KARLA
SALETE
TRATSK
INFECÇÃO
TUBERCULOSA ENTRE
PROFISSIONAIS
DE
SAÚDE DE
UM
HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para Conclusão do Curso de
Graduação
em
MedicinaFLORIANÓPOLIS
uu
INFECÇAO
TUBERCULOSA
ENTRE
PROFISSIONAIS
DE
SAÚDE DE
UM
HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para Conclusão do Curso de
Graduação
em
Medicina ~Coordenador
do
curso: Prof. Dr.Edson Cardoso
Orientadoras:
Dra.
Maria
Léa
Campos
Dra.
Ana
Maria Nunes
de
FariaStamm
FLORIANÓPOLIS
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina paraa
Conclusão no Curso de Graduação em Medicina - Universidade Federal de Santa Catarina
1. Tuberculose 2. Profissionais de Saúde 3. Infecção Nosocomial 4. Teste
Quando
se fazum
trabalho,não
se imaginaque
o trabalho dará trabalho,mas
posso
dizerque
este trabalho foium
exercício de perseverança, paciência,empenho,
expectativas e felicidades.
Para agradecer este trabalho, tantas pessoas
passam
em
minha memória,
porque
ele representa o pedacinho decada
uma
delas... é difícil parar e pensaro
quanto tenho para agradecer.
E
como
este é omeu
trabalho de conclusãodo
cursode graduação
em
Medicina, tenho
que
agradecer primeiramente àDeus
por terencaminhado-me
à estaminha
futura profissão sendo ela acreditoque
amais
nobre, a “Arte das Artes”.Agradeço
àMinha
Família
por todo o apoio, incentivo, amor, companheirismo, exemplo, dedicação, perseverança, por eles acreditaremno
meu
sonho
eque
logo setomará
realidade.Agradeço
à todos osMeus
Professores, desde o Jardimde
Infância até o cursinho.deles
pude
adquirir conhecimentos, exemplos, espírito crítico, contradições, contestações, diferenças, valiosas orientações e sabedoria.Agradeço
ao Prof' Calixto, pela chance de fazer partedo
seugrupo de
pesquisa, ensinando-me _ disciplina, dedicação,
'
patriotismo, dignidade e amor. à profissão. `
Agradeço
aosMeus
Amigos,
que
sempre
me
apoiaram ederam-me
incentivos. «
Agradeço
àminha
co-orientadoraDra.
Ana,
pelas suas orientações, e pelasua amizade.
Agradeço
àminha
orientadoraDra.
Léia, pela oportunidade neste períodoem
trabalharem
conjunto ,podendo
conhecê-laum
pouquinho
mais, e respeitá-la devidoà sua dedicação e
exemplo
como
Médica, sua constantepreocupação
com
seuspacientes, a transparência de suas idéias, sua perspicaz inteligência e seu
bom
caráter. _
Agradeço
à Enf.Zulmira
da
Comissão
de Controle de Infecção Hospitalardo
fornecimento
do
Antígeno para a aplicação dos testes e as valiosas informações.Agradeço
à Bioquímica microbiologistaTerezinha Passos do
Laboratóriode
Análises Clínicas
do
HU-UFSC
pelo apoio e incentivoem
acreditar neste projetoque
setomou
realidade. .Agradeço
à todos os Profissionaisde
Saúde
que
participaram desse trabalho,emiquecendo-o
com
a sua contribuição. 'Agradeço
àUniversidade Federal de Santa Catarina
pela mi_nhaformação
1.
INTRODUÇÃO
... ..ó 2.REVISÃO
DA
LITERATURA
... ..10
2.1. Definição ... ..10 2.2. Históriada
Tuberculose
... ..10
2.3.Agente
Etiológico ... .. 12 2.4.Aspectos Epidemiológicos
... .. 12 2.4.1.No
Mundo
... .. 12 2.4.2.Nas
Americas
... .. 13 2.4.3.No
Brasil ... ..15
2.4.4.Em
Santa Catarina
... ..16 2.4.5.Em
Florianópolis ... ..162.5.
Formas
Clínicasda
doença
... ..162.5.1.
Tuberculose primária
... ..16
2.5.2.
Tuberculose
reativada ... ... .... ..172.5.3.
Tuberculose
extrapulmonar
... ..18
2.6. .Diagnóstico ... ..
18
2.7. Teste Tuberculínico
Cutâneo
... ..19
2.7.1.
Importância
da
teste tuberculínico ... ..19
2.7.2.
Tuberculina
... ..192.7.3.
Natureza
da
Tuberculina
... ..19
2.7.7.
Técnica
e Interpretaçao ... ..222.7.8. Efeito
"Booster"
... .. ... ..242.7.9.
Reversão
do
teste tuberculínicopara
negativos ... ..242.8.
Tratamento
... ..25 2.8.1Tratamento
preventivo ... ..25 2.8.2Tratamento
terapêutico ... ..25 3.OBJETIVOS
... ..27 4.METODOLOGIA
... ..28 4.1.Delineamento
do Estudo
... ..28 4.2.O
Hospital ... ..28 4.3.Aprovação
do
projeto ... ..29 4.4.População do Estudo
... ..29 4.4.1. Critériosde
Inclusão ... ... ..29 4.4.2. Critériosde Exclusão
... ..294.5.,Instrumento
de
coletade dados
... ..294.6. Definições ... ... ..29
4.6.1.
Tuberculina
... ..294.6.2.
PPD
... ..304.6.3. Teste Tuberculínico ... ..30
4.6.7. Efeito “booster” ... ..31
4.6.8.
Viragem
tuberculínica ... ..3l 4.7.Procedimentos
... ..314.7.1.
Fornecimento do
PPD
... ..314.7.2.
Primeira
Etapa
... ... ..3l 4.7.2.1.Aplicação da
teste tuberculínico ... ..314.7.2.2.
Avaliação
do
efeito “booster ... ..324.7.3.
Segunda Etapa
... .. ... ..324.7.3.1.
Repetição
do
teste tuberculínico ... ..32s.
RESULTADOS
... ..33 6.DISCUSSÃO
.. ... ..35 7.CONCLUSÕES
... .. ... ..42 s.REFERÊNCIAS
... ..43 9.NORMAS
ADOTADAS
... ..s4 10.RESUMO
... ..5512.
APÊNDICE
A
Tuberculose(TB)
éum
dos mais sérios problemas deSaúde
Públicada
humanidade que
persistiu através dos séculos, sendo nos dias atuais adoença
infecto-contagiosa de notificação compulsória mais importante
no mundol.
Nos
países desenvolvidos esta
doença
mostroumarcada deflexão
com
a entrada dos tuberculostáticosno
arsenal terapêuticono
finalda década
de 140sendo
considerada sob controle até a
década
de 802.Algumas
situações deaglomeramento
humano
taiscomo
asilo de idosos, intematos, superlotação de presídios,aumento
dos bolsões de pobreza e miséria, dificuldade de acesso aosprogramas
de saúde e a epidemia causada pelo vírus da imunodeficiênciahumana
(HIV)
e conseqüente síndrome da imunodeficiência adquirida(AIDS)
levaram aum
aumento
acentuadodo
registro denovos
casos deTB
em
estudos recentes3`6. Estesdados
chamaram
a atenção dacomunidade
científica mundial pelo riscodeste
aumento
levar auma
epidemia.E
Já nosgpaíses
em
desenvolvimentoonde
adoença
era altamente prevalente,devido às desigualdades sociais, tais
como
a excessiva concentração de rendaagravada
com
oêxodo
rural,desemprego
elevado,subemprego,
baixo nívelsalarial, aliadas às
mas
condições de habitação, assistência social e de saúdeprecárias, desnutrição e
fome endêmica
também
levaram aum
aumento
dos casos de TB7.Em
adição, o aparecimento da tuberculose multirresistente a drogas(TB-MRD),
complicando
a terapia eaumentando
amorbidade
e mortalidadedesta doença,
também
tem
se elevado. Esseaumento tem
sidoobservado
TB-MRD34'8`“.
