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MPE - RJ. Prof. Karina Jaques

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Academic year: 2021

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MPE - RJ

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MPE - RJ

O Ministério Público na Constituição Federal de 1988: princípios, garantias, vedações, estrutura e funções institucionais; Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP: natureza jurídica, composição, órgãos, atribuições e relação com as Instituições controladas; Inquérito Civil e investigação penal pelo Ministério Público: instrumentos para o exercício das funções institucionais. Procedimento investigatório criminal: instauração e tramitação, no âmbito do MPRJ (Resolução GPGJ 1.678/2011);

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Inquérito civil público, procedimento preparatório, termo de ajustamento de conduta e ação civil pública, no âmbito do MPRJ (Resolução GPGJ nº 1.769/2012); Procedimentos administrativos voltados à tutela dos direitos individuais indisponíveis: instauração e tramitação (Resolução GPGJ nº 1.778/2012); Rotina e funcionamento das secretarias das Promotorias de Justiça (Resolução Conjunta GPGJ/CGMP nº 11/2012);

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Organização do Ministério Público: Lei nº 8.625/93, Lei Complementar Estadual nº 106/03 e suas alterações; Lei Estadual nº 5.891/2011 (Dispõe sobre o Quadro Permanente dos Serviços Auxiliares do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro).

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“O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.” (Art. 127 da CF\88).

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Em 1988, com o advento da Constituição Federal, o Ministério Público passou a ocupar lugar de destaque, na estrutura do Estado, dada a amplitude de suas funções de proteção aos interesses difusos, coletivos e indisponíveis.

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MPE - RJ

Antes da atual Constituição, o Ministério Público mantinha atribuições de representação judicial da

União, condição que lhe impedia a total

independência. Na nova ordem constitucional, o art. 129, IX (última parte) veda expressamente ao Ministério Público a representação judicial e consultoria jurídica de entidades públicas.

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Entretanto, por força do art. 29, caput, do ADCT, a representação judicial da União manteve-se nas

atribuições do Ministério Público Federal

(integrante do MPU) até o advento da Lei Complementar 73\93, justamente a Lei Orgânica da Advocacia Geral da União.

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O Ministério Público é órgão do Estado (não do governo ou de qualquer Poder) dotado de especiais

garantias para desempenhar funções de

fiscalização, em juízo ou fora dele, sempre em defesa do regime democrático e dos interesses da coletividade.

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Ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, ou seja, ele é fiscal da lei. Toda ilegalidade praticada, independentemente de quem praticou, o Ministério Público deverá atuar, combater.

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Ele também é defensor do regime democrático, pois a democracia é nosso regime político, previsto no Art. 1º da CF\88, e objeto de defesa do Ministério Público – “o filho da Democracia”.

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Defende também os interesses sociais, incluídos os direitos sociais, coletivos e difusos, e também protege os interesses individuais, desde que indisponíveis.

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Art. 1º O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Parágrafo único. São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

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MPE - RJ

Art. 1º - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Parágrafo único - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

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“São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.” (Art. 127, § 1º da CF\88).

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A Constituição Federal elenca logo no início do artigo 127, os princípios institucionais “expressos” do Ministério Público, e as respectivas Leis Orgânicas também o fazem. São eles a unidade, a indivisibilidade, a independência funcional. Além deles devemos estudar o princípio do promotor natural.

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O princípio da unidade significa que os membros do Ministério Público integram um só órgão, sob a direção única do Procurador Geral. Só existe unidade dentro de cada Ministério Público, inexistindo entre o Ministério Público da União e o Ministério Público dos Estados, nem entre o Ministério Público de um estado-membro e o de outro.

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Decorre do princípio da unidade a regra de que o Ministério Público é liderado por uma única chefia: o Ministério Público da União subordina-se administrativamente ao Procurador Geral da República e cada Ministério Público do Estado subordina-se administrativamente ao Procurador Geral de Justiça.

