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DAFA - Um Poderoso Sistema Para Ouvir a Voz Do Criador

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DAFA

UM PODEROSO SISTEMA

PARA OUVIR A VOZ

DO

(2)

D A F A

U M P O D E R O S O S I S T E M A P A R A O U V I R A V O Z D O C R I A D O R

Lição 1

O Ciclo de Oração

O fundamento da divinação em Ifá é a habilidade em interpretar os Odù (o texto

sagrado da divinação em Ifá) sob a direção e influência de Ela, o Espírito de Luz ou o

Espírito de Pureza. A palavra Ela é uma elisão do pronome pessoal 'e' com 'alà' que significa "luz".

A sabedoria de Ifá está baseada nos ensinamentos do profeta histórico Orúnmìlà que recebeu inspiração do Espírito de Ela. Todos os awo (Babaláwos) que são iniciados em Ifá são considerados descendentes de Orúnmìlà e portais para o Espírito de Ela como resultado da transformação que acontece durante iniciação em Ifá.

Na Diáspora há algum debate sobre a questão se os Babalawos de Ifá não entram em possessão. Este pode ser um problema semântico baseado nas palavras limitadas em inglês que se aplicam a este tipo de fenômeno. Não há nenhuma dúvida em minha mente que os Babaláwos com quem eu estudei na África entram em um estado alterado de consciência durante divinação. Eles se referem a este estado como "eu retorno ao

tempo em que Orúnmìlà caminhou sobre a terra".

Em um nível subjetivo é um lugar de saber profundamente e de se lembrar profundamente. A fim de que o divino esteja apto, a cabeça e o coração devem estar em alinhamento perfeito. Deste lugar de alinhamento é possível se conectar com formas de consciência no reino invisível.

Neste lugar os problemas e soluções aparecerem simultaneamente ao Babaláwo. É quase como um reflexo condicionado que dá ao Babaláwo uma certeza interna eles estão caminhando para a resolução de um problema particular.

O estado alterado de Ifá é diferente que as formas de possessão comuns entre os cultuadores de Òrìxà (Forças da Natureza) em rituais públicos.

A Possessão dos Òrìxà tende a ser mais extática e dinâmica, enquanto ser tocado por Ela é mais introspectivo e quieto.

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D A F A

U M P O D E R O S O S I S T E M A P A R A O U V I R A V O Z D O C R I A D O R

Após a conexão entre o iniciado e Ela que é feita durante iniciação, o iniciado tem uma responsabilidade em manter e nutrir esta conexão, caso contrário ela se tornará fraca, inacessível e eventualmente desaparecerá. Esta conexão é nutrida pelo ciclo de oração à Ifá. A disciplina de manutenção do ciclo de oração à Ifá também tem o efeito de tornar o Egbe Ifá mais coeso.

Ciclo de Oração Diária

Uma esteira deveria ser disposta na frente do santuário de Ifá. Toque sua cabeça no tapete como um sinal de gratidão para com Espírito da Terra (Oníle), e bata palmas três vezes para anunciar sua presença no santuário.

Alguns awo pingam uma gota de água no chão, e várias gotas de água em seu Èxù e em Ifá dizendo, "Ile tutu, Èxù tutu, ire Orúnmìlà" significando, "Espíritos da

Terra, o Mensageiro Divino e o Espírito do Destino estejam frescos e tragam boa sorte".

Em Yoruba estar "fresco" significa que estão claros e calmos para facilitar a comunicação.

É tradição em Ifá começar o dia agradecendo Olódùmarè (O Criador) pela bênção da existência. Isto é seguido por um oríkì (exaltação) à Èxù (O Mensageiro

Divino) e um oríkì à Orúnmìlà (O Espírito do Destino).

Se o awo tem outros Espíritos no santuário que eles também sejam saudados com um oríkì e terminando o ciclo de oração matutino tradicional por Orúnmìlà.

Os exemplos seguintes estão entre muitos oríkì que pode ser usado como parte da disciplina diária de Ifá.

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U M P O D E R O S O S I S T E M A P A R A O U V I R A V O Z D O C R I A D O R

Olódùmarè

1. Ol ódù marè, mo ji loni. Mo wo'gun merin ay e.

1. Criador, eu saúdo o novo di a. Eu saúdo as quatro di reções que criam o mundo.

2. I gun'kini, igun'k eji , i gun'keta, igun' kerin Olojo oni.

2. O primeiro canto, o segundo canto, o terceiro cant o, o quarto canto são os donos do di a.

3. Gb ogbo ire gbaa tioba wa nil e ay e. Wa fun mi ni temi. T'aya -t'omo t'egbe - t'ogb a,

3. El es t rouxeram a boa sorte que nos sust ent a na t erra. Eles trazem todas as cois as que s ustent am m eu espí rit o,

4. wa fi yiy e wa. Ki o f'ona h an wa. Wa f'eni - eleni s e temi .

4. Com você não há nenhum fracas so, nós louvam os a est rada que você cri ou, nada pode bloquear o poder do Espírito.

5. Alay e o alaye o. Afuyegegege meseegbe. Alujonu eni yan ti nf'owo ko le.

5. Nós louvam os a Luz da Terra; el a sust ent a a abundânci a da Cri ação.

6. A ni kosi igi Méjì ninu i gbo bi obi . Eyiti o ba ya'ko a ya abidun -dun-dun-dun. Al ay e o, alay e o.

6. Traz a com ida da florest a para nós. Nos traz as doces cois as em vida. Nós louvam os a Luz da Terra; nós louvamos a Luz da Terra.

7. Àx e.

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Èxù

1. Èxù, È xù Òdàrà, Èxù, láàlu òki ri òk ò. Òkùnrin orí ita, a jo l anga langa láàlu .

1. M ens agei ro Di vino, M ens agei ro Divino da Transformação, o Mensagei ro Divino fal a com poder. Hom em das encruzilhadas, dance ao som do t ambor.

2. A rin langa lan ga láàlu . Od e ibi i ja d e mol e. Ija ni otaru ba d' el e ife.

2. Divi rt a-se ao pé do Tam bor. Mova além de dis cuss ão. Discuss ão é contrária aos Espí rit os do R eino Invi sível.

3. To fi d e ömö won . O ro È xù, to to to akoni. A o fi ida r e l ale.

3. Apoie o cami nhar inst ável dos infantes. A pal avra do Mensagei ro Divino s em pre é respeit ada. Nós us aremos sua espada para t ocar a t erra.

4. Èxù mà xe mí o. Èxù mà xe mí o. Èsù mà xe mí o.

4. Mensageiro Divi no não m e m ani pul e. Mens agei ro Divi no não m e mani pul e. Mens agei ro Di vino não me m anipul e.

5. Ö mö el omi ran ni kí o xe. Pa ad o asub i da. Nö ado asu re s i wa.

5. Que out ra pess oa sej a m anipul ada. Afaste de mim o sofrimento. M e dê a bênção da ca baça.

6. Àx e.

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Orúnmìlà

1. O rún mìlà, ajomis anra, Àgbönnì règún , ibìk éjì Olódù marè,

1. Espíri to do Desti no, orvalho et erno e font e de vi da, a pal avra e força

ressonante próxima ao Cri ador,

2. Ël erìí ìpín , Ö mö ope k an ti nsörö dogi dogi,

2. Test emunha da C riação, descendência da et erna árvore de palm a que

rel uz força,

3. ara Ado, ara Ewi, ara I gbajö ara I r esi, ara Iköl e, ara Ì g etí , ara ok e Itaxe,

3. nativo de Ado, nativo de Ewi, nati vo de Igbajo, nativo de Iresi, nati vo

de Ikol e, nat ivo de Igeti , nati vo da colina de It as e,

4. ara iwön ran ibi oju mö ti n mö waiy e akoko Olokun , örö ajö epo ma pön,

4. nati vo do Lest e, gerador do m ar, mís ti co imaculado,

5. öl ago lagi ökun ri n ti n mu ara ogidan le, o ba iku ja gba ömö e si le,

5. O mui poderoso que dá vit alidade juvenil, El e que salva as cri anças da

ira de m ort e,

6. Odudu ti ndu orí emere, o tun orí ti k o sunwon s e,

6. o Grande S al vador que salva a moci dade, el e que revi ndica os que

est ão perdidos,

7. O rún mìlà ajiki , Orún mìlà ajik e, O rún mìlà aji fi örö r ere lö.

7. Espírit o do Des t ino, m erecedor de súpli cas matutinas , Espí rito do

Destino, m erecedor de elogio mat utino, Espí rito do Desti no, merecedor de orações para as coisas boas da vida.

