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Academic year: 2021

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TÍTULO: “LIVRE ESTOU, LIVRE ESTOU”: ESTUDO DESCRITIVO DAS PERSONAGENS NOBILIÁRQUICAS FEMININAS EM ANIMAÇÕES INFANTIS DOS ESTÚDIOS DISNEY

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

ÁREA:

SUBÁREA: COMUNICAÇÃO SOCIAL

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE ENIAC

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): MARCEL MARQUES PLAÇA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): BRUNO CÉSAR DOS SANTOS

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FACULDADE ENIAC

FACULDADE DE TECNOLOGIA ENIAC – FAPI NUPE – NUCLEO DE PESQUISA ENIAC

PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

“LIVRE ESTOU, LIVRE ESTOU”: Estudo descritivo das personagens nobiliárquicas femininas em animações infantis dos estúdios Disney

Projeto de Pesquisa apresentado ao Núcleo de Pesquisa Eniac (NUPE) – Programa de Iniciação Científica e Tecnológica, da Faculdade Eniac e Faculdade de Tecnologia Eniac (FAPI).

Linha de Pesquisa: Gestão do Conhecimento Orientação: Prof. Me. Bruno César dos Santos

MARCEL MARQUES PLAÇA

Bacharelado em Comunicação Social: Publicidade e Propaganda

GUARULHOS 2017

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO/PROBLEMÁTICA 03

2. HIPÓTESE/JUSTIFICATIVA 03

3. OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICOS) 04

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 05

5. METODOLOGIA DE PESQUISA 06

6. CRONOGRAMA 07

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I. Introdução e Problema de Pesquisa:

O presente Projeto de Pesquisa em Iniciação Científica, intitulado “LIVRE ESTOU, LIVRE ESTOU”: Estudo descritivo das personagens nobiliárquicas femininas em animações infantis dos estúdios Disney, tem como proposta registrar o comportamento atitudinal e narrativo das princesas e heroínas, presentes nas histórias contadas nos desenhos animados “A Princesa e o Sapo (2009)”, “Enrolados (2010)”, “Valente (2012)” e “Frozen (2013)”, produzidos e distribuídos mundialmente pela Walt Disney Company.

Tal proposta está inserida numa discussão ampla e corrente, referente às mudanças culturais e sociais contemporâneas do papel ocupado pela mulher, em obras artísticas audiovisuais. Em outras palavras, os filmes e desenhos animados estadunidenses, produzidos com o estilo e chancela hollywoodiana representavam a mulher como objeto frágil a ser conquistado e com valores românticos e sentimentais.

Com o tempo, tais protagonistas teoricamente ganham espaço em tais materiais fílmicos, tornando-se “fortes”, superando dificuldades do mundo masculino e machista, nas tramas e desdobramentos que tais desenhos apresentam (Breder, 2015). Desta forma, a questão central, norteadora para o presente projeto de pesquisa: “quais são as características atitudinais e estruturais que as personagens nobiliárquicas femininas demonstram nas narrativas audiovisuais dos desenhos animados produzidos pelos estúdios Disney?”

II. Suposição básica:

A sociedade contemporânea ocidental tem enfrentado mudanças nos seus diversos segmentos e constituintes, promovendo a quebra de paradigmas solidificados. Atualmente, há uma possibilidade teórica e inédita de grupos considerados historicamente marginais e/ou minoritários ganharem voz e reconhecimento social, empregando ferramentas presentes na Internet e canais alternativos de comunicação e poder.

Um exemplo seria multiplicidade de discussões e confrontos de grupos temáticos, como: “moradores periféricos”, “trabalhadores sem teto”, “religiosos

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pentecostais”, “feministas”, “esquerdistas”, “afrodescendentes”, “homossexuais e transexuais”, “politicamente correto”, “veganos”, entre outros. Os exemplos sequer cobrem a diversidade de assuntos, valores e práticas culturais, presentes em nossos grupos sociais e cotidiano vivido. De qualquer forma, tais representações sociais podem estar presentes em diferentes produtos culturais, como um desenho animado, por exemplo.

Baseado nesta premissa, alguns dos filmes animados produzidos pela Disney trazem consigo personagens femininas emancipadas, sendo protagonistas e heroínas de tais narrativas. Assim, a mulher e sua projeção são elementos das transformações temporais citadas, alterando valores comportamentais que sequer eram presentes em produtos audiovisuais de vinte a trinta anos atrás.

