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UNIVERSIDADES LATINOAMERICANAS POR EL COMERCIO JUSTO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

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UNIVERSIDADES LATINOAMERICANAS POR EL COMERCIO JUSTO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

Joana Stelzer

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

contatojoana@yahoo.com.br Everton Das Neves Gonçalves

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

evertong@vetorial.net Rudá Ryuiti Furukita Baptista

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

ruda_baptista@hotmail.com Rafael Medeiros Popini Vaz

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Rafael@lzadv.com.br Keite Wieira

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

keitewieira@gmail.com Monique De Medeiros Fidelis

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

moniquemfidelis@gmail.com RESUMO

O trabalho tem fundamentação teórica na intersecção do Comércio Justo e do Desenvolvimento Sustentável, com recorte espacial no âmbito das universidades latino-americanas. Trata-se de investigação que seguiu o método indutivo e gerou proposição final dotada de verossimilhança a partir da relação de interdependência necessária de três premissas inaugurais específicas: i) o Comércio Justo é fenômeno pautado em princípios que promovem a solidariedade, a equidade e a justiça nas relações de trocas; ii) o desenvolvimento sustentável decorre da preocupação com a qualidade de vida das presentes e futuras gerações, baseado no equilíbrio de suas três dimensões; iii) a Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo (ULCJ) é programa de sensibilização em torno da importância de estabelecer o Comércio Justo junto a Instituições de Ensino Superior (IES), e seu principal objetivo é criar uma rede de universidades latino-americanas e caribenhas. Ao final conclui-se que o programa ULCJ, da Coordinadora Latinoamericana y del Caribe de Pequeños Productores y Trabajadores de Comercio Justo (CLAC), viabiliza a concretização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), a partir da adoção voluntária de seus cinco critérios por instituições de ensino superior.

Palavras chave: Comércio Justo; Desenvolvimento sustentável; Universidades Latinoamericanas por el Comercio Justo.

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1. INTRODUÇÃO

A escolha do objeto se justifica no tema central do evento – Universidade e Desenvolvimento Sustentável – que se revela como um dos desafios da sociedade acadêmica e científica contemporânea. A problemática do presente artigo se fixa no seguinte questionamento: Qual é a importância da participação de IES no movimento Universidades Latinoamericanas por el Comercio Justo (ULCJ) frente ao desenvolvimento sustentável?

A hipótese se concentra na afirmação de as IES que se alinham e qualificam pelo programa ULCJ, por intermédio da adoção voluntária dos critérios de participação no movimento coordenado pela Coordenadora Latino-americana e do Caribe de Pequenos Produtores e Trabalhadores do Comércio Justo (CLAC), promovem o desenvolvimento sustentável, objetivo da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de práticas responsáveis, solidárias, equitativas e éticas.

O trabalho tem o objetivo geral de revelar que o programa Universidades Latinoamericanas por el Comercio Justo viabiliza a concretização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, pois é fonte de multiplicação do ideal do desenvolvimento sustentável para os que são envolvidos pelo seu ambiente.

Os objetivos específicos são: i) estabelecer uma contextualização teórica inaugural necessária, demonstrando que o Comércio Justo expressa ruptura do modelo ocidental de trocas baseadas exclusivamente no benefício econômico, pela adoção de um modelo no qual a justiça, a igualdade e o desenvolvimento sustentável são o centro das estruturas e práticas comerciais; ii) identificar uma relação de interdependência entre a CLAC e as Universidades Latinoamericanas, na promoção dos ideais do Comércio Justo para o desenvolvimento sustentável no ambiente das universidades, por meio da adoção de critérios que visam às relações baseadas em trocas justas, cooperativas e solidárias, em prol das presentes e futuras gerações.

