Hierônimo Santos Souza
TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CifNCIAS (M.Sc.).
Aprovada por:
Pr6. Sergio Fernandes Villaça (Presidente)
..--.___
- ~ " - - - + - - - " ' - - ~s dos San tos /
Prof. Humberto Lima Soriano
RIO DE JANEIRO, R.J. - BRASIL DEZEMBRO DE 1978
SOUZA, HIERÔNIMO SANTOS
Análise de Placas Circulares com Ortotropia Física ou Geométrica. [Rio de Janeiro[, 1978.
X, 216 p., 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., En-genharia Civil, 1978).
Tese - Universidade Federal do Rio de Janei-ro - COPPE
A meu pai, com saudades: e à minha mãe., com carinho.
. AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Sergio Fernandes Villaça, pela dedicada
e valiosa orientação do trabalho.
Ao Prof. Paulo Alcantara Gomes, pela idéia ini·ci
al da tese.
Aos Profs. Antonio Marmo de Oliveira e José
Ber-nardo Ortiz Monteiro, da Universidade de Taubaté, pelos
conheci-mentos transmitidos no período de graduação.
Pelo mesmo·. motivo, aos professores da COPPE
/
UFRJ, durante os cursos
depós-graduação.
Ao CNPq e
à
CNEN, pelo auxílio financeiro.
Ã
Enise, minha mulher, pela colaboração e
incen-tivo tantas vezes demonstrados.
Ao amigo 11enato Di Thomazo, pela excelente con
-fecção dos desenhos.
A tantas outras pessoas que,
deoutras formas
prestaram sua contribuição.
RESUMO :
O objetivo deste trabalho
é
a análise. estrutural da flexão de placas circulares com ortotropia física ou georrétri ca. No primeiro caso a placa possui espessura uniforme e seu ma terial apresenta diferentes propriedades segundo as direções ra-dial e circunferencial; no segundo, a placa isótropaé
enrijeci-da por um conjunto de nervuras U11iformemente distribuíenrijeci-das nas direções citadas, que lhe conferem características de estrutura ortótropa.Para cada caso sao instituídas as equações diferenciais de equilíbrio em termos dos deslocamentos do plano mé dio da placa e suas soluções gerais são obtidas por meio de se -ries. Resultados analíticos dessas teorias são apresentados pa-ra diversas combinações de carregamento e condições de contorno usuais em placas circulares ou anulares.
Apresentam-se também, métodos aproximados~ para análise de placas nervuradas, e seus resultados conparados com as soluções da teoria desenvolvida.
ABSTRACT
The purpose of this work is the structural analysis of circular plates with physical or geometrical ortho-tropy. In· the former, the plate has uniform thickness and its material has different elastic properties in the radial and circunferential directions; in the latter, the isotropic plate is stiffenned with uniformily spaced radial and circunferential ribs.
For each case, the equilibrium differential equations are derived in terms of the middle surface displace -ments, and their general solutions are found by series. Closed
form solutions for several combinations of usual load and boundary conditions are given in detail.
Some approximations to the theory of stiffened plates are presented,and their results are compared to the solutions of the theoretical developement.
SIMBOLOGIA
CAP!TULO II
r, e, z - coordenadas cilíndricas
ªr'
cr8,
ªz -
tensões normais paralelas às direções ·de coordenadas 'ar' 'ze' 'rz - tensões tangenciais paralelas às direções de coordenadas
Er' E8 , Ez - deformações normais
Yer' Yze' Yrz - deformações angulares
u, v, w - deslocamentos nas direções r, e e z respectivamente Er' E9, Ez - módulos de elasticidade do material ortótropo
,
i , j=
r,8,z - coeficientes de Poisson do material ortótropo Gra' Gaz' Grz - módulos de cisalhamentoPr, P9, Pz - forças de superfície
l , m, n - co-senos diretores da normal à superfície
Ü,
v, w -
deslocamentos prescritos no contornoCAP!TULOS III E IV
a, b - raios externo e interno da placa circular, respectivarrente h - espessura
Qr, Q
8 - esforços cortantes por unidade de comprimento Vr'
v
9 - reações de apoio por unidade de corrprimento Mr' M8 - momentos fletores por unidade de comprirrento Mre, Mar - momentos torsores por unidade de comprimento q (r, e) - carregarrento externo distribuídow - flechas
<f,r' <fie - declividades da superfície fletida
vr,
v9 - coeficientes de Po:l.:ssonª r ' B9 - rigidezes fle.xionais da placa ortótropa ªre, ªer - rigide zes torcionais da placa ortótropa H - rigidez torcional efetiva
a, B, ó, II - parâmetros adimensionais associados
às
rigidezes da placa ortótropaLr' L
9, Lre - operadores diferenciais Ài - raízes da equação característica
'
m - índice contador da ordem dos'harmônicos
Cim - constantes de integração dos deslocamentos w
Wm - coeficientes das séries trigonorrétricas, dependentes da va-riâvel r somente
F - função de tensões
E, v - constantes elâsticas de material isótropo Fij - funções iniciais de influência
CAP!TULOS V E VI
a, h - raio e altura da placa isótropa
E, v - constantes elâsticas da placa isótropa br' b
9 - espaçamento eixo a eixo entre nervuras contíguas nas ·di reções radial e circunferencial respectivamente
hr' h 9 - alturas das nervuras t r ' t 9 - larguras das nervuras Ar' A
9 - áre.as unitárias das nervuras
Er' E9 - módulos de elasticidade das nervuras er' e 9 - excentricidades das nervuras
ºr' o
9 - rigidezes extensionais unitárias da placa nervurada ª r ' B9 - rigidezes flexionais unitárias da placa nervurada
D, B - rigidezes extensional e flexional unitárias da placa isó-tropa
u, v, w - deslocamentos do plano rrédio da placa isótropa
Lr' La, Lre
x, a, S, Kr
operadores diferenciais
parâmetros adimensionais que relacionam propried~ des físicas e georrétricas das seções transversais da placa nervurada
Ài' µi - raízes das equações características K, L - constantes associadas às raízes Ài e µi m - Índice contador da ordem dos harmônicos d
1 , d2, f,
n -
parâmetros adimensionais associados com o cisa lhamente e à torção da placa isótropay, ô - parâmetros adimensionais que relacionam rigidezes da pla-ca nervurada com as da plapla-ca isótropa
e.
-
constantes de integração dos deslocamentos u,v
e w imn. , 1;. - fatores de multiplicidade entre as constantes de inte im i m
graçao
es, Ds, Bs grandezas referentes aos enrijecedores somante x1 , a1 , Si - parâmetros adimensionais assoei ados com estas
gran-dezas
!AI -
matriz dos coeficientes do sistema de equaçoes diferenci-ais
p coordenada radial adimensional
· ·tNDICE
CAPtTULO I - INTRODUÇÃO
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CAP!TULO II - EQUAÇÕES BÃSICAS DA TEORIA DA ELASTICIDADELINEAR EM COORDENADAS CILiNDRICAS
2.1 - Introdução
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2. 2 - Estado de Tensões. . .
