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O STATUS DO MARKETING B2B NO BRASIL

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Academic year: 2021

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O STATUS DO

MARKETING B2B

NO BRASIL

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O STATUS DO MARKETING B2B

NO BRASIL

O marketi ng digital tornou-se uma das principais armas dos negócios B2B na geração de mais oportunidades – e isso se dá principalmente pela queda expressiva das estratégias offl ine, acompanhada da diminuição, nas últi mas duas décadas — dos veículos de imprensa offl ine voltados para o segmento B2B. Mais notadamente, é o segmento de TI que mais uti liza as estratégias digitais –provavelmente o mais ati ngido pelo encolhimento da mídia impressa tradicional que cobria este segmento no Brasil.

Mesmo que adotado largamente, o marketi ng digital ainda passa por um processo de maturação no mercado interno. Um exemplo disso é que 62% das empresas que trabalham com marketi ng de conteúdo ainda não possuem uma estratégia clara para sua criação. Mais do que isso, o maior balizador do sucesso da estratégia de marketi ng digital no Brasil é a quanti dade de leads gerados –o que pode levar a um gasto excessivo de recursos na busca por um volume que, no B2B, é infl uenciado por uma série de fatores.

Estes são alguns dos desafi os que a práti ca diária tem nos mostrado em nossos cinco anos de atuação de mercado, com foco em negócios B2B. Esta é a primeira pesquisa brasileira com foco somente no mercado business-to-business a respeito de marketi ng digital, e teve como base as respostas a um questi onário enviado para profi ssionais da área de Marketi ng e Comunicação — envolvendo coordenadores, gerentes e diretores de marketi ng dos segmentos de alimentos, automoti vo, bens de consumo, comunicação e gráfi cas, construção e engenharia, distribuição, educação, fi nanceiro, hospitais e saúde, indústria, infraestrutura, logísti ca, serviços, tecnologia e transportes. A pesquisa revela uma série de tendências envolvendo os investi mentos em marketi ng digital e marketi ng de conteúdo para os próximos anos, incluindo as expectati vas das empresas em termos de investi mentos e os principais objeti vos das organizações.

Sobre a Pesquisa

O estudo teve como base entrevistas realizadas com profi ssionais de 300 empresas, entre as quais a maioria (89%) fi ca localizada no estado de São Paulo. Parti ciparam da pesquisa organizações de grande, médio e pequeno porte e microempresas dos setores de comércio e serviços e indústria de diversos estados brasileiros.

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Gráfico 1:

Estados de origem das

empresas pesquisadas

Os profissionais de empresas de grande porte (confira na tabela 1 o critério utilizado para classificação das organizações) respondem pela maioria dos participantes da pesquisa, correspondendo a 31% dos entrevistados no estudo, que ocorreu entre os meses de junho e julho de 2017. Em seguida, aparecem as microempresas, que correspondem por 29% das empresas participantes.

O Gráfico 2 mostra a participação das empresas dos mais diferentes portes na pesquisa.

Tabela 1: Critério de classificação de porte das empresas

Setor Número de funcionários Porte

Comércio e

serviços Até 9 funcionários Micro Comércio e

serviços De 10 a 49 funcionários Pequena Comércio e

serviços De 50 a 99 funcionários Média Comércio e

serviços Mais de 100 funcionários Grande Indústria Até 19 funcionários Micro Indústria De 20 a 99 funcionários Pequena Indústria De 100 a 499

funcionários Média Indústria Mais de 500 funcionários Grande

São Paulo Minas Gerais Paraná Bahia Paraíba Rio de Janeiro Espirito Santo

89%

4%

1%

1%

1%

2%

2%

Gráfico 2:

Participação por porte de empresa

Entre as empresas participantes, as organizações do segmento de tecnologia foram a maioria, respondendo por 32% dos entrevistados durante as pesquisas. Em seguida, aparece o segmento de serviços, correspondendo a 22% dos profissionais participantes.

Os segmentos de indústria e comunicação e gráficas aparecem em terceiro lugar, ambos respondendo, cada um, por 8% dos entrevistados pelo estudo. Confira no gráfico 3 a proporção entre a participação de todos os setores na pesquisa.

