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Revisão bibliográfica do método de mapeamento tecnológico para ROADMAP de produtos

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA RENATO MARTINS

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DO MÉTODO DE MAPEAMENTO TECNOLÓGICO PARA ROADMAP DE PRODUTOS

Palhoça 2018

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RENATO MARTINS

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DO MÉTODO DE MAPEAMENTO TECNOLÓGICO PARA ROADMAP DE PRODUTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia de Produção Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro de Produção.

Orientador: Prof. Juliano Mazute, Ms.

Palhoça 2018

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RENATO MARTINS

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DO MÉTODO DE MAPEAMENTO TECNOLÓGICO PARA ROADMAP DE PRODUTOS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Engenharia de Produção e aprovado em sua forma final pelo Curso de Engenharia de Produção da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 18 de junho de 2018.

______________________________________________________ Professor e orientador Juliano Mazute, Ms.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Carolina Bithencourt Rubin Dra

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Paulo Valadares, Esp.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecer a DEUS, por ter proporcionado minha vida e minha saúde para poder estar onde estou.

Segundo a meus pais Anselmo Martins, e Nilda Maria Batista por ter me ensinado os valores de um cidadão de bem, proporcionado o carinho de pai e mãe.

Terceiro a minha esposa Juliana Reato, que tem me proporcionado o companheirismo ao meu lado, paciência, e compreensão.

Agradecer a todos os grandes mestres e professores que tem me acompanhado e me ensinado, á todos muito obrigado.

E um agradecimento em especial aos professores desta longa jornada, Antônio Victorino Ávila, grande amigo e que me acompanha desde a formação no Senai , ao professor Marco Tulio Ferreira, professor em minha graduação no Senai, ao Professor Paulo Valadares, professor no Senai, a professora Carolina Bithencourt Rubin, por me mostrar o real valor do marketing, e ao professor e orientador Juliano Mazute, pela paciência e pelos ensinamentos, pela capacidade de transformar minha cabeça quadrada de pensamento tradicional, mostrando o valor do pensamento exponencial.

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RESUMO

Nas últimas décadas, em função de fatores internos e externos empresas, as enfrentam grandes desafios no mercado globalizado. No âmbito interno, a pressão por baixos custos, o atendimento rápido e eficiente aos stakeholders, a regulamentação sobre a empresa e os altos custos e riscos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), tem se tornado questões críticas que precisam de uma coordenação conjunta(GONZALES 2007).

Grandes são os desafios de empresas se manterem saudáveis, este trabalho trás uma abordagem neste sentido, uma forma de entregar aos gestores de pequenas e médias empresas, uma ferramenta no auxilio a gestão da inovação. A revisão no método do Mapeamento Tecnológico MT traz ao planejamento das empresas uma saída para a prospecção de novos mercados, planejamento da evolução do produto, O método MT crescentemente usado pelas empresas tem a capacidade de responder ao desafio de planejamento de tecnologia, auxiliando na estruturação, desdobramento, comunicação e implementação dos planos de mercado, produto e tecnologia (MATTOS, 2005). A elaboração do Fluxograma de aplicação do Mapeamento Tecnológico, e a aplicação da ferramenta de 5W1H, trás aos gestores que não dominam as técnicas, um caminho mais fácil a aplicação em seus produtos, traz um método de passo a passo, facilitando o entendimento. No entanto grandes serão os desafios de uma aplicação da ferramenta, cabe aos responsáveis e aos gestores internalizar a necessidade de mudança e enxergar que o mercado, assim como tudo se transforma.

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ABSTRACT

In the last decades, due to internal factors and external companies, they face great challenges in the globalized market. Internally, pressure for low costs, rapid and efficient servicing of stakeholders, regulation of the company, and high R & D costs and risks have become critical issues requiring joint coordination (GONZALES 2007). There are great challenges for companies to remain healthy, this work brings an approach in this direction, a way of giving managers of small and medium-sized companies a tool to help innovation management. The review in the Technological Mapping method brings to the companies' planning an exit to the prospection of new markets, planning the evolution of the product, The method MT increasingly used by the companies has the capacity to respond to the challenge of technology planning, helping in the structuring, deployment, communication and implementation of the market, product and technology plans (MATTOS, 2005). The elaboration of the Flowchart of application of the Technological Mapping, and the application of the tool of 5W1H, behind the managers who do not master the techniques, an easier way to apply in their products, brings a step by step method, facilitating the understanding. However the challenges of a tool application will be great, it is up to managers and managers to internalize the need for change and see that the market, as everything is transformed.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - 6Ds exponencial ... 4

Figura 2 - Posição dos países e seus PIBs ... 10

Figura 3 - Caracterização do método da pesquisa. ... 12

Figura 4 - Modelo genérico do mapa tecnológico. ... 13

Figura 5 - Modelo genérico de um MT ... 15

Figura 6 - Camada de mercado do MT ... 21

Figura 7 - Matriz de classificações concorrentes ... 23

Figura 8 - SWOT ... 24

Figura 9 - Camada de mercado do MT ... 27

Figura 10 - Exemplo matriz qfd... 29

Figura 11 - Partes principais do produto ... 30

Figura 12 - Evolução das partes principais do produto ... 31

Figura 13 - Partes principais e plataformas ... 32

Figura 14 - Mapa de tecnologias ... 33

Figura 15 - Camada de tecnologia do MT ... 35

Figura 16 - Modelo de Relatório Final do MT ... 37

Figura 17 - Fluxograma de aplicação MT ... 39

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Algumas inovações brasileiras. ... 9

Quadro 2 - As camadas do MT ... 14

Quadro 3 - Etapa 1 Linha de produtos ... 16

Quadro 4 - Gráfico de Gantt execução MT ... 17

Quadro 5 - Etapa 2 Identificação de oportunidades... 18

Quadro 6 - Etapa 3 Direção estratégica da empresa ... 22

Quadro 7 - Estratégias empresariais ... 25

Quadro 8 - Etapa 4 Planejamento da evolução de linha de produto ... 28

Quadro 9 - Resultado QFD ordem de priorização ... 29

Quadro 10 - Etapa 5 Planejamento evolução da tecnologia do produto ... 32

Quadro 11 - Disponibilidade tecnológica ... 34

Quadro 12 - Fontes de Desenvolvimento de Tecnologia -... 36

Quadro 13 - Etapa 6 Recomendações finais conclusão do MT ... 37

Quadro 14 – 5W1H Identificar a linha de produtos a ser analisada ... 42

Quadro 15 – 5W1H Identificação de oportunidades ... 43

Quadro 16 – 5W1H Definição estratégica da empresa ... 44

Quadro 17 – 5W1H Planejamento evolução de produto ... 45

Quadro 18 – 5W1H Planejamento evolução tecnologia ... 46

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 1 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ... 1 1.2 OBJETIVO ... 7 1.2.1 Objetivo Geral ... 7 1.2.2 Objetivos Específicos ... 7 1.3 JUSTIFICATIVA ... 7 1.4 O BRASIL EM INOVAÇÃO ... 9

1.5 O BRASIL E SEU PIB ... 10

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 11

2.1.1 Delimitações da Pesquisa ... 11

2.1.2 Metodologia da Pesquisa ... 11

3 REVISÃO DE LITERATURA ... 13

3.1 MAPA TECNOLÓGICO (MT) ... 13

3.2 IDENTIFICAR A LINHA DE PRODUTOS A SER ANALISADA... 16

3.3 FASE DE IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES FUTURAS DE INOVAÇÃO DO PRODUTO. ... 17

3.4 FASE DE DEFINIÇÃO DA DIREÇÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA. 22 3.5 FASE DE PLANEJAMENTO DA EVOLUÇÃO DA LINHA DE PRODUTOS. 28 3.6 FASE DE PLANEJAMENTO DA EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA LINHA DE PRODUTOS ... 32

3.7 FASE DE GERAÇÃO DE RECOMENDAÇÕES DE NOVOS PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO ... 37

4 FERRAMENTAS DE AUXILIO A APLICAÇÃO DO MT ... 39

4.1 FLUXOGRAMA ... 39

4.2 5W1H ... 40

4.2.1 Exemplo prático aos participantes do MT 5W1H ... 41

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 48

5.1 CONCLUSÃO ... 48

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1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo será apresentada a contextualização do tema, seus objetivos, a justificativa, a metodologia da pesquisa e, ainda, a estrutura do trabalho.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Milhares de anos atrás, apenas reis e faraós e imperadores tinham a capacidade de resolver problemas de grande proporção, mas com o avanço das civilizações, domínio do fogo, e dos metais, desenvolvimento agricultura, tribos nômades se fixaram em locais de grande fartura de alimentos, e em terras que favoreciam o plantio de alimentos, nascendo assim às primeiras tribos, que depois vem a serem os reinos, impérios, vilas cidades. (DIAMANDIS; KOTLER, 2016)

Nas últimas décadas, em função de fatores internos e externos, as empresas enfrentam grandes desafios no mercado globalizado. No âmbito interno, a pressão por baixos custos, o atendimento rápido e eficiente aos stakeholders, à regulamentação sobre a empresa e os altos custos e riscos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), tem se tornado questões críticas que precisam de uma coordenação conjunta (GONZALES 2007).

