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O ensino religioso nas escolas públicas de Campo Grande, MS

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TÍTULO DO ARTIGO

O Ensino Religioso nas Escolas públicas de Campo Grande, MS1

Glauce de Oliveira Coppes.

Resumo: O Ensino Religioso enfrentou muitas mudanças nas últimas décadas da história

escolar brasileira. Para entendermos o ensino religioso é importante conhecer a sua história. Apesar da legislação federal, cada estado da federação, em parceria com o MEC, decide como ofertar o ensino religioso nas escolas públicas estaduais. Portanto neste trabalho será analisado como nas escolas estaduais de Campo Grande, capital do Estado do Mato Grosso do Sul, o Ensino Religioso é visto, como é ensinado, quem ensina, suas contribuições para a escola, valores e desafios. Concluímos com novas sugestões de ideias para pesquisas futuras.

Palavras-chave: Ensino Religioso (ER). Escola. Mato Grosso do Sul.

1. INTRODUÇÃO

Inicialmente, cabe registrar que, ao fazer pesquisas em artigos, livros, revistas relacionadas ao tema Ensino Religioso, não é difícil encontrar posição favorável à inclusão do Ensino Religioso nas escolas por parte de vários pesquisadores, autores e estudiosos do assunto. Para exemplificar, o estudioso do desenvolvimento religioso e da relação deste com o desenvolvimento humano James Fowler (1992), relata que, para cada etapa de aprendizagem do ser humano, há uma etapa de aprendizagem para o desenvolver da fé.

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Figueiredo (1995) defende que o Ensino Religioso não deve estar a serviço dessa ou daquela religião, mas há de se considerar a essência religiosa presente na formação do povo brasileiro, desde a sua origem, e igualmente o fenômeno religioso presente no mundo atual, a envolver os novos sujeitos históricos, inseridos num contexto sócio-econômico-político-cultural.

No entanto, a questão de educação e o Ensino Religioso sofre reflexões e indagações impactantes a respeito de sua identidade. Visto que existe um grupo que apoia a permanência desse ensino nas escolas, e outro grupo que prefere excluí-la. Além de vivermos em um país que o pluralismo religioso se manifesta cada vez mais, é interessante refletir sobre as possíveis consequências desse pluralismo dita por esses autores:

O pluralismo religioso é uma realidade cada vez mais percebida como um fenômeno que ocorre em diversos países e culturas, devido à globalização mundial e também às necessidades de transcendência do homem atual, que procura, no transcendente, aquilo que a sociedade, fundada num modelo de econocracia, não consegue lhe proporcionar. Pluralismo que nem sempre funciona como elo de integração de pessoas e povos, mas que, ao contrário, contribuem para reforçar separações, incentivar discriminações e propagar ideias fundamentalistas que são incapazes de alteridade. (JUNQUEIRA, 2005, p.9)

Desta forma, ao refletir sobre essas situações e os seus efeitos, foi razoável se perguntar sobre a forma de se transmitir nas escolas o Ensino Religioso. Se cada aluno tem a sua liberdade de crença, qual conhecimento é viável transmitir a eles sem favorecer uma religião? Qual seria de fato o papel desse ensino no ambiente escolar? E os professores estão preparados para lecionar esse ensino? Há profissionais para esse fim? O que está na proposta curricular é posto em prática? ( PHILLIPI. 2011, p. 12).

Por conseguinte, para que a escola se torne um lugar de saberes, e seja realmente um espaço para a educação, reflexão, construção de saberes; é fundamental que esse ambiente disponibilize um educador organizador de aprendizagem, não apenas transmissor de um conhecimento à alguém, mas antes disso é preciso ser capaz de compreender o conhecimento,

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ser capaz de reorganizá-lo, reelaborá-los e de ensiná-lo em situação didática e em sala de aula. (MULTICURSO GRUPO DESAFIO PIO XII, 2008 apud PHILLIPI, 2011, p. 58).

Entretanto, aplicando para o Ensino Religioso, o docente que tem a sua vivência religiosa pessoal, pode ser sensível ao pluralismo religioso e cultural ao trabalhar perguntas sobre o sentido da vida, a busca do homem para o que é sagrado? (SCUSSEL, 2007, p. 259).

