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Academic year: 2021

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(1)CLEIDE MARIA DOS SANTOS DE FREITAS. A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA NOS PROCESSOS DE AQUISIÇÃO EMPRESARIAL. Universidade de São Paulo Escola de Comunicações e Artes Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu – Especialização em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas. São Paulo 2006.

(2) CLEIDE MARIA DOS SANTOS DE FREITAS. A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA NOS PROCESSOS DE AQUISIÇÃO EMPRESARIAL. Monografia apresentada ao Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em cumprimento parcial às exigências do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu, para obtenção do título de Especialista em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas, sob orientação do Prof. Dr. Paulo Roberto Nassar de Oliveira.. Universidade de São Paulo Escola de Comunicação e Artes Curso de Pós-Graduação Lato- Sensu – Especialização em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas. São Paulo 2006.

(3) Autorizo: [ ] divulgação do texto em bases de dados especializados. [ ] reprodução total ou parcial, por processos fotocopiadores, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos.. Assinatura: ___________________ Data: ________________________.

(4) TERMOS DE APROVAÇÃO. Autora: Cleide Maria dos Santos de Freitas. Título: A importância da Comunicação interna nos processos de aquisição empresarial.. Presidente da Banca: Dr. Paulo Roberto Nassar de Oliveira. Banca Examinadora:. Prof. Dr. Arlindo Ornelas Convidado: Mateus Furlaneto de Oliveira. Aprovada em:. 17/11/2006.

(5) AGRADECIMENTOS. A Deus por ter me proporcionado este momento com saúde, paciência, sabedoria e disposição.. Ao professor Dr. Paulo Nassar pela orientação prestada, transmissão de conhecimento e comprometimento dedicados na execução deste trabalho.. A todos os professores que contribuíram para o meu crescimento ao longo do curso.. As amigas Nara, Mônica, Vânia e Ana Paula, pelo companheirismo e amizade.. Ao meu marido pelo incentivo.. Aos meus pais pela força e apoio de sempre.. FREITAS, Cleide Maria dos Santos de. A importância da comunicação interna nos processos de aquisição empresarial. São Paulo, 2006. 63 f. Monografia (Especialização em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo..

(6) RESUMO: O estudo tem como objetivo principal abordar a importância da comunicação interna nos processos de aquisição empresarial. Com os impactos da globalização, cada vez mais, organizações estão se fundindo, com o intuito de ampliar seu capital, abrir instalação de novos mercados, se distanciarem da concorrência, obter logística mais eficiente criando produtos e serviços inovadores, a fim de atender e superar as necessidades dos clientes, mantendo a credibilidade da marca e solidez no mercado atuante. Mas as organizações esquecem que o público interno faz parte do processo, transformando uma comunicação eficiente em discurso. O trabalho a seguir faz uma análise da teoria, envolvendo saberes e o uso da comunicação interna como principal estratégia neste contexto.. Palavras-chaves: Comunicação interna. Público interno. Fusões e aquisições..

(7) FREITAS, Cleide Maria dos Santos de. The important of internal communication to business acquire process. São Paulo, 2006. 63 f. Final paper (Postgraduate study in Organizacional Managing of Communication and Public Relations) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo.. ABSTRACT: The purpose of this study has the main objective to analyze the important of internal communication to business acquire process. Due to the globalization impacts, more and more organizations are joining, to enlarge their capital, to open new market installations, to move away from competitors, to obtain more efficient logistics creating services and innovated products in order to attend and over come client’s necessity maintaining credibility of the brand and wellestablished market. But they usually forget that the internal public it is part of the process, changing the efficient communication just in discourse. The essay analyzes the theory involving knowledge and how to apply the internal communication as the strategic main in this environment.. Key words: Internal communication. Internal Public. Mergers and acquisitions..

(8) SUMÁRIO INTRODUÇÃO. 9. Capítulo 1. 14. Relações Públicas 1.1 Relações públicas e suas funções na organização 1.2 Relações públicas em apoio a recursos humanos. 14 21. Capítulo 2. 24. Comunicação Interna 2.1 Comunicação interna e suas funções na organização 2.2 Público essencial 2.3 Cultura Organizacional. 24 31 35. Capítulo 3 Aquisições e Fusões Empresariais. 40. 3.1. Situação Geral 3.2. Entendendo os conceitos de aquisições e fusões. 40 45. Capítulo 4 4.1 O caso P&O Nedlloyd. 48. Conclusão. 55. Referências bibliográficas. 56. Anexo. 59.

(9) 9. INTRODUÇÃO O interesse em estudar a importância da comunicação organizacional interna nos processos de aquisição empresarial, surge da minha experiência atuando em empresa do segmento de transporte marítimo e logístico de origem holandesa.. Desde meus estudos em comunicação, ainda na graduação, me dediquei em saber como utilizar a comunicação de forma adequada, aproximando públicos internos e externos, transmitindo transparência, clareza e firmeza no conteúdo das informações.. Ao ingressar no curso, (lato sensu), em gestão estratégica em comunicação organizacional e relações públicas, da escola de comunicações e artes ECA-USP, obtive uma visão mais ampla de que a comunicação organizacional é extremamente importante em nossas vidas e principalmente no ambiente empresarial. Ela vai além da troca de mensagens via e-mail, telefone, internet, jornal, edição, publicação de revistas, vídeos informativos e do simples uso via intranet.. A comunicação organizacional é um processo estratégico de alto poder, que pode. ser. utilizada. constantemente. para. transmitir. conhecimento,. interação,. aproximação entre públicos, crescimento, equilíbrio, formação e ampliação de negócios no mercado. Ela atua como agente na construção da cultura organizacional construindo diferenciais de relacionamentos..

(10) 10. OBJETIVOS DO TRABALHO Este trabalho tem como interesse fazer uma análise teórica e prática da organização P&O Nedlloyd, em processo de aquisição empresarial, sobretudo estudar a eficiência da comunicação interna dentro do ambiente organizacional.. Pretende de alguma forma contribuir para a análise da comunicação organizacional nos processos de aquisição empresarial, com a finalidade que as organizações considerem que a comunicação interna é de suma importância, para unificar o seu discurso perante seus públicos estratégicos, com a função de tranqüilizar e amenizar o impacto desse acontecimento sendo transparentes, mantendo seu compromisso e credibilidade junto aos colaboradores.. No desenvolvimento do trabalho usaremos como fonte de pesquisa os principais estudiosos da área em comunicação organizacional, tais como: NASSAR (2003 / 2004), considerando os conceitos a seguir:. a) As relações públicas e a suas funções na organização b) A função da comunicação interna e suas competências c) Público interno e cultura organizacional d) Os processos de aquisições e fusões empresariais.

