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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS SCHLE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DECISO

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – DECISO

MARIANA ARCOS LORENCETTI

SUCESSO ELEITORAL NAS DISPUTAS MUNICIPAIS DE SÃO

PAULO EM 2012 E SUAS VARIÁVEIS CONDICIONANTES

CURITIBA

2013

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SUCESSO ELEITORAL NAS DISPUTAS MUNICIPAIS DE SÃO

PAULO EM 2012 E SUAS VARIÁVEIS CONDICIONANTES

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel e Licenciada no Curso de Ciências Sociais, Setor de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal do Paraná. Orientador: Adriano Codato

CURITIBA

2013

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Monografia aprovada como requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel e Licenciada no curso de Ciências Sociais, Setor de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal do Paraná pela seguinte banca examinadora:

Orientador: Adriano Codato

Renato M. Perissinotto

Emerson Urizzi Cervi

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com sugestões, orientação, e muitos ensinamentos. Aos professores do NUSP agradeço sinceramente pelas discussões, debates, e trabalho duro, que me guiaram por todo o meu período de graduação. Em especial agradeço ao professor Dr. Adriano Codato, que me orientou durante todo esse trajeto. Aos colegas do núcleo um agradecimento especial pelas risadas que acompanharam essa jornada de aprendizado, sem as quais tudo seria muito mais difícil. Dentre estes, Paulo Franz e Dhyeisa Rossi, pelos potenciais desesperos, esperanças e textos compartilhados.

No tópico de amigos e companheiros, agradeço a todos os megalomaníacos e lunáticos, divas e feministas, filhos de gaia e outros tantos bons selvagens por todos os momentos de diálogo nos quais redescubro o mundo.

O meu muito-obrigada especial para Ana Carolina Oda, que me proporcionou conforto nos piores momentos. Também menciono Dona Rosa e seus colegas de trabalho por me ajudarem a acreditar em mim mesma.

Lembro aqui especialmente das grandes mulheres que me rodeiam. Sobre minha mãe e avó comento que, sem suas lições de vida e exemplo constante, eu jamais estaria onde estou hoje. Sobre minha irmã, agradeço por seu jeito inadvertidamente subversivo, que me lembra de olhar a vida de modo mais leve.

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competição nos municípios desse estado seguem ou desviam-se das tendências nacionais. Acompanha-se neste texto a literatura que procura nos responder quais seriam os fatores relevantes para que um indivíduo passe do grupo dos candidatos para os de fato ocupantes de um cargo. Para tal propósito, são analisadas variáveis como: capital econômico, social e político dos candidatos das cidades desse estado nas eleições de 2012 comparando-as ao caso nacional. A hipótese proposta é que o estado de São Paulo, por seu cenário político e características socioeconômicas, teria uma via para o sucesso eleitoral distinta daquela que se apresenta quando o quadro nacional é observado. Os resultados obtidos nos mostram maiores chances de vitória para os candidatos portadores de muitos recursos econômicos e políticos; menor espaço para aqueles que não estão em conformidade com um padrão de características sociais; e a pouca diferença entre os atributos do grupo de candidatos e do grupo de eleitos aponta que as candidaturas estão dentro de um mesmo padrão, mostrando menos tolerância àqueles que não estejam de acordo com o mesmo. São utilizados dados do TSE, organizados pelo Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira - NUSP/UFPR.

Palavras-chave: candidatos a prefeito, eleições municipais de 2012, eleições, São Paulo,

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mayor in the state of São Paulo in 2012. It also intends to verify if the conditions of competition on the counties of this state follow or deviate from national trends. The literature used in this paper seeks to answer what would be the relevant factors in order to elect a candidate. For this purpose economic, social and political capitals of the candidates were analyzed in 2012 election in the state of São Paulo in comparison with the national scenario. The proposed hypothesis is: the way for electoral success in state of São Paulo distinguishes from the national case because of its political scenario and its socioeconomic characteristics. The results obtained exhibit greater chance of victory to the candidates who have better economic and political resources; less space for those candidates who are not according to a social characteristics pattern and the wispy difference between the group of candidates and the group of elected candidates indicates that candidacies follow the same pattern. That displays less tolerance to those who are not according to the pattern that were observed. TSE data, organized by Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira – NUSP/UFPR, were used.

Key-words: candidates to mayor, 2012 city county elections, elections, São Paulo, profissionalization

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1. Introdução ... 1

2. Objeto e Objetivos ... 2

3. Revisão Bibliográfica e Justificativas ... 3

3.1 Sobre estudos de recrutamento ... 3

3.2 Sobre Poder Local ... 3

3.3 Comentário a respeito da análise de São Paulo como objeto ... 5

4. Metodologia e explicação das variáveis utilizadas: ... 6

4.1 Variáveis Econômicas... 6 4.2 Variáveis Sociais ... 8 a) Gênero ... 8 b) Idade ... 9 c) Escolaridade ... 9 d) Profissões ... 10 e) Empresários ... 11 4.3 Variáveis Políticas ... 11

5. Análise dos dados: ... 14

5.1 Testes de resíduo padronizado e qui-quadrado: ... 14

5.2 Testes de colinearidade e índice VIF ... 17

5.3 Tabelas de Regressão Logística ... 19

a. Variáveis econômicas ... 22

b. Variáveis sociais ... 22

c. Variáveis políticas ... 23

6. Conclusões: ... 23

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1. Introdução

Este trabalho é uma análise comparativa entre as condições determinantes de sucesso nas eleições municipais de 2012 para prefeito no caso brasileiro, e as condições determinantes nas eleições para o caso do estado de São Paulo. A análise se foca nos aspectos econômicos, sociais, profissionais e políticos dos candidatos. Incluímos na análise um mapeamento tanto dos candidatos como dos eleitos, procurando determinar assim as variáveis relevantes para o fracasso e para o sucesso nesta disputa.

A análise comparativa usa como base um artigo sobre o caso nacional (CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013), bem como o mesmo banco de dados utilizado pelos autores. O objetivo da comparação é entender se existe uma grande diferença no jogo político em São Paulo, considerando suas peculiaridades no campo político, como a permanência de um mesmo partido no poder desde 1995, este atualmente de oposição ao governo federal, e a presença da maior parte do eleitoral nacional entre sua população; e em suas características sociais, como a presença proporcionalmente maior de habitantes com ensino superior, o alto índice de desenvolvimento e renda per capita, e grande densidade populacional.

