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6486/21 ADD 1 jve/nb/mjb 1 JAI.1

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Conselho da União Europeia Bruxelas, 4 de junho de 2021 (OR. en) 6486/21 ADD 1 JAI 197 FRONT 70 ASIM 14 MIGR 45 CADREFIN 90 CODEC 258 Dossiê interinstitucional: 2018/0248(COD)

PROJETO DE NOTA JUSTIFICATIVA DO CONSELHO

Assunto: Posição do Conselho em primeira leitura com vista à adoção do

REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO que cria o Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração

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I. INTRODUÇÃO

1. A 13 de junho de 2018, a Comissão apresentou uma proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que cria o Fundo para o Asilo e a Migração1 (a seguir designado por "FAM" ou "Fundo"), ao abrigo da rubrica 4 ("Migração e Gestão das Fronteiras") do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027.

2. O Parlamento Europeu (PE) adotou a sua posição em primeira leitura2 na sessão plenária de 13 de março de 2019.

3. Em 7 de junho de 2019, o Conselho definiu uma orientação geral parcial3 que serviu de mandato parcial para encetar negociações com o Parlamento Europeu no contexto do processo legislativo ordinário.

4. Em 18 de dezembro de 2019, foi apresentado ao Comité de Representantes Permanentes (2.ª Parte) (a seguir designado "Comité") um relatório intercalar4 sobre as negociações em curso com o Parlamento Europeu. O relatório intercalar incluía uma proposta de compromisso da Presidência sobre os critérios de atribuição de financiamento (anexo I), que tinha obtido o apoio necessário na pendência das orientações do EUCO sobre a questão das sociedades insulares e o resultado das negociações sobre o QFP para 2021-2027.

1 10153/18 + ADD 1 2 7404/19

3 10148/19 4 14616/19

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5. O Comité chegou também a acordo quanto à atualização das disposições relevantes para o SECA do mandato conferido à Presidência, em 24 de julho de 2020, com vista a encetar negociações com o Parlamento Europeu sobre essas disposições.

6. Na sequência das orientações políticas sobre o QFP e do pacote de recuperação fornecidos pelo Conselho Europeu nas suas conclusões5 de 21 de julho de 2020, o Conselho definiu uma orientação geral sobre toda a proposta em 12 de outubro de 20206.

7. As negociações interinstitucionais tiveram início em 9 de outubro de 2019, com base no mandato parcial concedido em 7 de junho de 2019. No total, realizaram-se seis reuniões do trílogo, em 9 de outubro e em 11 de novembro de 2019, em 7 de outubro, em 12 e em 25 de novembro e em 9 de dezembro de 2020, para debater as questões políticas e dar

orientações para os debates técnicos. Estas reuniões foram apoiadas por vinte e uma reuniões técnicas. Além disso, foram realizadas em paralelo várias reuniões técnicas sobre questões horizontais para debater disposições de natureza horizontal nos três Fundos para os Assuntos Internos (FAM, IGFV e FSI).

8. Na última reunião do trílogo, foi alcançado um acordo provisório sobre as principais questões políticas entre a então Presidência alemã e a relatora do PE. Este acordo provisório foi

apresentado ao Comité em 16 de dezembro de 2020 através de um relatório intercalar7, tendo o Comité aprovado os progressos realizados nessa base.

5 00010/20

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9. Foram retomados em janeiro outros trabalhos técnicos sobre os considerandos, as disposições relativas à retroatividade, os anexos e os alinhamentos técnicos, e o Comité analisou o texto de compromisso final em 24 de fevereiro de 20218.

10. Em 1 de março de 2021, a Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos do Parlamento Europeu ("Comissão LIBE") aprovou o texto de compromisso final. Nesta base, o presidente da Comissão LIBE enviou uma carta à Presidência confirmando que, se o texto consolidado, tal como consta do anexo a essa carta, e sob reserva de revisões linguísticas, for formalmente transmitido ao Parlamento Europeu como posição do Conselho em primeira leitura, recomendaria aos membros da Comissão LIBE e, subsequentemente, ao plenário do PE que aceitassem a posição do Conselho em primeira leitura sem alterações na segunda leitura do PE.