Portanto, diante da necessidade de formulação de alternativas, o movimento do comércio justo se revela como manifestação de ruptura profunda, que visa à difusão e estímulo de um desenvolvimento que não se baseia exclusivamente no crescimento econômico pela exploração irracional. Sua adoção pelas universidades latino-americanas, além de possível, é necessária para superação do quadrante atual, em prol da formulação de novos valores nas IES, que primam pela adoção de ações que visam à garantia da satisfação dos interesses da geração presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica se subdivide em três partes, nas quais se identifica uma ordem cronológica de desenvolvimento do objeto do artigo. Primeiramente, estabelece-se correlação entre Comércio Justo e Sustentabilidade, por meio da identificação do Comércio Justo como ferramenta para a concretização da Agenda 2030, apresentando o papel da Coordinadora Latinoamericana y del Caribe de Pequeños Productores y Trabajadores de Comercio Justo (CLAC) no desempenho dessa função na região da América Latina.

Na segunda parte, apresenta-se a iniciativa da CLAC (2019a) denominada Universidades Latinoamericanas por el Comercio Justo (ULCJ), trazendo a lume a sua importância para o alinhamento das Instituições de Ensino Superior (IES) com os princípios do Comércio Justo, para, por fim, na terceira parte, especificamente destacar a possibilidade dessas Universidades criarem ambiente de formação que respeita e propaga o conceito de desenvolvimento sustentável.

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2.1 O Comércio Justo e a Sustentabilidade

Neste tópico inaugural, entabular-se-á de forma sintetizada a relação entre as categorias do Comércio Justo e do Desenvolvimento Sustentável, explicitando a primeira no âmbito da atuação da CLAC na América Latina e a segunda no âmbito da Agenda 2030 da Resolução da Assembleia Geral da ONU de 25 de setembro de 2015.

2.1.1. O fenômeno do CJ e a Agenda 2030

O Comércio Justo se baseia em modos de produção e comercialização que antepõem às pessoas e o planeta frente aos benefícios econômicos. O movimento do Comércio Justo se compõe de indivíduos, organizações e redes que compartilham visão comum de um mundo no qual a justiça, a igualdade e o desenvolvimento sustentável são o centro das estruturas e práticas comerciais para que todos, por intermédio de seu trabalho, possam manter um estilo de vida decente e digno e desenvolver seu pleno potencial humano (CECJ, 2019, p. 06).

O conceito de Comércio Justo se baseia na ideia de que é possível tornar o mundo mais equilibrado, com abertura de espaço para o respeito pelo outro por postura de igualdade entre diferentes atores sociais (FAJARDO, 2010, p. 60). Dentre as características do Comércio Justo se destaca sua base em uma linha principiológica que indica os seguintes princípios: o preço justo; a proibição do trabalho infantil e do trabalho escravo; proibição da discriminação de gênero, raça, cor, religião; respeito ao meio ambiente e aos recursos naturais; respeito aos direitos trabalhistas; organização democrática de pequenos produtores; relações solidárias de longo prazo, com antecipação de pagamentos e financiamento da produção (FAJARDO, 2010, p. 60-61).

Destarte, por intermédio da prática desses princípios, “os produtores obtêm preços justos e podem desenvolver seus próprios projetos sociais, e os consumidores podem cooperar em um sistema eficaz, onde os perdedores sociais da crueldade do mercado podem ser protagonistas de uma vida certamente simples, mas digna” (VAN DER HOFF, 2001, p. 77).

Portanto, pode-se definir a categoria do Comércio Justo como “movimento transnacional preocupado com a promoção de condições de mercado mais justas entre países consumidores e produtores de países em desenvolvimento, onde as pessoas são consideradas mais importantes que o lucro, e, com isso, melhoram as possibilidades de vida digna” (STELZER; TODESCAT; GONÇALVES, 2016, p. 33).

Assim, a partir de visão inclusiva, progressista e, acima de tudo, persuasiva, o Comércio Justo preocupa-se com a ação conjunta, reflexiva e orientada para um mundo fraterno e de busca de melhores condições econômico-sociais por intermédio da prática comercial (STELZER, 2018, p. 123). Conforme considerações finais de Pablo Guerra (2016, p. 271), nesse processo:

[...] o Comércio Justo está emergindo como uma opção ética no âmbito das economias solidárias que buscam superar certo paternalismo das visões clássicas, que visa gerar circuitos não apenas de comércio internacional, mas principalmente de comércio local e regional, e, permite configurar novos mecanismos de certificação (por exemplo, através de sistemas participativos) mais adequados à

realidade da economia popular do continente.