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2.3 - Estado de Deformações.
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2.4 - Lei de Hooke Generalizada2.5 - Condições de Contorno
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CAP!TULO III - FLEXÃO DE PLACAS CIRCULARES COM ORTOTROPIA F!SICA
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3.1 - Introdução. .
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3. 2 - Hipóteses da Teoria 3.3 - Forças e Momentos. . .
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3. 4 - Equilíbrio de um Elemento de Placa 3.5 - 'Relações Deformação-Deslocamento
3.6 - Relações Tensão-Deformação
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3. 7 - Expressões Esforço 'Resultante - Flech.a3.8 - Equação Diferencial da Placa
...
3. 9 - Rigidez Torcional Efetiva 3.10- Condições de Contorno
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3.11- Solução Geral da Equação Diferencial
3.12- Equação Diferencial das Chapas com Ort0tropia Polar
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CAP!TULO IV - APLICAÇÕES A CASOS USUAIS DE CARREGAMENTO E CONDIÇÕES DE CONTORNO - ORTOTROPIA FtSICA
i
4 4 5 6 8 11 13 13 14 15 17 20 21 24 25 27 30 32 38 424 .1 - Introdução 4. 2 - Flexão Axissinétri ca 4.3 - Flexão Assinétrica
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42 42 83 4. 4 - Chapas Sujeitas a Pressões Radialmente Simétricas 96CAPITULO V - FLEXÃO DE PLACAS CIRCULARES COM ORTOTROPIA GEO fil:TRICA
5.1 - Introdução
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5. 2 - Considerações Básicas
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5. 3 - Definições Físicas e Geonétricas5. 4 - Instituição das Equações de Equilíbrio
5.5 - Soluções Axissimétricas
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5.6 - Soluções Não.-Axissinétricas. . .
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5.7 - Condições de Contorno.
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CAPITULO VI - APLICAÇÕES A CASOS COMUNS DE CARREGAMENTO
101\ 100 103 106 111 122 135 145
E CONDIÇÕES DE CONTORNO (ORTOTROPIA GEOfil:TRICA) 147 6.1 - Introdução
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6.2 - Flexão Axissinétrica
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6.3 - Flexão Não-Axissimétrica. . . .
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CAPITULO VII - APROXIMAÇÕES DA TEORIA DE PLACAS". CIRCULARES
147 147 181
COM ORTOTROPIA GEOME!TRICA •••••••••••••• 189 7.1 - Introdução
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7.2 - Aproximação por uma Equação de 4~ Ordem - Tipo Or-trotopia Física
CAPITULO VIII - CONCLUSÕES
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REFE~NCIAS BIBLIOGRÃFICAS
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APfNDICE.
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189 191 207 209 213CAP!TULO I
INTRODUÇÃO
A utilização de. estruturas laminares planas em certos setores da construção civil, aeronáutica e naval, e~ge , na maioria das vezes, a preservaçao de um de seus lados como su-perfície plana que irá receber as solicitações de serviço, tais
como os casos de pisos, pontes, cascos de navio, fuselagens de avião, etc. Quando se requer da estrutura maior rigidez e esta-bilidade sem o aumento proporcional da sua espessura, o nervura-mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois lhe confere as características estruturais desejadas com um in -cremento relativamente pequeno dó seu peso próprio. O enrijeci-mento de placas segundo direções perpendiculares leva ao estudo d~ placas ortótropas.
Uma placa é considerada ortótropa quando aprese!!. ta propriedades de rigidez diferentes em direções ortogonais pa-ralelas ao seu plano médio. Este fato, de um modo geral, ocorre nas seguintes situações: a) a placa tem espessura uniforme e a variação se dá nas propriedades elásticas do material constituin te; a esse tipo diz-se que contém ortotropia física ou natural; b) a placa é construída com material de propriedades elásticas· u niformes e a variação se dá nas propriedades geométricas da se ção transversal; neste caso dizse que possui ortotropia geomé -trica ou construtiva.
O início do desenvolvimento teórico da flexão de placas com ortotropia física se deve a M. T. Huber25 que a PªE. tir de 1914 idealizou este modelo estrutural para o cálculo de placas retangulares de concreto armado, com nervuras excêntricas no seu plano médio e uniformemente dispostas em direções parale-las a seus lados.
Pflüger26 em 1947 foi o primeiro a estudar rig~ rasamente o problema, ao considetar as deformações do plano
mé
-dia da placa e o cisalhamento delas decorrentes por efeito da excentricidade das nervuras, detalhe não considerado por HuberDepois dele, pode-se citar, entre outros,
27 28 11 12
ks , Giencke , Massonnet , Clifton e
os trabalhos de Tren -Troitsky6, que contri-bUÍram na formação da teoria considerada exata das placas excen-tricamente enrijecidas.
Neste trabalho, objetiva-se o estudo da flexão, no domínio de pequenos deslocamentos, das placas circulares com ortotropia cilíndrica, as quais apresentam diferentes valores de rigidez segundo as direções de coordenadas polares: raios e cir-cunferências concêntricas.
No Capítulo II
é
feito um resumo das equaçoes bá sicas da teoria da elasticidade linear em coordenadas cilíndri-cas. Nos Capítulos III e IV apresentam-se a teor±a da flexão de placas circulares com ortotropia física e resultados anafíticos para casos clássicos de carregarrento e condições de contorno.
'
de placas circulares com: eririjecedores excêntricos ao seu plano médio, tendo por base os trabalhos citados anteriormente que re-latam o assunto detalhadamente para placas de forma retangular No Capítulo VI procurou-se soluções analíticas para a maioria dos casos comuns de carregamento e condições de contorno aborda-dos no Capítulo IV.
Finalrrente no Capítulo VII , estuda-se a viabi1i dade de aplicar em placas circulares, as aproximações das equa-çoes da teoria de placas nervuradas por uma equação tipo Huber, onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa ortótropa equivalente de propriedades geométricas contínuas.
CAPITULO II
EQUAÇÕES BÃSICAS DA TEORIA DA ELASTICIDADE LINEAR EM COORDENADAS CILÍNDRICAS
2.1 - INTRODUÇÃO
No estudo das tensões e deformações decorren-tes da flexão de placas circulares possuindo ortotropia física ou geométrica, utiliza-se a teoria da elasticidade linear equa-cionada em coordenadas cilíndricas. Apresentamos a seguir um
resumo desta teoria tendo por base o trabalho de Lekhnitskii1 •
O comportamento estrutural de um sólicb elásti co sujei to à açao de forças externas e devencb cumprir no con-torno certas condições de deslocamento, se define em termos de sua configuração de deformações e tensões internas resultantes.
