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PODER JUDICIÁRIO SEGUNDO TRIBUNAL DE ALÇADA CIVIL DÉCIMA CÂMARA

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PODER JUDICIÁRIO

SEGUNDO TRIBUNAL DE ALÇADA CIVIL DÉCIMA CÂMARA

APELAÇÃO SEM REVISÃO Nº 598.793-0/8 – SANTO ANDRE Apelantes: Juízo “ex officio”

Instituto Nacional do Seguro Social - INSS Apelado: Paulo Pereira de Oliveira

REEXAME NECESSÁRIO. Lei nº 9.469, de 1997, art. 10.

Equiparação da entidade autárquica à Fazenda Pública. Entendimento que beneficia o hipossuficiente por evitar interposição de recurso constitucional, que exigiria maior tempo para entrega da prestação jurisdicional. Conhecimento.

AGRAVO RETIDO. CUMULAÇÃO. CONVERSÃO EM APOSENTADORIA ACIDENTÁRIA. A aposentadoria por tempo de serviço não é óbice à concessão do auxílio-acidente, porque os benefícios têm fatos geradores diferentes e fontes de custeio distintas. Também não é o caso de transformação da aposentadoria previdenciária em acidentária porque os artigos 122 e 123 da Lei nº 8.213, de 1991, foram

revogados pela Lei nº 9.032, de 1995; além disso, o

Segurado não se encontra inválido para o trabalho.

ACIDENTE DO TRABALHO. HÉRNIA DE DISCO. Comprovados o nexo etiológico e a incapacidade parcial para o trabalho, concede-se o benefício de prestação continuada – Auxílio-Acidente - ao Segurado.

TERMO INICIAL. A prestação reconhecida em juízo é devida desde a citação, quando o INSS, ciente, recusou-se ao atendimento, e não a partir do laudo pericial.

AUXÍLIO-ACIDENTE. DATA DO FATO GERADOR. Reconhecida a incapacidade desde a citação, ocorrida na vigência da Lei nº 9.032/95, a concessão do auxílio-acidente de 50% é de rigor. Aplica-se a norma vigente à época por força do princípio tempus regit actum.

JUROS. Constituído o INSS em mora na data da citação, não existem prestações anteriores. É a partir desse momento que incidem os juros, de forma decrescente mês a mês. VALOR TETO. O salário-de-benefício sujeita-se ao teto do salário-de-contribuição para fins de cálculo da prestação acidentária.

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ATUALIZAÇÃO. O benefício foi concedido a partir de 23/3/98. As prestações devem ser corrigidas de acordo com a sistemática das leis previdenciárias (artigo 41 da Lei nº

8.213/91) e normas correlatas, tanto para fins de atualização como para a correção dos atrasados. Logo, não incide a diretriz da Lei nº 6.899/81.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Os honorários foram moderamente arbitrados em 15% (quinze por cento) sobre as prestações vencidas até à sentença, conforme explicitação dada, recentemente, à Súmula 111 do Superior Tribunal de Justiça.

Voto nº 4.509 Visto.

PAULO PEREIRA DE OLIVEIRA ingressou com Ação de Prestações por Acidente do Trabalho contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, qualificação e caracteres das partes nos autos, alegando que:

“... exerce a função de funileiro na empresa VOLKSWAGEN DO BRASIL S. A. ... sempre carregou peso, fazendo movimento constante de abaixar-se carregando carcaça de veículos, o que fez com que o mesmo hoje tenha sérios problemas de hérnia de disco, dores fortes na coluna e bico de papagaio ...” (folha 2).

Encartados o laudo firmado pelo Perito Judicial e o parecer do Assistente Técnico do INSS, vencida a instrução, houve entrega da prestação jurisdicional sendo o INSS condenado aos pagamentos de auxílio-acidente de 50% a partir da citação, com atualização dos atrasados pelos índices e critérios da Lei

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8.213/91 e alterações posteriores, corrigindo-se as

prestações não pagas pelos índices da Lei nº 6.899/81,

abono anual, juros de mora e honorários advocatícios arbitrados em 15% sobre o total das parcelas vencidas até a sentença (folhas 68/69).

Com o reexame necessário (pelo r. Juízo de Direito) há recurso do INSS. Pediu em preliminar fosse apreciado o Recurso de Agravo Retido (folhas 58/59) interposto contra a decisão que rejeitou a alegação de carência da ação, suscitada na contestação, sustentando não ser possível a cumulação de benefícios e que a lei só dá opção para transformar a aposentadoria em acidentária, o que não foi pleiteado na inicial.