O Ensino Religioso já esteve em diferentes posições como diz a Lei 9394/96 (LDB): em caráter confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizam pela elaboração do respectivo programa.

Nesse sentido foi importante analisar a realidade do Ensino Religioso nas escolas estaduais de Campo Grande, MS. Busca-mos saber de que forma ele esta sendo empregado na grade curricular das escolas estaduais, quais os objetivos de ter o ensino em tais escolas, qual a importância desta disciplina para os nossos dias , quais os seus desafios, o que é levado em questão para escolha do professor que a ensinará? E, qual o efeito desse ensino para o seu público-alvo, os educandos?

Assim, diante de profunda reflexão quanto ao processo educativo em relação a quem ensinar, o que ensinar e qual efeito do conhecimento, fez se necessário realizar uma pesquisa In loco para encontrarmos as respostas, o que nos permitiu ampliar nossa visão e compreensão dos porquês da permanência do Ensino Religioso nas escolas públicas, e como esse afeta significativamente nossas crianças do ensino fundamental das escolas públicas brasileiras.

A pesquisa vista a seguir, direcionada para escolas públicas, buscou gerar conhecimento para a aplicação prática e dirigida a solução de problemas que contemplam os objetivos anteriormente definidos.

Sendo empírica, com pesquisa de campo, teve no seu desenvolvendo comprovação prática através dos métodos de observação, entrevista e questionário, com o foco de colher dados sobre o objeto estudado.

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Para o aprofundamento do estudo continuou-se a coleta de dados na busca de fontes como livros, artigos, dissertações e outras. E, dessa forma a pesquisa exploratória foi posta em prática nesse levantamento de informações, tendo o ambiente natural como sua fonte direta de dados.

E além disso, utilizou-se o estudo de caso para ter as coletas de dados, com foco nas escolas estaduais que ofertam o Ensino Religioso e como os profissionais da mesma lidam com essa disciplina, levando em conta o contexto na qual ela se situa. Buscou-se representar os diferentes pontos de vista, até mesmos os conflitantes presentes em uma situação.

Os sujeitos foram professoras, coordenadoras e diretoras das escolas-campo de pesquisa; entre estes, apenas 5 pessoas das duas escolas, se dispuseram a contribuir para a coleta de dados. As profissionais foram entrevistadas, e essa escolha foi importante, pois expressou a realidade do Ensino Religioso nas escolas do Estado do Mato Grosso do Sul e permitiu uma relação de confiança entre o entrevistador e o entrevistado.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao pensar no começo na educação pública do Brasil, o Ensino Religioso analisa o contexto da colonização do país, onde o ensino de religião estava ligado ao ensino da doutrina Católica, que incluía a catequese. Os Jesuítas tinham a missão, como missionários, de usar a educação para incutir nas pessoas, através do ensino, a religião. E se analisarmos a história do Ensino Religioso nota-se as suas diferentes possibilidades para educação em diferentes períodos e seus avanços nas legislações.

O Brasil é um país rico em variedade de cultura, raças e de religiões. É uma das coisas que contribui para a formação cultural, ética e moral do Brasil foi a religião. Com essa inevitável influência na sociedade, com o intuito de propor um respeito mútuo nas diferentes religiões, valorizando a diversidade cultural e liberdade de consciência, a religião foi para o ambiente escolar através da disciplina do Ensino Religioso que no conjunto das políticas públicas para a educação, aparece como o componente curricular responsável pela

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apresentação e discussão nas escolas de temas, que envolvam religião, ética, e diversidade cultural. (AQUINO, p 1).

Influenciar de alguma maneira a sociedade, inclusive a escola, com características da religião não é algo novo, como já dito. Isto ocorre dede o início da colonização do país. Pode-se explicar essa persistência em impactar os indivíduos através da seguinte expressão: “A religião toca todas as dimensões do ser humano e a experiência religiosa exerce um forte impacto sobre o indivíduo. Ela provoca em seu comportamento uma mudança radical de direcionamento prático e de valores.” (OLIVEIRA, 2012, p. 36).

