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Depois do carnaval vai ter definição sobre as comissões. De quais comissões o MDB gostaria de ter a presidência?

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Academic year: 2021

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Íntegra da entrevista concedida em 4 de fevereiro de 2021 por Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), líder do MDB na Câmara, ao repórter Caio Spechoto, do Poder360.

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Depois do carnaval vai ter definição sobre as comissões. De quais comissões o MDB gostaria de ter a presidência?

A única coisa que a gente pode garantir é uma

proporcionalidade. A bancada do MDB garante a 4ª e a 16ª pedidas na sequência das comissões permanentes. Foi definido hoje no colégio de líderes que acontecerá essa escolha no pós-Carnaval. Não tem data marcada, mas não deverá demorar muito. É uma questão que será tratada nas negociações tanto dentro da bancada quanto com os demais líderes. As bancadas têm parlamentares com identificação maior com áreas, com setores. É uma discussão que ainda vai se iniciar. O presidente falou que nesse período vai conversar individualmente com todos os líderes para ter o sentimento das preferências e ir ajustando até que chegue ao ponto que um acordo seja feito.

O senhor acha possível voltar o trabalho presencial da Câmara com segurança?

De forma alguma. O MDB se posicionou de forma contrária, registrou. Foi trazida uma decisão da Mesa Diretora. Eu elogiei, porque pelo menos eles decidiram que vão tentar voltar de

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forma híbrida e também em fase de teste. Eu acho que não há segurança nenhuma nisso. Eu falo, até trato desse tema com maior sensibilidade do que alguns. Tive minha mãe e meu pai entubados ao mesmo tempo em leitos vizinhos. E o saldo foi que perdi meu pai. O meu pai faleceu, minha mãe graças a Deus está bem. Eu acho que não há segurança. Eu acho que a função do parlamentar, principalmente pelo deslocamento, coloca ele em uma categoria de vetor de transmissão muito perigosa.

Uma solução híbrida o senhor acha que dá para fazer ou também não daria?

Eu acho que no momento em que a gente está, de início de vacinação, perspectiva de novas vacinas serem aprovadas, acho que o mais prudente seria aguardar um pouco para qualquer tipo de discussão da volta presencial.

O governo está avaliando fazer trocas ministeriais. Hoje, o MDB gostaria de participar do governo?

Não. O MDB mantém sua posição de independência. Não

condenamos essa política, política de governo de coalizão. Até porque quando nós estivemos no governo nós adotamos essa prática. Causa espécie um pouco a velocidade da mudança nesse sentido do governo. Mas não há nenhuma condenação da prática e nem há nenhuma discussão para que isso venha a acontecer inserindo o MDB.

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Se o Baleia tivesse ganhado a eleição o governo não faria essa discussão sobre trocar ministros?

Difícil responder essa pergunta. Não tenho como achar isso ou aquilo. O que a gente tem de fato é que isso interferiu no

resultado da eleição na Câmara dos Deputados.

Como o senhor acredita que vai ser a gestão do Arthur Lira na presidência da Câmara? O MDB é um partido que era muito próximo do Rodrigo Maia. Vai ter essa proximidade com o Arthur também?

A proximidade do MDB com o Rodrigo Maia, antes, foi com o Arthur. Se você se recorda houve um movimento [na campanha de 2019 pela presidência da Câmara], mesmo eu sendo

contrário, eu divergindo, achava que naquele momento o caminho da formação do bloco em torno do presidente

Rodrigo era bem consolidado, achava melhor para o país, ainda houve movimento do Arthur junto com o Baleia para tentar formar um bloco paralelo e depois houve uma recomposição do bloco. Então não há problema. A democracia está

prevalecendo. Ele foi eleito, e com larga vitória. O que nós queríamos e queremos é que a Câmara tenha sua

independência embora em relação harmônica, como preceitua a Constituição. Não a subserviência. O que eu quero acreditar e esperar do presidente Arthur Lira é que ele adote esse

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Não ficou uma ferida aberta ou uma cicatriz da rejeição do bloco do MDB pelo Arthur?

Pelo menos de nossa parte, não.

