CIRURGIAS NA ROTINA
DE GRANDES ANIMAIS
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• Normalmente realiza-se a castração para facilitar o manejo de uma animal específico quando o mesmo esta em convivência com fêmeas ou então com outros machos.
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• O ideal é fazer a castração por volta dos 12
aos 18 meses permitindo assim o
desenvolvimento desejável de certas
características.
• Outros animais poderão ser castrados numa idade mais avançada, quando não mais se deseja mantê-los como garanhões.
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• Antes da castração, deve-se averiguar se o animal esta saudável e se ambos os testículos são descendentes (palpáveis na bolsa escrotal)
ANESTESIA
• MPA – Xilazina 1mg/kg e Acepromazina 0.05mg/kg (mesma seringa);
• Após 05 minutos administrar 100mg/kg EGG IV
TÉCNICA CIRÚRGICA
• A Orquiectomia é realizada através de incisões separadas para cada testículo paralelas aproximadamente 1cm da rafe mediana.
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• O testículo mais baixo é agarrado entre o polegar e os indicadores, e a primeira incisão da pele é feita ao longo do comprimento do testículo.
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• A incisão se estende pela túnica dartos e fáscia escrotal, deixando a túnica vaginal comum intacta (túnica vaginal parietal);
• Ao mesmo tempo, a pressão aplicada pelo polegar e os dedos indicadores faz com que o testículo, seja expelido
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• O testículo é agarrado pela mão esquerda (pelo cirurgião destro) e o tecido subcutâneo é deslocado da túnica vaginal comum o mais proximal possível.
• O uso de gase poderá facilitar a separação do tecido subcutâneo da túnica vaginal comum.
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• O cirurgião corta a túnica vaginal comum acima do polo cranial do testículo.
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• E engancha um dedo por dentro da túnica para manter a tensão, continuando a incisão em direção a extremidade proximal.
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• Agora então o testículo é liberado da túnica comum.
• O mesórquio é penetrado pelos dedos para separar o cordão vascular espermático do ducto deferente, da túnica vaginal comum e do músculo cremaster externo.
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• As últimas estruturas são dissecadas com atenção para remover o tanto quanto for possível da túnica vaginal comum.
• A ligadura desta porção músculo-fibrinosa do cordão espermático deve ser executada.
CASTRAÇÃO EM EQUINOS
• Utilizando emasculador:• Toda vez deve-se tomar cuidado para que o emasculador seja aplicado corretamente sem que incorpore a pele por entre os seus dentes e impedindo o estiramento sobre o cordão durante a emasculação
• O emasculador permanece em posição por 1 ou 2 minutos, dependendo do tamanho do cordão, e então é liberado.
PÓS OPERATÓRIO
• Administra-se a imunização contra o tétano, antibioticoterapia;
• O cavalo deve ser mantido sob observação cuidadosa por várias horas após a castração para ficar assegurado que não esta sangrando. • O equino deve ser observado periodicamente
PÓS OPERATÓRIO
• O animal deve ser forçosamente exercitado duas vezes ao dia a partir do dia seguinte à cirurgia até que a cicatrização esteja completa.
• Devem ser separados das éguas durante uma semana.
PÓS OPERATÓRIO
• COMPLICAÇÕES:• Hemorragia grave
• Edema excessivo do local cirúrgico • Evisceração – Hérnia inguinal
• Infecção aguda e septicemia • Hidrocele
• Comportamento masculino persistente (epidídimo não pode ficar)
O LOCAL
• Deve ser plano, limpo e seco (currais);
• Brete deve ser desinfectado e oferecer segurança e imobilização
TÉCNICA CIRURGICA
• Retira-se um segmento distal do escroto deixando a túnica vaginal intacta;
TÉCNICA CIRURGICA
• Faz-se tração sobre os testículos e a pele é puxada em direção proximal de modo que a fáscia separe-se dos cordões espermáticos inclusos na túnica comum;
CESAREANA EM VACAS
• Indicada em distocias, geralmente por tamanho desproporcional relativo do feto quando a entrada pélvica das vacas jovens é muito pequena para permitir o parto, quando há deformidade da pelve materna, má-posição fetal, fetos enfisematosos.
CESAREANA EM VACAS
• A abordagem pelo flanco ou paralombar esquerda é a incisão padrão para um feto não contaminado viável ou recentemente morto, onde a vaca é capaz de tolerar a cirurgia estando em pé.
CESAREANA EM VACAS
• Em algumas situações, a laparotomia pelo flanco direito fica indicada quando existe uma distensão acentuada do rúmen.
• Ou quando o exame clínico indica que a remoção pelo flanco direito seria mais conveniente.
CESAREANA EM VACAS
• No caso de um feto morto ou feto enfisematoso, a abordagem ventral deve ser empregada;
• A incisão paramediana ventral, que é a mais comumente utilizada na abordagem ventral, requer que a vaca esteja em decúbito dorsal.
CESAREANA EM VACAS
• Essa técnica reduz a contaminação do peritônio, que poderá ocorrer durante a remoção do feto enfisematoso contaminado e seus debris associados.
CESAREANA EM VACAS
• Anestesia em L invertido;
• A região cirúrgica é tosada e preparada para a cirurgia asséptica de forma rotineira.
CESAREANA EM VACAS
• Abordagem pelo flanco... Lembram?? Pele, SC, M... M.... M....
CESAREANA EM VACAS
• A incisão paramediana ventral para a cesariana é situada na metade do caminho entre a linha mediana e a veia subcutânea abdominal estendendo-se na direção caudal ao umbigo até a glândula mamária.