Mas o que é religião? Por que ensiná-la nas escolas? A religião está para o Ensino Religioso assim como a cultura está para a antropologia. De acordo com Chervel (1990, p. 186), uma disciplina escolar é um modo de transmissão cultural que se dirige aos alunos, constitui saberes, concorre com sua formação e “provoca a aculturação conveniente”. Sem dúvida, quando o assunto é religião há uma abrangência de temas e não poucos especialistas discutem sobre esse tema. Por essa razão é necessário reconhecer, como indicam Filoramo e Prandi (1999, p. 19), que existe ainda uma “insuficiência semântica para dar conta da complexidade e da multiplicidade” dos conteúdos da religião.

Devido a essa complexidade é reconhecida a importância da discussão da presença do elemento religioso no âmbito da escola, visto que é um elemento constitutivo da cultura, o qual exerce forte influência na sociedade, e por isso mesmo é imprescindível no currículo.

Tendo em mente essa importância, podemos dar como exemplo o fato de que, de acordo com o IBGE (2010) a população brasileira era de aproximadamente 198 milhões, e o número de pessoas que professavam alguma religião alcançava a orbe de aproximadamente 167 milhões. Portanto esse assunto, ao menos para a sociedade brasileira, é de grande importância social.

Mas de acordo com a Constituição Federal de 1988 no art.19 o Brasil não pode promover ou defender doutrinas de qualquer religião, por ser um Estado Laico. Apesar de a Igreja Católica ter muito interesse em ensinar os seus dogmas nas escolas, o objetivo do Ensino Religioso nas escolas deve respeitar a diversidade de credos e ser facultativo.

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Até mesmo o bem-conceituado Rui Barbosa sustentava a posição de que o ensino nas escolas públicas teria de ser laico:

“Católico(...) associei sempre a religião a liberdade, bati-me sempre, no Brasil, entre os mais extremados, pela liberdade religiosa, fui, no Governo Provisório, o autor do ato, que separou a igreja do estado, e com satisfação íntima reivindico a minha parte solução na constitucional, que emancipou, em nossa terra, a consciência cristã dos vínculos do poder humano.” (Barbosa, 1966, p. 362).

Em vistas dessas divergências, como o docente lida com elas? Diante das muitas mudanças nesse tema, é possivel que os professores possam ficar divididos quanto ao lecionar essa disciplina, sendo que alguns se interessam em ensiná-las e outros não querem se envolver com o tema. E será que a gestão pedagógica das escolas tem se atualizado frente as mudanças na legislação do Ensino Religioso e orientado professores e pais sobre isso?

Do regime do padroado para o estado laico, a república do Brasil teve como objetivo neutralizar conflitos de natureza moral e abrir um espaço amplo e flexível para construir uma relação harmoniosa entre as religiões e a República. Mas isto era visto de forma negativa pelos pensadores católicos tradicionalistas como Carlos de Laet, Eduardo Prado, Afonso Celso, Felício dos Santos, Joaquim Nabuco (Moog, 1981, p. 6). Em discurso pronunciado no Colégio Diocesano São José na cidade do Rio Janeiro em 8 de dezembro de 1905, Carlos de Laet afirmava:

“A dissociação da crença religiosa e da instrução é uma utopia que não resiste a menor análise. O sentimento e as ideias do professor no tocante as causas finais e a constituição do universo inevitavelmente se refletem no ensino que ele tem de ministrar à juventude. O ideal de uma escola em que jamais se fale, sequer, um assunto de religião, é uma vã criação da falsa democracia, que pretende guerrear a Deus, proibindo que nele se fale.” ( Laet aput Raquetat 2007 p. 166)

E, com esta resistência o ensino religioso confessional ficou ainda mais protegido por lei. A Constituição Federal de 1946, no artigo 168, se manifestou do seguinte modo: “O

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ensino religioso constitui disciplina dos horários das escolas oficiais, é de matrícula facultativa e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno.”

