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Criticada, MasterCard volta atrás em ação

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A

Mastercard mudou uma promoção lançada com Neymar e Messi após o técnico da seleção brasileira, Tite, criticar a iniciativa em uma coletiva de imprensa antes do amistoso contra a Croácia, no último domingo. A ação social que envolvia gols marcados pelos atletas, foi alterada pela empresa.

Originalmente, a campanha chamada ‘Juntos somos 10’ prometia ajudar o Pro-grama Mundial de Alimentos das Nações Unidas com a doação de 10 mil refeições para pessoas carentes a cada gol de Neymar e Messi ao longo da Copa do Mundo de 2018. O projeto representa a principal ação da empresa pré-Mundial, que conta com o patrocínio da Visa, sua principal concorrente no mercado. Os dois jogadores encabeçam a campanha de mídia da marca, que começou a ser veiculada em abril.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

EDIÇÃO 1013 - TERÇA-FEIRA, 5 / JUNHO / 2018

POR REDAÇÃO

850

mi

de reais é o custo para a criação de um autódromo no Rio de Janeiro, em projeto que seria financiado por verba privada

Criticada, MasterCard

volta atrás em ação

1

N Ú M E R O D O D I A

OF E

RE C IMEN

(2)

Tite, porém, publicamente disse que não esteve totalmente de acordo com a campanha da empresa, que também patrocina a seleção brasileira. Para o treina-dor, a iniciativa não favorecia o espírito de jogo coletivo do futebol.

“É muito bonita essa doação em relação à entidade assistencial. É linda, grande. Assim como é grande também vocês darem pratos se todos os atletas da Argenti-na e do Brasil marcassem um gol. A gente trabalha enquanto equipe e com todos esses valores pode frustrar um pouquinho”, afirmou o treinador.

Após a ressalva de Tite, também houve repercussões nas redes sociais, com tor-cedores que questionaram a empresa do porquê de limitar a doação de alimentos ao número de gols marcados pelos jogadores.

Na segunda-feira, a Mastercard modificou a campanha. Neymar e Messi perma-necem como embaixadores do programa, mas 1 milhão de refeições serão doa-das, independentemente do número de gols marcados pelos dois jogadores.

“Nós na Mastercard ouvimos os comentários sobre a nossa campanha na Amé-rica Latina com os embaixadores da marca, Messi e Neymar Jr., em apoio ao Pro-grama Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP). Não queremos que torce-dores, jogadores ou qualquer pessoa perca o foco na questão crítica da fome e em nossos esforços para aumentar o apoio a essa causa. Com isso, estamos ajustando a campanha”, justificou a companhia em posicionamento oficial.

Além de agradar ao público, a MasterCard consegue, assim, descaracterizar uma ação que eventualmente fira os direitos exclusivos da Visa para o Mundial, já que só a marca americana poderia realizar uma campanha atrelada a gols no torneio.

A P Ó S M E I O A N O ,

M A R C A D E I X A O

H A N D E B O L

M A R V E L D A R Á N O M E A

E S TÁ D I O N A A U S T R Á L I A

Por meio de uma nota em seu

per-fil no Instagram, a Hummel afirmou

que deixou de patrocinar a

Confedera-ção Brasileira de Handebol. O

rompi-mento do contrato, que foi firmado

em dezembro de 2017, se deu por

conta do afastamento de Manoel Luiz

Oliveira da presidência da entidade.

Na nota, a Hummel afirma que o

afastamento por conta de “inúmeras

irregularidades” motivou o

não-prosse-guimento do acordo de patrocínio.

A parceria com o handebol era o

caminho encontrado pela empresa, de

origem dinamarquesa, para inserir-se

no mercado brasileiro após décadas de

batalha judicial pelo uso da marca.

A Marvel terá os naming rights do Docklands

Sta-dium, em Melbourne, na Austrália, a partir de setembro.

O contrato foi assinado pelos próximos oito anos e

mar-ca a entrada da gigante do entretenimento no esporte.

