de gráficos e muitas outras possibilidades; que os ajudará a melhor se expressarem.

Via Internet podem conectar com alunos de outras cidades, estados e países ou comunidades geograficamente longínquas, podem aumentar instantaneamente as fontes de outros ambientes virtuais de aprendizagem.

0 saber centrado na memorização extensiva e na simples apreensão de técnicas repetitivas com o tempo vai-se desvalorizando. Por outro lado as capacidades e habilidades de trabalho em equipe, de apresentar julgamentos críticos, de selecionar informação necessária à resolução dos problemas, de interpretar e de trabalhar as capacidades para assumir riscos e tomar decisões, tornam-se mais importantes. Desta maneira o sucesso escolar dependerá da forma como o estabelecimento de ensino promoverá o desenvolvimento das capacidades cognitivas mais complexas.

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3.3 A informática na educação especial

O uso da informática - do computador- por alunos portadores de necessidades educativas especiais seja por meio de software educacionais seja por meio de ajudas técnicas especializadas, também chamadas de Tecnologias Assistentes, é uma aplicação da tecnologia conhecida em favor da deficiência.

Existem os mais variados tipos de soluções, de ajudas técnicas, desde as extraordinariamente simples até às mais complexas para resolverem os problemas dos alunos portadores de necessidades educativas especiais.

Muitos autores argumentam que uma das atividades mais comuns, e que ocupa quase a totalidade do trabalho realizado pela maioria das pessoas portadoras de deficiência tem a ver com o tratamento e elaboração textual.

Sabe-se que a maioria dos alunos deficientes que não possuem controle específico das mãos devido a problemas relacionados com paralisia cerebral ou outros tipos, utilizam normalmente o computador para superar a dificuldade na produção de texto. É conhecido ainda, que as pessoas que têm dificuldade da articulação de sons ou de palavras, utilizam muitas vezes o computador como uma prótese facilitadora da comunicação.

A seguir serão apresentadas informações gerais sobre as diferentes tecnologias utilizadas para o ensino de alunos portadores de necessidades educativas especiais:

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3.3.1 Tecnologias para deficiência visual

0 problema central está situado na identificação do que se encontra no monitor do computador para que este possa trabalhar a informação.

A inserção de dados não constitui um problema, é necessário encontrar uma tecnologia que permita fazer a identificação dos caracteres de modo que sejam perceptíveis ao tato. Podemos dizer que a acessibilidade para o uso dos computadores para os cegos basea-se em tipos de tarefas não visuais, ou alternativas, existem três procedimentos para isso.

1- A possibilidade do monitor ser analisado através de processos sonoros, uso software de leitura com sintetizadores de voz sofisticados,

2- Teclado alternativo, em Braille, para que possa não apenas servir como dispositivo de entrada, mas também como dispositivo de saída, aparecendo na linha Braille que se possui no teclado correspondente a linha a ser lida no monitor. É um procedimento interativo.

3- Metodologia combinada das duas soluções. Normalmente esta terceira alternativa que é usada atualmente e que aparece ainda compensada com um outro tipo de periférico, que são as impressoras Braille.

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Os softwares para deficientes visuais utilizam basicamente os magnificadores de tela ou a ampliação dos caracteres na teia do computador para aqueles que possuem perda parcial da visão, e recursos de aúdio, teclado e impressora em braile para os com perda total da visão. Dentre os sistemas para deficientes visuais podemos citar:

• Biblivox: sistema de controle, cadastro e consulta bibliográfica vocal para cegos. Tem como objetivo servir de ferramenta de apoio e estímulo ao processo de pesquisa e consulta bibliográfica e da administração do sistema por portadores de deficiência visual, com o auxílio de voz sintetizada, permitindo assim que se possa realizar consultas ou manutenção do sistema. RODRIGUES (1995)

• Dosvox: é um sistema operacional que permite que pessoas cegas utilizem um computador comum para desempenhar uma série de tarefas adquirindo assim, um nível alto de independência no estudo e no trabalho. Este sistema interege com o usuário através de voz sintetizada. PROJETO DOSVOX (1997)

• Cantaletras: é um sistema operacional multimídia para apoio ao processo de leitura e escrita onde, através de uma interface auditiva, impressão braile e características interativas, têm por objetivo facilitar a aprendizagem da leitura e da escrita para cegos. Este sistema trabalha com letras e números, sílabas e fonemas. Também usa o

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recurso de histórias como auxílio a compreensão auditiva e motivação para a leitura. ROSAS (1996)

• SONIX: é um software para a familiarização do usuário cego com o uso do computador possibilitando que este ganhe independência no manejo do equipamento. PINTOS (1996)

• El toque mágico; sistema multimídia que visa auxiliar o desenvolvimento da linguagem, da lógica matemática, da orientação espaço-temporal. ROSAS (1996)

Existem, também, sistemas que usam tecnologias mais avançadas como a utilização de som tridimensional facilitando a navegação em sistemas onde é possível distinguir de onde vem o som. Um exemplo de sistema que faz uso deste recurso é a hiperhistória criada por Lumbreras. Outros, utilizam a realidade virtual com a possibilidade de manipulação de objetos e opções por meio de alguns periféricos.

Também cabe salientar que podemos encontrar vários sites na Internet com a possibilidade de ampliar tamanho das letras na tela facilitando, assim, o acesso por pessoa com dificuldade de visão.

3.3.2 Tecnologias para deficiência motora e de fala

Algumas pessoas, além possuírem deficiência motora apresentam, também, danos de fala. Nestes casos, existem sistemas de comunicação alternativa e

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aumentativa que fazem uso, por exemplo, de sistemas gráficos de comunicação, de processos de varredura na tela do computador, aliados, ou não, a alguma prótese.

Sistemas comunicadores em forma de tabuleiro são os mais utilizados e consistem em apresentar os símbolos - referentes a palavras, ações , objetos - dispostos em forma quadrangular, na tela do computador. 0 usuário com a utilização de um sistema de varredura seqüencial, escolhe a opção desejada e, desta forma, constrói as frases.

0 sistema FALAS - Ferramenta Alternativa de Aquisição Simbólica - desenvolvido por Silveira, SILVEIRA (1996), é um destes sistemas comunicadores com a ressalva que, além de recursos de multimídia, também utiliza técnicas de inteligência artificial sendo possível, neste caso, o sistema se adaptar automaticamente ás preferências do usuário no que diz respeito á disposição dos símbolos segundo sua freqüência de utilização, velocidade de varredura das opções na tela, ajuda no aprendizado dos símbolos, etc., que são feitos com o auxílio do histórico pessoal que é gerado pelo sistema durante sua utilização.

Alguns sistemas computadorizados de comunicação para deficientes de fala. São eles;

• Anagrama-Comp; permite a composição, imersão e sonorização de quaisquer palavras e sentenças da língua portuguesa. CAPOVILLA (1997)

• Bliss-Comp; utiliza o sistema gráfico de comunicação chamado Bliss reunindo os 1600 símbolos originais do sistema. O usuário, através do