De
acordocom
a literatura,numerosos
surtos deTB-MRD
entrePS
têm
sido re1atados2'3'8°l2'2°.A
OrganizaçãoMundial
deSaúde
(OMS)
estimouque
em
1990
um
terçoda
população mundial
ou
1.7 bilhões de pessoasestavam
com
infecção latente porMycobacterium
tuberculosis 7'13`M.A
incidência dadoença no
mundo
superou os 8 milhões de casosnovos
eno
Brasil estimou-se 100.000 casosnovos por
ano,tendo
como
coeficiente de incidência de todas as formasda doença
58,4/ 100.000habitantes”.
Preocupada
com
esta situação, aOMS
declarou aTB
em
“estado deurgência” ein todo o mundoló.
O
estado de Santa Catarina possuiuma
dasmenores
taxas de incidência deTB
entre os estadosda
federação,com
29,7/ 100.000 habitantes (hab).Há
porém,
o registro
em
algumas
áreas que ultrapassam os índices nacionaischegando
a100/100.00
hab
nas regiões de Joinville, Itajaí,Blumenau,
Florianópolis emais
recentemente, Imbituba (*).
Em
Florianópolis, a prevalência deTB
pulmonar
confirmadaem
pacientesintemados
no
HospitalGovemador
CelsoRamos
(HG-CR)
em
1991 foi de 0,9casos/
1000
intemados;em
1992 estesnúmeros aumentaram
para 1,7 eem
1993foram
2,3, casos/1000 intemados,demonstrando
um
aumento
de155%
na
prevalência de casos int.emados porTB
pulmonar
nos últi.mos 3 anos.Em
1994
foram
registrados 3 casos deTB
pulmonar
.entrePS
do
HGCR
que considerandoo total de
aproximadamente 900
funcionariospôde
ser caracterizadocomo
um
surto
da doença".
No
Hospital Universitario Polydoro deSan
Tiagoda
Universidade Federal de Santa Catariana(HU-UFSC),
10 pacientesforam
intemadoscom
TB
ein 1994,28
pacientesem
1995,47
pacientesem
1996 e 31 pacientesem
1997.No
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federaldo Rio
de Janeiro(HU-UFRJ),
otempo médio
entre o pedido de baciloscopia e oinício
da
terapia anti-tuberculosa foi de sete dias.É
preocupante otempo
de exposição da equipe de saúde e pacientescom
outras patologias, ao paciente bacilífero.Além
disso, o isolamento dos bacilíferosnem
sempre
foi realizado e os quartos utilizadosnão
apresentavam ventilaçãoadequada
e/ou filtragemdo
ar.Em
razão desses fatos, oPrograma
Nacional dePneumologia
Sanitária e aSociedade Brasileira de
Pneumologia
e Tisiologia incluiu o tópico biossegurança e isolamento respiratório na oficina de temas polêmicos.Uma
das conclusõesdesta oficina foi que o risco de transmissão da
TB em
ambientes fechados émaior
ein hospitais gerais queatendem
mais de 50 casos deTB
por ano,que
sãoreferência para o atendimento e tratamento de pacientes imunossuprimidos,
que
apresentem elevada prevalência de
PS
com
idade inferior a29
anos,que tenham
função de ensinocom
alunos de graduação e pós-graduação, quepromovem
procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticoscomo
broncoscopia, entubação orotraqueal, induçãodo
escarro, tratamentocom
aerossóis e 'irrigação de abscessos abertos, que
não
tenham
um
programa
deTB
com
diagnóstico e tratamento adequados,bem
como
ocumprimento
demedidas
administrativas, de~
engenharia e de proteçao respiratória”.
A
hipersensibilidade à tuberculína é por natureza antígeno-específica e surgeapós a infecção primária por
M.
Tubercul0.s'1'.s'l9.O
teste tuberculínico (TT) feito apartir
do
derivado protéico purificado de tuberculina(PPD)
é a preparaçãoantigênica
empregada
com
maior freqüência clínica e epidemiológica para demonstrar a hipersensibilidade à tuberculína.O
inquérito tuberculínico realizadotaxa de infecção por
M.
tubercu/0sz's entrePS com
maior risco de exposição a pacientes sabidamente tuberculosos3*9*¡7”2°`27.Com
a perspectivado aumento
significativodo
número
denovos
casos deTB
até o finaldo
século e o .risco da aquisição de infecção ocupacional porM.
tuberc'ul0sis relatado
na
literaturaconduzimos
uma
pesquisa para caracterizar o estado de reatividade aoTT
dosPS
do
HU-UFSC
que trabalhamem
contato2.
REVISÃO
DA LITERATURA
2.1 -
DEFINIÇAO
A
TB
éuma
doença
infecciosa crônica causada porM.
tuberculosis”caracterizada pela
formação
de granulomas nos tecidos' infectados e por hipersensibilidademediada
por células”.A
doença tem
como
característicaspossuir geralmente
um
período prolongado de latência entre a infecção inicial e adoença
franca, proveniente dedoença
pulmonar,embora
outros orgãospossam
estar envolvidos”.
Na
ausência de tratamentoeñcaz
para adoença
ativa, aevolução habitual é crônica, consuntiva, sobrevindo ein última conseqüência a
morte”.
M.
tuberc'ul0s1's é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente pelavia respiratória, através da inalação de gotículas infecciosas
que
são lançadasno
ai”
pormeio
de tosse, por adultoscom
doença pulmonar
cavitáriazoou
outromovimento
expiratório forçado de pessoas eliminadoras de bacilos”.A
infecçãode
um
hospedeiro suscetível ocorrequando
esses bacilos são inaladoslg.2.2 -
H1sTÓRIA
DA
TUBERCULOSE
A
TB
édoença
milenar, talvez adoença
mais antiga conhecida pelahumanidade
com
registros de lesões encontradas nas vértebras demúmias
egípcias datando de cerca de 4 mil anos”.
A
concepção da
transmissibilidade foi inicialmente referida. por Nienneyer, Fracastoroem
1546
defendeu a doutrinado
contágio e ein 1773 Pierre Desaultteve a intuição que a TB, se transmitia pelo escarro”.
A
propagaçãoda
TB
no
evoluir
em
ciclos lentos,com
sua maior incidênciaem
aglomeraçõeshumanas.