Micro Pequeno Grande Médio

29%

27%

31%

13%

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Gráfico 3:

Participação de empresas de

diferentes segmentos

Marketing Digital: adoção, mas com pouca

estratégia e investimento

O estudo revelou que 80% das empresas B2B brasileiras utilizam o marketing digital para gerar oportunidades de negócio – destas, 47% não têm uma estratégia clara (32,1%) ou desconhece totalmente (14,9%) os passos para sua implementação efetiva. Na mesma medida, apenas 41% dos entrevistados possuem fornecedores externos para suportar a operacionalização do marketing digital – 39% das empresas não conta com fornecedores e, dessas, 26,4% declararam contar com um time pequeno de marketing.

E quem não usa?

Entre as empresas que quase não fazem marketing digital (20% do número total de entrevistados), ao menos 72% são micro e pequenas empresas, enquanto apenas 19% e 5% das grandes e médias empresas, respectivamente, disseram estar no estágio de implementação do marketing digital. Vale destacar que a porcentagem de empresas que contam com equipes de marketing grandes e segmentadas, apesar de ser maior entre as organizações de grande porte, não é predominante em empresas de nenhum tamanho ou segmento.

No caso das empresas de grande porte, apesar de 22% das organizações contarem com equipes de marketing grandes e segmentadas, a maioria (59%) conta com times enxutos e o auxílio de fornecedores para dar conta das atividades, enquanto apenas

4% conseguem internalizar totalmente as poucas atividades e

marketing, e 15% quase não fazem uso do marketing digital.

No caso das empresas de médio porte, a porcentagem de empresas que internalizam as atividades e não contam com o auxílio de fornecedores é maior, chegando a 64%, enquanto apenas 18% contam com o auxílio de fornecedores. 9% dessas empresas contam com uma equipe grande e segmentada de marketing, e 9% dos entrevistados afirmam que suas organizações não realizam quase nenhuma atividade de marketing.

Entre as microempresas e organizações de pequeno porte, é maior a porcentagem de organizações que contam com o auxílio de fornecedores (38%), enquanto a proporção de empresas que internalizam as poucas atividades de marketing que têm é menor, chegando a 29%. O grupo é o que conta com a maior porcentagem de empresas que não fazem uso do marketing digital (31%) – embora este seja o recurso mais barato, em termos de investimento, para a geração de novos negócios.

80% das empresas B2B usam o marketing

digital para gerar oportunidades de negócio

47% das organizações não têm uma

estratégia clara para implementação do

marketing digital

Tecnologia Transportes Serviços Logística Hospitais e saúde Financeiras Educação Distribuição Indústria Comunicação e gráficas Bens de consumo Alimentos Automotivo Construção e engenharia Infraestrutura

32%

2%

22%

2%

1%

1%

6%

4%

8%

8%

1%

3%

2%

4%

4%

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Gráfi co 4:

Estruturação da área de marketi ng de acordo

com o porte da empresa

Entre as organizações que contam com o auxílio de agências de marketi ng (41%), existe uma proporção bem semelhante de empresas que contam com agências separadas (48%) e uma agência integrada para todos os serviços (52%), mostrando que os dois modelos de terceirização são, no geral, igualmente prati cados. Entre as principais divisões para a divisão do trabalho, no caso dos 48% das empresas que contam com agências separadas, está a divisão entre mídia paga e orgânica; agências responsáveis pela entrega de leads e agências responsáveis pela performance dos canais sociais; mídia online e offl ine; e até divisão entre diferentes áreas de comunicação, como publicidade, assessoria de imprensa e produção de vídeos. Não faz marketi ng digital 20% 32% 44% 50% 5% 13% 13% 4% 6% Time enxutado, sem fornecedores

Time enxuto, com fornecedores Equipes grandes e segmentadas 75% 74% 64% Empresas de grande porte Empresas de

médio porte Micro empresas e organizações de pequeno

porte

Principais objeti vos de marketi ng para os próximos meses

A geração de leads e a geração de vendas foram citadas por, respecti vamente, 75% e 70% dos entrevistados do estudo como os principais objeti vos de marketi ng da empresa para os próximos 12 meses. Esses itens foram os únicos que apareceram nas respostas de mais de 70% do público que parti cipou da pesquisa.