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2. Objeto e Objetivos

O objeto desta pesquisa é o universo de candidatos a prefeito nas eleições no estado de São Paulo em 2012.

O N da pesquisa consiste em 2.056 casos, dentre eles 645 eleitos – número este que compreende todas as municipalidades1 do estado analisado.

Os resultados e descrições aqui obtidos serão comparados com os resultados dos eleitos e não eleitos ao cargo de prefeito dos municípios de todo o Brasil, no mesmo ano.

Procura-se descrever a competição política em São Paulo à luz de variáveis sociais, econômicas e políticas, buscando entender quais delas seriam mais relevantes para a vitória de um candidato ao cargo citado.

A partir da comparação de casos, o objetivo final da pesquisa é determinar se a competição eleitoral em São Paulo é mais ou menos exigente, cara e disputada que no caso brasileiro e quais as suas especificidades.

1

Número conforme informações do IBGE. Acessado em jun. 2013: < http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=sp>

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3. Revisão Bibliográfica e Justificativas

3.1 Sobre estudos de recrutamento

As análises sobre variáveis sociais e profissionais entre vitoriosos ocupantes de cargos políticos estão muito presentes na literatura acadêmica contemporânea (ARAÚJO, 2011; CORADINI, 2011; COSTA, 2010; LEMOS; RANINCHESKI, 2002; MESSENBERG, 2008; NEIVA; IZUMI, 2012; RODRIGUES, 2002, 2006; SANTOS, 1997; SILVA, 2010). Da mesma forma, existe uma bibliografia menor, mas relevante, sobre os candidatos (ARAÚJO, 2005, 2009; BRAGA; VEIGA; MÍRIADE, 2009; CORADINI, 2011; PERISSINOTTO; MIRÍADE, 2009).

O argumento aqui utilizado acompanha as proposições a respeito da importância da análise dos candidatos a cargos políticos como essenciais para a análise dos processos de recrutamento, bem como para que se obtenha a resposta a respeito do que, afinal, políticos vitoriosos possuiriam que os demais não possuem (FELISBINO; BERNABEL; KERBAUY, 2012; PERISSINOTTO; MIRÍADE, 2009).

Esses estudos focam as variáveis profissionais, sociais e políticas, sobretudo para o caso de senadores ou deputados federais. A produção brasileira a respeito das eleições majoritárias municipais tem em seu espaço, sobretudo, análises da competição eleitoral sob o aspecto da opinião pública e do uso da mídia nas campanhas (JARDIM, 2004; MOURA; KORNIN, 2001).

3.2 Sobre Poder Local

Sobre a lógica do funcionamento do poder municipal, temos diante de nós análises a respeito do poder tradicional enraizado no meio local, e a configuração da competitividade neste. Dentro de ambos os gêneros de trabalho, se considera a noção de que o funcionamento desta esfera política deve ser estudado, por possuir características específicas.

Primeiro, temos a configuração política municipal analisada pela abordagem histórica, onde André Marenco dos Santos (2013) nos lembra das eleições

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municipais como único mecanismo democrático relativamente funcional durante a ditadura militar, estabelecendo assim redes de influência e política locais apesar do embotamento da política nas demais esferas. Outro mecanismo a ser notado é a autonomia financeira dos municípios, assegurada na constituição de 1988, também permitindo uma articulação relativamente independente dessa unidade territorial. O aspecto financeiro é assegurado com a possibilidade de formação de amplas coalizões, nos diversos níveis do poder político nacional, que multiplicam os canais partidários de acesso à verbas e recursos oferecidos pelo governo; tais coalizões e suas implicações seriam benéficas à manutenção dos grupos políticos locais, e, em certos aspectos, assegurariam a longevidade destes.

Conforme (CARNEIRO; ALMEIDA, 2008), "o município é uma arena de disputa eleitoral e de decisões de governo com perfil, instrumentos e recursos específicos", uma vez que a configuração eleitoral permite, de modo desconectado das esferas superiores de poder, a escolha de governantes, a formação das estruturas de funcionamento do poder, e a criação de estratégias para arregimentação de eleitores pelos partidos.

Mas todos estes argumentos a respeito da política local e do poder tradicional não devem ser tomados como uma sentença de imobilidade, uma vez que a lógica das mudanças políticas nesta esfera também tem sido abordada pela literatura (AVELAR; WALTER, 2008; CARNEIRO; ALMEIDA, 2008; SANTOS, 2013). Não exatamente acompanhando os ritmos da mudança na classe política nacional (RODRIGUES, 2006), estas obedeceriam a padrões relativos ao desenvolvimento do local analisado, bem como a fatores como urbanização e escolaridade. Estes fatores podendo ser base para a criação de índices para observação da política local e suas modificações, que implicariam num afastamento gradual desta dos grupos estabelecidos historicamente. Este afastamento pode ser mais ou menos rápido: o ritmo destas também podendo ser observado pelos índices e fatores anteriormente mencionados.

Embora possamos falar sobre um possível alinhamento da política municipal aquela na situação nos estados e na federação (SANTOS, 2013), e de uma política não completamente autárquica (CARNEIRO; ALMEIDA, 2008), temos que não apenas estamos diante de um objeto dotado de uma competição política em pleno

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funcionamento, como também tal competição estaria em estado de consolidação e de desenvolvimento constante, criando assim um terreno fértil para esta área de análise.

3.3 Comentário a respeito da análise de São Paulo como objeto

São Paulo integra um rol menor das produções acadêmicas, também esta mostrando a competição no estado pela ótica das eleições na capital (FIGUEIREDO et al., 2002), ou focadas em questões a respeito do marketing político (VEIGA; SOUZA; CERVI, 2007), ou ainda também tendo os partidos como protagonistas ao invés dos candidatos per se (LIMONGI; MESQUITA, 2008).