Já, no âmbito externo, com a abertura de mercados, mencionado por Montanha Jr. Et.al(2004), as empresas estão expostas a uma maior competição com as empresas estrangeiras por mercado, principalmente quando estas últimas oferecem produtos com elevado nível tecnológico, economia de escala, preços competitivos e alto valor agregado. Noutra forma, os consumidores estão mais exigentes e diante de maiores possibilidades de escolha, com produtos mais complexos e customizados. Também, o tempo de desenvolvimento e o ciclo de vida do produto são cada vez mais curtos. (GONZALES 2007).

A prospecção tecnológica tem por objetivo promover a criação da capacidade de organizar os sistemas de inovação que respondam aos interesses da ciência, tecnologia, economia e sociedade. Ou seja, fazer prospecção é identificar as oportunidades e necessidades do futuro com dados do passado, a partir de mapeamento dos desenvolvimentos tecnológicos e científicos futuros, identificando os possíveis direcionamentos futuros, bem como os impactos dos mesmos (RUSSO et al., 2014)

Empresas exponenciais fazem parte deste processo, processo este que visa o rápido entendimento das tendências de mercado e necessidades dos consumidores, ditando

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assim as novas regras do mercado, sendo os pioneiros na corrida incessante para a satisfação dos consumidores (DIAMANDIS; KOTLER, 2016).

Atualmente, a tecnologia exponencial está expulsando do mercado não apenas as empresas lineares, mas também os setores lineares. O pensamento exponencial vem mudando toda a paisagem, rompendo processos industriais tradicionais – como o de invenção de bens de consumo e sua colocação no mercado (DIAMANDIS; KOTLER, 2016).

Quirky, Airbnb, e Uber são ótimos exemplos de empreendedores tirando proveito da escala crescente do impacto exponencial. Criaram empresas bilionárias em tempo recorde.

É o inverso absoluto de tudo o que acreditávamos ser verdade sobre a ampliação de negócios intensivos em capital. (DIAMANDIS; KOTLER, 2016).

Pensar em tendências é pensar no futuro, seja curto, médio, longo prazo, saber como os consumidores se comportam como agem, como se moldam ao que o mercado lança de inovação, pensar nestas situações trás aos desenvolvedores de produtos, a oportunidade de poder lançar produtos, as quais os consumidores nem imaginam que necessitem, tendo assim uma extrema vantagem na corrida pelo mercado a ser lançado, pioneirismo. (KOTLER 2000) divide as tendências de mercado em três tipos, de acordo com seu grau de confiabilidade e duração em:

 MODISMO  TENDENCIAS

 MEGA TENDENCIAS Modismos

Modismos são imprevisíveis. Uma tendência de curta duração, mas sem um significado cultural relevante. Algumas empresas podem ganhar algum dinheiro com modismos, mas por um curto período de tempo, exemplo desse fenômeno foram as “febres” em sequência de franquias ou lojas individuais de “frozen yogurt”, temakerias, paleterias mexicanas e, mais recentemente, hambúrguerias gourmet.(KOTLER 2000)

Tendências

A tendência “revela como será o futuro curto, médio e longo prazo, pode se manter por muito tempo – sendo observável em diferentes áreas de mercado e atividades de consumidores – e é consistente com outros indicadores significativos que ocorrem ou surgem ao mesmo tempo”. Um exemplo de tendência é o trabalho remoto, tanto por meio do Home Office, como em espaços de coworking. (KOTLER 2000).

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Megatendências

Um exemplo de megatendência são os carros inteligentes que estão sendo desenvolvidos por diversas empresas de ponta, como Google, Tesla, Uber e Apple.

Com uma abrangência bem maior, as megatendências são “grandes mudanças sociais, econômica, políticas e tecnológicas que se formam lentamente e, uma vez estabelecidas, nos influenciam por algum tempo – de sete a dez anos, ou mais” (KOTLER 2000).

Para falarmos sobre perspectivas de negócios exponenciais precisamos entender primeiramente o que é a LEI de MOORE, Em 1965 Gordom Moore, fundador da INTEL, observou que o numero de circuitos integrados em um transistor vinha dobrando a cada 12 a 24 messes. Esta tendência estava ocorrendo havia cerca de uma década e, previu ele, provavelmente duraria mais outra, sobre esta ultima parte ele estava errado este comportamento duraria pelo menos mais 60 anos, esse progresso im-placavel no preço e no desempenho é a razão pelo qual o smatphone em seu bolso é mil vesses mais veloz e 1 milhão de vesses mais barato do que um supercomputador da década de 1970, é o crescimento exponencial em ação (DIAMANDIS; KOTLER, 2016).

O que se sabe é que a exponencialização não é mais apenas mérito de tecnologia, não é mais apenas a eletrônica que evolui exponencialmente, empresas estão conseguindo este crescimento de modo acelerado devido a muito estudo em melhoria continua, e melhoria na velocidade de resolução de problemas, bem como a aceleração no processo de desenvolvimento e melhoria de produtos. Existe um problema grave neste processo de tomada de ação, pois o nosso cérebro não foi treinado para pensar de forma tão rápida, logo nossas capacidades de percepção não conseguem captar esta progressão exponencial. (DIAMANDIS; KOTLER, 2016).

O modelo 6D desenvolvido para podermos pensar e analisar de forma rápida e adaptar aos modelos de negócios os 6 principais a atributos que uma empresa ou produto deve ter para se tornar exponencial, sendo eles, DIGITALIZAÇÃO, DECEPÇÃO,

DISRUPÇÃO, DESMONETIZAÇÃO, DESMATERIALIZAÇÃO,

DEMOCRATIZAÇÃO. (DIAMANDIS; KOTLER, 2016).

A Figura 1 expõe o ciclo de exponencialização, tudo começa com a ideia de

poder transformar tudo em modo digital, ou seja, a digitalização o produto, tornar ele digital a fim de poder chegar a qualquer lugar apenas com a velocidade da internet, a segunda etapa é a decepção, ela mostra o tempo necessário que o produto leva para chegar a resultados de crescimentos na ordem acima de 1 ou seja os primeiros resultado 0.001 até chegar a 1 como foi o caso do crescimento em megapixels da câmera digital gera uma certa decepção pois o

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resultado inicial é extremamente baixo. A terceira etapa é a disrrupção, quando o produto acaba abalando outro produto, de pensamento ou atitude linear, caso da Netflix, a quarta etapa é a desmaterialização, ou seja, é tornar o produto inexistente, o que basicamente aconteceu com os CDrooms musicas filmes são criados e armazenados de forma digital, não existindo mais o meio físico, e a quinta etapa é a desmonetização, consistindo em retirar a cobrança da operação a realizar para o cliente, ao exemplo do Google que oferece inúmeras facilidades aos usuários de forma gratuita, e a sexta e ultima etapa é a democratização consiste em tornar o produto de forma com que qualquer pessoa de qualquer classe social possa ter acesso ao mesmo pacote de serviços, caso semelhante ao que acontece com programas ou aplicativos a exemplo o whatsapp.