8. Àx e.

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D A F A

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Obs.: Alguns Babalawos gostam de consultar/lançar Ifá todas as manhãs para

obter uma prévia do dia. Não é prático fazer oferecimentos todos os dias quando se faz divinação para si mesmo. Para divinação diária é possível pedir para ser isentado da obrigação de fazer ebo (oferecimentos prescritos pelo oráculo) recitando um Oriki

Daraji. Daraji em Yoruba significa "perdão".

Daraji

1. O rún mìlà mo pè, Orún mìlà mo pè, O rún mì là mo p è.

1. Espí rit o de Desti no eu vos saúdo, Es pírit o de Dest ino eu vos saúdo,

Espí rito de Destino eu vos s aúdo,

2. Ifá mo p è, Ifá mo pè, Ifá mo pè.

2. Sabedori a da Nat ureza eu vos s aúdo, Sabedoria da Natureza eu vos

saúdo, Sabedori a da Nat urez a eu vos saúdo,

3. Oduduwa mo p è, Oduduwa mo p è, O duduwa mo p è.

3. Pai de nos so povo eu vos s aúdo, P ai de nosso povo eu vos saúdo, P ai

de nos so povo eu vos saúdo.

4. I gi nla subu won akankan d' etu, O rú n mìlà ni o di ad ari ji.

4. A luz que precede apazi guam ent o, Espírit o de Destino m e alivi a de

minha obri gação

5. Mo ni o d i ad ari ji.

5. Eu peço que m e is ent e de minha obri gação.

6. Àx e.

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Se a di vinação di ári a indi car um probl ema pot enci alm ent e s éri o, o awo pode decidi r fazer o ebo para evit ar difi cul dades.

O Ciclo Oração de Quatro Dias

O ci clo de quat ro di as é um t empo para enfocar o des envolvi ment o pessoal e orações para direção pessoal e el evação. A di vinação feita em um ci clo de quat ro dias deve i ncl ui r oferecimentos de adi mu diret am ent e no assent am ent o de Ifá.

Ant es da divinação , borri fe um pouco de gim di retam ente no ikin. Após a divi nação coloque m ilho misturado com água e m el que são torrados rapidament e em um biscoit o pl ano em cim a do iki n.

O cicl o de quatro dias pode inclui r orações para t odo o àx e (poderes Es piri tuais ) em seu s ant uári o. Se o Odù para o ci clo de quatro dias é m arca favorável marque ist o no Opon. Us ando o dedo m édio de ambas as m ãos em purre o i yerosun (pó de divi nação) para o centro da bandeja, ent ão usando seus dedos polegares apert e o i yeros un do fundo para cim a. Ent ão l eve seus dedos médios e empurre o i yerosun da borda para o cent ro.

Apert e o pequeno montí culo de i yerosun no mei o do Opon com seu dedo m édi o di reito e di ga

ire tó

. S al pique uma quanti a pequena do i yerosun sobre o iki n dizendo "

ire, ire, ire tó

". A pal avra ir e si gni fi ca

"boa sort e ", a pal avra tó (pronunci a-se "t ou") si gnifi ca "fei to" i ndi cando que sua oração t ermi nou.

Enquanto recit a o oriki para Ela rol e o ikin em suas mãos com o uma m anei ra de se conect ar com o ase de Ela. Quando o ori ki for com plet ado, rez e para sua própri a boa sorte enquant o continua rolando o

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ikin em suas m ãos. S e você com eçar a fal ar m uito depres sa e as pal avras não parecerem s er suas própri as pal avras, você est á fazendo uma conexão a Espí rito.

As orações durante o ci clo de quatro di as podem i ncl ui r a s eguinte:

O Ciclo Oração de Quatro Dias

Egún

1. Egún gún kiki egú ngún,

1. S audação aos m édiuns dos Antepass ados,

2. Egún ikú ran ran f e awo ku opipi.

2. Ant epass ados que pres ervaram o mist ério das vestim ent as es voaçant es .

3. O d a s o bo fun l e wo. Egún ikú bata b ango egún d e.

3. Vocês cri aram as pal avras de reverência e de poder. Os tambores dos

Ant epass ados anunci am a chegada dos Antepass ados.

4. Bi aba f' atori na l e egún a x e de.

4. Na fort e esteira você espalhou s eu poder que os Ant epas sados estão

aqui.

5. Àx e.

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Orí

Orí, pel e Atèté ní ran Atètè gb e ni kòòxà.

Minha C abeça, eu a cham o, você que sempre rapidam ent e abençoa a si própri a. Você que abençoa uma pessoa antes de qual quer Es pírito,

Kò sóòxà tí í dá'ní í gbè l eyin orí eni .

nenhum Es píri to abençoa um a pessoa sem a permi ss ão da cabeça.

Àxe.

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Èxù

1. Èxù, È xù Odàrà, Èxù, láàlu oki ri ok o. Okunrin orí ita, a jo l anga langa lalu.

1. M ens agei ro Divino, Di vino M ensagei ro da Trans form ação, Mensagei ro

Divino fale com poder. Hom em das encruzilhadas , dance para o t ambor.

2. A rin l anga l anga lalu. Od e ibi ija d e mol e. I ja ni otaru ba d' el e ife.

2. Divi rt a-se ao pé do Tam bor. Mova além de dis cuss ão. Discuss ão é

contrária aos Espí rit os do R eino Invi sível.

3. To fi d e emö won . O ro È xù, to to to akoni. Ao fi id a re lal e.

3. Apoie o cami nhar inst ável dos infantes. A pal avra do Mensagei ro

Divino s em pre é respeit ada. Nós us aremos sua espada para t ocar a t erra.

4. Èxù ma x e mi o. Èxù ma x e mi o. Èxù ma x e mi o.

4. Mensageiro Divi no não m e m ani pul e. Mens agei ro Divi no não m e

mani pul e. Mens agei ro Di vino não me m anipul e.

5. Ö mö el omi ran ni ko lo xe. Pa ado asu bi da. No ado asu re si wa.

5. Que out ra pess oa sej a m anipul ada. Afaste de mim o sofrimento. M e dê

a bênção da cabaça.

6. Àx e.

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Orúnmìlà

1. O rún mìlà, Bàbá Àgbönì règún,

1. Espí rito do Desti no, a pal avra e força repercutida,

2. ad exe omil exe a mo kuIkufori ji Ol i jeni Öba Ölöfa Asu nlölanini -ömö -Ol öni Olub esan,

2. Nós o cham amos por seus nom es de poder.

3. E rin tunde Edu Ab'ikuji gbo alajogun igbo -Oba -iged e para p etu òpìtàn -elufe amoran mowe da ara re Orún mìlà. Iwo li o ko oyinbo l'ona odudu pas a.

3. O Poder é renas cido para defender contra os poderes da mort e e

dest ruição, o poder de Transform ação está com o Es pírito do Destino, não há nenhum estranho na estrada do Mi stério.