No caso, teríamos como um dos fatores que determinariam São Paulo como um objeto de análise viável seu campo político altamente competitivo, uma vez que enquanto no caso nacional temos por volta de 1,80 candidatos por município nas eleições para prefeito, no caso paulista essa proporção atinge o número de cerca 2,18 candidatos2, bem como o político deve procurar alcançar um número superior de eleitores, pelo fato de um quarto de seus municípios contarem com mais de 50 mil habitantes e 157 destes municípios com mais de 200 mil. 22% de todo o eleitorado nacional está em São Paulo, o que em números absolutos passa dos 30 milhões3. Isso significaria, em princípio, uma competição mais acirrada e mais exigente. Isto é, ela demandaria, por exemplo, gastos maiores nas campanhas. Outro fator a considerar seria o das características socioeconômicas do estado, uma vez que, tendo IDH elevado, a segunda maior renda per capita do país e uma proporção comparativamente elevada de habitantes com ensino superior4, aqueles que desejassem competir por um cargo político teriam padrões mais rígidos aos quais se adequar.

Supondo que desenvolvimento e urbanização resultariam num meio político mais competitivo, podemos também citar o índice de Gini5 de São Paulo, que o coloca atualmente no sétimo lugar em igualdade de renda; bem como sua posição

2

Calculado a partir de dados do TSE relativos a 2012, acessado em jun. 2013: <http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleicoes-2012>

3 idem 4

Dados do IBGE relativos a 2010, acessado em jun. 2013:

<http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=sp&tema=censodemog2010_educ> 5

O índice de Gini mede a desigualdade socioeconômica dentro de um território. Aqui consta o número dado pela Base de Dados do Estado de Pernambuco, calculado em 2011 – acessado em jun. 2013, em <http://www.bde.pe.gov.br/>

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como o terceiro estado mais urbanizado do país, com índices que se aproximam de 96%, segundo o censo de 2010. Tomando como base os analistas a respeito da competição municipal (AVELAR; WALTER, 2008; SANTOS, 2013), tais características, somadas às já citadas, contribuiriam para um meio político altamente competitivo e mais dissociado daqueles nos quais as transformações ainda estariam por vir, onde os poderes tradicionais seriam predominantes.

4. Metodologia e explicação das variáveis utilizadas:

A metodologia de trabalho consiste numa análise estatística quantitativa, utilizando variáveis codificadas nos moldes dummy (variáveis binárias onde 0 = não e 1 = sim), sendo inicialmente feito um teste de concentração de dados utilizando o recurso de cálculo de resíduo padronizado, e posteriormente uma série de experimentos estatísticos para cálculo de quais variáveis, em relação ao conjunto das demais, seriam as de relevância mais acentuada para explicar a vitória ou a derrota na eleição de prefeitos nos municípios do estado de São Paulo em 2012.

Os dados aqui utilizados têm como base o site do TSE, mais precisamente as estatísticas oferecidas por este a respeito dos candidatos, e uma segunda database a respeito das votações obtidas. O banco de dados foi organizado e categorizado pelo Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira da Universidade Federal do Paraná.

As variáveis apresentadas serão mais bem explicadas a seguir.

4.1 Variáveis Econômicas

A análise a respeito das receitas de campanha e recursos financeiros pessoais se relaciona intimamente com as hipóteses de que mais dinheiro investido num candidato implica votações mais expressivas e mais recursos para que se alcance o eleitor (CERVI, 2010). Tais recursos seriam decisivos neste meio de muitos competidores para tão poucos espaços. Também devemos citar a desigualdade das

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receitas de campanha como um assunto intimamente relacionado às discussões sobre representação política, igualdade e controle dos mecanismos democráticos (CERVI, 2010).

Considerar recursos financeiros isoladamente, como bastantes para que se vença uma eleição é uma simplificação, mas é bem claro que dinheiro é um recurso que pode comprar todos os demais recursos necessários que não sejam ou não possam ser angariados (FISCHER; EISENSTADT, 2004).

É possível verificar, a respeito da influência dos investimentos de campanha nas eleições de 2008 para prefeitos das capitais nos aponta logo o fato de que o vencedor, em média, teve gastos que passavam do dobro daqueles feitos pelos derrotados na competição. A importância de maiores gastos se mostrou a mesma não importando a ideologia do partido a concorrer, o IDH do município ou mesmo a região deste. (CERVI, 2010)

Uma menor importância dos bens pessoais, associada com grandes gastos de campanha, nos indicaria a presença de políticos dependentes de seu partido e seus aliados. No caso, partidos com mais recursos seriam aqueles com mais facilidade para a organização de campanhas, manutenção de relações com grupos da sociedade civil, melhor assistência às lideranças e representantes partidários (FISCHER; EISENSTADT, 2004).

A análise a respeito das receitas de campanha será feita em termos de "Receita de campanha alta" (1 = "sim") e "Receita de campanha não alta" (0 = "não"). Para evitar discrepâncias nos dados, a média dos gastos de campanha foi calculada tendo como base municípios de tamanho semelhante e, no caso dos dados a respeito do caso nacional, da mesma região - uma vez que devemos considerar que uma campanha alta num município densamente populado envolverá valores muito superiores que uma receita tida como alta num município pequeno.

Já dos dados a respeito do patrimônio pessoal são considerados como "Patrimônio Alto" (1 = "sim", 0 = "não"). Para determinar quais seriam os indivíduos em cada categoria, uma média geral foi utilizada como base; foram assim codificados como portadores de patrimônio "alto" aqueles acima da média, e "não alto" como aqueles abaixo desta.

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4.2 Variáveis Sociais

a) Gênero

Esta variável não consta aqui com a finalidade de refutar as conclusões dos inúmeros trabalhos anteriores a respeito de gênero na política (ARAÚJO, 2005, 2009; BOLOGNESI; COSTA, 2006; CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013; FLEISCHER, 2002; MIGUEL; QUEIROZ, 2006; PERISSINOTTO; MIRÍADE, 2009). Já foi muito comentado e analisado, e é impossível fugir da conclusão corrente de que temos menos mulheres na política que homens; bem como, por motivos ainda a serem mais bem explorados, estas também se candidatam muito menos a cargos políticos eletivos. Dentro deste argumento cabe a ausência do tempo necessário para dedicação à carreira (PERISSINOTTO; MIRÍADE, 2009), o que prejudica de forma ímpar a integração da mulher neste meio e assim a formação de carreiras políticas; bem como a necessidade de análise de aspectos partidários, culturais e institucionais e suas influências conjuntamente nestes resultados (ARAÚJO, 2009).