Figura 1 - 6Ds exponencial

FONTE: (Diamandis; Kotler, 2016)

DIGITALIZAÇÃO: Conforme defendido por Diamandis, Kotler (2016) A digitalização consiste em uma colaboração mutua, ou seja, uma empresa ajudando a outra, compartilhando ideias, é a cultura de colaboração, favorecendo a facilidade de um produto ou serviço ter a capacidade de se tornar digital, sendo possível estar em qualquer local do mundo com a velocidade da internet. Um livro ou artigo está disponível em qualquer lugar do mundo, com uma velocidade da internet.

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DECEPÇÃO: Os resultados de um processo de exponencialização começam com números pequenos, os resultados iniciais logo serão extremamente pequenos, chegando a confundir com progresso linear, mas não se confunda, imagine a primeira câmera digital da Kodak, dobrando de 0,01 megapixel pra 0,02 mega pixel depois para 0,04 depois para 0,08 logo para um leigo estes números são quase 0 mas não se engane a partir da barreira quebrada do numero 1 logo em apenas 20 multiplicações chega se a 1 milhão e somente a 30 de 1 bilhão. (DIAMANDIS; KOTLER, 2016)

DISRRUPÇÃO: É essencialmente uma inovação que cria um mercado e abala outro, esta sempre vem depois da decepção, é aquela inovação que cria um mercado diferenciado do que já existe, de forma melhorada, e tomando lugar do que já existe, podemos citar inúmeros exemplos como o de câmeras digitais, a evolução do processo fotográfico de uma câmera analógica para uma digital e desta posterior aos celulares se deu de forma exponencial. (DIAMANDIS; KOTLER, 2016).

DESMONETIZAÇÃO: Conforme defendido por Diamandis, Kotler (2016) desmonetizar é tornar o produto ou o serviço de forma gratuita ao usuário, provavelmente hoje o Google seja a marca mais valiosa do mundo, uma das empresas mais exponenciais de nossa década, e o que eles entregam? A facilidade para o usuário, podemos citar o navegador de internet, GOOGLE CHROME, GOOGLE TRANSLATOR, (tradutor de textos) GOOGLE DOCS,( armazenador de arquivos), GOOGLE DRIVE(assistente de sistema GPS que auxilia motorista no melhor caminho no transito).

DESMATERIALIZAÇÃO: Conforme defendido por Diamandis, Kotler (2016) a Desmaterialização é transformar o produto em serviço, ao que aconteceu com o sistema netflix que transformou o mercado de locação de mídias, em um serviço online, justamente esta é a ideia de não haver mais este produto esta caixa, ser absolutamente extinto, como foi o caso das câmeras digitais que tiveram o seus tempo de vida curto cerca de 1 década apenas, foram quase que totalmente substituídas por smatphones que englobam muito mais coisas dentro de um aparelho e com uma qualidade de imagem melhor ou ainda superior.

DEMOCRATIZAÇÃO: Conforme defendido por Diamandis, Kotler (2016). È o processo de tornar tudo o que falamos antes a um equipamento cujo o custo se torne acessível a quase todo mundo, se pegarmos um aparelho de celular modelo smartphone, eles tem os modelos mais básicos que compreendem a maioria das funções ditas anteriormente a um custo relativamente baixo, tornando assim um produto de consumo de massa.

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O Mapa Tecnológico tem sua origem na Motorola durante a década de 1980, e vem sendo melhorado e aperfeiçoado desde então, Segundo Phaal et al. (2005) o MT é uma ferramenta de planejamento estratégico tecnológico, que busca auxiliar na estruturação, desdobramento, comunicação e estabelecimento da visão de futuro de uma empresa e na sua integração com os planos de mercado, negócios, produto e tecnologia. Além da aplicação empresarial, o MT também é utilizado no setor industrial para identificar as expectativas e ameaças em adotar uma tecnologia em termos de custo e desempenho para a competitividade do setor.

Para aplicarmos um Mapeamento Tecnológico precisamos de um produto, normalmente.

Pode ser considerado um produto, tudo aquilo que tenha sido colocado no mercado de consumo algo que foi produzido para satisfazer uma necessidade ou um desejo do consumidor, o produto tem algumas particularidades, KOTLER (2000).

Para PETER (2000, p.234) na terminologia do marketing, “o produto envolve muito mais do que bens e serviços, mas também marcas, embalagens, serviços aos clientes e outras

características que acrescentam valor para os clientes”.

Definimos um produto como algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e que pode satisfazer um desejo ou necessidade. Produtos incluem mais do que apenas bens tangíveis. “Definimos amplamente, incluem objetos físicos, serviços, eventos, pessoas, lugares, organizações, ideias ou um misto de todas essas entidades” (ARMSTRONG, 2007 p. 200).

Tecnologia: Ciência que estuda os métodos e a evolução num âmbito industrial: tecnologia da internet. Procedimento ou grupo de métodos que se organiza num domínio específico: tecnologia médica. Teoria ou análise organizada das técnicas, procedimentos, métodos, regras, âmbitos ou campos da ação humana. < https://www.dicio.com.br >. Acesso em: 11/06/2018.

A tecnologia consiste em um conjunto de atividades humanas, associadas a sistemas de símbolos, instrumentos e máquinas, visando à construção de obras e à fabricação de produtos por meio de conhecimento sistematizado (VARGAS, 1994).

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A seguir serão apresentados os objetivos deste trabalho

1.2 OBJETIVO

Neste tópico estão descritos os objetivos desta monografia, que são apresentados e divididos em geral e específicos.

1.2.1 Objetivo Geral

Apresentar de forma prática um modelo de ROADMAP de produtos no processo de pesquisa, desenvolvimento e inovação de produtos (PDI), a fim de ser um direcionador tecnológico do planejamento estratégico de empresas.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Pesquisar a atual utilização do mapeamento tecnológico.

 Apresentar a estruturação do método SIMATEP, proposto por IBARRA(2007).  Construir a partir da técnica propostas SIMATEP por IBARRA(2007) para o

mapeamento tecnológico.

1.3 JUSTIFICATIVA

De acordo com um estudo realizado pela ANPEI (2004), países desenvolvidos como Japão e Itália, têm investido grandes esforços em relação à inovação. As Pequenas e Médias Empresas (PMEs), por exemplo, contam com uma rede de pequenos Centros Locais de Inovação (CLIs), voltados para atender as suas demandas tecnológicas do dia-a-dia com exclusividade. (IBARRA 2007)

Tratarmos de desenvolvimento tecnológico no Brasil é um assunto um tanto peculiar, já que o desenvolvimento tecnológico de um país depende de investimentos em formação de recursos humanos bem capacitados. Para nós brasileiros não é novidade que a falta de investimentos, ou investido de forma errada nos dá um atraso tecnológico, se compararmos a outros países como a coreia do sul, em quanto que o Brasil registra cerca de 100 patentes anuais, a coreia do sul registra cerca de 2000, isto se deve totalmente ao fato de politicas publicas, o Brasil ainda corresponde apenas a 1,3 % das publicações em revistas internacionais. Contudo o desenvolvimento cientifica não gera sozinha inovação, é preciso que haja uma interação entre empresa e ciência para a criação (FELIPE 2007).

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Porém, as empresas brasileiras vêm acompanhando de forma lenta essas mudanças (IBARRA 2007).

Os resultados revelam que as PMEs, em particular, trabalham sem conhecer, no nível necessário, o mercado em que atuam. Com isso, seguem o que as grandes empresas fazem ou o que estas querem que elas façam, adotando estratégias tecnológicas de perseguidor rápido (limitadas a copiar as grandes de seu segmento) ou reativo (atuando sob pressão). E nessa espiral, grande parte delas não inova e acaba tendo grandes dificuldades de se manterem no mercado. (IBARRA 2007).

No entanto, a inovação não resulta apenas da necessidade de lançar novos produtos ao mercado. É fundamental potencializar as empresas para investir mais em inovação tecnológica, o que se constitui numa tarefa complexa, pois se faz necessário, entre outros aspectos, uma visão empresarial de inovação, na forma de geração de valor aos produtos e processos. Para tal, as empresas devem, entre outros aspectos, anteciparem-se às necessidades e à demanda de seus consumidores, diminuírem riscos e reduzir custos por meio da introdução de inovação e modernização de seus produtos e processos (ANPEI, 2004).

