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MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL. Prof. Dr. Eduardo Brum Schwengber

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(1)

MELHORAMENTO

GENÉTICO ANIMAL

(2)

Produção Animal

• A

produção

animal

baseia-se

prioritariamente em três pilares de

sustentação: a nutrição, o manejo e o

melhoramento genético.

• Cabe aos técnicos orientar os

produtores rurais sobre a utilização

racional de sua propriedade, respeitando

a natureza e explorando ao máximo o

potencial genético dos animais.

(3)

Aumento da produção e da

produtividade

Desafio técnico e político face à

demanda

crescente

de proteína de origem animal

pelas populações humanas.

A população humana dobra a cada 30 anos =

220.000 novos indivíduos/dia

2/3 são subnutridos, principalmente na região

inter-tropical

(4)

• Desenvolvimento sustentável

Revolução verde

(grandes produções agrícolas

devido ao melhoramento genético, uso de

fertilizantes e controle de ervas daninhas

).

Au

mento da produção e produtividade levou à

dependência de insumos e maquinário que, mal

usados, degradam e poluem o ambiente.

(5)

Cenário para as próximas três

décadas

• Escassez de alimento devido:

– Crescimento populacional

– Aumento renda Ásia e América latina

– Retirada de subsídios agrícolas pelos países

ricos

(6)

Cenário para as próximas três

décadas

• Aumento da demanda de alimentos

X

decréscimo da produção mundial

• Solução: aplicação de tecnologias que

permitam aumento de produtividade, redução

da pressão das áreas de cultivo sobre os

ecossistemas naturais, diminuição da poluição,

redução dos custos e aumento da

competitividade do agronegócio.

(7)

Países tropicais:

Maioria da população vive em estado

de miséria e subnutrição

Níveis de produção baixos

Populações de

baixo valor

genético

(8)

MELHORAMENTO ZOOTÉCNICO

(maior produtividade = produção/área)

• Maior quantidade

•Maior qualidade

•Menor custo

•Menor tempo

(9)

MELHORAMENTO ZOOTÉCNICO

(MAIOR PRODUTIVIDADE)

=

MELHORAMENTO GENÉTICO

+

MELHORAMENTO AMBIENTAL

(10)

MELHORAMENTO ZOOTÉCNICO

(maior produtividade)

=

MELHORAMENTO GENÉTICO

Ilimitado e Permanente

+

MELHORAMENTO AMBIENTAL

(sanidade, manejo, alimentação)

(11)

O PARADIGMA:

“Melhoramento

Genético Animal”

(12)

Primeiros passos:

Querer,

Acreditar,

Realizar,

Estudar....

(13)

Vamos conhecer

alguns conceitos?

Mas de jeito

tranqüilo...

(14)

O que é

Melhoramento

Genético

Animal???

(15)

“Ciência que utiliza os

princípios da

genética animal

(genética molecular,

clássica, de populações e quantitativa),

com a finalidade de

mudar os animais

para que

atendam melhor às

necessidades do homem

(maior

produtividade dos animais

)”

Melhoramento

Genético Animal

(16)

Melhoramento Genético Animal

(17)

“Ou seja, é o conjunto de

processos aplicados em

populações de animais

, que

visam o

aumento da

freqüência de genes ou de

combinações genéticas

desejáveis pelo homem”.

Melhoramento

Genético Animal

(18)

Melhoramento Genético Animal

O MELHORAMENTO GENÉTICO TEM POR

OBJETIVO ESCOLHER O

MELHOR MATERIAL

GENÉTICO

PARA MAXIMIZAR A PRODUÇÃO NAS

(19)

PRODUTIVIDADE

Fenótipo = Genótipo + Meio + Interação GM

Meio

ambiente

clima,

pastagens,

sanidade

Genótipo

+

(20)
(21)

FENÓTIPO

Qualquer característica que se

possa ver, medir, pesar”

:

Velocidade de crescimento (pesos e

ganhos),

Qualidade de carcaça,

Produção e qualidade do leite,

Idade ao primeiro parto,

Eficiência reprodutiva

,

Temperamento,

Resistência a doenças e parasitos

,

(22)

Constituição

genética de um

indivíduo

determinada

por

seus genes

Genótipo

(23)

Condições de ambiente:

Interno:

ambiente genômico,

Externo:

temperatura, nutrição,

sanidade, “tratador”

(24)

Quais são os objetivos do

MGA????