(11) 11. METODOLOGIA BÁSICA A presente monografia foi elaborada com o objetivo de analisar o papel das relações públicas, a comunicação organizacional, principalmente compreender os conceitos e competências da comunicação interna nos processos de aquisição empresarial. A metodologia utilizada foi análise de caso e dos questionamentos do artigo Front Line, da empresa P&O Nedlloyd desenvolvido na matriz (Holanda), em agosto de 2005, pelo departamento de comunicação corporativa.. A seleção da empresa, e o estudo de caso apresentado servirão de apoio para futuros trabalhos, principalmente para as empresas do segmento com foco em transporte internacional e logístico, a fim de possibilitar aproximação, interesse, conhecimento em relação ao enfoque comunicacional perante seus públicos-alvos e a comunicação interna nos processos de mudanças.. Tem como intuito despertar a conscientização de que a comunicação interna é um fator que interage nos negócios estrategicamente, gerando resultados satisfatórios, além de operar de forma humana nas relações profissionais e pessoais..

(12) 12. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA O primeiro capítulo apresenta o panorama da criação e necessidades das atividades das relações públicas nas organizações. É fundamentado por argumentos teóricos de grande relevância, como KUNSCH (2003), FERRARI (2000), SIMÕES (1984), entre outros.. Uma das funções das relações públicas nas organizações é administrar os relacionamentos entre a organização e seus públicos estratégicos. O profissional da área abre e amplia o canal de comunicação em busca de confiança mútua, credibilidade e interação cultivando valores que fortalecem o lado social da organização.. Essas ações contribuem também para o conhecimento dos gestores da organização que muitas das vezes, por falta de tempo, tem dificuldade em analisar como o clima da organização se encontra face os desafios do dia a dia. Quais são os anseios, visão dos funcionários frente às tarefas, suas necessidades dentro do ambiente de trabalho e suas perspectivas. Para o desenvolvimento que se pretende fazer aqui, contamos com as definições dos autores já citados entre outros.. No capítulo dois trata especificamente da função da comunicação interna e suas competências na organização, com indicadores da Aberje e conceitos de NASSAR (2003, 2004), análise do público interno FRANÇA (2004), e os elementos da cultura organizacional de forma clara e objetiva. Segundo estudiosos como FLEURY (1989) e FREITAS (1991), a cultura de uma organização se transmite através de sistemas, incluindo linguagens, histórias, valores e outros fatores que caracterizam sua cultura organizacional..

(13) 13. Conhecer e se adaptar a cultura da empresa é um fator importante. Podemos lidar com as dificuldades e entender a linguagem da organização com mais facilidade, principalmente nos processos de mudanças organizacionais.. As características da comunicação são determinadas pela cultura organizacional. É essencial que os gestores tenham consideração, consciência do valor e dos efeitos das estratégias de comunicação dentro da organização, correspondendo na medida do possível com as necessidades que os colaboradores têm quanto ao recebimento do conteúdo das informações. É importante também ter o controle da situação garantindo tranqüilidade ao colaborador que é peça principal nos resultados financeiros da organização.. A seguir, trataremos da situação geral e dos processos de aquisições e fusões empresariais mostrando suas diferenças e conceitos, e no último capítulo será mostrado o caso da empresa P&O Nedlloyd com a contribuição teórica do autor YIN (2003)..

(14) 14. Capítulo 1 1.1 Relações Públicas e suas funções na organização As relações públicas começaram a dar seus primeiros passos nos Estados Unidos, a partir do final do século XIX, desenvolvendo-se e despertando a atenção dos países por sugerir uma nova estratégia informativa com intuito de estabelecer e administrar conflitos entre as organizações e seus públicos a partir da revolução industrial.. Com o constante progresso industrial os capitalistas sentiram a necessidade de ampliar seus mercados e os Estados Unidos observou que seus operários se fortaleceram, mobilizando a opinião pública, e devido a tantas transformações nasceu à profissão de relações públicas, a fim de mediar a relação entre as organizações e a opinião do público, através da implantação e divulgação de informações favoráveis para a imprensa. A partir deste acontecimento os empresários começaram a se preocupar com as relações públicas de suas empresas bem como o que deveria ser informado.. Segundo FERRARI (2000), as atividades de relações públicas foram introduzidas no Brasil dia 30 de janeiro de 1914, através da criação do departamento de relações públicas da empresa canadense de eletricidade, The São Paulo Tramway Light and Power Company Limited, atualmente denominada Eletropaulo, pelo considerado pai das relações públicas Eduardo Pinheiro Lobo..

(15) 15. Em 1951 cria-se na Companhia Siderúrgica Nacional o primeiro departamento de relações públicas brasileiro e no ano de 1953, promovido pela Escola de administração pública da fundação Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro sob o patrocínio da ONU, (organização das nações unidas) surge o primeiro curso de relações públicas.. A década de 60 é marcada pela lei nº 5.377 de 11 de dezembro de 1967, que regulamentou a atividade dos bacharéis de comunicação social, com habilitação em relações públicas, sendo o Brasil o primeiro país no mundo a tomar esta iniciativa.. Acompanhando a evolução das relações públicas, nota-se que a atividade originou-se a partir da necessidade da comunicação entre pessoas, visando à prática do bom relacionamento.. Considerando que as pessoas dentro da organização fazem à diferença, principalmente em relação aos resultados empresariais, é fundamental a função estratégica do profissional de relações públicas dentro da organização. As relações públicas preocupam-se com os públicos de uma organização.. LESLEY (2002, p.07) afirma: Quando consideramos que todas as atividades da vida moderna têm, nas pessoas, o seu ingrediente fundamental – e que lidar corretamente com as pessoas a mais essencial atividade de qualquer organização – começamos a dar valor à amplitude e à influência de relações públicas, a ciência que lida com as opiniões das pessoas e com os relacionamentos de uma organização com as pessoas que estão envolvidas com ela..

(16) 16. Ressalta-se que o profissional de relações públicas não tem a responsabilidade sobre as diversas áreas da empresa, mas assessora na preservação, administração da imagem e identidade da organização, incluindo suas marcas, viabilizando a prática do bom relacionamento e equilíbrio com seus públicos-alvos.. FERRARI (2000, p. 31-34), apresenta os princípios a partir dos quais a teoria geral de relações públicas foi delineada. A autora apresenta um histórico da chama “Escola de Maryland”, um grupo de estudos conhecido por sua preocupação em estudar e analisar o comportamento das relações públicas nas organizações citados por GRUNIG e HUNT (1996), os primeiros pesquisadores do trabalho que ampliou ao longo dos anos pesquisas em várias organizações.. O primeiro estudo determina as variáveis que influenciavam a prática das relações públicas. Desenvolvido nos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha, o estudo mostrou e testou conceitos que caminharam para a proposição de uma teoria geral de relações públicas:. Apresentamos os 10 princípios estabelecidos por GRUNIG e HUNT, (apud, FERRARI, 2000, p. 32-34): 1. Envolvimento de Relações Públicas na administração estratégica. [...] 2. Participação total de Relações Públicas com a alta administração ou relacionamento direto com o executivo principal. [...] 3. Função integrada de Relações Públicas. [...] 4. Relações Públicas como função administrativa, separada de outras funções [...] Quando a função de Relações Públicas está subordinada a outro departamento não pode movimentar recursos comunicacionais (sic) de um público estratégico para outro e perde sua autonomia..

