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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE POLÍTICA, ECONOMIA E NEGÓCIOS LUCAS CAPPELLI MENDES LEAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCOLA PAULISTA DE POLÍTICA, ECONOMIA E NEGÓCIOS

LUCAS CAPPELLI MENDES LEAL

RELATO INTEGRADO: A COMPARABILIDADE DOS ELEMENTOS DE CONTEÚDO ENTRE AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, NA ÓTICA DO CPC00

OSASCO 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCOLA PAULISTA DE POLÍTICA, ECONOMIA E NEGÓCIOS.

LUCAS CAPPELLI MENDES LEAL

RELATO INTEGRADO: A COMPARABILIDADE DOS ELEMENTOS DE CONTEÚDO ENTRE AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, NA ÓTICA DO CPC00

Trabalho de Conclusão de Curso apresentando à Universidade Federal de São Paulo como requisito para aprovação no curso de Bacharelado em Ciências Contábeis.

Orientadora: Profa. Dra. Simone Alves da Costa

OSASCO 2019

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RESUMO

Este estudo aborda o Relato Integrado (RI), um relatório que visa atender às demandas dos stakeholders, fornecendo uma imagem sustentável da organização, a partir de seu desempenho organizacional e da criação de valor a curto, médio e longo prazos. O objetivo geral deste estudo foi verificar, considerando-se a finalidade do RI e na visão do CPC00, a comparabilidade entre os elementos de conteúdo do RI, entre as instituições financeiras no biênio 2017-2018. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa de natureza descritiva, considerando-se os relatórios das seguintes instituições financeiras: Itaú Unibanco Holding S.A., Bradesco, Santander e Banco do Brasil. Concluiu-se que todos os itens de conteúdo analisados (visão geral organizacional e ambiente externo; governança; modelo de negócios; riscos e oportunidades; estratégia e alocação de recursos; desempenho; perspectiva; base para apresentação) são comparáveis nas divulgações das instituições financeiras. Além disso, os relatos integrados das instituições bancárias analisadas correspondem à finalidade do RI na visão do CPC00; e que os oito elementos de conteúdo supracitados estão presentes nos relatórios das instituições financeiras: com exceção Itaú que não apresentou o elemento relacionado à perspectiva e o Santander que não apresentou o elemento relacionado à base para apresentação. Os demais elementos foram descritos pelos dois bancos. Quanto ao Bradesco e Banco do Brasil, ambos apresentaram em seus relatórios todos os elementos de conteúdo analisados.

Palavras-chave: Relato integrado; Instituições Financeiras; Sustentabilidade; Disclosure; CPC00.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

[B]3 Brasil, Bolsa, Balcão

BI Bilhões

BM&FBOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo

CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis

CPC00 Comitê de Pronunciamentos Contábeis pronunciamento técnico 00

CVM Comissão de Valores Mobiliários

DJSI Dow Jones Sustainability Indices

ECO92 Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento

GRI Global Reporting Initiative

GRI Global Reporting Initiative

IIRC International Integrated Reporting Council ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial

NPS Net Promoter Score

PCLD Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

PJ Pessoas jurídicas

RI Relato Integrado

RIO+20 Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

ROE Retorno sobre o patrimônio líquido (Return on Equity)

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

Quadro 1: Análise dos elementos de conteúdo ... 19 Quadro 2: Comparação dos relatos integrados ... 20

Tabela 1: Desempenho: análise comparativa dos relatos integrados das instituições financeiras ... 25 Tabela 2: Perspectiva: análise comparativa dos relatos integrados das instituições financeiras ... 26 Tabela 3: Base para apresentação: análise comparativa dos relatos integrados das instituições financeiras ... 27 Tabela 4: Resumo da análise comparativa dos relatos integrados das instituições financeiras ... 28

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 7

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 11

2.1 GRI e Triple Bottom Line ... 11

2.2 Governança corporativa no Brasil ... 13

2.3 Disclosure e as características qualitativas da informação contábil ... 14

2.4 Relato Integrado – características e estudos sobre o tema ... 16

3 METODOLOGIA ... 19

4 ANÁLISE DE DADOS ... 21

4.1 Apresentação dos resultados ... 21

4.2 Discussão dos resultados ... 29

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 31

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1 INTRODUÇÃO

Este estudo aborda o Relato Integrado (RI) que tem sido realizado no intuito de fornecer aos stakeholders (investidores, clientes, etc.) uma imagem sustentável da empresa, considerando o desempenho organizacional e a criação de valor ao longo do tempo.

A sustentabilidade é uma forma de atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas necessidades (GRANT; KENTON, 2019). Com base no conceito de sustentabilidade, surgiu a responsabilidade social corporativa, baseada em três pilares: econômico, ambiental e social (PASCUAL et al., 2019).

Para alcançar a sustentabilidade nos negócios e atuar com responsabilidade socioambiental corporativa, as empresas passaram a investir em Governança, que é uma prática referente à estrutura da administração de uma organização, a forma de escolha dos seus administradores e a divulgação de informações da companhia para seus acionistas e para o mercado.

Destinada a facilitar a gestão dinâmica e transparente dos recursos da empresa, e diretamente relacionada a controles internos mais rigorosos, a Governança Corporativa desperta cada vez mais o interesse do mundo dos negócios, sobretudo, nos assuntos relacionados à sustentabilidade dos negócios organizacionais.

Para compreender a importância da sustentabilidade e da Governança nas empresas, é interessante um breve relato histórico. Até a década de 1930, os relatórios divulgados pelas pessoas jurídicas (PJ) eram incipientes e princípios como

Disclosure1 e Accountability2 não eram idealizados. Com a queda da Bolsa de Nova

York, em 1929, o mercado internacional iniciou um trabalho com relatórios financeiros mais robustos.

A chegada de novas tecnologias, a alta demanda por informações institucionais, a velocidade de produção e os recursos escassos, durante o século XX,

1 Disclosure – termo contábil para divulgação das informações financeiras.

2 Accountability – refere-se ao senso de responsabilidade baseado no controle, prestação de contas e

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foram fatores que influenciaram a mudança nos relatórios, tornando a sustentabilidade e a governança corporativa uma necessidade nas organizações (CARVALHO, 2019). Durante muito tempo acreditou-se que os maiores problemas do mundo, como pobreza, esgotamento recursos e excesso de resíduos sólidos, deveriam ser resolvidos pelos governos. Com o passar do tempo, ficou claro que os governos não conseguiriam superar esses desafios.

Em 1972, com a Conferência de Estocolmo, a academia e o mercado puderam apreciar uma primeira formalização da disposição dos países em estabelecer compromissos relacionados as questões ambientais, tais como: poluição atmosférica e utilização sustentável dos recursos naturais (CARVALHO, 2019).