As grandezas relacionadas a estes estados são referidas a um sistema de coordenadas cilíndricas (r,e,z) como o da fig. 2.1 , sendo o ângulo e medido a partir de um eixo x arbitrário.
º'==---,~---__._,..X
-~:::·.:::::_~;·· ---.... !,.!""-:'
,;----' · - . , , 1r
z
F IG-2.12.2 - ESTADO DE TENSÕES
O estado de tensões num ponto genérico P (r, e,z) em equilíbrio no interior do corpo, é definido pelas com-ponentes de tensão atuantes em 3 facetas perpendiculares as direçiíes coordenadas, (fig. 2.1) ,que constituem o tensor
cr r Tre
Ter cr e ( 2 .1)
Tzr ''ze
simétrico devido à lei de reciprocidade de tensões cisalhantes:
I i,j=r,e,z
Considerando a variação de tensões sobre um e !emento infinitesimal de volume r dr de dz , e estabelecendo .o equilíbrio na posição indeformada (válido para pequenos desl~
camentos), as equações diferenciais do equilíbrio, na ausência de forças de massa, se escrevem:
=
o
il Tre 1
"a
e il Tez T reãr""
+-
rãe
+ ~ + 2 r =o
( 2. 2 J ilTrz 1 a Tez il C/ Trzãr""
+-
ã'e""
+ _ _ z +--
=o
r az r2.3 - ESTADO DE DEFORMAÇÕES
O estado de deformações na vizinhança de um ponto qualquer, é definido pelo tensor
·1 1 Er 2 Yre 2 Yrz 1 1 ( 2. 3) 2 Yer E6 2 Yez 1 1 2 Yzr 2Yze Ez
também simétrico. O vetor deslocamento entre a posição inicial indeformada e a posição final tem as componentes u,v e w ,re.!!_ pecti vamente nas direções r, e e z.
As relações deformação-deslocamento, no caso linear, sao: au av V
+
1 au Er=
ar Yre=
ãr
-
-
r-
rãê
=
1 av+
u=
aw+
au ( 2. 4 l E6-
ras
r Yrzãr
az aw av 1 aw Ez=
ãz
Yez=
- +
az ras
Na figura 2.2 é esquematizada a geometria de deformaç3es com pequenos deslocamentos que ocorre no plano re, onde se pmcura realçar a influência dos deslocamentos radiais
sobre as deformações tangenciais e a mtação de corpo rígido do elemento que deve ser excluída da variação angular total.
>v
v + 00 rde+ude
o'
FIG-2.2
A continuidade dos deslocamentos imp:ie
que
as deformações satisfaçam as seguintes equações de
compatibili-dade:
2e!.
r
2.a
.E 6 2 (-araz
1 r2 1 2 r=
=
=
2 1a
Yez
r
"'"a._.z-::-a-::-e-21
a
Yre
-r arae
+a
a
· ·a
·
1 · Yr
z ·.y e
z_r_a_e (-
r
ae
+ar
1 2 r (2.5) y-ª-<~)
az
r 2ayre
+ -raz
1 ·a ·
·Y·e z
+r ããc~,
2. 4 - LEI DE HOOKE GENERALTZ:ADA :
O material é considerado homogêneo e segue a lei de Hooke, em cujas relações constitutivas as deformações sao
funções algébricas lineares das tensões e vice-versa; esta line aridade física, juntamente com a hipÓtese de pequenos desloca -mentos, garantem a validade do princípio de superposição de efei
tos.
As equaçoes da lei de Hooke em coordenadas ci líndricas, no caso mais geral de sólido anisótropo sem nenhuma simetria elástica, podem ser colocadas na seguinte forma:
{E}
=
IAI
{a}Er ª11 ª12 ~3 ª14 ª15 ª16- ªr
Ee ª22 ª23 ª24 ª25 ª26
ªe
Ez ª33 ª34 ª35 ª36 ªz
=
Yre SIM. ª44 ª45 ª46 're
Yez
ª55 ª56 'ez
Yrz ª66 'rz
(2.6)
onde JAJ é a matriz elástica, simétrica por considerações de energia e com 21 elementos indep~ndentes.
O principal caso de anisotropia cilíndrica , de especial interesse em nosso estudo, denomina-se Ortotropia Cilíndrica.
t
definida2 quando as constantes elásticas quecaracterizam o ma teria!, independem da distância radial r e pernanecem invariantes sob as seguintes transformações de coor-denadas: uma rotação ao redor do eixo z , uma translação do eixo z e finalmente uma inversão desse eixo (z e chamado
ei-xo de ortotropia do sistema). Estas transformações significam que em cada p:>nto do sólido existem 3 planos ortogonais de sime tria elástica· dos quais um oontém o ei:xo de ortotropia e ou -tro é normal a ele.
Na fig. 2.3, estão representados alguns ele-mentos de volume no interior de um sólido ortótropo, que possuem propriedades elásticas spossuemelhantes e o seu sistpossuema de refe
-rência.
O cs-c--.---,1---'-Xc.
~
'
e FIG-2.3A mudança de sinal nas tensões cisalhantes com um giro de 180° em relação a um plano normal, nos mostra que alguns elementos da matriz
[Aj
devem se anular de rrodo asatisfazer a simetria elástica. De maneira geral, conclui-se que: os alongamentos não dependem das tensões cisalhantes e as variações angulares dependem somente das correspondentes ten -sões de cisalhamento. Dessa forma, as relações constitutivas simplificam-se, restando somente 9 constantes elásticas indepe~ dentes.
A lei de Hooke, escrita com notação mais fami liar ao engenheiro, assume então o aspecto:
1 \) re "rz E
-E
-r E E r e zo
"er 1 "e z E8-
~~
~ r z = "zr "z e 1 Ez ~-
ç
E
r z 1 Yre ~ reo
1 Yez Gez 1 Yrz ~ rz ( 2. 7)onde Er , E8 e Ez sao os m5dulos de elasticidade nas direções r, e e z ; "ij e o coeficiente de Poisson que caracteriza uma deformação na direção i quando uma tensão normal
é
aplicada na direção j , i,j=r,e,z; e Gra' G8z e Grz são os nódulosde cisalhamento entre as dire<;,iies r e e
,
e e z e r e z .Da simetria da matriz, tenos as relações:
"re Er
=
"Sr Ee"rz E r
=
"zr E z ( 2. 8 l"ez ES
=
"z e EzAs condi<;,iies de o rtotropia cil Índrica se al t~ rarn para pontos situacbs próxinos
à
origem do sisterra de coor-denadas. A origem, por definição de coordenada polar (r,e) e um ponto de irradiação onde todas as direções do plano convergem, e as direções radial e tangencial se confundem; logo, ne -cessariamente, tem-se uma minúscula região isótropa no plano re.Corro o rraterial do sólido
é
considerado contÍnl.D e homogêneo,f~ ca constatada a possível singularidade física do tipo de ortro-topia em questão.2.5 - CONDIÇÕES DE CONTORNO
Sobre a superfície externa do sólido podem e-xistir diversos tipos de condições de contorno. Geralmente, do ponto de vista teórico, se divide a superfície em duas regiões distintas: s cr que é a parte do contorno onde se prescrevem as forças externas e Su que
é
a parcela onde se tem os deslo-camentos conhecidos, de modo que a superfície total do contornoa) de forças
O equilíbrio de um ponto situado sobre S e
a
verificado pelas equaçoes:
T
n
rz
(2. 9)
nas quais: Pr' P
8 e P2 sao as componente.s da força externa
por unidade de área segundo as direções coordenadas;
l,m
e n sao os co-senos diretores da normal à superfície pelo ponto de aplicação da força; e ªr' a8, etc sao as componentes do ten-sor de tensões no ponto considerado.