(17) 17. 5. Unidade de Relações Públicas coordenada por um “administrador” mais do que por um “técnico”. [...] 6. Uso do modelo de Relações Públicas simétrico de duas mãos. [...] 7. Uso de um sistema simétrico de comunicação interna. [...] 8. Profundo conhecimento do papel do administrador e de Relações Públicas simétricas. [...] 9. Diversidade em todos os papéis desempenhados. [...] 10. Contexto organizacional para a excelência. [...]. Estudamos a estrutura organizacional das empresas do segmento de comércio exterior, com foco em transporte marítimo, e raramente encontramos um profissional da área de relações públicas para administrar, coordenar serviços envolvendo o público interno, acompanhamento do clima organizacional e demais assuntos pertinentes ao comportamento da organização. Levando em consideração de que as relações públicas agregam valor a organização, independentemente do seu segmento, cultura e valores, o estudo comprovou que as relações públicas dentro das organizações proporcionam resultados eficazes, principalmente em relação à comunicação organizacional e o gerenciamento nos processos de mudanças.. O profissional de relações públicas juntamente com os gestores empresariais tem maior flexibilidade e a responsabilidade de promover ações para o público interno, com intuito de manter uma comunicação equilibrada e transparente, prevenindo futuros conflitos e crises humanas..

(18) 18. Conforme descreve KUNSCH (2003, p. 91-100): Para entendermos a verdadeira função das relações públicas no que concerne à administração ou ao gerenciamento da comunicação entre as organizações e seus públicos, consideramos primordiais duas premissas: a primeira é a distinção entre relações públicas e marketing; a segunda, a importância que se deve dar aos fundamentos teóricos dessas duas áreas de conhecimento.. Como ponto de partida, para compreendermos o real significado das relações públicas na área acadêmica e na prática organizacional, é necessário incorporarmos uma cultura científica acerca do campo, ou seja, temos de romper com algumas barreiras como preconceitos e idéias errôneas sobre a essência da sua teoria e da prática de suas atividades.. SIMÕES (1984, p. 33), esclarece como certos equívocos sobre a função das relações públicas nas organizações criam confusões e deturpam seu real significado como área acadêmica e profissional, ele afirma que: Relações Públicas é um termo empregado para designar muitos objetos sociais, dificultando sobremodo o entendimento entre aqueles envolvidos no tema, tanto na comunidade profissional como entre os leigos. Pior ainda, para a compreensão desse assunto é que, além da polissemia do termo, existe o problema de várias definições para cada um desses significados do termo fornecidas por estudiosos e associações de classe..

(19) 19. KUNSCH (2003, p. 93), também explica que já é percebida a mudança na visão dos especialistas de marketing. Eles estão reconhecendo que a atividade de relações públicas vai muita além da simples divulgação ou promoção de produtos, serviços e/ou organizações. As relações públicas se destacam no quesito de dar à construção de relacionamentos profícuos com todos os públicos interessados, não se limitando em consumidores, fornecedores e revendedores. Podem também facilitar ou impedir os objetivos da empresa. A autora retrata que empresas mais inovadoras e sensatas têm facilidade de entendimento tomando medidas na administração das relações de sucesso junto aos seus públicos alvos.. KUNSCH (2003, p. 95) define o trabalho do profissional de relações públicas de forma que: Identificam os públicos, suas reações, percepções e pensam em estratégias comunicacionais de relacionamentos de acordo com as demandas sociais e o ambiente organizacional. Supervisionam e coordenam programas de comunicação com públicos, grupos de pessoas que se auto-organizam quando uma organização os afeta ou viceversa. Prevêem e gerenciam conflitos e crises que porventura passam as organizações e podem despontar dentro de muitas categorias, empregados, consumidores, governos, sindicatos, grupo de pressão etc.. Constatamos que as relações públicas trazem benefícios para a organização, de forma estratégica e competente, unindo esforços e valorizando o comportamento da organização perante seus públicos e principalmente junto aos colaboradores.. Se as organizações se valessem mais da atuação deste profissional, realizando um trabalho em conjunto com os principais gestores responsáveis e demais áreas da organização, face nos processos de mudanças e nos períodos de fusões e aquisições se valeriam da imagem de forma muito mais positiva e preventiva do que acontece nos dias de hoje..

(20) 20. Os problemas em relação à comunicação organizacional e público interno seriam amenizados e controlados, pois os funcionários estariam um pouco mais tranqüilizados recebendo as informações necessárias, transmitindo uma imagem muito mais comprometida e sincera.. Neste contexto é importante que o profissional de relações públicas atue diretamente com a alta diretoria da empresa, de modo que possa ter fácil acesso aos principais gestores, levando as necessidades para mudanças, sugestões, ajuda nas soluções dos problemas no ambiente organizacional e futuras ações de prevenção..

(21) 21. 1.2 As Relações Públicas em apoio aos Recursos Humanos Partindo do princípio que algumas organizações concentram suas atividades e relacionamentos com o colaborador, através do canal de comunicação do departamento de recursos humanos, as mesmas podem acreditar e valer-se da eficiência da função das relações públicas em apoio aos recursos humanos com a finalidade de contribuir para a formação e melhor entendimento dos valores da organização.. Essas áreas unindo esforços podem obter maior eficácia junto ao público interno, transmitindo com facilidade e clareza os objetivos da organização e onde ela pretende chegar.. Concordamos com KUNSCH (2003, p.121), quando afirma que a “função das relações públicas em apoio a recursos humanos é muito útil, uma vez que trata especificamente do público interno que é um dos mais importantes dentro da organização”.. O público interno necessita de uma atenção diferenciada, transparente e mais humana, de forma que recebam informações atualizadas e de consistência, sem a intervenção do vocabulário técnico e dos manuais.. O profissional de relações públicas pode agir contribuindo com todos os fatores que tratamos aqui, de forma ágil e eficaz, pois tem sensibilidade e técnicas para realizar este trabalho minimizando os ruídos da comunicação entre recursos humanos e colaboradores..

(22) 22. Outro benefício da atividade de relações públicas junto a recursos humanos, segundo KUNSCH (2003, p. 121), é o trabalho de forma integrada ou de gestão de pessoas, por meio de parcerias e no desenvolvimento de atividades específicas de comunicação interna com os funcionários, valendo-se de diversos meios e instrumentos.. Dentro das atividades e desenvolvimento de ações, KUNSCH (2003, p. 121) acrescenta: A criação de programas especiais da coordenação de produção de mídias impressas,. audiovisuais,. telemáticas,. interativas. e. multimídias,. do. desenvolvimento de telejornais radiofônicos e televisivos, da encenação de peças teatrais, da organização de eventos especiais e confraternizações, do apoio aos treinamentos, da montagem de programas de visitas e de open house para familiares, da contribuição para o incremento das atividades de associações desportivas, da implantação e do controle de caixa de sugestões, da coordenação de campanhas internas, concursos, da emissão de circulares personalizadas e de muitas outras atividades que estimulem a participação, a integração e o interesse do funcionário na organização, tornando-o um coparticipante ativo de sua vida.. Geralmente as empresas encontram dificuldades nos processos de mudança organizacional, principalmente nos casos de aquisições, e considerando que os públicos mais afetados são os funcionários, eles se tornam improdutivos, ansiosos e aflitos diante dos acontecimentos.. Os lideres, muitas das vezes, se perdem no contexto, pois se preocupam mais com a posição futura na nova estrutura falhando na transmissão das informações relativas à mudança..