O conceito de desenvolvimento sustentável, por sua vez, pode ser extraído do relatório Nosso futuro Comum, da Assembleia Geral da ONU de 11 de dezembro de 1987 (UNITED NATIONS, 2019a), como sendo o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades¹.

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O referido órgão adotou, em 25 de setembro de 2015, o documento ‘Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável’ (UNITED NATIONS, 2019b). A Agenda 2030, conforme descrito no preâmbulo da Resolução da Assembleia Geral da ONU (2015, p. 1), é um plano de ações para todas as pessoas, criado para colocar o mundo em um caminho alicerçado por meio 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, integrados e indivisíveis, além de 169 metas, que mesclam, de forma equilibrada, três dimensões do desenvolvimento sustentável: econômica, social e ambiental².

Nessa agenda universal de 2015 o desenvolvimento sustentável é citado ao longo de quase todo o documento, por se tratar do objeto central, sendo que no item 28 do seu preâmbulo ganha destaque o comprometimento dos países signatários em fazer mudanças fundamentais na maneira como a sociedade produz e consome bens e serviços.

O item prevê que governos, organizações internacionais, setor empresarial e outros atores não estatais e indivíduos devem contribuir para a mudança de padrões de consumo e produção não sustentáveis, inclusive via mobilização, de todas as fontes, de assistência financeira e técnica para fortalecer as capacidades científicas, tecnológicas e de inovação dos países em desenvolvimento a fim de avançar rumo a padrões mais sustentáveis de consumo e produção.

Assim, a partir dessas especificações das categorias do Comércio Justo e do Desenvolvimento Sustentável, verifica-se que a implementação dos ideais do Comércio Justo viabiliza a concretização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente os ODS nº 04, 05, 08, 10 e 12. Nesse sentido, a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) e a CLAC publicaram a obra ‘El aporte del comercio justo al dessarollo sustenible’ (COSCIONE; MULDER, 2017, p. 15), que indica expressamente que o principal objetivo do Comércio Justo se vê refletido, de maneira geral, na troca dos padrões atuais insustentáveis de produção e de consumo, conforme prescrito no ODS nº 12.

Diante dessa contextualização teórica inaugural, no próximo subtópico se pretende uma abordagem específica da atuação da Coordinadora Latinoamericana y del Caribe de Pequeños Productores y Trabajadores de Comercio Justo (CLAC) na América Latina em prol da materialização do Comércio Justo na região.

2.1.2. O papel da CLAC na América Latina

A Coordinadora Latinoamericana y del Caribe de Pequeños Productores y Trabajadores de Comercio Justo (CLAC), conforme informações extraídas de sua página oficial (2019), representa mais de 900 organizações membros nos seguintes 24 países do continente: Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Ilhas de Barlavento (Santa Luzia, São Vicente e as Granadinas), Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

O funcionamento da CLAC se estrutura em organizações de produtores(as) que se articulam em redes de produto, através das quais os produtores de um mesmo produto, de diferentes países da região, encontram-se e trabalham juntos. Essas redes permitem a troca de experiências entre produtores de um mesmo produto e a construção de estratégias e planos de trabalho conjuntos a nível continental. Suas ações são divididas em Eixos Transversais, que se concentram em temáticas distintas, a saber: Gênero; Inclusão de jovens; Mudanças Climáticas; Proteção Infantil; Soberania Alimentar; Boas práticas trabalhistas; e, Sustentabilidade Ambiental.

Os objetivos estratégicos da CLAC são: fortalecer a sustentabilidade organizacional da CLAC; promover o comércio justo, seus princípios e valores; fortalecer o desenvolvimento dos seus membros; aumentar o acesso aos mercados; promover um comércio sustentável;

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promover eixos transversais como igualdade de gênero, proteção social, direitos trabalhistas, mudanças climáticas e soberania alimentar.