(25)

Quais são os objetivos do

MGA????

Utilizar as

variações

genéticas

para

aumentar a

produção

de animais

domésticos.

(26)

Quais são os objetivos do

MGA????

Obter populações com um valor

genotípico médio superior:

Aumentando as freqüências

dos genes favoráveis ou

desejáveis

(SELEÇÃO)

Ou redistribuindo

os

genes ou combinações

genotípicas mais produtivas

(27)

Quais são os objetivos do

MGA????

1. Incremento da

PRODUÇÃO

2. RENTABILIDADE

• Custo,

• Tempo,

• EFICIÊNCIA

• QUALIDADE

3. MENOR

Impacto ambiental

(28)

OBJETIVO DO MELHORAMENTO

Objetivo de curto prazo

do melhoramento

genético de gado de corte

é

ganhar mais dinheiro

através da obtenção e

uso de

animais mais lucrativos e

produtivos.

(29)

AUMENTAR

AS

TAXAS

DE

CRESCIMENTO, MUSCULATURA E

DIMINUIR A GORDURA

(30)

Objetivos do programa

Como chegar lá? Estratégias do programa Para onde ir?

Quais características e que animais medir

Exemplos:

-Leite, medidas de crescimento, carcaça, fertilidade

-Machos e/ou fêmeas -Teste de progênie

-Animais de núcleos e/ou de rebanhos comercias

Tipos de informação e métodos usados para predizer os méritos genéticos Exemplos: -Fenótipos -Pedigree -BLUP -Marcadores genéticos Técnicas reprodutivas Exemplos: - Inseminação artificial -Ovulação múltipla/ transferência de embriões - Clonagem Seleção e descarte -Avaliação genética

-Equilíbrio entre taxa de ganho genético e endogamia

(31)

PARA ONDE IR?

OBJETIVOS DO PROGRAMA

Para aumentar crescimento e músculo, e diminuir gordura

(32)

COMO CHEGAR LÁ?

TEORIA DA SELEÇÃO

•Nós estamos mais interessados nos GENES

responsáveis para boa musculatura, do que uma

boa musculatura por si só

•Precisamos de mensurações + avaliação

genética

(33)

COMO CHEGAR LÁ?

TEORIA DO CRUZAMENTO

FIXAR HETEROSE

Ex. sistema de cruzamento em bovinos

Angus x Nelore

Fêmeas F1

(34)

O QUE TUDO ISTO SIGNIFICA?

TENDÊNCIA GENÉTICA

PRODUTO MELHORADO

Animais mais pesados e carne magra

(35)

MELHOR RENDIMENTO

Maior foco no cliente (mercado consumidor)

Vendas mais forte

(36)

POR QUE SE PREOCUPAR COM

MELHORAMENTO GENÉTICO?

MUDANÇA / NOVOS MERCADOS

MUDANÇA / NOVOS AMBIENTES DE PRODUÇÃO

NECESSIDADE DE MAIOR EFICIÊNCIA ECONÔMICA

•Por reduzir custos de produção

(37)

COMO NÓS PODEMOS OBTER MAIOR BENEFÍCIO

COM O MELHORAMENTO GENÉTICO?

(38)

Métodos

Tradicionais de Melhoramento

Mudanças genéticas graduais

(porém dramáticas) obtidas em

grande período de tempo (100

anos) pela observação de

acasalamento seletivo

(39)

Realidade atual do melhoramento

A competitividade no mercado e o atual desenvolvimento tecnológico forçam o melhoramento genético a ser mais abrangente, envolvendo fatores como o investimento e o gerenciamento. No entanto, isso gera grande inquietação nos pesquisadores e selecionadores brasileiros, pois nem sempre é fácil separar a aptidão, o amor ao rebanho ou os interesses científicos da necessidade de gerar lucro e, conseqüentemente, maiores divisas ao país.

(40)

MELHORAMENTO MODERNO

Pressão econômica para mudança genética

rápida sobre um período de tempo curto

(anos/décadas)

por

otimizar

o

uso

de

ferramentas disponíveis nos programas de

melhoramento.

(41)

COMO?