Alguns trabalhos têm abordado estas questões, preferencialmente sob a ótica do legislativo (ARAÚJO, 2005, 2009; BOLOGNESI; COSTA, 2006; PERISSINOTTO; MIRÍADE, 2009), não raro sob a ótica da aplicação das cotas nas candidaturas. Deve ser comentado o fato de que eleições proporcionais geram resultados diferentes no processo de busca por diversidade na representação (ARAÚJO, 2009), logo, a análise das eleições majoritárias não necessariamente irá repetir as conclusões destes mesmos trabalhos.

O propósito desta variável seria então não rever estas conclusões, mas sim determinar o quanto ser mulher se apresentou como variável de peso para eleição ou não eleição ao cargo de prefeito no estado de São Paulo em 2012 - ou seja, enquanto já lançadas como candidatas, ser mulher teria qual influência nos resultados eleitorais? Ser mulher ofereceria mais dificuldades em São Paulo que no caso nacional?

Para tanto, a variável será calculada nos moldes binários, como "É mulher" (na qual 1 = "sim" e 0 = "não").

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b) Idade

O estudo a respeito da idade neste artigo acompanha as análises a este respeito na literatura a respeito de eleições no Legislativo e no Executivo (ARAÚJO, 2011; BRAGA; VEIGA; MÍRIADE, 2009; CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013; LEMOS; RANINCHESKI, 2002; NEIVA; IZUMI, 2012; SANTOS, 1997), nas quais temos especulações a respeito de candidatos com carreiras políticas iniciadas mais ou menos cedo, e os significados de tal informação.

No entanto, neste trabalho não podemos identificar dados como a idade no

début na política, e o foco fica apenas na idade apresentada nos registros da

candidatura. A questão aqui seria a respeito da concentração de casos entre os candidatos registrados como com mais ou menos de 47 anos, bem como se qualquer uma das duas características ofereceria mais ou menos chances de ser eleito.

47 anos foi a idade escolhida como limite entre ambos os valores da variável por se apresentar como a mediana dos valores no caso nacional. Os números foram mantidos para que a comparação possa ser feita, e também foi considerada que a mediana dos casos em São Paulo se encontra muito próxima dos valores nacionais, não prejudicando esta manutenção de valores. Neste estudo, temos então que a variável será dividida, novamente em modo binário, como “Idade acima de 47 anos” (1 = “sim” e 0 = “não”).

c) Escolaridade

A análise da escolaridade acompanha as tendências da literatura, a qual constata a disparidade entre o percentual da população que possui ensino superior e o grupo dos políticos, mesmo que a legislação a respeito da participação política exija apenas alfabetização daqueles que desejam ingressar na carreira (ARAÚJO, 2011). Destas reflexões, temos os comentários a respeito da preferência da população por representantes que sirvam de "procuradores" (NEIVA; IZUMI, 2012), bem como aqueles que dizem que existe a tendência de diminuição desta disparidade conforme o desenvolvimento do município observado. (NEIVA; IZUMI, 2012).

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Também se pode apontar a educação como requisito que oferece conhecimento e interesse político, possibilitando maiores alianças com o ativismo neste meio. Alto nível educacional seria também um sinal de habilidade, capacidade e prestígio social (BRAGA; VEIGA; MÍRIADE, 2009).

Aponta-se também a importância de uma uniformidade entre aqueles que alcançam cargos de destaque na política, esta que possibilitaria uma coesão essencial para a manutenção de um regime estável, (HIGLEY; BURTON, 1989) bem como uma maior capacidade de atuação política (NEIVA; IZUMI, 2012).

A formação escolar do grupo político se faz necessária, pois cria a possibilidade de desenvolvimento de características pessoais e conexões que facilitariam o acesso à competição eleitoral, bem como a obtenção de informações a respeito de onde conseguir recursos e quais estratégias seguir (FELISBINO; BERNABEL; KERBAUY, 2012), não importando exatamente se o político em questão irá ou pretende exercer a profissão relacionada à formação obtida (NEIVA; IZUMI, 2012) - e é desta forma que a análise da escolaridade deste trabalho se faz separada da análise a respeito da carreira profissional, não desagregando os dados pela área de formação dos analisados.

Para a visualização desta variável, temos a divisão binária em termos de "Possui ensino superior", com 1 para "sim" e 0 para "não”.

d) Profissões

As profissões associadas aos políticos formam um acervo de estudos acadêmicos amplo (ARAÚJO, 2011; BRAGA; VEIGA; MÍRIADE, 2009; CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013; COSTA, 2010; FELISBINO; BERNABEL; KERBAUY, 2012; LEMOS; RANINCHESKI, 2002; MESSENBERG, 2008; NEIVA; IZUMI, 2012; PERISSINOTTO; BOLOGNESI, 2010; RODRIGUES, 2006, 2002), sendo a preocupação com o tema considerada importante para que existam conclusões a respeito da pergunta de quais características e trajetória seriam necessárias para a ocupação de um espaço na política.

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Não entraremos neste trabalho em análises sobre as profissões tradicionais na política, e sim abordaremos a presença dos políticos profissionais e dos empresários. Dando ênfase nesta análise à presença de empresários, procura-se confirmar uma tendência a algum protagonismo político deste grupo, mesmo diante da manutenção de uma política populada, sobretudo por categorias profissionais muito tradicionais (profissionais liberais, profissionais ligados a carreiras jurídicas e empresários, principalmente), estas que proporcionariam recursos sociais convertidos facilmente em vantagens nas carreiras políticas (RODRIGUES, 2006, p. 37).