Posteriormente, na década de 1990, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (ECO92) foi realizada e, em 2012, ocorreu a RIO+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável) como reafirmação do compromisso social e político com o desenvolvimento sustentável (CARVALHO, 2019).

Por fim, com a inclusão de economistas, preocupados com a Economia Verde, advogados propondo uma legislação ambiental, contadores na tradução disso em relatórios ao Mercado, o Príncipe de Gales trouxe por iniciativa a criação do International Integrated Reporting Council (IIRC), visando à construção normativa e conceitual do Relato Integrado (CARVALHO, 2019).

O RI tem sido descrito na literatura como uma importante ferramenta para a transparência das organizações quanto à sua responsabilidade socioambiental, seu impacto no ambiente e as inovações realizadas no sentido de minimizar esses impactos (RAGAN, 2014; NASCIMENTO et al., 2015).

É importante observar que o RI não é apenas um relatório, e sim a integração de informações financeiras e não financeiras resultantes do efeito da utilização dos recursos pelas organizações (NASCIMENTO et al., 2015).

Os fundamentos do RI são baseados nas seguintes perspectivas: “(1) capitais (financeiros, manufaturados, intelectuais, humanos, sociais/relacionamentos e naturais); (2) modelo de negócios da organização; e (3) criação de valor no decorrer do tempo” (NASCIMENTO et al., 2015; p. 2).

A integração desses conceitos contribuem na demonstração de como a empresa cria valor quando usa ou afeta os capitais alinhados ao seu modelo de

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negócio. Para atender aos fundamentos do RI, sua formação e consolidação são resguardadas pelos objetivos do IIRC e do Global Reporting Initiative (GRI).

No RI alguns conceitos como: visão geral da organização e ambiente externo, governança, modelo de negócios, riscos e oportunidades, estratégia e alocação de recursos, desempenho e perspectivas, vieram a suportar os elementos de conteúdo do framework.

Mediante ao cenário supracitado, as grandes empresas, e dentre elas as instituições financeiras, por meio do Disclosure voluntário, aderiram à divulgação do Relato Integrado. Tendo em vista a adoção voluntária de algumas empresas no mercado, é plausível a análise da forma que estão sendo divulgados os elementos de conteúdo do RI, e se é possível atribuir comparabilidade entre as divulgações, no que se refere as empresas de um mesmo setor econômico.

Assim, o problema de pesquisa é o seguinte: quais elementos de conteúdo do RI são comparáveis nas divulgações das instituições financeiras?

Para atender ao problema de pesquisa supracitado, o objetivo geral deste estudo é verificar, considerando-se a finalidade do RI e na visão do CPC003, a

comparabilidade entre os elementos de conteúdo do RI, entre as instituições financeiras no biênio 2017-2018.

Os objetivos específicos deste estudo são os seguintes: (i) verificar se os oito elementos de conteúdo4 estão presentes nos relatórios; (ii) identificar se os elementos

presentes são comparáveis entre os relatos integrados.

Este estudo se justifica pelo fato de que o RI se tornou essencial para as empresas com responsabilidade corporativa, melhorando a imagem dessas empresas junto aos consumidores. O RI é um tema relativamente novo para as instituições financeiras analisadas e que pode ter impactos social e corporativo significativamente relevantes, quando comparado aos relatórios convencionais da Contabilidade no século XX.

3 CPC00 - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro

(http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/06/cpc_pronunciamentos_2012_web.pdf).

4 Para atingir sua finalidade o RI deve apresentar oito elementos de conteúdo: (1) visão geral

organizacional e ambiente externo; (2) Governança; (3) modelo de negócios; (4) riscos e oportunidades; (5) estratégia e alocação de recursos; (6) desempenho; (7) perspectiva; (8) base para apresentação.

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Para este trabalho, além da presente introdução, são contemplados os seguintes tópicos: referencial teórico; metodologia, análise de dados e considerações finais – todos relacionados ao tema abordado.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

A sustentabilidade nos negócios não pode ser baseada apenas pelo viés econômico, ao contrário, ele precisa incluir investimentos ambientais e sociais (GRANT; KENTON, 2019; PASCUAL et al., 2019). Para alcançar maior transparência as empresas passaram a adotar um modelo de relatório que integra lucros (economia), planeta (ambiental), pessoas (social) (GRANT; KENTON, 2019;. KENTON, 2019; PASCUAL et al., 2019; SLAPER; HALL, 2011).

Assim, temas de maior impacto como os direcionados pela GRI, como sustentabilidade, governança corporativa, disclosure, entre outros têm sido abordados em estudos recentes (ABREU, 2016; CECON, 2016; RODY, 2018).

Estudos sobre o RI (ALVES, 2017; BALARDIM, 2017; MORAIS, 2017; RIZZI, 2017; SOSA, 2018) destacam a sua relevância para as empresas, sobretudo, para angariar maiores investimentos e atender às necessidades dos stakeholders. Observou-se nesses estudos uma lacuna no que se refere aos relatos integrados de instituições financeiras no Brasil, que foi o foco do presente estudo.

Nesse contexto, no presente referencial teórico são abordados os seguintes assuntos: o GRI e Triple Bottom Line; a Governança corporativa e as ações no Brasil que impulsionaram a adesão das empresas a esse modelo de gestão; o CPC00 com ênfase em Disclosure e as características qualitativas da informação contábil; e, por fim, o RI, incluindo os estudos que já foram realizados sobre o tema no Brasil.

2.1 GRI e Triple Bottom Line

A sustentabilidade aliada a responsabilidade social corporativa são assuntos de relevância para as organizações do século XXI (KENTON, 2019). A sustentabilidade passou, portanto, a ser conceituada conforme o paradigma tripolar que se refere à integração da economia, do ambiente e da sociedade, conduzida e praticada em conjunto por três grupos: empresários, governo e sociedade civil organizada (PASCUAL et al., 2019).

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Portanto, o desenvolvimento social está relacionado às dimensões sociais de uma empresa, comunidade ou região e pode incluir medidas de educação, equidade e acesso a recursos sociais, saúde e bem-estar, qualidade de vida e capital social.

Grant e Kenton (2019) descrevem a sustentabilidade como uma forma de atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas necessidades. Esse conceito é formador por três pilares: econômico, ambiental e social, também, descritos como lucros, planeta e pessoas. Esse tripé da sustentabilidade recebeu o nome de Triple Bottom Line (TBL).