O terceiro objeti vo mais citado pelos entrevistados foi brand awareness, que fez parte de 32% das respostas, seguido por aumento de engajamento (31%), nutrição de leads (27%), retenção do cliente (25%) e aumento da base de e-mails (14%). Considerando que a geração de leads é disparadamente o principal objeti vo das empresas com o marketi ng digital, não é

surpresa que as métricas mais usadas tenham relação com os leads gerados. A quanti dade dos leads gerados foi mais citada do que a qualidade dos leads gerados para medir o retorno do trabalho.

Enquanto 52% dos entrevistados citaram a qualidade dos leads como métrica usada pela empresa para determinar se o marketi ng está dando resultado, a quanti dade de leads gerados foi citada por quase 60%. O volume de tráfego no site aparece em terceiro lugar, com 42%, seguido do volume de engajamento nas mídias sociais (33%), o ranking de SEO (18%) e o tempo gasto no site (10%).

Gráfi co 5:

Objeti vos de marketi ng da empresa para os

próximos 12 meses

Trabalhar brand awareness 32% Aumentar a base de emails 14% Nutrir os leads da base 27% Melhorar a retenção do cliente 25% Gerar vendas 70% Aumentar engajamento 31% Aumentar a geração de leads 75%

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Gráfi co 6:

Métricas usadas para determinar se

o marketi ng está dando resultado

Tráfego no site 42% Tempo gasto no site 10% Volume de engajamento nas mídias sociais 33% Ranking SEO 18% Quanti dade de leads gerados 58% Qualidade dos leads gerados 52%

Qualidade ou quanti dade leads?

O foco na quantidade de leads em detrimento da qualidade mostra uma diferença significativa entre as empresas B2B brasileiras e americanas. A priorização do volume de leads é uma abordagem tradicional de vendas e marketing – teoricamente, quanto maior a captura de leads, maiores são as chances de obter maiores índices de conversão.

Porém, uma pesquisa BrightTALK mostrou que, em 2015, as empresas americanas já citavam a qualidade de leads como principal prioridade em relação à quanti dade de leads, com empresas B2B demonstrando uma clara preferência por leads de alta qualidade (68%) do que um grande volume de leads (55%). Quando as empresas focam na qualidade do lead, as chances de convertê-lo crescem de maneira signifi cati va, signifi cando que os recursos gastos em sua aquisição geralmente se pagam. O foco na qualidade do lead também aumenta o valor do ciclo de vida do cliente, nutrindo relacionamentos mais duradouros e aumentando os índices de lealdade.

Concentrar-se na qualidade do lead implica que as empresas dediquem mais recursos no seu target selecionado. Isso signifi ca que o volume de leads vai ser afetado, podendo diminuir. Logo, a empresa pode até não gerar uma grande quanti dade de leads, mas vai direcionar seus recursos de maneira mais efi ciente. Uma estratégia de nutrição de leads é essencial para isso.

Existem, no entanto, algumas circunstâncias que justi fi cam o investi mento em uma abordagem focada na quanti dade de leads. É o caso, por exemplo, das organizações que se encontram em seus estágios iniciais, com marca ainda pouco conhecida e muita difi culdade de identi fi car os dados de seu target. Uma estratégia focada na quanti dade de leads se faz necessária, principalmente, no caso de produtos mais baratos e empresas com orçamentos de marketi ng e vendas limitados.

(7)

Nível de maturidade em

relação ao marketing de conteúdo

O marketing de conteúdo vem ganhando uma grande quantidade de adeptos no Brasil – principalmente nas empresas B2B. De acordo com o estudo, 48% das empresas B2B brasileiras estão dando os primeiros passos na área – ainda que com poucas atividades (Veja o gráfico 7).

A quantidade de empresas que classifica sua estratégia de marketing de conteúdo como de alta sofisticação ainda é baixa (1%), bem como as que se consideram maduras no marketing de conteúdo (1%).

Cerca de 30% dos entrevistados disseram que sua área de marketing de conteúdo ainda é “jovem” – ou seja, existe um planejamento, mas ainda é pouco aplicado. Para 20% dos participantes da pesquisa, o marketing de conteúdo está ganhando espaço na empresa – já houve retorno, e agora cabe trabalhar no desenvolvimento de uma estratégia mais elaborada, com métricas.