Os políticos profissionais serão mais bem explicados no trecho a respeito das variáveis políticas, mas podemos aqui adiantar alguns comentários e explicações a respeito da análise da presença dos empresários entre os candidatos e eleitos na política.

e) Empresários

Os empresários se mostram como uma categoria profissional que poderia nos mostrar certa infuência do poder econômico nas chances eleitorais. (PERISSINOTTO; BOLOGNESI, 2010)

Apesar de termos estudos - sobretudo a respeito da competição para cargos no Legislativo - que apontam uma diminuição da presença deste grupo entre aqueles que ocupam cargos políticos (PERISSINOTTO; BOLOGNESI, 2010; RODRIGUES, 2006), não teremos uma análise com um recorte temporal que possibilite a verificação ou hipotetização destas conclusões. No entanto, podemos ainda considerar a presença ou não dos empresários nos parlamentos como uma variável importante de análise e, acompanhando as conclusões dos trabalhos citados, podemos indicar se, conforme as observações já feitas a respeito do ritmo das mudanças no âmbito do poder local, esta diminuição das vantagens dos empresários tem ou não acompanhado as tendências nacionais.

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As variáveis políticas são utilizadas para responder a estas perguntas: se o candidato é ou não um político profissional (variável "É político"), se o candidato está buscando reeleição (variável "É prefeito", obtida isolando estes casos dentre os políticos profissionais), se ele está concorrendo por um partido integrante de uma coligação ou um partido solteiro (variável "Partido Coligado"), se o partido deste candidato seria, levando em consideração a quantidade de candidatos apresentados por este e a proporção de eleitos dentre eles, "de alto desempenho" ou não; e, por fim, se o candidato/eleito concorreu por um partido de centro.

Nesta variável, foram codificados como partidos de centro o PMDB e o PSDB6, seguindo as considerações e metodologia da literatura presente sobre o tema (RODRIGUES, 2002, p. 14). Tais partidos, embora façam parte de uma amostra muito diminuta diante do número de partidos existentes, podem oferecer conclusões interessantes a respeito de São Paulo, sobretudo pelo papel de destaque do PSDB na política paulista nos últimos anos (FIGUEIREDO et al., 2002; VEIGA; SOUZA; CERVI, 2007). São Paulo é um de seus espaços mais relevantes também nas eleições municipais, uma vez que o partido está presente em mais de um quarto das prefeituras7. Também pode ser abordado o estudo a respeito dos alinhamentos de governos municipais (SANTOS, 2013) 8, que mencionaria o fato de que partidos aliados ao governo federal ofereceriam vantagens para eleições no nível municipal, e tal vantagem estaria presente, embora em menor escala, com partidos alinhados ao governo do estado - estes seriam os casos, respectivamente, do PMDB e do PSDB em São Paulo.

Observar a presença de políticos profissionais também tem uma importância demasiado relevante (CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013; FELISBINO; BERNABEL; KERBAUY, 2012; PERISSINOTTO; BOLOGNESI, 2010; RODRIGUES, 2006; SANTOS, 1997), uma vez que esta determinaria uma maior institucionalização

6

Partido do Movimento Democrático Brasileiro e o Partido da Social Democracia Brasileira, respectivamente. Estes partidos continuarão a ser referenciados por suas siglas.

7

Dados presentes no banco analisado, referentes a 2012. 8

O estudo citado busca identificar as forças presentes na interação entre esferas do poder - municipal, estadual e federal - bem como os padrões de competição política nos municípios

brasileiros, e como tais se relacionariam com o desenvolvimento de disputas locais e a diminuição do poder tradicional. A hipótese de que o alinhamento da prefeitura ao governo federal seria um capital político de grande importância é provada ao final do texto, e a influência do governismo é atenuada parcialmente quando ambos o governo do estado e a prefeitura estão alinhados com a oposição. As conclusões colocam a influência deste alinhamento com o governo como mais relevantes que variáveis relativas a gastos públicos, e também mais significativas que o posicionamento ideológico.

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do meio político, ou seja, uma menor tolerância com amadores e outsiders. Já as variáveis que abordam partidos coligados ou de maior ou menor sucesso fazem parte de outra categoria da literatura da ciência política nacional, que testam o potencial da máquina partidária, bem como seu funcionamento no meio político contemporâneo (LIMONGI; CORTEZ, 2010)9.

O objetivo desta variável é testar a hipótese de se as variáveis políticas seriam as mais significativas para determinar os resultados da eleição de um candidato (CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013). No caso, temos a variável "É político profissional", na qual 1 = "sim" e 0 = "não". Subdividindo essa variável temos a dos prefeitos buscando reeleição: "É prefeito", com 1 = "sim" e 0 = "não". Dentre as variáveis partidárias, temos "Partido coligado", igualmente com 1 = "sim" e 0 = "não"; "Partido de alto desempenho", nos mesmos moldes; e o mesmo com "Partido de centro".

9

O texto citado trata da estratégia eleitoral dos partidos, como detentores do monopólio do lançamento de candidaturas, e como as escolhas destes diminuiriam a opção dos eleitores. O alto custo do lançamento de uma candidatura levaria ao estabelecimento de apoios intrapartidários, e uma eventual polarização, sobretudo pela forma de grandes coalizões. O autor chega a concluir a respeito da existência de um bipartidarismo não dito.

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5.

Análise dos dados

:

A primeira proposta desta sequência de testes é a apresentação de uma tabela a respeito da concentração de casos, na qual observaremos, em cada variável, se há mais casos como “eleitos” ou “não eleitos” entre portadores ou não das características analisadas.

Em seguida, serão apresentadas análises de tolerância e colinearidade, estas com o propósito de testar a adequação do modelo estatístico e suas variáveis, determinando assim se são confiáveis ou não à análise dos dados. As variáveis que poderiam distorcer os resultados finais serão, neste ponto, excluídas.

Testes de impacto de cada uma das variáveis serão feitos logo em seguida, determinando assim quais são os fatores decisivos para o sucesso eleitoral, observando sua influência no sistema geral das variáveis, observadas conjuntamente.

Todos os testes aqui descritos terão seus resultados comparados com aqueles a respeito do caso nacional (CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013).

5.1 Testes de resíduo padronizado e qui-quadrado:

Os primeiros quadros (1.1 e 1.2) a analisar dizem respeito aos testes de resíduo padronizado e o qui-quadrado (q²) referente ao cruzamento das variáveis independentes (descritas anteriormente no trecho sobre metodologia) e a variável dependente, que consiste na variável "Eleitos/Não Eleitos". O teste de resíduo padronizado nos oferece a chance de descobrir onde existe uma concentração ou dispersão dos casos, considerando seus desvios da média; o qui-quadrado explica o nível de correspondência entre ambas as variáveis.

