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Mozart Borba Processo Civil Gabarito Comentado Extraoficial!

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Mozart Borba – Processo Civil – Gabarito Comentado Extraoficial!

GABARITO COMENTADO EXTRAOFICIAL DAS QUESTÕES DE PROCESSO CIVIL

DO EXAME DA ORDEM UNIFICADO 2010.2 – OAB/FGV

CADERNO DE PROVA 03:

31. As medidas cautelares estão expressamente previstas no CPC como forma de instrumentalizar a tutela, tendo natureza eminentemente acessória.

Assinale a alternativa que apresente uma regra que disciplina a concessão de medidas cautelares.

(A) O juiz, como regra deve deferir medidas cautelares sem a prévia audiência do requerido.

ERRADA. Como dito expressamente no Tô Ligado sobre Cautelares e alertado no Premonição!... as medidas inaudita altera pars só devem ser concedidas excepcionalmente (art. 804 do CPC)

(B) O direito brasileiro admite apenas medidas cautelares incidentais, sendo vedado o uso de medidas prévias.

ERRADA. Como dito expressamente no Tô Ligado sobre Cautelares... as cautelares podem ser antecedentes ou incidentais (art. 796 do CPC).

(C) Interposto recurso nos autos principais, fica vedado o requerimento de cautelares.

ERRADA. Como dito expressamente no Tô Ligado sobre Cautelares... as cautelares podem ser requeridas em grau recursal (art. 800 do CPC).

(D) Salvo decisão em contrário, a cautelar conserva sua eficácia mesmo durante o período de suspensão do processo principal.

CERTA. Por exclusão o candidato chegaria a essa resposta... até porque é importante lembrar que se a função das cautelares é preservar a eficácia da Ação principal, deverá ela aguardar sua eficácia enquanto for necessária (art. 807, parágrafo único do CPC).

32. A Lei nº 9.099/95, disciplina os chamados Juizados Especiais Cíveis no âmbito estadual. Nela é possível encontrar diversas regras especiais, que diferenciam o procedimento dos Juizados do procedimento comum do CPC.

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Segundo a Lei n 9.099/95, assinale a alternativa que indique uma dessas regras específicas.

(A) Não é cabível nenhuma forma de intervenção de terceiros nem de assistência.

CERTA. Conforme expressamente dispõe o art. 10 da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais): “Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio”.

(B) É vedado o litisconsórcio.

ERRADA. Conforme expressamente dispõe a parte final do art. 10 da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais): “Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio”.

(C) Nas ações propostas por microempresas, admiti-se a reconvenção.

ERRADA. Não cabe reconvenção nos Juizados, pois os pedidos deverão ser feitos dentro da própria contestação (pedidos contrapostos) conforme expressamente dispõe o art. 31 da Lei 9099/95.

(D) Se o pedido formulado for genérico, admite-se, excepcionalmente, sentença ilíquida. ERRADA. O rito do juizado visa acima de tudo celeridade, portanto é proibido em qualquer hipótese a concessão de sentença ilíquida (art. 38, parágrafo único da Lei 9099/95).

33. O mandado de Segurança Coletivo, previsto no art.5º, inciso LXX da Constituição da República, foi regulamentado pelos artigos 21 e 22 da Lei Federal nº 12.016/09.

A cerca desta garantia constitucional é correto afirmar que:

(A) Qualquer cidadão tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo.

ERRADA. Como se trata de Ação Coletiva cujo titular atua em legitimação extraordinária (por substituição processual)... e essa só resulta de expressa autorização legal... não é qualquer pessoa que pode ajuizar a demanda. Observar a respeito o art. 21 da Lei 12.016/09.

(B) No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo substituído pelo impetrante.

CERTA. Trata-se da literalidade do caput do art. 22 da Lei 12.016/09. (C) O mandado de segurança coletivo pode ser utilizado na defesa direitos difusos.

ERRADA. Apesar de existirem autores que defendem o uso do MSC para a proteção de direitos difusos... a Lei 12.016/09 foi contra tal posicionamento e limitou em seu art. 21, I e II, o uso da ação para a proteção de interesses coletivos stricto sensu e interesses individuais homogêneos.

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(D) O mandado de segurança coletivo induz litispendência para as ações individuais que tenham o mesmo objeto.

ERRADA. Como regra geral para as ações coletivas... não há litispendência daquelas em face das ações individuais. Isso está expresso no art. 22, § 1 da Lei 12.016/09 (Lei do Mandado de Segurança) e podia ser visto no Tô Ligado! sobre Ações Coletivas.

34. A capacidade é um dos pressupostos processuais. Caso o juiz verifique que uma das partes é incapaz ou há irregularidade em sua representação, deverá suspender o processo e marcar prazo razoável para que o efeito seja sanado.