(42)

FERRAMENTAS

SELEÇÃO

(43)

SELEÇÃO

(44)

DEVE SE ESTAR INTERESSADO

NOS GENES E NÃO NA

APARÊNCIA DO ANIMAL

SÃO NECESSÁRIAS

MENSURAÇÃO + AVALIAÇÃO

GENÉTICA

(45)

Criadores

de Elite

MULTIPLICADORES

CRIADORES

COMERCIAIS

SELEÇÃO

(46)

Estratégias do MGA:

1. Seleção:

Consiste em

multiplicar

os animais

geneticamente

superiores

para uma

característica de

interesse econômico e

(47)

Estratégias do MGA:

1. Seleção:

“Altera a composição genética de

uma população pelo mecanismo da

reprodução diferencial, onde alguns

indivíduos têm descendentes, outros

não, e dentro dos primeiros, uns

mais do que outros.

(48)

“A

eficiência

da seleção, ou seja, o

progresso

genético

através da seleção depende da nossa

capacidade de

reconhecer

(com segurança) os

genótipos superiores

no

menor tempo

possível, e

do

quão superiores

eles realmente são”.

(49)

Os índices de seleção poderiam incluir

características de:

Crescimento

Fertilidade

Conformação

Musculosidade

Precocidade de acabamento

(50)

PARÂMETROS GENÉTICOS

Tabela 1- Estimativas de herdabilidade para diferentes características.

Característica

Herdabilidade (%)

Peso ao nascer

20-25

Peso à desmama

25-30

Conformação à desmama

25-30

Habilidade materna

20-40

Peso aos 18 meses

45-55

Ganho em peso de animais de

sobreano

25-30

Peso maduro das vacas

50-70

Fonte: Fries (1977)

(51)

Características h2, rp, rg

1 2 3 4 1.Prenhez aos 14 meses (%) 0,57 0,16 0,12 0,25 2.Habilidade de permanência (%) 0,30 0,24 0,03 0,12 3. Peso à desmama (kg) 0,10 -0,19 0,30 0,65 4. Peso pós-desmama (kg) 0,37 0,27 0,74 0,35

Tabela 2- Valores de herdabilidade (h2, na diagonal), correlação fenotípica (rp, acima da diagonal) e correlação genética (rg, abaixo da diagonal) para algumas características de seleção em bovinos de corte no Brasil.

Fonte: Valores apresentados são baseados na literatura e em estudos conduzidos no Grupo de Melhoramento Animal da FZEA/USP em rebanhos de bovinos Nelore.

(52)

Efeitos ambientes importantes que devem

ser considerados na seleção

Ano de nascimento

• Época ou mês de nascimento

• Idade da vaca

• Sexo

(53)

GRUPOS CONTEMPORÂNEOS = formam as

bases de comparação entre os animais.

Refere-se a um grupo de animais, da mesma raça

e sexo, filhos de vacas de idades comparáveis,

nascidos em épocas similares e manejados

igualmente sob as mesmas condições.

Leva-se em conta o rebanho, a estação e o ano de

nascimento, o tipo de manejo e o sexo.

AJUSTES: Região, Rebanho/Fazenda, Ano,

Estação/Mês, Regime alimentar, Sexo, Idade da

vaca ao parto, Intervalo entre partos , Raça...

(54)

- criador

- raça

- rebanho (se mais de um por criador)

- ano de nascimento

- sexo

- regime alimentar (RA)

- grupo de manejo (GM)

- data de pesagem

(55)

ESTAÇÃO DE MONTA : é a utilização de

serviços (monta e/ou I.A.) por um período

determinado.

Benefícios da adoção da estação de monta

a)maior pressão de seleção sobre a capacidade

reprodutiva, eliminando-se as fêmeas de baixa

fertilidade;

b)maior facilidade na comercialização dos

produtos, pela obtenção de animais e pesos mais

uniformes;

(56)

c) aproveitamento racional das disponibilidades de

forragens;

d)

concentração

das

fecundações

e,

conseqüentemente, das parições em épocas

definidas do ano;

e) favorecimento do manejo geral da criação,

racionalizando todas as operações de rotina como

separação por sexo, pesagens, marcações,

programas de suplementação alimentar e de

cuidados sanitários e profiláticos (vermifugações e

vacinações).

