Vida Útil das Pontes em Betão Armado
Vida Útil das Pontes em Betão Armado
Tiago Mendonça0 1 2 3 4 5 6 7 2 2.5 3 5 6 (m) vãos
- Número de países com critérios idênticos de definição de vão.
- Valor mínimo do vão a partir do qual a estrutura é definida como obra de arte (Étude comparative des activités gestion des ponts/Comparison study on bridge management
activities. AIPCR/PIARC (C11), 2004) 16 Paises. Definição de Obra de Arte
EP
Rede não concessionada: 5 500 un.
Rede concessionada: 3 300 un (até 2010). Rede Municipal: 8 500 un.
REFER: 2 400 un. Total: 20 000 un.
300 000€/obra
Valor total obras 5 850 000 000€
Manutenção anual 1% do valor =
58 000 000€/ano
7%
do Orçamento MOPTH de 2005 Introdução – Obras de Arte em PortugalPaises nórdicos custo anual =
±0,8% do investimento inicial
Custo total da obra de arte
Custo durante a vida útil
Custo da Execução
+
- Comparação do custo total da PS31 com a PS31A (A1 – Aveiras/Santarém) 18.00 31.44 18.00 67.44 18.00 18.00 67.44 31.44
Corte longitudinal da PS 31A Corte longitudinal da PS 31 1.40 Vazamento Ø 1.00 0.25 0.12 5.88 1.94 1.94 0.20 1.60 0.20 5.50 0.75 4.00 0.75 Pormenor do Encontro da PS 31 Pingadeira Laje de transição Betão de regularização c/ 0.10m de espessura 5.00 0. 3 0 0.80 0.40 0.25 0.0 2 5 0 .025 0.40 0.40 0.05 Junta de Dilatação em Neoprene Armado Batentes em Neoprene Simples
com 0.30x0.30x0.03m
Aparelhos de Apoio unidireccionais de Neoprene c/ Teflon 0.80 0.05 0.05 1.30 0.80 0.40 1.20 1. 80 1. 3 0 0.20 0. 2 5 0.05 0.2 5 0.45 1.00 0. 7 8 0. 80 0. 3 0 0. 3 0 0.60 5.00 Laje de transição Betão de regularização c/ 0.10m de espessura 0.40 Pormenor do Encontro da PS 31 A
Secção Transversal da PS 31 e PS 31A
Valor Actualizado Líquido
Em que,
n – horizonte am análise (anos) I – taxa de actualização ou desconto t – período It – investimento no ano ‘t’
(
)
∑
n 0 = t1
+
i
1 lt = VAL 170 573 229 242 238 315 249 751 264 369 283 330 308 300 PS 31A 154 745 188 108 193 447 200 208 208 890 220 198 235 147 PS 31 Custo de construção i = 8% i = 7% i = 6% i = 5% i = 4% i = 3%Valor Actualizado Líquido (VAL)
Deste exemplo concreto tiramos as seguintes conclusões:
- O valor actualizado líquido (VAL) é, no mínimo 1.21, e no máximo 1.81, superior ao custo de construção;
- O custo de construção da obra com juntas (P.S. 31A) é cerca de 10% superior ao da obra sem juntas (P.S. 31);
- O valor actualizado líquido (VAL) da obra com juntas (P.S. 31A) é entre 22% a 31% superior ao da obra sem juntas (P.S. 31);
- Não é o mesmo comparar na lógica do custo de construção ou na lógica do Valor Actualizado Líquido (Custo Total).
A CONSERVAÇÃO COMEÇA
A CONSERVAÇÃO COMEÇA
NO PROJECTO
Projecto
- O Dono de Obra e a contratação do projecto
“Quando o Dono de Obra selecciona o Gestor de Projecto e mais
tarde o Projectista... deve estar consciente de que está a tomar uma das mais importantes decisões para essa obra.