b) de deslocamentos
-sobre su : u = u (2.10) -V = V-
-
conhecidos. w = w u,
V e w· CAPfTULO TII
FLEXÃO DE PLACAS CIRCULARES· COM ORTOTROPIA FfSTCA
3 .1 - INTRODUÇÃO
Nesse capítulo, trataremos da flexão de pla -cas circulares com espessura invariável, no domínio de pequenos deslocamentos, e nas quais as propriedades elásticas do materi-al são diferentes segundo as direções de coordenadas polares, raios e circunferências concêntricas, embora permaneçam consta~ tes ao longo de cada uma dessas famílias de curvas. A este ti-po de placas, diz-se que apresentam ortotropia cilíndrica físi-ca ou natural.
Peças estruturais que podem ter esse comporta menta, sao por exemplo3: discos de madeira possuindo fibras an~ lares dispostas com uma certa regularidade; placas obtidas justapondose lâminas finas de aço que são curvadas e nonolitica -mente fixadas a um núcleo central; placas de concreto armado com diferentes percentagens de armaduras nas seções radial e tan -gencial, etc.
Adota-se o sistema de coordenadas cilíndricas nostrado na fig. 3.1, com sua origem coincidindo com o centro da placa e com o plano polar re coincidindo com o plano médio da mesma.
J ___ ,__ ____
--,
X h - - - _______ , _ _ _ ___, ..·r-::_
az
3. 2 - HIPÕTESES DA TEORIA FIG-3.1A teoria clássica de placas delgadas se fun-damenta em hipóteses simplificadoras e limitações feitas às e-quaçoes da teoria da elasticidade tridimensional resumidas no Capítulo II, levandose em conta principalmente a forma de es -trutura laminar,onde duas dimensões são bastante predominantes sobre a terceira.
As hipÓteses básicas podem ser referidas qu~ to a:
1 - Material - O material da placa é perfeitamente elástico contínu:, e honogêneo, obedecendo à lei de Hooke generalizada Não atuam forças de massa.
2 - Geometria - A espessura h é constante e pequena em rela -çao ao raio a , bem cono as maiores flechas w obtidas pelo plano médio são pequenas quando comparadas com a espessura h
3 - Cbmportamento estrutural (Kirchhoff)
a) Não há deformação no plano médio durante a flexão , transformando-se ele numa superfície neutra defletida. Esta con sideração implica em que o carregamento externo seja normalmen-te aplicado e que os supornormalmen-tes sejam liberados aos deslocamentos horizontais, de nodo a evitar esforços de membrana.
b) Segmentos retos e normais ao plano médio indeformado permanecem retos e normais
à
superfície média após a aplicação das cargas. Esta hipótese traduz que as deformações angulares transversais ao plano da placa são desprezadas: Yrz=y 8~;;o.
A validade da hipÓtese diminui acentuadamente com o aumento da es pessura e em regiões de brusca variação do esforço cortante.c) Tensões normais cr z sao desprezíveis em comparaçao com as derrais:
-
o •
Esta hipótese não é verificada em região onde se tem carga concentrada.Cbmentários sobre estas hipóteses sao bem
de-4
talhados no livIO de Pane .
3.3 -· FORÇAS E MOMENTOS
As placas, quando solicitadas sob as condições do
í
tem 3. 2 , apresentam uma configuração de tensões resul tan -tes como a indicada no elemento da fig. 3.2.X
o
. - - - r - - ~, e
' '
z
' ''
(í g h 2 __t,_ 2 FIG-3. 2A distribuição dessas tensões na espessura da placa tem uma analogia com as tensões, em vigas, de Bernoulli devido
à
semelhança na hipótese de seções planas durante a de -formação, sendo a diferença básica o carácter bidimensional da placa e a consequente resistência a esforços de torção.De nodo geral temos: tensões normas ªr e
ªe
com variação linear em z originando os momentos flet:ores Mr e Me ; tensões cisalhantes Trz e Tez com variação parabólica em z causando os cortantes Qr e Qe e finalmente as tensões cisalhantes Tre e Ter com variação linear em z dando origem aos rromentos de torção Mre e Mer •A distribuição de tensões e os esforços resul tantes sao esquematizados nas figuras 3.3 e 3.4. Os esforços são grandezas uni
tá
rias (por unidade de comprimento) e estão o-rientados positivamente segundo a convençao adotada por Szilard5.o ',
Xz
o
' ' X ' 'e
' ' ' ' ' ' ' ' 'z
3. 4 - EQUIL1BRIO DE UM ELEMENTO DE PLACA
-~
h 2 h 2 FIG-3.3 h -2 h -2 FIG-3.4Considerando as variações dos esforços solici tantes sobre um elemento infinitesimal de placa (r dr de h), fig. 3.5, p:>denos formular as seguintes equações de equilíbrio: a) Equilíbrio Vertical de Forças
O carregamento distribuído q (r, e) pode ser considerado constante e uniforme sobre a área elementar, então:
(Q + r
+ q(r,e)r dr de
=
Odesprezando os infinitésirros de ordem superior,ª equação, se sim plifica:
( 3 .1)
b) Equilíbrio de M:>mentos na Direção Ridial
'lbrrando corro referência o lado A 'B' , e ain-da os resultados da geometria diferencial :sen d
2e de -cos 2
=
1 , terros: de 7 ;~
+ (M + aMe de•rde)dr + Me dr 2 e
rãe
rde)dr 2 + Qr rdr de=
=
o
que se resume em:
aM aM M -M
Q
=
___E + ~ + re
'
z
Oe M9rO ªº'dr
r+ar
dMrs Mre+ã"r dr FIG-3.5c) Equilíbrio de Momentos na ·oireção Tangencial
Relacionando-se agora ao lado AA', temos: ílMre
"Tr'"")
(r+dr) de-- M dr de (M +
er
2 -
er rde)dr deT
+ Qe
r d r de=
o
que se reduz para
( 3. 3)
A equaçao (3.1), escrita em termos dos momentos, tem o aspecto: íl2 (
-ar2
+
r
2 ílr íl) M r+
(l
r=
-q (r, 6) 1a
- - -)M rar -e
=
( 3. 4)Nas equaçoes definidas acima, podemos ainda con-siderar que a reciprocidade das tensões cisalhantes: Tre
=
Ter' quando elas são distribuídas em uma altura constante, nos forne ce:M = M
re er
(3.5)
3.5 - RELAÇÕES DEFORMAÇÃO-DESLOCAMENTO
Os deslocamentos provenientes da flexão que
ocoE
remem um ponto P distante de z do plano médio, são obtidos diretamente da hipótese 3b.