No mérito persegue a reforma da decisão enfatizando que não existe incapacidade indenizável. Alternativamente aduz que o termo inicial do benefício deve ser a data do laudo pericial; o benefício deve ser reduzido; o salário-de-benefício não pode ser superior ao limite máximo do salário-de-contribuição; para correção das parcelas é preciso observar o artigo 41 da Lei nº

8.213/91. Pede a redução dos honorários advocatícios e a incidência dos juros a partir da citação (folhas 71/75).

O Segurado apresentou contra-razões sustentando o acerto da decisão (folhas 78/79).

A PROMOTORIA DE JUSTIÇA inferiu pelo não provimento do apelo, e a PROCURADORIA DE JUSTIÇA pugnou pelo não conhecimento do reexame necessário e não provimento do Agravo Retido e do recurso voluntário.

É o relatório, adotado no mais o da r. sentença. Tem aplicação às ações acidentárias a ordem de reexame necessário da sentença proferida contra o INSS. A matéria foi tratada pela Medida Provisória nº

1.561, de 1997, e na subseqüente Lei nº 9.469, de 1997, que, no artigo 10 manda aplicar às Autarquias o disposto no artigo 475, caput, inciso II, do Código de Processo Civil.

Inqüestionável a natureza autárquica do ente previdenciário, em que pese sua atuação como segurador de empresas privadas. Daí sua equiparação à Fazenda Pública para os fins de reexame obrigatório das decisões de primeiro grau que lhe sejam desfavoráveis.

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A mesma Lei nº 9.469/97, em seu artigo 1º,

prevê a possibilidade de acordos ou desistências de recursos voluntários por parte das autarquias. Em igual sentido dispõe a Lei nº 8.213, de 1991, no artigo 131,

conforme redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997.

Nem por isso se há dizer incompatível o preceito com a revisão procedida através do chamado recurso de ofício. Basta lembrar que, em processos em que seja parte a Fazenda também se poderia aventar a hipótese de transigência ou desistência de recurso, procedimento excepcional que, todavia, não afasta a norma genérica do artigo 475, inc. II, do Cód. de Proc. Civil.

Não constitui novidade essa previsão de reexame obrigatório no campo da legislação infortunística. Existiu norma expressa, a respeito, na Lei nº 5.316, de 1967, em seu artigo 15, § 5º. Com a superveniência de outros diplomas, até a (vigente) Lei nº

8.213, de 1991, desapareceu aquela determinação, mas a questão restou em aberto, sem previsão em sentido contrário. Por isso é que não se há dizer incompatível o sistema de lei vigente com a norma especial agora reintroduzida pela Lei nº 9.469, de 1997.

Há entendimentos respeitáveis em sentido contrário. Enquanto a jurisprudência não se posicionar afigura-se, permissa venia, de melhor política econômica para o Segurado o conhecimento e a apreciação do recurso de ofício, evitando-se a interposição de recursos constitucionais1 que, sem dúvida, demandariam tempo

bem maior para possível execução da decisão que lhe for favorável.

O Recurso de Agravo Retido não procede. O entendimento dominante orientava no sentido da possibilidade de cumulação da aposentadoria com o auxílio-acidente, porque os benefícios tinham fatos geradores diferentes e correspondiam a fontes distintas de custeio, posicionamento que se cristalizou nas recentes decisões do Colendo Superior Tribunal de Justiça.

1 - Lei nº 8.038, de 1990, c.c. art. 541 e seguintes do Código de Processo Civil,

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"Esta Seção já firmou entendimento no sentido da viabilidade da cumulação de aposentadoria por tempo de serviço e auxílio-acidente, desde que comprovado o nexo de causalidade entre a doença e a atividade exercida pelo beneficiário2".

Só que o tempo passou e, com o advento da Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997, o art. 86, § 2º, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, assumiu a seguinte redação:

Art. 86. § 2º. O auxílio acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria (Grifou-se).

O tema "cumulação de prestações" foi, durante décadas, controvertido em infortunística, demorando para sedimentar-se na doutrina e na jurisprudência. A mudança imposta pela Lei nº 9.528/97 é

radical e reabre a discussão.

Em ergasiotiquerologia3 é sempre bom ter em

conta que cada caso deve ser apreciado em suas circunstâncias particulares, de sorte que o objetivo é aferir a incapacidade para o trabalho, em razão do acidente ou da doença, e o direito do Segurado em receber a correspondente prestação continuada.

O Requerente encontra-se aposentado por tempo de serviço desde 27/6/96 (folha 60). Em 3/3/98 ingressou com Ação de Prestações por Acidente do Trabalho. A citação ocorreu em 23/3/98. O princípio

tempus regit actum é de observância obrigatória, mas

algumas considerações são adicionadas porque a lei veda o enriquecimento sem causa.

O Segurado aposentado que permanece na ativa contribui, direta ou indiretamente, com o seguro obrigatório; por isso deve ter respeitado o direito de pleitear o benefício. Se a entidade autárquica entende que ele não pode receber a prestação acidentária, não deve receber dele ou de seu empregador a respectiva contribuição mensal.