A
doença
propagou-sedo
continente europeu às demais regiõesdo
globo paraonde
o
homem
levouM.
tuberc'u1os1Í.s'.No
Brasil, tivemos oexemplo da
violentatuberculização
do
indígena brasileirocom
achegada
dos portugueses pois entreos colonizadores e missionários muitos
eram
tuberculososque vinham
einbusca
da
cura devido ao clima tropical” .Com
a invençãodopneumotórax
artificial por Carlos Forlanini criou-se oconceito
da
curada
caverna tuberculosa.A
colapsoterapia pelopneumotórax
artificial, já
no
início deste século, popularizou-seem
todos os países e foi o tratamento heroíco por mais demeio
século.O
repouso e a alimentaçãoadequada
constituíram o alicerce
do
tratamento. Estabeleceu-se a mística do clima dasaltitudes e os doentes
permaneciam
por longotempo
em
sanatórios.A
TB
era dealta letalidade; estudos reunidos na
Europa
davam
aos doentesuma
sobrevida de apenas40%
após o diagnóstico atravésda
bacterioscopian.A
TB
ao longo dos séculos foiuma
doença
quepermaneceu
presenteno
cotidiano das pessoas
não
escolhendo suas vítimas, entre as mais ilustresAmadeus
Mozart, Castro Alves,Cruz
e Sousa,Manoel
Bandeira e sendotambém
tema
como
fonte de inspiração para romancistas cornoThomas
Mann
, autor de"A
Montanha
Mágica".Nos
anos40 foram
descobertas drogas anti-tuberculosas quemodificaram
_ahistória
da doença na
idade contemporânea.A
quimioterapia negativava aexpectoração dos doentes entre 30 e
90
dias conseguindo curá-los einpoucos
meses, quebrando-se rapidamente o elo
do
contágio.Nas
nações ricas, cuja prevalênciada doença
antes era baixa, “quase erradicada até adécada
de 80, verificou-se o seu ressurgimento associada àAIDS.
Contudo, nos países pobres,diferenças de aparelliainento da saúde pública, orçamentos insuficientes e condições
econômicas
precárias de suas populações.Dos
10 milhões denovos
casos anuais de
TB
no
mundo, nove
emeio
milhões sãoem.
paísesem
desenvolvimento'3'14°3 “32 _
2.3 -
AGENTE
ETioLÓGico
M.
tuberculosifs' pertence ao gênero l\/Iycobacteriuin,que
é classificadona
família Mycobacteriaceae da
ordem
Actineinycetales. Esta inicobactéria 'descoberta por RobertKoch
em
188231 apresenta~secomo
um
parasita intracelular obrigatório etem
como
característica -serum
bacilo álcoo1-ácido- resistente, origemda
abreviatura'BAAR',
devido a coloração adquiridacomo
resultadoda
retençãoda
carbol-fucsina apóslavagem
com
ácido e/ou álcoolm.2.4 _
ASPECTOS
i‹:i>ii)EiviioLÓGicos
2.4.1
-No manda
0Globalmente, a
TB
é adoença
infecciosa lider demorbidade
e mortalidadena
atualidade”.
Aproximadamente
3.8 milhões denovos
casos deTB,
tantopulmonar
como
extrapulinonar,em
paises ein desenvolvimento,foram
relatados pelaOMS
no
iníciodaidécada
de noventa 32. Estíinou-se que 8.8 milhõesocorreram ein todo o
mundo
em
1995, dos quais95%
pertenciam aos paísesda
Ásia
(55
iiiiiiiõaa), África(is
miiiiões), oiiaiiiaMédia
045.000), aAmérica
Latina(600.000).Estimou-seitambém
que devido ao atraso,manejo inadequado
ou
terapia imprópria, cerca de 3 milhões de mortes devido àTB
ocorreramem
1995,
98%
em
países ein desenvolvimento'3"4°32`33.Além
disso, aOMS
estimaque
26%
das moites evitáveis nos paises ein desenvolvimento são atribuídas àO
quadro mundial, considerado grave, passounovamente
a estarem
evidência, motivado, principalmente, pela preocupação dos paísesdo
primeiromundo.
Neles , a tuberculose, que vinha declinando e atémesmo
sendomotivo
deelaboração de planos de “erradicação”, ressurge
como
conseqüênciado
empobrecimento
de alguns segmentos da população e da associaçãocom
aAms”
A
comunidade
científica alertou-secom
a constataçãodo
aumento
das taxasde infecção tuberculosa entre
PS
que trabalham diretamentecom
o pacientetuberculoso3*8*'8'23¬24'26'35'36 _e
também
pacientes internados nasmesmas
enfermarias,
em
particular entre pacientescom
AIDS27.Além
disso, foi relatado oaumento da
TB-MRD
entre indivíduos mais suscetíveis,como
os infectados peloHIV
e osPS
com
TT
negativos expostos à pacientes t11berculosos4'8"°.2.4.2 -
Nas
Américas
.
Mais
de 100 conversõesdo
teste tuberculínico,TB
ativa (incluindo 17 casos deTB-MRD)
e cerca de 6 mortes foram demonstrados entrePS
em
um
estudorealizado ein hospitais da área metropolitana de Toronto-Canadá, entre janeiro de 1991 a
junho
de 1994.A
conversãodo
TT
pennitiu associa-lacom
a exposição diretacom
pacientes tuberculosos e indicou quemesmo em
serviçosonde há
pouca
admissãode
casos, a conversãodo
TT
estava associadacom
a exposiçãoocupacional.
O
aumento
das taxas de conversão aoPPD
acentuou a necessidade de aplica-lo anualmenteem
PS
como
medida
urgente de controle de infecção porM.
tuberculosecomo
rotina nos serviços de saúde daquele país3.O
número
de casos deTB
tem aumentado
dramaticamente nos EstadosUnidos da América
(EUA)
desde 1985, após 30 anos de declíi1iol4”22'37.Em
1993,tuberculínica entre estudantes de medicina noite-americanos durante o 39
ano do
curso constatou a taxa de conversão
do
TT
de4,9%
entre 102 estudantes38.O
risco da conversão aoTT
entrePS
norte-americanostem
sido registradoem
, . 039 z
varios trabalhosgd '
.
-
A
preocupação
com
a infecção nosocomial porTB
fezcom
que
entre 1991 e1993
novos
PS
fossem
submetidos àacompanhamento
com
oTT
na
cidade deNova
York”.
_ 1«
'
_
Houve
descrição de surtos de TB-1\/lRD4”l*l`9*27*`l9“l', ocorrido entre pacientesHIV
positivo ePS
que exer_ciam suas funçõesem
enfennarias especializadasno
tratamento destes pacientes.
Recentemente, microepidemias por
TB-MRD
foram relatadas -na cidade deBuenos
Aires, Argentina,acometendo
pacientes infectados peloHIV
e PSIS.Em
contrastecom
os trabalhos citados anterionnente42,em
1981 foi estudada a taxa de conversãodo
TT
em
um
hospital geral da cidade de Baltimore -EUA,
para determinar se esta era associada
com
a exposição ocupacional.Dados
coletados de julho de 1971 ajunho
de 1976 indicaram taxado
risco de conversão de 7,1%.Os
trabalhadorescom
grande risco de conversãoforam
osnão-brancos, idade entre
46
e 64 anos, baixo nível sócio-econômico etrabalhando
em
áreas que nãoeram
diretamente relacionadascom
pacientes tuberculosos taiscomo
os departamentos de inanutenção, engenharia e lavanderia. Este trabalho concluiu que a taxa de conversãonão
foi atribuída àexposição
com
pacientes infectadoscom
TB
mas
sim à exposiçãona
comunidade, mostrando
ter correlação entre raça, sexo, local de residência e2.4.3. -
No
BrasilEm
1995 foram
notificados 90.664 casosnovos
deTB,
com
um
coeficiente de incidência de 58,4/ 100.000hab”
índice considerado elevadissíino ein relaçãoa outros países
em
desenvolvimento,como
porexemplo
o Uruguai43.Nos
anos de1976
e 1977,um
estudodemonstrou
uma
prevalência de70%
de
reatores ao
PPD
euma
incidência deTB
quatro vezesmaior
em
PS
do que na
população geral da região;
40%
dos
casos ocorreram nos primeiros doisanos
após a admissão e o adoeciinento era entre aqueles diretamente envolvidos
no
atendimento de pacientes tubercu1osos44. '
.