(57)

PN

x

I

PN

PD

P

205

(

)

205

AJUSTES

:

Peso a desmama ou ajustado para 205 dias (P205)

Peso ao ano ou ajustado para 365 dias (P365)

205

160

)

(

365

x

P

NDEP

PD

PA

P

Peso ao sobreano ou ajustado para 550 dias (P550)

205

345

)

(

550

x

P

NDEP

PD

PS

P

(58)

Criador Gado Puro Produtor Gado Comercial Colheita Relatórios Dados/informações Sumário de touros Utilização ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES “Banco de dados” Avaliação Dentro de Rebanho Avaliação Entre Rebanhos Pesquisa Prova de Ganho de Peso

Colheita e utilização

dos dados/informações

(59)

Medir e anotar as produções dos

animais

Pesagens e medições corporais

Anotações de dados

reprodutivos

Controle leiteiro (pesagem

leite)

Análise componentes do leite

Escores comportamentais e de

conformação

etc.

(60)

Afinal, o que é avaliação genética e o que

significa adquirir material genético (tourinhos,

novilhas, embriões ou sêmen) geneticamente

avaliado?

Avaliar a qualidade genética de um animal nada

mais é do que estimar o seu valor genético

aditivo.

(61)

DEPs, )

A SUPERIORIDADE GENÉTICA

(

Mérito

Genético

,

Valor Genético

)

dos animais

é

expressa conforme a UNIDADE da

característica medida (Kg, cm,

l)

São obtidas utilizando

o

fenótipo (produção)

dos próprios animais

e/ou de seus

parentes

(62)

AVALIAÇÃO GENÉTICA

Identificação dos animais com

melhores genótipos

(63)

Avaliação Genética

“Predição do mérito genético de todos os animais para

que o criador modele geneticamente seu rebanho de

acordo com o mercado consumidor, com os recurso de

sua fazenda e seus interesses”

= G + A

Genética

Ambiente

F

(64)

DIFERENÇA ESPERADA DA PROGÊNIE = DEP

DEP = prediz a habilidade de transmissão genética

de um animal.

Sinônimos: DP, HTG, VGE, PVG

É o valor genético médio dos gametas produzidos

por um indivíduo.

A DEP, sigla de Diferença Esperada na Progênie, nada mais

é do que uma estimação de como os futuros descendentes

de um determinado reprodutor irão expressar as

características.

É considerar a DEP como o valor genético, de um animal,

transmissível a seus filhos.

(65)

Desempenho médio esperado dos filhos de um

determinado reprodutor, em relação a uma base

fixa ou móvel

expresso em desvios + ou – em relação a esta

base, que é zerada.

(66)

Como interpretar as DEP's?

Exemplo DEP para peso à desmama

DEP touro A = + 15kg

DEP touro B = + 7 kg

DEP touro C = - 5 Kg

“Os filhos do touro A, em condições de ambiente

semelhantes às verificadas na avaliação desses touros,

serão, em média, 20 kg mais pesados dos que os do touro C e

8 kg mais pesados que os do touro B.”

Interpretação: Diferença esperada da progênie

A base é uma comparação

(67)

Peso aos 12 meses: DEP A= 20 kg e

DEP B= 5 kg

20 – 5 = 15 kg

A prog. do touro A é em média 15 kg superior que a do touro B.

TOURO

DEP GND

REB. 1

(150 kg)

(200kg)

REB. 2

A

+10,0

160,0

210

B

- 5,0

145,0

195

(68)

ACURÁCIA DA AVALIAÇÃO = AC

DEP = ESTIMATIVA do mérito genético do indivíduo

Obtida com base nas informações sobre o animal

Sujeitas a variação

A Acurácia (do inglês accuracy, também conhecida como

repetibilidade da avaliação) de uma estimativa é uma

medida da correlação entre o valor estimado e os valores

das fontes de informação, ou seja, mede o quanto a

estimativa que obtivemos é relacionada com o "valor real"

do parâmetro.

(69)

AC varia dentre 0 e 1,0

INTERPRETADA COMO UMA MEDIDA DE RISCO

Exemplo:

Touro A = 300 progênies distribuídas nos rebanhos

Touro B = 10 produtos avaliados

Ela nos informa o quanto o valor estimado é "bom", ou seja,

quanto o valor estimado é "próximo" do valor real e nos dá

a "confiabilidade" daquela estimativa ou valor.

