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Intensidade acustica supersonica : implementação e verificação

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA MEC ˆ

ANICA

COMISS ˜

AO DE P ´

OS-GRADUAC

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AO EM ENGENHARIA MEC ˆ

ANICA

Intensidade Ac´

ustica Supersˆ

onica:

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ao e verifica¸c˜

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Autor: Elson C´esar Moraes

Orientador: Prof. Dr. Jos´e Maria Campos dos Santos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA MEC ˆ

ANICA

COMISS ˜

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OS-GRADUAC

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AO EM ENGENHARIA MEC ˆ

ANICA

DEPARTAMENTO DE MEC ˆ

ANICA COMPUTACIONAL

Intensidade Ac´

ustica Supersˆ

onica:

implementa¸c˜

ao e verifica¸c˜

ao

Autor: Elson C´esar Moraes

Orientador: Prof. Dr. Jos´e Maria Campos dos Santos

Curso: Engenharia Mecˆanica ´

Area de concentra¸c˜ao: Mecˆanica dos S´olidos e Projeto Mecˆanico

Disserta¸c˜ao de mestrado apresentada `a comiss˜ao de P´os-Gradua¸c˜ao da Faculdade de Engenharia Mecˆanica, como requisito para a obten¸c˜ao do t´ıtulo de Mestre em Engenharia Mecˆanica.

Campinas, 2006 SP - Brasil

(3)

FICHA CATALOGR ´AFICA ELABORADA PELA

BIBLIOTECA DA ´AREA DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - BAE - UNICAMP

Moraes, Elson C´esar

M791i Intensidade ac´ustica supersˆonica: implemente¸c˜ao e verifica¸c˜ao / Elson Cesar Moraes. – Campinas, SP: [s.n], 2006.

Orientador: Jos´e Maria Campos dos Santos

Disserta¸c˜ao (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Mecˆanica.

1. Hologr´afia ac´ustica. 2. Som - Intensidade. 3. Ondas ac´usticas superficiais. 4. Vibra¸c˜ao. 5. Vibra¸c˜ao -Medi¸c˜ao. I. Santos, Jos´e Maria Campos dos. II.

Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Mecˆanica. III. T´ıtulo

Titulo em Inglˆes: Supersonic acoustic intensity: implementation and evaluation Palavras-chave em Inglˆes: Nearfield acoustic holography, Supersonic acoustic

intensity, Vibroacoustic ´

Area de concentra¸c˜ao: Mecˆanica dos S´olidos e Projeto Mecˆanico Titula¸c˜ao: Mestre em Engenharia Mecˆanica

Banca examinadora: Jos´e Roberto de Fran¸ca Arruda, Pablo Siqueira Meirelles e Stelamaris Rolla Bertoli

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA MEC ˆ

ANICA

COMISS ˜

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AO EM ENGENHARIA MEC ˆ

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DEPARTAMENTO DE MEC ˆ

ANICA COMPUTACIONAL

DISSERTAC¸ ˜AO DE MESTRADO

Intensidade Ac´

ustica Supersˆ

onica:

implementa¸c˜

ao e verifica¸c˜

ao

Autor: Elson C´esar Moraes

Orientador: Prof. Dr. Jos´e Maria Campos dos Santos Banca Examinadora:

Prof. Dr. Jos´e Roberto de Fran¸ca Arruda , Presidente Faculdade de Engenharia Mecˆanica - UNICAMP

Prof. Dr. Pablo Siqueira Meirelles

Faculdade de Engenharia Mecˆanica - UNICAMP

Prof. Dra. Stelamaris Rolla Bertoli

Faculdade de Engenharia Civil - UNICAMP

(5)

Dedicat´

oria

Dedico este trabalho aos meus pais, Domingos Borges Mores (In Memorian) e Joana Leonor. N. Moraes.

(6)

“N˜ao h´a saber mais ou saber menos, h´a apena saberes diferentes” Paulo Freire

(7)

Agradecimentos

Gostaria de agradecer `as pessoas e institui¸c˜oes que colaboraram para o sucesso deste trabalho:

• Primeiramente agrade¸co a Deus por todas as minha conquistas.

• Ao CNPQ pelo apoio financeiro durante o desenvolvimento deste trabalho.

• A todos professor do Departamento de Mecˆanica Computacional da Faculdade de Engenharia Mecˆanica da Universidade Estadual de Campinas, pela colabora¸c˜ao e aten¸c˜ao dispensadas. • Em especial ao meu orientador professor Jos´e Maria, pela oportunidade concedida a mim para

que eu realizasse o meu mestrado em uma institui¸c˜ao de tanto renome como a UNICAMP, pelo grande apoio durante todo o desenvolvimento do nosso trabalho e principalmente durante a fase de conclus˜ao.

• Agrade¸co ao professor Arruda pela dicas importantes durante a realiza¸c˜ao deste trabalho. • Agrade¸co ao Lazaro Donadom pela ajuda durante a realiza¸c˜ao da parte experimental deste

trabalho, mais uma vez aos amigos (irm˜aos) Vilson e Silvio tamb´em pela ajuda na parte experimental e implementa¸c˜ao computacional deste trabalho.

• Agrade¸co aos Professores Waldemir Silva de Lima e Jos´e Manuel Rivas Mercury pelo incentivo e orienta¸c˜ao para que viesse fazer esta p´os-gradua¸c˜ao.

• A todos professores e colegas do Departamento de Mecˆanica Computacional, que ajudaram de de forma direta e indireta na realiza¸c˜ao deste trabalho.

• Aos funcion´arios do Departamento de Mecˆanica Computacional, Maria Elena , Jos´e Luis e Geraldo, pela ajuda direta ou indireta na realiza¸c˜ao deste trabalho.

(8)

• Aos amigos mais pr´oximos: Simone, Ilson, Carlos Souto, Aldecir, Claudio Neves, Eberval, Luciene, Eliziane, Hayda, Katiuchia, Josimara, Mardonny, mais uma vez ao Vilson e ao Silvio e outros que me ajudaram nesta dif´ıcil caminhada, pela amizade e momentos de descontra¸c˜ao. Agradecimentos Especiais:

• A minha fam´ılia, minha m˜ae Joana Leonor aos meus irm˜aos Domilton e Domilc´eia por todo apoio em todas as fases da minha vida.

• A minha namorada Karla pela compreens˜ao, pela ajuda e apoio concedidos nos momentos de maiores necessidades e dificuldades.

• E por ´ultimo, mas n˜ao menos importante, a minha segunda m˜ae, minha tia Maria Dominga, pelo apoio concedido a mim em v´arias etapas da minha vida.

(9)

Resumo

Moraes, Elson C´esar. Intensidade Ac´ustica Supersˆonica: Implementa¸c˜ao e verifica¸c˜ao. Campinas: Faculdade de Engenharia Mecˆanica,Universidade Estadual de Campinas, 2006, 85 p. Dis-serta¸c˜ao (Mestrado)

Neste trabalho apresenta-se uma implementa¸c˜ao e avalia¸c˜ao experimental da grandeza ac´ustica de-nominada de Intensidade Ac´ustica Supersˆonica (IAS), a qual permite determinar a parcela da in-tensidade ac´ustica de uma fonte sonora que ser´a radiada para o campo distante. Tal grandeza permite quantificar de forma mais precisa a eficiˆencia de radia¸c˜ao ou n˜ao de radiadores ac´usticos na solu¸c˜ao dos problemas de vibroac´ustica. A IAS origina-se da Holografia Ac´ustica de Campo Pr´oximo (Nearfield Acoustic Holography - NAH ) e tem por objetivo identificar as regi˜oes de uma fonte de ru´ıdo que contribuem para a potˆencia sonora radiada para o campo distante (supersˆonica) filtrando, con-seq¨uentemente, a parcela referente as ondas sonoras recirculantes e evanescentes (subsˆonicas). O trabalho apresenta uma breve revis˜ao te´orica dos fundamentos da holografia ac´ustica plana usando a transformada de Fourier e sua extens˜ao para obten¸c˜ao da Intensidade Ac´ustica Supersˆonica. Com base no NAH para sistemas em coordenadas Cartesiano (holografia plana) implementou-se em lin-guagem MatLab um algoritmo do c´alculo da IAS e simula¸c˜oes em estrutura plana do tipo placa foram realizadas. Os resultados simulados foram verificados atrav´es de medi¸c˜oes experimentais em uma placa real com as mesmas propriedades, dimens˜oes, condi¸c˜oes iniciais e de contorno. Os resul-tados obtidos s˜ao analisados e discutidos.

Palavras chaves: Holografia Ac´ustica de Campo Pr´oximo, Intensidade Ac´ustica Supersˆonica, Vibroac´ustica.

(10)

Abstract

Moraes, Elson C´esar. Supersonic Acoustic Intensity: implementation and evaluation. Campinas: Faculdade de Engenharia Mecˆanica,Universidade Estadual de Campinas, 2006, 85 p. Dis-serta¸c˜ao (Mestrado)

This work presents an experimental implementation and evaluation of the acoustic parameter named Supersonic Acoustic Intensity (SAI) which permits determining the part of the acoustic intensity of sound source that will be radiate to farfield. This parameter permits quantify precisely the radiation efficiency or acoustic radiator to solve the vibroacoustic problems. SAI had origin from Nearfield Acoustic Holography (NAH) it has as objective identify the regions of the sound source that contribute to the sound power radiated to the far field (supersonic) filtered out as a result the part of the sound recirculating and evanescence waves (subsonic). The work presents a brief theoretical review of the planar acoustic holography fundaments using the Fourier Transformed and its extension to obtain the supersonic acoustic intensity. With base in the NAH for coordinates systems (planar holography) it was implemented in MatLab language an algorithm from the SAI calculus and simulation in planar structure type plate were achieved. The simulated results were verified through experimental measurements in a realistic plate with the same properties, dimension, initial conditions and boundaries. The results obtained are analyzed and discussed.