Os honorários de Gestão do Projecto, Projecto... e Fiscalização é muito baixo comparado com os honorários de construção (entre 5 e 10%... reduzir os custos em 20 ou 30% teremos uma solução de
baixa qualidade... (30% mais nos honorários de Projecto representam menos de 1% do Custo da Obra!), ou, mais tarde, uma reclamação do Empreiteiro que pode corresponder a várias vezes os honorários do Projecto” (fib, 2000).
Projecto
- Regras para projecto
- Os projectos devem obedecer a um determinado número de regras, que permitam garantir a durabilidade das estruturas, facilitar as inspecções e as actividades de manutenção e reparação.
Por exemplo:
- Concepção dos elementos por forma a minimizar e possibilitar inspecção e limpeza.
- Nenhum elemento com superfície horizontal ou côncava. - Pendente mínima 2,5%
- Gabarit Vertical mínimo 5,20m. - Aumento da Qualidade do betão
Projecto
- Regras para projecto
Encontros
Porta de acesso ao encontro Escadas de acesso
ao encontro
Projecto
- Regras para projecto
Guarda corpos
Pintura e > 240 µ Primário + 2 de mãos
Espaçamento entre elementos, regras APSI
Projecto
- Regras para projecto
Guarda de segurança - Função fusível;
- Dimensionamento das fixações para carga de colapso das guardas de segurança;
- Fixação de fácil manutenção e substituição; - Garantia anticorrosão - 10 Anos.
Pormenor de uma guarda de segurança ligada a um elemento estrutural da obra de arte – Exemplo Incorrecto. Falta de recobrimento de fixações de guardas
de segurança em lancis.
Projecto
- Regras para projecto
Drenagem Pingadeira mín. 1.00m m ín. 1 .00 m Caleira Viga de Remate
- Capítulo obrigatório do projecto.
- Cálculo da Intensidade de precipitação, chuvada de 5 minutos e período de retorno 10 Anos (Matias Ramos LNEC).
- Calculados por forma a que não haja acumulação de águas no tabuleiro.
Pormenor do sistema de drenagem de
uma obra de arte. Esquema de drenagem de uma mesa de apoio de um encontro.
Escorrência e acumulação de água sobre a mesa de apoio Acumulação de água no interior do tabuleiro, por deficiências de drenagem.
Projecto
- Regras para projecto
Acessos
Acesso à mesa de apoio do encontros.
Escada lateral de acesso ao topo de pilares.
Viaduto com candeeiros laterais
Projecto
- Regras para projecto
Taludes
- Revestimento obrigatório
- Manutenção simples e acesso aos encontros
Caleira de Drenagem
Caixa de intersecção de caleiras
Zona lateral revestida
Encontro
Banqueta c/ largura mín.= 1.00m
Revestimento de Taludes
Deficiente fixação do
material de revestimento Ravinamento de talude
Ravinamento de talude Escada de acesso nos
CONSERVAÇÃO CONTINUA
CONSERVAÇÃO CONTINUA
NA OBRA
- Fiscalização competente e correctamente dimensionada. - Aquisição dos serviços idêntico ao Projecto.
- Assistência técnica do projectista.
- Escolha de um empreiteiro competente para o trabalho em causa.
- Correcta Recepção da obra. Execução - Introdução
- Materiais e equipamentos Certificados / Homologados (LNEC ou equivalente).
- Sistemas de Pré-esforço, Juntas de Dilatação, Aparelhos de Apoio (certificação no pais de origem e pelo menos mais 2 da UE). Execução – Qualidade e Durabilidade dos Materiais
Aumentar a classe de resistência (p. ex. bape C35/45).
- Cantos chanfrados a 2cmx2cm
Acumulação de sujidade na cofragem Execução – Detalhes construtivos / Acabamentos
Ausência de selagem de furos no betão
Escorrência de água por falta de selagem nos passeios e cornijas
Furo de esticador correctamente selado. Execução – Detalhes construtivos / Acabamentos
Pormenor da boa execução de um sumidouro de drenagem.
Consequências de uma deficiente execução dos órgãos de drenagem.
Alterações em fase de obra suportadas por peças desenhadas ou escritas.