(70)

É muito importante para as decisões de um

criador, pois indica o "risco" da decisão.

Nos informa em última análise a "segurança" que

temos de que aquele valor estimado vá mudar ou

não.

(71)
(72)

Como obter maiores benefícios com o

melhoramento genético?

(73)

1.Próprio indivíduo

2.Ancestrais

3.Colaterais

4.Descendentes

5.Diversos (parentes e indivíduo):

Índice

Familiar

As estimativas podem ser feitas com base no

fenótipo de:

(74)

FERRAMENTAS DISPONÍVEIS

(75)

OBSERVAÇÃO VISUAL

(76)

OBSERVAÇÃO VISUAL INFORMAÇÃO DO PEDIGREE

INFORMAÇÃO DE DESEMPENHO

MEDIDAS TRADICIONAIS

:

CRESCIMENTO,

FERTILIDADE,

PRODUÇÃO DE LEITE

(77)

MEDIDAS AVANÇADAS

:

CARCAÇA

(ULTRA-SOM), CONVERSÃO

(78)

MARCADORES

MOLECULARES

(FUTURO): MARMOREIO,

FERTILIDADE

(79)

• Procedimentos como a rastreabilidade e

a certificação de origem, proporcionam

maiores chances de conquista dos

mercados interno e externo, já que o

Brasil possui um dos maiores rebanhos

bovinos do mundo, criado exclusivamente

a pasto, sem receber qualquer tipo de

alimentação que possa comprometer a

saúde humana.

(80)
(81)

• A informação dos valores das DEP's

(Diferença Esperada na Progênie) dos animais

é uma ferramenta de suma importância

utilizada na predição do desempenho futuro

dos rebanhos. As DEP's dos animais são

obtidas por meio das avaliações genéticas e

expressam o quanto se espera que os filhos

daquele reprodutor sejam superiores ou

inferiores ao restante da população envolvida

na avaliação

(82)

• Dada a necessidade, por parte dos

criadores, de ferramentas auxiliares ao

processo de tomada de decisão, os

programas de melhoramento animal têm

disponibilizado

softwares

ou acessos a

e-business

ou

e-commerce

em suas

(83)

• Além do benefício direto obtido com o uso do

melhoramento genético, como a venda mais valorizada

dos animais, toda a cadeia produtiva, estaria sendo

influenciada pela melhoria no padrão produtivo dos

rebanhos comerciais. Auxiliado, ainda, por aplicações

de biotecnologias de ponta, como a identificação de

marcadores moleculares e a fecundação in vitro, o

melhoramento genético animal tende a ser cada vez

mais presente nos sistemas de produção brasileiros.

(84)

ACASALAMENTO

• Endogamia ou

Exogamia?

(85)

Estratégias do MGA:

2.

Cruzamentos

Acasalando de animais

de raças (linhagens)

(86)

Cruzamento:

Acasalamento

de duas ou

mais raças

Produção de

heterose

Incorporação

de material

desejável de

forma rápida

(87)

HETEROSE

Superioridade média dos filhos em relação à média dos

pais.

É o aumento no vigor ou produtividade das cruzas em

relação aos seus pais.

A explicação genética do fenômeno da heterose baseia-se

no fato do aumento da heterozigose nos indivíduos

resultantes dos cruzamentos.

“O cruzamento tem como efeito a heterose causada

pela heterozigose.”

O nível de heterose é inversamente proporcional à

herdabilidade da característica

(88)

COMO ESTIMAR A HETEROSE

O grau de heterose é avaliado pela superioridade das cruzas em relação à média de seus pais:

%

45

,

5

=

100

×

2750

2750

-2900

=

100

×

X

X

-X

=

H

%

P P C em que: C

X é a média dos cruzados;

%H é o grau de heterose;

P

X é a média dos pais.

Exemplo: Calcular o grau de heterose dos animais cruzas Holandês-Gir para a característica produção de leite. Os pais da primeira e segunda raça apresentam produções médias de 4.000 e 1.500 kg, respectivamente. E os animais cruzas produção média de 2.900 kg.