(23) 23. Na visão de ANDRADE (1984, p. 65): O profissional de relações públicas deve funcionar como agente canalizador dentro da empresa, em presença da administração e dos empregados, procurando ativar e manter a compreensão e a confiança que deve reinar em toda a organização. Cabe a ele estimular e facilitar a comunicação em ambos os sentidos, entre a administração e os empregados, para conseguir um clima de entendimento.. Chamou minha atenção em pesquisar o assunto e tentar encontrar um suporte em paralelo com as atividades do departamento de recursos humanos, para realização de projetos e políticas mais adequadas ao público interno. Fica aqui descrito a importância da atuação e interface do profissional de relações públicas em apoio aos recursos humanos, com o objetivo de desenvolver um trabalho interessante, produtivo e de importância, interagindo com eficiência sem que as áreas interfiram nas responsabilidades da outra, pois a maior beneficiada será a organização, de modo global, que se valerá de estratégias e técnicas direcionadas aos objetivos propostos, tanto no dia a dia superando as pequenas deficiências, quanto nos períodos de maior impacto..

(24) 24. Capítulo 2 2.1 Comunicação Interna e suas funções na organização O desempenho e eficiência da comunicação interna não podem ser avaliados somente através dos informativos que a organização dispõe via intranet, vídeos, revistas ou jornais internos.. Conforme pesquisa realizada sobre a comunicação interna pelo Instituto Aberje de Pesquisa, a comunicação interna vem ocupando espaço cada vez mais relevante dentro das organizações, deixando de ser secundária e se transformando em estratégia de gestão empresarial, contribuindo para a formação da imagem, capacitação profissional e integração.. A pesquisa realizada pela Aberje em 2002 constatou que, os meios de comunicação impressos, como o jornal e a revista empresarial ainda são vistos como os mais importantes para o trabalhador.. O jornal impresso é identificado como o principal veículo de comunicação interna em 31% das empresas, e a revista em 24%. A intranet é o terceiro veículo citado como prioritário, atingindo a marca dos 18%. Os demais meios de comunicação, como jornal eletrônico, e-mail, agência de notícias, cartazes, carta do presidente, banners, comunicação face a face, caixa de sugestões e abre telas no computador somam 11%..

(25) 25. Os indicadores mostram que o setor vem crescendo a cada dia, através do empenho, qualificação dos profissionais da área e resultados positivos. Aos poucos, as organizações estão valorizando, reconhecendo o profissional e a utilização dos meios de veículos a fim de transmitir uma comunicação mais completa, objetiva e eficiente.. TORQUATO (1992, p. 201-202) afirma que: A comunicação interna nas empresas flui em duas grandes redes. Uma formal, outra informal. Ambas processam variadas situações próprias, projetos específicos. As comunicações orais, por exemplo, são tão importantes quanto às comunicações impressas, mas não recebem tratamento compatível e os profissionais, com raras exceções, não estão lidando com essa forma.. A comunicação interna também pode ser percebida como um elemento vital para que as demais funções administrativas se processem.. As relações entre as pessoas, áreas, unidades de negócios e demais departamentos, estão ligadas ao elemento comunicação, mas o processo de comunicação pode ocorrer de várias maneiras e dos mais variados contextos na qual é interpretada por indivíduos acerca dos acontecimentos.. Para NASSAR (2004, p. 26), “em um momento onde o diferencial competitivo é valorizado, funcionários bem informados são considerados um importante diferencial competitivo”.. É por meio da comunicação interna que a organização se relacionará com seus colaboradores, e graças ao avanço da globalização, novas estruturas no ambiente organizacional vem mudando..

(26) 26. Por outro lado observamos que nas organizações do segmento de comércio exterior, particularmente nas agências marítimas, a utilização e estratégias de comunicação junto ao público interno ainda precisam ser melhoradas e renovadas.. O uso de informativos impressos ou canais de relacionamentos é pouco utilizado. As informações divulgadas sobre a organização e demais assuntos pertinente ao público interno parte somente do setor de recursos humanos.. Acreditamos que a eficiência da comunicação interna atua paralelamente com a circulação das informações que atravessa todos os setores de uma organização, e para que isso aconteça é necessário que a política da organização seja apresentada de maneira objetiva, transparente e com planos delineados para o público interno. Desta maneira a organização terá mais chances de alcançar resultados positivos.. Para KUNSCH (2003, p. 151-161): A importância da comunicação interna reside, sobretudo nas possibilidades que ela oferece de estímulo ao diálogo e à troca de informações entre a gestão executiva e a base operacional, na busca da qualidade total dos produtos e do cumprimento da missão de qualquer organização.. Considerando que a comunicação interna transmite conhecimento, equilíbrio e, sobretudo interação entre indivíduos, o diálogo, a troca de informações entre colaboradores e gestores refletem no clima organizacional e na qualidade da prestação de serviços ou produtos da organização, comprometendo os objetivos e resultados a serem alcançados..

(27) 27. Nos processos de mudanças como nas aquisições empresariais, ela pode contribuir muito, minimizando os ruídos e impactos junto aos colaboradores. Mais do que informar a comunicação interna eleva os valores sociais e individuais.. Para que a comunicação interna exerça o papel dentro de uma organização, ela precisa, com muita apreciação e sensibilidade, ser valorizada e compreendida por todos os integrantes principalmente pela diretoria até os funcionários de cargo menos elevados.. Para DAVIS e NEWSTROM (1996, p. 4): Comunicação é a transferência de informações e compreensão de uma pessoa ou outra. É uma forma de atingir os outros com idéias, fatos, pensamentos, sentimentos e valores. Ela é uma ponte de sentido entre as pessoas, de tal forma que elas podem compartilhar aquilo que sentem e sabem. Utilizando esta ponte, uma pessoa pode cruzar com segurança o rio de mal-entendidos que muitas vezes as separa.. No conceito da Rhodia, uma das empresas pioneiras na valorização da comunicação no Brasil, “A comunicação interna é uma ferramenta estratégica para a compatibilização dos interesses dos empregados e da empresa, através do estímulo ao diálogo, à troca de informações e de experiências e à participação de todos os níveis”. (KUNSCH, 1995, p.93).. Outro fator essencial é a linguagem que deve ser clara e objetiva. Muitas das vezes, os funcionários têm dificuldade em entender o que à organização quer e o que pretende atingir. Informações que revelam dificuldades nas interpretações com uma linguagem difícil e com burocracia, diminuem a interação e a facilidade na compreensão do diálogo contribuindo para a ineficiência da comunicação interna..

