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Entendendo a Eletroforese de Proteínas

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International Myeloma Foundation 12650 Riverside Drive, Suite 206 North Hollywood, CA 91607 USA

Telephone: 800-452-CURE (2873)

(USA & Canada)

818-487-7455 Fax: 818-487-7454 TheIMF@myeloma.org myeloma.org

Entendendo a

Eletroforese

de Proteínas

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Índice

Introdução 5 Por que a Eletroforese de proteínas é importante? 5 O que é proteína monoclonal? 9 O que é eletroforese de proteínas? 11 Como a proteína monoclonal é detectada e medida? 15 Como o teste de Eletroforese pode ajudar nas decisões de tratamento? 17 Recomendações práticas para uso de Eletroforese de Proteínas Séricas e Urinárias 19 O plano de saúde cobre o custo de eletroforese de proteínas? 21 Questões adicionais 21 Sobre o IMF – International Myeloma Foundation 24 Glossário 26

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Introdução

Este informativo foi desenvolvido para que você saiba mais sobre um tipo de teste laboratorial chamado eletroforese de pro-teínas (ELP). Depois de ler este livro, você deverá ser capaz de responder às seguintes perguntas:

n O que é a Eletroforese de Proteínas? n Por que este teste é importante para as

pessoas com Mieloma Múltiplo? n Como a ELP pode auxiliar no

diag-nóstico e monitorização da resposta ao tratamento do Mieloma Múltiplo?

Nota: Este livro destina-se a informações gerais. Ele não pretende substituir o con-selho do seu médico ou do profissional da saúde, que podem responder a perguntas relacionadas ao seu plano de tratamen-to específico. As definições de tratamen-todas as palavras em negrito são encontradas no glossário ao final do livro.

Porque a Eletroforese

de proteínas é importante?

Por que um livro sobre eletroforese de proteínas?

Uma das características do Mieloma Múltiplo é a produção, pelo organismo, de uma pro-teína única, chamada propro-teína monoclonal (proteína-M). O único teste capaz de medir a quantidade de proteína monoclonal no sangue ou na urina é a eletroforese de proteínas.

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quando não há nenhuma proteína detecta-da. Podemos também chamar de recaída quando há um aumento ≥25% no nível de proteína monoclonal.

Quantificação da proteína monoclonal ou proteína-M por Eletroforese

Se a proteína-M, que é característico do mieloma, está presente no soro, o teste que se usa para a detecção neste caso é chamado de eletroforese de proteínas séricas (ELPS). Da mesma forma, quando a proteína-M está presente na urina o teste que se utiliza neste caso é a eletroforese de proteínas urinárias (ELPU).

Para medir a quantidade do anticorpo monoclonal ou proteína M são necessárias duas informações:

n Qual é a quantidade total de proteínas no soro e/ou na urina?

n Qual a porcentagem da proteína mono-clonal em relação às proteínas totais? Estas informações são cruciais e vêm da ELPS e/ou ELPU, calculando o tamanho do “pico”, que retrata a quantidade de pro-teína monoclonal (a quantificaçã é realizada medindo a área entre o topo do pico até a linha de base do gráfico), obtém-se a por-centagem da proteína total que representa a proteína-M.

Por exemplo:

n O pico equivale a 60% da proteína total n Proteína Total = 12 gramas por decílitro

(g/dL)

n O nível do pico = 7,2 g/dL (60% de 12) Esta proteína-M é “fabricada” (sintetizada)

pelas células plasmáticas malignas (ou célu-las de mieloma). A quantidade de proteína produzida e liberada no soro, que é a por-ção líquida do sangue que fica após as células do sangue (sólida) serem removidos, e às vezes presentes também na urina, reflete a quantidade de mieloma presente no organismo em um dado momento. Esta proteína, que é liberada no soro ou na urina, é chamada marcador tumoral sérico ou urinário.

Apenas poucos tipos de cânceres têm este tipo de marcador que, neste caso, torna-se possível avaliar a carga do mieloma no momento do diagnóstico inicial e controlar a quantidade de mieloma em todo o curso da doença. Podemos avaliar a resposta ao tratamento, a remissão, e, se necessário, a recaída do paciente usando números exatos, o que é uma vantagem única. Por exemplo, podemos determinar se a resposta é: Parcial (RP) quando a redução do com-ponente monoclonal (CM) é igual a 50%; parcial muito boa (RPMB) quando a redução do CM é igual a 90%; ou completa (RC),

Figura 1. Representação de um resultado normal de eletroforese de proteínas séricas

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ou seja, o componente monoclonal não será detectável.