No geral, ao mesmo tempo em que boa parte (39%) das empresas classifica-se como adepta a alguma estratégia de marketing de conteúdo, existe ainda uma grande quantidade (32%) de organizações que não tem uma percepção clara em relação ao marketing de conteúdo (Veja o gráfico 10). A quantidade de profissionais que disseram que os gestores gostam da ideia de ter uma estratégia de marketing de conteúdo, mas enfrentam resistência também é significativa, chegando a 19%. Os outros 10% dos participantes dividem-se entre aqueles cuja maioria dos gestores não apoia a estratégia de marketing de conteúdo ou não acreditam que o marketing de conteúdo seja um caminho viável.

Gráfico 7:

Nível de maturidade em relação ao

marketing de conteúdo

A área ainda é “jovem” em relação esse tema - há um planejamento mas é pouco aplicado O nível já é de maturidade - a questão agora é integrar diferentes áreas em torno da mesma estratégia

Temos um alto nível de sofisticação - tanto em criação de conteúdo, quanto em medição de resultados O marketing de conteúdo já ganhou espaço na empresa - houve retorno, e agora estamos trabalhando no desenvolvimento de uma estratégia mais elaborada, com métricas Estamos dando os primeiros passos - poucas atividades são realizadas

30%

1%

1%

20%

48%

(8)

Gráfico 8:

Adesão em relação

marketing de conteúdo

A empresa é totalmente

adepta a essa estratégia Não há percepção

clara da empresa a respeito do marketing de conteúdo

A maioria dos gestores não apoia essa estratégia Alguns gestores gostam

da estratégia, mas ainda o marketing de conteúdo enfrenta resistência

A liderança não acredita no marketing de conteúdo como um caminho viável

39%

32%

4%

19%

6%

Principais estratégias e expectativas de conteúdo

O e-mail ainda é visto como principal ferramenta e estratégia de marketing utilizada dentro do marketing de conteúdo, sendo citado por 57% dos participantes do estudo. Em seguida, aparecem as ferramentas analíticas, citadas por 55% dos entrevistados. Calendários para mídias sociais aparecem em terceiro lugar, fazendo parte das ferramentas e estratégias de 41% das empresas brasileiras.

Gráfico 9:

Ferramentas e estratégias utilizadas

dentro do marketing de conteúdo

Guideline para postagens em mídias sociais 25% Construção de personas 22% Software de automação 27% Guidelines para estabelecer o “tom de voz” a ser utilizadonas mídias 14% Calendário para mídias sociais 41% Sistema de gestão de conteúdo 24% Calendário editorial 30% Plataforma de envio de e-mail 57% Ferramentas analíticas 55%

Entre outras ferramentas usadas pelas organizações B2B brasileiras estão os guidelines para postagem em mídias sociais e para estabelecer o “tom da marca”, softwares de automação, construção de personas, calendário editorial e sistemas de gestão de conteúdo. Confira no gráfico 9 a utilização de cada item pelas empresas B2B no Brasil.

(9)

Gráfico 11:

Aspectos levados em consideração

na hora de produzir conteúdo

Entre as táticas utilizadas, o uso das redes sociais é, de longe, a mais popular, sendo citada por 81% dos participantes do estudo. Em seguida, aparecem newsletters (55%), vídeos (43%) e blog (34%) – Veja o gráfico 10.

Outro aspecto importante é que a maioria das empresas tem como prioridade entregar conteúdo relevante (45%), no entanto, apenas 15% produzem conteúdo com base em pontos específicos da jornada de compra do cliente, e apenas 28% têm como prioridade entregar o conteúdo certo para a pessoa certa, no momento certo.

Isso mostra que, apesar da preocupação com a relevância do conteúdo, boa parte das empresas não conta com uma estratégia sólida para produzir conteúdo relevante. Sem ter em mente a pessoa certa e o momento da jornada, é impossível criar conteúdo para as dores do cliente. Assim é quase impossível também criar textos que sejam relevantes para o cliente em potencial.

Confira no gráfico 11 os principais aspectos levados em consideração na hora de produzir conteúdo no B2B brasileiro.