·-
F IG-3.6Considerando a fig. 3.6a, e a geometria de pequ~ nos deslocamentos, podemos supor que a declividade da superfí -cie w(r,8) na direção radial
é
aproximadamente:<!>r
-
tg <!>r=
ar aw=
aw ( 3. 6)u
-
z ar <l>r=
-
sen <l>r=
u zAnalogamente, da fig. 3.6b, temos:
( 3. 7)
Com esses deslocamentos substitu{dos em (2.4), calculamos as deformações em termos da flecha:
= -
zz
(.!
aw 2-
+..l..
a w) ( 3. 8)e:e
=
r ar r2 ae2 Yre=
1 a 2 w -2z(- -r arae- ....!.
aw, r2 ae 3.6 - RELAÇÕES TENSÃO-DEFORMAÇÃOA lei de Hooke para sólidos apresentando ortotro pia cil{ndrica, definida no Capitulo II, e simplificada pelas hipóteses que consideram Y
=
y=
cr-
O •rz ez z Este comporta
-mente bidimensional de tensões permite também reduzir os subs-critos:
. 1
- .ve
o
Er
(JE
r
E6
r
\)1
E6
=
- ~
Er
E6
o
cr e
( 3. 9)
o
o
1
Yre
G Tre
ou na forma inversa:
E
r
v6Er
o
(J1-vrve
1-v
v
Er
r
r e
vrEe
Ee
o
(3.10)
cr e
=
1-vr"e
1-vrve
E6
Tre
o
o
GYre
A simetria da matriz dos coeficientes em (3.9)
ou (3.10), conduz
àrelação:
( 3
.11)
Obtemos as tensões em função das flechas, substi
tuindo-se ( 3.
8)em (3.10):
Erz
[ a
2w
+1 a
2w
1
aw>J
crr
=
1-v
v"e
<2
- 2+
ar
2r ar
r e
r
ae
(3.12)
= -
2Gz
As tensões T e
rz 'ez nao aparecem na expre~ sao da lei de Hooke devido à simpli fie ação: Yrz
=
Yez=
o
; p~ dem ser obtidas das equaçoes de equilíbrio (2. 2):1 ª·'·re
+ - - -
ra e
=
Agora, derivando (3.12), substituindo e inte-grando as equaçoes acirra em z ,tendo em vista que para
: ,
=,
=
O , encontramos: rz ez 1 2 =2<z
-3 ( ~ar
3 +!.
r +_!_ awl
2ar
r + (2G + v 6E rl
1-v V re
+
(2G+
v E 6 r ) 1-v Vr e
3..!.... ~)
r
3ae
3 + + (3.13)3. 7 - EXPRESSÕES ESFORÇO RESULTANTE-'FLECHA
Os rromentos e forças cortantes sao calcula -dos por integração das tensões sobre a espessura da placa:
f
h/2f
h/2 T e M = cr r z dz Mre = Mer = z dz r -h/2 r -h/2 Me =f
h/2 cre
z dz (3.14) -h/2f
h/2 fh/2 Qr = T z dz ºe = Te dz -h/2 r -h/2 zAntes de efetuarmos as integrações (3.14), é razoável definir as constantes que representam as rijezas da pl~ ca ortótropa:
f
h/2 I=
z 2 dz=
-h/2 Erl 1-V V 1r e
momento de inércia por unida-de unida-de comprimento em relação ao plano médio
rigidez flexional nas di reções radial e circunferen-cial respectivamente
rigidez à torção
rigidez torcional efe-tiva
Integrando (3.14) com o auxílio de (3.12) e (3.13), e utilizando as constantes definidas acima, tenos a for ma final dos esforços solicitantes:
= -B
r
Me=
-Be
[!.
aw + r ar= _
IB
(33w +L
r ar33.8 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DA PLACA
aw
ãr
++ H
(3.15)
A equaçao diferencial que governa as flechas do plano médio de uma placa com ortotropia cilíndrica, pode ser obtida,por exemplo, substituindo-se os esforcps cortantes de
(3.15) na equação de equilíbrio vertical de forças (3.1
l.
necessá-rias, tem-se finalmente a equaçao.:
B [a4w
r[ar4 res diferenciais: 1=
r2 1 ~r
+=
q (r, e) ( 3 .16) Designarem::>s por Lr , L 6 e Lre os operacb -1 r31
a
~ãr
r (3.17)logo, 174
=
Lr + 2Lre + L6 , que é o conhecido · operacbr bi-harmônico em coordenadas polares.A equaçao (3.16) é equivalente à equaçao de Huber em coordenadas cartesianas, aplicável em placas retangul~ res. A transformação pode ser feita através do artifício: qua~ do r+w, ar+ ax e rae + ay ; e com a correspondente troca de Índices, tem::>s:
+ 2H
=
q(x,y)
(3.18)Com
(3.17),escrevemos
(3.16)de urna forma mais
simples:
(3.19)
que se reduz ao caso isótropo quando:
ou
v
4 (w) =g(r,e)
B2 12(1-v)
3.9 -
RIGIDEZ TORCIONAL EFETIVA
Ao resolvermos um problema de placa ortótropa,
é necessário conhecer os valores dos coeficientes Br,Be e H
Dos materiais ortótropos, geralmente se conhecem Er' E8, "r
e
"e
, que sao obtidos por testes unidimensionais de laboratório;
o valor do módulo de cisalharnento G é usualmente incógnito,te~
do em vista exigir testes mais laboriosos para sua obtenção.
O método analltico para determinação da rigi
-f 4,6 -
-dez torcional e etiva
, e baseado em urna analogia com a torçao
de placas isótropas, devendo ser levado em conta o seu gênero
aproximativo; em aplicações onde se requer maior precisão, reco
-mendam-se verificações experirnentais
7
•
8
O momento torsor atuante em urna placa
isótro-pa, é definido por:
Mre
=
-(1-v)B(
1 aw )?ãã
onde
Bé a rigidez flexional da placa e
"
é o coeficiente
de Poisson.
O
momento correspondente na placa ortótropa
tem o valor:
..!..
aw)r2 ae
A
torção de urna placa ortótropa depende da
ri-gidez que ela apresenta nas direções de ortotropia, parecendo e~
tão razoável trocar os valores de
"e
Bna expressão de materi
al isótropo, pela média geométrica dos valores apresentados pelo
material ortótropo.