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MPE - RJ

Como vimos, o Ministério Público é uno. E é justamente da unidade do órgão que decorre a sua

INDIVISIBILIDADE, o que significa que seus

membros não se vinculam aos processos nos quais atuam.

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MPE - RJ

Quem está vinculado ao processo é a instituição, una e indivisível, do Ministério Público. Por isso os

membros do Ministério Público podem ser

substituídos uns pelos outros, conforme previsão legal.

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MPE - RJ

Assim a indivisibilidade do Ministério Público dá maior força à unidade, não permitindo que seus

membros atuem de forma desvinculada à

instituição, ou seja, que atuem segundo seus interesses pessoais, pois quem atua é a instituição e não o sujeito.

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MPE - RJ

O fundamento da indivisibilidade e da possibilidade de substituição de um membro do Ministério Público por outro, está alicerçada na ideia de que, quem exerce os atos no processo é a instituição “Ministério Público” e não a pessoa do Promotor ou do Procurador.

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MPE - RJ

É importante frisar que de modo algum, o princípio da indivisibilidade contraria o princípio do promotor natural, pois a substituição só ocorrerá se houver previsão legal.

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MPE - RJ

Também os membros do Ministério Público não estão subordinados tecnicamente a nenhuma autoridade, nem aos seus superiores hierárquicos, pois têm autonomia funcional para agir nos processos conforme as normas e sua interpretação jurídica.

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MPE - RJ

Os órgãos de administração superior do Ministério Público podem editar recomendações sobre a atuação funcional para todos os integrantes da instituição, mas sempre de caráter opinativo e não normativo.

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Conclui-se que o princípio da independência também está relacionado aos membros do Ministério Público, para dar

suporte a independência funcional da própria instituição,

que não está subordinada a nenhum dos Poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário), apresentando também autonomia financeira e administrativa, sendo denominada por muitos doutrinadores de “órgão

extrapoder”.

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MPE - RJ

Como decorrência da independência funcional e da garantia da inamovibilidade surge o princípio do

“promotor natural”, no sentido de não se admitir a

retirada de competência de um membro do Ministério Público para a designação de outro, de forma unilateral, pelo Procurador Geral de Justiça ou pelo Procurador Geral da República e fora dos limites estabelecidos pela norma.

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MPE - RJ

É princípio logicamente ligado ao princípio constitucional do devido processo legal, no qual o acusado tem direito,

além de ser julgado por órgão independente e

pré-constituído, também tem o direito constitucional de ser acusado por um órgão (ou membro) independente do Estado, vedando-se por consequência, a designação, inclusive de promotores ad hoc.

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Numa leitura superficial, nós poderíamos concluir que o princípio do promotor natural não está explícito no texto da Constituição Federal, mas verificando com mais atenção, podemos perceber que ele é extraído da interpretação do art. 129, I e § 2º da CF/88.

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§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (art. 129, I, § 2º da CF/88)

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O Conselho Nacional do Ministério Público é órgão colegiado, previsto no art. 130-A da CF\88, e regulamentado pela Lei 11.372\2006. O CNMP é composto por 14 membros, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para mandato de 2 anos, admitida uma recondução.

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O Procurador-Geral da República, membro nato e

presidente do CNMP; quatro membros do

Ministério Público da União (um de cada ramo); três membros dos MPE’s; dois juízes; dois advogados; dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada.

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Membros do CNMP Quem indica?

Procurador-Geral da República Membro nato

Membro oriundo do MPF PGR (chefe do MPF) Membro oriundo do MPT PGT (chefe do MPT) Membro oriundo do MPM PGJM (chefe do MPM) Membro oriundo do MPDFT PGJ (chefe do MPDFT)

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Membros do CNMP Quem indica?

Membro do MP Estadual PGJ’s (reunião dos chefes) Membro do MP Estadual PGJ’s (reunião dos chefes) Membro do MP Estadual PGJ’s (reunião dos chefes)

Juiz de Direito STF

Juiz de Direito STJ

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Membros do CNMP Quem indica?