4. A ki igb' ogun l'aju le Örún d a ara O rún mìl à. A ki if'agba Merìndínl ógún sil e k'a sina.

4. Nós louvamos o medi cam ento da Fl orest a que vem do Rei no Invi sível

dos Imort ais pelo Espí rito do Desti no. Nós louvamos os dez ess eis princí pios s agrados do C ri ador.

5. Ma ja, ma ro Ël erìí ìpín ibìk éjì Edu mare. F'onah an'ni Orún mìlà.

5. Eu cl am o pela Test emunha da Criação, segundo ao C ri ador. Minha

est rada para a s alvação é o Espí rito do Destino

6. Àbörú, Àböyè, Àböxíx e.

6. Leve meu fardo da terra e oferece -o ao Céu.

7. Ax e.

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Ela

1. Ifá lo l 'òní, Ifá l o l'Ola, Ifá l o l otounl a p elú e.

1. Ifá é o m est re de hoj e, Ifá é o mestre de am anhã e é o mes tre de depois

de am anhã.

2. O rún mìlà l o ni j o mereerin òòxà d á'áyé.

2. O Espí rito de Dest ino é o m est re dos quat ro di as criados .

3. Ifá r o wá o. El a r o wá o o. Bi ò nb e l ápá òkun.

3. Ifá por favor des ça. Es píri to de pura paz est ej a pres ent e. S e você est á

no oceano, por favor venha.

4. Kó ro möö bö. Bi ò nb e ní wán rán oojú mo.

4. Se você est á em meio a l aguna, por favor venha. Até mes mo s e você

esti ver em w anr an no l est e, por favor venha.

5. Ifá ji o Orún mìlà, bí o lö l'oko, ki o wá lé o, bí o lö l'odo, dí o wá lé o.

5. Ifá desperte. Espí rito do Desti no se você vai a fazenda, você deveria

passar em minha cas a, s e você vai ao rio, você deveri a pas sar em minh a casa.

6. Bi o l ö l' öd e kí o wá lé o. Mo júb à o. Mo júbà o. Mo júbà o.

6. S e você vai a caça, você deveria passar em minha cas a, eu prest o

hom enagem a ti , eu presto homenagem a t i, eu prest o hom enagem a ti.

7. Àx e.

7. Assim s eja.

O cicl o de quat ro di as pode incl uir novament e a oração d e d araji e se assuntos i mport ant es aparecerem na divinação, o awo podem decidir faz er ebo compl eto.

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O Ciclo de Oração de Desesseis Dias

As orações us adas no ci clo de quat ro dias s ão us adas com os outros m em bros do Egbe Ifá. Podem ser adi ci onadas canções e orações que louvam Orúnmìl à.

A di vinação feit a deve ser diri gida nes te mom ento a todo o Egbe e a com uni dade s ervi da por este. O cult o a Orúnmìl à pode inclui r o cânti co dos vári os epítetos ut ilizados para descrever Orúnmìl à cham ados de Orúnmìl à Aj ana

Orúnmìlà Àjànà

1. Ifá Olókun, A so ro day o Ël erìí-ìpín, Ibìkéjì Olódù marè.

1. O Babal awo do Mar, aquel e que faz os negócios prosperarem , Tes tem unha da C riação, o S egundo para com o Cri ador.

2. Orún mìlà ni Baba wa o e, àwa kò ni Öba méjì , Ifá to Öba o, Orún mìlà ni Baba wa, Ifá to Öba o.

2. O Espí rito do Destino é nosso P ai, nós não t emos nenhum outro Rei, Ifá é sufici ente bom para s er nosso rei . O Espí rito do Desti no é nosso Pai. Ifá é bast ant e compet ent e para ser o rei.

3. Kí a mo o kí a l à, Kí a m o o kí a má tètè kú , Am olà Ifè owòdáyé.

3. Quem conhece s erá s alvo, Quem conhece vi ve rá um a vida longa. O Salvador de Ifè dos dias anti gos.

4. Okùn rin dúdú òkè Ì g etí, Olúwà mi àmò - i mo - tán, Olú mmaàmi Òkítíbì rí.

4. O Hom em Negro da Col ina de Igeti , o Chefe que não pode ser temi do

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5. A jí pa öjo ikú dà, a k ò m o o tán ib a xe, a b á mo o tán Iba x e.

5. O carregador do dia de morte, não ter total conhecim ent o de si é fal har; ter tot al conhecimento si é t er êxito.

6. Oníl é gangan -ají kí, Àáyán -awo -inú-i bgó, Amáiyégén.

6. O prim ei ro de m uitas casas que nós louvamos , Chefe divinador do coração da floresta, poderoso rem édi o da terra.

7. Bara Petu, B aba kékeré Òk é Ìg etí, Òrìxà tí ó fi gbogb o ayé fi ojú orórì sí p átápátá.

7. P ai de Ipetu, o pequeno hom em de Igeti , Espí rito que t em influênci a no mundo int ei ro.

8. A bi ara í lu bí ajere, Òrìxà tí n gb é nkan ole gún,' Fágúnwà, ökö Oyekú.

8. El e, cujo corpo pode ser m udado em vári as formas, o Espírito que dá força ao fraco, o m arid o de Oyekú.

9. Ölo mú nlá, a b o' ni má rù, B aba Èxù Odàrà, Ò rìxà tí ngba'ni l' owo eni tí ó ní ìk à nínú.

9. O grande homem enfrentado que al imenta t odas as pessoas sem perder peso, o P ai do Divino Mens ageiro da Transform ação, o Espí ri to que nos salva da dest rui ção.

10. B aba akéré-fi -in ú-x e-ögbon , Òpì tàn If e a fún ni dá.

10. Pai de es tat ura pequena que é replet o de s abedori a, o Grande Histori ador de Ife, el e que torna a recreação pos sível.

11. Òdùdù tíí du orí ìlémèrè k í orí ì lémèrè má ba á f o.

11. S alvador da criança Emere.

12. A tún orí eni tí kò sunw on xe, f onron òwú kan xoxo, a j e ju oògùn,

12. Ele que m uda má s ort e em boa sorte, a Grande Linha Místi ca da Cri ação, Ele que é m ais efi caz que feiti ços.

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13. Ará Ìwöràn ní i bi tí ojú rere ti í m o wá, Baba elép o púp o kò gbúd o je àdín.

13. O homem ori ginal proveniente do lugar onde o crepús cul o rompe, Pa i e dono do az eit e de dendê e que não tem nenhum a necessi dade em com er àdi n.

14. A yo teere gb 'ára xán' l e má fi ara p a, a s' o ro d'ayo.

14. O jovem que cai sem sofrer danos, Ele que t rans form a preocupação em feli cidade.

15. Kí a mo o kí a l à, Öba Al ádé Olódù M erìndínlógún .

15. Conhece- Lo é encontrarr a salvação, Rei dos Dez ess eis Princí pios da Cri ação.

16. O run l o mö eni ti yíó là.

16. S oment e o Céu s abe quem s erá salvo.

17. On ílé orí òkè tí nrí àfòp in ey e x' ayé x' o run Ìbíní .

17. Dono de um a casa grande que é alt a o bast ant e para s e obs ervar o limite do vôo dos pássaros , habitant e do Céu e da t erra

18. Ají pa öjö ikú d à, Bàb á mi Àgbönnì règún, a tó í fi ara tì bí òk è.

18. El e que desvia a mort e iminent e, m eu Pai, aquel e que nós podemos nos apoi ar para sem pre pois Ele é tão fort e quant o um a rocha, Ele é a melhor pess oa com quem podem os pass ar o t empo.

19. O g eg e a gb é ayé gún, agí rí I lé Ìl o gb on, àmoi mo tán.

19. Luz que est abel ece vida, Chefe da ci dade da Sabedoria, Ele não pode ser complet am ent e defi nido.

20. Ö mö àdó bàb à tí í w' ewù oògùn, Àjànà età tí í mú orí ekùn í xè'b ö xuuru xuuru .