Segundo informações oficiais próprias, atualmente, a CLAC possui várias redes constituídas e que levam vários anos trabalhando, que são: a Rede Café, a Rede Mel, a Rede Banana, a Rede Cacau e a Rede de Açúcar. Da mesma forma, outras redes estão avançando em seus primeiros passos de criação, como a Rede Quinoa e a Rede Frutas Frescas e Sucos. Ademais, no plano do desenvolvimento regional, a CLAC se subdivide em: Região América Central e México; Região Andina; Região Caribe; e Região Cone Sul. A Região Cone Sul possui três Coordenadoras Nacionais: Coordenadora de Comércio Justo do Chile, Coordenadora Paraguaia de Comércio Justo e BRFAIR - Associação das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil.

Dentre as ações ou programas da CLAC se destaca, especialmente para os fins deste trabalho, o denominado ‘Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo’, que visa “fomentar relações estreitas entre o meio acadêmico e as organizações de pequenos produtores de comércio justo, através da criação de uma rede latino americana de universidades pelo comércio justo que cumprem com cinco critérios fundamentais” (ULCJ, 2018a), que é pormenorizado no tópico a seguir.

2.2 Universidades Latinoamericanas por el Comercio Justo (ULCJ): características e desafios

Conforme se depreende da sua página oficial (ULCJ, 2019a), a ‘Universidades Latinoamericanas por el Comercio Justo’ é um programa pauta da campanha de sensibilização em torno da importância de estabelecer vínculos do Comércio Justo e do consumo sustentável, e seu principal objetivo é criar uma rede de universidades latino-americanas e caribenhas que apoiam o Comércio Justo por meio de atividades acadêmicas, atividades de extensão social e com a vinculação direta com as organizações de pequenos produtores do comércio justo.

Fundamenta-se no fato de as universidades formarem os presentes e futuros tomadores de decisões políticas, bem como pela característica de serem fundamentais para o processo de investigação e desenvolvimento dos atores protagonistas para o fomento e concretização de relações que podem ser mais justas e solidárias.

Por esta iniciativa, as universidades, de acordo com sua autonomia e plano de trabalho, com o apoio de atores externos dos setores público e privado, garantem a sustentabilidade financeira e humana das atividades que decidam cumprir em apoio ao Comércio Justo (ULCJ, 2019b).

A partir do movimento de implementação do programa a universidade pode ser considerada uma ‘Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo – en progreso’ se cumprir com pelo menos um dos cinco critérios existentes para ser reconhecida e declarada como uma ‘Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo’, sendo que não há uma ordem cronológica ou temporal necessária de respeito aos critérios, detalhados a seguir conforme destacado de sua página oficial (ULCJ, 2019c).

O primeiro critério é a aprovação de uma declaração institucional de apoio ao comércio justo com a assinatura de um convênio com, pelo menos, um dos seguintes atores: a) uma Coordenadoria Nacional de Comércio Justo membro da CLAC; b) a correspondente na plataforma nacional dos membros da World Fair Trade Organization (WFTO) - Latin America (LA); c) uma Organização de Pequenos Produtores de Comércio Justo (Fairtrade International, WFTO ou Símbolo de Pequenos Produtores (SPP); d) outras experiências de comércio justo, protagonizadas por organizações democráticas de pequenos produtores do setor da economia solidária do país.

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O segundo critério é a universidade contar com um grupo de trabalho sobre o Comércio Justo e apoiar diferentes iniciativas sobre o movimento e o consumo responsável, entre as quais, por exemplo, a celebração do Dia Internacional do Comércio Justo (segundo sábado de maio).

O terceiro critério é a adoção de nova política de aquisição direta das organizações de pequenos produtores do Comércio Justo (Fairtrade International, WFTO, SPP ou de outras experiências de Comércio Justo protagonizadas por organizações democráticas de pequenos produtores do setor da economia solidária).