De acordo com Slaper e Hall (2011), a sustentabilidade tem sido uma meta frequentemente mencionada pelas empresas, organizações sem fins lucrativos e, também, pelos governos na última década. No entanto, mensurar o grau de desenvolvimento sustentável que uma organização está alcançando pode ser difícil.

Frente a um tema de tamanha relevância como a sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa e, mediante diversos agentes envolvidos, foi necessária a criação de uma instituição centralizadora e direcionadora dos temas de maior impacto como a Global Reporting Initiative (GRI), que:

[...] é uma organização internacional independente que têm por finalidade auxiliar empresas e governos a comunicarem os impactos de suas ações em aspectos críticos de sustentabilidade, como mudança climática, direitos humanos, governança e bem-estar social (GRI, 2019).

Na década de 1990, John Elkington apresentou o conceito de Triple Bottom Line, que extrapola as medidas contábeis tradicionais baseadas apenas nos valores econômicos e, principalmente, no lucro, incluindo as dimensões ambientais e sociais. Deste modo, os relatórios econômicos, ambientais e sociais passaram a ser incluídos nas metas de sustentabilidade das empresas (KENTON, 2019).

O princípio TBL sustenta que, se uma empresa está concentrada apenas nas finanças, ela não atende aos critérios de sustentabilidade, que são baseados no tripé: econômico (lucro), ambiental (planeta) e social (pessoas). De acordo com Kenton (2019), para atender à teoria TBL, as empresas devem trabalhar simultaneamente nessas três linhas principais:

a) Lucro: a medida tradicional do lucro corporativo – a conta de lucros e perdas;

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c) Pessoas: mensura a responsabilidade social de uma organização ao longo de suas operações.

Ao focar nesses três pilares, os relatórios com resultados triplos (relato integrado) podem ser uma ferramenta importante para apoiar as metas de sustentabilidade de uma empresa.

2.2 Governança corporativa no Brasil

Existe, atualmente, um reconhecimento generalizado, bem como crescente evidência empírica, de que os modelos de gestão baseados em governança corporativa podem afetar substancialmente todas as partes que se relacionam com uma empresa.

No século XX, as melhorias após a revolução industrial, inevitavelmente, levaram ao desaparecimento das fronteiras entre os países, aumento no comércio internacional e relações comerciais, aumento dos investimentos internacionais, e mudanças nas condições de concorrência (CHING, 2013).

Especialmente o conceito de governança corporativa ganhou significativa importância no reforço da capacidade competitiva dos mercados financeiros globais e a inadequação das práticas de Governança é considerada um reflexo dos fatores subjacentes mais importantes que serviram de pano de fundo para diversas crises financeiras globais e escândalos em empresas internacionais e nacionais. Como resultado, o conceito de governança corporativa recebeu maior importância, uma vez que passou-se a acreditar que as autoridades públicas e reguladoras haviam sido enganadas por irregularidades contábeis e/ou pela falta de transparência na divulgação de dados financeiros (CARLIN, 2011).

A governança corporativa visa mostrar as práticas e os relacionamentos entre todos os membros da empresa, considerados fornecedores de recursos de informações, tendo como objetivo aumentar esses recursos e garantir maior retorno sobre os investimentos (CHING, 2013).

Para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a governança corporativa é um conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma empresa ao proteger todas as partes interessadas, como investidores, empregados e credores, facilitando o acesso ao capital. A análise das práticas de governança corporativa

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aplicada ao mercado de capitais envolve, prioritariamente, transparência, equidade de tratamento dos acionistas e prestação de contas (CHING, 2013).

Em linhas gerais, a governança corporativa pode ser considerada um instrumento de vigilância do comportamento adequado das atividades empresariais, visando minimizar prejuízos aos acionistas e aumentar o patrimônio e os recursos investidos, os quais merecem apreciação econômica em caso de sucesso.

2.3 Disclosure e as características qualitativas da informação contábil

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC, 2013) define o pronunciamento técnico 00 (CPC00) como uma “Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro”. Trata-se de uma estrutura que possibilita uma visão mais clara e concisa das informações contábeis incluídas nos relatórios. Essas informações contábeis, denominadas Disclosure, são destinadas aos stakeholders da organização.

Na estrutura fornecida pelo CPC00, as informações contábeis são divididas em dois blocos: (a) características qualitativas fundamentais: que abrange a relevância, materialidade e representação fidedigna; e (b) características qualitativas de melhoria: abarca a comparabilidade5, verificabilidade6, tempestividade7 e compreensibilidade8

(CPC, 2013).

A informação é um meio para descrever tudo o que acontece no contexto contábil-financeiro de uma empresa, tais como os acontecimentos patrimoniais, os fatos, ou fenômenos que ocorrem nas empresas (SILVA, 2016). No entanto, ela

5 “Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e

compreendam similaridade dos itens e diferenças entre eles. Diferentemente de outras características qualitativas, a comparabilidade não está relacionada a um único item. A comparação requer no mínimo dois itens” (CPC, 2013, p. 31).

6“A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o

fenômeno econômico que se propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação fidedigna” (CPC, 2013, p. 31-32).

7“Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder

influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode ter seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências” (CPC, 2013, p.32).

8 A compreensibilidade é definida como “Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza

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precisa seguir uma estrutura adequada para facilitar a identificação dos fatos e como eles afetam a empresa. Atualmente, a informação vai além dos fatos contábeis e financeiros, ela inclui o capital social e ambiental das empresas, demonstrando seu impacto, tanto para a comunidade em seu entorno como para o Planeta.

Nesse sentido, estudos recentes têm demonstrado a importância do Disclosure para as empresas (ABREU, 2016; CECON, 2016; RODY, 2018).

O estudo realizado por Abreu (2016) evidenciou as dificuldades de compreensão das informações encontradas em relatórios corporativos de algumas empresas analisadas, o que prejudica a percepção do impacto ambiental das empresas por parte dos stakeholders. Ele sugere o aprimoramento do Disclosure ambiental para aumentar a transparência das empresas.

Cecon (2016) avaliou a associação do disclosure socioambiental com o valor de mercado de empresas brasileiras de alto impacto ambiental, listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA) e, também, avaliou separadamente a associação do Disclosure social e ambiental com o valor de mercado dessas empresas. A conclusão foi que o mercado está cada vez mais exigente em relação as informações divulgadas pelas empresas, sobretudo, em relação ao Disclosure ambiental. Isso demonstra que o Disclosure ambiental pode trazer vantagens competitivas pelas empresas em relação ao seu valor de mercado.

De acordo com o estudo realizado por Rody (2018), o disclosure voluntário pode ser considerado uma opção para atrair financiamentos organizacionais, uma vez que, ao optar por esse tipo de informação voluntária, as empresas se tornam mais transparentes e minimizam os riscos de aplicação de capital por parte dos investidores.