20. P ai que us a um t raj e repl eto de feiti ços, Ajana aquel e que sacrifi cou uma cabeça de l eão.

21. Ò rìxà ökö àj e O lójombá a rí apá eran xe ogun, a xe èyí tí ó xòro í xe.

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D A F A

U M P O D E R O S O S I S T E M A P A R A O U V I R A V O Z D O C R I A D O R

21. Marido das M ães , o C hefe que conqui sta com o medicam ento de um a cabra, El e que pode execut ar a t arefa mai s di fí cil.

22. edú Ö lojà O rìb ojo, Öba a tun ömö dá bí ewu, Okinki n a tó eyín erin ní fifön.

22. O R ei Negro m ais respeit ado, o R ei que cri a s em es forço, o hom em poderoso que cri a m úsica na presa de um el efante.

23. Iko Ajàlái yé ik o Ajà orun .

23. Mens agei ro pri ncipal, o vínculo ent re o Rei da Terra e o R ei do Reino dos Ant epass ados.

24. Òk ítíbì rí , a -pa -öjo-iku -dà.

24. O Grande Alterador que muda o di a da m ort e

25. Irí jú O lodu mare.

25. O prim ei ro -minis tro do C ri ador.

26. Alátunxe aiyé.

26. Aquel e cuja função é manter o m undo coreto.

27. Ikufori ji

27. O S er a quem a Mort e honra.

29. Öb a Öl öfa asùn l'Öla.

29. O regente que deita bênçãos e prosperidade e que repousa em meio a honra.

30. E rin tunde.

30. Al egremente ret orna ao mundo vindo do R eino dos Ant epassados.

31. Öwá.

31. O S er que enche a hum anidade com al egri a.

32. O lub es an Olu -li -ibi-es an.

32. O C hefe Vingador dos Mal es.

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33. Filho de um a Pedra muit o dura que não é afet ado por um fluxo frio de água.

34. E la ömö Oyí gíyì gí Ö ta aiku Ela.

34. Fi lho de um a pedra sum am ent e imóvel que nunca morrerá.

35. Ö tötö -Ènì yàn.

35. Aquel e que é perfei to.

36. O lúwa mi agírí -i logbon.

36. O S enhor da S abedori a perfei ta.

37. Ö mö ti abi lòk è taxe.

37. A criança que nasceu na montanha de of It as e.

38. Ö mö ejo méjì.

38. Fi lho de duas s erpentes .

39. Akéré f’inú Sögbon.

39. P es soa pequena com um a m ente repl et a de sabedori a.

40. Akoni –l’oràn-bí ìyekan -eni .

40. Aquel e que dá consel hos sábios e frat ernos tal qual s eus parentes.

41. Okuku ru Ók è Ìg etí .

41. O pequeno ho mem da montanha Igeti .

42. B ara Àgbönnìn ègún.

42. Dono dos cocos s agrados de palm a.

43. Af ed efeyö.

43. Fal ant e em todas os i diom as .

44. Gb olájókó.

44. El e que s e s ent a em honra.

45. O lúwa mi àm oi motán.

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46. Ikú dúdú at ewo, Oro je'p o má p ön, Oro a bá ikú j'ìgb ò.

46. Mort e negra da palm a, o Místi co que come m uito azei te de dendê e não fi ca verm elho, o Místi co que luta com a morte.

47. O run ló mö eni tí yíó là.

47. Apenas o C éu conhece quem s erá salvo.

48. A -xeayé -x eorun.

48. Aquel e que vive na Terra e vi ve no C éu.

49. Dùndúnké, obin rin o -fidi -han-n i-káxö.

49. O robusto, aquele que é vi ril e que não recusa os avanços de um a mulher.

50. Ë lerìí ìpín, aj e-ju-ògùn .

50. Aquel e que é a test emunha de t odo o destino, aquel e que é mai s efi caz que rem édi o.

51. O rún milà! Ifá O lókun, a s' oro d'ayo .

51. Es pírito do Destino, dono do mar, que t ransm uta infortúnio em al egria.

52. O lóòrérè -àikú, j e-joògùn.

52. Aquel e que sal va as pes soas da mort e, aquel e que é m ais efi caz que rem édio.

53. Iwö lal áwòyè o.

53. É você que pode viver para as pessoas.

54. B á mi wo ömö tèmi y e o.

54. Espí rit o que m e dá fil hos .

55. A ji p a öjo iku d à.

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Muit as das canções utilizadas durant e o ci cl o de oração de dez ess eis di as são versões cantadas dos Odù. Al ém de oração, est a é um a época para ensi namento e aprendiz ado de novos vers os dos Odù.

O Ciclo de Oração de Noventa Um Dias

Est e é um ritual col etivo para trazer boa sorte pel a mudança de est ações. O Egbe Ifá inteiro reunem -s e do nascer do sol at é o por do sol e recit am orí kì a O rún mìlà , Ela e os quatro pontos cardeais. Est e ritual incl ui o us o de padrões m arcados na sujei ra.

O obj etivo do rit ual é invocar o Espí rito de Ela para que o M esmo apareça ao ri tual sem a necessidade de um médi um. (Os det alhes dest e processo são awo, signifi cando isto, que é dis ponível apenas a inici ados ).

Festival Anual de Ifá

Est e é um rit ual de sete dias que envolve faz er oferendas aos ass ent am ent os individuais de Ifá, ao Igba Odù comunit ári o e para a árvore que produz o ikin que é s agrado a Ifá.

Nesta época do ano Egbe O xun (Sociedade que cul tua a Deu sa do

rio da Abundância ) alim ent a os t abul eiros de divi nação. Durant e o

festival o corpo de Ifá intei ro é recit ado. Isto norm alm ente leva quat ro dias de s ol -a-sol.

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Lição 2

Identificando as Marcas dos Odù

Òfún Òtúrúpon Oxe Ìká Obàrà Okànràn Ìrete Osá Òwonrín Òtúrá Ògúndá Ìrosùn Òdí Ìwòrí Oyekú Ogbè

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Os versos dos Odù Ifá s ão sim boliz ados através de vari ações em

oito marcas posi ci onadas em duas colunas de quatro m arcas . C ada

coluna é chamada de “perna de Ifá”. As quatro posições em uma perna de Ifá são form adas por um a única li nha ou um a linha dupl a. Ist o cri a dez ess eis pos síveis com binações em cada col una ( 2x 2x2x 2=16). Quando são combi nadas duas pernas de Ifá, há duz entos e cinqüenta e s eis com binações possíveis ( 16x 16=256 ). Aprender est es padrões e s eus nom es não é di fí cil se os el ement os est ão s eparados em seus com ponent es fundam ent ais .

Quando eu est ava aprendendo es t as marcas eu confeccionei dez ess eis cartões de referênci a com o des enho do Odù em um lado e o nom e do Odù na parte de trás. Com isso eu pude mem oriz ar os símbolos em um único dia.

Cada pessoa t em diferent es m étodos de m emorização. Alguns estudant es gosta m de colocar um úni co cart ão de referênci a em s eu sant uári o e olhar es te todas as manhãs at é a marca do Odù se torna r fam ili ar, ent ão subs t ituir por out ro cart ão. Out ros es tudant es gost am de ter todas as dez ess ei s pernas em um único pedaço de papel.

A m etodologi a para a memorização é s em i mport ânci a. O que é absolut am ent e es senci al é que est as m arcas se tornem t ão fam iliar quanto as l et ras do al fabeto.

Ifá é um si stem a m uito com pl exo como um todo. Se o ass unto é abordado pel a com preens ão das part es que o compõem o sistema e através da compreensão de s ua lógi ca int erna, fi ca m ais fácil se lem brar. Além diss o, al guns dos elementos de If á que parecem requerer t empo e esforço para s e m emoriz ar, podem de fat o s er calcul ados rapidam ent e sem ter que m emoriz ar as part es com o um todo.