Ein 1989,
um
inquérito realizadono
Hospital Universitário da Universidade de Londrina, Parana, evidenciouuma
incidência deTB
doença
de 113,1 casos ano/100.000 hab, taxa 3,6 vezes maiordo
que a observadano
inuiiicípio deLondrina”.
Recentemente,
em um
estudo prospectivo que analisou pneuinopatasinfectados pelo
HIV
de quatro hospitaisdo
Rio de Janeiro, verificou-seque
a prevalênciada
TB-I\/[RD mostrouum
incremento a partir de 1990, tendoaumentado
16%
ein 1991 e37%
ein 1992. Neste estudo foi ,relatado pela primeiravez no
Brasil,um
caso de inultirresistência primária ein pacientescom
TB
eA1Ds“.
Na
cidadedo
Rio de Janeiro, entre setembro de 1993 e outubro de 1994,num
estudo realizadono
HU-UFRJ,
a taxa de_viragein tuberculínica foi9,2%.
Estesdados
são superiores aos observadosnuma
favelano Rio
de Janeiro,onde
a2.4.4 -
Em
Santa Catarina
Em
Santa Catarina, a taxa de incidência éuma
dasmenores
entre os estadosda Federação
apresentandoem
1996, 29,7/ 100.000hab
porém
existem macrorregiões dentrodo
estadoem
que este indice é elevadissimocomo
Joinville(Barra Velha~63,7/100.000 hab),
Blumenau
(Rodeio 100,0/ 100.000 hab), Itajaí116,2/100.000
hab
(Navegantes 128,6/100.000 hab; BalneárioCamboriú
61,2/100.000 hab), Imbituba 53,0/100.000
hab
eGrande
Florianópolis56,0/100.000
hab
(Palhoça 53,6/100.000 hab;São
José 44,6/100.000 hab).Alguns
destes índices ultrapassam os nacionais *. 12.4.5 -
Em
FlorianópolisNo
HGCR
foram
registrados 3 casos deTB
Pulmonar
entre osPS
ein 1994,considerando o total de
aproximadamente
900
funcionários,pôde
sercaracterizado
como
um
surto da doença.Essa
situação levou a comissãode
infecção hospitalar daquele hospital a realizar
em
dezembro
de 1994um
trabalho sobre onúmero
dePS
reatores e não-reatores ao TT.Cerca
de508
PS
participaram
do
trabalho e se concluiu que57%
foram
não-reatores e43%
reatores aoTT, porcentagem
semelhante a encontrada na populaçãoem
geral.Após
a realizaçãodo
teste foi oferecido aos não-reatores a vacinaBCG
como
medida
preventiva contra fonnas mais graves deTB”.
'r
2.5 -
FORMAS
CLINICAS
DA
DOENÇA
2.5.1 -
Tuberculose primária
Geralmente
aTB
primária é assintomática, freqüente ein crianças, ocorrendona
vida adulta nas áreas de baixa prevalência.A
maioria das infecções primárias são subclínicas enão
passíveis de detecção pelos procedimentos radiológicoscomuns34.
Quando
ocorrem
'manifestações clinicas, estas são variáveis observando-se tosse secaou
produtiva, sibilos, febre, astenia, anorexia e- zs
emagrecimento
.2.5.2. -
Tuberculose
reativadaO
tennoTB
reativada se refere ao padrãoda doença
em
adultos, e geralmente, resulta da reativação de focos latentes nas porções posteriores doslobos superiores que foram "seineadas" por via hematogênica durante a fase
primaria precoce
da
infecç_ão.Às
vezes, adoença
adulta é o resultado deum
novo
inóculo de bacilosem
uma
pessoa já sensibilizada poruma
infecção prévia(reinfecção exógena).
A
doença
adulta se caracteriza pela cronicidade, caseificação, eliminação de material caseoso liquefeito,formação
de cavidade e ocorrência simultânea de cicatrização e progressão ein diferentes áreasdo
pulmão.
O
inícioda doença pode
ser insidioso, catarral, liemoptóicoou
agudo.No
início insidioso, geralmente há aparecimento gradual de fadiga, anorexia,perda de peso e outras queixas vagas.
Após
isto, febre baixa intermitentepode
aparecer e é
comum
estar associadacom
sudorese noturna excessiva.O
inicio catarral é caracterizado por tosse cada vez mais produtiva e ocasionais estrias desangue
no
escarro. Febre e sudorese noturnatambém
ocorrem.Na
variedade hemoptóica, o sinal inicial é a hemoptise associada ou não aos outros sinais esintomas já mencionados.
Dor
pleuríticapode
ser a queixa principal, muitas vezessem
líquido pleural,mas
ocasionalmente precedendo o aparecimento deum
2.5.3 -
Tuberculose
extrapulmonar
Dentro
do panorama
atual, as formas extrapulmonares daTB
embora
não
representem fatores de risco
no
que diz respeito à transmissãoda
doença,ganham
cada
vez mais importânciaem
virtudedo
aumento
de sua incidência, seja nospaíses desenvolvidos
ou
não, fato este estritamente relacionado a epidemiada
AIDS”.
No
Brasil, alguns trabalhos sobreAIDS
eTB
demonstram
um
aumento
significativo das fonnas extrapulinonares da doença, atingindo cerca de
62%
doscasos
em
pacientes deTB
com
AIDS,
tanto nas formas isoladas quanto nas formas associadas àforma
pulmonar. Antesdo
advento daAIDS
esse percentual oscilavaem
tomo
de10%”.
Dentre as fonnas mais freqüêntes de
TB
extrapulmonar,podemos
citar apleural, peritoneal, pericardica, ganglionar, laríngea, geniturinária, supra-renal, óssea, meníngea, intestinal, oftálmica e cutânea”.
2.6 -
DIAGNÓSTICO
A
suspeita diagnóstica deve sersempre
guiada primeiramente pelaanamnese
e
exame
fisico e a radiografia de tóraxpode
auxiliarno
diagnósticoda
maioria dos casos.A
bacteriologiaocupa
um
papel de fundamental importância pennitindo atravésdo
conhecimento dos vários aspectos da biologiado
bacilo asua correta identificação. Ocasionalmente,
pode
ser necessário recorrer ãbroncoscopia e
mesmo
a biópsiapulmonar
para estabelecer o diagnóstico34.O
teste tuberculínico
tem
im.portância na confirmaçãodo
diagnóstico desdeque
a paciente apresente outras evidências da suspeita deTB.