O quarto critério é a universidade apoiar, pelo menos, uma pesquisa ou uma publicação por ano sobre Economia Solidária, Comércio Justo e Consumo Responsável. O quinto critério é a universidade contar com, pelo menos, um curso acadêmico por ano no qual se abarcam temas da Economia Solidária, Comércio Justo e Consumo Responsável.

Atualmente, segundo informações obtidas na página oficial da CLAC, existem onze universidades reconhecidas como Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo encontradas na Colômbia, Costa Rica, Brasil, Equador e México. No Brasil, a única universidade detentora dessa qualificação é a Universidade Federal de Lavras (UFLA), que teve esse reconhecimento no ano de 2015.

Segundo informações da página oficial da UFLA (2019), a universidade tem um histórico consolidado de pesquisas sobre Comércio Justo e solidário e disciplinas que defendem seus princípios. As pesquisas da instituição tem ênfase nas Ciências Agrárias, em especial na produção do café, por estar situada na maior região produtora de café do país. Em notícia (UFLA, 2019) sobre a conquista do reconhecimento como uma ULCJ, o reitor ressaltou que a adoção dos padrões para respeito dos critérios do Comércio Justo se fundamentam no impacto que tais instituições têm no desenvolvimento endógeno das comunidades, na superação das desigualdades sociais nas áreas rurais, na adaptação das mudanças climáticas e no empoderamento dos agricultores.

Assim, tem-se que o reconhecimento das IES como uma Universidad por el Comercio Justo “configura um grande passo, todavia, é apenas um estágio dentro de um universo cujo objetivo maior é fomentar o desenvolvimento e disseminar o Comércio Justo, com o escopo de galgar novos espaços e novas consciências que possibilitem o crescimento dessa concepção” (STELZER; GONÇALVES; RIZZATTI JÚNIOR; CHAVES; FIDELIS; VAZ, 2016, p. 7).

Ademais, identifica-se nessa linha de ação que, por meio da implementação do programa Universidades Latinoamericanas por el Comercio Justo, viabiliza-se a concretização do plano de desenvolvimento sustentável estabelecido na Agenda 2030, conforme se discorrerá no tópico subsequente.

2.3 Desenvolvimento Sustentável nas IES e a importância do movimento ULCJ

A complexidade de atos da rotina da IES engloba processos distintos, tais como planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar (PACHECO; RISSI; PACHECO; STELZER; ALMEIDA, 2013, p. 48), e, todas as ações da IES nesses processos decorrem de um agir global que implica um ‘consumir’³.

O consumo não deve ser confundido neste contexto com a especificidade da categoria ‘consumo’ objeto central da subárea do direito do consumidor – na qual o ato de consumo somente se dá quando há um consumidor de um lado e um fornecedor de serviço ou produto do outro numa relação intersubjetiva econômica –, mas sim na sua amplitude decorrente do significado verbo ‘consumir’ no seu sentido lato, que se verifica no ato de satisfazer uma necessidade por meio da utilização, aquisição, destruição, aplicação, beneficiamento ou transformação.

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Para construir uma sociedade capaz de suprir suas necessidades produtivas, de consumo, de crescimento e ao mesmo tempo não comprometer novas gerações, é fundamental entender que o meio ambiente preservado proporciona o conforto da população e reflete no crescimento econômico. Isso exige cooperação, compaixão e solidariedade como valores vitais para a sobrevivência com qualidade de vida (RATTNER, 1999, p. 240).

Assim, pode-se estabelecer que a campanha ULCJ, ao possibilitar a adoção voluntária dos cinco critérios supramencionados, modela o plano da IES para uma perspectiva de consumo responsável, e, consequentemente proporciona processos que permitem o desenvolvimento sustentável pela adoção de ações que visam à garantia da satisfação dos interesses da geração presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações.

Ressalta-se que, no plano institucional, as IES representam ambiente fértil para a multiplicação de resultados positivos em qualquer área de atuação daqueles que a frequentam, pois, atualmente, diante da sociedade envolvida por uma multiplicidade de instituições relacionadas de forma interativa, as IES são formadoras daqueles atores que exercerão atividades profissionais econômicas, sociais e políticas na condição de agentes (SEN, 2010, p. 11).