Assinale a alternativa que indique a providência correta a ser tomada pelo magistrado, na hipótese de persistência do vicio.

(A) Se o vício se referir ao autor, deve o juiz aplicar-lhe multa por litigância de má-fé.

ERRADA. A falta de capacidade do autor conduz a extinção do feito sem resolução de mérito.

(B) Se o vício se referir ao autor, deve o juiz proferir o julgamento antecipado da lide.

ERRADA. A falta de capacidade do autor conduz a extinção do feito sem resolução de mérito.

(C) Se o vício se referir ao réu, deve o juiz reputá-lo revel.

CERTA. Observar literalidade do art. 13, II do CPC.

(D) Se o vicio se referir ao réu, deve o juiz julgar a causa em seu desfavor.

ERRADA. Observar justificativa da assertiva anterior (art. 13, II do CPC).

35. A incompetência do juízo, tal como previsto no CPC, pode assumir duas feições, de acordo com a natureza do vício e ainda com as conseqüências advindas de tal reconhecimento. O Código trata, então, da incompetência absoluta e da relativa. A respeito dessas modalidades de incompetência, assinale a afirmativa correta.

(A) A incompetência relativa pode ser alegada a qualquer tempo.

ERRADA. Dica do Premonição!, trabalhada em sala de aula e no Tô Ligado! sobre competência. A incompetência relativa se não for argüida na primeira oportunidade pelo réu gera prorrogação da competência (art. 114 do CPC).

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ERRADA. Dica do Premonição!, trabalhada em sala de aula e no Tô Ligado! sobre competência. A incompetência relativa só excepcionalmente poderá ser conhecida de ofício (art. 112, parágrafo único do CPC).

(C) A incompetência absoluta gera a nulidade de todos os atos praticados no processo até seu reconhecimento.

ERRADA. Dica do Premonição!, trabalhada em sala de aula e no Tô Ligado! sobre competência. A incompetência absoluta – se reconhecida – gera a nulidade apenas dos atos decisórios (art. 113, § 2° do CPC).

(D) A incompetência absoluta é alegada como preliminar da contestação ou por petição nos autos.

CERTA. Dica do Premonição!, trabalhada em sala de aula e no Tô Ligado! sobre competência. A incompetência absoluta deve ser arguida pelo réu como preliminar da contestação. Mas como se trata de matéria de ordem pública... se o réu não levantá-la na primeira oportunidade, poderá fazê-la posteriormente – a qualquer momento – por simples petição, arcando com as custas pelo retardo (art. 113, § 1° do CPC).

36. Com relação ao procedimento da execução por quantia certa, contra devedor solvente, fundada em título extrajudicial, é correto afirmar que:

(A) O executado é citado para, no prazo de três dias, apresentar embargos.

ERRADA. O prazo de TRÊS dias é para pagar (art. 652 do CPC). Como exaustivamente visto no preparatório... o prazo dos embargos do executado são quinze (15) dias (art. 738 do CPC).

(B) O credor só pode indicar os bens a serem penhorados se o executado não se manifestar no prazo legal, após ser citado.

ERRADA. Conforme também alertado nos fluxogramas de execução... o exeqüente pode desde o início da execução indicar bens do devedor passíveis de sofrer penhora (art. 652, § 2° do CPC). Isso, inclusive, visa facilitar a possibilidade de futura adjudicação do bem penhorado.

(C) O juiz pode, de ofício, e a qualquer tempo, determinar a intimação do executado para indicar bens passíveis de penhora.

CERTA. Por exclusão o candidato chegaria a essa resposta, que é a literalidade do art. 652, § 3° do CPC.

(D) O juiz somente fixará os honorários de advogado a serem pagos pelo executado ao fim do processo de execução.

ERRADA. Também expressamente trabalhado no fluxograma de execução... o juiz pode desde o início da ação fixar os honorários advocatícios (conforme art. 652-A do CPC). Esse procedimento gera a famosa e discutível técnica de premiação: caso o

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devedor pague a dívida integralmente em três dias, o juiz reduzirá os honorários em 50%! Lembrou?

37. Um advogado é procurado em seu escritório por um cliente que lhe narra que a empresa da qual ele é diretor foi citada pelo poder judiciário, em decorrência de um conflito surgido em razão de contrato de compra e venda no qual inseriram clausula compromissória cheia, estabelecendo que em caso de eventual conflito entre as partes, o mesmo será apreciado por um tribunal arbitral. O advogado ao peticionar no referido processo, representando os interesses do seu cliente, no sentido de exigir cumprimento da clausula compromissória cheia, devera:

(A) requerer a designação de audiência de conciliação, pois o juiz pode conhecer de oficio da pré-existência da convenção de arbitragem.