O que é Proteína Monoclonal –

Proteína-M

Proteínas monoclonais são imunoglobulinas (abreviado como “Ig”), moléculas ou partes de uma molécula de imunoglobulina. As células plasmáticas normais produzem imunoglobulinas que são os anticorpos necessários para combater as infecções. Os plasmócitos anormais – “células do mieloma” – presentes em pacientes com mieloma não produzem anticorpos em res-posta às infecções. Em vez disto, elas produ-zem uma molécula de imunoglobulina mono-clonal que não tem a funcionalidade de anticorpo. Esta imunoglobulina é composta de: duas cadeias pesadas e duas cadeias leves (ver figura 2); cadeias leves apenas; ou fragmentos/combinações da molécula de imunoglobulina que é única e particular de cada paciente com mieloma.

A concentracão total de proteinas bem como a porcentagem de proteína monoclonal mudam com passar do tempo. Com a res-posta ao tratamento, o pico pode cair para 40%, e a concentração da proteína total para 9 g/dL, por exemplo. Isso dá um nível de pico de 3,6 g/dL, que é uma queda de 50% em relação ao resultado anterior que era 7,2 g/dL, que é uma resposta parcial ao tratamento.

Este tipo de quantificação, que só é possível por eletroforese, é a chave para avaliar a evolução da doença ou a eficácia do trata-mento. É por isso que é importante a realiza-ção do teste de ELPU e ELPS.

Um teste adicional chamado imunofixa-ção é utilizado para determinar o tipo de proteína-M. Isto é importante neste momento para a base do diagnóstico e o ponto de res-posta máxima ao tratamento. Se houver uma resposta completa (RC), o teste de imunofixa-ção deverá estar completamente negativo*;

* Como a resposta é definida tem sido mencionada nas publicações do International Myeloma Working Group (IMWG) e sua publicação sobre os Critérios de resposta uniforme. Para mais informações, favor consultar a publicação do IMF: Concise Review of the Disease and Treatment Options,

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Neste caso, as cadeias leves livres monoclo-nais podem ser encontradas na urina. São as chamadas proteína de Bence Jones (PBJ), nome do médico que as descreveu primeiro.

O que é eletroforese de proteínas?

Eletroforese de proteínas é um teste de labo-ratório baseada na separação das proteínas através de uma corrente elétrica contínua. Para executar este teste, os laboratórios podem utilizar um meio sólido (tal como gel de agarose) ou tubos de sílica muito finos, chamados de tubos capilares, cheios de líquido (solução tampão). Quando uma amostra de soro, contendo uma mistura de diferentes proteínas é aplicada em em gel ou em um tubo capilar, as diferentes proteínas presentes no soro, são separadas de acordo com a sua carga elétrica.

Para identificar uma proteína monoclonal são analisadas, por eletroforese, as amostras de soro e/ou urina. A eletroforese é a única técnica capaz de confirmar a monoclonali-dade das proteínas sem equívocos.

Eletroforese de proteínas séricas – ELPS O soro contém uma variedade de proteínas diferentes que serão separadas por eletro-forese em cinco ou seis frações (de acordo com o método utilizado pelo laboratório). Essas frações também conhecidas como “zonas” ou “regiões” são chamados de: Albumina, Alfa 1, Alfa 2, Beta (que pode ser separada em Beta 1 e Beta 2), e Gama. As imunoglobulinas policlonais (padrão normal) As Imunoglobulinas podem ser formadas

de um dos cinco possíveis tipos de cadeias pesadas (referidas como IgG, IgA, IgM, IgD e IgE) e dois tipos de cadeias leves (kappa, κ e lambda,λ). Portanto, há dez combinações possíveis de cadeias pesadas e leves: IgG-kappa, IgG-lambda, IgA-kappa, IgA-lambda, IgM-kappa, e assim por diante. A Eletroforese de proteínas é capaz de detectar todas estas combinações.