(28) 28. A área responsável pela comunicação interna da organização pode evitar esses constrangimentos, gerenciando e administrando o conteúdo das informações de forma transparente, clara e objetiva, aproximando naturalmente os colaboradores, assim eles estarão mais preparados tanto para receber qualquer notícia, no dia a dia, como também terão compreensão de imediato respondendo as expectativas da organização nos processos de mudança.. Contudo NASSAR (2003, p. 73-74) afirma que: Administração e comunicação interna são irmãs que trabalham com palavras cheias de ação. Comunicação interna é a ferramenta que vai permitir que a administração torne comuns as mensagens destinadas a motivar, estimular, considerar, diferenciar, promover, premiar e agrupar os integrantes de uma organização. A gestão e o seu conjunto de valores, missão e visão de futuro proporcionam as condições para que a comunicação empresarial atue com eficiência.. Para KUNSCH (1997, p. 128), A comunicação interna deve viabilizar uma interação efetiva entre a organização e seus empregados, usando ferramentas da comunicação institucional e até da comunicação mercadológica. Ela será fruto de um trabalho pensado, organizado e constantemente avaliado, não ocorrendo simplesmente de forma casuística na vida organização. A comunicação interna contribui para o exercício da cidadania e para a valorização do homem.. É importante observar que tanto NASSAR (2003) como KUNSCH (1997), usam o termo comunicação interna para descrever a viabilização e aproximação de informações, através de técnicas e ferramentas destinadas especificamente aos integrantes da organização e acima de tudo valorizando-os como seres humanos..

(29) 29. Vale ressaltar que o colaborador é peça-chave no desenvolvimento dos negócios da organização. É necessário que ele esteja estimulado, bem informado em relação aos projetos e procedimentos da organização, assim estará mais preparado e consciente para receber informações inesperadas, como as que interferem na organização e no seu grupo de relacionamento interno e externo.. Segundo KUNSCH (apud, HARADA, 2005, p. 8), a comunicação interna deve:. 1. contribuir para o exercício da cidadania e valorização do homem; 2. ser participativa e usar de todo instrumento disponível (mural, boletins, intranet e etc); 3. trazer um olhar para dentro e outro para fora da organização, para que o funcionário exerça sua função em parceria com a organização em sintonia com a realidade social vigente; 4. estimular o diálogo e a troca de informações entre a gestão executiva e a base operacional na busca da qualidade total de produtos e serviços e do cumprimento da missão; 5. fazer parte da comunicação integrada e dos conjuntos das demais atividades da organização;.

(30) 30. 6. ser definida e transparente, abandonando a “política do avestruz”; 7. ter conteúdo e linguagem adequados aos novos tempos; 8. beneficiar, simetricamente, empregados e organização, sendo assim relevante para ambas às partes e; 9. ser valorizada e compreendida por todos os integrantes de uma organização.. Em um futuro próximo esperamos que as organizações do segmento de transporte marítimo e logístico avaliem os estudos aqui apresentados e aplique no dia a dia os conceitos demonstrados, fazendo desta útil ferramenta que é a comunicação um canal de interligação e valorização humana..

(31) 31. 2.2 Público essencial “Executivos que querem obter sucesso organizacional devem dirigir sua atenção para as necessidades com o público interno, em primeiro lugar”. (MARCHIORI, 1995, p. 83).. A ação de saber lidar com o público interno faz com que os funcionários se sintam mais confortáveis dentro da organização, aproximando seus relacionamentos, expondo seus anseios dentro e fora da organização de forma mais equilibrada e positiva.. FRANÇA (2004, p. 67-68) define o seguinte conceito de público interno: Públicos internos são os grupos que estão estreitamente vinculados aos objetivos da organização, fortemente compenetrados de sua missão específica e compõem seu quadro de colaboradores permanentes, isto é, recebem salário e possuem relação de dependência.. “Podemos considerar dentro da organização que o público interno é composto pelos empregados, incluindo acionistas, conselheiros e vendedores” (FRANÇA 2004, p. 66). Não importa o porte, origem ou o negócio de uma organização, o público interno é considerado, na prática e na teoria o público essencial para a comunicação.. Segundo FRANÇA (2004, p. 44-45), as características do público interno são definidas como forma de comportamento coletivo. Conjunto de pessoas adultas ou de grupos sociais organizados (...) com oportunidade de discussão, participação por intermédio de pessoas ou veículos de comunicação..

(32) 32. Entretanto é importante que as organizações percebam e cuidem do seu público interno esclarecendo sua missão, responsabilidade, transformando a teoria de políticas em práticas organizacionais mais humanas.. Esse público espera estabelecer confiança, valorização, união de idéias, entendimento mútuo e crescimento pessoal. Perante a organização espera-se oportunidade. de. carreira,. crescimento. na. parceria,. satisfação. dos. clientes,. transparência, lealdade e compromisso no negócio.. “Esse público pode estimular ou prejudicar a organização, pois deles dependem as atividades, meio e fim da empresa, incluindo os clientes, que por sua ação individual podem interferir nos resultados da organização”. (FRANÇA 2004, p. 55).. Para um melhor entendimento o estudioso (FRANÇA 2004, p.105) define os conceitos dos públicos essenciais: São essenciais aqueles públicos que juridicamente ligados à organização, e dos quais depende para a sua constituição, manutenção de sua estrutura, sobrevivência e para execução de suas atividades-fim. Esse nível de dependência é de caráter situacional: variará de acordo com cada tipo de organização. Por isso, a classificação apresentada como padrão, embora seja de aplicação geral, não se acomoda igualmente a todas as organizações que identificam e determinam seus públicos na relação direta de sua natureza (constituição) e de seus interesses..

(33) 33. Os públicos essenciais dividem-se em dois segmentos: a) Os constitutivos da organização: Aqueles que possibilitam a existência da organização, oferecendo-lhe todos os elementos e recursos para a sua constituição,. de. acordo. com. as. atividades-fim.. Representam. os. empreendedores que criam a empresa, autorizam o seu funcionamento e correm o risco do negócio. Alguns exemplos: investidores, sócios, diretores, conselhos administrativos, governo e autoridades governamentais, com o seu pode de autorizar ou desautorizar.. b) Os públicos não constitutivos ou de sustentação: São também imprescindíveis, mas por sua natureza não interferem diretamente na constituição da organização e sim, na sua viabilização ou manutenção de mercado, enquanto colaboram para a execução das atividades-fim, mantendo a produtividade e a lucratividade do empreendimento.Podem, também, em alguns casos, segundo a estrutura da empresa, correr seu risco, solidariamente, mas em geral, não é de sua responsabilidade assumi-lo. Esse púbico é formado pelos colaboradores, fornecedores, clientes e consumidores, revendedores, e concessionários, sócios de clubes, alunos e outros.. Nota-se que os públicos essenciais constitutivos de uma organização possibilitam a existência da organização dentro da sua área de atuação.. Os públicos não essenciais ou de sustentação, contribuem também para o funcionamento da organização oferecendo serviços que permitem a troca de relacionamentos com interesses lucrativos. Observamos também que é indispensável à identificação e conhecimento do público interno..