(11)

Sum´

ario

1 Introdu¸c˜ao 1

1.1 Objetivo geral e objetivos especif´ıcos . . . 1

1.2 Motiva¸c˜ao da pesquisa nesta ´area . . . 1

1.3 Revis˜ao Bibliogr´afica . . . 3

2 Fundamenta¸c˜ao Te´orica 10 2.1 Equa¸c˜ao da onda ac´ustica . . . 10

2.2 Equa¸c˜ao de Helmholtz . . . 15

2.3 Integrais de Rayleigh . . . 16

2.4 Holografia convencional e holografia generalizada . . . 18

2.5 Holografia ac´ustica de campo pr´oximo . . . 18

2.6 Holografia generalizada plana . . . 21

2.7 Campo de velocidade das part´ıculas . . . 24

2.8 Intensidade ac´ustica . . . 25

2.9 Vibra¸c˜ao de placas finitas em um modo normal . . . 25

2.10 Radia¸c˜ao para o campo distante . . . 27

2.11 Vibra¸c˜ao e radia¸c˜ao de placas finitas . . . 29

2.12 Eficiˆencia de radia¸c˜ao para placas retangulares . . . 32

2.13 Intensidade Ac´ustica Supersˆonica(IAS) . . . 36

3 Simula¸c˜oes Num´ericas 39 3.1 Simula¸c˜ao da Intensidade Ac´ustica Supersˆonica dos modos de uma placa simplesmente apoiada. . . 39

3.2 An´alise dos resultados n´umericos . . . 46

4 An´alise Experimental 49 4.1 Placa vibrante-modelo experimental de uma placa retangular livre sem anteparo . . . 50

(12)

4.2 Placa vibrante-modelo experimental de uma placa retangular totalmente engastada com anteparo infinito . . . 53 4.3 Modelo te´orio da placa de Lexan . . . 62

5 Resultados experimentais 64

5.1 Resultados experimentais de uma placa retangular

livre sem anteparo . . . 64 5.2 Resultados experimentais de uma placa retangular totalmente engastada com anteparo

infinito . . . 72

6 Conclus˜oes e sugest˜oes para pr´oximos trabalhos 80

6.1 Conclus˜oes . . . 80 6.2 Sugest˜oes para trabalhos futuros . . . 81

(13)

Lista de Figuras

2.1 Fluxo de massa atrav´es de um volume fixo dV na dire¸c˜ao x. . . 12

2.2 Sistema de coordenadas. . . 19

2.3 Representa¸c˜ao esquem´atica do processo de reconstru¸c˜ao hologr´afica ilustrando as on-das que se propagam e as onon-das evanescentes. . . 23

2.4 Representa¸c˜ao do sistema de cordenadas com o plano z = 0. . . 25

2.5 Interpreta¸c˜ao geometrica da primeira integral de Rayleigh . . . 27

2.6 Diagrama do espa¸co k com o circulo de radia¸c˜ao . . . 28

2.7 Os nove primeiros modos de vibra¸c˜ao de uma placa plana simplesmente apoiada . . . 31

2.8 Eficiˆencia de radia¸c˜ao para modos mais baixos de uma placa quadrada Wallace (1972) 32 2.9 Eficiˆencia de radia¸c˜ao para modos mais altos de uma placa quadrada Wallace (1972) . 33 2.10 Classifi¸c˜ao da radia¸c˜ao dos modos normais de uma placa simplesmente apoiada, (Williams, 1999) . . . 33

2.11 Diagrama do espa¸co k com os modos representados como pontos, (Williams, 1999) . . 34

2.12 Modo de superf´ıcie da intensidade normal (simulado) . . . 34

2.13 Modo de borda da intensidade normal (simulado) . . . 35

2.14 Modo de canto da intensidade normal (simulado) . . . 35

2.15 Representa¸c˜ao do sistema de cordenadas com o plano z = 0. . . 36

2.16 Representa¸c˜ao da propaga¸c˜ao de onda do espa¸co real para o espa¸co k onde ocorre a filtragem das ondas evanescentes. . . 38

3.1 Esquema de uma placa, montada em um anteparo, excitada por uma fonte . . . 39

3.2 Modos do deslocamento da placa simplesmente apoiada em vis˜ao 3D . . . 40

3.3 Modos da velocidade normal da placa . . . 41

3.4 Modos da velocidade normal no espa¸co do n´umero de ondas . . . 41

3.5 Modos da press˜ao no espa¸co do n´umero de ondas . . . 42

3.6 Modos da press˜ao no espa¸co real . . . 42

(14)

3.8 Modos da intensidade normal no espa¸co real em vis˜ao 3D . . . 43

3.9 Modos da intensidade normal no espa¸co real em vis˜ao 2D . . . 44

3.10 Modos da velocidade supersˆonica normal no espa¸co real . . . 44

3.11 Modos da press˜ao normal supersˆonica no espa¸co real . . . 45

3.12 Modos da intensidade ac´ustica supersˆonica em vis˜ao 3D . . . 45

3.13 Modos da intensidade ac´ustica supersˆonica em vis˜ao 2D . . . 46

3.14 Modos do deslocamento da placa, resultado simulado . . . 46

3.15 Modos do deslocamento da placa, resultado apresentado por, (Williams, 1998) . . . . 47

3.16 Modos da intensidade ac´ustica supersˆonica da placa, resultado simulado . . . 47

3.17 Modos da intensidade ac´ustica supersˆonica da placa, resultado apresentado por, (Williams, 1998) . . . 47

4.1 Vis˜ao interna da sala pouco reveberante . . . 50

4.2 Posicionamento entre a placa e a grade de microfones, (Colinas, 199) . . . 51

4.3 Montagemdo experimento no interior da cˆamara pouco reverberante, (Colinas, 1999) . 51 4.4 Fixa¸c˜ao do excitador eletrodinˆamico e conex˜ao do transdutor de for¸ca com a estrutura, (Colinas, 1999) . . . 52

4.5 Arranjo de microfones, (Colinas, 1999) . . . 52

4.6 Fun¸c˜ao de Resposta em Freq¨uˆencia do experimento da placa, (Colinas, 1999) . . . 53

4.7 Placa de a¸co fixada na pareda da sala . . . 53

4.8 Placa de Policarbonato (Lexan) . . . 54

4.9 Janela aberta em uma das paredes da sala pouco reveberante . . . 55

4.10 Placa de Policarbonato (Lexan) . . . 55

4.11 Placa de Policarbonato (Lexan) . . . 56

4.12 Esquema da grade de microfones posicionada em frente a placa, vista de frente . . . . 56

4.13 Esquema dos pontos medidos pelos microfones . . . 57

4.14 Esquema da grade de microfones posicionada em frente a placa, vista de lateral . . . . 57

4.15 Esquema da grade de microfones posicionada em frente a placa, vista de superior . . . 57

4.16 Esquema geral de montagem do experimento . . . 58

4.17 Montagem da medi¸c˜ao dentro da sala pouco reveberante . . . 58

4.18 Parte da montagem do sistema de aquisi¸c˜ao fora da sala pouco reveberante . . . 59

(15)

4.20 Seis primeiros modos experimentais da placa de Lexan engastada: (a) Primeiro modo ; (b)Segundo modo; (c) Terceiro modo; (d) Quarto modo; (d) Quinto modo;(d) Sexto modo . . . 62 4.21 Modos de vibrar da placa de Lexan simulados por Elementos Finitos no programa

ANSYS: (a) Primeiro modo ; (b)Segundo modo; (c) Terceiro modo; d) Quarto modo; (e) Quinto modo;(f) Sexto modo;(h) S´etimo modo; (h) Oitavo modo;(i) Nono modo . 63 5.1 Press˜ao ac´ustica subsˆonica - placa livre (k = 2.0; kf = 21.38; γ = 0.0935) . . . 65

5.2 Velocidade normal da part´ıcula subsˆonica - placa livre (k = 2.0; kf = 21.38; γ = 0.0935) 65

5.3 Vista 3D da distribui¸c˜ao da intensidade normal - placa livre (k = 2.0; kf = 21.38;

γ = 0.0935) . . . 65 5.4 Vista plana da distribui¸c˜ao da intensidade normal - placa livre (k = 2.0; kf = 21.38;

γ = 0.0935) . . . 65 5.5 Press˜ao ac´ustica supersˆonica - placa livre (k = 2.0; kf = 21.38; γ = 0.0935) . . . 66

5.6 Velocidade normal da part´ıcula supersˆonica - placa livre (k = 2.0; kf = 21.38; γ =

0.0935) . . . 66 5.7 Vista 3D da distribui¸c˜ao da intensidade normal supersˆonica - placa livre (k = 2.0;

kf = 21.38; γ = 0.0935) . . . 67

5.8 Vista plana da distribui¸c˜ao da intensidade normal supersˆonica - placa livre (k = 2.0; kf = 21.38; γ = 0.0935) . . . 67

5.9 Press˜ao ac´ustica subsˆonica - placa livre (k = 22.0; kf = 21.38; γ = 1.044) . . . 67

5.10 Velocidade normal da part´ıcula subsˆonica - placa livre (k = 22.0; kf = 21.38; γ = 1.044) 67

5.11 Vista 3D da distribui¸c˜ao da intensidade normal subsˆonica - placa livre (k = 22.0; kf = 21.38; γ = 1.044) . . . 68

5.12 Vista plana da distribui¸c˜ao da intensidade normal subsˆonica - placa livre (k = 22.0; kf = 21.38; γ = 1.044) . . . 68

5.13 Press˜ao ac´ustica supersˆonica - placa livre (k = 22.0; kf = 21.38; γ = 1.044) . . . 68

5.14 Veloc. normal da supersˆonica - placa livre (k = 22.0; kf = 21.38; γ = 1.044) . . . 68

5.15 Vista 3D da distribui¸c˜ao da intensidade normal supersˆonica - placa livre (k = 22.0; kf = 21.38; γ = 1.044) . . . 68

5.16 Vista plana da distribui¸c˜ao da intensidade normal supersˆonica - placa livre (k = 22.0; kf = 21.38; γ = 1.044) . . . 68

(16)

5.17 Vari´aveis ac´ustica subsˆonica - placa livre (k = 2.0; kf = 17.56; γ = 0.1139): (a)

Press˜ao; (b) Velocidade normal; (c) Intensidade normal-vista 3D; (d) Intensidade normal-vista plana . . . 69 5.18 Vari´aveis ac´ustica supersˆonica - placa livre (k = 2.0; kf = 17.56; γ = 0.1139): (a)

Press˜ao; (b) Velocidade normal; (c) Intensidade normal-vista 3D; (d) Intensidade normal-vista plana . . . 70 5.19 Vari´aveis ac´ustica subsˆonica - placa livre (k = 16.0; kf = 17.56; γ = 0.9113): (a)

Press˜ao; (b) Velocidade normal; (c) Intensidade normal-vista 3D; (d) Intensidade normal-vista plana . . . 71 5.20 Vari´aveis ac´usticas supersˆonicas - placa livre (k = 16.0; kf = 17.56; γ = 0.9113):

(a) Press˜ao; (b) Velocidade normal; (c) Intensidade normal-vista 3D; (d) Intensidade normal-vista plana . . . 71 5.21 Press˜ao ac´ustica subsˆonica - placa engastada (k = 4.0; kf = 52.79; γ = 0.0758) . . . . 72