Em
países desenvolvidos outras técnicas maismodernas
atualmente são utilizadas, entre elas a reaçãoem
cadeia de polirnerase para antígenos específicos
no
escarro eem
líquidos corporais.2.7 _
TESTE
TUBERCULÍNICO
CUTÃNEO
2.7.1 -
Importância do
teste tuberculínicoO
TT
realizadocom
PPD
tem
importância sobretudona
detecçãoda
infecção pelo bacilo enão na
determinação da atividade da doença43°47.O
teste tuberculínicotem
sido utilizadocomo
ferramenta para avaliar o risco ocupacional de infecção porM.
tuberculos/Is entre PS3*9”l7”2°`27'4849.2.7.2 -'
Tuberculina
Em
1891, RobertKoch
anunciou ter cultivado o bacilo tuberculosoem
caldode
came
glicerinadoque
foichamada
tuberculina velha.Em
1908,Von
Pirquet, criadordo
termo alergia,demonstrou
que a tuberculina introduzidaem
pequenas
doses nos organismos tuberculizados produzia
pequena
resposta inflamatória cutânea local. Essa reação indica que o organismo esta infectadocom
M.
tubercul0s1'.s'. Estava assim descoberto o tuberculino-diagnostico,
que
proporcionou extraordinário avanço nos conhecimentos
da
patogenia, clínica e epidemiologiada
TB31.2.7.3 -
Natureza da
tuberculina_
A
tuberculina é produzida porM.
tuberc'u/o.s'r`.s'5°, sendo constituida deproteínas e glicídeos,
na
qual a sua porção protéica é a responsável pelas reações de sensibilidadena derme
e pelas reações sistêmicas lesionais.A
tuberculina sofreu vários tipos de purificaçõesonde
Seibert obteveum
derivado proteícoComo
os processos de purificação ainda não conseguiram isolar astuberculinas específicas de cada espécie, a tuberculina de
M.
tuberculosisproduz
reações cruzadas
da
mesma
intensidade nos organismos infectados porMycobacterium
bov/És sendo impossível distinguir os infectadoscom
bacilohumano
dos infectadoscom
bacilo bovino.É
evidente, pois,que
os vacinadoscom
BCG
(originado de Mycobacterlfum bov/És) reajamcom
a tuberculinado
~
bacilo
humano,
variando a intensidadecom
ométodo
de vacinaçao.A
viaintradérmica
produz
alergia tuberculínica mais alta que a via oral.A
tuberculinaproduz
reações cruzadascom
os infectados por micobactérias atípicas,sendo
porém
de fraca intensidade.Tambem
foram descritas reações cruzadascom
bmcelose
e actinomicosel4'3 1.2.7.4 -
Reação
da
Derme
A
tuberculina sóproduz
reações naderme quando
houver infecção porM
_tuberculosis e alergia tuberculosa (hipersensibilidade).
De
acordocom
aclassificação de
Coombs
e Gell, a reação de hipersensibilidadedo
tipoIV
desenvolve-secom
mais de l2 li eenvolvem
as reaçõesmediadas
por células.As
células
T
responsáveis pela resposta tardia são especificamente sensibilizadasem
um
encontro préviocom
o antígeno eatuam no
recrutamento de outros tipos celulares para o local da reação.Após
o desafio intradérmicocom
_a tuberculinaem
um
indivíduo sensibilizado, as célulasT
antígeno-específicas são induzidas a secretarem citocinas mediadoras da reação de hipersensibilidade após24
a48
h,na
qual os monócitos constituem 80 a90%
do
infiltrado celular total,porém
sãoencontradas
também
linfócitos e macrófagosso. _Quando
ha
hipersensibilidade no localda
introdução da tuberculina, surgena
denne
enduração depois de 10 h que chega aomáximo
entre48
e72
h,desaparecendo lentamente
no
espaço de alguns dias.O
processo inflamatóriopode
ser intenso, violento,quando
a alergia é alta e/ou a dose de tuberculina forexagerada,
havendo
então flictena e necrose.A
lesão tuberculinicanormalmente
cede
em
5 - 7 dias,mas
namedida
da persistênciado
antígeno nos tecidos,pode
evoluir para
uma
reação granulomatosasø.2.7.5 -
Evolução da
sensibilidade tuberculinicaApós
a entrada deM.
luberculoslfs, o organismopermanece
durante certotempo sem
resposta à tuberculina até que se complete o processo celular de elaboraçãoda
sensibilidade tuberculinica. Esse tempo,chamado
período pré-alérgico, varia de 3 a 20 dias ou mais, sendo tanto mais curto quanto
maior
aquantidade e a virulência dos bacilos. Instalada a sensibilidade tuberculinica, esta
pode
persistirem
nível estávelou
com
oscilações por toda a vida.Na
-maioria das vezes a alergia e mantida pela repetição de infecções exógenas porM.
tuberculo.s'1Í.s'.
Não
havendo
oportunidade denovos
contágios, a sensibilidadetuberculinica
pode
atenuar-secom
o decorrerdo tempo
e até extinguir-se completamente. Isso acontece seja pela esterilização bacteriológica dos focosresiduais
ou
simplesmente porque os linfócitosT
sensibilizadostenham
se compartimentalizado por falta denovos
estímulos antigênicos,não
estandoportanto disponíveis
em
número
suficiente na circulação para acorrer aoponto
deintrodução
da
tuberculina. Neste último caso a reação dérmica só é conseguida~
com
o corpo integral do bacilo; para essa demonstração, por ser avirulento, usa se oBCG
(de preferência morto) para manter fixa a dose antigênica.Em
geral, asensibilidade desencadeada por
M.
tub'ercul(›s/Í.s' e intensa e duradoura.Nos
vacinados corn
BCG,
por se tratar degenne
avimlento,pode
sermenos
intensa e2.7.6 - Fatores
que
alteram
a sensibilidade tuberculínicaA
sensibilidade tuberculínicacostuma
exaltar-se nos infectadosque
sofremnovos
contágios tuberculosos (reinfecção exógena), nas reativações de focoslatentes residuais (reativação endógena) e infecções causadas por outras
Mycobacterias 5°.
Os
fatores atenuadores da alergia tuberculínicaaparecem
nasformas graves
da
TB,
como
miliar,broncopneumonia
caseosa e estados crônicos finaisquando
as respostas à tuberculinachegam
a negativar. Infecçõesintercorrentes
como
sarampo, coqueluche, escarlatina, tifo, sarcoidose,doença
deHodgkin, lepra lepromatosa e
AIDS
também
interferem diminuindo asensibilidade tuberculínica.
São
também
atenuadores os estados de desnutrição, caquexia, gravidez, uso prolongado de corticóides,medicamentos
citostáticos, pele muito exposta ao sol3 1, doenças retículo-endoteliaism, vacinaçãocom
víms
vivos atenuados, dermatoses, portadores de doenças imunossupressoras e idade
avançada”. Entretanto há relatos na literatura de que existe risco de
algumas
interpretações ao teste tuberculínico serem falso-negativas, observadas
no
primeiro
TT
em
pelomenos
em
20%
de todas as pessoascom
TB
ativaconhecida”. '
2.7.7-
Técnica
e InterpretaçãoA
tuberculina e rigorosamente injetadana derme”,
na face anteriordo
antebraço, usando-se portanto a tecnica intradermica idealizada há anos por
Mantoux.