Por exemplo, combinando os nomes de cada perna de Ifá form amos os nomes dos dem ai s duzentos e quarent a Odù.

A chave é se l embrar que cada Odù Ifá é lido da di reita para a esquerda.

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 Por exemplo o Odù Ogbè Oyekú aparece como segue:

I I I I I I I I I I I I

 Se nós invertermos o par obteremos:

I I I I I I I I I I I I

 O segundo exemplo é chamado de Oyekú Ogbè.

Na Áfri ca o processo de aprendiz agem das combi nações das marcas é facilit ado pel o uso de um op el e de práti ca. O opel e é uma corrente de adivinhação com oito s em ent es. A pes soa segura a corrent e pel o s eu m ei o de m anei ra a form ar um padrão em form a de ferrad ura com uma perna de Ifá em cada l ado da corrent e. As s ement es podem cai r com a face exterior ou com a face int erior para cim a.

A face exteri or repres ent a duas li nhas. A face int erna repres ent a uma l inha. Um op el e de práti ca norm al ment e é feito cort ando pedaços pequenos de uma cabaça do t amanho de um dól ar de prata que s ão am arrados com um fi o.

O estudant e deve praticar l ançando o op ele at é que el e al cance um est ági o onde pode nomear o Odù assim que el e vê a queda . Isto pode ser fei to sem t er que s e sent ar e mem orizar t odas as duz ent os e cinqüent a e seis m arcas. Conhecendo como os Odù são m ont ados a part ir de duas pernas de Ifá permi te ao estudant e reconhecer as m arcas e nom ea -l as simpl esm ent e i denti ficando as part es que a com põem.

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Lição 3

Aprendendo a ordem de Senioridade dos Odù

A quest ão sobre a aprendiz agem da ordem de s enioridade dos Odù reside em di ferenças regi onais no estilo que podem s e tornar confus as e problemát icas ao es tudant e i niciant e. William Bascom es creveu um a pesquisa antropol ógi ca das diferenças na ordem de s eni o ri dade dos Odù na Cultura Yoruba e identificou m ei a dúzia de variações si gnifi cant es. Não deixe que i sto s ej a um a font e de preocupação.

Divinação é a mani pul ação de símbolos pelos Espí rit os para s e com uni car com os hum anos . O Espíri t o fará uso efetivo de qualquer sistema em jogo, contanto que o Babal awo verdadei ram ent e es tej a conect ado a el e. A questão i mport ant e reside em s el ecionar uma o rdem de senioridade e trabalhar com el a.

Não entre na arm adilha de sel ecionar uma ordem particular, e muda-l a ent ão durante a divinação no esforço de obter uma respost a melhor. M udar os el em entos do oráculo no es forço de obt er uma res post a melhor não é Di vinação, é se auto -il usão.

Eu estou us ando a ordem de s enioridade como é us ada em

Ode-Remo . Est a s eqüênci a não é "A m aneira corret a", mas sim, "Um a

manei ra". O estudante é encoraj ado a determinar e us ar a seqüência de sua própri a li nhagem .

Em qualquer s eqüênci a uti lizada, os pas sos para aprender a seni oridade dos Odù Ifá são m ais ou menos os mesmos .

Comece aprendendo a ordem de seniori dade dent ro das dez ess eis pernas simpl es dos Odù Ifá.

Em Ode-R emo a ordem de seni ori dade para as pernas si mpl es dos Odù Ifá é a seguint e:

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1. Ogbè 2. Oyekú 3. Ìwòrì 4. Òdí

5. Ìrosùn 6. Òwonrín 7. Obàrà 8. Okànràn

9. Ògúndá 10. Osá 11. Ìká 12. Òtúrúpon

13. Òtúrá 14. Ìrete 15. Oxe 16. Òfún

Quando est a s eqüência é m emoriz ada, a i nform ação pode s er usada para determi nar a ordem de senioridade para todos o duzent os e cinqüent a s eis Odù com o um a fórm ul a que não requer aprender todos o duzentos e ci nqüenta e sei s Odù em s eqüênci a.

Quando você m em oriza a ordem dos pri mei ros dez ess ei s, e quando você entende a fórmula que gera a s eqüência dos Odù restantes, você pode recit ar a ordem int eira de senioridade para t odos os Odù apli cando a m esm a.

Há duas fórmul as que são m as comuns de s erem us adas nest e el emento do orácul o. Eu apres ent arei ambas as fórmul as. Cabe ao estudant e det erminar a fórmul a que repres ent a a m et odol ogi a de s ua linhagem.

O m odo m ais fácil para entender a fórmula é imaginar que o corpo intei ro do Odù Ifá é um livro com dez ess eis capí tulos. Em am bos sistemas apresentados aqui o prim ei ro l ivro é composto por Odù Méjì também cham ado Ol odu .

A palavra Odù Méjì quer diz er Odù repetido, e é uma referênci a ao fato que os pri mei ros dezesseis Odù em ordem de seniori dade, as pernas di rei tas coi nci dem com as pernas esquerdas. Estes Odù são identificados pel o nome de um a úni ca perna de Ifá somada a pal avra Méjì . Por ex em plo quando você vê um Odù onde am bas pernas de Ifá s ão

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com post as por m arcas úni cas, e nós já sabem os que a úni ca perna é cham ada de Ogb è, combinando duas pernas de Ogbè cri am os Ogbè Méj ì.

Um nome alt ernativo seri a Èj ì Ogbè. Em Yoruba o pal avra eji si gni fi ca 'prim ei ro'. Est a é uma referência ao fat o que Ogbè Méjì é a prim ei ra apari ção de Ogbè nos Odù Ifá, às vez es cham ado Èjì Ogbè.

Li ngüisti cament e Ogbè M éjì é mais comumente cham ado de Eji Qgbe e os rest ant es quinz e Odù duplos s ão tipi cament e cham ado de M éjì .

Os rest ant es qui nze Odù duplos, t am bém podem s er identifi cados col ocando o pal avra eji na frent e do nom e da úni ca perna.

A ordem de seniori dade para o primeiro livro dos Odù como é ensi nado em Ode -R emo é como segue:

1. Èjì Ogbè 9. Ògúndá M éjì 2. O yekú M éjì 10. Os á M éjì 3. Ìwòrì Méjì 11. Ìká M éjì 4. Òdí Méj ì 12. Òtúrúp on Méj ì 5. Ìrosùn M éjì 13. Òtúrá M éjì 6. Owonrín M éjì 14. Ìret e M éjì 7. Obàrà Méj ì 15. Oxe M éjì 8. Okànràn M éjì 16. Òfún M éjì

Se o estudante m em orizou a sucess ão de pernas Ifá simpl es , ent ão el e j á conhece a ordem de s eniori dade do prim eiro li vro dos Odù. Ist o é corret o para am bos os sist em as de determinação de seniori dade que é com ument e util izado na divi nação em If á. O ponto de di vergênci a nos dois sist em as ent ra na form ação dos quinze livros restant es.

Em Ode-R em o o segundo li vro de Ifá é form ado por todos Odù que que poss uem Ogbè posicionado na perna direit a ou na perna esquerda. Há dez esseis Odù com Ogbè na perna di rei ta e t ambém há dez esseis Odù

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com Ogbè na pe rna esquerda. S e você el iminar Ej i Ogbè que já aparece no livro um, haverá quinz e pernas de Ifá que podem ser combinados com Ogbè colocado na posição di reit a ou na posição esquerda. Ist o cri a tri nt a (15x2=30 ) s egmentos ou capítul os em li vro dois dos Odù Ifá usando est e sistema.