Então,
e a rigidez torcional efetiva fica:
, ou
De (3.11),
Be
V
=
Ve
r Br
,
(3.20)
Da mesma maneira, pode-se definir o módulo de
cisalhamento:
E
G
=
2(1+v)=
(3.21)Em
placas de concreto diferentemente armadas
nas direções de ortotropia, Timoshenko
9
aponta os seguintes valo
res de rigidezes:
onde Ec' "c
E sn
=Ec
I....
[r
+ (n-1)rJ
(3.22)módulo de elasticidade e coeficiente de
Pois-son do concreto
módulo de elasticidade do aço
momento de inércia unitário da seçao da placa
em relação ao plano neutro
momentos de inércia unitários das seçoes
de
armadura nas direções radial e tangencial em
relação ao plano neutro.
3.10 - CONDIÇÕES DE CONTORNO
A resolução da equaçao (3.16) requer que sejam
prescritas condições no contorno da placa.
Pela hipótese
dos
"segmentos normais", verifica-se que para definir as deformações
em um ponto qualquer da superf!cie média situada no contorno, na
ausência de forças de membrana, são necessários
2parâmetros geo
.
-métricos:
uma rotação : ;
e uma translação vertical
w. Essas
condições geométricas têm
suas equivalentes condições
estáti-cas, em termos de forças e momentos, segundo o esquema da fig.3-7.
4rJ---
- r ____ --- ... _ ·--- -~
---; ---1-:w
':
-r::: oCONDIÇÕES GEOMÉTRICAS CONDIÇÕES ESTÁTICAS
FIG-3.7
A
condição estática correspondendo
à rotação
aw
ar
é o momento fletor Mr
ientretanto para o deslocamento
wexiste uma aglutinação entre as condições estáticas de esforço
cortante Qr e momento torsor Mre •
Esse fato deve-se
à falta
de consideração da deformação cisalhante
nada levaria a
umproblema de integração
Yrz
a
de
6-i
uma teoria
refi-ordem,
prescreven-do 3 condições geométricas no borprescreven-do e compat!vel portanto ao con
torno estático.
Kirchhoff propôs equacionar o equilibrio exis tente na fronteira através da urna equivalência mecânica entre fo~ ças e momentos distribuidos em espaços unitários, conforme a fig, 3.8.
z
vr=
Q+
r ê válido: ve=
ºª
+
(Mre+aMre) rde / r ,il8 ( M· er+ar •Me,) dr A expressao aMre rae das reaçoesPara placas em forma de
aMer
ar
M_n~rde
FIG-3.8
de apoio fica sendo:
(3.23)
setor, analogamente
(3.24)
e no canto formado entre o contorno circular e o bordo reto tem-se urna reação concentrada de intensidade igual a 2Mre
Os casos mais usuais de condições de bordo em placas circulares de raio a sao:
em r=a
rigidamente engastada : w
=
o
aw
ãr
=o
simplesmente apoiada:
Contorno carregado
com forças ou moment2s
de intensidade F e M:
w
=
o
M
r=
O
Mr
=
Qr
+M
aM
re
m-
=
F3.11 - SOLUÇÃO GERAL DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL
A solução da equaçao
(3.25)
como sempre, consiste em uma superposição de soluções w=wp+wh,
onde wh
é a solução complementar correspondendo à flexão
da
placa descarregada em sua superfície e solicitada no seu
contor-no; enquanto que wp
é a solução particular correspondendo
às
flechas provenientes do carregamento distribuído q(r,e).
A) Solução da Equação Homogênea
A equação bi-harmônica homogênea
v
4
(w)
=O
tem sua solução conhecida desde há muito tempo; Timoshenko
9
cita
em referência que em 1862, Clebsch se utilizou das seguintes
sé-ries infinitas para estudar placas isótropas circulares:
(3.26)
onde
w
0
, Wm e Wm
sao funções somente da variável r .
Dessa
maneira, consegue-se separar as variáveis e constituir equações
diferenciais ordinárias tipo equidimensional ou de Euler para os
éoeficientes das séries.
Em nosso estudo, estamos particularmente
inte-ressados em placas cujo contorno circular é completo, de maneira
que sempre poderemos colocar o carregamento simetricamente em re
lação
àvariável e , bastando-nos reter os termos em co-seno
5
•
Em placas em forma de setor circular, a falta de simetria requer
soluções em série de senos.
As expressões de Wm e Wm
sao simi
lares, a menos evidentemente das constantes de integração.
Então, tomando-se wh =
lução, na qual aplicando-se os operadores
1
Wm cos me
como so
m=O
(3.17) e indicando
a
ordem das derivadas em
r
por superescritos linha (','',''',etc),
obtemos :
I
Íw~v +
~
wi:i •
;i
cos
m=O
L
r
J
"'
t
2
2
2
wJ
Lre(wh)=
l
m
2
W''m
+ m
....,.
W'm
-.,.
m
cos me
(3.27)
m=O
r
r
r
"'
t
1
1
42
Le(wh) =
l
2
W''+
r3
W'+ cm -2m
iwJ
cos me
,
m
m
r4
m
m=O
r
que, substituídas em (3.19), nos dão uma equaçao independente
de
e :
22m H+Be
+ ( )W' +r3
m =o
(3.28)
e
Definindo as constantes adimensionais:
H ó
=
Br
,
(3.29)
a equaçao (3.28) em sua forma normal se escreve:
(3.30)
Esta equaçao apresenta as seguintes soluções:
a) m = O
wh
=
w
0
independe de
e
e representa a
solu-çao dos problemas axissimétricos.
=
o
(3. 31)As soluções da equaçao de Euler têm a forma
4
l
, onde os
sao as raízes da equaçao
carac-i=l
terística associada, que para este caso é:
(3.32)
cujas raízes sao facilmente identificáveis e valem: O, 2,
1+re-e
1-re-Denominando
, temos
O caso particular de placa isótropa
é
obtido com a= 1(3.34)
b) m> 1
Novamente as soluções sao da forma 4
l
, e a equação característica obtida de (3.30) i=lé:
4 3 2 2 2 r,4 2 ]
l -41 +(5-2m 6-Bll -2(1-2m &-B)l+~ 8-2m (8+6)
=
o
(3. 35)Utilizaremos ainda, algumas constantes auxilia res:
2
K = l-2m 6-8 (3.36)
4 2
L
=
m B-2m (B+&) , que simplificam (3.35) em:=
o
,
logo2 K +
=
o
2Resolvendo-se novamente a equaçao do 29 grau, encontramos todos os li.