As células plasmáticas produzem cadeias pesadas e cadeias leves separadamente, e estas cadeias são posteriormente montadas para formar uma imunoglobulina normal. Por alguma razão, as células plasmáticas normalmente produzem um número maior de cadeias leves do que as de cadeias pesadas. Assim, uma vez que as imuno-globulinas normais tenham sido formadas, ainda haverá algumas cadeias leves restan-tes. Essas cadeias leves são chamadas de “cadeias leves livres” (As cadeias leves que participam da formação das imunoglobu-linas normais são chamadas de “cadeias leves ligadas” porque elas estão ligadas às cadeias pesadas).

O excesso de cadeias leves livres entra na corrente sanguínea e é posteriormente fil-trada pelos rins. Os rins são então capazes de reabsorver essas cadeias leves livres e reciclá-las em aminoácidos (componentes que compõem todas as proteínas no corpo). Mas quando uma proteína monoclonal está presente no soro, a quantidade de cadeias leves livres monoclonais pode tornar-se muito alta para os rins conseguir reabsorvê-las.

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são encontradas principalmente na região de Gama.

As diversas imunoglobulinas normais presen-tes no soro diferem-se pela sua estrutura e carga elétrica. Por esta razão, quando elas são submetidas à eletroforese elas formam uma zona de base larga, difusa, simétrica e sem deformações visíveis na sua forma. As Proteínas Monoclonais são produzidas por um clone de células plasmáticas e, portanto, todas as moléculas são idênticas e possuem a mesma carga elétrica. É por isso que na eletroforese, uma proteína monoclo-nal irá migrar como um pico estreito, que aparece mais freqüentemente na região de gama, porém, às vezes, podem estar pre-sentes na Beta 2 ou Beta 1, ou mesmo na região de Alfa 2, embora este último seja muito raro.

A Eletroforese de Proteínas Séricas pode ser utilizada para identificar uma proteí-na monocloproteí-nal, bem como para monitorar quantidade de proteína monoclonal que está sendo produzida.

Figura 3. Representação de um resultado de eletroforese de proteínas séricas anormal,

com células de mieloma produzindo a proteína Monoclonal, criando um pico

monoclonal na região de Bêta-2.

Eletroforese de proteínas na urina

O rim funciona como um filtro, eliminan-do apenas algumas moléculas e deixan-do a maioria das proteínas na corrente sangüínea. Apesar de algumas pequenas proteínas passarem pelo filtro do rim, elas são posteriormente reabsorvidas e recicla-das em forma de aminoácidos. Assim, normalmente a urina contém apenas traços de proteínas.

Diferentes proteínas podem aparecer na urina em diferentes doenças. Se o rim estiver danificado, várias proteínas séricas podem passar para a urina, e os resultados da ele-troforese de urina podem ser semelhantes à eletroforese de proteínas séricas, com todas as cinco (ou seis) frações visíveis.

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que se identifique qual o tipo de proteína-M está sendo produzida para estabelecer um diagnóstico e para o acompanhamento do paciente.

Para isto, outro método de eletroforese, chamado imunofixação (ou IF), será usado. Na IF, são usados reagentes específicos, chamados antisoros. Cada um desses anti-soros ou anti-imunoglobulinas, reagem com um determinado tipo de cadeia pesada e/ou leve.

As proteínas monoclonais geralmente rea-gem com um antisoro anti-cadeia pesada e antisoro com anti-cadeia leve (embora algumas vezes as células do plasma possam produzir cadeias leves apenas, neste caso a proteína monoclonal vai reagir com antiso-ros específicos contra cadeias leves livres). O método de Imunofixação é mais sensível à presença de proteínas monoclonais podendo detectar proteínas-M de baixa concentração, mesmo que eletroforese não mostra qualquer anormalidade visível, porém, não permite a quantificação da proteína-M, portanto, ambos os métodos são usados em conjunto: a eletroforese para detectar e quantificar a proteína monoclonal, e a imunofixação para identificar seu tipo.

Como a proteína monoclonal é

detectada e medida?

Como em outros testes bioquímicos, os valores calculados por eletroforese são então comparados com os valores de referência do laboratório (valores que um laboratório Quando a proteína monoclonal está

pre-sente no soro, muitas vezes o excesso de cadeias leves livres pode ser encontrado na urina como proteína de Bence Jones (ela vai aparecer como um pico estreito, normal-mente na fração gama ou beta).