A igreja Católica conseguiu incluir na LDB de 1961, e na Constituição Federal de 24 de janeiro de 1967, em seu artigo 176, o esclarecimento que as aulas do ensino religiosos seriam no horário normal de aula e de matrícula facultativa. Segundo Raquetat (2007 p. 170), “cabe observar que este artigo não falava de confessionalidade, sendo a primeira vez na história brasileira em que a Constituição Federal se refere ao ensino religioso nas escolas públicas sem determinar que seja ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno”.

E no ano de 1997 de 22 de julho a Lei Federal 9 475 definiu a importância do ensino religioso na formação básica do cidadão. Em relação a isto afirma Carneiro (2004 p.7), “[...] a partir de 1997, o ensino religioso é ressignificado, passando a ser entendido como parte integrante da construção de um novo cidadão e não apenas formar ou confirmar um fiel.”

Por conseguinte, em 2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o Ensino Religioso pode promover crença específica. A oferta é obrigatória para a escola e optativa para o aluno do ensino fundamental. E um dos ministros que votaram a favor desta concepção foi a ministra Carmem Lúcia que concluiu: “Não vejo submissão do Estado à submissão de religião na norma. A pluralidade de crenças, a tolerância - que é princípio da Constituição Federal, combina-se com os dispositivos aqui atacados. Pode-se ter conteúdo confessional em matérias não obrigatórias nas escolas”²

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²(CONTEÚDO, Estadão. STF autoriza ensino religioso confessional nas escolas públicas. Exame, 2017. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/brasil/stf-autoriza-ensino-religioso-confessional-nas-escolas-publicas/>. Acesso em: 26 nov. 2018).

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Mas na prática segundo o jornal espanhol El País, “cabe aos municípios e Estados legislar a respeito e às escolas acordar com os pais como o ensino religioso é incluído na grade escolar, o que tem levado a uma ampla interpretação do modelo de ensino nas aulas, assim como ao privilégio de determinados credos frente a outros” Martíns (2017)

Dessa forma no Estado do Mato Grosso do Sul em dezembro de 2017 publicou no Diário Oficial do Estado a nova grade curricular do ensino fundamental e médio, que inclui por exemplo, opção de aula de Ensino Religioso no ensino fundamental entre o 6º e 9º ano. No entanto, ainda neste ano de 2018 apenas 4 escolas estaduais inseridas em Campo Grande – MS estão oferecendo o Ensino Religioso.

E no município de Campo Grande, neste ano de 2018, a SEMED (Secretaria Municipal de Educação) mobilizou os professores para enviarem sugestões ao novo currículo escolar do Estado, podendo os mesmos, na plataforma do site expressarem o seu interesse em diversas disciplinas inclusive o Ensino Religioso. E esse currículo está sendo construindo de forma democrática.

Durante décadas é notável as variadas mudanças que ocorreram no ensino religioso, o que faz dele um tema interessante e aberto para a pesquisa. Esta disciplina tem os seus benefícios e muitos os defendem; enquanto outros não a encaram de forma positiva e consequentemente, há conflitos e temas polêmicos. Com isso em mente, é interessante fazer buscas nos ambientes escolares que oferecem o Ensino Religioso e colher informações dos profissionais sobre como é desenvolvida a proposta de ensino, suas metas, seus desafios e sucessos no trabalho de transmitir os melhores conhecimentos que podem influenciar os alunos no seu desenvolvimento pessoal, intelectual e social.

Sem dúvidas esse tema nos permite refletir e ter o desejo de pesquisar sobre essas questões e muitas outras que surgem na medida que conhecermos mais de perto a realidade do Ensino Religioso nas escolas públicas do Brasil e em especiais algumas escolas públicas de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

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3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.1. A RELIGIÃO E O ENSINO RELIGIOSO

O Ensino Religioso desde a sua origem é um tema que leva à debates , polemicas, divergências; e como já visto, enfrentou e enfrenta mudanças nas leis brasileiras. Por vezes apoiado como confessional e algumas vezes como interconfessional ou nenhum dos dois. Mas sempre carregado de uma discussão intensa em torno de sua presença em um país laico e multicultural.