A seqüênci a de capítulos no livro dois dos Odù Ifá como é utilizado em Ode -Remo é como segue:

1. Ogbè – O yekú 17. Ogbè - Os á

2. O yekú – Ogbè 18. Os á - Ogbè

3. Ogbè – Ìwòrì 19. Ogbè - Ìká

4. Ìwòrì – Ogbè 20. Ìká - Ogbè

5. Ogbè – Òdí 21. Ogbè - Òtúrúpon

6. Òdí – Ogbè 22. Òtúrúp on - Ogbè

7. Ogbè – Ìrosùn 23. Ogbè - Òtúrá

8. Ìrosùn – Ogbè 24. Òtúrá - Ogbè

9. Ogbè – Owonrín 25. Ogbè - Ìret e

10. Owo nrín – Ogbè 26. Ìret e - Ogbè

11. Ogbè – Obàrà 27. Ogbè - Oxe

12. Obàrà – Ogbè 28. Oxe - Ogbè

13. Ogbè – Okànràn 29. Ogbè - Òfún

14. Okànràn – Ogbè 30. Òfún - Ogbè

15. Ogbè - Ògúndá

16. Ògúndá - Ogbè

Perceba que quando duas pernas de Ifá em sequências di ferentes, o capítul o com Ogbè na posição direit a é sêni or ao capítul o com Ogbè na esquerda.

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Por exempl o Ogbè O yekú é sêni or a Oyekú Ogbè. S e o est udant e memorizou a s eqüênci a das pernas sim ples de Ifá e compreendeu est a fórmul a, ele est á apt o a recitar a seqüência do s egundo li vro de Odù Ifá apli cando est a fórmula.

Deste pont o você aplica a m esm a fórm ul a para os quat orz e l ivros restant e dos Odù Ifá. A cois a import ante a ser l em brado é: cada li vro tem dois capítul os a menos que o li vro ant eri or. A raz ão para isto é que al gumas das com binações de duas pernas apareceram em livros ant eriores. Por exemplo o prim ei ro capítulo do terceiro li vro é O y ekú Ìwòrì . O prim eiro capítulo não é O y ekú Ogbè porque est e já apareceu no livro dois e O yekú Méjì aparece no livro um. Seguindo esta progress ã o, o últi mo l ivro dos Odù Ifá é Ox e e o livro de Ox e t em apenas doi s capítul os que s ão:

1. Ox e Òfún

2. Òfún Ox e

Não há nenhum livro para Òfún porque at é que você al cance os dez ess eis capít ulos , Òfún j á apareceu em todas as possí veis com binações.

Novam ent e o s egundo livro t em tri nt a capítul os; cada l ivro tem dois capít ulo a menos ( 14 x 2 = 28 , 30 - 28 = 2).

Out ro m odo para ver isto é assim:

 Livro um - Méj ì Odù tem 16 capít ulos .  Livro dois - Ogbè tem 3 0 capít ulos.  Livro três - O yekú t em 28 capí tulos .  Livro quatro - Ìwòrì t em 26 capít ulos.  Livro cinco - Òdí t em 24 capítul os.  Livro seis - Ìrosún t em 22 capí tulos .

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 Livro sete - Owonrín tem 2 0 capítulos.  Livro oito - Obàrà tem 18 capít ulos.  Livro nove - Okànràn t em 16 capítulos.  Livro dez - Ògúndá t em 14 capítulos.  Livro onze - Osá t em 12 capí tul os.  Livro doze - Ìká t em 10 capítul os.  Livro treze - Òtúrúpon tem 8 capítulos.  Livro quatorze - Òtúrá tem 6 capítulos.  Livro quinze - Ìret e t em 4 capítulos.  Livro dezesseis - Oxe tem 2 capítulos.

Se o est udant e capta a mecâni ca e lógi ca interna dest a fórmula, é possí vel recit ar a ordem de senioridade para todos o duzent os e cinqüent a e s eis Odù s em t er m emori zado qualquer cois a além dos prim ei ras dez ess eis pernas de Ifá.

A out r a fórm ula comum para det ermi nar a ordem dos Odù é organiz ar o conjunt o de Odù int ei ros em dezess ete li vros. O pri mei ro livro é composto pelos M éjì Odù. O livro dois são todos o quinz e Odù com Ogbè aparecendo na perna direit a. O li vro t rês s ão todo o qui nze Odù que O yekú que aparece na perna di rei ta. Nest e si stema os últimos dez ess eis livros dos Odù têm quinze capí tulos identi fi cados pelo nom e da perna à direit a do Odù.

Em ambos os si st em as a ordem de seni oridade pode s er aprendida através da com preensão e aplicação da fórmul a, bas eado na m emorização das dezes seis pernas simpl es de Ifá.

A compreens ão da s eni ori dade do Odù t orna -s e im portant e porque a seqüênci a de arremesso do Odù é a bas e para a det erminação da ori ent ação do Odù (se el e s e m anifest a de manei ra positi va ou negati va).

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No sist em a usado em Ode -R emo há duas exceções a regra previ am ent e des cri ta. Quando Òfún Méjì e Eji Ogbè aparecerem j unt os , Òfún Méjì é consi derado o sênior. Ist o está bas eado na convi cção que Òfún Méj ì foi o pri mei ro Odù criado no reino i nvisí vel e o último Odù a aparecer no reino fís ico.

Na t radi ção Yoruba a prim ei ra criança gêm ea a nascer é a mais jovem e a s egunda nas cido é a m ais velha, baseado na idéi a que a cri ança mais jovem vem em prim ei ro l ugar ver se o mundo é um lugar seguro.

Sempre que o Odù O xe Òtú rá aparece é s êni or a todo s os Odù com excess ão aos M éjì . Os M éjì Odù s ão considerados os pais dos Odù restant es. Ox e Òtú rá é o princi pio da fecundidade no uni verso ou a idéi a que Forças na Nat ureza podem procriar, m ani fest ando assim al go novo.

A invocação dos Méjì Odù seguida pel a invocação de Ox e Òtú rá induz os M éjì Odù copul arem , dando nas cim ento aos demai s duzentos e quarent a Om o Odù (as cri anças dos Pri ncí pios C riativos Primais ). por isto O xe Òtú rá é reconhecido como o d éci mo séti mo Odù.

Est e mat erial deve s er interioriz ado e tornar -s e famili ar antes que o estudant e poss a consul tar Ifá de form a efet iva. Est as fórmulas são o fundam ento para a i dentifi cação dos versos, det ermi nação da orientação e para a confi rm ação de informações pel o uso de pergunt as que poss am ser respondidas por um sim ples si m/não.

Eu pessoalm ent e acredito que o sist ema us ado em Ode -Remo represent a o m ais vel ho das duas fórmul as. Se você es creve o Odù em um pedaço de papel na seqüência uti lizada em Ode -Remo us ando uma linha para cada livro, o padrão resultant e s erá uma estrutura pi rami dal com as mesm as dim ens ões da pi râmide em Giz a. Eu acredi to que est e padrão é uma repres ent ação si mbóli ca do modo pel o qual os Odù se des dobram no processo de C ri ação.

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Lição 4

Os Princípios Metafisicos de Odù

Cada perna de Odù repres ent a um princí pio metafísi co muito especí fico que form a e gui a o mundo em que nós vi vemos . Eu acredito que quando o oráculo de Ifá prim ei rament e veio à exist ênci a, est es princí pios foram ens inados como um m ét odo de organiz ação de dados.

Assim que a i nform ação foi reunida por inspi ração divina ou por tent ati va e erro, esta inform ação foi associ ada ao Odù apropriado baseado em um profúndo conheci mento dos princípi os m et afísicos que encarnaram uma pol ari d ade probl em a/solução parti cul ar. As sim que os reci pient es da bênção receberam este corpo de sabedori a, a chave para ent ender um Odù es pecífi co é a compreensão do pri ncí pio m et afí si co que serve com o base para colocar inform ação em um a s eção part icular do conjunt o dos Odù.