Ademais, a adoção dos critérios do Comércio Justo pela ULCJ, estando esses permeados no âmago da IES, reforça-a como fonte de multiplicação do ideal do desenvolvimento sustentável para os que são envolvidos pelo seu ambiente, sendo que essa instituição, seja no setor privado ou no setor público, passa a ser garantidora da conscientização da liberdade com responsabilidade em prol das presentes e futuras gerações.

Nessa linha, os atores sociais e suas ações adquirem legitimidade política e autoridade para comandar comportamentos sociais e políticas de desenvolvimento sustentáveis por meio de prática concreta (RATTNER, 1999, p. 233). Assim, tem-se que, a partir do conceito das IES como instituições que tem a função de formar cidadãos, aquelas IES que adotam os critérios de comércio justo exercem influência direta no crescimento coletivo, econômico, político ao seu redor, em prol da sustentabilidade.

3. METODOLOGIA

A partir da definição de metodologia ou método científico como “o conjunto de processos ou operações mentais que se devem empregar na investigação, ou a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa” (SILVA; MENEZES, 2005, p. 25), depreende-se que essa pesquisa segue a metodologia indutiva, exploratória, descritiva, qualitativa, crítica e bibliográfica.

No tocante ao método de abordagem, seguiu-se o método indutivo. Isso porque o método indutivo pressupõe análise inicial de um conjunto de premissas específicas que permite o alcance, em sede de conclusão, de proposição geral, que ganha força e plausibilidade (MEZZAROBA; MONTEIRO, 2004, p. 75). Assim, indução é um processo por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma conclusão provável, trata-se de uma conclusão não contida nas premissas examinadas (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 86).

No presente caso, a indução ocorre por meio de sequência de raciocínio que parte da observação e análise das seguintes premissas afirmativas específicas verdadeiras: i) o Comércio Justo é fenômeno que representa movimento transnacional que contrapõe o sistema multilateral do comércio internacional tradicional firmado nas regras estatais e proporciona a difusão de princípios que promovem a solidariedade, a equidade e a justiça nas relações de trocas; ii) o desenvolvimento sustentável decorre da preocupação com a qualidade de vida das presentes e futuras gerações, e indica a necessidade da busca de equilíbrio nas três dimensões do desenvolvimento: a econômica, a social e a ambiental; iii) a Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo é um programa pauta da campanha de sensibilização em torno da

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importância de estabelecer vínculos do Comércio Justo e do consumo sustentável, e seu principal objetivo é criar uma rede de universidades latino-americanas e caribenhas que apoiam o Comércio Justo por meio de atividades acadêmicas, atividades de extensão social e com a vinculação direta com as organizações de pequenos produtores do Comércio Justo.

Para, ao final, formular a proposição de uma conclusão provável, de que as IES que se alinham e qualificam pelo programa ULCJ, por intermédio da adoção voluntária dos critérios de participação no movimento coordenado pela CLAC, promovem o desenvolvimento sustentável, objetivo da Agenda 2030 da ONU, por meio de práticas responsáveis, solidárias, equitativas e éticas.

Assim, evidencia-se pelo método indutivo, a observação de três fenômenos específicos (premissas menores), para a proposição de afirmação de uma relação de coexistência e interdependência essencial e, em consequência, universal e necessária, entre esses fenômenos, motivo pelo qual, pode-se afirmar que, em face da atribuição de veracidade às premissas menores, o argumento indutivo tem o condão de sustentar ou atribuir verossimilhança à sua conclusão (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 86).

Trata-se de pesquisa exploratória porque tem o intento de proporcionar maior conhecimento sobre o problema, aperfeiçoando as ideias, de modo que viabiliza discussão sobre o assunto estudado (GIL, 2008, p. 28); e, descritiva porque delineia as características do fenômeno do Comércio Justo e do desenvolvimento sustentável, observando-os sem modifica-los (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 38).