11. Posteriormente, o Comité confirmou o acordo político com vista a uma segunda leitura com o Parlamento Europeu em 10 de março de 20219.

12. No decurso dos seus trabalhos, o Conselho teve em linha de conta o parecer adotado pelo Comité Económico e Social Europeu em 17 de outubro de 2018 e o parecer adotado pelo Comité das Regiões em 9 de outubro de 2018.

8 6111/21

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II. OBJETIVO

13. Durante os intensos fluxos migratórios, em 2015-2016, o apoio financeiro e técnico concedido pela UE aos seus Estados-Membros permitiu-lhes gerir melhor os desafios no domínio do asilo, migração e fronteiras externas. O orçamento da UE é, além disso, essencial para o financiamento de medidas comuns tendo em vista o controlo e vigilância eficazes das fronteiras externas da União, a fim de compensar a supressão dos controlos nas fronteiras internas. Além disso, em outubro de 2017, o Conselho Europeu reafirmou a necessidade de adotar uma abordagem global para a gestão da migração com o objetivo de restabelecer o controlo das fronteiras externas, reduzir o número de entradas e de mortes no mar, e que se deveria basear na utilização flexível e coordenada de todos os instrumentos disponíveis da União e dos Estados-Membros.

14. Neste contexto, na sua proposta de 2 de maio de 2018 relativa ao quadro financeiro plurianual 2021-2027, a Comissão propôs um reforço significativo do orçamento global da União para a gestão da migração e das fronteiras externas. Esta proposta cria o Fundo para o Asilo e a Migração, que prestará apoio à gestão eficaz da migração pelos Estados-Membros.

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III. ANÁLISE DA POSIÇÃO DO CONSELHO EM PRIMEIRA LEITURA

A) Considerações gerais

15. Com base na proposta da Comissão, o Parlamento Europeu e o Conselho conduziram negociações para chegarem a acordo na fase da posição do Conselho em primeira leitura ("acordo em segunda leitura antecipada "). O texto do projeto de posição do Conselho reflete plenamente o acordo político alcançado entre os colegisladores, facilitado pela Comissão.

B) Questões-chave de caráter político

16. As principais questões de caráter político do acordo, refletidas na posição do Conselho em primeira leitura, são as seguintes:

Objetivos do Fundo

17. Na sua proposta, a Comissão propôs uma simplificação dos objetivos específicos, que incluiu a supressão do objetivo específico em matéria de solidariedade, uma vez que este é um princípio fundamental do Fundo que orienta todo o apoio. No seu mandato de negociação, o Conselho apoiou a abordagem da Comissão.

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18. Ambos os colegisladores concordaram que a solidariedade é um objetivo importante do Fundo. A título de compromisso, o acordo político reintroduz o objetivo específico de solidariedade e da partilha equitativa de responsabilidades (artigo 3.º), alinhando assim os objetivos do novo fundo FAMI com o atual Fundo.

Flexibilidade e percentagens mínimas

19. À luz da experiência adquirida com a crise migratória em 2015, a Comissão sublinhou a necessidade de um FAM flexível e adaptável. Em princípio, ambos os colegisladores concordam com a necessidade de flexibilidade. O Parlamento Europeu insistiu que deve ser dada resposta a todos os objetivos do Fundo até um determinado nível, sem comprometer a flexibilidade global. No âmbito de um pacote de compromisso global, os colegisladores chegaram a acordo sobre percentagens mínimas para a afetação de fundos aos objetivos específicos do Fundo.