O método MT crescentemente usado pelas empresas tem a capacidade de responder ao desafio de planejamento de tecnologia, auxiliando na estruturação, desdobramento, comunicação e implementação dos planos de mercado, produto e tecnologia (MATTOS, 2005).

Para Fonseca (2002), methodos significa organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica. Para aplicarmos um método precisamos saber também sobre sistemática, ação ou efeito de sistematizar; sistematização. Biologia. Ciência que caracteriza, sistematiza e/ou classifica os seres vivos. Figurado. Reunião dos mecanismos criteriosos e/ou procedimentos utilizados por um indivíduo, grupo de pessoas etc: ela sempre contrariava a sistemática da empresa. Disponível em: < https://www.dicio.com.br >. Acesso em: 11/06/2018.

Sobre a diferença entre método e metodologia a metodologia se interessa pela validade do caminho escolhido para se chegar ao fim proposto pela pesquisa; portanto, não deve ser confundida com o conteúdo (teoria) nem com os procedimentos (métodos e técnicas). Dessa forma, a metodologia vai além da descrição dos procedimentos (métodos e técnicas a serem utilizados na pesquisa), indicando a escolha teórica realizada pelo

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pesquisador para abordar o objeto de estudo. No entanto, embora não seja a mesma coisa, teoria e método são dois termos inseparáveis, “devendo ser tratados de maneira integrada e apropriada quando se escolhe um tema, um objeto, ou um problema de investigação” (MINAYO, 2007, p. 44).

Para a aplicação de um método precisamos entender o que é tarefa, Uma tarefa é uma atividade que precisa ser realizada dentro de um período de tempo definido ou por um prazo. Uma tarefa pode ser dividida em atribuições que também devem ter uma data de início e fim definidos ou um prazo para a conclusão. Uma ou mais atribuições em uma tarefa coloca a tarefa em execução. A conclusão de todas as atribuições de uma tarefa específica, normalmente torna a tarefa concluída (WIKIPEDIA 2018).

1.4 O Brasil em inovação

De acordo com (EXAME ABRIL, 2010) a falta de investimentos no Brasil não é uma novidade, porem mesmo com dificuldades em inovar, o Brasil ainda consegue gerar certos produtos inovadores, abaixo seguem algumas das inovações brasileiras, de acordo com a (EXAME ABRIL, 2010). No Quadro 1 abaixo, representaremos algumas empresas e produtos brasileiros considerados inovadores.

Quadro 1- Algumas inovações brasileiras.

Acelormittal Transformação de restos de usina de beneficiamento do aço em pavimento ruas e estradas. Custo 15% menos do que o convencional asfalto.

Banco do Brasil

Pagamento de varejo através de numero do aparelho de celular.

Visa vale Companhia brasileira de soluções e serviços, consiste em um grupo de bancos, seus produtos são os benefícios de pontos em cartões de crédito. 24x7 Empresa desenvolveu a venda de livros em maquinas, semelhantes a

maquinas de venda de refrigerantes e salgadinhos. Vendem mais de 15 mil livros em maquinas por mês.

Digiflash (Audaces)

Digiflash consiste em reconhecer as medidas de um molde de roupa por meio de apenas uma foto, tirada por qualquer câmera de qualquer ângulo. Economizando cerca de 75 % de tempo o desenvolvimento de um molde.

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1.5 O Brasil e seu PIB

PIB do Brasil no ano de 2017 foi de 6,6 trilhões de reais, teve um crescimento de 1,0% em relação ao ano de 2016, que vinham de duas quedas consecutivas, ambas de 3,5% em 2015 e 2016, nesta comparação teve uma excelente alta no ramo de agropecuária, 13,0 % e serviços de 0,3 % e indústria 0,0% indústria estagnada. (AGêNCIA IBGE NOTÍCIAS, 2018).

O que estes dados nos mostram é que o Brasil está longe de ser um pais com tecnologia agregada, ou representativa, Brasil ainda é um pais que depende exclusivamente do setor agro, mesmo assim ainda somos a 9 PIB mundial, segundo ranking do banco mundial conforme Figura 2 abaixo.

Figura 2 - Posição dos países e seus PIBs

Fonte: FMI, World Economic Outlook Database (abril de 2017).

Os Dados mostram que o Brasil tem caminho promissor, está entre os 10 maiores PIBs do mundo, porem tem um longo cominho de melhoria, para isso precisam ser estudadas formas e metodologias de desenvolvimento como será mostrado a seguir.

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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para se desenvolver uma pesquisa, é indispensável selecionar o método de pesquisa a utilizar, de acordo com Gerhardt e Silveira (2009), a pesquisa possibilita uma aproximação e um entendimento da realidade a investigar, como um processo permanentemente inacabado. Ela se processa através de aproximações sucessivas da realidade, fornecendo subsídios para uma intervenção no real.

Há muitas razões que determinam a realização de uma pesquisa. Podem, no entanto, ser classificadas em dois grandes grupos: razões de ordem intelectual e razões de ordem prática. As primeiras decorrem do desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer. As últimas decorrem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz. GIL (2002).

2.1.1 Delimitações da Pesquisa

Em muitas pesquisas, sobretudo nas acadêmicas, o problema tende a ser formulado em termos muito amplos, requerendo algum tipo de delimitação. Por exemplo, alguém poderia formular o problema: "em que pensam os jovens?" Seria necessário delimitar a população dos jovens a serem pesquisados mediante a especificação da faixa etária, da localidade abrangida etc. GIL(2002).

De acordo com gil(2002) esta pesquisa se delimitará com a revisão bibliográfica do método SIMATEP proposto por IBARRA (2007).

A pesquisa em questão é delimitada até a apresentação sucinta da metodologia SIMATEP, por meio de estudo bibliográfico, é delimitado o trabalho até a apresentação do processo de preenchimento do mapa tecnológico, com o preenchimento da ferramenta 5w1h, neste caso não iremos apresentar uma aplicação.

2.1.2 Metodologia da Pesquisa

A metodologia de pesquisa do presente trabalho, conforme Figura 3 é caracterizada como natureza Básica, pois trabalha com métodos reais segundo YIN(2010).

Ela tem uma abordagem Qualitativa, pois é aquela que se verifica, normalmente, quando se realiza coleta de dados no âmbito organizacional, pois se configura como método de investigação cientifica FACHIN (2010).

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Seu objetivo é caracterizado como Pesquisa Exploratória (GIL, 2008), pois proporciona maior familiaridade com o problema (explicitá-lo). Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso. Procedimento: Bibliográfico (GIL, 2008). Pesquisa Bibliográfica: é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Não se recomenda trabalhos oriundos da internet.

Figura 3 - Caracterização do método da pesquisa.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

Neste capítulo apresenta-se uma revisão de literatura sobre roadmap de produtos exponenciais a fim de contextualizar A utilização do método SIMATEP.

3.1 Mapa tecnológico (MT)

A construção do mapa é composta de quatro fases: identificação das oportunidades, futuras de inovação do produto, definição da direção estratégica da empresa, planejamento da evolução da linha de produtos e planejamento da evolução da tecnologia. Os resultados da execução dessas fases correspondem aos objetivos das camadas do mapa tecnológico de produtos. (IBARRA 2007).

A Figura 4 abaixo representa as etapas desmembradas do processo de mapeamento tecnológico de produtos. Ele mostra a definição de cada etapa.

Figura 4 - Modelo genérico do mapa tecnológico.

Fonte: (IBARRA 2007).

Ao final das fases, têm-se momentos de avaliação dos resultados (representado por losangos na figura) e as correspondentes saídas. Os momentos de avaliação visam revisar o progresso das atividades, refletir sobre a necessidade de melhorias, sobre lacunas em conhecimentos, verificar o alinhamento das informações obtidas com as necessidades da empresa e reunir as informações necessárias para a próxima fase (IBARRA 2007).

Conforme Quadro 2 acamada de mercado está relacionada com o monitoramento do ambiente competitivo da empresa, em termos de tendências do mercado, mudanças, desenvolvimentos de ordem social, político, econômico, tecnológico, que configuram oportunidades “externas” para a empresa inovar o produto. (IBARRA 2007).