Como um arti go de fé, lfá ensina a i déi a que quando Odù é interpretado por um Babal áwo que est á em alinham ent o com o Espí rit o de Ela nós est am os ouvindo a voz do profet a Orúnm ìlà. Es ta é a razão de que ser parte de um a li nhagem com di reção de anciões é tão import ant e ao proces so de aprendizagem. Confi rm ação de que nós estam os em alinham ento com o Espí rito de Ela s ó pode vi r de al guém que sofreu alinham ento com Ela .

Em um Egbe Ifá o processo de confi rmação é realizado pel a invocação dos nom es de t odos os anciões awo, t raçando a li nhagem at é

Akodá e Axedá, os prim eiros dois estudantes do profeta Orúnmìlà.

Um com ponente es senci al no processo de alinhamento com o Espí rito de Ela é a habilidade em reconhecer o Odù assim que se t orna mani festo no mundo.

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D A F A

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O prim ei ro pass o no desenvolvendo dest a habilidade é aprender os princí pios m etafísi cos associ ados com cada perna de Ifá.

O m at eri al que eu estou apres ent ando a qui é mi nha com preens ão do Odù bas eado em meu próprio ní vel pes soal de des envol vimento. Eu sei que m inha compreens ão dos Odù mudou durante os últim os dez anos e eu espero que continue a crescer e se trans form ar at é o fi m de m inha vida.

As idéi as nesta liç ão devem s er consi deradas como pensam ent os para consideração e cont empl ação. Estas idéias necessit am s er com paradas com a própri a experi ênci a do Babal áwo sobre cada Odù afim de form ar um banco de dados pess oal que pode ser us ado para aj udar e iluminar o idioma si mbóli co de Ifá.

Est e process o amadurece com idade, porque você não pod e explicar nada verdadeiram ente o que você não experim ent ou di ret am ente.

Ao t érmino de cada seção eu incluí um a fras e chave. Estas chaves são apresent adas aqui para s erem utilizadas como gatil hos de lembrança dos pri ncípios associ ados m ais fundos.

Em mi nha Experiênci a o uso destas chaves foi uma ferrament a ess enci al no proces s o de des trancar o si gnifi cado ocult o de cada Odù.

OGBÈ

Ogbè é a m ani fes tação de pura l uz. É a expans ão da luz

proveni ent e de um a font e externa. Em t ermos práti cos é moviment o s em oposi ção ou um caminho abert o. Ogbè como express ão de cres cim ento espi rit ual , repres enta um alinhamento perfei to com o destino.

Ifá ensi na que toda pessoa escolhe um desti no ant es de ret ornar à terra pelo ciclo de reencarnação (atunwa). Ifá ensina que s e uma pessoa

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D A F A

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vive em harmonia com o seu destino, a Naturez a abençoará com vi da longa, abundância e fam íli a.

Fracass o em viver em harmon ia com desti no gera enfermi dade, pobrez a e isol am ent o. Ifá ensina que se uma pes soa est á ins egura sobr e seu destino, el a deveria viver em concordânci a com os princípios do bom carát er porque acredi ta -se que todo mundo é int rinci cam ent e bo m.

Quando um a pess oa est á em ali nham ento perfeit o com s eu destino, o probl ema m ais iminent e est á na possi bilidade de m udança de alinham ento. Quando Ogbè aparece traz uma advertência para qu e perm aneça vi gil ant e no processo de m ani fest ação do bom carát er. A mani fest ação negati va de Ogbè em t ermos pessoais é a arrogânci a.

FRASE CHAVE : Ogbè cri a um a caminho aberto.

OYEKÚ

Oyekú é um a elis ão da fras e O yeye iku si gni fi cando, “Es píri to da

Mãe da Morte ”. Em termos sim pl es O yekú é escuri dão, a compl et a contração da mat éri a no que a Fís ica chama de buraco negro.

Em termos hum an o s isto pode si gni fi car mort e físi ca. Mais com ument e se refere ao fim de um ci cl o. Quando um bebê nasce há um fim do ci clo de vi ver no út ero. Quando um a dol es cente s e torna um adulto há um fim do ci clo de dependênci a dos pais.

Em Ifá o fim de vida na terra marca o começo de vida no reino dos Ancestrais (Orun). A palavra yoruba para negro é dudu e é as soci ado com O yekú com o um símbolo para a dimens ão i nvis ível, a Font e d a Cri ação.

O yekú como o fim de um cicl o pode t razer um a bênção de paz. Em sua m anifest ação negati va, O y ekú represent a um fim prem aturo de um ci clo que pode não resul tar em tot al m aturidade ou benefí cio.

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FRASE CHAVE : O yekú cri a e t ermina u m ci clo.

ÌWÒRÌ

Ìwòrì é um elis ão de iwa ori si gnifi cando o “carát er de

consci ênci a ”, ou a essênci a interna de cons ciência. Ifá ensina que todas as coi sas no universo têm al gum a form a de consciênci a.

A pal avra Ìwòrì i mplica um a associ ação com o proces so de consci ênci a form ando sua própri a i dentidade única. Em termos psicológicos i sto é cham ado de i ndi vidualização.

Em Ifá o conceito de Ìwòrì é associ ado com o processo de trans form ação es piri tual s imbo l izado pelo el em ent o fogo. Em termos práti cos Ìwòrì é o fogo da paixão. P aixão pode freqüentem ente l evar ao conflit o. Em termos positi vos, confl ito pode conduzir à res olução e ao cres cim ent o. Em t ermos negativos, pode conduzir a mai s conflit os e à derrot a. P aixão t am bém é associ ada com o m ovim ent o em direção à procri ação.

FRASE CHAVE : Ìw òrì cri a t ransformação.

ÒDÍ

Òdí é a pal avra yoruba para órgão reprodutor femini no e ao

processo de dar à l uz. Na cosm ologia em Ifá todo o nas cim ent o, depoi s do momento ini ci al de C ri ação, é renasci ment o.

Em termos hum anos renascim ento se refere a reencarnação (at unwa), em t ermos práti c os é a cri ação de um a nova form a a part ir d e

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est rut uras i nadequadas ou obsol etas. Em sua m anifest ação negati va Òdí é uma tent ativa des es perada em s e agarrar ao pass ado.

FRASE CHAVE : Òdí cri a renascimento.

ÌROSÙN

Ìrosùn é a pal avra yoruba para sangue m enst rual . É um a referênci a

a Linhagem ancestral. Ifá ensi na que reencarnação (atunwa) freqüent ement e acontece dent ro da própri a famíli a da cri ança.

Ìrosùn em sua m ani festação positi va, repres ent a o us o efeti vo de herança genéti ca e orient ação famíli ar (realização de potencial ).

A m ani festação negativa de Ìros ùn é qual quer resist ênci a ao apoio ancest ral , ou s e auto -denegri r (resist ênci a ao des envolvim ento pot encial).

FRASE CHAVE : Ìrosùn cria realiz ação de pot encial.

OWONRIN

Owonrin é um a referênci a ao pri ncípio de caos no univers o. Os

físi cos ensinam que todos os eventos apar entem ente ordenados parecem caóti cos quando vist o de perto.

Físi cos t ambém ensinam que aparent ement e efeit os aleat órios mostram sinais de ordem quando vist os de l onge. O aspect o positi vo de

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Owo nrín é a habili dade em lidar com mudanças e ver coi sas de uma perspectiva nova. O aspecto negativo de Owonrí n é o rompiment o inesperado que dest roi um a fundação fraca.

FRASE CHAVE : Owonrin cri a m udança inesperada.

OBÀRÀ

Obàrà quer diz er força, ou espí rito da força. A m anifes tação

negati va da força é o des ejo em forçar a vontade pes soal nas out ras pessoas. Ifá ens ina que m ani fest ação im própri a da vont ade pes soal é a base do egoísm o.