5.22 Veloc. normal subsˆonica - placa engastada (k = 4.0; kf = 52.79; γ = 0.0758) . . . 72

5.23 Vista 3D da distribui¸c˜ao da intensidade normal subsˆonica - placa engastada (k = 4.0; kf = 52.79; γ = 0.0758) . . . 73

5.24 Vista plana da distribui¸c˜ao da intensidade normal subsˆonica - placa engastada (k = 4.0; kf = 52.79; γ = 0.0758) . . . 73

5.25 Press˜ao ac´ustica supersˆonica - placa engastada (k = 4.0; kf = 52.79; γ = 0.0758) . . . 73

5.26 Veloc. normal supersˆonica - placa engastada (k = 4.0; kf = 52.79; γ = 0.0758) . . . . 73

5.27 Vista 3D da distribui¸c˜ao da intensidade normal supersˆonica - placa engastada (k = 4.0; kf = 52.79; γ = 0.0758) . . . 73

5.28 Vista plana da distribui¸c˜ao da intensidade normal supersˆonica - placa engastada (k = 4.0; kf = 52.79; γ = 0.0758) . . . 73

5.29 Vari´aveis ac´usticas supersˆonicas - placa simplesmente apoiada (k = 1.0; kf = 4.44;

γ = 0.2251): (a) Press˜ao supersˆonica; (b) Intensidade supersˆonica . . . 74 5.30 Press˜ao ac´ustica subsˆonica - placa engastada (k = 52.0; kf = 52.79; γ = 0.985) . . . . 75

5.31 Veloc. normal subsˆonica - placa engastada (k = 52.0; kf = 52.79; γ = 0.985) . . . 75

5.32 Vista 3D da distribui¸c˜ao da intensidade normal subsˆonica - placa engastada (k = 52.0; kf = 52.79; γ = 0.985) . . . 75

5.33 Vista plana da distribui¸c˜ao da intensidade normal subsˆonica - placa engastada (k = 52.0; kf = 52.79; γ = 0.985) . . . 75

(17)

5.35 Veloc. normal supersˆonica - placa engastada (k = 52.0; kf = 52.79; γ = 0.985) . . . . 75

5.36 Vista 3D da distribui¸c˜ao da intensidade normal supersˆonica - placa engastada (k = 52.0; kf = 52.79; γ = 0.985) . . . 76

5.37 Vista plana da distribui¸c˜ao da intensidade normal supersˆonica - placa engastada (k = 52.0; kf = 52.79; γ = 0.985) . . . 76

5.38 Vari´aveis ac´usticas subsˆonicas - placa engastada (k = 2.0; kf = 41.98; γ = 0.0476):

(a) Press˜ao; (b) Velocidade normal; (c) Intensidade normal-vista 3D; (d) Intensidade normal-vista plana . . . 77 5.39 Vari´aveis ac´usticas supersˆonicas - placa engastada (k = 2.0; kf = 41.98; γ = 0.0476):

(a) Press˜ao; (b) Velocidade normal; (c) Intensidade normal-vista 3D; (d) Intensidade normal-vista plana . . . 77 5.40 Vari´aveis ac´usticas subsˆonicas - placa engastada (k = 42.0; kf = 41.98; γ = 1.0):

(a) Press˜ao; (b) Velocidade normal; (c) Intensidade normal-vista 3D; (d) Intensidade normal-vista plana . . . 78 5.41 Vari´aveis ac´usticas supersˆonicas - placa engastada (k = 42.0; kf = 41.98; γ = 1.0):

(a) Press˜ao; (b) Velocidade normal; (c) Intensidade normal-vista 3D; (d) Intensidade normal-vista plana . . . 79

(18)

Lista de Tabelas

4.1 Equipamentos utilizados no experimento . . . 49 4.2 Equipamentos utilizados no experimento . . . 59

(19)

Nomenclatura

Letras Latinas

a Vetor acelera¸c˜ao

c Velocidade do som no meio fluido dA Diferencila de ´area

df Diferencial de for¸ca

dm Diferencial de massa

dV Diferencial de volume

D Rigidez de flex˜ao de uma placa F−1

Transformada inversa de Fourier

G Fun¸c˜ao de Green

∂G/∂n Derivada normal de G em rela¸c˜ao a rs

i parte imagin´aria (√−1)

I(s) Intensidade ac´ustica supersˆonica

k N´umeros de onda

kx, ky, kz N´umeros de onda na dire¸c˜ao do eixo

kf N´umero de onda livre

Mx, My Momentos de flex˜ao de uma placa finita

N (rH) Condi¸c˜ao de contorno do tipo Neuman no plano definido por zH

P Amplitude complexa da press˜ao no espa¸co do n´umero de ondas p Distribui¸c˜ao da press˜ao no plano

p(s) Campo de press˜ao supersˆonica

˙

W Amplitude complexa da velocidade normal no espa¸co do n´umero de ondas ˙

w Distribui¸c˜ao da velocidade normal no plano ˙

w(s) Velocidade normal supersˆonica

r Vetor posi¸c˜ao relativo ao ponto observador r0 Vetor posi¸c˜ao relativo ao ponto fonte

rH Vetor posi¸c˜ao relativo `a superf´ıcie S

R Constante do g´as

Re Parte real de um n´umero ou matriz complexa s Condensa¸c˜ao em qualquer ponto

S(r) Intensidade ac´ustica

t Tempo

v Velocidade da part´ıcula em determinado ponto V(r) Campo velocidade das part´ıculas

x, y, z Coordenadas do sistemas cartesiano zH Posi¸c˜ao do plano de medi¸c˜ao

(20)

Letras Gregas

β M´odulo de elasticidade volum´etrica adiab´atica γ Eficiˆencia de radia¸c˜ao

ϑ Raz˜ao entre o calor espec´ıfico em press˜ao constante e em volume constante

λ Comprimento de onda

Λ Coeficiˆente de radia¸c˜ao

µ Densidade do fluido

µ0 Densidade de equl´ıbrio constante do fluido

ρ Distribui¸c˜ao da fonte geradora do campo ac´ustico η Velocidade normal de superf´ıcie

ω Frequˆencia angular

ξ1, ξ2, ξ3 Sistema de coordenadas cartezianas para uma superf´ıcie gen´erica

ψ Press˜ao de ac´ustica em qualquer ponto ψe Press˜ao de equilibrio constante no fluido

ψi Press˜ao instantˆanea em qualquer ponto

ψrH Condi¸c˜ao de contorno do tipo Dirichlet no plano definido por zH ˜

ψ(r, ω) Transformada de Fourier do campo ac´ustico Φmn Modos ortogonais de uma placa finita

∇ Operador gradiente

∇. Operador divergente

∇2 Operador Laplaciano

˜ Campo complexo

ˆ Transformada de Fourier bidimensional

∗ Conjugado de uma matriz

Siglas

DFT Transformada de Fourier Discreta DtN Dirichlet Neuman

FFT Transformada R´apida de Fourier FRF Fun¸c˜ao de Resposta em Freq¨uˆencia IAS Intensidade Ac´ustica Supersˆonica NAH Hologr´afia Ac´ustica de Campo Pr´oximo RDFS S´erie de Fourier Discreta Regressiva

(21)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸c˜

ao

1.1

Objetivo geral e objetivos especif´ıcos

Este trabalho tem como objetivo geral investigar a gradeza ac´ustica chamanda de Intensidade Ac´ustica Supersˆonica para aplica¸c˜ao em estruturas do tipo placas.

Os objetivos espec´ıficos seram divididos nas seguintes etapas:

• Implementar uma algortimo do c´alculo da intensidade ac´ıstica supersˆonica, simular um mode-lo de placa e comparar os resultados obtidos com os existentes na literatura;

• Construir um modelo de placa totalmente engastado para realiza¸c˜ao de medidas experimentais; • Comparar os resultados simulados e experimentais em termos se similaridade.

1.2

Motiva¸c˜

ao da pesquisa nesta ´

area

Com o aumento da competitividade fruto da globaliza¸c˜ao, as industrias tˆem buscado incansavel-mente a melhoria de seus produtos em v´arios aspectos tais como: seguran¸ca, conforto e durabili-dade. Assim, setores ind´ustriais que trabalham com produtos cujo ru´ıdo ´e um fator de fundamental importˆancia para qualidade dos mesmos, tˆem investido grandes recursos na busca de solu¸c˜oes de problemas gerados dentro desde campo da engenharia. Algumas industrias como a automobil´ıstica, aeron´autica, de eletrodom´esticos e outras, onde a emiss˜ao sonora de alguns produtos ´e um fator indesejado, tˆem investido em tecnologias que melhorem a qualidade ac´ustica de seus produtos que ´e um aspecto de grande importˆancia para os consumidores no momento da compra. Embora o termo “qualidade ac´ustica”seja utilizado para designar toda uma sub-´area de conhecimento da ac´ustica, onde caracter´ısticas do sinal sonoro ligadas `a sua varia¸c˜ao temporal e `a sua distribui¸c˜ao espectral sejam de fundamental importˆancia, a capacidade de controlar ou reduzir a potˆencia sonora emitida por determinada fonte tamb´em pode, num sentido amplo, ser considerada como um passo para a

(22)

melhoria de sua “qualidade ac´ustica”. Por outro lado, h´a ind´ustrias onde a potˆencia sonora ´e fator que mant´em rela¸c˜ao direta com a imagem de qualidade que o produto projeta sobre os consumi- dores potencial, como a de alto-falantes. Em ambos os casos, a compreens˜ao do mecanismo de gera¸c˜ao de ru´ıdo desempenha papel fundamental no desenvolvimento de produtos com qualidade ac´ustica cada vez melhor.