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A camada de negócio está ligada ao planejamento das metas “internas” estratégicas da empresa, Estas duas camadas se constituem na motivação (o porquê) para desenvolver o produto. A informação requerida é de caráter estratégico – caracterizado por estimativas de longo prazo – em que são tomadas decisões no tocante às mudanças externas que a empresa tem de fazer de forma a contribuir para a estratégia do negócio. Com base nisso, nas camadas de produto e tecnologia se planeja as mudanças internas dentro da empresa necessárias para atingir essa estratégia, isto é os novos produtos (o quê) e tecnologias e habilidades (o como) a serem desenvolvidos na empresa. A camada central do produto no mapa se constitui na ponte entre as oportunidades externas e internas da empresa. Oportunidades internas resultam do aproveitamento de pesquisas internas, novas competências e habilidades desenvolvidas pela empresa, etc., que podem ser consideradas de maneira opcional dentro da camada de tecnologia, posto que se constitua em meios para desenvolver um produto. Esta informação é considerada de caráter inovador, cujo planejamento é geralmente de médio prazo (IBARRA 2007).

Quadro 2 - As camadas do MT

Camada Descrição

Mercado Relaciona-se com o monitoramento de tendências do ambiente competitivo da empresa, exemplo mercado, questões sociais, políticas, econômicas e tecnológicas.

Negócio Relaciona-se com o planejamento das metas estratégicas para os produtos.

Produto

Planejamento dos produtos da empresa representando a expectativa de vida do mesmo, do lançamento à retirada do mercado. Produtos que atendam as estratégias de negócios e as necessidades do mercado. Constitui a ponte entre as informações sobre o mercado e a tecnologia

Tecnologia Planejamento do ciclo de vida das tecnologias específicas, mostrando as oportunidades tecnológicas que podem ser identificadas com as ferramentas do planejamento de produtos já apresentadas.

Fonte: Adaptado de IBARRA (2007).

A Figura 5 abaixo é uma representação gráfica da montagem do mapa, lembrando que não existe um padrão, cada empresa ou produto pode ser adaptado, temos na imagem um padrão de linhas e colunas, na primeira linha mercado/negocio é apresentado o mercado em qual a empresa se encontra o que foi como foi no passado, como está atualmente, plano para mudança de acordo com inovação, e o futuro, ou onde se espera chegar com a inovação, na linha de produtos logo abaixo de mercado, ligasse o produto a qual se está sendo analisando,

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suas características principais, como foi no passado como está atualmente e uma etapa muito importante o planejamento da evolução esta sendo influenciado tanto pelo mercado quanto pela tecnologia, e o objetivo futuro no final tem se uma entrega, ou seja, um objetivo a ser entregue, na camada de tecnologias entram os objetivos relacionados aos recursos, como era a tecnologia no passado como é atualmente e as pesquisas onde podem chegar, esta é uma etapa bem critica que deve ser acompanhada com uma maior frequência.

Fonte: IBARRA (2007).

1. Identificar a linha de produtos a ser analisada.

2. Fase de identificação de oportunidades futuras de inovação do produto. 3. Fase de definição da direção estratégica da empresa.

4. Fase de planejamento da evolução da linha de produtos.

5. Fase de planejamento da evolução da tecnologia da linha de produtos. 6. Fase de geração de recomendações de novos projetos de desenvolvimento.

O desenvolvimento do MT basicamente se divide em 6 macro fases conforme mencionado, estas etapas são bem definidas facilitando a interpretação e aplicação do método. Na seção seguinte serão apresentados em detalhes cada etapa do MT e suas ferramentas de apoio a aplicação.

(26)

3.2 Identificar a linha de produtos a ser analisada

Esta etapa é a inicial do projeto nela deve ser escolhido o produto a ser aplicado o MT, para seguir o projeto cada uma destas fases deve ser subdividida em outras etapas. (IBARRA2007). Abaixo temos o Quadro 3 que mostra a etapa 1 do MT dividido em 4 etapas, que serão explicadas a seguir.

Quadro 3 - Etapa 1 Linha de produtos 1.1 Identificar a linha ou

produtos a ser analisada.

1.2 Definir o horizonte de planejamento do mapa 1.3 identificar os participantes apropriados no mapeamento. 1.4 Elaborar cronograma e orçamento para o processo. FONTE: Autor 2018

A etapa 1.1 é o inicio do processo de mapeamento, é nesta etapa que a empresa deve escolher o produto ou linha de produtos a ser analisados, normalmente é o produto que a empresa tem maior potencialidade de competitividade diante do seu cenário do mercado. (IBARRA2007)

Etapa 1.2 definir o horizonte de planejamento do mapa a escala de tempo do mapa depende da dinâmica do setor em que a empresa atua e do tipo de produto. Mapas para produtos com ciclos de vida curtos (como celulares, laptops, TV digital), cujas empresas atuam em segmentos industriais emergentes, a escala do tempo envolve geralmente entre 1 ou 2 anos. Enquanto que, um setor tradicional como o automobilístico, na qual o tempo de retorno de investimento leva mais tempo, a escala pode ser de 5 anos (Mattos, 2005).

Etapa 1.3 Identificar os participantes apropriados no mapeamento consiste na escolha dos responsáveis pelo projeto, todos que são envolvidos nos resultados do mapeamento são participantes, o numero de participantes normalmente envolve entre 3 a 10 participantes, mas claro isso pode variar devido ao tamanho do projeto e da instituição, a equipe usualmente comporta por área técnica (engenharia de produção, P&D), Comercial (vendas, marketing, finanças). Alta gerencia, este ultimo de fundamental importância, pois é de responsabilidade, de determinar e tomar as decisões das estratégias e politicas a serem adotadas na empresa, para competir no mercado cabe a alta gerencia. Além de promover os recursos, quando necessários. É importante também envolver fornecedores, pois estes podem e devem ajudar no que tange a ideias e tecnologias futuras, outra figura muito importante é eleger sempre um líder (IBARRA2007).

Etapa 1.4 nesta etapa, deve se determinar e elaborar o cronograma de tempo para a execução do projeto, bem como a disponibilidade de recursos quando necessários, estes dois

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fatores tem fundamental importância dentro deste processo, já que todo projeto depende de recursos e deve ter uma data de inicio e final, com a apresentação dos resultados obtidos. Uma boa ferramenta nesta etapa é o gráfico de gantt. (IBARRA2007)

A Quadro 4 abaixo mostra um exemplo de gráfico de acompanhamento para poder analisar o andamento das atividades de pesquisa e aplicação do MT, nele temos as 6 atividades que serão desmembradas em outras, para cada atividade é determinado um período no caso deste quadro em dias e semanas, mas cada empresa vai ter o seu modelo, de acordo com a quantidade de recursos disponíveis, e a complexidade das informações.

Quadro 4 - Gráfico de Gantt execução MT

Fonte: Autor 2018.

3.3 Fase de identificação de oportunidades futuras de inovação do produto.

As empresas, independentemente de seu porte, devem estar alerta às mudanças do entorno e se antecipar a qualquer indício susceptível de causar impacto no desenvolvimento de um produto da empresa em algum momento no futuro. Este impacto poderá representar uma ameaça ou uma oportunidade para lançar novas opções ao mercado (IBARRA2007). Abaixo mostraremos a sequencia de da etapa 2 em suas fases conforme Quadro 5.

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Quadro 5 - Etapa 2 Identificação de oportunidades 2.1 identificar necessidades dos clientes e tendências do mercado. 2.2 analisar as tecnologias atuais e potenciais da linha de produtos 2.3 explorar novas tendências e eventos futuros do ambiente. 2.4 posicionar na camada de mercado as informações analisadas. 2.5 identificar as lacunas em conhecimento e informação FONTE: Autor 2018

Etapa 2.1 consiste em caracterizar os clientes nos aspectos qualitativos (alterações no comportamento de compra, hábitos de consumo, preferências, etc.) e quantitativos

(potencial do mercado, participação da empresa no mercado, etc.). Para os aspectos

qualitativos, os vendedores e assistência técnica da empresa, sabem o que os consumidores desejam como os produtos da empresa atendem seus desejos e como se comparam com os produtos dos concorrentes, A preocupação aqui está em saber as preferências dos

consumidores, geralmente pouco conhecidas e não articuladas, de forma que resulte em oportunidades para “novos produtos” e possíveis “novas soluções tecnológicas”, quer dizer, informação relacionada com o futuro. Quanto maior o conhecimento sobre os consumidores, suas preferências, mudanças e tendências, maiores as chances da empresa satisfaze-los de forma adequada (IBARRA 2007).

