Guarda e adoção: temas de Psicologia
Jurídica em matéria de família.
“A maneira como o pai e a mãe enfrentam a separação e suas conseqüências pode influir na vida futura dos filhos.” (Içami Tiba)
A Guarda dos filhos
Guarda é um instrumento de proteção,
não de disputa.
Está sujeito a guarda: pessoa por doença ou pela
idade, por não possui condições de gerar sua própria
vida.
Idade faz a diferença
Nada é para sempre/Mudanças de rumo
Pais igualmente responsáveis pelos filhos.
A Guarda dos filhos
Melhor Interesse da criança/Interesse soberano
da criança/Proteção Integral do menor.
Evitar considerar um bom e outro mal, isso pode provocar
dificuldades no desenvolvimento da criança.
Separação: desagregação familiar, proporcionar
estabilidade, um novo equilíbrio nas várias etapas
vivenciadas.
Pode haver mudança de guarda, não necessariamente
maus tratos, bem como punição ou condenação (abandono
material, psicológico, adolescência).
A Guarda dos filhos
Filhos os mais prejudicados.
Proporcionar a diminuição do trauma que gera na criança (psicológicos, afetivos e sociais).
Indicadores da proteção do melhor interesse,
critérios da decisão sobre a guarda
Idade, gênero; Histórico de abuso; Tempo disponível;
Necessidades da criança; Posição econômica*;
Saúde física e mental dos pais; Desejo e acordo dos pais;
Desejo da criança .
Vistoria residência, perícia social e psicológica,
testemunhas.
Capacidade e disponibilidade para o amor, educação,
assistência material, psicológica, médica.
Possibilidade de maior tempo, ambiente estável e seguro.
Ambiente de confiança, de núcleo familiar.
Casa, escola, comunidade.
Art. 1.632. A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável não alteram as relações entre pais e filhos senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos.
Art. 1.584. Decretada a separação judicial ou o divórcio, sem que haja entre as partes acordo quanto à guarda dos filhos, será ela atribuída a quem revelar melhores condições para exercê-la.
Parágrafo único. Verificando que os filhos não devem permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, o juiz deferirá a sua guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, de preferência levando em conta o grau de parentesco e relação de afinidade e afetividade, de acordo com o disposto na lei específica.
A Guarda dos filhos
Guarda dos filhos
Como era: os filhos ficam com a mãe quando os pais se
separam.
Como é: fica com a guarda aquele que tiver "melhores
condições", não necessariamente a mãe.
Pátrio poder
Como era: na família, o direito é exercido pelo somente
pelo pai.
Como é: chamado agora de poder familiar, é exercido
igualmente pela mãe e pelo pai.
Tipos de Guarda
CONSENSUAL-Código Civil (Lei nº 10.406): Em caso de dissolução da
sociedade conjugal consensual, será observado o que os
cônjuges acordarem sobre a guarda dos filhos – art. 1.583.
JUDICIAL
Não havendo acordo, a guarda será atribuída àquele que reunir melhores condições para exercê-la, o que não se confunde com melhores condições econômicas ou materiais. FORMAS -Guarda exclusiva ou Simples -Guarda partida -Guarda repartida -Guarda conjunta ou compartilhada
Não importa o tipo de guarda, é de
responsabilidade de ambos os pais:
Proteção dos filhos: custódia, saúde, domicílio;
Manutenção das relações pessoais: regime de visitas e contatos
telefônicos, só proibidos em casos excepcionais;
Educação dos filhos, sublinhando seu desenvolvimento
psicológico;
Dever de sustento;
Administração dos bens dos filhos e sua representação legal.
A guarda compartilhada é creditada como a mais aceitável para
pais e filhos, pois evita disputas de maior porte, através do
reforço de autoridade de ambos os pais.
Incentiva, assim o cumprimento do art. 1.632 do Código Civil:
“a separação judicial não altera as relações entre pais e filhos
senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em
sua companhia os segundos”.
Tipos de Guarda
Doutrina brasileira: o que realmente importa na decisão sobre guarda de filhos menores é o superior interesse destes, especialmente não os utilizando como instrumento de vingança. Porém, em casos de
situações graves, cabe ao juiz regular a situação através dos requisitos referentes aos genitores para a guarda conjunta, quais sejam:
Necessidade de entender claramente o que é a guarda e ajustarem um acordo entre eles;
Certo grau de flexibilidade psicológica e de maturidade; Forte capacidade parental de ambos;
Capacidade de efetiva cooperação entre os dois;
Estabelecimento de um modo de vida que respeite eventuais problemas e que não os transformem em impedimentos para o cumprimento do acordo.
Cabe ao juiz nestas situações propiciar a manutenção das relações dos pais com os filhos, fixando regras que permitam que se mantenha a relação afetiva entre pai e filho, entre mãe e filho, preponderando o interesse dos filhos