A Eletroforese de Proteínas Urinárias é usada para pesquisar a proteína de Bence Jones e monitorar a sua concentração. Pode também ajudar a avaliar os danos nos rins (que é uma complicação comum no caso de pacientes com mieloma múltiplo).

Imunofixação Sérica e Urinária

Uma vez que um pico estreito de proteína é detectado por eletroforese de proteínas, pode se suspeitar da presença de proteína monoclonal. Deve-se fazer a caracterização imunológica para confirmar a sua presença e determinar o seu tipo, identificando quais os tipos de cadeias pesadas e leves estão envolvidos em sua estrutura. É importante

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De acordo com estas orientações, quando uma proteína monoclonal pode ser detecta-da e medidetecta-da por eletroforese, a moni-torização deve ser realizada através de eletroforese de soro e/ou urina. Quando a proteína monoclonal é indetectável por eletroforese ou quando é muito discreto para ser medido, o seu médico irá usar um outro teste, o ensaio de cadeia leve livre, chamado: Free Light Chain, para monitorar o seu estado.*

Como a Eletroforese pode ajudar

na decisão do tratamento?

Como mencionado anteriormente, a capa-cidade de quantificar precisamente o com-ponente monoclonal no soro ou na urina e saber o nível exato da carga tumoral do mieloma é uma vantagem enorme para o prognóstico da doença. O monitoramento da doença na ausência de um pico na ELPS ou ELPU pode ser bastante difícil.

O nível de componente monoclonal na ELPS e ELPU reflete a quantidade de células do mieloma presentes. No entanto, é muito importante entender que cada paciente é diferente. No momento do diagnóstico, alguns pacientes têm, por exemplo, um pico muito alto no soro, mas não tão alto nível tenha determinado através de estudos

estatísticos realizados em amostras vindas de pessoas saudáveis, chamados controle normal). As frações da eletroforese também são analisadas visualmente e suspeita-se da presença de uma proteína monoclonal quando o padrão da eletroforese apresenta um pico adicional, ou quando uma fração normal apresenta uma deformação anormal ou está aumentada. Estas anormalidades geralmente são detectadas nas frações Beta ou Gama.

Para confirmar a presença da proteína monoclonal e identificar suas cadeias leves e pesadas, o soro é posteriormente analisado por imunofixação. Uma vez que a presença de uma proteína monoclonal é confirmada, o montante será quantificado através da curva de eletroforese. Para fazer isso, o laboratório irá marcar o início e o fim do pico monoclonal na curva, e quantificar o percentual da área total que o pico ocupa sob a curva total. Utilizando estes valores e os resultados obtidos na dosagem das proteínas totais, pode-se obter a quantidade de proteína monoclonal em g/dL (Veja o

exemplo na p. 7.)

Este valor será utilizado pelo seu médico, em conjunto com outros dados, para esta-belecer um diagnóstico. Mais tarde, será comparado com os valores obtidos pelos resultados subseqüentes da eletroforese para monitorar a evolução da doença e/ou a res-posta ao tratamento, como é recomendado pelas diretrizes do International Myeloma Working Group (IMWG).

* Para maiores informações sobre o acompanhamento da doença, consulte as seguintes publicações do IMWG (International Myeloma Working Group). Todas estão disponíveis no site: myeloma.org. IMWG Uniform Response Criteria, IMWG Guidelines for Serum Free Light Chain Analysis (em processo de atualização), e IMWG Guidelines for the Diagnostic Work-up of Myeloma. Além disto, consulte a edição 2011/2012 da IMF: publication Concise Review of the Disease and Treatment Options.

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de mieloma na medula óssea ou ossos. E o oposto também é verdadeiro: alguns pacientes podem ter um pico de baixa con-centração, mas uma grande quantidade de células do mieloma. Assim, no momento do diagnóstico, é muito importante para cor-relacionar o nível de pico com a quantidade de mieloma em um paciente de maneira individual. Se o nível do pico monoclonal é baixo, isso pode ser especialmente impor-tante, pois pequenas mudanças podem ser mais importantes em termos de resposta ao tratamento, bem como a progressão poten-cial ou recaída.

As formas pelas quais ELPS e ajudar ELPU são:

1. Avaliação inicial da quantidade e tipo do mieloma.

2. Monitoramento de série para documen-tar a velocidade e o nível de resposta. 3. Avaliação da progressão da doença ou

possível recaída.