A pesquisa quantitativa permite determinar o potencial do mercado por meio de projeções de venda para o novo produto de forma mais específica e detalhada. É necessário saber: qual é o ciclo de vida previsto para o produto no mercado; se está próximo do nível de saturação; que produto está vendendo bem e por quê; apresenta algum aspecto que o

diferencia de outros produtos que não estão vendendo bem; houve recentes mudanças nas vendas da empresa, etc. Para realizar esta análise, o ponto de partida é mapear a informação já disponível de estimativas de vendas anuais de períodos anteriores (IBARRA 2007).

Etapa 2.2 é importante ressaltar a equipe de desenvolvimento do mapeamento tecnológico, levar em consideração, o ambiente tecnológico, ou seja, devem estar atento a novas tecnologias que podem estar sendo utilizadas no produto, e possíveis tecnologias futuras.

Geralmente, com relação à tecnologia, há 3 cenários no mercado que frequentemente as empresas se deparam:

(1) ambiente onde a concorrência está introduzindo uma nova tecnologia. (2) ambiente onde a tecnologia está evoluindo rapidamente

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Uma empresa necessita entender em qual destes três cenários se encontra, para depois planejar o produto e a tecnologia em função disso.

A empresa poderá identificar seus pontos fortes e fracos com relação à concorrência,

visualizar onde estão as novas oportunidades de crescimento e traçar uma política adequada à realidade da empresa. Na análise das tecnologias pode-se empregar como ferramentas de apoio: a curva “S” e a Matriz de portfólio de tecnologias. Outro processo utilizado é o de gestão de portfólio de tecnologias, habitualmente denominado de gestão de carteira. Esse processo ajuda a empresa, entre outras aplicações, analisar um conjunto de tecnologias por meio de uma matriz de 3 dimensões.(IBARRA2007).

Etapa 2.3 motivação para o desenvolvimento do produto é normalmente uma combinação de fatores que acontecem no ambiente da empresa, são normalmente impulsionados por uma decisão baseada no mercado e pela potencialidade da empresa consistindo em explorar novas tendências e eventos futuros do ambiente que possam impactar na atuação da empresa. Isto é, avaliar fatores econômicos, sociais, ambientais, políticos e de regulamentação que podem influenciar ou ameaçar a empresa.

A ferramenta típica para a execução desta atividade é a análise PEST (Política, Econômica, Social e Tecnológica). De acordo com Baxter (2000), os fatores do PEST contribuem para se refletir sobre o impacto que as mudanças mais gerais na economia e no ambiente de negócios provocarão sobre as operações da empresa.

 Político. Mudanças nas leis. Novos regulamentos pelo governo. Aumento de taxas ou tarifas de importação. Incentivos à inovação. Empréstimos para desenvolvimento dos negócios, e outras mudanças políticas que contribuem para estabilizar ou desestabilizar o mercado.

 Econômico. Questões macro-econômicas como o crescimento econômico, recessão, inflação, balança de pagamentos, abertura de novos mercados, mercado de ações e política fiscal, podem ter grande influência sobre os negócios. E questões de impacto imediato como taxas de juros, disponibilidade de crédito e indicadores econômicos como salários, índice de preços, etc.

 Social. Redução do mercado devido a mudanças demográficas (idade média da população, mobilidade social, migrações e aumento dos níveis de instrução). A queda da taxa da natalidade, por exemplo, poderia ser uma ameaça para uma empresa que produz artigos para bebês. O crescimento da consciência ecológica provocou mudanças nos hábitos de consumo de alguns setores, nas últimas décadas.

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 Tecnológico. O avanço da informática e comunicações tem provocado mudanças profundas em alguns setores, assim como o desenvolvimento de novas tecnologias como arma para ultrapassar os concorrentes, como visto anteriormente.

Em resumo os fatores pest são os atributos e características principais que determinam as decisões de um negocio, elas formam o ecossistema, em que a empresa está inserida.

Uma fonte de informação acessível de grande ajuda para esta atividade é o portal na internet conhecido como Trademap. Trata-se de uma base de dados mundial sobre análise de mercados para um produto específico, atualizada anualmente, em que se pode obter: demanda mundial do produto, barreiras comerciais de acesso a um mercado específico, medidas legislativas de cada país, tarifas, o perfil importador e exportador de cada país para o produto.

Etapa 2.4 fase de identificação de oportunidades futuras de inovação do produto consiste em priorizar e posicionar na camada de mercado as informações analisadas anteriormente sobre possíveis mudanças ou sinais a terem efeito na evolução do setor da empresa e as próximas gerações de produtos, A flexibilidade do mapa permite à equipe acrescentar como subcamadas, outros fatores de monitoramento que considerar relevantes para análise, a fim de acompanhar as mudanças do mercado, sem se distanciar muito dos concorrentes e explorar ao mesmo tempo as tecnologias emergentes.

Etapa 2.5 existem áreas no mapa ao final da fase em que não é possível prever mudanças ou sinais críticos do futuro pela falta de conhecimento e informação. Nesse caso, é necessário marcar com um sinal distintivo essas lacunas (por ex. uma bandeira) para uma pesquisa mais profunda e acompanhamento em outras fontes conforme mostrado na Figura 6 (IBARRA2007).

A Figura 6 abaixo mostra a camada de mercado preenchida, de acordo com as características do produto a ser aplicado o MT, neste caso o produto são veículos automotores, a camada compreende as características de ambiente externo em relação a evolução de demanda tendências sociais, politicas de legislação, e ainda a evolução da oferta e pesquisa de tecnologias, na camada ainda, são propostas atributos especiais como necessidades dos clientes, mudanças do mercado, expectativa de crescimento ou declínio de demanda, obsolescência de tecnologia, e o principal do MT a evolução da pesquisa ao longo do tempo, neste caso o mapa preenchido com as características mencionadas anteriormente mas dispostas ao longo do tempo.

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Figura 6 - Camada de mercado do MT

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3.4 Fase de definição da direção estratégica da empresa.

Esta fase consiste em estabelecer uma meta estratégica de diferenciação para a empresa com base nos cenários identificados anteriormente (Fase 1) e em uma avaliação da sua posição com relação à concorrência. Nessa fase, a informação resultante é posicionada na camada do negócio do mapa tecnológico. A alta gerência da empresa pode contribuir de maneira especial nesta fase, pois se encontra diretamente envolvida na definição e tomada de decisão de estratégias e políticas a serem adotadas na empresa (IBARRA 2007). Abaixo mostraremos a etapa 3 dividida em suas fases conforme Quadro 6.

Quadro 6 - Etapa 3 Direção estratégica da empresa

3.1 avaliar o posicionamento competitivo da empresa frente a concorrência. 3.2 realizar analise SWOT. 3.3 selecionar a estratégia de diferenciação da empresa. 3.4 posicionar na camada de negocio as informações analisadas. 3.5 identificar as deficiências de conhecimentos e informações. FONTE: Autor 2018

Etapa 3.1 Consiste em buscar as razões para a atual posição dos concorrentes, avaliando a fatia de mercado da empresa e produtos, seus pontos fortes e fracos, a sua estratégia e diferenciais competitivos, comparando-os com os produtos da concorrência, empregando-se uma matriz de avaliação (IBARRA2007).

Abaixo Figura 7 tem um exemplo de matriz para posicionamento dos concorrentes, na tabela devem ser elencados os principais concorrentes, podendo ser mais do que três, a tabela não se limita apenas a estes critérios, cada empresa e segmento pode ter os seus critérios diferentes.

Esta matriz pode ser utilizada como base de referencia mas cada produto pode ser diferente não é padrão, nela devem constar informações de importância ao mercado e principalmente a empresa, sendo eles os principais concorrentes. Ex:. quem são os principais concorrentes, quais produtos são potenciais concorrentes, qual a deficiência, qual pontos de preocupação, qual estratégia competitiva, qual diferencial.