2 - Emb. Div. no REsp. 79.436 - SP - STJ - 3ª Sç. - Rel. Min. LUIZ VICENTE

CERNICCHIARO - J. em 25.11.98 - in DJU de 17.02.99, pág. 121.

3 - Verbete: ergasiotiquerologia. [Do gr. ergásimos, ergasion, 'de trabalho', +

tucherós, a, ón, 'que vem por acaso', 'acidental' + -log(o)- + -ia.]. S.f. Infortunística.

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O móvel que animou o legislador federal na inserção de dispositivo daninho no ordenamento jurídico, porque desconhecido, não afeta a interpretação das normas. Não paira nenhuma dúvida que a mudança na lei é nociva ao Segurado que, mesmo aposentado permanece contribuindo para o sistema4. E, se participa

da fonte de custeio, direta ou indiretamente, possível que invoque a prestação jurisdicional para proteção de seu direito. Pagou para isto.

Também não é o caso de transformação da aposentadoria previdenciária em acidentária porque os artigos 122 e 123 da Lei nº 8.213, de 1991, foram

revogados pela Lei nº 9.032, de 1995. Além disso, o

Segurado não se encontra inválido para o trabalho.

A hérnia discal lombar tem característica própria. Um traumatismo agudo ou crônico dá origem à ruptura do anel e a conseqüente expulsão do núcleo pulposo de sua posição central, deslocando-se, em geral de forma lateral, onde comprime as raízes nervosas, surgindo a patologia dolorosa chamada "hérnia discal", ou "hérnia de disco" que, conforme a localização pode ser cervical, dorsal ou lombar. Mais da metade dos casos de hérnia discal lombar é conseqüência de um traumatismo agudo ou crônico da coluna lombar.

Restou estabelecido pela prova técnica que o Autor padece desse mal.

“... O autor apresenta HÉRNIA DE DISCO LOMBO-SACRA ...” (folha 42).

No presente caso, o perito admite o nexo entre esta moléstia e o trabalho pois, na sua atividade diária na empresa, o autor realizava constantes movimentos de flexo-extensão e má posição com a coluna que, associado ao processo degenerativo, podem ter desencadeado o aparecimento desta patologia ...” (folha 42).

Comprovados o nexo etiológico e a redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente executava, o que equivale à necessidade de mudar de função, o Segurado deve receber o benefício de prestação continuada.

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Correta a decisão judicial em adotar como

dies a quo o da citação, desde quando, inteirado do pedido,

o INSS negou atenção ao Segurado.

"Se o INSS toma conhecimento do mal somente com a citação, é a lei vigente nesta data que determinará a solução do litígio5".

"Tratando de doença profissional sem que tenha havido anterior comunicação ao instituto, termo inicial do benefício será a data da citação. Interpretação dada ao artigo 219, do Código de Processo Civil6".

Reconhecida a incapacidade desde a citação, ocorrida na vigência da Lei nº 9.032/95, a concessão do auxílio-acidente de 50% é de rigor. Aplica-se a norma vigente à época por força do princípio tempus regit actum.

Constituído o INSS em mora na data da citação, não existem prestações anteriores. É a partir desse momento que incidem os juros, de forma decrescente mês a mês.

O salário-de-benefício sujeita-se ao teto do salário-de-contribuição para fins de cálculo da prestação acidentária. Nesse sentido, vários os precedentes deste E. Segundo Tribunal de Alçada Civil7.

5 - 2ºTACivSP - Ap. s/ Rev. 541.134 - 3ª Câm. - Rel. Juiz CAMBREA FILHO - J.

26.1.99. No mesmo sentido: Ap. s/ Rev. 562.187-00/5 - 10ª Câm. - Rel. Juiz ARALDO TELLES - J. 1.12.99.

6 - 2ºTACivSP - Ap. s/ Rev. 559.371-00/7 - 4ª Câm. - Rel. Juiz MARIANO

SIQUEIRA - J. 5.10.99.No mesmo sentido: Ap. s/ Rev. 467.072 - 5ª Câm. - Rel. Juiz SEBASTIÃO AMORIM - J. 16.10.96. Ap. s/ Rev. 508.858 - 3ª Câm. - RIBEIRO PINTO - J. 14.4.98.Ap. s/ Rev. 524.959 - 12ª Câm. - Rel. Juiz ARANTES THEODORO - J. 30.7.98.