Nota: doença progressiva (DP) = aumento

≥ a 25%** (do ponto mais baixo).

DP também pode ser confirmado pela ocor-rência de qualquer uma das características de “CRAB”***.

Recomendações práticas para uso

da ELPS e ELPU

Quando um novo tratamento do mieloma é iniciado, o nível de proteína-M no sangue (soro) e/ou urina devem ser monitorado a cada mês, ou a cada ciclo de tratamento, normalmente em intervalos de 3-6 semanas, utilizando a ELPS e/ou ELPU.

Este monitoramento é necessário para aval-iar a eficácia do tratamento.

Se o tratamento não estiver funcionando bem será evidenciado dentro de 2-3 meses: os níveis de proteína-M quantificados da ELPS/ELPU diminuídos em <25% ou aumen-tados em ≥25% (doença progressiva DP). Neste momento uma mudança no tratamento poderá ser necessária. Este é um momento importante para discutir os resultados e as opções de tratamento com o médico.

** Duas leituras consecutivas são necessários para confirmar a progressão ou recidiva.

*** Veja outras publicações ou no site IMF (myeloma.org), ou ligue para a telefone do IMF através do número: 800-452-2873 (EUA e Canadá) para maiores explicações à respeito das características de “CRAB” e para demais informações.

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Considera-se que o tratamento está sendo eficaz se observar uma redução dos níveis de proteína-M, medidos pela quantificação do pico monoclonal na ELPS e/ou ELPU nos primeiros 2-3 meses. Como observado acima, o nível de resposta pode ser quantifi-cado como ≥50%, resposta parcial (RP); ou ≥90%, resposta parcial muito boa (RPMB); e redução de 100%, resposta completa (RC). A classificação da RC também requer que nenhuma proteína-M seja detectável usando imunofixação (IF) e que o teste de medula óssea não apresente evidências de mieloma. Para alcançar os níveis mais elevados de resposta, como a RPMB e a RC deverá ter, normalmente, pelo menos mais 2-3 meses de tratamento (total de 4-6 meses de tratamento a partir da descoberta da doença). Vários meses adicionais de terapia podem ser necessários para atingir a resposta máxima. Outras decisões são necessárias com rela-ção às opções de tratamento adicional, como um transplante autólogo de células-tronco (TACT) ou consolidação a um máximo de melhorar a resposta.Posteriormente, pode haver uma decisão para começar a terapia de manutenção, e isto é melhor que seja discutido com seu médico.

Uma vez que um nível estável de resposta é atingido, a frequência de monitorização pode ser reduzida para cada 2-3 meses, o que pode continuar em uma base contínua, a menos que surjam novas questões. É acon-selhável que as consultas com o seu médico ocorram quando os resultados de ELPS/ELPU estiverem disponíveis. O IMF oferece gratu-itamente um programa de computador que

se chama: Myeloma Manager com, que permite criar tabelas, gráficos e diagramas de fluxo dos resultados dos testes ao longo do tempo. Isto facilita as discussões e plane-jamento médico-paciente.

O plano de saúde cobre o custo

de eletroforese de proteínas?

Normalmente o teste de eletroforese de proteínas é coberto pelos planos de saúde particulares ou pelo programa de saúde publica. No entanto, como todos os testes, pode ser que determinados planos de saúde cubra apenas uma parte, por exemplo 80% do custo. É importante estar ciente se o custo do teste ocorrerá por conta do paciente. Se o custo do teste for um problema, discutir com o seu médico a urgência e/ou a freqüência necessária para a realização do teste. Se o mieloma estiver estável, os testes poderão ser realizados a uma menor freqüência.

Questões adicionais

Sugerimos a discussão das seguintes questões com o seu médico para fornecer uma melhor compreensão dos resultados da eletroforese:

n Quais são os valores normais para os níveis de imunoglobulina na ELPS neste laboratório, e como se comparam os meus resultados?

n Qual a variação dos resultados mensais da ELPS mensais e da ELPU é considerada dentro dos limites normais? Em que ponto um aumento ou diminuição pode ser considerado significativo?

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n Se não houver nenhuma proteína monoclonal detectável por eletroforese, isso sempre significa que eu estou na resposta completa?

n É necessário fazer os testes no soro e na urina?

n Nos casos de pacientes com MGUS, podem ser monitorados com eletroforese séricas e urinárias? Em caso afirmativo, com que freqüência?