20. Mais especificamente, foi acordado que os Estados-Membros devem afetar um mínimo de 15 % dos recursos afetados aos respetivos programas a cada um dos objetivos específicos

relativos ao Sistema Europeu Comum de Asilo (SECA) e à migração legal, integração e inclusão social (artigo 16.º).

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21. Foi igualmente acordado que 20 % dos recursos da dotação inicial para o instrumento temático serão afetados ao objetivo específico de solidariedade e da partilha equitativa de responsabilidades e que 5 % dos mesmos recursos se destinam aos órgãos de poder local e regional que aplicam medidas de integração (artigo 11.º).

Âmbito de aplicação do apoio

22. Na sua proposta, a Comissão propôs uma abordagem flexível do âmbito do apoio do Fundo, incentivando, mas sem restringir, as ações elegíveis enumeradas no anexo III. O mandato do Conselho apelou a uma maior flexibilidade, ao passo que o Parlamento Europeu insistiu em que o âmbito de aplicação do Fundo se limitasse às ações constantes do anexo III. O apoio a outras ações só teria sido possível na sequência da alteração do anexo através de um ato delegado.

23. A título de compromisso, o acordo político retomou a abordagem inicial da Comissão para efeitos dos programas elaborados pelos Estados-Membros (artigo 5.º). No entanto, o apoio do instrumento temático será limitado às ações constantes do anexo III, com exceção do apoio ao abrigo da ajuda de emergência (artigo 11.º). A Comissão também foi habilitada a alterar o anexo III através de atos delegados (artigo 5.º).

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Critérios para a atribuição de financiamento aos programas dos Estados-Membros

24. O acordo político alcançado sobre os critérios para a atribuição de financiamento aos

programas dos Estados-Membros, incluindo a linha de base para a apresentação de relatórios, baseia-se, em grande medida, no mandato do Conselho.

25. A título de compromisso, a repartição ponderada dos subcritérios relativos à migração irregular foi ligeiramente revista para refletir o compromisso alcançado entre os

colegisladores, mais especificamente, a percentagem de 70 % proporcionalmente ao número total de nacionais de países terceiros que tenham sido objeto de uma decisão de regresso, e uma percentagem de 30 % proporcionalmente ao número total dos que saíram efetivamente do território (anexo I).

Dimensão externa

26. Os colegisladores tinham pontos de vista divergentes sobre esta matéria. No entanto, e num espírito de compromisso, o acordo político alcançado entre os colegisladores reconhece a necessidade de abordar a dimensão externa sob certas condições, respeitando

simultaneamente as prioridades políticas dos colegisladores.

27. Mais especificamente, o Fundo pode apoiar ações em países terceiros ou com estes

relacionadas que contribuam para os objetivos do Fundo e desde que não sejam orientadas para o desenvolvimento, sejam coordenadas com outras ações da União e sejam coerentes com as prioridades da União e a política externa da União (artigo 5.º).

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28. As ações específicas relativas à cooperação com países terceiros e ao apoio à reintegração foram incluídas no anexo III, permitindo assim o apoio a essas ações também através do instrumento temático (ver ponto 23 supra).

29. Além disso, o Fundo prevê a associação de países terceiros, sob reserva de salvaguardas e de acordos específicos (artigo 7.º).

Reinstalação, admissão por motivos humanitários e transferência

30. No que diz respeito às admissões através da reinstalação (artigo 19.º) e à transferência de requerentes ou beneficiários de proteção internacional entre Estados-Membros (artigo 20.º), o acordo político prevê montantes mais elevados do que o mandato do Conselho. Foi

igualmente incluída uma abordagem simplificada.

31. No entanto, a título de compromisso, está previsto um montante ligeiramente inferior ao mandato do Conselho para admissões por motivos humanitários (artigo 19.º).

IV. CONCLUSÃO

32. A posição do Conselho em primeira leitura sobre o Regulamento que cria o Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração reflete plenamente o acordo político alcançado nas negociações entre o Conselho e o Parlamento Europeu, mediadas pela Comissão.

Referências

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