Nenhuma Apresentar os serviços A criação de conteúdo sempre leva em consideração a experiência do cliente com a minha empresa O principal é conseguir diferenciar o conteúdo da empresa da concorrência A prioridade é sempre entregar conteúdo relevante O conteúdo é realizado sempre a partir de pontos específicos na jornada de compra do cliente A prioridade é entregar o conteúdo para a 1% 1% 19% 18% 45% 15% 28%

Gráfico 10:

Táticas utilizadas pela empresa no

que tange ao conteúdo

Notícias sobre a empresa e artigos Nenhuma Whitepaper E-books Mídia online Google Webinar Infográficos Vídeos Newsletters Mídias sociais Blog Eventos presenciais de conteúdo 1% 1% 1% 5% 18% 18% 43% 31% 34% 55% 81% 1% 1%

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Canais mais utilizados para distribuição de conteúdo

Entre os canais usados para distribuir conteúdo, Facebook, LinkedIn e e-mail são os únicos recursos usados por mais de 50% dos participantes da pesquisa. O Facebook, citado por 75%, aparece em primeiro lugar. A rede social também é o segundo destino mais comum dos investimentos em mídia paga, feitos por 61% dos participantes da pesquisa.

O LinkedIn aparece em segundo lugar, sendo citado por 73% dos entrevistados pelo estudo como canal para distribuição de conteúdo. A rede social, que sempre foi um importante recurso para as empresas B2B, ganhou ainda mais relevância para a distribuição de conteúdo com a criação da plataforma de publicação de conteúdo Pulse. Com mais de 350 milhões de membros, o Pulse deu ao LinkedIn a possibilidade de direcionar ainda mais tráfego para os sites corporativos do que outras redes sociais, como Facebook e Twitter. Longos textos produzidos por

Gráfico 12:

Canais usados para distribuir conteúdo

Nenhum WhatsApp Mídia Online Twitter Notícias no site 1% 1% 1% Blog 1% Site / Plataforma de treinamento 1% 1% 3% Instagram 32% YouTube 38% Google+ 10% Email 69% Facebook 75% LinkedIn 73%

personalidades na rede social podem chegar a ser visualizados por mais de 25 mil pessoas em poucas horas.

Citado por apenas 3% das participantes, o estudo mostra que o Twitter tem pouco impacto na estratégia de marketing de conteúdo das organizações B2B brasileiras. A rede social, usada principalmente pelo público jovem, é destaque na cobertura de acontecimentos ao vivo, e pode ser um recurso importante para trabalhar o brand awareness. Mesmo o Google+, rede social usada predominantemente por causa do SEO e com baixos níveis de engajamento, foi mais citado que o Twitter como meio de distribuição de conteúdo.

O uso do YouTube como canal de distribuição de conteúdo mostra que mais empresas brasileiras estão investindo em conteúdos audiovisuais. No caso das empresas B2B, os vídeos podem ser usados, principalmente, para gerar conteúdos educativos, de topo de funil, gerando maior alcance e engajamento em canais como o Facebook.

Quando o assunto é mídia paga, o Google Adwords é disparadamente o mais popular. A plataforma de anúncios do Google é o destino dos investimentos de

90% das empresas B2B entrevistadas pelo estudo – o

Facebook, que ocupa o segundo lugar, é citado por 71% dos profissionais participantes.

61% das empresas B2B

brasileiras investem em

mídia paga

(11)

A principal justificativa para a predominância do Google Adwords, além de o Google ser o buscador mais usado do mundo, é o investimento relativamente baixo necessário para gerar bons resultados em termos de volume de leads gerados – a qualidade, no entanto, é amplamente discutível.

O LinkedIn, por outro lado, apesar de ser uma rede social de extrema importância para o B2B, foi citado por 52% dos participantes do estudo. A rede social, apesar de exigir investimentos maiores para gerar resultado, no entanto, é capaz de gerar leads de maior qualidade, especialmente quando é trabalhada junto de conteúdos ricos como whitepapers e e-books.

Ou seja, os dados sobre as mídias pagas mais usadas também mostram uma preferência maior pelo volume de leads em detrimento dos leads de maior qualidade. Veja no Gráfico 13 as plataformas mais usadas para investimento em mídia paga.