Criação obrigatória do Dossier de Telas Finais.Dossier de Telas Finais.
Execução das telas finais pelo empreiteiro.
Revisão com parecer das telas finais pela fiscalização e projectista.
Criação obrigatória do Dossier de Anomalias.Dossier de Anomalias.
Registo de todas as anomalias durante a construção. Ajuda a explicar fenomeno após 40 Anos
- Recepção de Obras de Arte;
- Equipas profissionais e independentes;
- Transferência do projecto, telas finais e dossier de anomalias;
- Arquivo profissional.
CONSERVAÇÃO AO LONGO
CONSERVAÇÃO AO LONGO
DA VIDA DA OBRA
Objectivos
• Garantir a Segurança e Funcionalidade das Obras de Arte.
• Optimização dos recursos financeiros mediante adequada Priorização dos Trabalhos.
• Antecipar verbas necessárias em orçamentos futuros.
• Redução dos trabalhos de reparação através da Manutenção Preventiva.
• Garantir uma elevada Durabilidade das obras.
• Optimização Níveis de Serviço construindo obras de fácil inspecção e manutenção.
A base da Gestão de Obras é a Sistematização da Informação.
Não é possível Gerir um parque de obras com informação avulso e sem visão global.
A resposta é um Sistema de Gestão de Obras de Arte
9Medição de Profundidade
9Descrição
dos Trabalhos
Software
Inventário Inspecção de Rotina Anual Inspecção Principal Inspecção de Rotina Corrente
Projecto de Reparação Lista de trabalhos de manutenção a realizar no próximo ano 9Quantidades de trabalho 9Tipo de reparação 9Estimativa de custo 9Estado de conservação Análise de dados 9número de obras 9m² de obras 9Tipos de obras 9Etc. Input Output Concursos
Caderno de Encargos Mapas de Quantidades
Empreitada Insp. Subaquática Ensaios Monitorização 9Memória 9Peças desenhadas 9Medições Caracterização de elemento da obra Insp. Especial
Dados Administrativos Dados Técnicos Dados da Constituição Fotografias Objectivos:
• Organização os dados que caracterizam uma obra
de arte (dados administrativos, dados técnicos, dados de constituição).
•Descritizar a obra em partes, permitindo o registo
e manipulação independente dos diversos dados.
Objectivos:
• Avaliação do desempenho das equipas de manutenção. •Detecção de patologias e especificação dos trabalhos de
manutenção.
•Definir custos de manutenção para o ano seguinte em função
dos trabalhos propostos.
•Obtenção de mapas de quantidade correspondentes aos
trabalhos propostos. Para lançamento de empreitadas de manutenção. Trabalho de Manutenção por Componente Menu Principal Inspecção de Rotina
Objectivos:
• Avaliação do estado de conservação e manutenção. •Identificação de patologias e registo fotográfico. •Preconizar trabalhos de reparação e respectivo ano
de reparação.
•Verificar necessidade de monitorização ou ensaio. •Estimativa de custo de reparação.
Menu Principal Atribuição de Reparação Fotografias Inspecção Principal
Volume de inspecções Custos totais
O conhecimento das nossas limitações é uma forma de conhecimento 10% - 5% 90% - 95% Inspecção Especial Inspecção Principais Inspecção Principais 10% - 5% 90% - 95%
Objectivos:
• Garantir a segurança e conforto dos utentes da via.
•Assegurar que as inspecções são feitas com rigor e segurança. •Cumprir as normas regulamentares de sinalização, quer dos
inspectores, quer do equipamento envolvido durante os trabalhos. Requisitos:
•Formação do pessoal envolvido nos trabalhos. •Sensibilização dos utentes da via.
