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Nota Técnica n o 022/2012-SEM/ANEEL. Em 27 de fevereiro de 2013.

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Em 27 de fevereiro de 2013.

Processo: 48500.004102/2011-51

Assunto: Correção do Procedimento de Comercialização – PdC 6.1 – Penalidade e multas de medição.

I. DO OBJETIVO

Apresentar subsídio para correção em premissa específica do Procedimento de Comercialização – PdC 6.1 – Penalidade e multas de medição, versão 1.0, aprovado por meio do Despacho 3.215, de 15/10/2012.

II. DOS FATOS

2. A Convenção de Comercialização de Energia Elétrica, instituída por intermédio da Resolução Normativa 109, de 26/10/20041, dispõe, entre outros aspectos, sobre as diretrizes para a elaboração dos Procedimentos de Comercialização.

3. Em 01 de agosto de 2011, a CCEE encaminhou a correspondência CT-GDM-3030/11, em que consta proposta para: (i) nova estrutura para os módulos e submódulos que formarão os chamados PdCs aplicáveis ao Novo SCL, e (ii) aprovação dos submódulos 1.2 – Representação na CCEE, 1.3 – Votos e Contribuições, 3.4 – Comercialização de Potência, 4.1 – Cálculo e Aporte de Garantias Financeiras, 5.1 – Contabilização, 5.2 – Liquidação do MCP, 5.3 – Recontabilização, 6.1 – Penalidades de Medição, 6.2 – Notificação e Gestão de Pagamento de Penalidades, 8.2 – MCSD – contratação Escalonada e 8.4 – MCSD Ex-post.

4. Em 19 de agosto de 2011, a CCEE encaminhou pela correspondência CT-GDM-3225/11 o segundo lote de documentos, composto pelos seguintes submódulos: 1.4 – Atendimento, 2.2 – Coleta e Ajuste de Dados de Medição, 3.3 – Sazonalização e Revisão da Sazonalização de Garantia Física, 6.3 – Encargos Moratórios, 8.1 – MCSD Mensal, Trocas Livres e 4%, e 8.3 – Liquidação Financeira das Cessões do MCSD.

5. Em 14 de setembro de 2011, por meio da correspondência CT-GDM-3523/11, a CCEE encaminhou para aprovação os submódulos: 1.1 – Adesão à CCEE, 1.4 – Atendimento, 2.1 – Cadastro de

1 Alterada pelas Resoluções Normativas nº 260, de 03 de abril de 2007, nº 263, de 17 de abril de 2007, n° 348 de 6 de janeiro de 2009, n° 428 de 15 de março de 2011, n° 456 de 18 de outubro de 2011, n° 511 de 23 de outubro de 2012, n° 519 de 11 de dezembro de 2012 e n° 530 de 21 de dezembro de 2012.

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Medição, 3.1 – Contratos do ACL, 3.2 – Contratos do ACR, 3.5 – Reajuste da Receita de Venda – RRV, 3.6 – PROINFA, 3.7 – Contratação da Energia de Reserva, 5.3 – Recontabilização, 7.1 – Apuração da Energia de Reserva, 7.2 – Liquidação Financeira da energia de Reserva.

6. Nos dias 21, 22 e 23/11/2011, foi realizada reunião entre a SEM e a CCEE, em que foram discutidos diversos assuntos relativos à aprovação dos PdCs aplicáveis ao Novo SCL, tendo como resultado a necessidade de revisão e ajuste em diversos submódulos.

7. Após a referida reunião, em 12 de dezembro de 2011, pela correspondência CT-GDM-04387/11, a CCEE encaminhou um 1º conjunto revisado de PdCs aplicáveis ao Novo SCL, a constar: 1.1 – Adesão à CCEE, 1.2 – Representação na CCEE, 1.3 – Votos e Contribuições, 1.4 – Atendimento, 2.2 – Coleta e Ajuste de Dados de Medição, 3.3 – Sazonalização e Revisão da Sazonalização de Garantia Física, 3.4 – Comercialização de Potência, 4.1 – Cálculo e Aporte de Garantias Financeiras, 5.2 – Liquidação do MCP, 6.1 – Penalidades de Medição, 6.3 – Encargos Moratórios, 8.2 – MCSD – contratação Escalonada e 8.4 – MCSD Ex-post.