A
quantidade de líquido a ser injetado serásempre
de 0,1mL,
com
aformação
deuma
pápula isquemiadano
local.A
leitura é efetuada entre48
e72
l1oras4°22*4°'48,
embora
a reação possa ser lida atéuma
semana
mais tarde”.Com
areação positiva, surge enduração que deve ser
medida
com
régua milimetradana
ser considerado.
A
endiiração é definidaem
três categorias: diâmetros até 4mm
significa não-reator (reação negativa); 5 a 9mm
significa reator fraco; 10ou mais
mm
significa reator foi'te3'23°28'3 1.Os
não-reatoresnão
estão infectadoscom
M
tuberculosifs e são portanto anérgicos; os reatores fracos
podem
estarcom
micobactérias' atípicas, vacinados
com
BCG
ou
infectados porM.
tuberculosisem
locaisonde
lia alta incidência da doença, e os reatores fortes estão infectadoscom
M.
tuberculosifsouvacinados
com
BCG,
desdeque
esta seja recente”.A
repetição esporádica da prova tuberculínicano
localonde
anteriormente se fezum
testepode
provocar respostas mais intensas devido aofenômeno
conhecidocomo
"efeito booster".Os
novos
testesdevem
ser feitosem
territórios distintos. Relatosna
literaturamostram
que existe risco dealgumas
interpretações aoteste tuberculínico
serem
falsas.As
interpretações falso-posit.ivaspodem
ocorrerdevido a reações causadas por outras l\/lycobacterias e as falso-negativas
podem
ser observadasno
primeiroTT
ein pelomenos
20%
de todas as pessoascom
TB
ativa conhecida”. AA
viragem tiiberculínica é observada após a terceira dosedo
PPD,
quando na
induração ocorrer
um
incremento de pelomenos
10mm em
relação a primeiradose nos indivíduos não vacinados pelo
BCG
ecom
idade inferior a 35 anos; 15mm
ein relação a primeira dose naqueles vacinadoscom
BCG
nos últimos 10anos
ou
com
idade superior a 35 anoslg.Também
considera-se conversão aoTT
quando
o iiidivíduo apresenta reação positivacom
leitiira maiorou
igual a10mm
de enduração aos dois últiinos
TT; ou
um
aumento
deno
iníniino l()ininda
últimamedida3°29.
Ein áreas
onde
a vacinaçãoBCG
é feita rotineiramente, sua interpretaçãopode
ser prejudicada.Seu
valor é maiorem
pessoasnão
vacinadascoinBCG
ou
2.7.8 - Efeito "bo0ster"
Embora
a tuberculinanão
possa sensibilizaruma
pessoasem
infecção, elapode
reestimularou
realçar a sua hipersensibilidade deteriorada.O
efeito “booster”“'5' é a reação positivado
TT
que se desenvolve vários dias depois a primeira aplicaçãodo
PPD
epode
persistir poralgum
tempo, atéum
ano. Elepode
causar problemas de interpretação, poisuma
pessoa submetida aum
TT
~
num
determinado período, apósuma
exposiçaocom
pacientescom
TB,
pode
tomar-se
PPD
positiva aproxi_madamente_lOsemanas
após o contato. Esta reaçãopode
ser devida a recente infecçãoou
ao efeito “booster”. Esteproblema
pode
ser atenuado
com
a repetiçãodo
TT
apósuma
semana
da
sua execução.Se
osegundo
teste for positivo, significa que se deveria atribuir ao efeito “booster” a~
recente conversao. Este último resultado é que define o estado de reator
ou
não-reatorlõ.
2.7.9 -
Reversao
do
teste tuberculínicopara
negativoA
O
teste tuberculínico poderá tomar-se negativo, amenos
que
sejareestiinulado por
nova
inoculação de gotículas infectadasou
haja infecçãopermanente.
Aproximadamente
8,1%
dos reatores positivos para o testetuberculínico tornaram-se verdadeiros negativos
quando
retestadosum
ano
maistarde.
As
pessoas retestadascom
uma
história de teste positivopodem
serconsideradas
sem
risco de desenvolverem a doença.A
negatividade verificadaem
dois testes (para avaliar o efeito "booster")no
periodo deuma
semana
indica verdadeira negatividade e considera-se este indivíduo susceptível parauma
nova
infecçãocomo
senão
houvesse infecção prévia”.2.8 -
TRATAMENTO
2.8.1 -
Preventivo
A
BCG,
vacina antituberculosa, é motivo de controvérsias entre diversosestudos2”52. Entretanto,
no
Brasil esta é utilizada para previnir os tipos graves deTB,
fazendo partedo
calendario nacional de vacinação.A
sua aplicaçãogeralmente ocorre ein crianças de idade escolar, tendo
como
expectativa diminuirem
cerca de70
a80%
o risco de adoecimento dos não-infectaados, assegurando- lhes proteção poraproximadamente
15anos”
.-
A
indicação da vacinaçãocom
BCG
em
adultos está relacionadacomo
medidas
de proteção para pessoas expostas àTB.
Vários esti1dos“*53`indica1n avacinação,
como
forma
preventiva, einPS
que trabalhamem
locais de riscoque
atendem
pacientes tuberculosos“; há altas taxas deTB-MRD11;
há
enfennarias especializadosno
atendimento de pacientes HIV-positivo“eonde
asmedidas
preventivas são ineficazesll. -
2.8.2 -
Terapêutico
O
bacilo causador daTB
apresenta rotineiramentemutações sendo
importante a
combinação
de drogas para o seu tratamento.O
esquema
inicialinclui a associação de três drogas abrangendo Rifampicina, Hidrazida e Pirazinamida durante 2 meses, 'seguidos
do
terceiro ao sextomês
com
Rifampicina e Hidrazida. Para os casos de intolerância, alergia
ou
resistência aos tuberculostaticos, as drogas Etambutol e Estreptomicina são indicadas”.A
quimioprofilaxia, geralmentecom
a utilização da lsonizada, éuma
das mais eficientesannas no
combate
àTB,
poréin háalgumas
regras para sua indicação: contactuantesmenores
de 5 anosló,não
vacinados e reatores aoTT,
sem
evidência deTB
doençaló; recém-nascidos coabitantes de foco bacilíferolõ; contactuantes intradomicili-ares de bacilíferos e imonodeprimidosló equando
seobserva viragem tuberculínica,
na
terceira dose dePPD
entrePS
expostos à TB1l,18,533.
OBJETIVOS
1 - Determinar o estado de reatividade ao
TT
entrePS com
maior risco decontato
com
pacientes tuberculososem
um
hospital geral;2 _- Determinar após 8 meses, o risco de conversão ao
TT
nos profissionaisque
foram negativos naprimeira etapado
trabalho.4.
METODOLOGIA
4.1 -
DELINEAMENTO
DO
ESTUDO
_ `
O
estudo foi do tipo exploratório, observacional, transversal e contemporâneo. ' '4.2 -
O
HOSPITAL
-'
O
estudo foi conduzidono
HU-UFSC,
um
hospital misto, de ensino e serviço, público e gratuito, localizado ein Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.É
um
hospital de cuidados secundários e terciários, presta serviço principalmente àpopulação local e dos arredores sendo referência para o interior doiestado.