Objectivos:
• Conhecimento de novas técnicas de diagnóstico
• Aprofundamento e consolidação dos conhecimentos adquiridos • Análise de “Case Studies”
• Harmonização das classificações preconizadas pelas diversas
equipas de inspecção
•Processo de formação:
•Cada Inspector tem a responsabilidade elaborar uma
apresentação anual sobre um assunto que considere interessante;
•As equipas de inspecção serão submetidas a provas anuais
teóricas e práticas;
•A Betar tem fomentado a frequencia dos inspectores em acções
de formação e em congressos nacionais e internacionais; Inspecção Principal – Formação de Inspectores
Objectivos:
• Avaliar em pormenor situações particulares
detectadas previamente.
•Inspeccionar locais não acessíveis sem o recurso a
equipamento especial (inspecções subaquática, veiculo especial).
•Avaliar a evolução ou não de certas patologias
(erosão dos leitos, etc.).
•Definir eventuais trabalhos a realizar.
Inspecções Subaquáticas
Inspecções Subaquáticas
Monitorização e Ensaios
Monitorização e Ensaios Inspecções Especiais
Objectivos:
• Avaliação do estado de conservação das zonas submersas das obras de arte. •Identificação de eventuais patologias e definição de trabalhos a efectuar.
•Avaliar evolução do leito dos cursos de àgua, através do registo dos
levantamentos batimétricos.
•Identificação de alterações no regime de escoamento, bem como
estragulamentos.
•Registo dos filmes subaquáticos e outros documentos relevantes.
Menu de Inspecções Inspecções Subaquáticas
Objectivos:
• Acompanhamento das estruturas novas
detectando o aparecimento de fenómeno inesperado.
•Detectar evolução de patologias já identificadas. •Avaliar desempenho dos materiais ao longo do
tempo.
Menu de Monitorização Monitorização e Ensaios
Objectivos:
• Registo de todas os pedidos de passagem de
transportes especiais sobre uma dada obra.
•Aprovação expedita da passagem de veiculos
especiais, com base na comparação das caracteristicas do veiculo com os dados de inventário da obra (largura, gabarit, etc.).
•Identificação das obras que não permitem a
passagem dos veiculos e num dado percurso.
Menu de Monitorização Transportes Especiais
Objectivos:
• Visualização integrada da localização do Parque de
Obras.
•Sobreposição de vários níveis de informação
permitindo uma gestão integrada do parque de obras com as infraestruturas adjacentes (ex. definição de corredores de emergência, de percursos adequados para transportes especiais.
•Permite a ligação do Sistema GOA a outros sistemas de
gestão (ex. Gestão de Pavimentos).
Interface SIG SIG
Objectivos:
• Fácil controlo dos trabahos dos empreiteiros. •Elaboração automática de um cronograma do
desempenho de cada empreiteiro.
•Historial de performance dos empreiteiros ao
longo do tempo.
Agenda de Manutenções Planeamento – Agenda de Manutenções
Objectivos:
• Visão geral do valor dos investimentos a realizar no
parque de obras num dado horizonte.
•Antecipação de investimentos ou prolongamento de
intervenções ajustando os custos de reparação ao orçamento disponível.
•Visualização nos gráficos de investimento dos
ajustes efectuados.
•Priorização dos investimentos com base em critérios
definidos pelo cliente.
Ajuste Orçamental Menu de
Planeamento
Classificação por prioridade estabelecida com base no Estado de Conservação de Componentes Vitais (EC)
Componente 1 : Obra de Arte no geral Componente 7 : Tabuleiro
Componente 6 : Apoios intermédios Componente 4 : Encontros EC7 x 50% EC6 x 30% EC4 x 20% EC ponderado Ponderação Lista Prioritária
¾Estado de conservação ponderado ¾Tráfego (TMD)
¾Corredor de protecção civil ¾Inexistência de alternativas ¾Estruturas Classificadas
¾Incluida numa estrada a alargar ¾Outros a definir
Vida útil do
Componente
Tomada de
decisão
Substituição
Reparação
Não actuar
Risco envolvido
Previsão antecipada da disponibilização de
recursos
•Concepção/Projecto •Vida útil
•Concepção de cadernos de encargos •Novos Engenheiros
•Partilha com a comunidade cientifica •Comportamento de materiais
•Comportamento de soluções estruturais e construtivas •Patologias tipicas