8. Em 30 de janeiro de 2012, pela correspondência CT-GREC-00334/12, a CCEE encaminhou o 2º conjunto revisado de PdCs aplicáveis ao Novo SCL que compreendeu os seguintes módulos: 2.1 – Cadastro de Medição, 3.1 – Contratos do Ambiente Livre, 3.2 – contratos do Ambiente Regulado, 3.5 – Reajuste da Receita de Venda - RRV, 5.1 – Contabilização e Recontabilização, 7.1– Apurações da Energia de Reserva, 7.2 – Liquidação da Energia de Reserva, 8.1 – MCSD Mensal, Trocas Livres e 4%, e 8.3 – Liquidação Financeira das Cessões do MCSD.

9. Em 06 de fevereiro de 2012, pela correspondência CT-GREC-00397/12, a CCEE reencaminhou o submódulo 3.2 – Contratos do Ambiente Regulado.

10. Em 12 de abril de 2012, por meio da carta CT-GREC-01165-12, a CCEE reencaminhou, como resultado da análise prévia da SEM, os seguintes submódulos: 1.1 – Adesão de Agentes, 1.2 – Cadastro de Agentes, 1.3 – Votos e Contribuições, 1.4 – Atendimento, 2.1 – Coleta e Ajustes de Medição, 6.1 – Penalidades de Mediação. Nestas novas versões, houve o agrupamento da antiga versão do PdC 1.2 - Representação na CCEE com o PdC 2.1 – Cadastro de Medição, a qual passou a se chamar com PdC 1.2 – Cadastros de Agentes. Também houve a renumeração do antigo PdC 2.2 para 2.1 – Coleta e Ajustes de Dados de Medição.

11. Por meio da Nota Técnica 069/2012–SEM/ANEEL, de 11 de junho de 2012, foi proposta a instauração de Consulta Pública, na modalidade Intercâmbio Documental, para colher subsídios à aprovação de um 1° conjunto dos PdCs aplicáveis ao Novo SCL, constituído dos submódulos: 1.1 – Adesão à CCEE, 1.2 – Cadastro de agentes, 1.3 – Votos e contribuições, 1.4 – Atendimento, 2.1 – Coleta e ajuste de dados de medição, 4.1 – Cálculo e aporte de garantias financeiras, 5.1 – Contabilização e recontabilização, 5.2 – Liquidação no mercado de curto prazo, 6.1 – Penalidades de medição e 6.3 – Notificação e gestão de pagamentos de penalidades.

12. Em cumprimento ao disposto no § 3º do art. 4º da Lei 9.427/1996, e com respaldo na Portaria ANEEL 914/2008, a SEM submeteu os referidos PdCs à Consulta Pública – CP 005/2012, no período de 20 de junho a 9 de julho de 2012.

13. A Nota Técnica 093/2012-SEM/ANEEL, de 28/09/2012, apresentou a análise das contribuições recebidas e o resultado da CP 005/2012.

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14. O Despacho 3.215, de 15/10/2012, aprovou, dentre outros, o PdC 6.1 – Penalidade e multas de medição.

15. Em 27/11/2012, a CCEE encaminhou a correspondência CT-CCEE-3663/2012, por meio da qual informa ter identificado a necessidade de aperfeiçoamento na fórmula estabelecida na premissa 3.21 do Procedimento de Comercialização 6.1 – Penalidades e Multas de medição. Na referida correspondência, a CCEE solicita que seja avaliada a sugestão de alteração quando da próxima versão do Procedimento.