ERRADA. Conforme expressamente trabalhado no Tô Ligado! Sobre Petição inicial e defesa... O juiz não pode reconhecer de ofício o compromisso arbitral (Art. 301, § 4° do CPC).

(B) apresentar desde logo contestação, restringindo sua argumentação ao exame do mérito da causa.

ERRADA. A matéria deve ser tratada como preliminar da contestação... e muito menos deveria o réu restringir sua defesa à matéria de mérito... inclusive em face do princípio da eventualidade (art. 300 do CPC). Ver Tô Ligado! Sobre Petição inicial e defesa.

(C) apresentar contestação e alegar expressamente, em preliminar, a existência de convenção de arbitragem, solicitando a extinção do feito.

CERTA. Conforme expressamente trabalhado no Tô Ligado! Sobre Petição inicial e defesa... O juiz não pode reconhecer de ofício o compromisso arbitral (Art. 301, § 4° do CPC). Conclusão: o réu deve arguir a matéria requerendo a extinção do feito sem resolução de mérito (art. 267, VII do CPC).

(D) solicitar ao juiz o julgamento antecipado da lide.

ERRADA. Não é hipótese de julgamento antecipado da lide (art. 330 do CPC) e sim de extinção do feito sem resolução de mérito (art. 267, VII do CPC).

38. Com relação ao procedimento da curatela dos interditos, é correto afirmar que:

(A) na ausência dos pais, do tutor e do cônjuge, um parente próximo pode requerer a interdição.

CERTA. Literalidade do art. 1.177 do CPC.

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ERRADA. Normalmente se diz que as sentenças proferidas em jurisdição voluntária não fazem coisa julgada material em face do art. 1.111 do CPC. Entretanto... parte da doutrina diverge sobre o assunto em face da cláusula rebus sic stantibus (ler CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. Vol. 3, 6 Ed. Rio de Janeiro : Lumen Júris, 2004, p. 613). Questão sujeita a recursos.

(C) a realização de prova pericial, consistente no exame do interditando, é facultativa, podendo o juiz dispensá-la.

ERRADA. A perícia é obrigatória, pois o art. 1.183 do CPC diz que o juiz ”nomeará perito”.

(D) o Ministério Publico não tem legitimidade para requerer a interdição.

ERRADA. Observar o art. 1178 do CPC.

39. Acerca da revelia, é correto afirmar que:

(A) a revelia se dá com a não apresentação de exceção ou de reconvenção no prazo da resposta.

ERRADA. Matéria exaustivamente vista em sala de aula e recentemente comentada nos comentários sobre a prova do MPU. Revelia é a ausência de CONTESTAÇÃO.

(B) ainda que o litígio verse sobre direitos indisponíveis, a revelia produz seus efeitos normalmente.

ERRADA. Como visto nos preparatórios... Os efeitos materiais da revelia não acontecem quando o direito for indisponível (art. 320, II do CPC).

(C) contra o revel, ainda que tenha patrono constituído nos autos, correrão os prazos independentemente de intimação.

ERRADA. Ponto também alertado em sala de aula! Conforme já existia na jurisprudência e agora expresso no art. 322 do CPC (após Lei 11.280/06)... não ocorrerá o efeito formal da revelia se o revel tiver advogado constituído nos autos!

(D) o revel pode intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.

CERTA. Questão direta e habitualmente conhecida em face da literalidade da parte final do art. 322 do CPC.

40. Se, durante a audiência de instrução e julgamento, um advogado, exercendo seu mister de bem defender os interesses de seu cliente, entende que a testemunha arrolada pela parte contraria mantém com essa vinculo estreito de amizade e que seu depoimento pode ser tendencioso, esse advogado deverá:

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(A) contraditar a testemunha, devendo a audiência, nesse caso, ser necessária e imediatamente interrompida.

ERRADA. Matéria trabalhada no Tô Ligado! sobre provas e alertada no preparatório.

Conforme dispõe o art. 414, § 2° do CPC, trata-se de um simples incidente que será

resolvido de plano pelo juiz.

(B) contraditar a testemunha, que mesmo assim poderá ser ouvida como informante do juízo, desde que o magistrado fundamente sua decisão de ouvi-la.

CERTA. Expressamente trabalhado em sala de aula e revisado no Tô Ligado!... a testemunha amiga intima pode ser ouvida como testemunha informante (art. 405, § 4° do CPC).

(C) contraditar a testemunha, hipótese em que estará o juiz obrigado a dispensá-la.

ERRADA. Não é esse o procedimento previsto no art. 414 do CPC.

(D) contraditar a testemunha, que será ouvida após a audiência, sem a presença das partes.

ERRADA. Não é esse o procedimento previsto no art. 414 do CPC.

MOZART BORBA

mozartborba@euvoupassar.com.br

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