(34) 34. Através deste reconhecimento, a organização saberá trabalhar a comunicação interna de forma adequada com procedimentos e regras mais estruturadas, sendo mais justa, percebendo suas necessidades, deveres, valorizando a sua imagem perante o colaborador, pois a relação entre organização e colaborador também pode ser considerada como uma troca de serviços, interesses, conhecimento, retorno financeiro e crescimento de ambas as partes..

(35) 35. 2.3 Cultura Organizacional Na década de 1980 o campo da cultura organizacional começou a adquirir espaço no Brasil, seguindo os passos dessa difusão também o mundo ocidental. A partir do momento em que o Japão prosperou na economia mundial e o processo de globalização tomou proporções maiores, as diferenças culturais entre os povos e por conseqüência entre as organizações de diferentes países passaram a chamar a atenção de pesquisadores e estudiosos.. O conceito de cultura tem suas raízes na antropologia e na sociologia. Autores como SCHEIN (1991), definem cultura como um conjunto de pressupostos básicos que criam os valores e princípios norteadores do cotidiano e se configuram em artefatos e criações visíveis do dia a dia juntamente com conjuntos simbólicos.. Uma das definições mais completas é feita por FLEURY (1989, p. 22), que conceitua cultura organizacional como: Um conjunto de valores e pressupostos básicos expressos em elementos simbólicos, que em sua capacidade de ordenar, atribuir significações, construir a identidade organizacional, tanto agem como elemento de comunicação e consenso, como ocultam e instrumentalizam as relações de dominação.. A cultura organizacional é algo que nasce com a organização. É aperfeiçoado ao longo da sua jornada, envolvendo a estrutura, o corpo de funcionários, seu objetivo de existência, seus valores e demais fatores intangíveis. Conhecer a cultura, do ponto de vista da organização, é aumentar sua lucratividade e ampliação nos negócios..

(36) 36. Por outro lado define FREITAS (apud, AZEVEDO, 2002, p. 25) que cultura organizacional é: Um. conjunto. de. representações. imaginárias. sociais,. construídas. e. reconstruídas nas relações cotidianas dentro da organização, que são expressas em termos de valores, normas, significados e interpretações, visando a um sentido de direção e unidade, e colocando a organização como a fonte de identidade e de reconhecimento para seus membros. Essa conceituação considera que a cultura organizacional exerce o papel de agenciadora de sentidos e significados, atuando diretamente no imaginário, coração do psiquismo dos indivíduos, e desenvolvendo com ele uma relação de cumplicidade entre a organização e os desejos e medos inconscientes dos indivíduos que nela trabalham.. Quando FREITAS menciona que a cultura organizacional atua diretamente no imaginário coração do psiquismo dos indivíduos, identificamos que automaticamente seguimos os mandamentos e o modelo da cultura onde trabalhamos. Quando a cultura é entendida e absorvida, representamos a organização através da nossa comunicação, vestuário, postura entre outros símbolos. Este comportamento se desenvolve a partir da boa interação, afinidade e interesses que possuímos com a organização. SCHEIN (apud, FLEURY, 1995), expõe uma análise da cultura organizacional por meio da observação os artefatos visíveis, dos valores e da pressuposição que se formam os paradigmas culturais de uma organização: Artefatos visíveis: Os artefatos visíveis envolvem o ambiente construído da organização, sua arquitetura, tecnologia, layout, a maneira de as pessoas se vestirem, padrões visíveis e audíveis de comportamento e documentos públicos como manuais de funcionários, história, cartas, contrato social e outros..

(37) 37. Valores: Para se conhecer os valores de uma organização, são necessárias pesquisas, pois não se pode analisá-los de forma direta. Ainda assim é difícil compreendê-los, pois os valores manifestos da organização expressam o que as pessoas dizem ser a razão do seu comportamento, o que na maioria das vezes são idealizações ou racionalizações. Desta forma, freqüentemente não consegue compreender a lógica subjacente ao comportamento do grupo. Pressupostos: São os valores subjacentes e tipicamente inconscientes, referese à relação da organização com o ambiente, se é de denominação, de submissão, ou de harmonia. A natureza da realidade e verdade. Como a organização define o que é real e o que não é. A natureza humana se é boa, má ou neutra, se as pessoas são passíveis de serem desenvolvidas ou não. A natureza do trabalho, como as pessoas devem ser em relação ao trabalho, ativos, passivos, se autodesenvolverem ou serem fatalistas. As relações humanas, como as pessoas interagem como o poder se distribui.. SCHEIN (1995), explica que os pressupostos definem como a cultura funciona proporcionando uma ferramenta para entender, não somente as forças dinâmicas que evoluem e que governam a cultura, mas também explicar como a cultura é aprendida, difundida e modificada.. FLEURY. (1995,. p.. 64-66),. afirma. que. para. descobrirmos. a. cultura. organizacional, devemos observar quais são os antecedentes históricos, como é feita a socialização de novos membros, quais são as políticas de recursos humanos, como são os processos de comunicação e como é a organização do processo de trabalho. Ela explica: Antecedentes históricos: Ao analisarmos os antecedentes históricos da organização, verificamos quais são os valores originais determinados pelos fundadores, quais foram às situações críticas enfrentadas pelo grupo e por quanto tempo o grupo conviveu. Assim, podemos descobrir se a cultura é forte ou fraca, se passou por grandes alterações ou se permanece similar às intenções dos fundadores..

(38) 38. Socialização: Apesar de todos os membros serem iguais no processo de criação e modelagem da cultura, uns são mais semelhantes do que os outros; alguns produzem e internalizam os padrões culturais de uma organização, outros nela são socializados e a internalizam.. Políticas de recursos humanos: As práticas da organização devem ser coerentes com a sua cultura. As políticas de recursos humanos que determinam e refletem muitos dos valores da organização. Essas políticas devem ser observadas. Uma organização que valoriza criatividade, iniciativa e trabalho em equipe, por exemplo, não pode ter uma política de recursos humanos que não remunere adequadamente seus funcionários, não estimule seu crescimento pessoal e profissional ou não zele por sua segurança.. Organização do processo de trabalho: As organizações orientadas para o mercado, por exemplo, não podem se fechar a inovações tecnológicas e a modelos de gestão inovadores. Não é possível conceber, por exemplo, uma empresa prestadora de serviços, como um hotel que tem como missão a excelência no atendimento aos hóspedes, que seja burocrática e lenta. Esta organização deve ter estruturas ágeis e flexíveis, capazes de se adaptar às demandas de seu público alvo.. Comunicação:. Devemos. analisar. os. processos. de. comunicação. da. organização se quisermos conhecer a sua cultura. A comunicação se constituí em um dos elementos essenciais do processo de criação, transmissão e cristalização do universo simbólico de uma organização. Para o mapeamento do sistema de comunicação é necessário considerar os meios, instrumentos e veículos, canais formais e informais, a relação entre quem se comunica, a linguagem, os fluxos e os ruídos que ocorrem no processo de comunicação. Assim podemos visualizar em profundidade os níveis de informação, e, conseqüentemente, de participação dos indivíduos..