Considerando-se a importância do disclosure descrito nos estudos supracitados, é possível afirmar que adotar a estrutura fornecida pelo CPC00 é uma vantagem para a empresa, pois ela possibilita uma melhor identificação das várias informações contidas nos relatórios, sobretudo, quando se trata do relato integrado que fornece uma visão mais abrangente dos investimentos das organizações, incluindo dados econômicos, ambientais e sociais.

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2.4 Relato Integrado – características e estudos sobre o tema

Um desafio enfrentado pelas empresas de alto impacto ambiental ou social é que elas têm dificuldades em mobilizar e acessar capital. Muitos stakeholders veem isso como uma dificuldade em medir o impacto socioambiental e quantificar os riscos e retornos. Sem medidas claras que mostrem o impacto torna-se difícil atrair capital filantrópico. Sem avaliações claras de risco e um histórico estabelecido de retornos financeiros convincentes, os investidores não se sentem atraídos a investir. Assim, os stakeholders de empresas de alto impacto sugerem que mais medidas padronizadas para mensurar o impacto social são necessárias (RANGAN, 2014).

Nesse contexto, o desenvolvimento do RI foi motivado por duas ideias principais: o fornecimento de informações adicionais aos investidores para ajudar na avaliação do desempenho futuro das empresas; e na capacidade da administração de responder às mudanças conforme as necessidades dos stakeholders em relação à responsabilidade social (NASCIMENTO et al., 2015).

O IIRC recomenda oito elementos de conteúdo que devem ser incluídos no relato integrado, a saber (INTEGRATED REPORTING, 2015):

I. O elemento de conteúdo ‘visão geral e ambiente externo’: a visão geral tem como objetivo a descrição da atuação da organização, o que ela faz e como ela atua em seu segmento de mercado, considerando fatores como missão, visão, composição acionária, estrutura operacional, competitividade, entre outros. Já o ambiente externo considera os fatores significativos (legais, comerciais, sociais, ambientais e políticos) que implicam na geração ou não de valor em curto, médio e longo prazos.

II. Governança: esse elemento de conteúdo demonstra como a estrutura de governança de uma empresa apoia a sua capacidade de geração de valor em curto, médio e longo prazos, considerando a sua estrutura de liderança, processos de decisão estratégica, entre outros.

III. Modelo de negócios: se refere a atuação da empresa, considerando como os insumos são transformados por meio de usas atividades, considerando os produtos e os impactos socioambientais.

IV. Riscos e oportunidades: o RI deve apresentar quais os riscos e oportunidades que impactam a organização, considerando sua

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disponibilidade, acessibilidade e qualidade contínuas de capitais em curto, médio e longo prazos.

V. Estratégia e alocação de recursos: esse elemento de conteúdo busca identificar quais são as estratégias e metas estabelecidas pelas organizações e como elas pretendem cumpri-las.

VI. Desempenho: o desempenho é apresentado por meio de dados quantitativos relacionados as metas e objetivos alcançados e os impactos desses resultados sobre os capitais da instituição.

VII. Perspectivas: o objetivo desse elemento é demonstrar quais são os desafios e as incertezas enfrentadas pela instituição e como esses fatores implicam em seu modelo de negócios e no desempenho futuro. VIII. Base para a preparação e apresentação: esse elemento visa demonstrar

como a organização determinou os temas a serem incluídos no RI e como esses temas foram quantificados e avaliados.

Estudos recentes têm demonstrado a importância do RI para as organizações (ALVES, 2017; BALARDIM, 2017; MORAIS, 2017; RIZZI, 2017; SOSA, 2018).

Alves (2017) analisou o potencial de significação da linguagem visual das informações financeiras e não financeiras nos relatos integrados. A análise foi realizada com empresas de capital aberto do programa Piloto, no Brasil, entre 2014-2015. A conclusão do estudo foi de que a maioria dos relatos integrados está em fase de adaptação para inclusão das informações referentes à sustentabilidade, sendo necessário atentar para a concisão e ampliação de imagens, pois a linguagem visual tem potencial para expressar a criação de valor com base no pensamento integrado.

Balardim (2017) afirmou que a transparência e o comprometimento das empresas em divulgar informações socioambientais e econômicas são essenciais para atender às necessidades e expectativas dos stakeholders. A análise de relatos integrados de 18 empresas, no período de 2012-2016, levou a conclusão que 78% estão de acordo com as diretrizes GRI.

Morais (2017) comparou o RI fornecido pelas empresas brasileiras e europeias, com base na Teoria Institucional. Os resultados mostraram que a adesão e difusão do RI tem ocorrido pela busca por legitimidade social em vez de um incremento da eficiência organizacional. As empresas buscam um resgate de sua imagem e

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reputação junto ao seu público, buscando aumentar a confiança de seus stakeholders, sobretudo, os investidores.

Rizzi (2017) afirmou em seu estudo que o RI tem como objetivo reunir as informações mais relevantes sobre as questões socioambientais de uma empresa. Ao analisar 254 empresas brasileiras de capital aberto, constantes BM&FBOVESPA em 2015. A conclusão foi que as características das informações publicadas nos relatos analisados são, majoritariamente, de cunho qualitativo. O caráter inovador do RI possibilita maior transparência em relação à sustentabilidade e pode ser considerado um instrumento importante para a criação de valor empresarial a curto, médio e longo prazos. Contudo, a autora observa que o RI ainda não está totalmente inserido nas empresas e existe um longo caminho para a sua efetiva padronização.

Sosa (2018) analisou o RI sob a ótica da Economia Ecológica e concluiu que ele não está alinhado aos fundamentos desse tipo de economia, pois existem divergências entre os documentos produzidos pelo IIRC, comprometendo o potencial do RI como vetor de transformação para governança corporativa. Outro ponto destacado é a baixa incidência de elementos e abordagens alusivas a tais fundamentos nos relatórios analisados. Por fim, o estudo constatou que nos casos em que o alinhamento entre o RI e a Economia Ecológica foi detectado, não foram estabelecidas relações com a adoção das diretrizes do IIRC.

Os estudos supracitados demonstram que o RI é importante para a maior transparência das organizações, sobretudo, em relação às ações ambientais. Além desses estudos, muitos outros abordam o RI e sua importância para as organizações. No entanto, observou-se uma lacuna na análise dos relatos integrados publicados por instituições financeiras no Brasil.