(22)

Quadro 1.1, Sumarização de testes de resíduos padronizados e qui-quadrado para o caso nacional (CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013)

Eleitos em 2012 Eleitos em 2012

Não Sim Não Sim

Bens_DP_Alto Não 1,4 -1,7 Receita Positiva Não 4,5 -5,7

Sim -3,1 3,9 Sim -9,1 11,6

q²=29,424 (0,000) N = 14.203 q²=270,460 (0,000) N = 12.551

Eleitos em 2012 Eleitos em 2012

Não Sim Não Sim

Idade acima

de 47 anos

Não -0,5 0,7 É mulher Não -1 1,3

Sim 0,5 -0,6 Sim 2,6 -3,3

q²=1,312 (0,252) N = 14.146 q²= 20,811 (0,000) N = 15.621

Eleitos em 2012 Eleitos em 2012

Não Sim Não Sim

Escolaridade Superior

Não -1,1 1,4 É Empresário Não 0,8 -1

Sim 1 -1,2 Sim -1,9 2,4

q²= 5,544 (0,019) N = 15.621 q²= 11,069 (0,001) N = 15.621

Eleitos em 2012 Eleitos em 2012

Não Sim Não Sim

É político

profissional

Não 0,8 -1 É Prefeito Não 7,6 -7,9

Sim -1,9 2,4 Sim -5,1 5,3 q²= 11,069 (0,000) N = 15.621 q²=175,895 (0,000) N = 15.621 Eleitos em 2012 Eleitos em 2012

Não Sim Não Sim

Partido coligado

Não 18,3 -23,3 Partido de alto desempenho Não 7,7 -9,8 Sim -7,3 9,2 Sim -8,2 10,4 q²= 1014,111 (0,000) N = 15.621 q²= 332,722 (0,000) N = 15.621 Eleitos em 2012 Não Sim Partido de centro Não 3,7 -4,7 Sim -6,2 7,9 q²= 136,909 (0,000) N = 15.621

(23)

Quadro 1.2, Sumarização de testes de resíduos padronizados e qui-quadrado para o caso de São Paulo

Eleitos em 2012 Eleitos em 2012

Não Sim Não Sim

Bens_DP_Alto Não 0,8 -1,1 Receita positiva Não 1,0 -1,5

Sim -1,7 2,5 Sim -2,7 4,0

q²=10,898 (0,000) N=1861 q²=26,762 (0,000) N=2056

Eleitos em 2012 Eleitos em 2012

Não Sim Não Sim

Idade acima de 47 anos

Não 0,0 0,0 É mulher Não -0,5 0,8

Sim 0,0 0,1 Sim 1,4 -2,1

q²=0,013 (0,919) N=1847 q²=7,150 (0,007) N=2056

Eleitos em 2012 Eleitos em 2012

Não Sim Não Sim

Escolaridade Superior

Não 0,0 0,0 É Empresário Não -0,3 0,4

Sim 0,0 0,0 Sim 0,7 -1,0

q²=0,002 (1,000) N=2056 q²=1,784 (0,188) N=2056

Eleitos em 2012 Eleitos em 2012

Não Sim Não Sim

É político

profissional

Não 1,2 -1,8 É Prefeito Não 3,5 -4,0

Sim -2,8 4,1 Sim -2,5 2,8

q²=29,213 (0,000) N=2056 q²=42,178 (0,000) N=343

Eleitos em 2012 Eleitos em 2012

Não Sim Não Sim

Partido coligado

Não 6,4 -9,5 Partido de alto desempenho Não 2,7 -3,9 Sim -3,1 4,5 Sim -3,0 4,5 q²=161,671 (0,000) N=2056 q²=51,924 (0,000) N=2056 Eleitos em 2012 Não Sim Partido de centro Não 2,1 -3,1 Sim -3,2 4,7 q²=46,767 (0,000) N=2056

Fonte: Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira – NUSP/UFPR

Como previsto, muitas das tendências apresentadas pelo caso nacional se repetem quando pensamos o caso paulista. As concentrações de caso tendem a ser menos acentuadas, mas o qui-quadrado (q²) é tido como quase sempre significativo (sig. 0,000). Dois tópicos que podemos citar como principais seriam “Escolaridade Superior”, que possui no caso nacional uma presença relevante (sig. 0,000, o que denotaria uma correlação). Já no caso paulista, a concentração de casos praticamente não existe (resíduo de exatamente 0,0 em todas as células), fazendo o sig. do qui-quadrado assumir o valor 1 (sig. 1,000) o que significaria “sem correlação”. Ou seja, não existe indicação de diferenciação do grupo de eleitos e

não eleitos nesse aspecto no caso paulista – o que poderia ser explicado, talvez,

pelo fato de que mesmo os candidatos neste caso já possuem dentre eles um número relevante de integrantes com ensino superior, por volta de 65%, número este acima do observado no caso nacional, fazendo com que os casos sejam melhor

(24)

distribuidos. Outro tópico que praticamente não apresentou relevância foi a idade, com sig. muito perto de 1 (0,919) no caso paulista. Ser empresário mostrou uma leve inversão – ambos os casos mostram uma correlação relevante, embora o caso paulista tenha essa correlação de modo inverso, e os empresários na verdade mostrem uma concentração negativa na corrida eleitoral, estando mais presentes no grupo dos “Não Eleitos”.

As variáveis econômicas e políticas apresentam valores de correlação com relevância semelhante, embora o índice de qui-quadrado seja menos elevado na tabela sobre São Paulo. Observando as variáveis políticas temos que as maiores concentrações de caso lá se encontram – sendo “partido coligado” a variável com concentração mais acentuada de casos.

5.2 Testes de colinearidade e índice VIF

Antes de obtermos a regressão logística do modelo - cujo propósito seria, como mencionado anteriormente, verificar o impacto de cada uma das variáveis sobre a variável independente (ser ou não eleito prefeito) - precisamos observar a possibilidade de colinearidade, que inflaria e distorceria os resultados obtidos, bem como testar a adequação do modelo através do índice VIF.10

A tolerância, quando acima de 0,100, denota que a variável não apresenta colinearidade, e o índice VIF, caso menor que 10, indicaria que o modelo é adequado e confiável para análise.