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Figura 7 - Matriz de classificações concorrentes

Fonte: (IBARRA 2007).

O conhecimento das oportunidades e ameaças externas à empresa por si só, não leva a seu sucesso. É preciso avaliar a própria capacidade interna da empresa e dos concorrentes em dar resposta às necessidades do mercado. Além disso, determinar o que diferencia a empresa, sob o ponto de vista tecnológico, de seus competidores atuais e potenciais (IBARRA2007).

Etapa 3.2 consiste em realizar a análise SWOT tendo em vista visualizar a forma de competir no mercado. O objetivo é analisar as oportunidades e ameaças externas com que a empresa se depara no mercado pretendido (identificadas na camada de mercado) e contrabalançá-las com os anteriores pontos fortes e fracos internos da empresa obtidos na atividade (3.1), conforme mostrado na figura abaixo para cada quadrante de conexão da matriz (IBARRA 2007).

Temos abaixo a Figura 8 representativa de uma analise de SWOT, uma matriz simples de duas linhas a duas colunas, nesta matriz encontrasse os pontos fortes e fracos da empresa, e as ameaças e oportunidades, esta matriz mostra uma base de um caminho a ser melhorado, e manter e seguir melhorando o que se tem de bom.

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Figura 8 - SWOT

Fonte: IBARRA (2007).

O principal caminho para o crescimento da empresa está relacionado com o caminho de oportunidades de mercado, pois é nestas oportunidades que se encontram menores dificuldades com concorrências e melhor publico para a compra de determinado produto (IBARRA 2007).

Etapa 3.3 Após analise da etapa anterior, a empresa deve optar por uma estratégia de diferenciação no mercado direcionando aquele objetivo a ser alcançado, se distanciando assim do mercado comum ganhando vantagem competitiva. Mayfield (2003) as empresas adotam basicamente três estratégias genéricas conforme

Quadro 7 (ou combinação delas), as quais são mostradas segundo Mayfeld as estratégias normalmente adotadas, no objetivo de se diferenciar na sua posição em relação ao mercado e aos concorrentes, Esta etapa de escolha deve se levar em consideração a capacidade da empresa de realmente adotar tal estratégia, pois esta estratégia adotada vai refletir diretamente nas ações de toda empresa.

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Quadro 7 - Estratégias empresariais ESTRATÉGIAS

EMPRESARIAIS

DESCRIÇÃO

Liderança em custo Oferecer o produto ao custo mais baixo possível. Esta estratégia requer um monitoramento contínuo dos preços médios da indústria e da lucratividade a ser esperada adotando esta estratégia.

Estratégia de diferenciação em custo Selecionar uma ou mais necessidades do mercado e planejar o negócio para servir aquelas necessidades melhor e de uma maneira diferente da concorrência. Ao contrário da liderança em custo, esta estratégia pode significar acréscimo em custos em certas áreas. Se for bem sucedida a estratégia leva a conseguir e sustentar um desempenho superior para servir necessidades de forma única, e, por conseguinte, liderar com preços altos.

Estratégia de foco A empresa é limitada aos segmentos restritos de mercado (os chamados nichos de mercado); uma parcela com necessidades ainda não satisfeitas, que está necessitando do produto inovador, independente de ter consciência disso. Esta estratégia é a mais comum para pequenas empresas de prestação de serviços.

Fonte: Adaptado de (IBARRA 2007).

Etapa 3.4 nesta atividade, em primeiro lugar, a empresa posiciona a sua situação atual (onde se está), por meio da sua missão. Em seguida define a meta estratégica futura ( de 0-3 anos) curto prazo, de (3- 10) médio prazo, (mais de 10 anos) longo prazo. Como mostrado caso de uma automobilística abaixo. Figura 9.

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A figura mostra a camada de negócio da empresa, ou seja as suas estratégias de diferenciação seus atributos em relação a estratégia competitiva, caminhos a serem seguidos, missão, a meta ao longo do tempo, o que ela quer ser ao longo do tempo onde ela se encontra para onde vai, e como chegar no objetivo.

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Figura 9 - Camada de mercado do MT Fonte: IBARRA(2007) F onte: a da ptado de ibar ra 2007

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Etapa 3.5 Esta ultima etapa trata de identificar as deficiências em conhecimento e informação na camada de negócio. Consiste principalmente em reconhecer que qualquer meta de inovação requer um esforço pró-ativo para transformar uma ideia em sucesso comercial. Esta etapa e de fundamental importância para a realização do planejamento estratégico da inovação do negocio da empresa (IBARRA 2007).

3.5 Fase de planejamento da evolução da linha de produtos.

O objetivo desta fase é planejar a evolução da linha de produtos atual da empresa, sua ramificação para lançamento de novos modelos que satisfaçam os segmentos-alvo identificados e a descontinuidade de algumas plataformas, O pessoal da área de engenharia de produto pode contribuir de forma significativa nesta fase, uma vez que detêm bom conhecimento das características e funcionamento do produto (IBARRA2007).

Quadro 8 - Etapa 4 Planejamento da evolução de linha de produto 4.1 Definir os requisitos técnicos dos produtos. 4.2 Definir as metas de requisitos técnicos e críticos dos produtos 4.3 Revisar tendências e forças de impacto na evolução dos requisitos do produto 4.4 Realizar o leiaute do produto definindo as principais partes 4.5 Mapear a evolução da arquitetura do produto ao longo do tempo 4.6 Planejar a próxima geração de linha de produtos FONTE: Autor 2018

Etapa 4.1 Esta primeira fase consiste em determinar os requisitos técnicos do produto, mensurando de acordo com o mercado e posicionando em relação aos seus concorrentes, estes requisitos são chamados de direcionadores de produto. Para poder determinar estes requisitos, tem se que converter as prioridades de compra dos clientes (direcionadores do mercado) e opções estratégicas de negócios (direcionadores de negocio) requisitos técnicos do produto (direcionadores do produto), e devem se hierarquizar estes requisitos de acordo com grau de importância. Para isso utilizamos ferramenta qfd (IBARRA 2007).

A hierarquização dos requisitos é realizada com o auxílio do método qfd (casa da qualidade), onde os requisitos dos clientes e do negócio são relacionados com os requisitos técnicos do produto na matriz de relacionamento da casa da qualidade. Para isto, as prioridades dos clientes e do negócio são posicionadas na parte superior da matriz, na colunas

(39)

e os requisitos técnicos do produto são posicionados nas linhas da matriz. (IBARRA2007) abaixo Figura 10.

Figura 10 - Exemplo matriz qfd

Fonte: adaptado de (IBARRA 2007).

Etapa 4.2 Com a lista de requisitos do produto gerados, deve se estabelecer as metas dos requisitos críticos do produto ao longo do tempo. Para isso pode ser construído uma tabela como segue exemplo de caso aplicado á indústria automobilística.

O

Quadro 9 abaixo mostra o resultado da pesquisa na QFD mencionada anteriormente, e determina qual os itens ou recursos em uma ordem de prioridades, a necessidade dos clientes, a primeira coluna trata dos itens a segunda posiciona o item critico em relação a posição da empresa a terceira coluna mostra a posição que a empresa deseja almejar em relação ao produto inovador, e a quarta mostra a ordem de investimentos.

Quadro 9 - Resultado QFD ordem de priorização

Fonte: (IBARRA2007).

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Etapa 4.3 nesta etapa deve ser revisada as tendências e forças com o objetivo de elencar os possíveis problemas que podem vir a aparecer no decorrer do tempo, como legislação do produto, novas normas, tendo em vista ajustar ou reformular o valor-meta definido. Um exemplo desta analise pode se considerar uma mudança em legislação referente a poluição, descarte de dejetos do produto (IBARRA 2007).