A avaliação dos dados e informações revelou-se sob a forma qualitativa, pois não teve a intenção de medir ou enumerar de forma estatística (forma quantitativa) os efeitos do fomento do Comércio Justo pelas Universidades Latinoamericanas, mas propor reformulação da realidade apreciada pelo desenvolvimento da pesquisa, motivo pelo qual essa “é descritiva, pois se preocupa em descrever os fenômenos por meio dos significados que o ambiente manifesta” (ZANELLA, 2011, p. 100).

Ademais, verifica-se a adoção do método crítico que no âmbito da ciência jurídica demonstra a tentativa de buscar outra direção ou referencial comprometido com as mudanças e a construção de um ambiente novo, e “redimensiona o fenômeno jurídico não só colocando-o a serviçcolocando-o dcolocando-os reais interesses das fcolocando-ormas da vida ccolocando-otidiana e das práticas scolocando-ociais plurais, como, sobretudo, constituindo-o instrumento normativo de implementação das transformações paradigmáticas, erigidas nas rupturas” (WOLKMER, 2015, p. XXI).

No que diz respeito ao procedimento adotado, que permite realizar o método supramencionado, optou-se pela pesquisa bibliográfica, que visa ser concretizada pela técnica ou meio da análise bibliográfica, especialmente por meio da exploração e coleta em quatro fontes de informação: obras doutrinárias; produção científica de instituições; relatórios e estatísticas institucionais.

4. RESULTADOS

Verifica-se que a proposta Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo reflete compromisso das universidades com esse movimento social, tanto nos seus programas acadêmicos e de extensão universitária quanto nas suas políticas de aquisições. Tal circunstância passa a indicar reflexos que conduzirão à estratégia própria, marcada pela prática de valores humanísticos, morais e sociais, que visam ao progresso sustentável e responsável pela instituição de ensino.

O comportamento da universidade passa a ser planejado em favor de ações que promovam o Comércio Justo não só nas salas de aula, como objeto de disciplinas e pesquisas incluídas nos planos dos docentes, mas também no dia-a-dia da estrutura administrativa da instituição, que também observa os princípios do Comércio Justo nas aquisições de materiais

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e insumos para manutenção de suas atividades, garantindo preferência a produtos e serviços de experiências protagonizadas por organizações democráticas de pequenos produtores do setor da economia solidária.

Outro resultado da adoção do programa Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo é a garantia de espaço de visibilidade do Comércio Justo como movimento social, que constrói alternativa ao comércio baseado exclusivamente no crescimento econômico. O ambiente das universidades proporciona a multiplicação de destinatários dos ideais das trocas conscientes, do apoio às partes vulneráveis das relações comerciais, do consumo responsável, da solidariedade e da cooperação, em prol das presentes e futuras gerações.

É cediço que a promoção do Comércio Justo depende da sua difusão nos diversos meios sociais para ampliar seu campo de aplicação, assim sendo, as universidades engajadas no programa ganham relevância, seja pela possibilidade de formar e capacitar jovens que terão participação ativa na propagação do modelo na sua atuação profissional, seja pelas atividades em favor da comunidade em programas de extensão e de gestão, ocasiões que resultam atenção primária ao ‘comércio com justiça’.

Igualmente, depreende-se que os atores públicos e privados que acompanham a instituição de ensino superior na implementação do programa também ganham força perante a sociedade, pois, a partir do conhecimento dos benefícios do comércio justo por esta, garante-se uma garante-sensibilização e ampliação do interesgarante-se nas atividades daqueles.

Essa sensibilização decorrente da execução do programa Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo indica a possibilidade da sociedade se posicionar a favor do processo comercial justo em outras áreas de sua atuação. Trata-se de uma conscientização simultânea no plano cultural, político, social e econômico, pois a opção por trocas solidárias, cooperativas, justas e equânimes passa a ser vista como ideal para o desenvolvimento sustentável dos membros sensibilizados.