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3 METODOLOGIA

Para o objetivo da pesquisa, ser cumprido a metodologia baseia-se na abordagem qualitativa de natureza descritiva. Segundo Prodanov e Freitas (2013, p. 70), “pesquisa qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em número”. Desse modo, os dados qualitativos são baseados na interpretação do autor. A pesquisa descritiva consiste na descrição das características de um fenômeno ou de uma população de estudo.

O universo da pesquisa é formado por instituições financeiras no Brasil. A população selecionada para amostra concentra-se em quatro bancos: Santander; Bradesco; Itaú; e Banco do Brasil.

A coleta dos dados foi realizada por meio eletrônico, mais especificamente, no site de relações com investidores das quatro maiores instituições financeiras listadas na “Brasil, Bolsa, Balcão” [B]3, descritas a seguir em ordem decrescente de valor de

mercado: Itaú Unibanco Holding S.A., Bradesco, Santander e Banco do Brasil. Esses bancos estão contidos no Novo Mercado, sendo as duas primeiras (Itaú e Bradesco) N1, o Santander N2 e o Banco do Brasil NM. Foram analisados os relatos integrados dessas empresas no último biênio 2017-2018.

Para estabelecer um padrão de comparação foram considerados os oito elementos de conteúdo do RI com base no CPC00. Para organização dos dados coletados foi elaborada uma planilha de coleta de dados (Quadros 1 e 2), realizada com o auxílio do Excel, para facilitar a visualização dos parâmetros de comparação entre as quatro instituições financeiras analisadas. O quadro 1 apresenta o modelo de coleta de dados, onde foi realizada a análise de cada um dos elementos de conteúdo para todos os relatórios analisados, sendo que a coluna denominada ‘descrição’ contém as percepções do autor em relação aos achados na coleta de dados.

Quadro 1: Análise dos elementos de conteúdo Instituições financeiras Elemento de conteúdo

Sim/não Descrição

Itaú Bradesco Santander Banco do Brasil

(20)

O quadro 2 apresenta o modelo de coleta de dados para a comparação dos relatos integrados de cada uma das instituições financeiras analisadas.

Quadro 2: Comparação dos relatos integrados Elementos de

conteúdo

Informações que caracterizam os

elementos (sim/não) Itaú Bradesco Santander

Banco do Brasil Visão geral e ambiente externo

O RI explica o que a organização faz e sob quais circunstâncias ela atua?

Governança

O RI explica como a estrutura de Governança da organização apoia sua capacidade de gerar valor em curto, médio e longo prazos?

Modelo de negócios

O RI informa qual é o modelo de negócios da organização? Ricos e

oportunidades

O RI informa quais são os riscos e oportunidades específicos que afetam a capacidade da organização de gerar valor em curto, médio e longo prazos e como ela lida com eles?

Estratégia e alocação de recursos

O RI demonstra para onde a organização deseja ir e como ela pretende chegar lá?

Desempenho

O RI informa até que ponto a

organização já alcançou seus objetivos estratégicos para o período e quais são os impactos no tocante aos efeitos sobre os capitais?

Perspectiva

O RI informa quais são os desafios e as incertezas que a organização provavelmente enfrentará ao perseguir sua estratégia e quais são as

potenciais implicações para o seu modelo de negócios e seu desempenho futuro? Base para

apresentação

É possível identificar como a organização determina os temas a serem incluídos no RI e como eles são quantificados ou avaliados?

Fonte: elaboração do autor.

Com base nos quadros supracitados, o tratamento e coleta dos dados foram baseados em análise documental, considerando-se como ‘documentos’ as notas explicativas dos balanços, como sugerido por Appolinário (2011).

A apresentação dos resultados é descrita no tópico de análise de dados, onde são apresentadas tabelas comparativas com base os dados coletados nos relatos integrados de cada uma das instituições financeiras analisadas no biênio 2017-2018, seguida de uma discussão dos resultados, baseada na interpretação do autor a partir dos resultados da pesquisa e da literatura consultada.

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4 ANÁLISE DE DADOS

Este tópico apresenta os achados na pesquisa de campo e divide-se em dois subtópicos: apresentação de resultados e discussão.

4.1 Apresentação dos resultados

Com base nas informações coletadas, a partir da análise dos relatos integrados das instituições financeiras pesquisadas (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil), no que todos os relatórios apresentaram a visão geral.

Quanto o elemento visão geral, o Itaú mantém o foco de atuação da empresa na concessão de crédito, em uma carteira mista contemplando crédito consignado, crédito imobiliário, financiamento de veículos, crédito pessoal, crédito para pessoas jurídicas, cartão de crédito, entre outros. A instituição atua no mercado brasileiro e está presente em 19 países com foco na América Latina, porém também opera na Europa, América do Norte e Oriente Médio.

O objetivo do RI é descrito como uma forma concisa de prover “o máximo de informações relevantes que conectem não apenas os aspectos financeiros, mas também sociais, ambientais e de governança” (ITAÚ UNIBANCO HOLDING, 2018, p.5). Existe por parte do Itaú uma preocupação em com a transparência nas ações da instituição e em demonstrar para seus stakeholders sua atuação em prol do meio ambiente e da sociedade.

O foco do Banco Bradesco é o atendimento ao cliente, por meio de concessão de produtos financeiros, e atua no mercado brasileiro e internacional, os quais segundo o relatório, passou por períodos conturbados durante o ano mas a instituição acredita na estabilização e crescimento em 2019. Assim, como o Itaú, o Bradesco também busca maior transparência na transmissão de informações aos seus stakeholders, como pode ser observado já na introdução do RI dessa instituição: “nosso Relatório Integrado é o resultado do esforço coletivo de diversas áreas, que fizeram um exercício de transparência sobre os temas de interesse dos nossos mais diversos stakeholders” (BANCO BRADESCO, 2018, p.2).

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No Santander, o quesito visão geral foi demonstrado por meio de notícias das ações corporativas que o banco realizou durante o ano, abrangendo a visão, a missão e os valores; e por meio da fala do presidente foi apresentado o panorama cultural, financeiro, tecnológico e humano da organização. Ser um banco responsável com as questões socioambientais e financeiras é importante para o Santander, como pode ser observado na seguinte frase: “ao conciliar valores humanos e econômicos, cumprimos nossa missão de ser um banco responsável. Porque, para nós, há um só caminho: ser simples, pessoal e justo” (BANCO SANTANDER, 2018, p. 7).