A Carta Magna de 1891 reconhece a liberdade de religião e da expressão religiosa e por reconhecer a ampla liberdade de cultos nos fez laicos. Dessa forma o Ensino Religioso só podia ser transmitido de forma facultativa.

É para não ofender a laicidade que há o caráter facultativo. O texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), de dezembro de 1996, define:

"O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter:

I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou

II - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa".

Como diz o parecer CP/CNE nº 05/97:

A Constituição apenas reconhece a importância do ensino religioso para a formação básica comum do período de maturação da criança e do adolescente que coincide com o ensino fundamental e permite uma colaboração entre as partes, desde que estabelecida em vista do interesse público e respeitando – pela matrícula facultativa

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– opções religiosas diferenciadas ou mesmo a dispensa de frequência de tal ensino na escola. (p. 2)

No entanto, as escolas pesquisadas, por serem conveniadas com instituições da Igreja Católica, decidiram completar a carga horária com o Ensino Religioso que consta na proposta pedagógica e observações das normas da SED/MS (Secretaria do Estado de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul). Por isso o Ensino Religioso faz parte dos conteúdos ofertados para os alunos.

3.1.2 Quem ensina?

No Estado do Mato Grosso do Sul, inclusive na capital Campo Grande, nota-se que a igreja Católica é a principal interessada no Ensino Religioso nas escolas públicas, mas de acordo com a lei 9 475 de 1997 surgiu o “novo ensino religioso” que segundo a lei deve ser “macro-ecumênico”, pluralista, inter-religioso e não proselitista. Podemos ver nas escolas estaduais entrevistadas a preocupação em colocar em prática o conteúdo para o Ensino Religioso adotado pelo Referencial Curricular, com o objetivo de valorizar o pluralismo e a diversidade cultural do Brasil. Para Dickie (2003), a presença do ensino religioso nas escolas públicas representa:

Uma tentativa de recuperação para as religiões de alguma influência no espaço público, através da legitimação de sua autoridade sobre a vida cotidiana e cultural no meio urbano, visto como dilacerado pelo individualismo e pela falta de valores. Estas tentativas, no entanto, se fazem sobre novas bases, em relação ao período ecumênico e pré-ecumênico do país, mais democráticas e preocupadas em respeitar as individualidades presentes no esforço conjunto do grupo estratégico. (DICKIE, 2003, p.15).

Na Escola Estadual Rui Barbosa são os professores de Língua Portuguesa que geralmente atuam como professores do Ensino Religioso. Esse é um professor(a) generalista que está apto para o trabalho didático com outros conteúdos como a educação religiosa.

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Diferente de um especialista, o professor que complementa sua carga horária com outra disciplina não saberá trabalhar o conteúdo profundamente. (SANTOS 2012, p. 90).

Pensando em uma formação continuada, em especial para o professor de Ensino Religioso, Reale (1995, p. 17) considera importante que este deva: “estar articulado com o projeto da escola, valorizar a experiência profissional dos professores, valorizar as potencialidades da comunidade escolar, a especificidade da instituição e do trabalho desenvolvido e desenvolver formas de trabalho coletivo e a ação autônoma das escolas”.

Neste enfoque, a Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos do ano de 2017, relata o que tem sido trabalhado para obter uma boa formação para ensinar o Ensino Religioso:

Até o momento do artigo, foram encontrados trabalhos que tratem especificamente da criação e configuração de cursos de Licenciatura em Ciências da Religião, sobretudo nas universidades públicas brasileiras. foram encontrados cursos de Licenciatura em Ciências da Religião em oito universidades públicas brasileiras: Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Universidade Estadual do Pará (Uepa), Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade Federal de Sergipe (UFS). (AMARAL, D.; OLIVEIRA R.; SOUZA E, Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, volume 98, número 249, ano 2017, página 253).

O Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso – FONAPER, comemorou essa conquista pois os seus principais objetivos são: garantir a presença do Ensino Religioso na LDB de 1996; produzir e publicar um Parâmetro Curricular Nacional para o Ensino Religioso; e por último, formular uma proposta para a formação de um profissional em ensino religioso e de uma graduação nesta disciplina (Junqueira, 2002, p. 49).