A preocupa¸c˜ao crescente com a qualidade dos produtos manufaturados com rela¸c˜ao aos n´ıveis de ru´ıdo emitidos vem gerando a necessidade de t´ecnicas experimentais melhores e mais r´apidas na an´alise do desempenho de tais produtos. Estas an´alises consistem em mapear e quantificar as fontes de energia ac´ustica. Isto ´e feito com o aux´ılio de medi¸c˜oes do campo de press˜ao ac´ustica e velocidade de part´ıcula, em superf´ıcies que vibram e geram informa¸c˜oes sobre o fluxo de energia irradiado pela estrutura. Como exemplo podemos citar os mapas vetoriais de intensidade ac´ustica. Devido ao alto conte´udo de informa¸c˜oes que o processo de medi¸c˜ao oferece e o n˜ao contato com a estrutura analisada, sua aplica¸c˜ao ´e favorecida em diferentes ´areas da engenharia em geral, com algumas expl´ıcitas vantagens, em particular nos m´etodos de an´alise de sistemas vibroac´usticos (Colinas 1999). Na busca de solu¸c˜ao de problemas vibroac´usticos, muitos pesquisadores e cientistas vˆem tra-balhando no desenvolvimento e implementa¸c˜ao de ferramentas que sejam eficientes na resolu¸c˜ao ou mimimiza¸c˜ao de tais problemas. Dentre estas ferramentas podemos citar a Holografia Ac´ustica de Campo Pr´oximo (do inglˆes, “Nearfield Acoustic Holografia-NAH”), esta t´ecnica consiste em cons-truir um holograma usando ondas sonoras que se propagam para um campo pr´oximo da fonte. A mesma pode apresentar bons resultados na an´alise de problemas de vibroac´ustica. Nos ´ultimos 20 anos v´arios trabalhos nesta ´area foram publicados, dentre os mais significativos podemos citar os de (Williams 1999). Essa t´ecnica provem da holografia generalizada, que consiste da realiza¸c˜ao de medi¸c˜oes de um campo ac´ustico sobre um superf´ıcie bidimencional, obtendo-se assim o holograma medido. A partir desse holograma medido em um campo pr´oximo da fonte ´e poss´ıvel determinar um campo de press˜ao tridimensional, ou seja, o holograma reconstruido em qualquer posi¸c˜ao do espa¸co utilizando-se a t´ecnica de NAH.

Outra t´ecnica importante e a da intensidade ac´ustica supersˆonica (IAS), esta foi desenvolvida por Williams (1995),a mesma tem se mostrado uma ferramenta importante para a localiza¸c˜ao de fontes de radia¸c˜ao. A IAS ´e composta somente de componentes de onda que irradiam para o campo distante. Esta ´e obtida atrav´es do processamento dos dados da holografia ac´ustica, onde s˜ao removi-das as componentes de onremovi-das que n˜ao irradiam para o campo distante, ou seja, as componentes de ondas evanescentes (subsˆonicas). Desta forma, a IAS mostra-se como uma ferramenta poderosa para compreender, analisar e controlar radia¸c˜ao de ru´ıdo.

(23)

1.3

Revis˜

ao Bibliogr´

afica

A t´ecnica de holografia ac´ustica data da d´ecada de setenta, os aperfei¸coamentos sobre a quali-dade dos resultados por ela fornecidos e das situa¸c˜oes onde pode ser aplicada come¸caram a surgir no in´ıcio da d´ecada de 80. Williams e Maynard (1980) introduzem a t´ecnica de holografia ac´ustica de campo pr´oximo (Nearfield Acoustic Holografia-NAH), na qual o limite de metade do compri-mento de onda para a resolu¸c˜ao da distribui¸c˜ao recuperada de velocidade na superf´ıcie da fonte ´e superada atrav´es de medi¸c˜oes efetuadas a grande proximidade desta, de modo a captar tamb´em as componentes evanescentes, respons´aveis pelo aumento da resolu¸c˜ao. Posteriormente Stepanishen e Benjamin (1982) sistematizam o uso da transformada de Fourier e de sua vers˜ao r´apida (FFT) para predi¸c˜ao da radia¸c˜ao ac´ustica de fontes planas, assim como para o problema inverso.

Williams e Maynard (1982) estudaram os erros introduzidos pelo uso da FFT no lugar da trans-formada cont´ınua de Fourier para o c´alculo da integral de Rayleigh no problema direto de radia¸c˜ao ac´ustica de uma placa plana em um anteparo. Os autores mostraram que devido ao fato do espectro da velocidade normal `a superf´ıcie da fonte ser discretizado, ao inverter a FFT s˜ao geradas fontes replicadas que s˜ao, segundo os autores, respons´aveis pelos desvios entre os resultados fornecidos pela FFT e pela transformada cont´ınua.

Maynard et al. (1985) destacaram as particularidades da holografia ac´ustica em rela¸c˜ao `a sua correspondente ´optica. Destacaram tamb´em a existˆencia de ondas evanescentes geradas por com-primentos de ondas estruturais menores do que o comprimento de onda ac´ustico, identificando-os como causadores do mau condicionamento do problema inverso. Os autores, a semelhan¸ca de Stepanishen e Benjamin (1982) prop˜oem a filtragem do espectro espacial da press˜ao ac´ustica medida como uma t´ecnica para evitar a amplifica¸c˜ao de erros causada por esses comprimentos de onda. Detalham tamb´em o papel das componentes evanescentes na resolu¸c˜ao da distribui¸c˜ao recuperada de velocidades normais `a fonte, mostrando que quanto maior for o m´aximo n´umero de onda levado em considera¸c˜ao no espectro espacial da press˜ao ac´ustica, melhor ser´a a resolu¸c˜ao no resultado. S˜ao tamb´em esbo¸cados os tratamentos para os problemas inversos para geometrias cil´ındricas e esf´ericas, al´em de apresentar um t´ecnica para c´alculo de quaisquer grandezas ac´usticas do campo gerado pela fonte em estudo, tais como velocidade de part´ıcula, direcionalidade e vetor de intensidade, al´em da potˆencia da fonte. ´E tamb´em acenada a possibilidade do uso da holografia ac´ustica em ambientes n˜ao anec´oicos nos quais se tenha alguma informa¸c˜ao da sua influˆencia sobre o campo sonoro, tais como a presen¸ca de pisos r´ıgidos e paredes paralelas. O trabalho conta com uma extens˜ao Veronesi e Maynard (1987) onde a implementa¸c˜ao computacional ´e detalhada, assim como algumas t´ecnicas para melhoria dos resultados obtidos para os problemas direto e inverso.

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Williams et al. (1987) apresentaram uma abordagem detalhada do problema inverso em geome-trias cil´ındricas. Mostram que o campo ac´ustico pode, nesses casos, ser expresso atrav´es do espectro helicoidal que consiste na decomposi¸c˜ao harmˆonica da sua varia¸c˜ao nas dire¸c˜oes axial e circunferen-cial. Obtˆem uma rela¸c˜ao entre as press˜oes ac´usticas em duas superf´ıcies cil´ındricas concˆentricas quais-quer, dada por uma raz˜ao entre fun¸c˜oes de Hankel de primeira esp´ecie, em contraposi¸c˜ao ao caso plano, onde a rela¸c˜ao entre press˜oes em dois planos quaisquer ´e dada por uma raz˜ao de exponenciais (Maynard et al. 1985). Detalham tamb´em a gera¸c˜ao de componentes evanescentes, observando que na dire¸c˜ao axial seu comportamento ´e semelhante `aquele observado em geometrias planas, enquanto que, na dire¸c˜ao circunferencial tais componentes apresentam um decaimento da forma r−m

onde m est´a relacionado ao comprimento nessa mesma dire¸c˜ao, ao inv´es da forma exponencial observada em fontes planas (Maynard et al. 1985). Al´em disso, os autores mostram que esses componentes, para al´em de certa distˆancia `a superf´ıcie da fonte, deixam de ser evanescentes, tornando-se propagantes.

Loyau et al. (1988) apresentaram um m´etodo para solu¸c˜ao do problema inverso quando fontes planas de banda larga est˜ao envolvidas. Nesse caso, os autores apontaram a dificuldade existente para a medi¸c˜ao da fase relativa entre as medi¸c˜oes de press˜ao no campo e a velocidade normal `a fonte, grandeza fundamental para a solu¸c˜ao do problema. Introduzem ent˜ao uma t´ecnica baseada em medi¸c˜oes de intensidade. Mostram que tal defasagem pode ser obtida atrav´es das transformadas de Fourier espaciais das componentes da intensidade ac´ustica em um plano qualquer paralelo `a fonte. A partir da´ı obtˆem a fase da press˜ao no plano de medi¸c˜ao, utilizando, em seguido, t´ecnicas convencionais de holografia ac´ustica (Maynard et al. 1985) e (Veronesi e Maynard 1987).

Hald (1989) descreve um sistema para medi¸c˜oes usando holografia ac´ustica de campo pr´oximo capaz de analisar fontes cuja velocidade superficial seja resultante de uma superposi¸c˜ao de v´arias excita¸c˜oes mutuamente n˜ao relacionadas. Descreve a metodologia matem´atica para separa¸c˜ao de tais componentes, mediante o uso de microfones de referˆencia em um n´umero igual ao de componentes n˜ao-correlatos existentes no campo. A partir da´ı ´e utilizada a metodologia descrita por Maynard et al. (1985) para a proje¸c˜ao do campo em dire¸c˜ao `a fonte que ´e a baseada na equa¸c˜ao integral de Kirchoff-Helmholtz, descrita por Veronesi e Maynard (1987), para a proje¸c˜ao na dire¸c˜ao oposta. O autor apresenta tamb´em uma t´ecnica de valida¸c˜ao dos sinais de referˆencia a serem utilizados.

O trabalho de Sarkissian (1990) aborda a holografia ac´ustica de campo pr´oximo para corpos axissim´etricos. Prop˜oe a expans˜ao do campo ac´ustico, assim como da velocidade normal `a fonte, em uma base cujos componentes est˜ao relacionados aos auto-vetores do problema resolvido para freq¨uˆencia nula (problema de Laplace). O autor destaca que para geometrias separ´aveis, tais como cilindros e esferas, o papel desses auto-vetores ´e o desempenhado pelos polinˆomios de Legendre. As

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fun¸c˜oes da base na qual o campo ac´ustico ser´a decomposto s˜ao constru´ıdas multiplicando uma fun¸c˜ao que expressa a sua varia¸c˜ao harmˆonica na dire¸c˜ao circunferencial pelos auto-vetores do problema de Laplace correspondente. Os experimentos num´ericos apresentados s˜ao satisfat´orios para geometrias simples (cilindro com tampas planas), n˜ao havendo nenhum teste com geometrias axissim´etricas mais complexas.

Villot et al. (1992) introduzem um m´etodo que associa a holografia ac´ustica de campo pr´oximo ao m´etodo das fontes virtuais, bastante usado em simula¸c˜oes num´ericas do comportamento ac´ustico de cavidades Pierce (1991), a qual denominamos fonoscopia. O objetivo ´e permitir o uso da holografia em ambientes n˜ao anec´oicos. A t´ecnica considera que a fonte sonora est´a localizada em uma das paredes da sala de testes. O campo ac´ustico ´e ent˜ao calculado como o resultado da sobreposi¸c˜ao das contribui¸c˜oes da fonte original e das fontes virtuais correspondentes a reflex˜oes nas paredes da sala. Esse resultado ´e ent˜ao usado como dado de entrada para a holografia, na realidade este recupera, um conjunto de fontes idˆenticas, que incluir´a tamb´em as fontes virtuais, estas podem ser facilmente descartadas. O m´etodo, entretanto, ´e limitado por exigir que a fonte esteja localizada sobre uma das paredes da sala de testes e tamb´em que a parede oposta seja anec´oica. O artigo mostra resultados interessantes para experimentos envolvendo a an´alise de uma fonte pontual situada em uma das paredes, da vibra¸c˜ao de uma parti¸c˜ao homogˆenea excitada acusticamente e de uma janela montada em uma das paredes da sala de testes.