Para tanto, estes filmes servem como materiais a ser analisado para este trabalho, pois os valores agregados nas características das personagens servem de base de estudo e elaboração de trabalho científico na representação simbólica que elas projetam a um grupo social.

III. Objetivos:

A. Objetivo geral:

 Registrar o comportamento atitudinal e narrativo das princesas e heroínas, presentes nas histórias contadas nos desenhos animados “A Princesa e o Sapo (2009)”, “Enrolados (2010)”, “Valente (2012)” e “Frozen (2013)”, produzidos e distribuídos mundialmente pela Walt Disney Company.

B. Objetivos específicos:

 Descrever as vestimentas, paramentos e acessórios utilizados pelas personagens femininas e os sentidos de tais detalhes e composições externas na construção narrativa dos desenhos animados citados;

 Discutir a utilização de estratégias discursivas e narrativas audiovisuais infantis para a construção de valores e práticas sociais inclusivas valorativas feministas libertárias;

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 Observar fenômenos discursivos que se manifestam nos desenhos animados selecionados, como intertextualidade, paródia e ambiguidade, praticadas pelas heroínas nobiliárquicas,

IV. Delimitação do estudo/ Desenvolvimento (Referencial Teórico):

A figura das princesas passa por diversas mudanças, as quais podem ser observadas ao assistir os filmes por meio de uma análise temporal. As mudanças em questão podem ser dividas em quatro momentos distintos. Na primeira fase, temos os filmes “Branca de Neve e os Sete Anões (1937)”, “Cinderella (1950)” e “A Bela Adormecida (1959)” os quais demonstraram suas personagens com habilidades em serviços domésticos e interesse em realizar um bom casamento como realização de vida.

Por sua vez, na segunda etapa há a predominância de uma grande transformação, manifestadas pela independência, desbravamento e rebeldia das personagens, ao ponto de promover transformações na vida dos seus respectivos parceiros, demonstrando um movimento oposto aos filmes anteriores, pois elas deixam de ter a imagem de sexo frágil para assumirem a imagem de desbravadoras. Os filmes “A Pequena Sereia (1989)”, A Bela e a Fera (1991) e Aladdin (1992) enquadram-se nesta fase.

A terceira fase ainda acentua a expressão de maior liberdade e desbravamento. O comportamento das personagens não só movimenta quem está próximo, mas também toda comunidade em que vivem, demonstrando a consolidação das ações iniciadas na fase anterior. Nota-se que elas conquistam espaço onde somente os homens tinham destaque, obtendo o reconhecimento deles e consolidando uma quebra de paradigma.

Os filmes “Pocahontas (1995)” e “Mulan (1998) se amoldam nesta fase“, e estas personagens apresenta um movimento transformador às demais personagens das fases citadas: Pocahontas não demonstra apego a seu relacionamento amoroso e Mulan não demonstra interesse em se casar, características que se opõem aos modelos anteriores.

Por fim, a quarta etapa apresenta a consolidação do movimento das Heroínas. As personagens nesta fase apresentam um perfil competidor mais elevado, por perseverarem sob os aspectos adversos de forma independente e

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revolucionária. Notam-se aspectos de empreendedorismo, de análise de mercado, de mudanças de paradigma, crescimento econômico e na condição física. Algumas personagens não demonstram interesse por relacionamento amoroso, já as que demonstram relacionamento amoroso valorizam sua liberdade de movimentação.

Para tanto, esta pesquisa se baseará nos referenciais de Bendazzi (2003), Denslow (1997), Gombrich (1999), Lucena (2005), Pilling (1997), Smoodin (1993), Thomas e Johnston (1981), Wells (1998) e Wiedermann (2004) para definir o significado de desenhos animados, além de Gabler (2016), Moya (1996), Nader (2009) e Oliver (2016) para descrever a História da Disney, por ser a fonte dos objetos de estudo desta pesquisa.

O referencial de Breder (2015) servirá para analisar as mudanças temporais do comportamento das princesas, pois este material de estudo teve repercussão ao ponto de inspirar outras pesquisas sobre princesas, e pela autora ser pioneira desta linha de estudo, abordando o movimento feminista nas animações em 03 períodos: “princesas clássicas”, “princesas rebeldes” e “princesas contemporâneas”.

Por fim, baseado em estudos já desenvolvidos, as análises cientificas de Carl Gustav Jung (2011) se molda de referência para este trabalho, pois ele estudou a formação e desenvolvimento da psique humana por meio dos “Arquétipos”, os quais podem servir de fundamentação a este projeto.