100

×

X

X

-X

=

H

%

P P C

(89)

GRAU DE HETEROSE

Depende:

a) das diferenças genéticas entre raças. Tabela 3- Percentagem de heterose

Característica Taurina X Zebuína Entre taurinos Percentagem de parição 15 5

Sobrevivência ate desmama 7 3

Peso a desmama 10 3

Peso aos 18 meses de idade 14 5 Produção de leite 10-25 3 Idade a puberdade 10 5 Qualidade de carcaça 0 0

Fonte: Lemos, V.M.C.F.

b) das diferenças de herdabilidade entre as diferentes características econômicas.

(90)

CÁLCULO DA PROPORÇÃO DE GENES

Para calcular a proporção de genes ou “grau de sangue” das populações em determinados cruzamentos, deve-se multiplicar por ½ na geração parental e somar os resultados.

C x N

M1= 1/2 C + 1/2 N M1 x N teremos:

1/2(1/2 C + 1/2 N) + 1/2 N = 1/4 C + 1/4 N + 1/2 N = 1/4 C + 1/4 N+ 2/4 N Somando as parcelas de “sangue”dentro da cada raça resultará:

M2 = 1/4 C + 3/4 N

“Grau de sangue” indica, no indivíduo mestiço, as frações de genes provenientes das diferentes raças que integram o seu genótipo

(91)

Bos taurus X Bos indicus

maior precocidade

maior potencial de crescimento melhor acabamento de carcaça

F1

maior adaptabilidade boa habilidade materna

maior resistência a parasitos

(92)

Como desvantagens, pode-se mencionar que elas são detentoras de partos distócicos, muita gordura em altos pesos, e a taxa de crescimento é menor que aquela de raças européias continentais.

Raças britânicas - representantes deste grupo, quando em ambientes propícios,

expressam boa taxa de sobrevivência, apresentam taxas reprodutivas e de crescimento suficientes para produzir carcaças de ótima qualidade.

(93)

Conseqüentemente, apresentam taxa de conversão alimentar menor, assim como menor peso adulto do que estas últimas. As vacas apresentam cerca de 500 a 600 kg de peso adulto, e os machos, de 800 a 900 kg.

(94)
(95)
(96)

Racas européias de grande porte - este grupo caracteriza-se pelo alto potencial

de crescimento, boa conversão alimentar, altos pesos de abate e carcaça com pouca gordura. Entretanto, apresentam partos distócicos e peso adulto elevado; como resultado, são animais de grande exigência de energia para mantença. As vacas apresentam, em média, peso adulto de 700 a 800 kg, enquanto que para os machos, esta média está em torno de 1.000 a 1.200 kg.

(97)
(98)
(99)
(100)
(101)

Raças zebuínas - os representantes deste grupo comparativa-mente às raças

européias, britânicas ou continentais, apresentam baixas taxas de crescimento, baixos índices reprodutivos, e carcaça com pouca aceitabilidade, principalmente por produzirem carne dura. Por outro lado, apresentam excelente taxa de sobrevivência, boa habilidade materna, e são tolerantes a parasitos e a altas temperaturas. As vacas adultas têm, em média, de 350 a 450 kg e os machos de 600 a 700 kg.

(102)
(103)
(104)
(105)
(106)

Raças européias adaptadas a clima tropical - neste grupo encontram-se todas

as raças chamadas "crioulas" da América do Sul, existindo ainda, representantes em outros continentes. Pelo processo de seleção natural pelo qual passaram por séculos, constituem-se hoje, em animais que associam algumas características comuns a raças européias e outras, principalmente aquelas relacionadas à adaptabilidade de raças zebuínas. As vacas adultas apresentam média de peso de, aproxima-damente, 350 a 450 kg e os machos de 600 a 700 kg.

(107)
(108)

Canchim

= 5/8 Charolês - Nelore

(109)
(110)

http://www.abccriadores.com.br/pecuaria/pecorte.htm

(111)

SISTEMAS DE CRUZAMENTOS

1. CRUZAMENTO CONTÍNUO OU ABSORVENTE

Consiste no uso contínuo de reprodutores da raça geneticamente superior (A) até a absorção da raça nativa (B).