Por fim, no Banco do Brasil, a empresa oferece a visão geral organizacional, demonstrando atuação no mercado de crédito, previdência e atacado, com boa capilaridade no território nacional. O ambiente externo em 2018 foi certamente crítico uma vez observado uma guerra comercial entre China e Estados Unidos, que se materializou adversamente no desempenho da economia mundial. Também houve queda no preço de commodities metálicas e de petróleo. Assim como o Itaú, Bradesco e Santander, o Banco do Brasil tem buscado conciliar as questões financeiras, sociais e ambientais: “assumimos formalmente o propósito de cuidar do que é valioso para as pessoas” (BANCO DO BRASIL, 2018, p.13).

Em relação à Governança, todas as instituições analisadas apresentaram esse elemento em seus relatórios. No Itaú, a criação de valor é tida como geração de resultados financeiros superior ao custo de capital. A “governança corporativa conduz a organização, define as estratégias e gerencia os principais riscos e oportunidades relacionados aos negócios” (ITAÚ UNIBANCO HOLDING, 2018, p.3). Resultado o qual irá remunerar o acionista de modo duradouro, pautado em transparência, confiança e sustentabilidade.

No Bradesco a estrutura da governança está fundamentada na Assembleia Geral de Acionista, no Conselho de Administração e na Diretoria Executiva. O modelo oferece soberania a Assembleia de Acionistas, de modo que possam participar das tomadas de decisão e eleger os participantes dos Conselhos de Administração e Fiscal. Na governança corporativa: “a gestão administrativa tem um papel preponderante na condução do nosso negócio, contribuindo com ações e projetos voltados para a otimização no uso dos canais, redução do custo de servir e contínua busca de maior eficiência” (BANCO BRADESCO, 2018, p. 16).

O relatório do Bradesco cita ainda o Código de Conduta Ética que sustenta os princípios de integridade na atuação profissional e são apoiados por diversos comitês

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executivos como de Controles Internos e Compliance e Gestão Integrada de Riscos e Capital. Não menos importante a missão, visão e valores da empresa estão baseados nos 6 capitais citados pelo IIRC e o valor gerado e compartilhado em cada um dos capitais foi mensurado no relatório.

No Santander a governança se sustenta na credibilidade, e melhores diretrizes as quais são impulsionadas pela diversidade dos comitês, sendo que isso se materializa na composição do conselho de Administração sendo composto por 50% dos conselheiros independentes.

Quanto ao Banco do Brasil, a governança é baseada nos princípios de governança corporativa. Entre eles estão independência dos comitês como gestão de risco, análise de crédito e recursos de terceiros por exemplo. A remuneração da alta administração é baseada em resultados e a avaliação da alta administração é realizada por instrumentos específicos de análise de competências profissionais.

O terceiro elemento analisado foi o modelo de negócios de cada uma das instituições financeiras analisadas apresentam esse elemento em seus relatórios.

No Itaú, o modelo de negócios foi reestruturado em 3 pilares de atuação: Apetite ao Risco, Foco em Seguridade e Serviços e Controle de Custos e Eficiência. Foi alterado o mix da carteira de crédito recheando com produtos que oferecem garantias reais como crédito imobiliário e crédito consignado que tem suas parcelas descontadas em folha de pagamento.

No Bradesco o modelo de negócios se baseia no Varejo e Atacado e compreende uma estrutura interativa entre Clientes, o Capital Humano da organização e a Tecnologia e Inovação disponíveis. Adicionalmente, estes são permeados pela Estratégia de negócio, Eficiência e Responsabilidade Socioambiental. “Nossa estratégia está fundamentada em um modelo de negócios que combina as atividades bancárias e de seguros com uma estrutura segmentada, oferecendo a melhor solução para os clientes [...]” (BANCO BRADESCO, 2018, p. 27).

Para o Santander o modelo de negócios se baseia na estrutura de Varejo e Atacado, já com inovações implementadas como o atendimento ao agronegócio, plataforma de investimento, financiamento de energia limpa entre outros.

No Banco do Brasil o modelo de negócios compreende uma gestão baseada em governança, direcionadores estratégicos e serviços, todos alinhados com os 6 capitais previstos no IIRC e, também destaca em seu modelo de negócios os

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seguintes valores “foco no cliente, inovação, ética, eficiência, protagonismo, confiabilidade e espírito público” (BANCO DO BRASIL, 2018, p. 13).

Os riscos e oportunidades são caracterizados como o quarto elemento recomendado pelo IIRC no relatório integrado. Todos os documentos analisados continham essa informação.

No Itaú a abordagem aplicada ao risco se deu com a Gestão Prioritária Estratégica de Gestão de Riscos. Nela foram eleitos princípios de gestão de risco (Sustentabilidade e satisfação de clientes, ética e respeito a regulação, apreçamento do risco, diversificação, excelência profissional, e Cultura de Risco). “Outra forma de manter nossa criação de valor sustentável e gerar impactos positivos à sociedade é a integração de questões ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) em nossas operações de crédito, seguros e investimentos” (ITAÚ UNIBANCO HOLDING, 2018, p. 67). O risco por sua vez é medido por meio de métricas quantitativas, que focam em Capitalização, Liquidez, Composição de Resultados, Risco Operacional e Reputação. As oportunidades, encontram-se no apetite ao risco junto ao novo cenário econômico de 2019 de reformas estruturais como a da previdência e tributária.

No Bradesco o relatório nos traz o modelo de gestão de riscos que engloba um mapa de riscos e reportam ao Comitê de Gestão integrada de Riscos e Alocação de Capital. Quanto as oportunidades, segundo o diretor presidente, serão geradas pelo cenário econômico e o investimento em capital humano, tecnologia e inovação é o caminho no qual a organização está se preparando para tal.

No Santander os riscos e oportunidades são relacionados a criação do Santander Star, consolidando uma cultura de risk pro, apoiada no conceito de que o controle de riscos é uma responsabilidade compartilhada entre todos os funcionários do Banco. As oportunidades são demonstradas em produtos já existentes porém com potencial no banco como aumento da transacionalidade na base dos 24 MM de clientes; interiorização das agências pelo Brasil (com lançamento de 36 em 2018), aumento da base digital de clientes, entre outras.

No Banco do Brasil, em 2018 foi implementado o rating socioambiental, e houve iniciativas voltadas a mitigação de mudanças climáticas. Adicionalmente a intensificação na utilização do BB Code representou um crescimento de 73% na quantidade de acessos de Code PF e de 306% para BB Code PJ. Como oportunidade para 2019 no mercado interno, inversamente a tendência internacional, a instituição

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estimou um maior consumo das famílias sustentado pela confiança nos agentes financeiros, e uma queda na taxa de desemprego, somado a uma agenda de reformas estruturais.

O elemento estratégia e alocação de recursos também foi encontrado em todos os documentos analisados. No Itaú foram 2 bilhões (BI) reinvestidos no negócio, 2 BI aos fornecedores, 23 BI ao governo, 24 BI aos acionistas, e 22 BI a colaboradores e funcionários.