Em
seu interior são desenvolvidas atividades de ensino para estudantes dos cursos de graduação e pos-graduação ein Medicina, e graduação deEnfermagem,
Nutrição,Odontologia, Farmácia, Bioquímica e Serviço Social. _
Atualmente
tem
a capacidade de230
leitos divididosem
5 clínicas e 4unidades: Clínicas Medica, Cirúrgica, Pediátrica, Ginecológica e
Matemidade,
eUnidades
de Terapia Intensiva, de Tratamento Dialítico, deObservação
eBerçário de Alto Risco. “
As
intemações são procedidas pormeio
do
Serviço deEmergência
e dos Ambulatórios queatendem
as diversas especialidades clínicas e cirúrgicas 55.4.3 -
APROVAÇAO DO
PROJETO
O
projeto de pesquisa foi enviado para aComissão
de Ética doHU-UFSC,
submetido a sua análise e aprovação.(Anexo
1)4.4 -
POPULACAO DO
ESTUDO
4.4 1 - Critérios
de
InclusãoForam
submetidos aoTT
todos osPS
que
tinham contato diretocom
pacientes tuberculosos: médicos, residentes, enfermeiros, auxiliares e atendentes
da
ClínicaMedica
masculina e feminina, Emergência, alem dos coletores de exames, técnicos e bioquimicosdo
setor de microbiologiado
Laboratório deAnálises Clínicas
do
HU-UFSC. Também
foram submetidos aoTT
,copeiros eserventes
que
trabalhavam nestas unidades.4.4.2 - Critérios
de Exclusão
Foram
excluídos todos osPS
quenão
completaram
todas etapasdo
inquérito tuberculínico.4.5 -
INSTRUMENTO
DE
COLETA
DE
DADOS
iOs
dados
foram obtidos a partirdo
preenchimento deum
questionário aosPS
que
fizeram
partedo
estudo juntamentecom
o termo de consentimento para a realização dos TT.(Anexo
2) ,4.6 -
DEFINIÇOES
4.6.1 -
Tuberculina
ç
A
tuberculina éum
antígeno originário de cepas deM.
tuberculosz`.s',sendo
a4.6.2 -
PPD
A
siglaPPD
tem
sua origem na língua Inglesa,onde
significa “purifiedprotein derivated”,
ou
seja, derivado proteico purificado de cepas deM.
tuberc'ulo.sv`s. _4.6.3 - Teste Tuberculínico
O
teste tuberculínico cutâneo (TT), realizadocom
PPD, tem
como
função. avaliar a sensibilidade tuberculínica geralmente encontradaem
pessoas infectadaspor
M.
tuberculosls.4.6.4 -
Reator
forte~
Considera-se corno reator forte, o indivíduo cuja reaçao
na derme causada
pelo
PPD
após 72 h obteve leitura igualou
maior a 10mm
(=ou
>
a 10mm)3,23,2s,3i _
*
4.6.5 -
Reator
fracoConsidera-se
como
reator fraco, o indivíduo cuja reação naderme causada
pelo
PPD
se obteve leitura entre 5 e 9mm
3°23*28*3'. 4.6.6 -Não
reatorConsidera-se
não
reatoro indivíduo cuja reaçãona
derme
causada peloPPD,
pennaneceu
igualou
menor
que 4mm
(=
ou
<
que 4mm)
3'23°28”31.4.6.7 - Efeito “booster”
O
efeito "booster"ou
fenôineno “booster” é a resposta aoTT
positiva, apresentadana segunda
estiinulaçãonum
período de 7 a 15 dias, após a primeira aplicaçãodo
PPD.
Geralmente é causado por hipersensibilidade deterioradam.4.6.8 -
Viragem
tuberculínica:Foi definido
como
viragem tuberculínica, oTT
aplicado após 8 meses,na
qual obtêve-se leitura igual
ou
maior (=
ou
>
a l0 imn) nosPS
quena
primeiraetapa
do
trabalho apresentaram-secomo
não
reatoresl.4.7 -
PROCEDIMENTOS
4.7.1 -
Fornecimento do derivado
proteico purificadoda
tuberculina(PPD)
O
PPD
foifomecido
pela Secretaria Estadual de Vigilância Epidemiológicado
Estado de Santa Catarina, situada ein Florianópolis.As
amostrasdoadas
pertenciam ao lote'n° 781297, da origem
PPD-RT
23.O
PPD
foi diluído e distribuído pelo Laboratório de Bacteriologia da Tuberculose do Centro de Referência Prof” Hélio Fraga,Fundação
Nacional de Saúde, supervisionado pelo Ministérioda
Saúde.Cada
frasco continha 5 ml,com
50
doses.Cada
dose foipadronizada para conter
2U-PPD. As
amostraspermaneceram
ein temperatura entre 3 e 7°C
e protegidas da luz para evitar deterioração.4.7.2
-PRIMEIRA
ETAPA
4.7.2.1 -
Aplicação do
teste tuberculínicoO
TT
foi aplicado nos trabalhadores de cada unidade de estudodo
HU-
UFSC
porum
estudante deMedicina
previamente treinado, injetando-se 2seringa descartável estéril de l
ml
devolume
e agulha decaitável estéril n°26
Gl/2, 13x4,5,
em
região anterior interna de antebraço.A
leitura foi realizadaapós 72
h
de sua aplicaçãono
setor de microbiologiado
Laboratório de AnálisesClínicas
do
HU-UFSC
porum
bioquíinico treinado utilizando-seuma
réguamilimetrada. Foi considerado
como
reator forte a enduração encontrada=
ou
>
que
10mm,
reator fraco entre 5 e 9mm
e não reator=
ou
<
que
4 1mn3'23°28°3l.4.7.2.2 f
Avaliação do
Efeito“Booster”
'
Para os não reatores,
houve
a repetiçãodo
TT
num
prazo de 7 a 15 dias,visando avaliar o possível efeito "booster".
Nesta
etapa foi considerado 0mesmo
critério de leitura
mencionado
acimas 1.4.7.3 -
SEGUNDA
ETAPA
4.7.3.1 -
Repetição do
teste tuberculínicoFoi realizado outro
TT
após 8meses
da primeira etapa visandodocumentar
a possível conversão aoPPD
entre os trabalhadores quepermaneceram
com
resultados negativos. Foi considerado
como
viragem tuberculínica a reação encontrada naderme
igualou
maiordo
que lO inmlg. ~5.
,RESULTADOS
~
Foram
realizadosTT
em
224
profissionaisdo
HU-UFSC.
Destes,207
compareceram
para efetuar a leitura do teste e 17 não leram o TT.Nesta
primeira aplicaçãodo TT,
observou-se que 122'(59%)
foramnão
reatores,20
(10%)
foram
reatores fracos e 65
(31%)
foram reatores fortes.Os PS
não
reatores a esteprimeiro estímulo foram submetidos a
um
segundo
TT
após 2 semanas, paraavaliação
do
efeito “booster”.Dos
122 profissionaisnão
reatores, apenas 101compareceram
para a realização destesegundo
testeno
qual verificou-seque 78
(36%)
continuaramnão
reatores, 27(17%)
tornaram-se reatores fracos e 81(47%)
reatores fortes.Dos
78 profissionaisque
permaneceram não
reatores,mesmo
após a avaliaçãodo
efeito “Booster”, apenas 57completaram
o trabalho,portanto 21
não
tenninaram o inquérito tuberculínico.Na
segunda etapado
inquérito tuberculínico, realizada 8
meses
após a primeira, obteve-se os seguintesresultados: 45
(79%)
PS
permaneceram
não-reatores, 5(8%)
PS
tornaram-sereatores fracos e 7
(13%)
tornaram-se reatores fortes, caracterizando a viragem tuberculínica.Os
resultados descritosacima
foram representados na figura 1.AGOSTO
1997 I 455 10°i 20 59°/nN N
E
1”ETAPA
HII 1998~.