Substituição de raças Absorção por uma raça exótica

A (exótica) x B (local) 1/2 A 1/2 B 3/4 A 1/4 B 7/8 A 1/8 B 15/16 A 1/16 B

(112)

Tabela 4- Substituição de raças

Geração % heterose % de genes da pop. parental A 1 100 50 1/2 2 50 75 3/4 3 25 87,5 7/8 4 12,5 93,75 15/16 5 6,25 96,875 31/32 6 3,125 98,4375 63/64

Este método não busca maximizar a heterose, tende a substituir a raça B por A e na prática se consegue em aproximadamente 5 ou 6 gerações. Estes indivíduos são denominados puros por cruza (PC).

(113)

2. CRUZAMENTO SIMPLES OU INDUSTRIAL

Nesse sistema de cruzamento, fêmeas de uma raça (B) são acasaladas com machos de outra raça (A) ou vice-versa.

A X B B X A F1 1/2 AB 1/2 BA

Esse sistema permite o uso máximo da heterose e da complementariedade.

Os machos F1 são destinados ao abate, enquanto as fêmeas podem ser comercializadas para a reprodução ou utilizadas como passo inicial para outros sistemas de cruzamento.

(114)

Por definição o sistema apresenta um ponto final onde todos os produtos obtidos machos e fêmeas são comercializados.

O retrocruzamento pode apresentar vantagem. Cruzamento “inter se” (F1 x F1).

Cruzamento fixo entre três raças ou Tricross:

Grande parte da utilização da heterose baseia-se no uso de fêmeas cruzadas, e a forma de salvar este problema é um sistema terminal com três raças, onde as fêmeas F1 AB se cruzam com um macho C e todos os produtos 1/4A + 1/4B + 2/4C são comercializados.

Um dos aspectos mais importantes de um sistema de cruzamento terminal é a utilização de raças e tipos especializadas por exemplo para a produção de carne em bovinos onde as raças A e B que produzirão as fêmeas cruzas (AB) devem ser selecionadas para combinar tamanho da vaca e desempenho materno, a terceira raça (C) deve ser selecionada para ganho de peso, eficiência de conversão alimentar e qualidade de carcaça.

(115)

vantagem é explorar ao máximo a complementaridade, por exemplo para qualidade de carne comercializada

por unidade de alimento consumido.

desvantagem é que as fêmeas de substituição não são produzidas pelo sistema, a menos que rebanhos

separados sejam mantidos com esse propósito. Cruzamento fixo entre quatro raças

A x B AB C x D CD x ABCD

(116)

3. CRUZAMENTO ROTATIVO OU ALTERNADO

Consiste no cruzamento entre duas ou três raças alternando a raça do reprodutor a cada geração.

1/2 A 1/2 B A x B x A x B x A x 3/4 A 1/4 B A x B 3/8 A 5/8 B 11/16 A 5/16 B 11/32 A 21/32 B 43/64 A 21/64 B

(117)

Este sistema produz 100% da heterose possível na primeira geração e se estabiliza em 67%.

Assim por um determinado número de gerações se formarão dois grupos genéticos

2/3A + 1/3B 1/3A + 2/3B

Tabela 5- Composição genética e nível de heterose em cruzamento rotacional com duas raças

Geração Raça macho Composição genética aditiva em %

Heterozigose %

Fêmeas Progênies Fêmeas Progênies 1 A 100 B 50A 50B 0 100 2 B 50A 50B 25A 75B 100 50 3 A 25A 75B 63A 37B 50 75 4 B 63A 37B 31A 69B 75 63 5 A 31A 69B 66A 34B 63 69 6 B 66A 34B 33A 67B 69 66 7 A 33A 67B 67A 33B 66 67 8 B 67A 33B 33A 67B 67 67

(118)

Nos cruzamentos rotativos de três raças, as fêmeas AB da F1 não são retrocruzadas com um macho B e sim com um da raça C. Então as fêmeas triplo cruza 1/4A + 1/4B + 1/2C são cruzadas com um macho de uma das raças utilizadas na primeira geração de rotação.

Se obtém o máximo da heterose na primeira e segunda geração e gradualmente se chega a 86% do máximo.