À =
1
+
Chamando de: b =1~-K+/
K 2 -4L m1:-K-/
K2-4L c = m,
as quatro raízes sao: l+bm, l+cm, 1-bm e 1-cm
-
para m=l e c 1=
O
: K = 1-2ô-B K-1 L = L = -2ô-B K2-4L = K2-4K+4 = (2-K) 2 Substituindo-se em (3.37): = ./ 1+2ô+B,
b 1
é
sempre real e a solução para o 19 harmônico fica:w
=e
l+b1 +e
r 1 ""b1 r +e
11 11 r 21 + c31 41 r n r
para m>l :
(3.37)
( 3. 38)
bm e cm serao reais desde que os parâmetros que definem a ortotropia B e 8 não se afastem muito da unida-de ou da situação isôtropa. Eles poderão assumir valores compl~ xos10 quando houver um forte enrijecimento somente em uma das direções, situação esta que não apresenta interesse prático e
que deixaremos de considerar.
As flechas correspondentes aos harmônicos de maior ordem ficam:
e
l+bm 1-b rl+cm +e
1-c=
lmr
+ C2m r m + c3m 4m r m (3.39) No caso isótropo: 8=
5=
1 bm=
m+l cm=
m-1 wl=
c11 r3 + c21r
-1 + c3lr + C41r ln r
(3.40) 2+m -m r m + 2-m w=
clmr
+ c2m r + c3m c4m r m B) Solução ParticularA solução particular wp da equaçao (3.19) pode ser obtida representando-se o carregamento prescrito q(r,e) em uma série infinita de termos em co-seno:
onde m q(r,e) =
l
Qm cos me ItFl Q é uma função sô de m (3.41) r •que tem solução por métodos usuais de cálculo: coeficientes a de
terminar, variação de parâmetros, etc.
Para o caso usual de carregamento
uniformemen-te distribuído com
intensidade q 0
reduz em:
r 4
w'V
o
+2r3 W''' -
o
B1r 2
~w•• -
o
r w•l
oJ
na qual, experimentando a solução na forma
gualando os coeficientes, obtemos
,.-.,...=
8B (9-o2)
r
quando
B
=1
=
Br
=
B
, temos a situação isótropa:
4r
qo
- B - (3.43)r
, e
i -(3.44),
e quando
B=9 ,isto é,
Be
=
9Br
,uma forte ortotropia na dir~
ção tangencial, ocorre uma indeterminação que deve ser levantada
no limite juntamente com a solução complementar.
3.12 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DAS CHAPAS COM ORTOTROPIA POLAR
Neste item, deduziremos a equaçao diferencial
do estado plano de tensões para aplicação em chapas com ortotro
pia polar, mostrando a analogia existente entre essa equação de
finida pela função de tensões no plano e a equação homogênea da
flexão de placas.
Item 3.2 , com exceçao evidente da que diz que a superficie
mé-dia permanece indeformada.
Na situação presente tanto o plano
médio como os paralelos a ele, são solicitados nela:a tensões
renresentadas na Fig, 3.9,
que satisfazem as
=
1
aF +ªr
r
ar
a2Fªe
=
;;z
h 2...h
2 FIG-3.9 •As tensões dadas pela função de Airy
F {r, e) ,
equaçoes de equi1Ibrio no plano, se escrevem:
1
a2F?~
{3.45)
1 aF
?ãã
Sob as mesmas simplificações: {az=Yrz=Yez~O),
a lei de Hooke se representa pelas equações:
ºr ve Er
=
E
-·r
ºe r e ºe V r E8=
Ee-
Er ºr ou, em termos de F : 1 (a F) 2 V re!.
aF .E0=
Ee;7
- Er r ar- +
1 ( 1 aF 1 a2F Yra=
G
~ãã
- r
'ãr"ããl
ve Ee 1 a2F~
;?")
(3.46) (3.47)Para eliminarmos as deformações e constituir -mos uma única equaçao em F , lançamos mão da equação de compat! bilidade de deformações no plano r e , a primeira das expressoes
(2.5). Substituindo-se (3.47) nesta equação, encontramos, após derivações e simplificações: 1 a4F 3 1 vr (~ a 4F 1 a3F
+
~ a F) Ee (-:---i ar r ~+
2(2G-
- ) E r r ar2
ae2
-,
r ara e+
4 1 4 2 a2F 1 a2F 1 aF)+
1 a F)+
( 1 a F+
=
o
;r
;?°
E
;r
;;,r
;r
;?° -
-"7 ~+
:?
ar r r ar (3.48)Multiplicando-se esta equaçao por E
com os operadores definidos anteriormente, temos:
eram:
s =
ô=
outra
li ==
o
(3.49)
As constantes definidas na equaçao da flexão
B8
E8
=
Br
Er
HBr
"rB 8
+2GIE8
+ 2G.
definindo
=
=
"r Er
Er
'
agora
uma
B
r
Ee 2G...,.. +
-"'"
Er
, a constante que multiplica
fica sen
do
(li-ô) ,daí:
(3.
50)
Comparando esta equaçao com a equaçao homogê
-nea da flexão de placas com ortotropia (3.19), podemos observar
que
F e wh
têm soluções muito parecidas; no caso assimétrico
bastando trocar
ôpor
(li-ô)nas soluções apresentadas, enqua~
to que no caso simétrico, F e wh
são de forma idêntica.
Também devem ser estabelecidas condições de co~
torno na solução de (3.50), em termos de forças ou de
deslocamen-tos.
CAPfTULO
IV
APLICAÇÕES A CASOS USUAIS DE CARREGAMENTO E CONDIÇÕES DE CONTORNO
ORTOTROPIA FfSICA
4.1 -
INTRODUÇÃOA seguir apresentamse algumas aplicações práti -cas da teoria desenvolvida no Capítulo III, para pla-cas com
con-torno circular completo e podendo possuir um furo concêntrico
'
vinculadas de diversos modos e submetidas a diferentes tipos de carregamento.
Primeiro enfocamos detalhadamente problemas rela-tivos à flexão axissimêtrica, depois abordamos alguns casos sim-ples de flexão não simêtrica e por Último, aproveitando a analo-gia existente entre a equação da flexão com a equaçao do estado plano de tensões, apresentamos a solução de uma chapa circular ortótropa sob uma distribuição de pressoes radialmente uniforme.
4.2 - FLEXÃO AXISSIMÉTRICA
As flechas e esforços solicitantes que ocorrem em placas circulares sujeitas a carregamento e contorno axissimêtri cos, independem da coordenada angular
e ,
e por isso seu esqu~ ma estruturalé
definido apenas por um corte diametral como o da Fig. 4 .1 .A expressao de w em função da coordenada radial e dada por:
w
=
w
e
+e
2 +e
l+a +e
1-ap + 10 20r 30r 40r
onde depende do carregamento distribuído
Wp ~
parâmetro que define a ortotropia: a·
= /
~
Brc
30 ec
40 são calculadas através de condições métricas impostas ao contorno.