Para o Bradesco estratégia está fortemente pautada no âmbito da digitalização, abertura de contas digitais, inteligência artificial e sustentabilidade. A alocação de recursos consistiu em 17 BI pagos a funcionários, 20 BI em Impostos, 14,3 BI de lucro líquido que foram reinvestidos em negócios, produtos e serviços, 7 BI pagos a acionistas e 17 BI a Fornecedores.

No Santander, quanto à estratégia e alocação de recursos, a organização demonstrou um viés de inovação percorrendo caminhos que os demais do setor não percorreram, com o intuito de “descomplicar a vida das pessoas” (BANCO SANTANDER, 2018, p.11).

No Banco do Brasil a estratégia foi revisada com um plano 2019-2023, focando em premissas de simplificação e eficiência, e ênfase na experiência do cliente, inovação e maximização dos resultados. O elemento de desempenho também foi encontrado em todos os relatórios analisados, como descrito na tabela 1.

Tabela 1: Desempenho: análise comparativa dos relatos integrados das instituições financeiras Instituições

financeiras

Desempenho

Sim/não Descrição

Itaú Sim

ROE de 20,4% superior ao ano anterior; crescimento de 7,7 % na carteira de crédito; diminuição de 0,4 % na inadimplência; valor de mercado 24 % superior ao período anterior; dividendos e JCP líquidos 27,8% superior ao período anterior; entre outros.

Bradesco Sim

Aumento no lucro de 13,4% em relação ao ano anterior, chegando a 21,6 BI. O ROE chegou a 19 % e a carteira de crédito teve um aumento de 7,8 %.

Santander Sim

Lucro de 12,4 BI e ROE em 2018 de 21,1% (maiores índices da história do banco). Base de clientes 24,2MM - o 43º aumento consecutivo, e destes 5,2 MM transacionam frequentemente, um aumento de 25% em relação ao período de 2017.Os acionistas tiveram 6,6 BI de Dividendos e JCP deliberados em 2018. A ação foi cotada em 2018 a R$ 42,70 preço 33% superior a final do período anterior.

Banco do

Brasil Sim

Lucro líquido ajustado de 13,4 BI, um aumento de 2,4 BI ou 22,2 % em relação ao ano anterior. O ROE ficou em 13,9% frente a 12,3% no ano anterior. As receitas de prestação de serviços aumentaram em 5,8% ano e houve queda da PCLD de 5,9 BI (29,2% de recuo frente 2017) e controle nas despesas administrativas.

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A tabela supracitada demonstra que: no Itaú o desempenho foi medido por meio de indicadores financeiros e operacionais, e demonstrados dentro do Capital Financeiro. No relatório do Bradesco o desempenho foi citado por meio de indicadores financeiros e operacionais.

No documento do Santander, o desempenho foi citado por indicadores como um retorno sobre o patrimônio líquido. De modo inovador foi citado também a implementação do NPS (Net Promoter Score) no qual o cliente avalia de 0 a 10 o desempenho dos serviços prestados pela organização; a implementação deste foi disruptivo na categoria. E, no Banco do Brasil, o desempenho foi citado por meio de indicadores financeiros e operacionais.

Quanto ao elemento denominado perspectiva, apenas o Itaú não apresentou em seu relatório, como demonstra a tabela 2.

Tabela 2: Perspectiva: análise comparativa dos relatos integrados das instituições financeiras

Instituições financeiras Perspectiva

Sim/não

Itaú Não

Bradesco Sim

Santander Sim

Banco do Brasil Sim

Fonte: elaboração do autor.

O Itaú não expressou claramente as perspectivas para o exercício vindouro em termos quantitativos.

Já no relatório do Bradesco, a perspectiva foi dada em tópicos, os quais abrangeram 9 a 13% de aumento na carteira de crédito, 4 a 8% de margem financeira, 3 a 7% de prestação de serviços, 5 a 9% de operações de seguros, previdência e capitalização. “É importante, portanto, que o Brasil avance nessa agenda, que tem aspectos macro e microeconômicos, se preparando para um ambiente internacional que deverá continuar desafiador nos próximos trimestres” (BANCO BRADESCO, 2018, p. 32)

No relatório do Santander a perspectiva foi estimada pelo presidente Sérgio Rial por meio de um "crescimento rentável e socialmente responsável" (BANCO SANTANDER, 2018, p. 7), e vontade de impacto positivo na vida das pessoas.

No relatório do Banco do Brasil, quanto às perspectivas, os desafios consistem na inovação tecnológica, melhor atendimento ao cliente e materialização de um

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cenário econômico projetado no mercado interno. “Após ampla reflexão, acordamos trabalhar no período 2018-2022 em cinco perspectivas de desempenho – financeira; clientes; processos; pessoas; e sustentabilidade [...]” (BANCO DO BRASIL, 2018, p. 11). Já as incertezas estão ligadas a velocidade de recuperação do mercado, na velocidade que a sociedade brasileira irá aderir o uso da tecnologia, na dinâmica da competição com novos entrantes, participação de novos competidores entre outros.

Por fim, o último elemento de conteúdo analisado foi a ‘base para apresentação’, como descrito na tabela 3, esse elemento não foi apresentado no relatório do Santander.

Tabela 3: Base para apresentação: análise comparativa dos relatos integrados das instituições financeiras

Instituições financeiras Perspectiva

Sim/não

Itaú Sim

Bradesco Sim

Santander Não

Banco do Brasil Sim

Fonte: elaboração do autor.

No relatório do Itaú, a base utilizada para apresentação foram as diretrizes contidas no IIRC (Framework). “Os temas identificados foram priorizados, discutidos e validados internamente e assegurados externamente por auditores independentes, com base nas diretrizes da Norma AccountAbility 1000 (AA 1000)” (ITAÚ UNIBANCO HOLDING, 2018, p.5).

O Bradesco, em seu relatório, o conteúdo foi construído seguindo as metodologias do GRI (Global Reporting Initiative), IIRC, ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), DJSI (Dow Jones Sustainability Indices) e CDP.

No relatório do Santander não foi possível identificar como a instituição financeira organizou os temas do relato integrado.

Por fim, no Banco do Brasil o relatório foi publicado de acordo com os GRI Stands opção: Essencial e auditado pela KPMG. “[...] este relatório foi elaborado de acordo com os GRI Standards, opção Essencial, e auditado pela KPMG Auditores Independentes” (BANCO DO BRASIL, 2018, p. 9).