TÉCNICA CIRÚRGICA
• Após a penetração da cavidade peritoneal, o cirurgião manipula a porção do corno uterino que contém o feto e tenta exteriorizar uma região para a histerotomia (a exteriorização nem sempre é possível)
TÉCNICA CIRÚRGICA
• A incisão uterina é normalmente feita sobre um membro mas em determinadas má-posições, a área sobre a cabeça pode ser cortada;
• A incisão precisa ser longa o bastante para permitir a remoção do feto sem que se dilacere ou se amplie a incisão uterina.
TÉCNICA CIRÚRGICA
• Deve-se evitar a incisão das carúnculas,
• O feto é então retirado e o cirurgião tenta reter o útero de modo que os líquidos fetais não caiam no interior da cavidade peritoneal;
TÉCNICA CIRÚRGICA
• Bolos de antibióticos são inseridos no útero antes do seu fechamento;
• O útero é fechado com o padrão de sutura continua,
TÉCNICA CIRÚRGICA
• Após o fechamento do útero, ele é recolocado em posição;
• A incisão de laparotomia é fechada de maneira rotineira;
TÉCNICA CIRÚRGICA
• Administram-se antibióticos e a ocitocina poderá ser administrada a qualquer hora após o fechamento uterino, para acentuar a involução uterina.
INDICAÇÕES
• Em diferentes tipos de distocia;
INDICAÇÕES
• Indicação mais comum na apresentação do feto transversal.
ANESTESIA
TÉCNICA CIRÚRGICA
• Ideal em centro cirúrgico, grandes riscos de contaminação;
TÉCNICA CIRÚRGICA
• Acessar o abdomen através de uma incisão da linha média ventral (igual a laparotomia);
TÉCNICA CIRÚRGICA
• Localizar o útero fazer uma incisão em um local que corresponde ao membro, o ideal é exteriorizar o maximo o utero para diminuir a contaminação.
TÉCNICA CIRÚRGICA
• Antes de começar a síntese do útero, coloca-se uma sutura continua em toda a margem a incisão, para facilitar a hemostasia.
TÉCNICA CIRÚRGICA
OPERAÇÃO DE CASLICK PARA A
PNEUMOVAGINA NAS ÉGUAS
• A operação da pneumovagina nas éguas é feita para evitar a aspiração involuntária de ar no interior da vagina.
• A pneumovagina é originada pelo fechamento defeituoso dos lábios da vulva como resultado de uma má conformação ou traumatismo.
OPERAÇÃO DE CASLICK PARA A
PNEUMOVAGINA NAS ÉGUAS
• As éguas que têm os lábios da vulva inclinados em direção ao ânus são propensas a ter vaginite, cervicite, metrite, e infertilidade, devido à contaminação pelo material aspirado através da vulva.
OPERAÇÃO DE CASLICK PARA A
PNEUMOVAGINA NAS ÉGUAS
• Éguas velhas,magras e debilitadas com o ânus
afundado são mais propensas à
pneumovagina;
• Os traumatismos da reprodução e os traumatismos do parto também poderão originar a pneumovagina pela deformidade da pele e mucosas dos lábios.
TÉCNICA CIRURGICA
• Usando tesouras para tecido, o cirugião
remove uma faixa de mucosa de
aproximadamente 3 mm de largura de cada lábio vulvar.
TÉCNICA CIRURGICA
• Para que seja mais fácil aparar o tecido, um par de pinças é empregado para agarrar a faixa do tecido e para aplicar pressão na direção inferior alargando a área.
TÉCNICA CIRURGICA
• Um erro comum é retirar tecido demais;
• A maioria das éguas necessita que esta operação seja efetuada em anos sucessivos, e se for removido tecido em excesso, os reparos subsequentes são mais difíceis de serem realizados.
TÉCNICA CIRURGICA
• A extensão a ser suturada da vulva e dos lábios irá variar, dependendo da conformação individual de cada égua;
• Este comprimento poderá variar partindo da metade superior da vulva indo até 2/3 de sua extensão.
TÉCNICA CIRURGICA
• Após a remoção da faixa de tecido, as bordas feridas são apostas usando-se o modelo de sutura interrompida simples.
• Não absorvível, nylon 2-0 ou polipropileno 2-0 são os preferidos;
TÉCNICA CIRURGICA
• Para evitar tensão excessiva sobre a linha de sutura na sua extremidade ventral durante a cópula ou exame com espéculo, “um ponto do padreador” poderá ser ventralmente inserido ao fechamento de Caslick.
TÉCNICA CIRURGICA
• Sutura do tipo simples interrompida na parte mais ventral da operação de Caslick.
• O ponto não deve estar muito ventral, para não interferir na procriação e nem deve estar muito frouxo pois assim poderá lacerar o pênis do garanhão.
PÓS OPERATÓRIO
• Antibioticoterapia;
• Suturas podem ser retiradas com 07 a 10 dias; • Para evitar danos desnecessários durante o
trabalho de parto, os lábios vulvares precisam ser cirurgicamente separados e a operação novamente realizada logo após o parto.
PÓS OPERATÓRIO
• Também poderá ser necessário separar os lábios durante o acasalamento natural, ou durante as manipulações do trato reprodutivo para fins de exame ou terapia.
• Se os lábios vierem a se separar por qualquer motivo, a cirurgia deve ser feita na oportunidade mais precoce para impedir a pneumovagina.