CORTE AA ( 4 .1) q (r) , . a. e
-
o eclO' c20'
estáticas ou ge~ FIIG-4.1Os esforços solicitantes por unidade de compri -mento, definidos em (3.15), se simplificam para:
M r
= -
B r= -
B (r
3 d w + dr3 1 dw2
dr r ( 4. 2)A tabela 4.1, representada a seguir, é bastante útil ao se formular as condições de contorno e escrever as ex-pressoes dos resultados, sem recorrer a repetitivas derivações de w ela mostra as funções envolvidas em casos simétricos em termos das constantes de integração e de um carregamento uni formemente distribu{do q0 .
Apresentaremos casos de flexão a. axissimétrica, s~ gundo os sub-Itens desenvolvidos a seguir:
A) PLACAS COMPLETAS
As placas circulares completas apresentam a de -clividade da superficie e o esforço cortante nulos no centro de vido à simetria; da tabela 4.1, a parte referente às condições de bordo dessas funções sao dadas por:
w' 2c 20r + a -a = (l+a)
c
30r + (1-a) c40r e Qr -2 c20 (l-a2) = Br ro
parâmetro a e sempre positivo, logo em r=O para que tenhamos valores finitos:( 4. 3)
A condição de cortante nulo na origem tem uma exceçao para cargas concentradas que proporcionam uma desconti-nuidade indeterminada para esse esforço no ponto de aplicação da carga; neste caso, a constante
c
20 é obtida pelo equil{brio de forças verticais em um contorno circular de raio r arbitrá rio:1 r2 rl+a 1-a 4
w
r rw'
-
2r (l+ct)rª (1-a)r -a 4r3 l\fBr -2(l+v8) a-1 -a-1 -4(3+v 8)r 2-
-(l+ct) (a+v 8)r (1-a) (a-v9)rMe/Br
-
-2(1+vr)ct 2 -(l+a) (l+ctvr)ct r 2 a-1 - (1-a) (1-av ) a r r 2 -a-1 -4 (1+3vr) a r 2 22 2
y'Br
-
-2(1-a) r-
-
-4 (9-a ) rc20 2 p
=
-2 r (1-a )Br=
-
--
2llr p 2 411(1-a )B r ( 4. 4)Feitas estas considerações,calcularemos as cons-tantes
c
10 e
c
30 e apresentaremos um formulário de flechas e esforços resultantes, nos seguintes casos clássicos:a) Placa circular apoiada, sob a açao do momento M
0 uniforme-mente distribuído na borda externa.
Mo Mo
r:--~
a jFIG-4.2
A ausência de carga distribuída anula wp, e com (4.3) a expressao das flechas fica:
w =
e
+e
rl+a 10 30- condições de contorno em r=a
w
=
o
M r=
MO
; 1-a a ( 4. 5)-
flechas e esforços solicitantes: MO a 2 Pl+cx) w = (1 -(l+cx) (cx+v6) B r Mr = MO p cx-1 ( 4. 6) Me = ex MO p cx-1 Qr = o p = r ab) Placa circular engastada, submetida a um carregamento unifor memente distribuído q 0 1 qo
f
1
)1)11) 1111111111111,
. 1 o 1 FIG-4.3As flechas obtidas com este tipo de carregamento sao dadas por:
qo r4
w = " ~
-8(9-cx2) Br
l+cx r
- condições de bordo engastado em r=a
4 l+cx qo a ºW = o o = cio+ c30 a + 2 8(9-cx )B 3 r w' = o o = c30(1+cx)aª + 4qoa 2 8(9-cx) B r
2 8 (9-a )B
r
3-a l+a
.
'
- flechas e esforços resultantes:
2 2(9-a ) 2 2(9-a) I
r
p=
a 3-a-4q
. o
a 2 8 (9-a ) B r 3-aJ
+ l+a 1 l+a ( 4. 7) ( 4. 8)c) Placa circular apoiada, submetida a um carregamento uniforme mente distribuído q
0
A solução para este caso pode ser obtida por s~ perposição das soluções a) e b) , segundo o esquema da
onde o momento de engastamento dado por (4.8)
é
Ma=-Ma Mo M M
1nnn!Inin[, =~iuuiiinnn~
+
~~º
__
__,.j
Fig.4.4qoa2
2 (3+a) • FIG-4.4 .Somando-se as expressoes correspondentes nos 2 casos, obtém-se para a placa apoiada:
w = 2 8(9-a )B r 2 2(9-a) 2
[
,
4(3+"8) [ p a-1 - p 2J
(3+v 8) (l+avr) (a+v 8)r
p=
a l+a p + (3-a) ( 4+a+v 8 )J
(l+a) (a+v 8) ( 4. 9)Nas figuras 4.5 e 4.6 temos os gráficos que re-presentam a variação de flechas e momentos fletores (4.9) com a coordenada adimensionalizada p , para diversos valores de enr~
jecimento (a) e não se levando em conta o efeito de Poisson. No ta-se claramente pela Fig. 4. 6 que os momentos Mr e M
8 nas proximidades do centro da placa, convergem para valores nulos a i
infinitos, conforme a seja maior ou menor que l; esta singul~ ridade será analisada no sub-ítem B.
o
º·ºº
0,.10 0,20 w 0,30 01 2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 P=....!. a 0,8 0,9 1,0 FIG-4.50,60 0,40
º·ºº º·º
0,1 0,60 0,40 0,20º·ºº
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 ,· '•
O; 7 O,B 0,9 1,0 f /0,2 0,3 o,4 o,5 o,6 0,1 o,e o,9 1,0
f
d) Placa circular engastada, sob açao. de carga centrada
1
o
FIG-4.7
A expressão que define o campo de flechas, ten-do em vista (4.4) e a ausência de carregamento distribuíten-do,
é
dada por: w = 2 411(1-a )Br +e
e
l+a 10 + 30 r- condições de bordo engastado em r=a Pa 2 w =
o
o
= 2 + 411 (1-a ) Br + ClO 2Pa w'o
o
+ (l+a) c 30 = = 2 411(1-a )B r Pa 2 1..:a clO = 2 ; C30 = -411(1-a )Br l+a- flechas e esforços resultantes
Pa2 [ 2 2 w = 411(1-a 2 JB P - l+a r p 2 211(1-a ) l+a + 1-a
J
P l+a c30 al+a a a 2Pal-a 1 2 l+a 411 (1-a ) B r (4.10) (4 .11)=
2 211 (1-a ) p - 2rrr r p=
ae) Placa circular apoiada, sob a açao de carga centrada
Analogamente, poderemos obter as soluções supeE_ pondo-se os casos a) e d) w = M r
=
Me=
= Pa2 2 411(1-a )Br p (l+v e) 2 211(1-a) Pa2 [l:ve 2 211(1-a) p - 2rrr,
p=
[Pa-1_ 1 ] a-1'
J
p-
(l+v ) . rr
aB) CORREÇÃO DOS MOMENTOS FLETORES NO CENTRO DA PLACA
(4.12)
De acordo com o que foi mostrado no Capítulo II, a ortotropia cilíndrica não pode existir na origem do sistema ée
coordenadas (centro da placa), que