Etapa 4.4 Nesta etapa deve se realizar o esboço do produto, dividindo em suas principais partes físicas que determinam o seu valor, objetivando melhor analisar o funcionamento do produto por parte de toda equipe e verificando as interações do produto entre as partes. Esta etapa pode ser realizada com o auxilio de programas de edição gráfica, já que devem ser detalhados os itens e ser de fácil manipulação. O auxilio de impressora 3D, é um recurso muito valido, pois pode reproduzir os itens em escala menor e a um custo acessível. Abaixo a Figura 11 mostra de principais partes que determinam os valores mencionados pelos clientes.

A figura abaixo mostra o que os clientes enxergam no produto como sendo de principal valor, neste caso sistema de motor e transmissão sistema de direção, acabamento interior, carroceria, espaço interior, sistema de freios.

Figura 11 - Partes principais do produto

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Etapa 4.4 Em vista das oportunidades tecnológicas identificadas na camada de mercado e na posterior estratégia competitiva definida na camada de negócio, deve-se mapear a evolução da arquitetura do produto ao longo do tempo. Em outras palavras, trata-se de desdobrar a estratégia competitiva da empresa na estratégia de desenvolvimento de produtosv(IBARRA2007). Isto consiste em explicitar quais são as opções de novas plataformas de produtos a serem desenvolvidas para atingir a meta e de que forma as novas oportunidades tecnológicas serão exploradas. Baxter (2000). A Figura 12 abaixo mostra a evolução e o planejamento da plataforma veicular em relação ao sistema de motores, mostrando o presente e o futuro baseado nas necessidades. E mostrando a visão futura.

Figura 12 - Evolução das partes principais do produto

Fonte: adaptado (IBARRA 2007).

Etapa 4.6 consiste em indicar em um mapa a direção para o desenvolvimento de novos produtos que satisfaçam as diferentes necessidades e prioridades específicas de

mercado. A evolução do produto definida na atividade (4.5) se constitui em marcos chave (IBARRA 2007). Em primeiro lugar, devem ser posicionados no mapa os segmentos-alvo

determinados na camada de mercado, para a qual serão projetados os produtos; no caso da empresa automobilística: Família Sedan e Esportivo (IBARRA 2007).

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Figura 13 - Partes principais e plataformas

Fonte: (IBARRA 2007).

Esta seção mostra as partes que levam o produto ao seu destino ou meta, é nesta fase que se determina a vida útil do produto bem como suas particularidades, que serão as metas a serem alcançadas para que o produto torne se líder do mercado.

3.6 Fase de planejamento da evolução da tecnologia da linha de produtos

Esta fase consiste em planejar a evolução da tecnologia (existente, em desenvolvimento e a ser desenvolvida) dos principais elementos da arquitetura do produto ao longo do tempo, visando programar o plano da evolução do produto definido anteriormente (IBARRA 2007).

Quadro 10 - Etapa 5 Planejamento evolução da tecnologia do produto 5.1 Definir os elementos

do produto de maior impacto nos requisitos do produto

5.2 Identificar as tecnologias alternativas critica para as metas do produto 5.3 Planejar os investimentos para o desenvolvimento das tecnologias de cada elemento chave do produto 5.4 Definir a estratégia para desenvolvimento da tecnologia. FONTE: Autor 2018

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Etapa 5.1 Esta etapa visa determinar e identificar as partes critica do produto em que devem ser introduzidas novas tecnologias para atender as metas definidas para os requisitos do produto devendo ser a maior parte de esforços direcionada a estas tecnologias, a fim de serem os pioneiros nos desenvolvimentos específicos. (IBARRA 2007).

Etapa 5.2 Nesta etapa deve se identificar as novas tecnologias possíveis ao produto sendo escolhidas apenas as que mais se enquadram no atingimento das metas do desempenho do produto (IBARRA 2007). Conforme demonstrado abaixo Figura 14.

Figura 14 - Mapa de tecnologias

Fonte: (IBARRA 2007).

Cada tecnologia passa por um ciclo de vida: embrionário (período de desenvolvimento, onde ao final, os produtos se tornam disponíveis com tecnologia de baixo desempenho em relação a seu potencial e alto custo), crescimento e maturidade. No mapa de tecnologia, as barras são utilizadas para indicar o tempo provável que cada tecnologia será usada no produto de acordo com seu atrativo para os propósitos da empresa, definido no mapa de produto da fase 4.(IBARRA 2007). Para realizar esta atividade pode se utilizar a Matriz de Inovação, utilizada pela empresa Philips Electronics (GROENVELD, 1997)

Nesta matriz, cada tecnologia alternativa é valorada subjetivamente pela equipe e posicionada no mapa em termos de:

I. Sua viabilidade atual com relação à meta pretendida do produto, pode ser de ordem técnica (associada a seu desempenho potencial, risco, complexidade, grau de domínio da empresa) e econômica (a relação custo e tempo de desenvolvimento

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vs. retorno de investimento), dependendo dos requisitos críticos definidos para o produto e;

II. Disponibilidade tecnológica, isto é, o tempo estimado (provável) que a tecnologia estará disponível para ser implementada no produto.

Abaixo temos uma exemplificação de interpretação, nas linhas tem se o modelo atual de domínio das tecnologias, e nas colunas tem se os produtos e objetivos. A abaixo tem se a evolução de acordo com o tempo esperado para poder ter a tecnologia possível de ser utilizado, Ao final da avaliação o resultado obtido com analise do Quadro 11 é identificar o caminho tecnológico que a empresa poderia seguir para atingir a meta pretendida do produto.

Quadro 11 - Disponibilidade tecnológica

Exemplo quadro da matriz de inovação para a avaliação das tecnologias de motor Fonte: (IBARRAS 2007).

Etapa 5.3 Esta é a etapa a qual se faz o planejamento de investimento para a obtenção, pesquisa e ou desenvolvimento de novas tecnologias a serem implantadas no produto, de modo que a empresa possa dominar tais tecnologias, estes recursos podem ser financeiros (internos e ou externos), de pessoas, e o que mais possa ser necessário (IBARRA 2007). Abaixo Segue Figura 15 exemplo o modelo é de uma indústria automobilística e mostra a evolução das tecnologias atuais e em relação ao futuro, e ao final tem se o objetivo para atingir as metas determinadas anteriormente. A figura abaixo representa a camada de tecnologias, referente ao estagio atual e sua previsão de evolução a curto médio e longo prazo.

(45)

Figura 15 - Camada de tecnologia do MT

(46)

Etapa 5.4 Nesta etapa deve ser desenvolvida a estratégia para o desenvolvimento destas tecnologias, é importante salientar que empresas parceiras podem fazer parte do desenvolvimento do produto, tratando se assim de parceiros no fornecimento de partes essenciais ao produto, ou a empresa pode simplesmente adquirir, comprando se já existente, ou ainda desenvolver caso seja capaz. Abaixo segue Quadro 12 explicativo sobre cada modelo. (IBARRA2007)

Quadro 12 - Fontes de Desenvolvimento de Tecnologia -

Fonte: (IBARRA 2007).

A participação dos fornecedores nesta etapa é de fundamental importância, pois estes estão internamente ligados a inovações e novos produtos que podem ser agregados ao produto chave, a fim de somar um esforço grande para a contribuição do projeto (IBARRA 2007).

(47)

3.7 Fase de geração de recomendações de novos projetos de desenvolvimento

Esta é a fase final do processo de desenvolvimento, nela são gerados os relatórios e um resumo dos resultados obtidos, gerando assim opções de escolha que satisfaçam o melhor caminho para o desenvolvimento em inovação para a empresa servindo de base para o planejamento estratégico (IBARRA 2007). Abaixo representaremos a etapa 6 conforme Quadro 13 a etapa é dividida em fases conforme segue.

Quadro 13 - Etapa 6 Recomendações finais conclusão do MT 6.1 Realizar o relatório de

recomendações de novos projetos de desenvolvimento

6.2 Realizar a analise critica e validação dos resultados do processo

6.3 Estabelecer frequência de revisão e atualização do mapa.

FONTE: Autor 2018

Etapa 6.1 Nesta etapa com o MAPA construído, deve se realizar o relatório com o resumo das principais decisões da equipe com relação as novas ideias de projetos e inovação tecnológica. Cada empresa pode elaborar seu relatório de forma independente, abaixo segue Figura 16 exemplo que pode ser usado como base.

Figura 16 - Modelo de Relatório Final do MT

Referências

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