Sarkissian (1992) prop˜oe uma extens˜ao ao seu trabalho anterior Sarkissian (1990) para geometrias arbitr´arias. O autor apresenta uma nova base na qual o campo ac´ustico pode ser decomposto, esta base ´e formada pela multiplica¸c˜ao da varia¸c˜ao angular da fun¸c˜ao de Green de campo livre no campo afastado, pelos auto-vetores da parte real da matriz de impedˆancia de radia¸c˜ao da fonte, que expressa a rela¸c˜ao entre press˜ao e velocidade em sua superf´ıcie. Essa ´ultima matriz ´e obtida a partir da solu¸c˜ao da equa¸c˜ao integral de Kirchoff-Helmholtz. O autor apresenta como vantagem de sua t´ecnica o fato de a base utilizada para expans˜ao do campo ac´ustico n˜ao depender da freq¨uˆencia, o que torna particularmente ´util para a an´alise de fontes com emiss˜ao em banda larga. Aponta tamb´em uma vantagem em rela¸c˜ao `a t´ecnica da decomposi¸c˜ao de valores singulares (Golub e Loan 1996), pelo fato dessa ´ultima utilizar-se de bases cujas componentes variam com a freq¨uˆencia, levando a um tempo de c´alculo total maior. As limita¸c˜oes dessa t´ecnica est˜ao ligadas `a pr´opria constru¸c˜ao da base para expans˜ao, uma vez que a vers˜ao para campo afastado da fun¸c˜ao de Green ´e utilizada, o que torna invi´avel sua utiliza¸c˜ao na holografia ac´ustica de campo pr´oximo. Isso faz com que a resolu¸c˜ao da velocidade recuperada seja limitada pelo comprimento de onda em an´alise (Maynard et al. 1985).

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tamb´em medi¸c˜oes de intensidade ac´ustica. Mostram, por´em, que para o caso esf´erico, devido `a simetria do campo ac´ustico, apenas uma componente da intensidade ac´ustica nas dire¸c˜oes polar ou azimutal ´e necess´aria para obten¸c˜ao da fase da press˜ao na superf´ıcie de medi¸c˜ao. Os autores demons-tram tamb´em que o uso de microfones que n˜ao formem um par casado (introduzem exatamente o mesmo atraso de fase) n˜ao tem influˆencia sobre o c´alculo da fase da press˜ao ac´ustica na superf´ıcie de medi¸c˜ao.

Rowell e Oldham (1995a) foram os primeiros a descrever a aplica¸c˜ao da holografia ac´ustica na determina¸c˜ao da direcionalidade de uma fonte plana. Para tal, determinam a intensidade ac´ustica em um hemisf´erio situado no campo afastado usando a rela¸c˜ao I = p2/ρc, onde a press˜ao p ´e determinada

atrav´es da observa¸c˜ao de que a segunda integral de Rayleigh (Junger e Feit 1993) corresponde, no campo afastado, a uma transformada de Fourier bidimensional da componente normal da velocidade de vibra¸c˜ao da fonte. Calculam ent˜ao a potˆencia sonora integrando a intensidade no hemisf´erio. Ao dividir a primeira pela ´area do segundo obt´em-se a intensidade sonora que seria observada caso a fonte fosse omnidirecional. A raz˜ao entre esses valores de intensidade fornece a direcionalidade. Os autores discutem tamb´em quest˜oes pr´aticas relacionadas `a implementa¸c˜ao, tais como a necessidade de filtragem do espectro espacial da press˜ao ac´ustica medida de modo a minimizar a influˆencia das componentes evanescentes a aliviar a m´a-coloca¸c˜ao do problema, suge- rindo o uso de janelas do tipo Hanning, Tukey ou Kaiser-Bessel. Comentam tamb´em a quest˜ao do m´ınimo intervalo de amostragem espacial para que n˜ao aconte¸ca superposi¸c˜ao (aliasing) na recupera¸c˜ao da velocidade normal `a fonte.

´

E tamb´em apresentada uma t´ecnica de interpola¸c˜ao no dom´ınio do n´umero de onda, de modo a aumentar o n´umero de pontos situados na regi˜ao n˜ao evanescente do espectro, particularmente ´util para an´alise em baixas freq¨uˆencias, quando, devido `a condi¸c˜ao de Nyquist, poucos pontos est˜ao nela situados, o que causa uma severa redu¸c˜ao na resolu¸c˜ao da press˜ao ac´ustica calculada no campo afastado. Em um artigo complementar Rowell e Oldham (1995b), detalham os aspectos num´ericos da determina¸c˜ao da direcionalidade via holografia ac´ustica. Comparam os resultados de duas variantes da t´ecnica de interpola¸c˜ao, a primeira onde o suporte da fun¸c˜ao de interpola¸c˜ao estende-se por toda a superf´ıcie da fonte e a segunda, onde o suporte ´e truncado de modo que a fun¸c˜ao seja n˜ao nula apenas na vizinhan¸ca do ponto interpolado. Os autores apontam que a primeira fornece resultado mais acurado, por´em sob pena de um tempo de c´alculo significativamente maior que aquele obtido com a segunda. S˜ao testados tamb´em v´arios filtros para o espectro espacial da press˜ao ac´ustica medida, n˜ao tendo sido observadas diferen¸cas importantes com janela de Hanning, Hamming, Papoulis, Blackman-Harris ou Kaiser-Bessel. Em um segundo artigo complementar Rowell e Oldham (1996), descrevem os resultados experimentais obtidos para a direcionalidade de placas homogˆeneas, perfiladas e tamb´em

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placas de comp´osito.

(Norris 1997) prop˜oe uma extens˜ao da t´ecnica introduzida por (Williams 1996) para cilindros com se¸c˜ao convexa qualquer, partindo da equa¸c˜ao integral de Helmholtz-Kirchoff. O autor mostra ainda que ganhos na resolu¸c˜ao da velocidade recuperada na superf´ıcie da fonte podem ser obtidos atrav´es da inclus˜ao de dados de press˜ao tomados em semic´ırculos, ainda situados em planos que contenham o eixo da fonte, pr´oximos `aquela original.

Mas et al. (1997) introduzem o uso da transformada de Fourier discreta regressiva (RDFT), que, segundo os resultados experimentais mostrados, diminui os efeitos de vazamento (tamb´em conhecidos como wraparound ), causados pela discretiza¸c˜ao do espectro espacial da press˜ao ac´ustica medida. O artigo mostra experimentos comparando os resultados obtidos atrav´es da RDFT e da DTF (trans-formada discreta de Fourier) usada em conjunto com uma janela tipo Hanning para filtragem do espectro espacial da press˜ao ac´ustica.

Colinas (1999) apresenta um estudo experimental mais detalhado sobre as diferen¸cas no desem-penho entre a DFT e a RDFT, onde as distribui¸c˜oes superficiais de velocidade de um alto falante e de uma placa plana excitada eletrostaticamente s˜ao obtidos atrav´es de ambas as t´ecnicas.

Williams (1997) mostra em seu trabalho um resumo do estado da arte em holografia ac´ustica at´e 1997, abrangendo problemas com fontes planas, cil´ındricas e esf´ericas, tratando n˜ao s´o o problema exterior, quando a fonte radia para campo livre, mas tamb´em o problema interior, onde o campo de interesse ´e aquele presente no interior de cavidades cil´ındricas ou esf´ericas. Alguns trabalhos descrevendo aplica¸c˜oes espec´ıficas da holografia ac´ustica podem ser encontrados.

Arruda (1998), apresenta um estudo dos modos de vibra¸c˜ao da carca¸ca de um compressor herm´etico onde a holografia de campo pr´oximo ´e utilizada em conjunto com a t´ecnica da RDFT. Pinho (2003), apresenta o m´etodo de fontes elementares como t´ecnica de reconstru¸c˜ao do campo vibroac´ustico e compara seu resultado com a o obtido atrav´es da t´ecnica de holografia de campo pr´oximo, o autor apresenta ainda ainda resultados experimentais para radia¸c˜ao ac´ustica de uma placa plana e radia¸c˜ao sonora de um compressor herm´etico. (Herbruggen et al. 1998), descrevem um estudo experimental visando `a compara¸c˜ao entre as t´ecnicas de intensimetria e holografia ac´ustica para localiza¸c˜ao das regi˜oes que mais contribuem para o ru´ıdo gerado por um motor de combust˜ao interna.

Em um trabalho mais recente Williams (1999) ´e o primeiro a abranger a teoria da abordagem de Fourier para holografia ac´ustica de campo pr´oximo em toda a sua extens˜ao, descrevendo o tratamento de problemas planos, esf´ericos, cil´ındricos e com geometria arbitr´aria. O trabalho trata tamb´em de quest˜oes relativas `a implementa¸c˜ao computacional, tais como existˆencia de sobreposi¸c˜ao (aliasing)

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nos espectros espaciais envolvidos, devidos `a discretiza¸c˜ao e ao erros de truncamento.

Williams (1995) prop˜oe o conceito de intensidade ac´ustica supersˆonica. Expressa a press˜ao e a velocidade ac´usticas como transformadas de Fourier inversas de seus espectros espaciais. Por´em, ao inv´es de executar a integra¸c˜ao em todo dom´ınio do n´umero de onda, a integra¸c˜ao ´e truncada nos extremos da regi˜ao que corresponde a ondas propagantes, n˜ao evanescentes. A intensidade calculada atrav´es do produto dessas duas grandezas, d´a o nome de intensidade supersˆonica. Sua aplicabilidade principal ´e distinguir, na superf´ıcie da fonte, as regi˜oes que efetivamente contribuem para radia¸c˜ao para o campo afastado. Comenta tamb´em a diferen¸ca entre a sua nova abordagem e o simples uso da intensidade, demonstrando que, no campo pr´oximo, h´a circula¸c˜ao desta ´ultima, o que a coloca em desvantagem em rela¸c˜ao `a intensidade supersˆonica como parˆametro identificador de ´areas de alta contribui¸c˜ao para o campo afastado. O autor destaca tamb´em o fato de que, devido `a elimina¸c˜ao das componentes subsˆonicas em seu c´alculo, a intensidade supersˆonica possui resolu¸c˜ao limitada, n˜ao sendo poss´ıvel atrav´es dela identificar, por exemplo, fontes pontuais cuja distˆancia entre estas, seja menor que metade do comprimento de onda ac´ustico. O artigo mostra experimentos realizados com fontes cil´ındricas, onde as regi˜oes respons´aveis pela radia¸c˜ao para o campo afastado s˜ao claramente identificadas. Em um segundo trabalho (Williams 1998) o autor apresenta o detalhamento das equa¸c˜oes para o c´alculo da intensidade supersˆonica para fontes planas, assim como mostra tamb´em resultados experimentais onde as ´areas respons´aveis por uma maior influˆencia sobre o campo afastado s˜ao claramente identificadas, ressaltando, por´em, a limita¸c˜ao na resolu¸c˜ao obtida em fun¸c˜ao do comprimento de onda ac´ustico. Posteriormente (Williams 2000), esbo¸ca as id´eias iniciais para medi¸c˜ao da intensidade supersˆonica para fontes com geometrias mais gerais atrav´es da holografia ac´ustica, n˜ao apresentando, entretanto, resultados.