III. DA ANÁLISE

16. Inicialmente, cabe ressaltar que a Nota Técnica 005/2011-SEM/ANEEL, de 19/01/2011, que subsidiou a abertura de Consulta Pública com a proposta de revisão do PdC ME.07 – Apuração de Não-Conformidades e Penalidades de Medição, sugeriu a alteração da metodologia para valoração da penalidade por dados faltantes. Naquela oportunidade, foi avaliado que a penalidade deveria refletir a energia que seria contabilizada, caso o sistema estivesse adequado, justificado pela aderência da proposta à relevância dos dados de medição no processo de contabilização das operações de compra e venda de energia do mercado de curto prazo.

17. Segue abaixo a formulação apresentada na Nota Técnica 005/2011-SEM/ANEEL, para valorar a penalidade de multa por Infração na Coleta de Dados de Medição pelo SCDE.

Onde:

PENm é o valor de penalidade mensal por infração na coleta de dados de medição, expresso em R$; Total de Energiam é o total de energia do ponto de medição que constar no processo de contabilização;

N.º horas_mês é o número de horas do mês;

N.º horas_falt é o número de horas sem coleta, por período maiores que 120 horas, ininterruptas, ou 240 horas alternadas, conforme premissa 10.4.2, expresso em horas;

PLD médiom é o Preço de Liquidação de Diferenças médio do mês;

18. Na época, a CCEE informou que não seria possível operacionalizar a metodologia apresentada pela SEM, mas no fechamento da Consulta Pública, por meio da Nota Técnica 042/2011, 19/04/2011, a SEM recomendou que a CCEE considerasse na proposta dos PdCs aplicáveis ao Novo SCL a referida metodologia de penalidade por dados faltantes, uma vez que os problemas operacionais para a sua implementação estariam solucionados.

19. Após a aprovação do PdC 6.1, por meio do Despacho 3.215, de 15/10/2012, a CCEE insurge-se contra a alteração na definição da variável Total de Energia na equação da premissa 3.21 do referido procedimento. Segue abaixo a definição da referida variável sugerida pela Câmara:

Total de Energia é o total de energia consistida (coletada com sucesso) do ponto de medição que constar no SCDE

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20. Ocorre que a definição aprovada não condiz com a proposição original da SEM, o que implicaria, conforme confirmado pela CCEE, que a partir de determinado número de horas faltantes, o valor a ser pago pelo agente seja reduzido.

21. Claramente, não é razoável dar o benefício de redução da multa quanto maior for o número de horas faltantes, ou seja, quanto maior a infração menor a multa. Também não é razoável, em um cálculo de penalidade por falta de dados, onde se deseja apurar justamente o montante de energia cujos dados não foram coletados, considerar o montante de energia com base nos dados coletados.

22. Foi verificado que, no decorrer dos encaminhamentos dos procedimentos, mais especificamente por meio da correspondência CT-GREC-01165-12, de 12/04/2012, a CCEE alterou a definição da variável, conforme apresentado anteriormente.

23. Assim, quando da abertura da CP 005/2012, não foi observada a alteração introduzida, uma vez que a Nota Técnica 069/2012-SEM/ANEEL não fez qualquer menção à alteração de metodologia proposta por meio da Nota Técnica 005/2011.

24. Nesse sentido, como forma de corrigir o problema encontrado, a CCEE sugere a seguinte alteração.

Total de EnergiaSCDE_m é o total de energia do ponto de medição a ser utilizado no processo de contabilização, inclusive considerando eventuais ajustes e estimativas de dados (MWh). O total de energia a ser considerado é o valor em módulo da diferença entre os canais de consumo e geração, independente da natureza do ponto de medição.

25. Concorda-se com a necessidade de se alterar a definição da referida variável. No entanto, considera-se que a definição apresentada pela CCEE não está adequada, vez que sugere utilizar o valor em módulo da diferença entre os canais de consumo e geração, e o efeito da utilização desse critério também seria minorar o valor da penalidade.

26. Por exemplo, considerando um determinado mês em que todas as horas tenham sido ajustadas por dados faltantes, para ser considerado na contabilização do mercado de curto prazo e, que, por exagero, metade das horas do mês tenha sido ajustada para consumo e metade para geração, totalizando, por exemplo, 10.000 MWh em cada canal, o resultado em módulo dessa diferença seria nulo. O entendimento correto, para fins de aplicação da penalidade por dados faltantes, é que o total de energia a ser processada na contabilização do mercado de curto prazo é de 20.000 MWh, independentemente do canal do ponto de medição.