Gráfico 13:

Mídias mais usadas para investimento

em mídia paga

Revistas e sites do segmento Não utilizo nenhuma mídia paga Mídia programática Mídia paga em sites Twitter LinkedIn Facebook Google Adwords 2% 8% 15% 23% 4% 52% 71% 90%

Uso de ferramentas de automação

Outro dado importante apurado pelo estudo é o de que 43% das empresas B2B brasileiras fazem uso de alguma ferramenta de automação. O destaque fica para o uso da plataforma RD Station, que é citada por quase metade (47%) daqueles que disseram fazer uso de alguma ferramenta. Em seguida, aparece o Mailchimp, citado por 25% dos participantes como ferramenta para o envio de newsletter. Se levarmos em consideração que 78% das empresas entrevistadas contam com uma área dedicada ao marketing de conteúdo ainda com pouco planejamento ou dando os primeiros passos, com a realização de poucas atividades, podemos estimar que pelo menos 30% das empresas fazem uso de alguma ferramenta de automação de marketing de conteúdo sem gerar uma quantidade relevante de conteúdo – o que é essencial para garantir o retorno de investimento dessas ferramentas.

Ao menos 30% das

empresas fazem uso de

alguma ferramenta de

automação de marketing

sem gerar uma quantidade

relevante de conteúdo

(12)

Gráfico 14:

Uso de ferramentas de

automação

GPConversion Totvs Dynamics 5% 3% 3% Locaweb 3% E-Goi 3% Sales Force 5% Eloqua 5% Hubspot 13% MailChimp 8% Lead Lovers 3% RD Station 47%

Gráfico 15:

Uso de ferramentas para envio

de newsletter

Telium Sales Force Comunique-se Mailchimp Mail2Easy Locaweb Lead Lovers Hubspot Enviou.com Eloqua All in E-Goi RD Station Dinamize Virtual Target 2% 2% 2% 2% 25% 2% 2% 2% 2% 2% 2% A empresa utiliza, mas não sei qual é 2%

30% Smart Focus 5% 5% 5% 9%

DESAFIOS E TENDÊNCIAS

PARA 2018

Um dos mais importantes insights do estudo é o de que, apesar de estratégias de marketing digital e de conteúdo terem seu papel valorizado pelas organizações B2B brasileiras, ainda enfrentam problemas como a falta de estratégias sólidas e, no caso do conteúdo, principalmente, de apoio dos gestores. Com times predominantemente enxutos, boa parte das empresas hoje precisa da ajuda de fornecedores para ampliar suas ações de marketing – caso contrário, precisam manter-se limitados para manter-serem capazes de internalizar todas as atividades. Com o apoio cada vez maior de fornecedores, a tendência é que o investimento em marketing de conteúdo cresça, tendo como objetivo vencer os principais desafios enfrentados pelas empresas B2B: gerar leads mais qualificados, trabalhar o brand awareness e reter clientes.

De acordo com o estudo, 62% das empresas esperam produzir uma quantidade maior de conteúdo nos próximos meses, enquanto apenas 1% das empresas esperam produzir menos conteúdo do que no último mês, e só 7% planejam manter a mesma quantidade de conteúdo. O uso de softwares de inbound marketing, como RD Station e Hubspot também deve crescer, especialmente devido ao trabalho comercial agressivo realizado por esses fornecedores de tecnologia, no entanto, sem a estratégia adequada – que é o caso, atualmente, de pelo menos 30% das empresas –, é provável que o retorno de investimento frustre os gestores.

(13)

O problema dos leads desqualificados

Além do conteúdo sem direcionamento correto para o target, uma das maiores frustrações das empresas ao investir em marketing digital e marketing de conteúdo é a geração de leads desqualificados. No entanto, como mostrou o estudo, o volume de leads acaba sendo uma métrica mais usada do que a qualidade dos leads, abordagem que acaba dando maior espaço para esse problema.

A preferência pelos investimentos em Google Adwords, por exemplo, é outro indício de que o volume de leads acaba sendo mais importante do que a geração de leads qualificados.

Conteúdo relevante para quem?

De acordo com o estudo, boa parte das empresas tem como prioridade a produção de conteúdo relevante. Porém, para quem? Como mostraram os dados, poucas empresas levam em consideração a pessoa certa na hora de produzir o conteúdo e, muito menos, o momento da jornada do cliente. Sem essas informações, é impossível criar conteúdos relacionados à dor do consumidor e, consequentemente, relevantes para ele.

Para que as empresas tirem mais proveito do marketing de conteúdo e dos investimentos em mídia paga e softwares de automação, é essencial contar com estratégias voltadas para a dor do cliente, além da criação de conteúdo massivo.

Rua Iolanda, 64 - Mooca São Paulo - SP

Tel: (11) 2157-1088 www.intelligenzia.com.br

Referências

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