Williams (1996) apresenta uma t´ecnica que permite obter a distribui¸c˜ao da velocidade normal `a superf´ıcie de uma fonte cil´ındrica, baseada em medi¸c˜oes executadas apenas em um semi-circulo contido no mesmo plano que o eixo da fonte, situado no campo afastado. Para atingir esse objetivo, entretanto, imp˜oe a restri¸c˜ao de que o espectro espacial da velocidade seja de banda estreita e concentrado em baixos n´umeros de onda. A partir da´ı o autor utiliza um express˜ao da fun¸c˜ao de Hankel (fun¸c˜ao de Green para geometrias cil´ındricas) para baixas ordens e obt´em uma rela¸c˜ao entre a velocidade normal `a fonte e a press˜ao ac´ustica medida, que depende de uma integra¸c˜ao apenas na dire¸c˜ao axial, eliminando assim a dependˆencia na dire¸c˜ao circunferencial. Isto permite que medi¸c˜oes em apenas um semic´ırculo no plano axial sejam suficientes para a situa¸c˜ao onde as hip´oteses utilizadas s˜ao v´alidas. Os resultados, tanto para velocidade normal como para a intensidade supersˆonica (Williams 1995), s˜ao bastantes satisfat´orios, sendo poss´ıvel, entretanto, uma perda de

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resolu¸c˜ao para baixas freq¨uˆencias, uma vez que as medi¸c˜oes s˜ao tomadas no campo afastado.

Magalh˜aes (2002), apresenta uma nova metodologia para a obten¸c˜ao da intensidade ac´ustica supersˆonica para geometrias arbitr´arias, fortemente baseada na t´ecnica de decomposi¸c˜ao em valores sigulares, o autor apresenta ensaios simulados onde a intensidade supersˆonica foi capaz de identificar claramente os modos de borda para uma fonte cil´ındrica com tampas planas, sendo eliminadas regi˜oes onde a intensidade ativa indica erroneamente haver inje¸c˜ao de energia no campo distante. Foi ensaiada tamb´em uma fonte com geometria pr´oxima `a de um motor de combust˜ao interna, onde a intensidade supersˆonica tamb´em mostrou-se capaz de revelar as regi˜oes que possuem contribui¸c˜ao significativa para a potˆencia sonora, em oposi¸c˜ao `a intensidade ativa, que mostra valores altos onde, na realidade , existe apenas circula¸c˜ao de energia.

(30)

Cap´ıtulo 2

Fundamenta¸c˜

ao Te´

orica

Neste cap´ıtulo ser´a apresentada a teoria necess´aria para o desenvolvimento dadas t´ecnicas de NAH e IAS requeridas na realiza¸c˜ao deste trabalho.

2.1

Equa¸c˜

ao da onda ac´

ustica

As ondas ac´usticas que produzem a sensa¸c˜ao de som s˜ao apenas um dos exemplos de dist´urbios de press˜ao que podem se propagar atrav´es de um fluido compress´ıvel. Estas ondas s˜ao longitudinais, ou seja, as mol´eculas movem-se para frente e para tr´as na dire¸c˜ao de propaga¸c˜ao da onda, produzindo dessa forma, regi˜oes adjacentes de compress˜ao e rarefa¸c˜ao (Kinsler et al. 1982).

Como os fluidos exibem menor resistˆencia `as deforma¸c˜oes do que os s´olidos, a for¸ca restauradora respons´avel pela propaga¸c˜ao das ondas ´e simplesmente a mudan¸ca de press˜ao que ocorre quando o fluido ´e comprimido ou expandido.

O termo part´ıcula de fluido diz respeito a um volume elementar, grande o suficiente para conter milh˜oes de mol´eculas de forma que o fluido possa ser entendido como um meio continuo e ao mesmo tempo t˜ao pequeno para que todas as vari´aveis ac´usticas (densidade, press˜ao, etc.) possam ser consideradas constantes para todo o volume elementar.

Afim de estudar a propaga¸c˜ao de ondas ac´usticas no fluido, os efeitos gravitacionais ser˜ao des-prezados de forma que a press˜ao e a densidade permane¸cam constantes atrav´es do fluido. O fluido ´e tamb´em assumido como sendo homogˆeneo , isotr´opico e perfeitamente el´astico de forma que ne-nhum efeito dissipativo, tais como os que surgem devido a viscosidade ou condu¸c˜ao de calor estejam presentes. Esta an´alise ser´a limitada apenas a ondas com pequenas amplitudes, de forma que as varia¸c˜oes de densidade no meio fluido ser˜ao pequenas se comparadas com o seu valor de equil´ıbrio.

A equa¸c˜ao de estado para fluidos relacionam as for¸cas internas restauradoras com as respectivas deforma¸c˜oes. Para o meio fluido, a equa¸c˜ao de estado deve relatar trˆes quantidades f´ısicas, densi-dade do fluido (µ), constante do g´as (R) e temperatura absoluta em Kelvin (TK) que descrevem o

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comportamento termodinˆamico do fluido.

Para um g´as perfeito, a equa¸c˜ao de estado ´e dada por:

ψi = µRTK (2.1)

onde ψi ´e a press˜ao instantˆanea em qualquer ponto, µ ´e a massa espec´ıfica em qualquer ponto, R ´e

uma constante cujo o valor depende do g´as em quest˜ao e TK´e a temperatura absoluta. Esta equa¸c˜ao

´e geral e descreve qualquer processo termodinˆamico para um g´as perfeito.

Se estes processos termodinˆamicos s˜ao restringidos, obt´em-se uma simplifica¸c˜ao da equa¸c˜ao de estado, por exemplo: se o g´as estiver contido no interior de um vaso cujas paredes tˆem condutˆancia t´ermica muito alta, logo pequenas varia¸c˜oes no volume do vaso resultar˜ao em energia t´ermica, sendo transferida entre as paredes e o fluido. Se as paredes possuem capacidade de condu¸c˜ao t´ermica suficientemente alta, as paredes e o fluido permanecer˜ao a uma temperatura constante. Nesse caso, o g´as perfeito ´e escrito por uma equa¸c˜ao de estado isot´ermica.

ψi

ψe

= µ

µ0

(2.2) onde ψe ´e a press˜ao de equil´ıbrio constante no fluido e µ0 ´e a densidade de equil´ıbrio constante do

fluido.

Quando a troca de energia t´ermica de uma part´ıcula de fluido a outra ´e insignificante, a entropia do fluido permanece aproximadamente constante. O comportamento do g´as perfeito sob essas condi¸c˜oes ´e descrito pela equa¸c˜ao de estado adiab´atico.

ψi ψe = µ µ0 ϑ (2.3) onde ϑ ´e a raz˜ao entre o calor espec´ıfico em press˜ao constante e o calor espec´ıfico em volume constante. No caso de fluidos que n˜ao sejam gases perfeitos, a equa¸c˜ao de estado adiab´atico torna-se mais complicada, sendo nesses casos prefer´ıvel a determina¸c˜ao experimental da rela¸c˜ao isoentr´opica entre as flutua¸c˜oes de densidades e de press˜ao. Uma vez encontrada essa rela¸c˜ao, pode-se expandi-l´a em uma s´erie de Taylor.

ψe+  ∂ψi ∂µ  µ0 (µ − µ0) + 1 2  ∂2ψ i ∂µ2  µ0 (µ − µ0)2+ ... (2.4)

onde as derivadas parciais s˜ao constantes determinadas pela compress˜ao e expans˜ao adiab´atica do fluido em torno da densidade de equil´ıbrio. Se as flutua¸c˜oes s˜ao pequenas, apenas (µ − µ0) ´e

con-siderado. Uma rela¸c˜ao linear entre a flutua¸c˜ao de press˜ao e a mudan¸ca da densidade pode ent˜ao ser escrita como: ψi− ψe= β µ − µ 0 µ0  (2.5)

(32)

onde β = µ0(∂ψi/∂µ)µ0 ´e o m´odulo de elasticidade volum´etrica adiab´atica.

Em termos da press˜ao ac´ustica em qualquer ponto ψ = ψi− ψe e da condensa¸c˜ao em qualquer ponto

s = (µ − µ0)/µ0 , a equa¸c˜ao (2.5) pode ser escrita como:

ψ = βs (2.6)

Tem-se ent˜ao que (2.6) ´e a equa¸c˜ao de estado onde a restri¸c˜ao essencial ´e que condensa¸c˜ao deve ser pequena , ou seja,|s| << 1.

Para relacionar o movimento do fluido com sua compress˜ao ou dilata¸c˜ao, ´e necess´ario uma rela¸c˜ao funcional entre a velocidade da part´ıcula v e a densidade instantˆanea µ. Considerando um pequeno elemento paralelep´ıpedo de volume dV=dxdydz, fixo no espa¸co e sendo atravessado por um elemento de fluido, a taxa l´ıquida de massa que escoa pelo volume atrav´es de suas faces deve ser igual `a taxa com a qual a massa cresce no interior do volume. Com base na figura 2.1, e analisando-se o fluxo na dire¸c˜ao x, tem-se:

Figura 2.1: Fluxo de massa atrav´es de um volume fixo dV na dire¸c˜ao x.