27. Assim, conforme já justificado na Nota Técnica 005/2011-SEM/ANEEL, a penalidade por dados faltantes deve refletir a importância da informação no processo de contabilização, para que o agente tome as devidas providências para eliminar os impactos da sua ausência.

28. Nesse sentido, apesar de se entender de que a definição proposta originalmente permite o tratamento dispensado aos canais de consumo e geração, a definição apresentada abaixo se faz mais clara e adequada.

Total de EnergiaSCDE_m é o total de energia do ponto de medição a ser utilizado no processo de contabilização, inclusive considerando eventuais ajustes e estimativas de dados (MWh). O total de

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energia a ser considerado é o valor da soma dos canais de consumo e geração, independente da natureza do ponto de medição.

29. Ademais, a CCEE ressalta que o SCDE não está preparado para a aplicação da penalidade por dados faltantes com a alteração apresentada, necessitando, portanto, de um prazo para adequação do sistema.

30. Nesse sentido, a SEM entende que a aplicação da penalidade por dados faltantes, relativa aos meses de fevereiro e talvez março, possa ser represado até que esteja implementado o sistema com a alteração apresentada nesta Nota Técnica.

31. Outro ponto levantado pela CCEE, no âmbito das discussões realizadas com a SEM, refere-se à ausência de premissa específica sobre a forma de aplicação da penalidade por adequação do sistema de medição para faturamento - SMF, que constava do PdC ME.07, conforme apresentado abaixo:

Para as infrações do grupo i, constitui fato gerador de reincidência, a permanência de SMF não adequado após 120 dias corridos, contados da cobrança da penalidade anterior. Neste caso, a multa aplicável terá seu valor dobrado, uma única vez. Enquanto persistir a pendência de adequação e será considerado como valor de penalidade o valor apurado como reincidência.

32. A Nota Técnica 069/2012-SEM/ANEEL, que subsidiou a abertura da CP 005/2012, não destacou a alteração na forma de aplicação dessa penalidade, pois ao se considerar a ausência dessa premissa no procedimento aprovado, a aplicação da penalidade por adequação do SMF se daria de forma mensal. Notadamente, não houve intenção de alterar a metodologia de aplicação dessa penalidade.

33. Dessa forma, tal premissa deverá ser incorporada no procedimento PdC 6.1. Destaca-se que não houve contribuições sobre o tema.

IV. DO FUNDAMENTO LEGAL

34. As argumentações expressas nesta Nota Técnica são fundamentadas nos seguintes instrumentos legais e regulatórios:

 Leis 9.427, de 1996, e 10.848, de 2004;

 Decretos 5.163, de 2004, e 5.177, de 2004;

 Portaria ANEEL 914, de 2008; e

 Resolução Normativa 109, de 2008. V. DA CONCLUSÃO

35. É de entendimento desta Superintendência que as correções no PdC 6.1 – Penalidade e Multas de Medição, conforme apresentado nesta Nota Técnica possuem mérito, pois restauram a razoabilidade na aplicação das penalidades por dados faltantes e adequação do SMF.

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VI. DA RECOMENDAÇÃO

36. Com respaldo na atribuição conferida pela Portaria ANEEL 914, de 29 de abril de 2008, e diante o exposto nesta Nota Técnica, recomendo a correção da premissa 3.21 e inclusão de nova premissa no PdC 6.1 – Penalidade e Multas de Medição, conforme apresentada nesta Nota Técnica. Também recomendo que a aplicação das penalidades por infração na coleta de dados de medição seja represada até a adequação do Sistema de Coleta de Dados de Medição – SCDE.

OTÁVIO RODRIGUES VAZ Especialista em Regulação

De acordo:

FREDERICO RODRIGUES Superintendente de Estudos do Mercado

Referências

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