_
LEGENDA:8%
NAS DUAS ETAPAS
<
~N' DE I'|lflI'ISSIONAI8 QUIZ
INICIARAM O TRAIIAI HO
N' DE I'RUIflSSIO|\.\IS TI'.SI'\I)()$
N' DE PROFISSIONAIS TÍSTADOS 0 0 1-um vzmncm nrsrro noosnzn
2
BA
/
nzxron rmn1:4
š
V
A
ÁV
V
.zm
.zm
V
3
NÃo |m.u'on VIRAGEM TvnzncuntfllcâL,
N' nr. |›r.s|s'rr.r~|1rsFIGURA
l:Evolução do
inquérito tuberculínico entre Profissionais deSaúde
com
maior
risco de exposição a pacientes tuberculososno
HU
-6.
DISCUSSÃO
9A
magnitude
e a gravidade clínica da endeinia tuberculosaaumentaram
mundialmente. Paises desenvolvidos que
no
passado planejarain eliminar aTB
na
virada
do
século experimentaram a reversão desta tendênciaque
resultouno
aumento do
número
de notificações, voltando a ser consideradacomo
probleinade saúde pública e
retomando
à refonnulações deprogramas
com
adoção de
medidas
preventivas e curativas para controlar aTB.
Por outro lado, os paísessubdesenvolvidos que
sempre
tiveramuma
grandemorbidade
porTB,
vein enfrentando o agravamentodo problema
na última década.A
doença
encontra terreno fértil nas condições de aglomeração, desnutrição e pobreza, características tanto das nações ein desenvolvimentocomo
dos grandes centrosurbanos decadentes de países industrializados.
Uma
revisão bibliográfica sobreTB
entre PS2, relatou que o risco deTB
eraenorme
antes da era dos antibióticosmas
declinou rapidamente depois de1950
quando
a incidência dadoença
tornou-se mais baixa na população devido ao adventoda
terapia anti-tuberculosa. Estas inudanças resultaramno
relaxamento enegligência das praticas de controle de infecção hospitalar.
Coin
o passar dasdécadas, dois fatores alteraram profundamente a visão sobre o risco de
TB
entre PS.O
primeiro fator foi o ressurgimento da doença. Entre 1985 e 1991 a incidência de todas as formas deTB
aumentou
de24
para34%
naDinamarca,
Itália e Suíça.
Nos
EUA
esteaumento
foi de cerca de l8,4%.O
segundo
fator foia
emergência
deTB-MRD
que foi relatado ein40
estados dosEUA.
NestesOutro fator a ser leinbrado foi a infecção por
M.
tuberculos/És associada aoHIV.
5
A
TB
foi consideradacomo
“doença
sentinela” daAIDS
.A
infecção porHIV
modificou
não
apenas a tendência epidemiológica da.TB
mas
também
suaapresentação clínica, a duração
do
tratamento, a tolerância aos tuberculostáticos,a resistência às drogas disponíveis e possivelmente, a suscetibilidade dos
coinunicantes envolvidos, entre eles .os PS5°27.
Tem
sido relatado por décadas que o risco deTB
entre osPS
é de 2 a 10vezes
maior do
que o risco na população geral”. Estudos recentestem
confirmado
riscos significativos para estudantes de I\/Iedicina58`59, funcionarios deautópsias6°`62 e trabalhadores de hospitais coinunitários63.
Um
trabalhoque
acompanhou
107 escolas médicas nosEUA
verificou-se que ein 75 destasescolas, a taxa de conversão
do
TT
foi de1,8%
e ein outras 16, a taxa deconversão anual foi
um
alarmante5%
ou
até mais elevadas”.Em
um
outro estudo recenteóo, todos os cinco profissionais de saúde que realizaram autópsia deum
homem
com
TB
disseminada e que tinhamum TT
negativo apresentaram conversãodo
teste.Em
3 destes cinco profissionais foi isoladoM.
t'ubercu10s1`s posteriormente. Einum
hospital comunitario na CalifÓmia63 , de 17'PS
que
tinham
TT
negativos, l3 desenvolveram testes positivos após 2 a 10 horas de exposição auma
mulhercom
doença
pulmonar, sendo que 3 destesPS
~
desenvolveram doença
ativa.Nos
países ein desenvolvimento,nao
há consensosobre o risco de infecção por
M.
tubercuI0s1Ís ser maior entre PS. Este fato ocorre~ ~
principalmente ein razao da escassez de dados sobre transinissao nosocoinial de
TB
bem
avaliada atravesdo
monitoramento da viragein tuberculínica, seja elaefetuada de 6 ein 6
meses
ou l2 ein l2 meseslg.Ein estudos retrospectivos de cooi1e72`73, o diagiióstico foi
demorado
ein40
aresultou da exposição de 27 a
44
PS
para cada pacientecom
doença não
diagnosticada.
A
demora
no diagnósticopode
ser devido à falta deconhecimento
dos PS, manifestações clinicas atipicas ,
ou
diagnóstico inadequado.Quando
se analisou orestado de reatividade aoPPD
entre osPS
do
HU-
UFSC
verificou-se que47%
foram
reatores fortes,17%
reatores fracos e36%
não
reatores. Estes dados são superiores aos encontradosem
outro estudorealizado ein Florianópolis,
no
HGCR”,
onde
foi encontrado36%
de reatores fortes e74%
não
reatores aoPPD.
No
presente estudo, oaumento da
taxa de conversão aoTT
foi maior, possivelmente, devido à verificaçãodo
efeito “booster”,onde
foi obtido cerca del6%
de conversão aosegundo
TT
entre osnão
reatores, realizadoem
um
período de cerca de 15 dias após ,a primeiraestimulação antigênica.
Um
outro estudo realizado na cidadedo
Rio de Janeiroentre seteinbro de 1993 a outubro de l994,
no
HU-UFRJ,
“hospital referênciapara tratamento de
AIDS”,
a taxa de conversão tuberculínica foi de9.2%
entre344
PS.A
viragem “tuberculínica foi maior entre técnicos de laboratório, equipe deenfermagem
e médicos”.Ein nosso estudo a taxa de conversão tuberculínica foi superior, cerca de
13%
dos 5_7PS
einum
periodo menor, 8 meses, e sendo oI-IU-UFSC
um
hospitalde atendimento geral. Estes
dados
são superiorestambém
aos pesquisados einuma
favelado
Rio de Janeiro na década de 80,onde
a viragem tuberculínica foiregistrada
em
tomo
de4%,
no
período deum
ano”.No
entanto é necessário_ _
~ 57
interpretar
com
cuidado as taxas de conversao dosTT
. Se onúmero
dePS
em
áreas especiais é pequeno, a taxa de conversão
pode
ser elevada,embora
o riscoreal possa
não
ser mais elevadodo
que ein outras áreas. Ein contraste, a análiseestatística