 µvx−  µvx+ ∂ (µvx) ∂x dx  dydz = ∂ (µvx) ∂x dV (2.7)

Express˜oes similares fornecem a vaz˜ao liquida para as dire¸c˜oes y e z, de forma que a vaz˜ao total ´e dada por:

− ∂ (µvx) ∂x + ∂ (µvx) ∂x + ∂ (µvx) ∂x  dV = − [∇. (µv)] dV (2.8)

(33)

A taxa segundo a qual a massa aumenta no volume ´e (∂µ/∂t) dV . Visto que o fluxo de entrada l´ıquido deve ser igual `a taxa de crescimento, tem-se que:

∂µ

∂t + ∇. (µv) (2.9)

Esta equa¸c˜ao ´e conhecida como equa¸c˜ao da continuidade n˜ao linear.

Contudo, fazendo µ = µ0(1 − s), onde µ0´e uma constante no espa¸co e no tempo, a equa¸c˜ao (2.9)

torna-se: ∂µ

∂t + ∇.v = 0 (2.10)

onde a equa¸c˜ao (2.10) ´e a equa¸c˜ao da continuidade linearizada.

Em fluidos reais, a existˆencia da viscosidade e o fato de que os processos ac´usticos n˜ao s˜ao perfeitamente adiab´aticos introduzem termos dissipativos. No entanto, desde que os efeitos de con-dutividade t´ermica na equa¸c˜ao de estado foram desprezados, tamb´em iremos ignorar os efeitos de viscosidade, considerando o fluido inv´ıscido. Considerando um elemento de fluido dV=dxdydz que se move com o fluido, contendo uma massa dm do fluido, tem-se que a for¸ca l´ıquida d f sobre o elemento ir´a aceler´a-lo de acordo com a Segunda lei de Newton, d f =adm. Na ausˆencia de viscosidade, a for¸ca l´ıquida sofrida pelo elemento na dire¸c˜ao x ´e:

dfx =  ψi−  ψi+ ∂ψi ∂xdx  dydz = −∂ψi ∂xdV (2.11)

As express˜oes de dfx e dfy s˜ao an´alogas a express˜ao acima de modo que o vetor for¸ca completo

df = dfxi + dfyj + dfzk pode ser escrito como:

df = −∇ψidV (2.12)

A velocidade da part´ıcula v ´e uma fun¸c˜ao tanto do tempo quanto do espa¸co. Quando o elemento de fluido com velocidade v(x, y, z, t) se move para nova posi¸c˜ao (x+dx, y+dy, z+dz ) no tempo t+dt, sua nova velocidade ´e v(x+dx, y+dy, z+dz, t+dt). Portanto, a acelera¸c˜ao fica:

a = lim

at→0

v (x + vxdt, y + vydt, z + vzdt, t + dt) − v (x, y, z, t)

dt (2.13)

Com base no movimento do elemento de fluido, pode-se escrever os incrementos atrav´es das componentes de velocidade, ou seja, dx = vxdt, dy = vydt e dz = vzdt.

Assumindo os incrementos como sendo muito pequenos, a nova velocidade pode ser escrita atrav´es da s´erie de Taylor como:

v (x + vxdt, y + vydt, z + vzdt, t + dt) = v (x, y, z, t) +∂v ∂xvxdt + ∂v ∂yvydt + ∂v ∂zvzdt + ∂v ∂tdt (2.14)

(34)

e a acelera¸c˜ao do elemento de fluido escolhido ´e dada por: a = ∂v ∂t + vx ∂v ∂x + vy ∂v ∂y + vz ∂v ∂z (2.15)

Pode-se definir um operador vetorial (v.∇) como: (v.∇) = vx ∂v ∂x + vy ∂v ∂y + vz ∂v ∂z (2.16)

Com base em (2.16), a equa¸cao (2.15) pode ser escrita de forma resumida: a = ∂v

∂t + (v.∇) v (2.17)

Visto que dm = µdV, fazendo a substitui¸c˜ao em df = adm, tem-se: −∇ψi = µ

 ∂v

∂t + (v.∇) v 

(2.18) A equa¸c˜ao (2.18) ´e a equa¸c˜ao de Euler n˜ao linear e pode ser simplificada se for assumido que |s| << 1 e que |(v.∇) v| << |∂v/∂t| , podemos ainda substituir µ por µ0 e finalmente admitir que

∇ψi = ∇ψ visto que ψe ´e constante. Assim tem-se que:

µ0

∂v

dt = −∇ψ (2.19)

Esta ´e a equa¸c˜ao de Euler linear para fluido inviscido e ´e valida em processos ac´usticos envolvendo pequenas amplitudes.

A equa¸c˜ao de estado, da continuidade e de Euler, apresentadas respectivamente pelas Equa¸c˜oes (2.6), (2.10) e (2.19) s˜ao combinadas a fim de se obter uma ´unica equa¸c˜ao diferencial com apenas uma vari´avel dependente. A velocidade pode ser eliminada atrav´es das equa¸c˜oes da continuidade e de Euler.

µ0∇.

∂v

dt = −∇. (∇ψ) = −∇

2ψ (2.20)

Derivando a equa¸c˜ao (2.10) em rela¸c˜ao ao tempo e usando a propriedade ∂ (v.∇)/∂t = ∇. (∂v/∂t), obtem-se:

∂2s

∂t2 + ∇.

∂v

∂t = 0 (2.21)

Reescrevendo a equa¸c˜ao (2.21) com ∂2s/∂t2 no segundo membro e substituindo em (2.20), tem-se

que:

∇2ψ = µ0

∂2s

(35)

Usando-se a equa¸c˜ao de estado (2.6) para eliminar s da equa¸c˜ao (2.22), tem-se: s = ψ

β (2.23)

O termo ∂2s/∂t2 presente na equa¸c˜ao (2.22) pode ser determinado derivando-se duas vezes a

equa¸c˜ao (2.23): ∂2s ∂t2 = 1 β ∂2ψ ∂t2 (2.24)

Substituindo a equa¸c˜ao (2.24) na equa¸c˜ao (2.22), teremos que: ∇2ψ = µ0

β ∂2ψ

∂t2 (2.25)

Como a velocidade do som ´e definida por c = pβ/µ0, a equa¸c˜ao (2.25) pode ser rescrita como:

∇2ψ − c12

∂2ψ

∂t2 = 0 (2.26)

Visto que o campo ac´ustico tridimensional gerado por uma fonte vibrante ´e um campo ondulat´orio, a equa¸c˜ao homogˆenea da onda que o governa e dada pela equa¸c˜ao (2.26).

2.2

Equa¸c˜

ao de Helmholtz

Como o campo ac´ustico varia com o tempo e com a posi¸c˜ao na regi˜ao tridimensional, a transfor-mada de Fourier do campo ac´ustico ´e dada por:

˜

ψ(r, ω) = Z +∞

−∞

ψ (r, t)eiωtdt (2.27)

A equa¸c˜ao (2.26) torna-se assim a equa¸c˜ao de Helmholtz:

∇2ψ (r, ω) + k˜ 2ψ (r, ω) = 0˜ (2.28)

onde o k ´e o n´umero de onda k = ω/c.

Para uma an´alise no espa¸co, iremos considerar um valor fixo de ω, de modo que exista um n´umero de onda fixo k = ω/c, e um ´unico comprimento de onda λ = 2πc/ω. O problema, consiste em encontrar o campo complexo ˜ψ (r) satisfazendo a equa¸c˜ao homogˆenea de Helmholtz:

(36)

2.3

Integrais de Rayleigh

Para a obten¸c˜ao da solu¸c˜ao geral da equa¸c˜ao de Helmholtz utilizando a formula¸c˜ao integral, a mesma ´e considerada inicialmente n˜ao homogˆenea sujeita a condi¸c˜oes de contorno do tipo Dirichlet

˜

ψ (rs) ou Neuman N (rs) (gradiente de ˜ψ (rs) normal `a superf´ıcie de contorno (S ) tamb´em n˜ao

homogˆenea, (Morse e Feshbach 1953).

∇2ψ (r) + k˜ 2ψ (r) = −4πρ (r)˜ (2.30)

onde o ρ(r) representa a distribui¸c˜ao da fonte geradora do campo ac´ustico.

De acordo com a interpreta¸c˜ao f´ısica, fun¸c˜ao de Green ´e solu¸c˜ao da equa¸c˜ao n˜ao homogˆenea, considerando uma fonte pontual unit´aria, ou seja, um delta de Dirac, e condi¸c˜oes de contorno ho-mogˆeneas, assim:

∇2G (r| r0) + k2G (r| r0) = −4πδ (r − r0) (2.31)

Multiplicando a equa¸c˜ao (2.31) por ˜ψ (r) e a equa¸c˜ao (2.30) por G (r| r0) e subtraindo, na

seq¨uˆencia, substituindo r por r0, tem-se:

G (r0 | r) ∇2ψ (r˜ 0) − ˜ψ (r0) ∇2G (r0 | r) = 4πh ˜ψ (r0) δ (r − r0) − G (r0| r) ρ (r0)

i

(2.32) Integrando nas coordenadas do ponto fonte, e considerando as propriedades da fun¸c˜ao delta de Dirac, tem-se: 1 4π Z Z Z h G (r| r0) ∇2ψ (r˜ 0) − ˜ψ (r0) ∇2G (r| r0) i dV0+ Z Z Z ρ (r0) G (r| r0) dV0 (2.33) = ( ˜

ψ(r) : quando r estiver dentro ou sobre a superf´ıcie S. 0 : quando r estiver fora da superf´ıcie S.

A partir do teorema de Green, tem-se que:

Z Z

[U ∇V − V ∇U] .dA =

Z Z Z

U∇2

V − V ∇2U dV (2.34)

Aplicando-se este teorema na equa¸c˜ao (2.33), temos a solu¸c˜ao para a equa¸c˜ao de Helmholtz considerando o termo n˜ao homogˆeneo de ρ, ou condi¸c˜oes de contorno n˜ao homogˆeneas de Dirichlet ou Neuman, isto ´e:

(37)

1 4π Z Z h G (r| rS) ∇ ˜ψ (rS) − ˜ψ (rS) ∇G (r| rS) i .dA0+ Z Z Z ρ (r0) G (r| r0) dV0 (2.35) = ( ˜

ψ(r) : quando r estiver dentro ou sobre a superf´ıcie S. 0 : quando r estiver fora da superf´ıcie S.

Desta forma, a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao de Helmholtz n˜ao homogˆenea com condi¸c˜oes de contorno homogˆenea do tipo Dirichlet ´e obtida a partir da solu¸c˜ao geral dada na equa¸c˜ao (2.35) considerando a fun¸c˜ao de Green nula na superf´ıcie de contorno. Assim, tem-se que a integral de superf´ıcie se anula, e a solu¸c˜ao passa a ser:

˜ ψ (r) =

Z Z Z

ρ (r0) G (r| r0) dV (2.36)

Contudo, considerando a equa¸c˜ao (2.30) sujeita a condi¸c˜oes de contorno homogˆeneas do tipo Neuman, escolhe-se a fun¸c˜ao de Green com gradiente normal `a superf´ıcie de contorno nulo. Desta forma, a integral de superf´ıcie ser´a nula e a solu¸c˜ao ser´a a mesma dada pela equa¸c˜ao (2.36).