Logo a estabilização do sistema se forma três grupos:

4/7C + 2/7B + 1/7A x A

4/7A + 2/7C + 1/7B x B

4/7B + 2/7A + 1/7C x C

(119)

Tabela 6- Composição genética e nível de heterose em cruzamento rotacional com três raças

Geração Raça macho Composição genética aditiva em %

Heterozigose %

Fêmeas Progênies Fêmeas Progênies 1 A 100 B 50A+ 50B 0 100 2 C 50A+ 50B 25A+25B +50C 100 100 3 B 25A+25B +50C 12A+63B+25C 100 75 4 A 12A+63B+25C 57A+31B+12C 88 88 5 C 57A+31B+12C 28A+16B+56C 88 88 6 B 28A+16B+56C 14A+58B+28C 86 84 7 A 14A+58B+28C 57A+29B+14C 86 86 8 C 57A+29B+14C 29A+14B+57C 86 86 9 B 29A+14B+57C 15A+57B+28C 86 86 MÉDIA 33A+33B+33C 33A+33B+33C 86 86 Fonte: Gregory & Cundiff (1980)

(120)

a) as fêmeas de substituição são produzidas no próprio sistema, nas mesmas condições de manejo e ambiente e os machos destinados ao abate.

b) mantém maior grau de heterose.

c) permite maior pressão de seleção nas fêmeas.

Cruzamentos Rotativos

vantagem

desvantagem

a) exigência de nível elevado de manejo para a realização deste sistema.

b) necessidade da utilização de reprodutores diferentes a cada geração, muitos destes sendo submetidos a processos seletivos variados em relação ao criador que adotando este sistema.

(121)

4. FORMAÇÃO DE RAÇAS SINTÉTICAS

O termo sintético é utilizado para designar uma nova raça desenvolvida a partir de raças já existentes.

Raça sintética é uma combinação de duas ou mais raças em certa proporção. É o mesmo que raças compostas (composite breeds).

Alguns exemplos: em bovinos de corte:

Beefmaster (1/2 Brahman,1/4 Hereford,1/4 Shorthorn); Charford (1/8 Brahman, 1/2 Charolês, 3/8 Hereford). em ovinos:

Corriedale (1/2 Merino, 1/2 Lincoln); Polwarth (3/4 Merino, 1/4 lincoln)

(122)

Por alguma razão se popularizaram as populações sintéticas que adotam a proporção 5/8 e 3/8.

Nas raças formadas a partir de raças zebuínas (Z) e européias (E) nas regiões tropicais ou subtropicais, se preferiu utilizar 3/8 zebu (por exemplo, Santa Gertrudis, Canchim, Brangus, Braford, Jersind, Pitangueiras). E x Z Z x 1/2E 1/2Z E x 1/4E 3/4Z 5/8E 3/8Z Se não dispõe de touros Z Esquemas de formação de um 5/8 E x Z E x 1/2E 1/2Z 1/2E 1/2Z x 3/4E 1/4Z 5/8E 3/8Z

(123)
(124)

A escolha do programa de cruzamento irá depender de alguns fatores:

a) Qual o ambiente da propriedade;

b) Nível de gerenciamento e capacidade técnica;

c) Objetivo do cruzamento - abate de machos e fêmeas,

aproveitamento da F1 como matriz, venda à desmama dos produtos;

d) Exigência do mercado

QUAL O MELHOR SISTEMA DE CRUZAMENTO?

(125)

Tabela 7: Raças agrupadas por tipos biológicos de acordo com quatro critérios (maior número de X´s, indica um valor maior no critério)

Grupo racial Taxa de crescimento e tamanho adulto Relação carne/gordura Idade à puberdade Produção de leite Heref/Angus XXX XX XXX XX Red Poll XX XX XX XXX Brangus XXX XX XXXX XX Devon XX XX XXX XX Simental XXXXX XXXX XXX XXXX Limousin XXX XXXXX XXXX X Charolês XXXXX XXXXX XXXX X Chianina XXXXX XXXXX XXXX X Gelbvieh XXXX XXXX XX XXXX Braunvieh XXXX XXXX XX XXXX Pinsgauer XXX XXX XX XXX Brahman XXXX XXX XXXXX XXX Nelore XXXX XXX XXXXX XXX

(126)
(127)
(128)

“Sem dúvida alguma, o cruzamento é uma alternativa

que muito pode contribuir para a maior produtividade

e rentabilidade da pecuária de corte.”

“No entanto, requer não só boa capacidade

administrativa e técnica e, principalmente, uma

grande dose de bom senso.”

(129)

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