Feitas as considerações supracitadas, a tabela 4 apresenta uma comparação da análise dos relatos integrados das instituições financeiras incluídas nesta pesquisa.

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Tabela 4: Resumo da análise comparativa dos relatos integrados das instituições financeiras Elementos de

conteúdo

Informações que caracterizam os

elementos (sim/não) Itaú Bradesco Santander

Banco do Brasil Visão geral e ambiente externo

O RI explica o que a organização faz e sob quais circunstâncias ela atua?

Sim Sim Sim Sim

Governança

O RI explica como a estrutura de Governança da organização apoia sua capacidade de gerar valor em curto, médio e longo prazos?

Sim Sim Sim Sim

Modelo de negócios

O RI informa qual é o modelo de

negócios da organização? Sim Sim Sim Sim

Ricos e oportunidades

O RI informa quais são os riscos e oportunidades específicos que afetam a capacidade da organização de gerar valor em curto, médio e longo prazos e como ela lida com eles?

Sim Sim Sim Sim

Estratégia e alocação de recursos

O RI demonstra para onde a organização deseja ir e como ela pretende chegar lá?

Sim Sim Sim Sim

Desempenho

O RI informa até que ponto a organização já alcançou seus objetivos estratégicos para o período e quais são os impactos no tocante aos efeitos sobre os capitais?

Sim Sim Sim Sim

Perspectiva

O RI informa quais são os desafios e as incertezas que a organização provavelmente enfrentará ao perseguir sua estratégia e quais são as potenciais implicações para o seu modelo de negócios e seu desempenho futuro?

Não Sim Sim Sim

Base para apresentação

É possível identificar como a organização determina os temas a serem incluídos no RI e como eles são quantificados ou avaliados?

Sim Sim Não Sim

Fonte: elaboração do autor.

Os dados supracitados demonstram que as instituições financeiras estudadas (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) tem seus relatórios alinhados com a finalidade do RI na visão do CPC00.

(29)

4.2 Discussão dos resultados

Na análise dos relatos integrados das instituições financeiras da amostra deste estudo (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil – biênio 2017-2018), observou-se que todos esobservou-ses bancos possuem o RI e existe uma conformidade nas informações fornecidas por eles, uma vez que dos oito elementos de conteúdo (visão geral organizacional e ambiente externo; governança; modelo de negócios; riscos e oportunidades; estratégia e alocação de recursos; desempenho; perspectiva; base para apresentação) analisados, apenas o Itaú não preencheu o elemento relacionado à perspectiva; e o Santander não evidenciou o elemento relacionado à base para apresentação.

Os bancos Bradesco e Banco do Brasil apresentaram todos os elementos de conteúdo em seus relatórios.

A análise dos dados corroborou os achados do estudo realizado por Morais (2017), ao afirmar que, além da transparência e sustentabilidade nos negócios, ao realizar o RI, as empresas buscam melhorar sua imagem junto aos stakeholders, principalmente, para os investidores. Esse argumento é corroborado também em outros estudos (ABREU, 2016; CECON, 2016; RODY, 2018; ALVES, 2017; BALARDIM, 2017; RIZZI, 2017; SOSA, 2018).

Em linhas gerais, pode-se afirmar que o RI é importante para que as instituições financeiras sejam transparentes e atendam às demandas de seus investidores e outros stakeholders. Além disso, os relatórios das instituições financeiras analisados atendem a finalidade na visão do CPC00 e os oito elementos de conteúdo são comparáveis em suas divulgações.

É interessante observar que todos os relatórios foram bem apresentados, sendo que os mais completos foram os do Bradesco e do Banco do Brasil, pois o do Itaú não apresentou o elemento relacionado às perspectivas e o Santander não apresentou a ‘base para apresentação’. Entretanto, todos os relatórios são transparentes e transmitem segurança para os investidores e stakeholders. Para o autor deste estudo, se sobressaiu o relatório do Bradesco, por dois motivos: (a) seu relatório integrado apresentou todos os elementos recomendados pelo IIRC; e (b) sua política é voltada para o atendimento ao cliente e seu foco é maior nas pessoas, essa

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visão está mais alinhada com o ideal de sustentabilidade, apesar de os outros bancos (Itaú, Santander e Banco do Brasil) também preencherem os critérios de sustentabilidade.

(31)

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo abordou o relato integrado e sua importância para que as instituições financeiras atendam as demandas de seus stakeholders, sobretudo, os investidores.

Em resposta ao problema de pesquisa apresentado na introdução (quais elementos de conteúdo do RI são comparáveis nas divulgações das instituições financeiras?), concluiu-se que todos os oito elementos de conteúdo (visão geral organizacional e ambiente externo; governança; modelo de negócios; riscos e oportunidades; estratégia e alocação de recursos; desempenho; perspectiva; base para apresentação) são comparáveis nas divulgações das instituições financeiras.

Em relação aos objetivos específicos, concluiu-se que os relatos integrados das instituições bancárias analisadas correspondem à finalidade do RI na visão do CPC00. Observou-se que os oito elementos de conteúdo supracitados estão presentes nos relatórios das instituições financeiras (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil); com exceção Itaú que não apresentou o elemento relacionado à perspectiva e o Santander que não apresentou o elemento relacionado à base para apresentação. Os demais elementos foram descritos pelos dois bancos. Quanto ao Bradesco e Banco do Brasil, ambos apresentaram em seus relatórios todos os elementos de conteúdo analisados.

Por fim, cumpre observar que o presente estudo contribuiu para ampliar os conhecimentos acadêmicos e profissionais do autor, além de servir como fonte de leitura para pessoas que se interessarem pelo tema. Este estudo trouxe uma visão de comparabilidade dos elementos de conteúdo à luz do normativo CPC00 do Comitê de Pronunciamento Contábeis no Brasil, realizando uma interligação entre o CPC00 e o IIRC no que se refere ao relato integrado.

As pesquisas anteriores somente abordavam se os elementos de conteúdo estavam presentes no RI, a contribuição deste estudo foi justamente apresentar a comparabilidade dos elementos de conteúdo nos relatórios integrados de instituições financeiras, e a metodologia empregada é reprodutível para outros setores, tais como indústria, comércio, entre outros, de empresas listadas na bolsa de valores ou não.

Para trabalhos futuros, sugere-se ampliar a amostra incluindo outros setores da indústria e comércio, para analisar a comparabilidade dos oito elementos de

(32)

conteúdo em relatórios integrados de outros segmentos. Além disso, sugere-se a integração da comparabilidade dos elementos de conteúdo com outros requisitos do CPC, tais como verificabilidade e tempestividade que não foram incluídos neste estudo por não fazer parte do escopo.

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