7 - JTA (Lex) 161/407 e 165/488; Ap. s/ Rev. 495.541 - 4ª Câm. - Rel. Juiz

AMARAL VIEIRA - J. 25.11.97; Ap. s/ Rev. 425.100 - 4ª Câm. - Rel. Juiz CELSO PIMENTEL - J. 13.6.95; Ap. s/ Rev. 420.311 - 4ª Câm. - Rel. Juiz CELSO PIMENTEL - J. 20.6.95; Ap. s/ Rev. 430.535 - 9ª Câm. - Rel. Juiz RADISLAU LAMOTTA - J. 16.8.95; Ap. s/ Rev. 444.928 - 4ª Câm. - Rel. Juiz CELSO PIMENTEL - J. 30.1.96; Ap. s/ Rev. 448.612 - 8ª Câm. - Rel. Juiz NARCISO ORLANDI - J. 21.3.96; Ap. s/ Rev. 464.356 - 11ª Câm. - Rel. Juiz CLÓVIS CASTELO - J. 29.7.96; Ap. s/ Rev. 458.542 - 6ª Câm. - Rel. Juiz PAULO HUNGRIA - J. 4.9.96; Ap. s/ Rev. 467.430 - 8ª Câm. - Rel. Juiz NARCISO ORLANDI - J. 17.10.96; Ap. s/ Rev. 469.576 - 4ª Câm. - Rel. Juiz MARIANO SIQUEIRA - J. 19.11.96; Ap. s/ Rev. 469.968 - 1ª Câm. - Rel. Juiz RENATO SARTORELLI - J. 10.12.96; Ap. s/ Rev. 484.953 - 3ª Câm. - Rel. Juiz MILTON SANSEVERINO - J. 2.9.97; Ap. s/ Rev. 491.290 - 1ª Câm. - Rel. Juiz MAGNO ARAÚJO - J. 8.9.97; Ap. s/ Rev. 496.283 - 1ª Câm. - Rel. Juiz RENATO SARTORELLI - J. 22.9.97; Ap. s/ Rev. 504.809 - 8ª Câm. - Rel. Juiz RENZO LEONARDI - J. 19.11.97; Ap. s/ Rev. 500.508 - 9ª Câm. - Rel. Juiz EROS PICELI - J. 18.3.98; Ap. s/ Rev. 515.960 - 3ª Câm. - Rel. Juiz CAMBREA FILHO - J. 19.5.98 e EI 498.179 - 12ª Câm. - Rel. Juiz ARANTES THEODORO - J. 18.6.98.

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Atenta-se para a regra do art. 28, § 5º, da Lei

8.212/91, de obrigatória observância para os benefícios

da Lei nº 8.213/91, conforme seus arts. 29, § 2º, e 33, a prevalecer, portanto, sobre a regra do art. 136 desta lei, que se restringe à vedação de limite para o salário de benefício.

Esta linha de pensamento reformula anterior entendimento na interpretação do disposto no art. 26 da Lei nº 8.870, de 15.4.94, que para alguns teria revogado

normas relativas ao teto de contribuição.

O que se colhe do texto é a possibilidade de revisão do valor de benefícios concedidos entre 5 de abril de 1991 a 31 de dezembro de 1993, mas com sujeição, segundo o parágrafo único do mesmo artigo, ao teto do salário-de-contribuição vigente na competência de abril de 1994.

Embora o tema não tenha sido tratado com profundidade no processo, fica desde logo enfrentado em face das inúmeras peculiaridades e do reexame necessário.

Ligeira correção é feita no pertinente ao critério adotado para correção de valores. O benefício foi concedido a partir de 23/3/98. As prestações devem ser corrigidas de acordo com a sistemática das leis previdenciárias (artigo 41 da Lei nº 8.213/91) e normas

correlatas, tanto para fins de atualização como para a correção dos atrasados. Logo, não incide a diretriz da Lei nº 6.899/81.

Os honorários foram moderamente arbitrados em 15% (quinze por cento) sobre as prestações vencidas até à sentença, conforme explicitação dada, recentemente, à Súmula 111 do Superior Tribunal de Justiça. Após certo lapso de tempo em que, no próprio Superior Tribunal de Justiça, duas correntes interpretavam de forma diversa a extensão dos honorários fixados – uma (corrente) limitando-os à sentença, outra só não admitindo a inclusão de parcelas posteriores à liquidação do “quantum” devido, venceu a corrente que limita a verba honorária à data de prolação da sentença8.

8 - Embargos de Divergência em Resp nº 195.520 – Relator Ministro Felix Fisher;

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Esse o alcance, portanto, da Súmula 111 do Superior Tribunal de Justiça, à qual se rende este Relator, em nome da uniformidade e pacificação de entendimento jurisprudencial pois, ao contrário, nada beneficia o obreiro. Manter-se o entendimento anterior só servirá para subsidiar a interposição de recursos especiais pela autarquia.

Em face ao exposto, nega-se provimento ao Agravo Retido e dá-se parcial acolhida ao reexame necessário e ao recurso da Autarquia.

IRINEU PEDROTTI Relator

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