A Austrália é o país com maior número de fãs da

em-presa, recém-comprada pela Disney, o que justificou a

escolha pelo estádio em Melbourne. A ideia da Marvel

é investir cerca de US$ 225 milhões na arena, que terá

uma loja de 50 m² unindo o futebol e os super-heróis.

(3)

O P I N I Ã O

Oportunismo segue

a ditar patrocínio

A

lição de casa que parecia termos aprendido em 2014, quando as marcas

foram muito mais constantes na comunicação de seus patrocínios,

pare-ce ter sido jogada fora nesse período que antepare-cede o Mundial da Rússia.

O oportunismo voltou a ditar a relação das marcas com a seleção brasileira, dando

a impressão de que nem isso poderemos considerar como um dos legados pós-2014.

Quando vemos campanhas tímidas de marcas que buscam criar um vínculo com

a seleção brasileira apenas a uma semana da Copa, ou recuos estratégicos depois que

uma ação já foi ao ar, percebemos que o oportunismo segue a ditar o patrocínio.

A cada quatro anos voltamos a exalar o amor pela seleção brasileira em

campa-nhas de mídia que beiram o ridículo e tentam criar um vínculo que definitivamente

não é genuíno na relação do torcedor com a seleção. Ou, então, vemos marcas que

ficam distantes do esporte e aparecem só

na hora em que ele passa a ser “moda”.

Será que os gestores de marca não

en-tenderam que a comunicação de um

pa-trocínio precisa ser um trabalho perene de

construção de vínculos emocionais com o

consumidor de um determinado esporte?

A essência de um investimento no

esporte é se apropriar dos vínculos

emo-cionais que ele representa e transformá-los

em construção de relação afetiva com o

consumidor. Para isso acontecer, porém, a

marca não pode ter uma relação passiva com a propriedade que ela patrocina.

O maior erro que a Copa de 2018 evidencia é a manutenção da crença, dentro

das empresas, de que o investimento no esporte se resume a aproveitar o momento de

grande exposição na mídia de uma Copa do Mundo para falar com o público.

De nada adianta montar uma campanha que tenta ser emotiva durante apenas

dois meses a cada quadriênio. Isso não cria vínculo do torcedor mais fanático com a

marca e também não gera no torcedor casual uma percepção de que a empresa tem

uma mensagem a passar que realmente seja relevante para ela no dia a dia.

O legado que Copa e Olimpíadas poderiam deixar no esporte brasileiro é o de

que as marcas precisam trabalhar durante quatro anos para criar uma história que gere

a ela algum benefício por ser patrocinadora de um evento ou de um time. Mas, tal

qual fizemos nos anos anteriores aos megaeventos brasileiros, a maioria das empresas

ainda acha que é possível, em um mês, fazer tudo o que não fez nos outros 47.

Para ser bem executado, o patrocínio requer continuidade. E trabalho constante.

Para fazer de fato a diferença, marcas

precisam parar de querer só aparecer

num megaevento a cada quadriênio

POR ERICH BETING

(4)

A 10 dias da

Copa, Itaú relança

música da seleção

A Discovery, dona da Eurosport,

anunciou a compra dos direitos

in-ternacionais do PGA Tour,

princi-pal circuito de torneios de golfe do

mundo. O acordo foi assinado por

12 anos e valerá a partir de 2019.

A promessa da Discovery é criar

e desenvolver um serviço de

stream-ing “ao estilo Netflix” para fazer

parte da cobertura do circuito. O

contrato engloba também os

di-reitos on-line do PGA Tour e foi

fechado por US$ 2 bilhões.

Segundo a Discovery, além da

plataforma de streaming, os

tor-neios de golfe serão transmitidos

também por seus canais de televisão

regulares e pelo seu serviço on-line

já existente, o Eurosport Player.

D I S C O V E R Y VA I

E X I B I R G O L F E E M

M O D E L O S I M I L A R

A O D O N E T F L I X

O sucesso do egípcio Mohamed

Salah na atual temporada do futebol

tem rendido a ele novos patrocínios.