E de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso, por questões éticas e religiosas, e pela própria natureza da escola, não é função dela propor aos educandos a adesão e vivência desses conhecimentos, enquanto princípios de conduta

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religiosa e confessional, já que esses sempre são propriedades de uma determinada religião. Assim, na pluralidade da escola brasileira os eixos organizadores para os blocos de conteúdo são: Culturas e Religiões, Escrituras Sagradas, Teologias, Ritos, Ethos.

E nas diversas regiões brasileiras foram produzidos materiais didáticos tais como cadernos, diretrizes, orientações para a organização do Ensino Religioso nos sistemas estaduais e municipais de educação. Em Mato Grosso do Sul de acordo com a Secretaria Estadual de Educação, em 2012:

“Os referenciais curriculares da rede estadual baseiam-se em princípios e prioridades que trazem reflexões e orientações metodológicas para o ensino e aprendizagem dos estudantes em uma pluralidade contextual das áreas de conhecimento para as práticas de ensino, expondo uma visão de planejamento em prol da educação do estado. Quanto ao Ensino Religioso a proposta é o estudo do conhecimento de elementos básicos sobre o fenômeno religioso a partir das experiências religiosas que o educando recebe em seu contexto diário, sobre os questionamentos em relação a sua própria existência, a importância da identificação das tradições religiosas nas diferentes culturas e, por fim, a compreensão dos mitos e dos segredos que envolvem a fé por intermédio das tradições religiosas.” (SED/MS, 2012)

Verifica-se na pesquisa realizada que na escola Estadual São Francisco o docente que dá o ensino é uma religiosa consagrada da Igreja Católica Apostólica Romana – ICAR. De acordo com a entrevista, a professora segue os conteúdos especificados no referencial curricular, abrangendo-os, algumas vezes com ideias do livro sagrado dos católicos, a Bíblia.

Por meio das visitas nas escolas e pesquisas feitas nota-se que as escolas estaduais de Campo Grande, MS que oferecem o Ensino Religioso, estão estreitamente ligadas aos interesses do grupo católico.

Para Giumbelli (2004, p. 06), “historicamente, o ensino religioso esteve ligado aos interesses e à influência da Igreja Católica na sociedade brasileira. Outras tradições religiosas, quando não se opuseram, não se envolveram na questão”. A justificativa para as escolas terem escolhido ofertar o Ensino Religioso se fundamenta no fato de que elas estão conveniadas com a Igreja Católica, como disse a diretora e coordenadoras das escolas.

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3.1.3 A contribuição do ER nas escolas

A Lei 9475/97, no seu artigo 33 , dá ao Ensino Religioso a seguinte redação: “O ensino religioso é parte integrante da formação básica do cidadão constituindo disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil, vedando qualquer forma de proselitismo”.

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso, encontramos na página 30, referindo-se aos objetivos gerais do ensino religioso para o ensino fundamental, o seguinte:

“O ensino religioso, valorizando o pluralismo e a diversidade cultural presente na sociedade brasileira, facilita a compreensão das formas que exprimem o Transcendente na superação da finitude humana e que determinam subjacentemente, o processo histórico da humanidade”. (PCNs, 1997, p. 11).

Dessa forma as escolas pesquisadas seguem o Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino/MS que estabelece um vínculo com o Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino religioso, cujos objetivos já citados são os de valorizar o pluralismo e a diversidade cultural do Brasil. E os conteúdos propõe-se a atender no mínimo os temas da história das religiões, filosofia, ética, cidadania; bem como temas transversais, tais como saúde, sexualidade e meio ambiente.

De acordo com o autor Ronald Lima (2016) este novo conceito de Ensino Religioso pode se transformar em elemento extremamente útil para a formação cidadã, posto que a transdisciplinaridade no Ensino Religioso engendra uma atitude transcultural e transreligiosa. A disciplina é tida pelo autor como transformadora da educação e da sociedade uma vez que o seu objetivo não se limita ao informar, buscando formação.