O resultado da eleição. O Arthur teve 302 votos, uma votação muito expressiva. Alguns deputados do lado do Arthur me diziam que ele teria 300 votos e eu achava que era balão de ensaio. O MDB de alguma forma se

enfraqueceu com esse resultado, ficou menor?

De forma alguma. O MDB marcou sua posição. O deputado Baleia Rossi saiu grande, porque defendeu as suas ideias, sempre coerentes com sua história. Foi uma grande

oportunidade de o deputado Baleia Rossi expressar isso para a sociedade. A história vai mostrar, mas acredito que tanto o MDB como o deputado Baleia Rossi saíram grandes nessa disputa.

Durante a campanha para presidente da Câmara o MDB ficou muito próximo dos principais partidos de esquerda. Sobrou algo dessa aliança ou agora cada um vai para seu lado?

Regimentalmente o bloco é formado para a eleição.

Logicamente essa aproximação deixa um ativo muito grande para a gente, essa reaproximação. Com a esquerda, com os

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partidos de oposição. Até porque dentro do equilíbrio que o MDB defende é essencial esse diálogo. Então a gente teve a oportunidade de superar qualquer trauma de um passado

recente do período do impeachment da presidente Dilma. Acho que o ativo que ficou nessa aproximação é muito importante para que a gente tenha relação diante da independência pregada pela bancada, pelo partido, a gente ter esse estreitamento na discussão com a oposição.

Pelo que entendi, se não algo para os partidos terem uma super proximidade, pelo menos para passar a limpo o que aconteceu no passado foi bom.

Foi muito bom para passar a limpo dentro desse estreitamento de relação. A gente conversou bastante sobre o que ocorreu. Além de tudo, ficou muito claro na campanha o motivo de nossa união. O deputado Baleia Rossi, como todos os partidos, deputados, líderes partidários, tiveram oportunidade sempre de deixar claro que era uma união para a Câmara independente.

Essa campanha para presidência da Câmara foi muito

nacional. Muita gente falando disso fora da Câmara. Muito pelo protagonismo que o Rodrigo Maia teve algumas

pessoas falavam que seria quase um ensaio para 2022. Alguma coisa que aconteceu nessa campanha, essa

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Pode acontecer como consequência. Em momento nenhum foi discutido 22 durante o processo eleitoral da Câmara. Deixou um saldo muito grande. A eleição, a participação da sociedade, os candidatos falando para a sociedade também. O momento que o Brasil vive, que o mundo vive por causa da pandemia. Isso aconteceu de forma muito intensa. Não foi um debate apenas interno. Os candidatos falavam muito para fora. E a sociedade teve condição de se manifestar por intermédio de suas redes sociais, algumas movimentações tiveram

oportunidade de expressar o seu sentimento.

Por último, o líder do governo, o Ricardo Barros (PP-PR), falou para o Estadão e para a gente também em

“enquadrar” a Anvisa para ter mais vacinas licenciadas. O senhor acha que o Legislativo pode se envolver nisso?

Eu acho que o Legislativo deve se envolver em todo e qualquer que seja o ato. Quando vindo da Anvisa esse posicionamento eu acho que tem de ser discutido. Até porque nós temos instrumentos. Decreto legislativo para anular decretos de

governo, de agências. Tem que ser discutido. Se houver alguma trava que o Legislativo possa, através de instrumentos

regimentais, legais e Constitucionais, discutir que seja destravado eu acho que é uma discussão que o líder do governo levanta e acho que é pertinente.

Mas se vier para cá [Congresso Nacional] não vai

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Não. Até porque é difícil dizer que a Anvisa deve fazer isso ou aquilo. Essa discussão do Ricardo não quer dizer que vai ser aprovado sem a comprovação científica e todo o caminho do desenvolvimento por meio de pesquisa chegue à aprovação. Deputado também querer aprovar vacina, não é isso. Pelo que eu entendi que ele falou, eu não me aprofundei, não conversei com o Ricardo, na verdade ele falou rapidamente no colégio de líderes sobre o assunto, mas você está me dando até mais

informação do que eu tinha. Eu acho que de forma geral o Legislativo deve discutir qualquer que seja o fato que vá refletir diretamente na sociedade. Isso não quer dizer que vai ser

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