(39) 39. Quando conhecemos e nos familiarizamos com a cultura da organização onde trabalhamos, temos a capacidade de identificar os seus propósitos, objetivos de mercado, o que ela espera da equipe de profissionais e onde pretende chegar com as políticas e procedimentos organizacionais.. O estudo da cultura organizacional é importante porque tem relação direta com os resultados da organização. Sobretudo nos processos de mudança como nas aquisições empresariais em que pode haver rupturas no relacionamento, falha na comunicação entre a organização e colaboradores. A cultura é um dos fatores que determina um processo de influência mútua e a comunicação interna de uma organização é o reflexo de sua cultura organizacional.. A cultura é um dos fatores que determina qual o tipo de comunicação a ser praticada na empresa, tanto na sua forma e veículos como o conteúdo dos fluxos, portanto é fundamental conhecer a cultura da organização para evitar barreiras e aproveitar oportunidades..

(40) 40. Capítulo 3 Aquisições e Fusões Empresariais 3.1 Situação Geral Os processos de aquisições e fusões entre empresas representam uma oportunidade rápida de penetração em novos mercados e países, pois o investidor compra uma empresa em operação, com carteira de clientes, marca estabelecida e ativos em pleno funcionamento.. A chegada do Mercosul em 1991, também contribui para o aumentou deste mercado, de forma a atrair investidores e empresas estrangeiras no Brasil. Com isso o país tornou-se um mercado emergente e muito mais atrativo para as empresas estrangeiras.. A partir da década de 90 e com a implementação do plano real no governo Itamar Franco, a competitividade no mercado acelerou os processos de fusões e aquisições no Brasil somado a grande contribuição dos impactos da globalização e os diversos avanços tecnológicos.. Para GUARITA (2002, p. 24), Fatores com necessidade de ganhos em escala de produção; atuação em outras regiões geográficas; surgimento de novos produtos; e busca de sinergias financeiras e tecnológicas levaram grandes conglomerados empresariais a atuar em outros países que não são os de sua origem, por meio de aquisições, parcerias e joint ventures com empresas locais..

(41) 41. Segundo BARROS (2003a), a literatura sobre fusões e aquisições registra duas razões para que essas transações se desenvolvam: Aumento de valor para o acionista e as motivações do corpo diretivo em função de lógica do mercado, aumento de presença no mercado, aquisição de tecnologia e até de aproveitamento de situações de reestruturação. De acordo com estudos da KPMG (2001), no Brasil as fusões e aquisições foram responsáveis por aproximadamente 80% do fluxo de investimentos diretos no país na década passada, e o capital estrangeiro participou de aproximadamente 61% das 2308 transações de fusões e aquisições realizadas neste período.. FERRARI (1996), apresenta as principais vantagens das transações de fusões e aquisições apenas aplicadas em aquisições internacionais: ¾ Viabilizar a expansão em prazo mais curto – em vez de construir uma fábrica, adquire-se uma em operação. ¾ Reduzir o custo da expansão – normalmente as aquisições possuem custos menores que os start-ups. ¾ Conhecer o funcionamento do setor e das especificidades de cada país com a aquisição de uma empresa local. Isto não ocorre quando uma empresa resolve se instalar em outros países construindo fábricas; ¾ Obter patente, tecnologia ou licença para fabricar ou comercializar novos produtos; ¾ Remover concorrentes em potencial – a aquisição de empresas locais pode diminuir a concorrência nestes mercados;.

(42) 42. A febre das fusões e aquisições no mercado brasileiro não está restrita a determinado setor ou segmento econômico. Diversas empresas estrangeiras estão se utilizando a estratégia de fusão e aquisição para entrar no mercado brasileiro, permitindo o crescimento e interesse pelo Brasil.. No período de 1994 a 2001 os setores mais avançados foram os de alimentos, bebidas e fumo com 261 transações. Em 2º lugar aparecem as instituições financeiras com 181 transações; em 4º lugar telecomunicação com 163 transações e em 5º lugar produtos químico e petroquímico com 117 transações.. Dados estatísticos da FORBES (2006), revelam fortes mudanças no setor de tecnologia. A primeira investida da gigante Microsoft com a aquisição da Great Plains, ano marcado pela compra da Navision especializada em gerenciamento da relação com clientes.. Em 2005 a Oracle fez pelo menos três aquisições de peso. Foram 10,3 bilhões de dólares pela Peoplesoft, que trouxe com ela toda a base de clientes da J.D. Edwards. Três meses depois, a companhia absorveu as operações da Retek e em setembro do mesmo ano anunciou a compra da fornecedora da Siebel por 5,9 bilhões de dólares.. No mesmo ano a SAP Brasil apostou no crescimento orgânico e apresentou um modelo de aquisições de empresas especializadas em soluções de tecnologia vertical. A empresa comprou a Triversity, especializada em software para varejo e a Khimetrics, desenvolvedora de soluções de gerenciamento de demanda..

(43) 43. No mesmo período foram incorporadas a Virsa Technology desenvolvedora de softwares capazes de centralizar e padronizar processos de gerenciamento de riscos e a. Frictionless. Commerce,. especializada. no. gerenciamento. da. relação. com. fornecedores. A Microsiga também investiu comprando a Logocenter, dando origem ao Grupo Totvs passando a ocupar posição de destaque no mercado brasileiro.. Recentemente a Procter & Gamble e Gilette, ambas líderes em praticamente todos os mercados em que atuam, anunciaram a sua união o que vai gerar a empresa resultante a importância sem precedentes no mercado mundial.. No segmento de transporte marítimo, aéreo e logístico as principais em destaque no ano de 2005 foram: Maersk Sealand, com a aquisição da tradicional angloholandesa P&O Nedlloyd por 2,3 bilhões de euros e a DHL, a maior especialista em serviços expresso e logístico com a aquisição da Exel. Segundo os principais executivos da Maersk Sealand a combinação das duas empresas irá criar a líder mundial na indústria de navegação ocupando espaço no mercado global em 18%. A assessoria de imprensa da DHL informou que a fusão com a Exel ampliou o leque a oferta de serviços tornando o grupo logístico líder no mundo.. Consideramos que o índice de aquisições aumenta devido às empresas sentirem a real necessidade de melhorar seus resultados financeiros, manter-se no mercado com bom desempenho incluindo outros fatores importantes já citados.. No ínicio de 2006, a Yara empresa norueguesa de fertilizantes comprou por US$ 126 milhões a participação de 48,09% na Fertibras, companhia brasileira do mesmo setor. Com a aquisição a Yara terá 99,95% dos direitos de voto na Fertibras..