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O ensino religioso poderá despertar no aluno para os aspectos transcendentes da existência como: A busca do sentido radical da vida, a descoberta de seu compromisso com o social e a conscientização de fazer parte de um todo. Esse processo de despertar e descobrir, que é permeado de ações, gestos e palavras, símbolos e valores que só adquirem significado na vivência, na participação e na partilha. (LIMA apud JUNQUEIRA, 2002, P. 91).

Segundo Sérgio Junqueira (2002, p.19) o pluralismo não é um problema, é um contínuo aprender a viver. Portanto o cidadão tem o direito de exercer com liberdade a sua religião. E com isso, no ambiente escolar o Ensino Religioso tem a sua importância para o entendimento da realidade social ao mesmo tempo que insiste que ao cidadão não pode faltar o conhecimento de valores religiosos de nossa cultura.

Com esta reflexão contribui Passos (2007):

O estudo da religião se torna uma via indispensável na tarefa urgente de educar para a convivência universal, e mais, para a sobrevivência humana e ecológica em tempo de crise planetária. O conhecimento das alteridades religiosas é um objetivo educacional sem o qual não se podem conhecer verdadeiramente as particularidades e a totalidade que compõem nossa vida sempre mais globalizada e, com maior razão, a lógica religiosa inerente a muitos conflitos mundiais em franco curso ou, cinicamente, anunciados por certos blocos de poder (PASSOS, 2007, p. 125).

Para Junqueira (2013, p. 611), o objetivo do Ensino Religioso Escolar é proporcionar ao estudante experiências, informações e reflexões que o ajudem a cultivar uma atividade dinâmica de abertura ao sentido mais profundo de sua existência em comunidade a uma organização responsável ao seu projeto de vida.

Veloso (2008) afirma que, por meio de conteúdos próprios e de metodologia adequada, este ensino visa proporcionar ao educando o conhecimento dos elementos básicos que o auxiliem na busca de compreensão das razões de ser religioso e das próprias religiões, para que o respeito mútuo e a tolerância religiosa se efetivem nas relações de saber, de crer e de poder. (VELOSO apud PHILIPPI, 2011, p.36).

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No entanto, realizar o Ensino Religioso como elemento integrante da formação básica do cidadão e colocá-lo em prática em todas as instituições escolares estaduais, municipais e privadas, é um ideal ainda distante. Há desafios que precisam ser enfrentados para se conquistar mais progressos.

3.1.4 Os desafios

Segundo Junqueira (2012, p. 111) essa nova leitura do Ensino Religioso que visa instaurar o conhecimento para respeitar as diversidades do país, necessita de uma formação específica para os docentes estarem preparados para articular os dados da experiência do educando com o cotidiano da sala de aula.

Apesar de o Ensino Religioso existir há décadas, ainda falta orientação por parte do Ministério da Educação – MEC, sobre a formação docente para o ensino religioso, sobre a responsabilização de municípios e estados pela definição de critérios de admissão de professores; bem como tornar a disciplina de oferta nacionalmente obrigatória e não de acordo com as determinações de cada ente federado, o que reflete na aceitação de diferentes tipos de habilitações de docentes (cf. AMARAL et al., 2017). E, é esta realidade na capital do Estado do Mato Grosso do Sul.

E por fim, verificou-se que as instituições escolares têm dificuldade em trabalhar valores junto aos seus alunos pois segundo a diretora da escola São Francisco da Cidade Campo Grande MS. Segundo a mesma, falta, para muitos alunos, trazerem de casa as bases necessárias para a continuidade da construção na escola da formação de bons cidadãos. De acordo com o Diário do Senado Federal:

[...] a pobreza e o esquecimento de determinados valores são responsabilidades de todos nós. Cada vez mais são esquecidas questões éticas e morais, que são jogadas por terra pela televisão, pelos meios de comunicação. Esses valores precisam ser resgatados. [...] É necessário resgatarmos no ser humano a vontade e o desejo de olhar o mundo não apenas pelos olhos materiais. (DSF, 9/7/1997, p. 13.455).