Para a obten¸c˜ao da solu¸c˜ao da equa¸c˜ao de Helmholtz homogˆenea com condi¸c˜oes de contorno do tipo Dirichlet n˜ao homogˆeneas, ´e utilizada uma fun¸c˜ao de Green nula na superf´ıcie de contorno. As-sim, considerando a equa¸c˜ao (2.35), a integral de volume e o primeiro termo da integral de superf´ıcie se anular˜ao e a solu¸c˜ao passar´a a ser:

˜

ψ (r) = −1 Z Z

˜

ψ (rS) [∇G (r| rS)] .dA0 (2.37)

De forma an´aloga, considerando as condi¸c˜oes de contorno n˜ao homogˆeneas do tipo Neuman, ou seja, o gradiente ˜ψ (rS) normal `a superf´ıcie de contorno S igual a N (rS) e fazendo o gradiente normal

da fun¸c˜ao de Green em S nulo, a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao de Helmholtz homogˆenea ´e ent˜ao obtida a partir da equa¸c˜ao (2.35). Assim, temos que o segundo termo integral de superf´ıcie e a integral de volume s˜ao nulos, a solu¸c˜ao ser´a dada por:

˜

ψ (r) = + 1 4π

Z Z

G (r| rS) N (rS) .dA0 (2.38)

Pode-se ent˜ao observar que, para a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao de Helmholtz n˜ao homogˆenea sujeita a condi¸c˜oes de contorno tamb´em n˜ao homogˆeneas, basta adicionar `a integral de volume dada pela equa¸c˜ao (2.36) e a integral de superf´ıcie da equa¸c˜ao (2.37) ou (2.38), dependendo do tipo de condi¸c˜oes de contorno impostas (Dirichlet ou Neuman). As Equa¸c˜oes (2.37) e (2.38) s˜ao historicamente co-nhecidas como Primeira e Segunda integrais de Rayleigh.

(38)

2.4

Holografia convencional e holografia generalizada

Segundo (Maynard et al. 1985), na holografia generalizada, s˜ao feitas medi¸c˜oes de um campo ac´ustico sobre uma superf´ıcie bidimensional, obtendo-se assim o holograma medido. Os dados obtidos s˜ao utilizados para reconstruir o campo ac´ustico completo no espa¸co tridimensional de interesse. O que torna isso poss´ıvel, ´e o fato de que pode-se usar uma fun¸c˜ao de Green conhecida e o fato de que o holograma medido obedece a equa¸c˜ao da onda. Ou seja, na holografia generalizada, medem-se condi¸c˜oes de contorno uniformes (Dirichlet ou Neuman) sobre uma superf´ıcie em que existe uma fun¸c˜ao de Green conhecida, de maneira que o processo de reconstru¸c˜ao hologr´afica ´e simplesmente a convolu¸c˜ao dos valores medidos com a fun¸c˜ao de Green. A t´ecnica utilizada neste trabalho ´e conhecida como NAH, e vem a ser simplesmente uma aplica¸c˜ao pr´atica da holografia generalizada.

A holografia convencional, por sua vez, sofre com algumas restri¸c˜oes e limita¸c˜oes significativas, dentre estas pode-se citar:

• O holograma medido ´e obtido em uma ´unica freq¨uˆencia de radia¸c˜ao;

• O comprimento de onda da radia¸c˜ao limita a resolu¸c˜ao espacial da reconstru¸c˜ao. Isto significa, por exemplo, que duas fontes n˜ao podem ser distinguidas se elas estiverem separadas por uma distˆancia menor que um comprimento de onda;

• Um holograma que grava um campo espec´ıfico pode ser usado para reconstruir unicamente este mesmo campo. Portanto, na holografia ac´ustica convencional, uma medi¸c˜ao do campo de press˜ao ac´ustica n˜ao pode ser usada para reconstruir o campo de velocidades das part´ıculas ou o mapa vetorial de intensidades. Portanto, o m´etodo n˜ao pode ser usado para mapear as fontes ou fluxos de intensidade ac´ustica.

• Uma fonte direcional pode n˜ao ser gravada corretamente e informa¸c˜oes importante podem ser perdidas.

2.5

Holografia ac´

ustica de campo pr´

oximo

Conforme j´a foi mencionado acima, aplicando a t´ecnica de NAH, ´e poss´ıvel determinar um campo de press˜ao tridimensional (hologramas reconstru´ıdos) a partir de medidas desse campo, feitas em uma superf´ıcie apropriada (holograma medido). A equa¸c˜ao (2.37) ´e utilizada para reconstruir o campo de press˜ao ˜ψ (rS) em qualquer posi¸c˜ao dada por rS. Como, nas aplica¸c˜oes pr´aticas, o posicionamento

(39)

permite que o campo de press˜ao seja medido em uma superf´ıcie denominada de superf´ıcie H, conforme definiremos abaixo:

• Considerando uma superf´ıcie S, limitando a regi˜ao tridimensional de interesse, onde existe uma fun¸c˜ao de Green conhecida G (r| rS) satisfazendo a equa¸c˜ao homogˆenea de Helmholtz.

• Considerando tamb´em uma superf´ıcie H, tamb´em chamada de superf´ıcie do holograma, paralela `a superf´ıcie S e situada no campo pr´oximo ac´ustico, pela qual ˜ψ (rH, t) pode ser medido ou

assumido em todo rH sobre H.

• Sabendo-se que a equa¸c˜ao que governa o campo ac´ustico emitido por uma fonte sonora ´e a equa¸c˜ao de Helmholtz, utilizando a formula¸c˜ao demonstrada anteriormente (equa¸c˜ao (2.30) a equa¸c˜ao (2.38)) para a sua solu¸c˜ao. Assim, conforme a equa¸c˜ao (2.37), considerando as condi¸c˜oes de contorno do tipo Dirichlet (campo de press˜ao ac´ustico medido na superf´ıcie H ), a solu¸c˜ao ´e dada pela Primeira integral de Rayleigh:

˜ ψ (r) = −1 Z Z ˜ ψ (rS) ∂G ∂n (r| rS) d 2r S (2.39)

onde ∂G/∂n representa a derivada normal de G em rela¸c˜ao a rS. O campo ac´ustico medido na

superf´ıcie H, ´e utilizado como condi¸c˜ao de contorno na formula¸c˜ao da t´ecnica NAH em uma superf´ıcie gen´erica (equa¸c˜ao (2.40) a equa¸c˜ao (2.43)), onde ser´a utilizado o sistema de coordenadas ξ1, ξ2, ξ3 .

Considera-se este sistema de coordenadas no espa¸co, como mostrado na figura 2.2.

(40)

De acordo com a holografia generalizada, a posi¸c˜ao do holograma medido ´e dada por ξ3 = ξ3H,

onde ξH

3 > ξ3 descreve uma superf´ıcie dentro de S. A equa¸c˜ao (2.39) escrita em termos de ξ1, ξ2, ξ3

transforma-se para: ˜ ψ(ξ1, ξ2, ξ3) = − 1 4πψ(ξ˜ 1, ξ2, ξ S 3) × ( ∂G ∂n(ξ1− ξ ′ 1, ξ2− ξ ′ 2, η) η = (ξ3− ξ3S)dξ ′ 1dξ ′ 2 (2.40)

Entretanto, esta equa¸c˜ao n˜ao pode ser utilizada diretamente, porque o campo conhecido ´e ˜

ψ ξ1, ξ2, ξ3H, ao inv´es do campo ˜ψ ξ1, ξ2, ξ3S, presente no segundo membro da equa¸c˜ao (2.40).

Por´em se fizermos, ξ3 = ξH3 , na equa¸c˜ao (2.40), teremos que:

˜ ψ(ξ1, ξ2, ξ3H) = − 1 4πψ(ξ˜ ′ 1, ξ ′ 2, ξ3S)GHS(ξ1− ξ ′ 1, ξ2− ξ ′ 2)dξ1dξ2 (2.41) onde: GHS(α, β) = − 1 4π ∂G ∂n(α, β, η) η = ξ3− ξS3

O lado direito da equa¸c˜ao (2.41) ´e uma convolu¸c˜ao bidimensional. Utilizando o teorema da con-volu¸c˜ao, a equa¸c˜ao (2.41) pode ser invertida a fim de se obter ˜ψ(ξ1, ξ2, ξ3S) em termos de ˜ψ(ξ1, ξ2, ξ3).

Representando a transformada de Fourier espacial bidimensional por

ˆ

e a transformada inversa de Fourier por F−1

, teremos atrav´es da equa¸c˜ao (2.41) o teorema da convolu¸c˜ao: ˆ˜

ψ(ξ3H) = ˆ˜ψ(ξ3H) ˆGHS (2.42)

Aplicando a transformada inversa de Fourier na equa¸c˜ao (2.42) e isolando em fun¸c˜ao de ˜ψ ξ′ 1, ξ ′ 2, ξ3S, teremos que: ˆ˜ ψ ξ3H = F−1hˆ˜ ψ ξ3H ˆ G−1 HS i (2.43) Uma vez que o campo ˜ψ ξ′

1, ξ ′

2, ξ3S ´e obtido a partir do holograma medido ˜ψ (ξ ′ 1, ξ

2, ξ3) , a equa¸c˜ao

(2.40) pode ser usada para reconstruir o campo ˜ψ (ξ′ 1, ξ

2, ξ3) em toda a regi˜ao tridimensional dentro

de S.

Se for desejada a determina¸c˜ao da derivada normal do campo ˜ψ (rS) em rela¸c˜ao a rS, ou seja

∂ ˜ψ.∂n (rS), a equa¸c˜ao (2.39) deve ser substitu´ıda pela equa¸c˜ao (2.44) conhecida como Segunda

integral de Rayleigh: ˜ ψ (r) = + 1 4π Z Z ∂ψ ∂n(rS) G (r| rS) d 2r S (2.44)

onde a fun¸c˜ao de Green G deve agora satisfazer a condi¸c˜ao homogˆenea de Neuman sobre S. ´

E importante frisar que toda a formula¸c˜ao discutida acima (equa¸c˜ao (2.39) a equa¸c˜ao (2.44)) ´e exata, n˜ao tendo, portanto aproxima¸c˜ao que poderiam conduzir a limites de resolu¸c˜ao. As Equa¸c˜oes

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