Sobre o IMF

“Uma pessoa pode fazer a diferença, duas podem fazer um milagre.”

Brian D. Novis Fundador do IMF

O mieloma é um câncer da medula óssea, pouco conhecido, complexo e muitas vezes mal diagnosticado que ataca e destrói a medula óssea. O Mieloma afeta aproxi-madamente 75.000 a 100.000 pessoas nos Estados Unidos, com cerca de 20.000 novos casos diagnosticados por ano. Embora atualmente não haja cura con-hecida para o mieloma, os médicos têm múltiplas abordagens para ajudar os paci-entes com mieloma a viver melhor e durante mais tempo.

A International Myeloma Foundation (IMF) foi fundada em 1990 por Brian e Susie Novis, logo após o diagnóstico do mieloma de Brian com a idade de 33 anos. O sonho de Brian era que futuros pacientes tives-sem fácil acesso à informação médica e

apoio emocional durante toda a sua batalha contra o mieloma. Fundou o IMF com 3 objetivos: tratamento, educação e pesquisa. Esforçou-se para facultar um amplo espectro de serviços aos pacientes, às suas famílias, amigos e profissionais da área da saúde. Embora Brian tenha morrido quatro anos após o diagnóstico inicial, o seu sonho não morreu.

Hoje, o IMF é uma associação internacional com mais de 195 mil membros.

O IMF foi a primeira organização exclusiva-mente dedicada ao mieloma e continua na actualidade a ser a principal.

O IMF disponibiliza programas e serviços para ajudar na investigação, diagnóstico, tratamento e gestão do mieloma. O IMF faz tudo para que ninguém enfrente a batalha contra o mieloma sozinho.

Nós cuidamos dos pacientes hoje, enquanto trabalhamos para a cura amanhã.

Como o IMF pode ajudar? EDUCAÇÃO DO PACIENTE

CONJUNTO DE INFORMAÇÕES DISPONIBILIZADAS

O nosso IMF InfoPack grátis fornece informa-ção detalhada sobre o mieloma, as opções do tratamento, a gestão da doença e os serviços do IMF. Inclui o nosso reconhecido

Manual do Paciente.

ACESSO PELA INTERNET

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Este banco de DNA fornecerá dados gené-ticos para a pesquisa de novos fármacos. INTERNATIONAL MYELOMA WORKING GROUP (IMWG) O grupo de trabalho internacional do Mieloma do IMF é composto por 159 inves-tigadores Mieloma, de renome, de todas as partes do mundo, que colaboram numa ampla gama de projetos de investigação do mieloma .

Com o objectivo de melhorar as opções de tratamento do mieloma e dos sistemas de diagnóstico, o seu trabalho concentra-se sobre protocolos para proporcionar uma remissão mais durável aos pacientes com mieloma melhorando ao mesmo tempo a sua qualidade de vida, atendendo às neces-sidades dos pacientes come dos médicos que os tratam.

THE INTERNATIONAL STAGING SYSTEM (ISS)

O sistema internacional de estágios em mieloma aumentará a capacidade dos médicos para selecionar o tratamento mais adequado para cada paciente.

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Glossário

Anticorpo: É uma proteína produzida por alguns glóbulos brancos (células plasmáticas) para combater a infecção e doenças na forma de antígenos, como bactérias, vírus, toxinas ou tumores. Cada anticorpo pode se ligar apenas a um antígeno específico. O objetivo desta ligação é para ajudar a destruir o antígeno.

Os anticorpos podem trabalhar de várias formas, dependendo da natureza do antígeno. Alguns desabilitam anticorpos antígenos diretamente e outros fazem o antígeno ficar mais vulneráveis à destruição por outras células brancas do sangue.

Proteínas de Bence Jones: É a proteína monoclonal do mieloma presentes na urina. A quantidade de proteína de Bence Jones é expressa em gramas por 24 horas. Normalmente, uma quantidade muito pequena de proteína (<0,1 g/24 h) podem estar presentes na urina, mas esta é a albumina e não a proteína de Bence Jones. A presença de qualquer proteína de Bence Jones é anormal.