10

Variable Inflation Factor, índice o qual pode nos dizer quais das variáveis estudadas ampliariam

artificialmente a variância analisada na regressão logística, e quais delas seriam apropriadas à análise.

(25)

Quadros 2.1 e 2.2: Estatísticas de colinearidade e VIF para os casos nacional (2.1) e Paulista (2.2)

Quadro 2.1: Caso Nacional

(CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013)

Quadro 2.2: Caso Paulista

variáveis explicativas binárias estatísticas de colinearidade Tolerância VIF Patrimônio alto 0,939 1,065 Receitas positivas 0,939 1,065 Idade acima de 47 anos 0,934 1,071 Ser mulher 0,983 1,017 Escolaridade superior 0,956 1,045 Ser prefeito 0,921 1,085 Partido coligado 0,970 1,030 Partido com alto

desempenho 0,646 1,549 Partido de centro 0,656 1,525 variável dependente: eleitos em 2012 variáveis explicativas binárias estatísticas de colinearidade Tolerância VIF Patrimônio alto 0,957 1,044 Receitas positivas 0,892 1,121 Idade acima de 47 anos 0,910 1,099 Ser mulher 0,989 1,011 Escolaridade superior 0,939 1,065 Ser prefeito 0,829 1,206 Partido coligado 0,903 1,108 Partido com alto

desempenho 0,454 2,204

Partido de centro 0,453 2,207 variável

dependente: eleitos em 2012

Fonte: Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira – NUSP/UFPR

O modelo, segundo estes índices, pode ser considerado igualmente adequado em ambos os casos. Dentro destes critérios, devemos notar a exclusão de duas variáveis, por apresentarem colinearidade com outras constadas: a variável “É empresário” foi excluída por apresentar colinearidade com a variável “Ensino superior”, uma vez que a relação desta formação com a origem profissional foi muito próxima. A variável “Político profissional”, por sua vez, foi excluída do modelo pela alta proporção de políticos profissionais que já eram prefeitos. No caso nacional, esta proporção está por volta dos 75% dos candidatos considerados políticos profissionais, e no caso paulista esta proporção supera os 65%.

A seguir, observamos as estatísticas individualmente. Temos uma relação de dependência alta (-2 Log Likelikood = 316,418), o que provaria a relevância do

(26)

modelo, e os testes de determinação obtidos apresentam índices muito mais altos que no caso nacional (Cox & Snell r² = 25,1% e Nagelkerke r² = 33,6%). Estes testes de determinação citados teriam maior importância no modelo preditivo, uma vez que sua função é de prever se o modelo de uma amostra pode ser extendido a um caso geral. Isto faz com que possam ser ignorados numa análise descritiva-comparativa, embora sua presença alta deva ser notada como reforço às conclusões oferecidas pela relação de dependência.

5.3 Tabelas de Regressão Logística

O último quadro a ser analisado é a da Regressão Logística. Os testes foram gerados a partir do mecanismo de análise logística binária. As colunas que observaremos seriam a B, que indica como o sistema e seus resultados se alterariam caso ocorresse uma mudança na variável analisada; a Wald, que indica uma interpretação da coluna anterior, segundo o quanto essa mudança indicada em

B difere de zero; e a Exp(B), gerada a partir dos índices B, e utilizada sobretudo no

cálculo de chance (odds ratio) como indicador visível da relevância das variáveis analisadas (FIELD, 2009). No quadro apresentado aqui temos também a coluna Chance, na qual é apresentada uma variação de Exp(B), de modo a tornar este índice mais didático e de fácil compreensão. Esta deve ser interpretada com termos como "vezes mais" ou "vezes menos", ao invés de quaisquer outras unidades.

(27)

Quadro 4.1 – Estatísticas de Regressão Logística Caso Nacional (CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013)

Tipo Variáveis no

modelo B Wald Sig. Exp (B) Chance

Econômicas Patrimônio alto -0,112 0,743 0,389 0,894 -10,6 Receita positiva 0,330 10,502 0,001 1,391 39,1 Sociais Idade acima de 47 -0,328 12,614 0,000 0,720 -28,0

Ser mulher -0,240 3,154 0,076 0,786 -21,4 Escolaridade

superior 0,012 0,016 0,898 1,012 1,2

Políticas Ser prefeito 1,290 156,366 0,000 3,632 263,2 Partido coligado 0,887 9,365 0,002 2,429 142,9 Partido alto

desempenho 0,245 5,022 0,025 1,278 27,8 Partido de centro -0,122 1,045 0,307 0,885 -11,5 Constante -1,815 37,173 0,000 0,163 -83,7

Cox & Snell r2 0,019

Nagelkerke r2 0,122

-2 log likelihood 2935,861

(28)

Quadro 4.2 – Estatísticas de Regressão Logística Caso Paulista

Tipo Variáveis no modelo B Wald Sig. Exp (B) Chance

Econômicas Patrimônio alto 1,045 6,122 ,013 2,845 184,5 Receita positiva ,955 7,618 ,006 2,599 159,9 Sociais Idade acima de 47 -1,068 12,250 ,000 ,344 -134,4

Ser mulher -,614 2,035 ,154 ,541 -45,9

Escolaridade superior -,366 1,560 ,212 ,693 -30,7 Políticas Ser prefeito 2,259 37,185 ,000 9,574 857,4

Partido coligado 1,426 3,062 ,080 4,160 316 Partido alto desempenho ,491 1,451 ,228 1,634 63,4 Partido de centro ,112 ,069 ,793 1,118 11,8 Constante -2,888 11,935 ,001 ,056

Cox & Snell r2 0,251

Nagelkerke r2 0,336

-2 log likelihood 316,41 8

Fonte: Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira – NUSP/UFPR

Os resultados obtidos possuem índices de chance muito acentuados, contrariando a impressão, que poderia erroneamente ser atribuída devido às menores concentrações de casos nos dados iniciais, de que as eleições em São Paulo fossem “menos exigentes”. A explicação plausível para este sistema é que provavelmente existe uma uniformidade de características entre candidatos e eleitos, gerando assim uma diferença menor entre ambos os grupos, mas também significando que as exigências rígidas para participação no meio político se apresentam mesmo antes da candidatura. Ou seja, temos baixas concentrações de

caso e escores suavizados não por uma maior variedade de eleitos, e sim justamente porque temos uma menor variedade entre os candidatos. Os grupos que

(29)

não seguem as regras hegemônicas não se elegem mais – eles simplesmente se candidatam menos.

a. Variáveis econômicas

Possuir patrimônio alto diminuiria em mais de 10 vezes a chance de vitória nas eleições no caso nacional. No caso paulista esta variável apresenta uma vantagem de mais de 180 vezes. Isto pode significar a necessidade de recursos pessoais como complemento daqueles trazidos pela campanha e administrados pelos partidos, ou mesmo talvez uma menor dependência dos recursos oferecidos por estes.