Para início, este estudo pode ser circunscrito no universo infantil, pois seus integrantes demonstram serem grandes consumidores das figuras dos personagens apresentados nestes filmes. O estudo deste espaço pode captar se essas figuras interferem em qualquer transformação dele ao ponto de promover o comportamento de seus participantes.

V. Método de Trabalho (metodologias, materiais, plano de trabalho, orçamento, etc.);

A pesquisa utilizará dois procedimentos metodológicos: bibliográfico e qualitativo. Os elementos bibliográficos servirão informações relevantes. A princípio, estes elementos serão livros e revistas, os quais se constituem de fontes primárias e secundárias. E para viabilizar o estudo, uma análise

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qualitativa se torna necessária, pois ela constitui em um processo rigoroso ao analisar os dados.

Segundo Medeiros (2013), a pesquisa bibliográfica se caracteriza com forma indireta (análise por documentação), além de se consistir em fontes primárias (fotografias, gravações de entrevistas, programas radiofônicos e televisivos, desenhos, pinturas, músicas e objetos de artes) e secundárias (livros e revistas relevantes à pesquisa).

Perovano (2016) descreve uma análise qualitativa conforme Flick (2004) e Gibbs (2007). Segundo este, os dados passam por criteriosos procedimentos de análise até chegar num resultado confiável. Já aquele define como uma análise rigorosa e lógica que atribui sentido aos dados estudados.

VI. Cronograma (para futuros pesquisadores):

ATIVIDADES 2017

DESCRIÇÃO GERAL MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA X X X X COLETA/ARMAZENAMENT O DE DESENHOS ANIMADOS X X X X FICHAMENTO LEITURAS SELECIONADAS X X X X X ANÁLISE E DESCRIÇÃO DOS DESENHOS ANIMADOS X X X X X REDAÇÃO RELATÓRIO PARCIAL X X REVISAO ORIENTADOR RELATÓRIO PARCIAL X ENTREGA RELATÓRIO PARCIAL X PARTICIPAÇÃO DE CONGRESSOS X X CATEGORIZAÇÃO DOS RESULTADOS E ANÁLISES X X X REDAÇÃO RELATÓRIO FINAL X X X X REVISAO ORIENTADOR RELATÓRIO FINAL X ENTREGA/DEPÓSITO TRABALHO FINAL X VII. Referências:

BENDAZZI, Giannalberto. Cartoons: One Hundred Years of Cinema Animation (Translated by Anna Taraboletti-Segre). Bloomington and Indianapolis: Indiana University Press, 2003.

BREDER, Fernanda. Feminismo & príncipes encantados: A representação feminina nos filmes de princesa da Disney. e-galáxia, 2015.

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DENSLOW, Philip Kelly. What is Animation and Who Needs to Know? An essay on definitions. In: PILLING, Jayne (ed.). A Reader in Animation Studies. Sydney: John Libbey & Company Pty Ltd. 1997.

FLICK, U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

GABLER, Neal. Walter Disney: O Triunfo da Imaginação Americana. USA: Novo Século, 2016.

GIBBS,G.R. Analysing Qualitative Datas. Lodon:Sage, 2007.

GOMBRICH, E. H. A História da Arte (Traduzido por Álvaro Cabral). 16.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

JUNG, Carl Gustav. A vida simbólica. Petrópolis: Editora Vozes, 2011. 1 v. JUNG, Carl Gustav. Arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Editora

Vozes, 2011.

LUCENA JÚNIOR, Alberto. Arte da Animação: Técnicas e Estética Através da História. São Paulo: Senac, 2005.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: A Prática de Fichamentos, Resumos, Resenha. São Paulo: Atlas, 2013.

MOYA, Álvaro de. O mundo Disney. São Paulo: Geração, 1996. NADER, Gina. A Magia do Império Disney. São Paulo: Senac, 2009.

OLIVER, Claudemir. Walt Disney: De Marceline para o Mundo; O Palco de Sonhos. São Paulo: Senac, 2016.

PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Editora Intersaberes, 2016.

PILLING, Jayne. Introduction. In: ______ (ed.). A Reader in Animation Studies. Sydney: John Libbey & Company Pty Ltd. 1997.

SMOODIN, Eric Loren. Animating Culture: Hollywood Cartoons from the Sound Era. New Brunswick and New Jersey: Rutgers University Press, 1993. THOMAS, Frank; JOHNSTON, Ollie. The Illusion of Life: Disney Animation.

New York: Disney Editions, 1981.

WELLS, Paul. Understanding Animation. London and New York: Routledge, 1998.

Referências

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