Por fim, considerando que o programa tem dentre seus critérios o respeito e promoção dos princípios do Comércio Justo, verifica-se que a partir dele, por via reflexa, pode-se garantir uma ampliação do respeito pela sociedade dos seguintes princípios: do preço justo; da proibição do trabalho infantil e do trabalho escravo; da proibição da discriminação de gênero, raça, cor, religião; do respeito ao meio ambiente e aos recursos naturais; do respeito aos direitos trabalhistas; da organização democrática de pequenos produtores; das relações solidárias de longo prazo, com antecipação de pagamentos e financiamento da produção. Todas essas são conquistas de Comércio Justo.

Assim, pode-se ressaltar que as instituições de ensino superior promotoras do programa Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo, por meio de mudança estratégica de suas atividades, são capazes de influenciar a conjuntura social, econômica, cultural e política daqueles que são atingidos diretamente e indiretamente pelas suas ações. Cada universidade pode construir em suas relações particulares e públicas um novo ambiente, pautado em na ampliação dos objetivos do desenvolvimento sustentável.

5. CONCLUSÃO

O Comércio Justo é um movimento social composto de indivíduos e organizações, que formam redes e compartilham a visão comum de práticas comerciais baseadas na justiça, na igualdade e no desenvolvimento sustentável. Dessa forma, todos – por intermédio de seu trabalho – podem manter um estilo de vida digno e desenvolver seu pleno potencial humano, verdadeira razão existencial de nosso convívio associado às demais pessoas.

O movimento do Comercio Justo, pautado em uma ordem de princípios, tem origem na força da sociedade civil organizada; e, na qualidade de alternativa à estrutura tradicional

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ocidental estatal de trocas baseadas exclusivamente no lucro econômico. A propulsão ocorre pela ação de organizações não governamentais, como a Coordinadora Latinoamericana y del Caribe de Pequeños Productores y Trabajadores de Comercio Justo, que representa atualmente mais de 900 organizações membros em 24 países do continente americano.

Dentre os programas da CLAC que visam à promoção do Comércio Justo na região da América Latina e do Caribe, o programa Universidad Latinoamericana por el Comercio Justo estabelece cinco critérios de implementação e difusão dos ideais do Comércio Justo que devem ser voluntariamente seguidos e respeitados pelas IES. A concretização de tais critérios proporciona relações baseadas em trocas justas, cooperativas e solidárias, em prol das presentes e futuras gerações.

Portanto, conclui-se que o programa Universidades Latinoamericanas por el Comercio Justoviabiliza a concretização da Agenda 2030, pois é fonte de multiplicação do ideal do Comércio Justo nas relações da IES com a sociedade em geral, e, consequentemente, promove o Desenvolvimento Sustentável da ONU.

NOTAS EXPLICATIVAS

¹ Segundo SACHS (2002, p. 54), o desenvolvimento sustentável busca a harmonização entre objetivos sociais, ambientais e econômicos, fundada nos princípios do encontro de Estocolmo e na conferência do Rio de Janeiro; é pautada em ética imperativa da solidariedade sincrônica da geração atual somada à solidariedade diacrônica com as gerações futuras, formulando um postulado de responsabilidade para com o futuro de todas as espécies vivas na Terra.

² A implementação da Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável representa desafio maior para países em desenvolvimento e menos desenvolvidos, porém, garante oportunidade para o surgimento de programas e ações que visam à materialização da dignidade da pessoa humana por meio dos seus elementos essenciais (liberdade, igualdade e solidariedade), na busca de um desenvolvimento sustentável em prol das presentes e futuras gerações (LEDO; BAPTISTA, 2018, p. 317).

³ Quanto ao tema, Alessandro Mueller e Gerson Rizzatti Junior (2018, p. 6) afirmam a existência de benefícios nas experienciais de consumo por meio das compras sustentáveis pelas universidades públicas, porém, reconhecem a existência de alguns obstáculos práticos para sua implementação, como a percepção de maiores custos, as restrições à competitividade, as ofertas insuficientes nos processos licitatórios e a falta de conhecimento por parte dos licitantes para a elaboração de critérios de sustentabilidade.

REFERÊNCIAS

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del Comercio Justo, 25 de setembro de 2018. Disponível em:

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