Campanhas caras também se apresentam como uma vantagem ainda mais acentuada no caso paulista. Enquanto temos a vantagem de 39 vezes no caso nacional, esta se apresenta em São Paulo como de quase 160 vezes.

A vantagem econômica prova a hipótese de campanhas mais caras e competitivas como necessárias para uma carreira de sucesso no estado, provavelmente obedecendo à lógica de se precisar atingir um número muito superior de eleitores.

b. Variáveis sociais

Ser mais velho (ter idade acima de 47 anos) e ser mulher se apresentam como desvantagens muito significativas. Enquanto essas desvantagens no caso nacional ficam em 28 vezes e 21,4 vezes, respectivamente, em São Paulo temos desvantagens da ordem de 134,4 vezes e 45,9 vezes.

Ter ensino superior se apresentava como uma vantagem muito leve, quase nula, no caso nacional (1,2 vezes mais). Em São Paulo temos uma desvantagem da ordem de mais de 30 vezes.

Não devemos interpretar isso de forma absoluta, uma vez que, ao invés de imaginarmos o candidato ideal paulista como jovem e de menor escolaridade, temos na verdade um quadro de distribuição de casos muito semelhante. Pouco menos da metade dos candidatos apresentavam idade inferior a 47 anos, bem como

(30)

candidatos de alta escolaridade estavam tão presentes nos grupos de candidatos e eleitos que sua presença passa a fazer uma diferença quase nula, artificialmente negativa. Já as mulheres confirmam e acentuam uma tendência geral: elas se candidatam menos, geralmente – no caso paulista, isto seria acentuado pelo fato de que elas também se encontram em menor número como candidatas, e ainda menos como eleitas, o que indicaria uma desvantagem muito maior que o esperado.

c. Variáveis políticas

Já ser prefeito atribui uma vantagem muito grande nos índices nacionais, com mais de 263 vezes mais chances na corrida eleitoral. Mas os paulistas apresentam índices ainda mais altos, com mais de 857 vezes. Isso provaria a necessidade de inserção prévia na política ainda maior, ou seja, um espaço ainda mais hostil aos outsiders.

Todas as variáveis políticas apresentam resultados semelhantes, porém acentuados, quando comparadas ao caso nacional. Fazer parte de um partido de alto desempenho e coligado é uma variável decisiva tanto no caso nacional quanto no paulista. Algo que precisamos examinar de perto, no entanto, é a vantagem apresentada aos que concorrem por partidos de centro. Esta variável na análise nacional (CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013, p. 78) foi comentada como artificialmente negativa pela presença de apenas dois partidos integrantes no modelo. No caso, considerando que os partidos de centro seriam o PMDB e o PSDB, partidos respectivamente parte da coligação governista e do governo do estado, é natural que a presença destes fosse ser considerada vantajosa no caso paulista, como já comentamos anteriormente.

6. Conclusões:

As conclusões a respeito do caso nacional (CODATO; CERVI; PERISSINOTTO, 2013) denotam, acima de tudo, os efeitos desiguais de diferentes fatores, e nos apresenta a predominância da necessidade se portar recursos

(31)

políticos, uma vez que recursos diversos de outras naturezas não se traduziriam automaticamente em sucesso eleitoral ou capital político.

Neste aspecto, as receitas de campanha, as escolhas de coligação e de partidos de alto desempenho e a carreira consolidada como prefeito em busca de reeleição seriam os principais recursos a se portar para que haja sucesso na competição eleitoral. Isto significaria que as exigências de um universo político em especialização constante são atendidas por candidatos portadores de recursos e características obtidas dentro do próprio campo político e não por candidatos eventuais, mesmo que eles sejam detentores de outros aspectos significativos de outros capitais como os sociais ou financeiros.

Os dados apresentados para o caso paulista confirmam a hipótese inicial de que ele teria eleições mais competitivas, mais caras, e, portanto, mais exigentes. As tendências à predominância dos fatores políticos e da necessidade de carreiras consolidadas são não apenas mantidas, como maximizadas. No entanto, inesperadamente temos o fato de que encontramos barreiras para a participação política desde a candidatura. Os testes relativos à concentração de casos possuiriam números menos concentrados, ou seja, mais difusos, pois a diferença entre candidatos e eleitos se mostraria menor. Tal difusão faria parecer, num primeiro momento, que as eleições teriam critérios menos rígidos, e que os eleitos possuiriam maior diversidade de características, hipótese refutada logo nos testes seguintes, que nos mostram justamente uma tendência inversa.

As variáveis econômicas e políticas se apresentaram como as que proporcionariam maior vantagem, sobretudo ter patrimônio alto e já ser prefeito buscando reeleição. A posse desses “capitais” confirmaria que a política em São Paulo é mais fechada do que aqueles que não possuem experiência política prévia, e também daria mais espaço àqueles possuidores de maiores recursos econômicos, tanto próprios quanto investidos em suas campanhas. Temos claramente que a carreira e escolhas políticas, bem como os investimentos de campanha e bens pessoais, seriam fundamentais para o sucesso de um candidato.

As variáveis sociais nos mostram também uma menor tolerância à diversidade no meio político, ou seja, as mulheres, que possuem uma desvantagem no caso nacional, apresentam tal desvantagem acentuada no caso paulista; vê-se,

(32)

no cenário nacional, que o ensino superior dos candidatos se apresenta como uma vantagem pouco significativa; já no caso aqui estudado, tal variável mostra-se como de relevância negativa, uma vez que o ensino superior seria extremamente difundido logo nas candidaturas.

(33)

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