Como um a regra de consci ênci a, egoís mo es tá baseado em uma sensação de Ego i nfl ada. É o opost o da humildade, que es tá bas eado na vont ade de consi derar as opiniões de out ros.

Todo o egoísm o deve, em al gum pont o, encarar a reali dade (o indiví duo não é o cen tro do universo). Esta confrontação pode conduzir ao crescimento ou a aut odest rui ção. O S er Hum ano nunca pode fi car m ai s forte que as Forças de Natureza que criou a cons ci ência hum ana. Ent ender est e pri ncí pio é o fundam ento do conceit o de Ifá para bom carát er.

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OKÀNRÀN

Okànràn quer diz er 'vindo do coração'. Ifá ens ina que cres ci ment o

espi rit ual acontece com o resul tado do equilíbrio ent re a cabeça e o coração conhecido como orí tutu (harm onia entre pens am ento e em oção). O antí doto do egoís mo que pode acont ecer em Obàrà é a hum i ldade que pode s er criada em Okànràn. Quando a experi ência nos ensi na que noss a percepção do mundo est á errada, a cons ci ênci a ini ci a uma procura pel a verdade. Est e é o ci cl o de mort e e renas cim ent o que é o fundam ento de t oda ini ci ação. Em term os soci ais, e st e ci cl o é represent ado freqüent ement e pel a voz do profeta. Em term os negativos , Okànràn represent a mudança constant e baseado em respost as em ocionais que não são fundam ent adas em reflexão conscient e.

FRASE CHAVE : Okànràn cria novas di reções e novas poss ibil idades .

ÒGÚNDÁ

Ògúndá é um elis ião de Ogun da, que si gnifi ca o Espí rit o do Ferro

cri a. Ògúndá é sim bolizado pela idéi a de claream ento de um caminho ou abertura de uma est rada. Histori cament e é associ ado com o processo de organiz ação de est ruturas sociais em cidades . Em ní vel p essoal é ass oci ado ao progres so para realização do destino.

A m ani fest ação negativa de Ògúndá é des trui ção sem propósit o.

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OSÁ

Osá é a m ani fest ação de mudança súbi ta e inesperada. Os á é a

infl uênci a de fat ores ext eri ores que rompem ou dest roem uma form a parti cul ar. Owo nri n é os caos const ruindo es trutura de uma form a avançada. Si mboli cament e, Osá é associado com tem porais , furacões, vul cões e forças des truti vas da Natureza que t rans form am tudo em seu caminho. C omo um a Força da Naturez a Osá t em um efeito purifi cador.

Em t erm os pes soais Os á pode represent ar um a mudança drásti ca que conduz a abundânci a. Em t erm os negati vos Os á pode repres ent ar al guém que constantem ent e foge das respons abi lidades, o que p ode conduzi r a várias formas de enfermidade ment al.

FRASE CHAVE: Os á cria mudança radi cal nas circunst ânci as .

ÌKÁ

Ìká quer diz er 'atrai ndo' ou 'reunindo'. Em term os espi rit uais el e

se refere a um a acum ulação de poder pess oal (as e). Poder pess oal mani fest a-se pelo us o de invocações ou pelo uso do poder da pal avra. Ìká em s ua m ani festação positiva pode ser a font e de poder pessoal usada para prot eção, cura, transform ação e a cri ação de abundânci a. É o el emento fundam ent al no processo de auto -afi rm ação.

A mani fest ação negativa de Ìká é a fonte de aut o ilus ão, fofoca e depreciação do próximo.

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ÒTÚRÚPON

Òtúrúp on é a m anifest ação de doença infeccios a. O si stem a

imunol ógi co hum ano utiliz a doenças como processo de puri ficação. S e o sistema i munológi co est á fraco, a doença pode conduzi r a inapti dão e a mort e. As doença i nfecci os as t ambém podem s er um si ntoma de um a rel ação ins alubre com Natureza e ao ambient e imedi ato. Conhecer a fonte da doença é o prim ei ro passo para det erm inar uma cura.

A manifes tação pos itiva de Òtúrúp on oferece a i nform ação à manutenção da s aúde do sist em a im unol ógi co.

A manifest ação negativa de Òtúrúp on é espalhar doenças passado sua função s audável de purificação do corpo.

FRASE CHAVE : Òt úrúpon cri a a m anut enção de s aúde.

ÒTÚRÁ

Òtúrá é a font e de visão mís tica. Vis ão místi ca coloca o Orí

(consci ênci a) em ali nhamento form al com a Fonte (Olódum are). Òtúrá é o fundam ent o de um senso de desti no i ndi vidual e propósito no mundo.

Em sua m ani fest ação negati va, ele pode ser a font e de uma sen sação infl ada de aut o importância. Òt úrá tam bém pode se mani fes tar com o um a i denti fi cação com al go di ferente da Font e.

As form as m ais comuns de identi fi cação errônea são cobiça, nacional ismo, racis m o e superiori dade moral .

FRASE CHAVE : Òt úrá cria visão místi ca (percepção espiri tual) .

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ÌRETE

Ìret e é uma elis ão de ire te si gni fi cando apertar ou cri ar boa sort e.

Em termos pessoai s Ìr et e é a determinação teim os a em criar abundânci a e mover em di reção a aut o -t ransform ação. Quando esta t eim osi a é diri gida para m etas im próprias s e torna a base para resist ênci a a m udanças .

FRASE CHAVE : Ìre te cria det ermi nação.

OSÉ

Osé é a font e de abundânci a e fertil idade no mundo. Simboli cament e Ox e é as soci ado com a água fres ca.

Histori cament e a cul tura se des envolveu ao redor de font es de água fres ca. Ifá ensina que abundânci a e fertil idade é a conseqüênci a do us o formal do poder da pal avra em oração (al adura).

Em sua manifes tação negat iva a conduta para abundânci a pode substi tui r o Espí rito como um a font e de motivação. Porque Ifá ensi na a crença de que as crianças s ão uma forma de abundânci a, Ox e inclui o fascí nio pelo eróti co como uma express ão do desejo de procri ar.

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ÒFÚN

Òfún literalment e si gnifica 'o Espíri to do Branco'. A referênci a é a

luz branca como a Font e de toda a m ani fest ação materi al. Tudo o que nós vem os no m undo físi co é cri ado lit eralm ente at ravés de luz.

Òfún é a font e de fenôm eno ou m ani fest ação no uni vers o. É o tipo de m ani festação que freqüent em ente é percebi da como um milagre ou com o a respos ta para aquelas orações oferecidas em Ox e.

Em sua mani fest ação negati va, Òfún é a criação de fenômeno através de invocações que é ao cont rári o às idéi as de harmonia e equilíbrio que sust enta o cres cim ent o espi ritual.

FRASE CH AVE : Òfún cri a a res post a para orações m anifest ando -a com o um mil agre.

As pernas dupl as dos Odù manifestam -s e na Naturez a na forma de uma cadeia espi ral que é o bloco do edifício fundamental da Evol ução. Est a cadeia é simbolizada por uma concha de caracol que é um padrão geomét ri co preci so (Seção Áurea) que ocorre ao longo de Natureza. A progressão pelo Odù pode ser t ambém usada para mapear o desenvol vimento de lições de vi da essenci ais, simbolizadas pel a s agrada Árvore de P alm a (A Árvore da vi da).

Os prim eiros quat ro Odù ( Eji O gbè , O yekú Méjì, Ìwòrì Méjì e

Òdí Méjì ) criam as dimensões de tem po e es paço. Em termos metafísi c o s

Eji Ogbè e O yekú Méjì represent am a pol ari dade ent re luz e mat éri a, cri ando form a no universo. Ìwòrì Méjì e Òdí M éjì represent am a pol ari dade ent re a trans form ação do fogo e o renascimento da água. Es ta pol ari dade é a font e de di nâm ica no universo ou o mecanismo de mudança. S em form a e dinâmi ca não há t empo e espaço.

Referências

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