Advogado Conselho Federal da OAB

Advogado Conselho Federal da OAB

Cidadão Câmara dos Deputados Federais

Cidadão Senado Federal

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Concluída a formação do Conselho Nacional do Ministério Público, será eleito, por votação secreta dos membros, o Corregedor Nacional, só podendo ser candidato ao cargo, os conselheiros oriundos do Ministério Público.

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O Corregedor Nacional terá mandato de 2 anos,

vedada a recondução, tendo as seguintes

competências, além daquelas previstas em lei: receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;

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exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.

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MPE - RJ

Além das atribuições do Corregedor Nacional, que é o “executivo” do CNMP, a Constituição Federal também elenca atribuições do próprio CNMP, sem prejuízo daquelas que podem ser previstas em lei. Vejamos o que disciplina o texto do Art. 130-A, §2º da CF\88:

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Art. 130-A (...)

§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe:

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I- zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

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II- zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos

administrativos praticados por membros ou órgãos do

Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas;

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III- receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção,

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a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;

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IV- rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;

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V- elaborar relatório anual, propondo as

providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

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Para finalizar nosso estudo sobre os dispositivos constitucionais sobre o CNMP, devemos saber que o Presidente do Conselho Federal da OAB deverá oficiar junto ao CNMP, ou seja, ele participa das sessões, inclusive com direito a manifestação oral, mas sem direito a voto, já que não é membro do Conselho. Não confunda com aqueles dois “membros” do CNMP oriundos da OAB, pois eles pertencem ao Conselho, e, portanto, têm direito a voto!

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MPE - RJ

Também devemos saber que serão criadas, no âmbito da União e dos Estados, ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares. Tais denúncias e reclamações serão encaminhadas diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público, para garantir a imparcialidade da apuração dos fatos.

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Por crimes de responsabilidade, os membros do CNMP serão julgados pelo Senado Federal (art. 52, II da CF\88).

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Entretanto, por crimes comuns não há previsão expressa na Constituição Federal, o que nos faz concluir que cada membro responde pelos seus crimes comuns cometidos, conforme as “suas prerrogativas”, não incidindo nenhuma regra especial em relação aos membros do CNMP.

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Por exemplo, se o PGR, membro do CNMP, comete um crime comum, será julgado conforme as regras constitucionais aplicadas ao PGR (prerrogativa de foro do PGR – julgamento pelo STF); já o Advogado, membro do CNMP, que comete um crime comum, será julgado conforme as regras constitucionais aplicadas a ele (não há prerrogativa de foro).

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MPE - RJ

Lembre-se que se este Advogado, membro do CNMP, comete crime de responsabilidade, será processado e julgado pelo Senado Federal, pois neste caso há prerrogativa de foro (Art. 52, II da CF/88).

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As ações contra o Conselho Nacional do Ministério Público são de competência do STF (Art. 102, I, r da CF\88).

Vamos ao exemplo:

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MPE - RJ

Caso um cidadão queira ajuizar um mandado de

segurança contra o Conselho Nacional do

Ministério Público, o foro competente para julgamento é o STF (Art. 102, I, r da CF\88).

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Todavia se o mesmo cidadão ajuizasse um mandado de segurança contra ato de um Juiz de Direito, que também é membro do CNMP, mas que está sendo questionado na sua função de juiz (por exemplo, um ato do juiz na função de Diretor do Fórum, que viola direito de um servidor), o foro competente não seria o STF, e sim o foro determinado para os juízes de Direito (por exemplo, decisão de um juiz estadual, seria o seu Tribunal de Justiça correspondente).

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Entretanto, se um cidadão queira ajuizar “Ação Popular” contra o Conselho Nacional do Ministério Público, a competência não é do STF. Tal matéria já foi objeto de manifestação do próprio Supremo que, categoricamente, excluiu da interpretação do Art. 102, I, r da CF\88 a modalidade “Ação Popular”.

Referências

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