(44) 44. Já a Gerdau, grupo brasileiro do setor de aço, comprou por US$ 60,6 milhões a participação de 50% da Sideperú, empresa peruana do mesmo setor, das mãos do governo do Peru. A Gerdau também assumirá dívidas de US$ 102 milhões da Sideperú e investirá outros US$ 100 milhões na empresa nos próximos cinco anos.. Detectamos também que algumas empresas já estão interessadas em abrir seu capital financeiro. Um exemplo recente é da empresa Mapfre, companhia espanhola de seguros, que venderá ações no valor total de US$ 4 bilhões, como parte de um plano de reestruturação global. A seguradora que tem presença forte na América Latina afirmou que a emissão irá melhorar seus resultados financeiros e aumentar a produtividade.. Concluímos que a demanda por aquisição empresarial movimenta os mais variados setores. Constatamos que no ano de 2005 o setor de tecnologia da informação superou os números de aquisições com o intuito de se distanciar da concorrência. Em 2006 a demanda foi um pouco mais diversificada incluindo os setores de aço e seguros, contudo as organizações também apostam e desejam com a mudança reduzir custos operacionais e obter resultados com fins lucrativos..

(45) 45. 3.2 Entendendo os processos de aquisições e fusões Segundo a literatura das aquisições e fusões da FEA, as empresas fundem-se para determinados objetivos. Um deles é maximizar a riqueza dos proprietários que será refletida no preço da ação da adquirente. Os motivos específicos, os quais incluem crescimento ou diversificação, levantamento de fundos, aumento ou aprimoramento da capacidade administrativa ou da tecnologia, considerações tributárias, aumento da liquidez do proprietário e defesas contra aquisição de uma empresa por outra, devem ser procurados quando se acredita que sejam consistentes com a maximização da riqueza do proprietário.. BARROS (2003a) descreve como as combinações podem ser feitas: ¾. Parceria ou aliança estratégica: enquanto a parceria realiza-se entre a empresa, fornecedores ou clientes, a aliança acontece entre concorrentes, normalmente tendo como motivação a expansão em mercados.. ¾. “Joint venture”: ocorre quando duas ou mais empresas se unem para criar uma nova, separada formalmente das demais.. ¾. Fusão: a combinação de duas ou mais organizações que deixam de existir legalmente para formar uma terceira, com identidade própria.. ¾. Aquisição: a compra de uma empresa determina seu desaparecimento legal.. ¾. Cisão: ao contrário dos formatos anteriores, refere-se ao desmembramento de parte da operação de uma empresa, constituindo-se uma nova.. O processo de aquisição ou fusão entre empresas é complexo e exige observância de critério técnicos e legais..

(46) 46. Conforme explica BARROS (2003a), as duas partes interessadas são analisadas, quem quer comprar avalia as questões do mercado, financeira e tecnológica, e quem vende não decide apenas pela oferta financeira.. A literatura das aquisições e fusões explica também que há os critérios para seleção de nomes para identificar potenciais compradores ou vendedores. A escolha depende do acesso de informações sobre a situação da empresa passíveis de ser coletadas em instituições de mercado. A lista de pretendentes não pode ser extensa, no máximo três ou quatro nomes e é feito um acordo de confidencialidade onde as partes se comprometem a não divulgar informações vitais da empresa.. Após, iniciam-se as etapas de negociações com informações sobre a saúde das empresas envolvidas. Esta fase geralmente é delicada, pois informações sensíveis à atividade da empresa podem ser obtidas por um concorrente que está agindo de má-fé. São estudadas em conjunto a situação operacional da organização e as perspectivas de geração de lucro.. A auditoria é a etapa mais dura do processo. Nesta fase há uma série de investigações profundas para disseminar informações verdadeiras sobre a saúde da empresa que se quer comprar ou fundir. Consultores independentes contratados pela empresa interessada instalam-se na empresa a ser adquirida ou fundida e pesquisam profundamente sua situação fiscal, trabalhista, ambiental, operacional, legal e de recursos humanos..

(47) 47. Durante o processo também pode ocorrer baixo nível de expectativas em relação à oferta, revisão de preços ou continuidade de negócio. Se as auditorias especiais confiarem em uma situação de solvência da empresa e persistindo interesse na transação, a aquisição ou fusão é certa. Caso contrário, as negociações são canceladas.. Ocorrendo a aquisição ou fusão automaticamente percebemos os impactos sobre a gestão de pessoas e a compatibilidade cultural das empresas. Há uma reorganização nas estruturas das organizações envolvidas, tendo como impacto quase de imediato, a redução no quadro de funcionários decorrentes do surgimento da nova empresa e das funções que se duplicam em números sem necessidade.. A literatura relata a importância da comunicação com os empregados, com intuito de amenizar o clima de incerteza e insegurança que se dá nos processos de aquisições. A forma da transmissão de uma comunicação clara, transparente, objetiva e bem direcionada contribui para obtenção dos resultados almejados, permitindo solucionar as dúvidas das pessoas que participam do processo, comunicando todas as decisões, no menor tempo possível, avaliando o impacto econômico e pessoal, planejando a integração e a realização da nova estrutura.. Podemos analisar que o processo de mudança empresarial, com enfoque maior em aquisição, também é decorrente do fenômeno da globalização, que promove constantes integrações de estruturas organizacionais por meio de aquisições empresariais..

(48) 48. Capítulo 4 4.1 O caso P&O Nedlloyd. A P&O Nedlloyd foi formada em 1997. Uma empresa tradicional do segmento de transporte marítimo e logístico internacional atuava como prestador de serviços com faturamento anual de quatro bilhões de dólares.. A história começou em 1837, quando a Steam Navigation Company nasceu. Em 1865 a P&O Containers, uma subsidiária do grupo P&O, foi criada como resultado da fusão de quatro grandes companhias de navegação do Reino Unido. Essa fusão foi pioneira no desenvolvimento e no uso de transporte contêinerizado.. O antecessor da Nedlloyd Lines, uma companhia respeitada por sua longa história, começou em 1865 e finalmente fundiu-se com a NSU (Nederlandsche Scheepvaart Unie) em 1908. A companhia evoluiu e mais tarde foi rebatizada como Royal Nedlloyd Group. Ambas as empresas trouxeram a experiência de mais de um século de competência para criarem a P&O Nedlloyd.. Com um verdadeiro espírito empreendedor, foi a primeira fusão entre duas empresas de navegação. A história de sucesso compartilhada pela P&O Containeres e a Nedlloyd Lines trouxe inovação e progresso à navegação contêinerizada. Esse acontecimento não interferiu nas atividades no Brasil, mas contribui para o aumento das atividades, gama de serviços, desenvolvimento da carreira dos profissionais da área e a estrutura como um todo..

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