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Dessa forma, em um mundo onde os valores éticos estão cada vez mais desaparecendo, é de fundamental importância que os poderes governamentais criem oportunidades para o Ensino Religioso se expandir nas diferentes instituições escolares. E que o mesmo tenha os conteúdos e docentes preparados para darem uma contribuição essencial à formação do ser humano como pessoa e cidadão, promovendo uma educação com tolerância e respeito entre as pessoas religiosas e não religiosas.

4 CONCLUSÕES

Em vista dos argumentos apresentados o Ensino Religioso se apresenta como uma disciplina que tem uma história de mudanças, avanços, desafios. Mudanças na legislação, o fizeram por vezes de caráter confessional, o que satisfazia o interesse de uma determinada denominação religiosa. Mudanças na legislação que o fizeram de caráter interconfessional, abrangendo diferentes credos. Mas, independentemente disso, a transmissão desse ensino sempre se caracterizou como de forma facultativa.

É importante destacar que, com a Lei nº 9 475 artigo 33 de 1997, o ensino religioso, de matrícula facultativa, passa a ser reconhecido como parte integrante da formação básica do cidadão, constituindo-se em disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental; assegurando-se o respeito a diversidade cultural religiosa do Brasil. Este dispositivo legal também veda qualquer forma de proselitismo religioso na oferta do Ensino Religioso nas escolas.

Neste marco legal surgiu o que se denominou de “novo ensino religioso”, priorizando-se realizar o ensino de forma pluralista, inter-religioso sem proselitismo; ou seja, sem o intuito de “converter” os alunos para uma determinada religião. Espera-se que fique claro, para as instituições e os docentes envolvidos, que ao ensinar é preciso levar em questão a diversidade, a multiplicidade, a importância do ensino para os alunos no sentido da formação moral e social.

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Porém, ao pesquisar como funciona o ensino religioso nas escolas públicas da capital do estado de Mato Grosso do Sul, apenas quatro (4) escolas estaduais o aplicam em sua grade curricular, e o fazem porque tais escolas estão vinculadas com a instituição religiosa Igreja Católica. Apesar de seguir o referencial curricular da rede estadual, que tem temas baseados nos parâmetros do MEC, nas escolas pesquisadas pensamentos do cristianismo predominam no ensinamento, e, sendo assim, o pluralismo religioso deixa a desejar.

E mais, o escolhido para lecionar o Ensino Religioso nestas escolas, ou é um profissional graduado em qualquer outra disciplina, ou é uma religiosa consagrada da Igreja Católica. Ou seja, não há formação específica para a docência nesta área. Por isso, esses profissionais devem ter dificuldades para ensinar um ensino religioso não proselitista e macro-ecumênico. Sem dúvida, é preciso que todos os profissionais da educação deem maior atenção a este ensino, procurando entender o seu valor e o respeitem como disciplina escolar.

Com isso em mente, apesar de o ensino religioso ser reconhecido por lei como uma disciplina escolar, há uma grande necessidade de tratar essa disciplina como qualquer outra, com a mesma seriedade. Pois, este ensino tem as suas virtudes, os seus valores, e pode contribuir significativamente para que os educandos se tornem bons cidadãos.

Dessa forma o MEC já aprovou a formação de professores para o Ensino Religioso nas escolas públicas do ensino fundamental, mas por que na prática isso ainda não é efetivado em todos os estados brasileiros? Quais são os obstáculos que contribuem para que esta formação não aconteça? Estas são perguntas que podem ser abordadas em temas futuros, em novos trabalhos que visem ampliar os conhecimentos sobre o tema e contribuir para o sucesso da disciplina Ensino Religioso.

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AMARAL, D.; OLIVEIRA R.; SOUZA E. Argumentos para a formação do professor de

ensino religioso no projeto pedagógico do curso de ciências das religiões da UFPB: que docente se pretende formar? Revista Brasileira de estudos Pedagógicos. Brasília, 2017.

AQUINO, Maurício de. O Ensino Religioso no século XXI: Religiosidade, Laicidade e

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Referências

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