O jogador do Liverpool foi

apre-sentado como novo embaixador da

companhia de logística DHL pelos

próximos dois anos.

O contrato foi assinado em maio

e é válido apenas para as regiões da

África e do Oriente Médio. Esse é o

primeiro acordo do gênero firmado

pela DHL, que nunca havia feito um

contrato individual com um jogador.

S A L A H S E R Á

E M B A I X A D O R

D A D H L PA R A

A Á F R I C A E O

O R I E N T E M É D I O

POR REDAÇÃO

A euforia pré-Copa de 2014 foi substituída pela cautela das marcas antes do Mundial da Rússia. Prova disso foi a espera que o Itaú, um dos principais patrocinadores da seleção bra-sileira, teve para tentar reaquecer o clima de confiança no time brasileiro. Se, em 2014, o banco foi um dos que mais investiu na criação de um clima de euforia em torno do time nacional, agora a estratégia foi muito mais discreta.

Apenas na noite de segunda-feira, quando faltavam dez dias para o início do Mundial, que o Itaú relançou a música--tema que foi uma espécie de hino do banco para o time brasileiro em 2014. Com a presença de ícones da cultura pop atual (os cantores Anitta, Fabio Brazza e Thiaguinho), o grito de “Mostra sua força, Brasil” foi relançado.

O banco contou com a popularidade dos artistas para dar mais divulgação à música, que foi tocada pela primeira vez num intervalo comercial exclusivo durante a apresentação do “Jornal Nacional”, da TV Globo. Ao mesmo tempo, os perfis dos três nas redes sociais divulgaram o clipe da campanha, que conta com mais de 2,5 milhões de visualizações no You-Tube em menos de 10h de início de veiculação.

A mudança de estratégia mostra também a cautela que as marcas têm adotado para falar sobre a seleção brasileira. A única patrocinadora do time nacional que foi mais incisiva na comunicação foi a Brahma, que resgatou antigas conquistas do time nacional para preparar a campanha para 2018. As outras marcas só esta semana começaram a entrar na Copa.

(5)

POR ERICH BETING

A

realização do primeiro amistoso do Brasil na preparação à Copa do Mun-do pela manhã e o duelo entre as duas maiores torcidas Mun-do país na tarde renderam à Globo no último domingo altos índices na audiência.

A volta de Neymar ao time nacional, em duelo contra a Croácia, rendeu 29 pon-tos de audiência em São Paulo, com participação de 45% dos televisores ligados. No Rio de Janeiro, o duelo rendeu 27 pontos, com 57% de participação. O índice, para uma manhã de domingo, é extremamente alto. Tanto que apenas com a volta do futebol à grade da emissora, no fim de tarde, que os índices voltaram a subir.

Flamengo e Corinthians se enfrentaram no Maracanã e conseguiram 29 pontos com 45% de participação nas televisões em São Paulo e 31 pontos e 50% no Rio. O duelo que serviu para confirmar a liderança do Flamengo no Brasileirão foi a se-gunda melhor audiência da Globo no Rio de Janeiro aos domingos deste ano. Já em São Paulo, foi o terceiro melhor índice no dia “nobre” do futebol.

Mas, em ambas as praças, esses foram os melhores índices alcançados pela emis-sora na transmissão do Campeonato Brasileiro deste ano, que tem seguido um novo modelo de divisão de jogos, pulverizando mais os times que aparecem na TV e reduzindo a exposição em jogos de maior apelo com a torcida, o que incentiva a busca do torcedor pela compra do sistema de pay-per-view do Grupo Globo.

Cada ponto de audiência medido pelo Ibope equivale a 70,5 mil residências (ou 199,3 mil pessoas) na Grande São Paulo. No Rio de Janeiro e região metropolita-na, cada ponto é equivalente a 44 mil residências (ou 116,9 mil telespectadores).

Seleção e clássico

elevam Ibope na TV

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