Eletroforese: É um teste de laboratório no qual soro de um paciente (sangue) ou moléculas de urina são submetidas a separação de acordo com seu tamanho e carga elétrica. Para pacientes com mieloma, a eletroforese do sangue ou da urina permite que tanto o cálculo da quantidade de proteína do mieloma (proteína-M), bem como a identificação da característica do pico monoclonal-M específico para cada paciente. Eletroforese é usada como uma ferramenta tanto para o diagnóstico e monitoração.

Cadeias Leves Livres: Uma porção da proteína monoclonal de baixo peso molecular que podem ser medidos em um ensaio sensível, o teste Freelite™

IgG e IgA: Os dois tipos mais comuns de mieloma. O G e A referem-se ao tipo de proteína produzida pelas células do mieloma. A proteína do mieloma, que é uma imunoglobulina, consiste de duas cadeias pesadas, por exemplo: um tipo G combinado com duas cadeias leves, que são ou kappa ou lambda. Portanto, os dois subtipos mais comuns de mieloma têm cadeias pesadas idênticas (isto é, IgG kappa e IgG lambda). Os termos pesados e leves se referem ao tamanho ou peso molecular da proteína onde as cadeias pesadas são maiores do que as cadeias leves.

Uma vez que as cadeias leves são menores, elas são mais propensas a passar pelos rins, sendo encontradas na urina, resultando na chamada proteína de Bence Jones.

IgD, IgE: Dois tipos de mieloma que ocorrem com pouca freqüência.

IgM: Normalmente associado a macroglobulinemia de Waldenstrom. Em casos raros pode ser um tipo de mieloma.

Imunofixação: É um teste imunológico realizado no soro ou na urina. É usado para identificar as proteínas no sangue. Para os pacientes com mieloma, possibilita ao médico identificar o

tipo de proteína-M (geralmente IgG, IgA, kappa ou lambda). É a técnica imunológica mais sensível para identificar o tipo exato de cadeia leve e pesada da proteína-M.

Imunoglobulina (Ig): São proteínas produzidas pelas células plasmáticas, uma parte essencial do sistema imunológico do corpo. As Imunoglobulinas se aderem às substâncias estranhas que entram no organismo, os antígenos, tais como: bactérias,vírus,fungos, etc, e ajuda a destruí-los. As classes de imunoglobulinas são IgA, IgG, IgM, IgD e IgE, associadas as cadeias leves kappa e lambda.

Monoclonal: Um clone ou duplicata de uma única célula. O mieloma desenvolve a partir de uma única célula maligna do plasma (monoclonal). O tipo de proteína do mieloma produzido também é monoclonal ou seja, apenas um clone de proteínas ao invés de produzir as células de forma policlonal. O aspecto prático importante da proteína monoclonal é que aparece como uma forma de “espiga” (Pico Monoclonal) no teste de eletroforese de soro.

Plasmócitos: Glóbulos brancos que produzem anticorpos. As células plasma são as células malignas no mieloma. As células plasmáticas normais produzem anticorpos para combater as infecções. No mieloma, as células plasmáticas malignas produzem grandes quantidades de anticorpos anormais que perdem a capacidade de combater as diversas infecções. Os anticorpos anormais são chamados de anticorpos monoclonais ou proteína-M ou ainda proteína monoclonal. Estas células plasmáticas anormais também produzem outras substâncias químicas que podem causar danos em órgãos e tecidos, tais como: anemia, lesões nos rins, danos nos nervos, etc.

Proteína-M (Pico Monoclonal): Anticorpos ou partes de anticorpos anormais encontrados em grandes quantidades no sangue ou urina de pacientes com mieloma múltiplo. M-spike se refere ao padrão acentuado que ocorre na eletroforese de proteínas uma proteína-M está presente. É sinônimo de proteína monoclonal e proteína do mieloma. (Veja monoclonal acima.)

Reagente: Uma substância química conhecida a reagir de uma maneira específica. Um reagente é utilizado para detectar ou sintetizar uma outra substância em uma reação química.

Relapse: O reaparecimento de sinais e sintomas de uma doença após um período de melhoria.

Remissão ou resposta: Desaparecimento total ou parcial dos sinais e sintomas do câncer. Remissão e resposta são usados como sinônimos.

Marcador tumoral: Uma substância no sangue ou outros fluidos corporais que podem sugerir que uma pessoa tem câncer. No caso do mieloma, a proteína-M é um marcador tumoral. É uma maneira indireta de medir o número e a atividade das células do mieloma.

Referências

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